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22/07/2019 Exercício Avaliativo 3

Painel / Meus cursos / Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos


/ Módulo 3 - Fiscalização de Contrato / Exercício Avaliativo 3

Iniciado em segunda, 22 jul 2019, 17:35

Estado Finalizada

Concluída em segunda, 22 jul 2019, 17:36

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22/07/2019 Exercício Avaliativo 3

Questão 1
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Qual dos documentos a seguir não é essencial para o exercício da


fiscalização de contratos?

 
a. Proposta da contratada e planilha de preços do contrato.
b. Edital de licitação.
c. Mapa comparativo das propostas de preços da licitação. 
Essa é a resposta correta. O documento é auxiliar nos
procedimento de adjudicação do objeto da licitação ao concorrente
que apresentou a melhor proposta da licitação, não interferindo na
fiscalização do contrato. Logo, não é essencial para o exercício da
fiscalização de contratos.
d. Termo de contrato e seus aditivos.
e. Projeto básico ou termo de referência.

Documentos essenciais para a fiscalização são aqueles que dão ao fiscal


de contratos as informações de que ele necessita para acompanhar,
comparar, conferir, medir o objeto, notificar o contratado, comunicar
ao ordenador de despesa, enfim, exercer sua atividade segundo as
exigências da atividade.
Logo, não interessa para o fiscal a verificação de informações sem
relação de pertinência com a execução do objeto, a exemplo das
propostas dos demais licitantes preteridos no processo de escolha do
fornecedor. Diversamente, documentos como contratos e seus aditivos,
planilha de preços, termo de referência, projetos e orçamentos são
fundamentais para a correta fiscalização do contrato.
Gabarito: Mapa comparativo das propostas de preços da licitação.
Essa é a resposta correta. O documento é auxiliar nos procedimento
de adjudicação do objeto da licitação ao concorrente que apresentou
a melhor proposta da licitação, não interferindo na fiscalização do
contrato. Logo, não é essencial para o exercício da fiscalização de
contratos.

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Questão 2
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

Durante a execução de um contrato de obras firmado com


determinada administração municipal, que previa o pagamento no
prazo de 30 dias após a apresentação das faturas, mesmo
regularmente cumprindo suas obrigações, executando os serviços e
apresentando os boletins de medição e faturas relativas a esses
serviços, a empresa não recebe há 2 meses, o que motivou um pedido
de rescisão do contrato, alegando descumprimento da obrigação da
prefeitura quanto ao pagamento.
Acerca dos motivos para rescisão de um contrato administrativo,
assinale a alternativa correta.

 
a. A empresa deverá suspender a execução do serviço, rescindir o
contrato e cobrar judicialmente as faturas atrasadas, com juros e
correção monetária, sempre que a Administração descumprir a
cláusula de pagamento no prazo acordado.
b. A empresa não poderá suspender a execução dos serviços
apenas em face do atraso de 2 meses mencionado, pois essa
ocorrência se insere nas hipóteses das cláusulas exorbitantes,
próprias dos contratos administrativos.
c. A administração municipal não poderá ser apontada como
causadora da rescisão de um contrato administrativo, pois deve
sempre prevalecer o interesse público sobre o privado.  Essa
não é a alternativa correta. O art. 78 da Lei 8.666/1993 enumera os
casos que motiva a rescisão de um contrato administrativo, e
dentre eles a Administração é agente do motivo da rescisão, como
nos casos dos incisos XII a XVI do mencionado artigo.
d. A empresa poderá invocar razões de interesse público e
rescindir o contrato administrativo, alegando que a execução
compromete a sua viabilidade econômica.
e. Caso a administração municipal suspenda a execução do
contrato por prazo superior a 120 dias, em face, por exemplo, de
não ter recursos orçamentários, o contrato será automaticamente
rescindido, cabendo à empresa a indenização correspondente aos
prejuízos a ele causados.

