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Todo militar tem o dever de saber seus direitos e tem a obrigação de saber quais são seus deveres, para com
seus superiores, pares e subordinados.
Desenvolvimento:
a. Dever: O dever militar emana de um conjunto de vínculos nacionais e morais que ligam o militar à Pátria
e ao serviço, destes surgem obrigações a que todo militar está sujeito.
b. Direito: São prerrogativas ou garantias que todo o militar vem a ter, de acordo com sua patente ou
função, devido a sua condição de militar.
a. Dedicação e fidelidade à Pátria – É o fiel cumprimento ao compromisso feito pelo milutar na sua
incorporação, onde, sob forma de juramento à Bandeira e na presença de tropa formada, defender e honrar à
Pátria com o sacrifício da própria vida.
b. Culto aos Símbolos Nacionais – Os Símbolos Nacionais por representarem as riquezas, as tradições, a união do
povo, devem ser respeitados pelo que representam e não por sua constituição física.
c. Probidade e lealdade em todas as circunstâncias – É fundamental um militar poder confiar no outro. Saber
louvar seus compromissos e principalmente a sua palavra; é mostrar que é um indivíduo com probidade.
d. Obedecer as leis e regulamentos em vigor- Antes de tudo o militar é um cidadão e, como tal, está sujeito as
imposições das leis regentes em nosso País.
e. Disciplina, cumprimento das obrigações e ordens – Sem a disciplina a nossa Força não funcionaria, pois é no
correto cumprimento das obrigações, na dedicação individual para o sucesso do coletivo que tiramos o exemplo
da necessidade em se ter a colaboração de todos para organizar o esforço conjunto, para o trabalho, existem as
ordens e elas devem sempre serem cumpridas para que não haja prejuízo da mesma.
1. Todo o militar, em decorrência de sua condição, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas, estabelecidos
em toda a legislação militar, deve tratar sempre:
a. Com respeito e consideração os seus superiores hierárquicos, como tributo à autoridade de que se acham
investidos por lei;
a. Pela continência;
3. A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são índices seguros do grau de disciplina das
corporações militares e da educação moral e profissional dos seus componentes.
3.1 No quartel, passando por um superior deverá fazer a continência, forma de cumprimento do subordinado
para com o superior.
3.2 Ao entrar num recinto em que haja um superior, deverá pedir-lhe permissão para entrar no mesmo.
3.3 Quando entrar um superior num recinto, ou mesmo quando ele entrar num ônibus e não encontrar lugar
vago para sentar-se, deve o subordinado que ali se encontrar ceder o lugar.
3.4 Se o militar estiver portando algum embrulho e cruzar por ele um superior deve-se passar tudo para a mão
esquerda e executar a continência normal. Caso ambas mãos estejam ocupadas deverá ser feito o giro de
cabeça.
3.5 Quando dois militares deslocam-se juntos, o de menor antiguidade dá a direita ao superior.
3.6 Se o deslocamento se fizer em via que tenha lado interno e lado externo, o de menor antiguidade dá o lado
interno ao superior.
3.7 Quando militares se deslocam em grupo, o mais antigo fica ao centro, distribuindo-se os demais, segundo
suas precedências, alternadamente à direita e à esquerda do mais antigo.
3.8 Quando encontrar um superior num local de circulação, o militar saúda-lhe e cede-lhe o melhor lugar.
3.9 Caso o lugar de circulação for estreito e o militar for praça, franqueia a passagem ao superior, faz alto e
permanece de frente para ele.
3.10 À entrada de uma porta, o militar franqueia-a ao superior, se estiver fechada, abre-a, dando passagem ao
superior e torna a fechá-la.
3.11 Em local público onde não estiver sendo realizada solenidade cívico-militar, bem como em reuniões sociais,
o militar cumprimenta, tão logo lhe seja possível, seus superiores hierárquicos. Havendo dificuldade para se
aproximar dos superiores hierárquicos o cumprimento deve ser feito mediante um movimento de cabeça.
3.12 Para falar com um superior, o militar emprega sempre o tratamento “Senhor”.
3.13 Todo militar quando chamado por um superior, deve atende-lo o mais depressa possível, apressando o
passo quando em deslocamento.
3.14 No rancho de praças, ao neles entrar o Comandante, Diretor ou Chefe de Organizações Militares, a praça
de serviço ou o mais antigo presente dá a voz de “Atenção”; as praças, sem se levantarem e sem interromperem
a refeição; suspendem toda a conversação, até que seja dada a voz de “À vontade”.
3.15 Nos veículos ou em recintos públicos, o militar que precisar sentar-se ao lado de um superior deve solicitar-
lhe a permissão.
3.16 Respeitar seus superiores: Como militar que somos, dentro e fora do quartel, a hierarquia deve ser
respeitada. Sem a hierarquia não teríamos um Exército organizado e funcionando. Os superiores tem a
obrigação de orientar seus subordinados e a eles deve ser dado o devido respeito, pela sua função ou
posição que ocupa.
Direitos do soldado:
a. Percepção da remuneração – Todo o trabalhador tem o direito de receber uma remuneração para
satisfazer suas necessidades em troca da força de trabalho prestada.
b. Uso da designação hierárquica – O militar tem o direito de usar a sua designação hierárquica para
se valer dos seus direitos.
e. Reforma – É a passagem do militar à situação de inatividade e pode ser solicitado pelo militar que
já cumpriu seus deveres para com a Pátria.
i. Emblemas e condecorações – O militar tem o direito de usar sobre o seu uniforme os emblemas
das condecorações a que faz juz.
j. Honras e Sinais de Respeito Assegurados em Leis e Regulamentos – De acordo com o cargo que
ocupa ou posto, o militar faz juz a continência, sinais de respeito e honras.
k. Julgamento em foro especial – O militar não está sujeito ao juiz se ele cometer um crime ou
transgressão propriamente militar ou impropriamente militar, tendo direito assim a responder a
um julgamento militar.
l. Alimentação – Quando em disponibilidade, a ração deve fornecer a ração básica para o sustento
do militar, garantindo a sua saúde e continuidade do trabalho.
m. Tratamento médico e dentário – Para manter a saúde que todo militar deve gozar, a Força
preocupa-se em manter quadros médicos que garantem um padrão mínimo de assistência
médica.
n. Alojamento – Quando não dispor de meios próprios para morar o militar tem o direito à
alojamento.
o. Salário Família – Quando for arrimo da família o militar tem o direito de receber em adicional na
sua remuneração correspondente ao número de dependentes.
p. Assistência Funerária – Se o militar necessitar de assistência funerária ele tem o direito há ter um
enterro digno.
q. Férias – São dispensas totais do serviço concedidas anualmente aos militares, de modo
obrigatório e de acordo com as prescrições regulamentares. As punições decorrentes de
transgressões disciplinares não impedem o gozo de férias. Somente em caso de interesse nacional
ou de manutenção da ordem, os militares deixarão de gozar o período de férias a que tiverem
direito, podendo, neste caso, ocorrer a acumulação de dois períodos.
CONCLUSÃO:
Ao saber quais são suas limitações, o militar tem a obrigação de cumprir sua missão e exercer sua
função de maneira correta.
O sentimento do dever e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das Forças
Armadas, conduta moral e profissional irrepreensível, com a observância tanto mais rigorosa,
quanto maior for o grau hierárquico, dos preceitos da ética militar como : Amar a verdade, a
responsabilidade e cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das
autoridades competentes.