Os motivos para rescisão de um contrato administrativo estão


enumerados no art. 78 da Lei 8.666/1993. Para compreender bem as
responsabilidades e consequências devemos conjugá-lo (ou seja,
analisá-lo conjuntamente) com os arts. 79 e 80, pois neles estão
definidas as hipóteses de incidência de penalidades, indenizações e
prerrogativas dos partícipes do contrato.
É importante notar que, havendo rescisão justificada por uma das
partes, a outra parte terá direito a indenização decorrente dos prejuízos
causados por tal rescisão.
Gabarito: A empresa não poderá suspender a execução dos serviços
apenas em face do atraso de 2 meses mencionado, pois essa
ocorrência se insere nas hipóteses das cláusulas exorbitantes,
próprias dos contratos administrativos.

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Essa é a alternativa correta. Somente o atraso superior a 90 dias


autoriza ao particular a rescisão do contrato firmado com a
Administração. A prevalência do interesse público sobre o particular,
configurando como cláusula exorbitante própria dos contratos
administrativos, está no "afastamento da incidência da exceção do
contrato não cumprido" contra a Administração, ou seja, apesar de a
Administração não cumprir a cláusula do pagamento na forma do
termo de contrato, ainda assim o particular não pode invocá-la para
rescindi-lo.

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Questão 3
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

Apesar de o § 1º art. 71 da Lei 8.666/1993 dispor que a inadimplência


do contratado com suas obrigações trabalhistas não transfere para a
Administração contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, a
Justiça do Trabalho, em reiterados julgamentos, desconsidera a norma
expressa na Lei de Licitações e atribui a responsabilidade subsidiária do
tomador dos serviços quanto aos encargos trabalhistas não adimplidos,
amparada na Súmula TST 331.
Acerca da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, indique a
alternativa correta.

 
a. Se uma empresa de terceirização de mão de obra de vigilante é
contratada por um órgão da Administração Pública e não paga as
verbas trabalhistas dos vigilantes alocados nesse contrato, esse
órgão público que firmou contrato com a empresa será
responsabilizado pelo pagamento dessas verbas trabalhistas, desde
que tenha participado da relação processual e não tenha exercido
corretamente sua obrigação de fiscalizar o contrato, conforme
previsto no art. 67, da Lei 8.666/1993.
b. Os empregados que prestam serviços de limpeza e
conservação, por meio de empresa terceirizada, não formam
vínculo trabalhista com o tomador dos serviços, ainda que haja
pessoalidade e subordinação desses empregados com o tomador
dos serviços.
c. A contratação de empregados por meio de empresa interposta
gera vínculo empregatício qualquer que seja o empregador
contratante, desde que não seja para atividade-meio, a exemplo de
serviços de vigilância e conservação. Essa resposta está errada.
Os órgãos da Administração Pública estão excluídos dessa regra,
conforme item II da Súmula TST 331, escorada na vedação
constitucional expressa no art. 37, inciso II, da Carta Magna.
d. Se a empresa de terceirização de mão de obra (de vigilância,
por exemplo) não pagar as obrigações trabalhistas de seus
funcionários alocados em um contrato de vigilância patrimonial
firmado com um terceiro, esse terceiro que contratou a empresa
pode ser compelido a pagar tais obrigações, independentemente de
cobraça anterior ao empregador, em face do instituto da
solidariedade de ambos pelas obrigações trabalhistas.
e. Para a caracterização da responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por débitos trabalhistas decorrentes de
obrigações do empregador não adimplidas em relação aos seus
empregados, postos para a execução de serviços terceirizados
contratados pela Administração, basta a simples ocorrência do
inadimplemento, ou seja, do não pagamento.

Como vimos, o art. 71 da Lei 8.666/1993 estabelece as


responsabilidades por diversos encargos decorrentes da execução de
um contrato administrativo.
Destaco, por mais relevantes, e que demandam maiores considerações,
os débitos trabalhistas e previdenciários.

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Vamos observar que o teor da Lei traz a responsabilidade solidária da


Administração contratante em relação a débitos previdenciários, mas
em relação aos débitos trabalhistas sequer atribui responsabilidade do
tomador dos serviços, igualando-o aos débitos fiscais e comerciais
decorrentes do contrato.
No entanto, a Justiça do Trabalho, considerando o princípio da
hiposuficiência do empregado nas relações de trabalho, deu
interpretação diversa de modo que passou a condenar a
Administração, de forma subsidiária, quando da ocorrência de débitos
trabalhistas decorrentes da execução de contratos administrativos,
enunciando esse entendimento na Súmula 331. Posterior, modificou o
teor da súmula condicionando essa responsabilidade a ocorrência de
inação da Administração quanto à sua obrigação de fiscalizar o contrato
de terceirização de mão de obra.
Nesse sentido, a atividade de fiscalização de contratos assume, ainda
mais, uma importância capital, de modo a prevenir que eventuais
demandas trabalhistas decorrentes da relação de emprego entre o
empregado e a empresa de terceirização de mão de obra venham a
alcançar órgãos da Administração Pública tomadores desses serviços.
Com vistas a minimizar ocorrências que levem à responsabilidade
subsidiária, diversos órgãos da Administração têm editado normas
disciplinando as atividades de fiscalização de contratos,
especificamente os contratos de terceirização de mão de obra, a
exemplo da IN SLTI/MPOG 02/2008 (alterada pela IN SLTI/MPOG
6/2013) e da Portaria TCU 297/2012.
Gabarito: Se uma empresa de terceirização de mão de obra de
vigilante é contratada por um órgão da Administração Pública e não
paga as verbas trabalhistas dos vigilantes alocados nesse contrato,
esse órgão público que firmou contrato com a empresa será
responsabilizado pelo pagamento dessas verbas trabalhistas, desde
que tenha participado da relação processual e não tenha exercido
corretamente sua obrigação de fiscalizar o contrato, conforme
previsto no art. 67, da Lei 8.666/1993.
Essa é a resposta correta. Conforme itens IV e V da Súmula TST 331,
há duas condições para que órgãos da Administração Pública sejam
responsabilizados subsidiariamente por inadimplência trabalhista
resultante de contratos de natureza continuada: tenha sido incluída
no polo passivo da relação processual trabalhista e não tenha
fiscalizado corretamente o referido contrato de modo a evitar a
referida inadimplência.

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Questão 4
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

De acordo com o que ensina o administrativista Hely Lopes Meirelles,


existem algumas fases que integram o acompanhamento da execução
do contrato pelo representante da Administração, as quais são
compreendidas pela fiscalização, orientação, interdição, intervenção e
aplicação de penalidades contratuais. Do seu ensinamento é possível
extrair os entendimentos abaixo transcritos para cada uma das citadas
ações.
Marque a alternativa em que o conceito apresentado NÃO representa o
entendimento do ilustre doutrinador, ou seja, em que o termo não
coincide com descrição da fase dada na alternativa.

 
a. Termo: interdição
Descrição da fase: deter a execução do contrato por estar em
desacordo com o pactuado.
b. Termo: aplicação de penalidade
Descrição da fase: é dever da Administração quando é verificada a
inadimplência do contratado em qualquer obrigação.
c. Termo: intervenção
Descrição da fase: interceder na execução do contrato. Nesta
alternativa, o termo não coincide com a descrição da fase. Na lição
de Hely Lopes Meirelles, o verbo intervir não tem conotação de
interferir ou interceder, mas significa o ato de suceder, no sentido
de ocupar o lugar de outro, assumir.
d. Termo: fiscalização
Descrição da fase: verificar o material utilizado e a forma de
execução do objeto do contrato, confirmar o cumprimento das
obrigações tanto no aspecto técnico, quanto nos prazos de
realização.
e. Termo: orientação
Descrição da fase: dar e receber informações sobre a execução do
contrato; estabelecer normas e diretrizes.

É importante lembrar que o acompanhamento de um contrato não se


resume a uma atividade formal, sendo, além disso, uma garantia de
que o serviço ou produto será prestado ou entregue de acordo com o
previsto no contrato.
Para que um contrato seja bem gerenciado, a informalidade não
poderá se fazer presente, ou seja, há que se ter atuação dentro dos
limites estabelecidos, registrando e exigindo o cumprimento do que
está contratado. Para tanto, é fundamental atentar para os conceitos
apresentados pela doutrina de modo a assegurar a qualidade técnica
da fiscalização do contrato.
Gabarito: Termo: intervenção
Descrição da fase: interceder na execução do contrato.
Nesta alternativa, o termo não coincide com a descrição da fase. Na
lição de Hely Lopes Meirelles, o verbo intervir não tem conotação de
interferir ou interceder, mas significa o ato de suceder, no sentido de
ocupar o lugar de outro, assumir.

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Questão 5
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

Quando a autoridade competente designa um servidor para atuar


como fiscal de contrato, confia a esse servidor a importante tarefa de
assegurar que a prestação do serviço ou a entrega do bem seja feita de
forma adequada, conforme contratado.
Qual das situações abaixo se caracteriza como uma atuação eficiente
do fiscal de contrato.

 
a. O fiscal do contrato, em face de ter uma empresa contratada
para auxiliá-lo na fiscalização, limita-se a assinar os relatórios
produzidos pela empresa.
b. Após ser comunicado pela empresa sobre um fato
superveniente que está impedindo a continuidade do contrato, o
fiscal se deslocou até o local de execução, determinou a suspensão
dos trabalhos naquele dia (para evitar prejuízos maiores), marcou
uma reunião com o representante da empresa para a manhã
seguinte e comunicou o fato ao seu superior.
c. Com base no bom relacionamento e confiança que tinha no
contratado, o fiscal da obra aceitou uma alteração na execução do
contrato, com a promessa do contratado de entrega do serviço
antes da data marcada.  Essa resposta está errada. O
procedimento peca pela informalidade, que não deve ser a tônica
do relacionamento do fiscal com a contratada, além de extrapolar
as competências do fiscal do contrato. As ocorrências havidas na
execução do contratado devem ser documentadas para fins de
registro e eventual utilização posterior.
d. O fiscal do contrato passou a omitir algumas informações em
seus relatórios para forçar a rescisão do contrato, pois a empresa
vinha descumprindo cláusulas contratuais e ele sabia que ela não
teria condições de executar a obra até o final. Com a rescisão, ele
poderia chamar outra empresa que pudesse terminar a obra no
prazo pretendido.
e. A empresa contratada para auxiliar a fiscalização do contrato
de construção de uma ponte, após fazer as conferências in loco no
canteiro de obras, encaminha tal relatório para o engenheiro
designado como fiscal da obra, que assina os documentos e os
encaminha para o setor de pagamento.

A atividade de fiscalização exige do servidor designado muito mais do


que conhecimento técnico, exige postura investigativa e questionadora,
ao mesmo tempo em que cordial e equilibrada.
Deve ter em mente que o interesse público, que deve permear toda
contratação, é o objetivo do trabalho de fiscalização. Com isso em
mente não deve se desviar de uma conduta com responsabilidade,
ética e integridade, pautando suas ações dentro dos limites da
legalidade.
Assim, quando assistido por terceiros, deve estabelecer com clareza os
limites da atuação de cada um, não confiando nem desconfiando, mas
sempre verificando a pertinência das informações, com base nos
normativos e procedimentos prescritos pelo órgão a que está
vinculado.

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Quando da fiscalização, primar pela formalização das ocorrências,


afastando qualquer ingerência ou tentativa do contratado de
'informalizar' a atividade de fiscalização, em nome de uma suposta
maior agilidade de procedimentos que só favorece a ineficiência e baixa
efetividade da fiscalização.
Gabarito: Após ser comunicado pela empresa sobre um fato
superveniente que está impedindo a continuidade do contrato, o fiscal
se deslocou até o local de execução, determinou a suspensão dos
trabalhos naquele dia (para evitar prejuízos maiores), marcou uma
reunião com o representante da empresa para a manhã seguinte e
comunicou o fato ao seu superior.
Essa é a resposta correta. O fiscal do contrato mostrou iniciativa e
segurança na sua atuação, buscando minimizar os efeitos do fato
superveniente, assumindo inclusive a responsabilidade de determinar
a paralisação em nome do interesse público.

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Questão 6
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

A inexecução, total ou parcial, do contrato administrativo dá motivo


para que a Administração adote medidas punitivas em desfavor do
contratado, bem como a rescisão contratual, autorizada pelo art. 78 da
Lei 8.666/1993, que elenca os casos passíveis da adoção da medida.
Das alternativas abaixo, indique a situação que configura inexecução
contratual.

 
a. Os materiais utilizados nos serviços do projeto hidráulico foram
aplicados em quantitativos diferentes do licitado e contratado,
apesar de obra ter sido concluída.
b. Em face de uma greve deflagrada por uma categoria
profissional estranha ao contrato, mas que impede os
trabalhadores da contratada de chegarem até o local, a obra foi
paralisada.
c. Atraso no início dos serviços, em razão da não liberação o
terreno da Administração em que seria realizada a obra.  Essa
resposta está errada. A não liberação do local da obra é ocorrência
de responsabilidade da Administração contratante, não se podendo
alegar inexecução sobre um fato não oponível ao contratado.
d. Falta de cumprimento de ordens do fiscal do contrato dadas
aos empregados da contratada, devidamente mencionadas na
reunião mensal com o gerente da empresa.
e. A saída de um dos sócios da empresa, mantendo-se a estrutura
e o objetivo social.

Uma das dificuldades de caracterizar inexecução contratual está em


definir corretamente quais as ocorrências se caracterizam claramente
como descumprimento de cláusulas da avença.
Algumas delas são facilmente identificadas, de acordo com o tipo de
objeto do contrato, ou da circunstância de sua ocorrência. No entanto,
as situadas no 'zona cinzenta', trazem uma dificuldade adicional para
aqueles que se deparam com a situação.
A melhor maneira de lidar com tais questões é definir, previamente, no
edital e no contrato, as situações passíveis de serem consideradas
como inexecução contratual e as respectivas consequências para as
partes quando de suas ocorrências.
Além disso, todas as ocorrências devem ser formalizadas e de
conhecimento da contratada, de modo que, em havendo as condições
para a rescisão do contrato, a formalização da motivação para a medida
deverá estar amparada nos documentos, sobre os quais o contratado
poderá exercer o contraditório e a ampla defesa, conforme previsto no
parágrafo único do art. 78, da Lei 8.666/1993.
Gabarito: Os materiais utilizados nos serviços do projeto hidráulico
foram aplicados em quantitativos diferentes do licitado e contratado,
apesar de obra ter sido concluída.
Essa é a resposta correta. Ainda que a obra tenha sido concluída, a
execução de serviços com quantitativos menores do que o que fora
licitado e contratado configura inexecução parcial do contrato.

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Questão 7
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

A Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu interpretação


diversa da adotada até então, acerca da responsabilidade do tomador
dos serviços nos contratos chamados de terceirização, nos quais a
entidade contrata mão de obra para determinadas atividades que não
fazem parte de sua atividade fim.
Assinale a alternativa que expressa o entendimento do TST
materializados na Súmula 331.

 
a. Para que haja a responsabilização da Administração tomadora
dos serviços, é preciso que o empregador tenha inadimplido com
suas obrigações, e que a tomadora do serviço tenha participado da
relação processual que apurou a irregularidade, bem como reste
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações
relativas à fiscalização.
b. A administração é responsável solidária pelos débitos
trabalhistas havidos em relação aos empregados que lhe prestaram
serviço, no âmbito do contrato de terceirização de mão de obra,
desde que não tenha fiscalizado corretamente o cumprimento das
obrigações trabalhistas pelo empregador.
c. Para caracterização da responsabilidade subsidiária da
Administração tomadora dos serviços de mão de obra, é preciso
que haja pessoalidade e subordinação direta dos empregados com
a tomadora dos serviços.  Essa resposta está errada. A teor da
Súmula 331 do TST, a ocorrência de pessoalidade e subordinação
implica em formação de vínculo empregatício, sendo ambos
inadmitidos, no caso, para a Administração Pública.
d. Se a empresa terceirizada não cumprir com as obrigações
trabalhistas dos empregados, a Administração Pública tomadora
dos serviços responde subsidiariamente em relação aos débitos
trabalhistas daqueles empregados.
e. Os encargos trabalhistas não adimplidos pela empresa
contratada pela Administração não torna esta última responsável
solidária, mas autoriza o pagamento direto aos empregados dessas
verbas não pagas pelo empregador.

É importante observar que, enquanto a responsabilidade subsidiária


impõe que primeiro se busque o cumprimento da obrigação do
devedor principal, para, em não logrando êxito, cobrar do responsável
subsidiário, na responsabilidade solidária, ambos são devedores
conjuntos. Ou seja, nesta não há benefício de ordem nem
proporcionalidade, qualquer um (ou todos) pode ser cobrado pelo
todo. Naquela (subsidiária), há o benefício de ordem: primeiro se
cobra de quem não cumpriu para depois cobrar daquele que, por
alguma disposição, esteja na situação de responsável subsidiário.
Importante também destacarmos a responsabilidade da Administração
em duas situações, que receberam tratamento distinto da Lei
8.666/1993 acerca dos débitos trabalhistas e previdenciários,
decorrente da execução do contrato de terceirização: o débito
trabalhista, expresso no art. 71, § 1º, da Lei, e o Previdenciário, aposto
no § 2º do mesmo artigo.

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Se formos ver o texto da Lei, observaremos que, para os débitos


previdenciários, não tem jeito, se a empresa contratada pela
Administração não pagar, quem vai ter de pagar é o órgão contratante.
Já para os débitos trabalhistas, a lei prevê expressamente que os
débitos decorrentes de uma relação de emprego com a empresa
terceirizada, por exemplo, não transferem tal obrigação para a
Administração.
No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho, por meio do Enunciado
331, firmou entendimento de que haveria responsabilidade do
contratante em caso da inadimplência do empregador, em clara
oposição à expressa disposição da Lei.
No final de 2011, o STF julgou constitucional o § 1º do art. 71 da Lei
8.666/1993, fazendo com que a aplicação do enunciado 331 fosse
limitada à análise de cada caso e não mais automaticamente como
vinha sendo aplicado pela justiça trabalhista, o que levou à retificação
da súmula nos termos atuais, em que ainda considera a Administração
subsidiária quanto a débitos trabalhistas, mas condicionada à
comprovação de que houve "conduta culposa no cumprimento das
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização
do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora" e que ela (Administração) tenha participado
da relação processual.
Essa duas condicionantes são fundamentais para a responsabilização
da Administração Pública nos termos da Súmula mencionada, pois se
não houve conduta culposa, ou seja, se a Administração tomadora do
serviço terceirizado adotou todas as providências quanto ao
acompanhamento e fiscalização do contrato, mas ainda assim, ao final
da execução do contrato, e em sede de processo trabalhista, foi
constatado que a empresa estava inadimplente com as obrigações
trabalhistas relativas aos seus empregados, a Administração não pode
ser responsabilizada.
Além disso, e esse aspecto é muito importante, para que a
Administração seja responsabilizada é preciso que ela tenha integrado
a relação processual, ou seja, ela tenha sido arrolada no processo
trabalhista que busca o pagamentos das verbas trabalhistas sonegadas
dos empregados. Nada mais justo que esses condicionantes, pois
atentaria contra o princípio do processo legal se a Administração fosse
compelida a fazer algo (no caso pagar os direitos trabalhistas dos
empregados do contrato) sem que tivesse a oportunidade do
contraditório e da ampla defesa.
Gabarito: Para que haja a responsabilização da Administração
tomadora dos serviços, é preciso que o empregador tenha
inadimplido com suas obrigações, e que a tomadora do serviço tenha
participado da relação processual que apurou a irregularidade, bem
como reste evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
obrigações relativas à fiscalização.
Essa é a resposta correta. As condicionantes para a
responsabilização da Administração estão presentes, quais sejam:
inadimplência das obrigações do empregador; participação na relação
processual; e conduta culposa na fiscalização.

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Questão 8
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

A atividade de fiscalização depende da interação com vários setores do


órgão contratante, de modo que o fiscal deve conhecer quais os
procedimentos e providências devem ser adotados para a correta
execução do contrato.
Indique a alternativa que contém um item que não é essencial para a
atividade de fiscalização de contratos.

 
a. Publicação do extrato do contrato.
b. Publicação da Portaria de nomeação de fiscal do contrato.
c. Emissão da nota de empenho.  Essa resposta está errada.
A nota de empenho é o documento que permite ao fiscal concluir
que foi feita a indicação da respectiva dotação orçamentária para
fazer frente à despesa decorrente de sua execução, sendo,
portanto, essencial para atividade de fiscalização do contrato.
d. Relação dos contratos vigentes no órgão.
e. Relação dos equipamentos que serão utilizados na execução
do contrato.

A partir do conhecimento dos documentos necessários para a boa


fiscalização dos contratos, e, principalmente, do teor desses
documentos, o fiscal de contratos pode, por meio de técnicas de
fiscalização, comparar o que fora contratado com o que está sendo
executado.
Veja que sem o domínio dos termos do contrato, ele não tem como
aferir, por comparação, se as condições de execução do contrato estão
em conformidade com o que foi ofertado na licitação e ajustado no
contrato.
A portaria (ou equivalente) de designação não está diretamente
vinculada à operacionalização da fiscalização. No entanto, é de extrema
relevância para que o fiscal possa ter legitimidade de atuação e
competência para agir.
Gabarito: Relação dos contratos vigentes no órgão.
Essa é a resposta correta. Outros contratos que não o fiscalizado não
interferem diretamente na atividade do fiscal de contrato, exceto, por
exemplo, se comprometesse a capacidade de pagamento do próprio
órgão, hipótese minimizada pela adoção de providências prévias
impostas pela legislação, a exemplo da Lei de Responsabilidade
Fiscal. Assim, o documento não é essencial para atividade de
fiscalização do contrato.

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Questão 9
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

No intuito de se certificar que o contrato fosse executado exatamente


da forma consignada na proposta da empresa vencedora da licitação, a
Administração fez constar no edital da licitação a obrigatoriedade de
contratação de um fiscal, às custas da empresa contratada. Como o
contrato se referia a serviços de informática com especificidades e nível
de detalhamento aprofundado, exigia-se que a empresa comprovasse a
qualificação técnica da pessoa indicada, caso contrário a Administração
poderia determinar a substituição do fiscal.
Acerca do procedimento acima, indique a opção certa, de acordo com
as disposições da Lei 8.666/1993.

 
a. O procedimento está correto, pois a Lei 8.666/1993 obriga que
todo contrato administrativo deve ser acompanhado e fiscalizado,
podendo inclusive ser contrato terceiro estranho à Administração.
b. O procedimento está errado, pois a competência para fiscalizar
a execução de um contrato administrativo é da própria
administração, não sendo admitida a presença de terceiros nessa
função.
c. O procedimento está errado, pois como o fiscal foi contratado
pela empresa, cabe a ela a escolha do fiscal e a definição das
exigências de qualificação dele.
 Essa não é a resposta correta.
O procedimento está errado, mas não pelo motivo indicado. A
designação de fiscal de contrato é uma prerrogativa exclusiva da
Administração contratante, não sendo cabível a contratação pela
empresa ou definição de exigências de qualificação.
d. O procedimento está correto caso a Administração declare
formalmente que não possui em seus quadros pessoal
especializado no objeto da contratação capaz de fiscalizar o fiel
cumprimento das obrigações por envolver conhecimento
especializado.
e. O procedimento está errado, pois a designação de um fiscal
para acompanhar a execução dos contratos é obrigação da
Administração, que deverá escolher dentre os servidores do quadro
o que tenha melhores condições para executar a tarefa.

O fiscal do contrato é figura importante para que a Administração seja


capaz de cobrar do contratado a correta execução da avença nos
termos que foram acordados. Deste fato decorre de a fiscalização dos
contratos ser irrenunciável e indelegável, podendo, quando o objeto
assim o exigir, haver a contratação de terceiros para auxiliar a
Administração em tal função.
Em algumas ocasiões, o objeto do contrato possui tal especificidade e
complexidade que o órgão contratante poderá não ter pessoal
suficiente ou qualificado para a tarefa, razão pela qual a Lei autoriza a
contratação de terceiros. A publicação "Licitações e Contratos:
orientações e jurisprudência do TCU", indica que a "contratação de
profissional ou empresa para auxiliar a fiscalização do contrato é
procedimento admitido e recomendável, especialmente em contratos
complexos ou de valor elevado". Essa mesma publicação recomenda

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22/07/2019 Exercício Avaliativo 3

que "deve ser mantida pela Administração, desde o início até o final da
execução do contrato, equipe de fiscalização ou profissional
habilitados, com experiência".
Ainda assim, a responsabilidade pela fiscalização continua sendo do
servidor designado, cabendo a ele a responsabilidade pela
comunicação à autoridade superior de qualquer irregularidade na
execução do contrato.
Daí a importância de a Administração designar para a atividade um
servidor que tenha condições técnicas e com perfil adequado para
fiscalização. No caso de não haver, ou de o objeto da contratação ser
muito específico, pode-se contratar terceiros para auxiliá-lo na
fiscalização.
Em todo caso, a responsabilidade por erros e omissões da fiscalização
pode ser atribuída ao fiscal e à autoridade que o designou. Em sendo
designado para a atividade e constatado que não tem condições
técnicas para o exercício da atividade, deve o servidor incumbido da
fiscalizar informar à autoridade que o designou de suas limitações.
Por fim, cabe diferenciar o fiscal do contrato da figura do preposto da
empresa, designado para representar a empresa na execução do
contrato. A função do preposto é servir como o contato da empresa
com a Administração, nunca a de fiscalizar a execução do contrato.
Qualquer questão envolvendo a execução do contrato deverá ser
encaminhada ao preposto da empresa para as providências devidas,
nunca diretamente aos empregados terceirizados.
Gabarito: O procedimento está errado, pois a designação de um fiscal
para acompanhar a execução dos contratos é obrigação da
Administração, que deverá escolher dentre os servidores do quadro o
que tenha melhores condições para executar a tarefa.
Essa é a resposta correta. A obrigação da Administração de fiscalizar
os contratos firmados é irrenunciável e indelegável, podendo, quando
o objeto assim o exigir, contratar terceiros para auxiliá-la.

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22/07/2019 Exercício Avaliativo 3

Questão 10
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

O fiscal do contrato é o representante da administração mais próximo


da relação contratual estabelecida com um particular, e deve atuar
dentro dos limites estabelecidos pela legislação, de modo que exerça
sua atividade no intuito de contribuir para a boa gestão dos recursos
públicos.
Marque a alternativa correta acerca do Fiscal de Contrato.

 
a. O fiscal do contrato e o preposto têm a mesma função, embora
estejam em lados opostos na relação contratual.
b. A comissão de fiscalização não se confunde com o fiscal de
contrato, pois apenas este último tem competência legal para atuar
(art. 67 da Lei 8.6661/993), sendo a comissão mera auxiliar do fiscal.
c. Toda contratação pública deverá ter um fiscal designado, de
modo que a Administração assegure-se do correto cumprimento
das obrigações assumidas. Essa resposta está errada. As
contratações públicas que exigem a presença de um fiscal de
contrato são aquelas em que a execução do contrato não se dá de
forma imediata e única, necessitando de acompanhamento de um
representante da administração para assegurar que a execução
transcorra de acordo com o que foi pactuado.
d. A designação de servidor como fiscal de contrato que tenha
participado da licitação que o antecedeu atenta contra o princípio
da segregação de funções.
e. A estabilidade funcional é condição necessária para o servidor
ser designado fiscal de contrato.

Três coisas tem que ser observadas quanto ao fiscal do contrato: a


competência legal para o exercício da atividade; a distinção com a
figura do preposto; e os destinatários da atividade.
Não há que se questionar a ausência de dispositivos legais que
disciplinem a atividade de fiscal de contrato quando de sua atuação, e,
com base em documentos produzidos por ele, decorrer aplicação de
sanções ao contratado, pois além das disposições expressas da Lei
8.666/1993, diversas normas regulamentadoras e disciplinadoras dos
próprios órgãos contratantes ou órgãos centrais dão amparo legal para
a atuação. Ainda que dela decorra alcance patrimonial de terceiros, ou
seja, aplicação de penalidades pecuniárias ou restritivas.
Para que esse arcabouço normativo tenha efetividade, as formalidades
legais devem ser seguidas a risca, a começar com a designação pela
autoridade competente de pessoa com capacidade técnica e jurídica
para o exercício da atividade. Está última configurada na limitação do
exercício da atividade apenas por servidores públicos, restando para
terceiros não integrantes dos quadros da Administração, apenas a
atividade auxiliar e subordinada à fiscalização.
Por fim, considerando a possibilidade de a fiscalização ser exercida por
comissão, e não de modo monocrático, é importante destacar que essa
comissão, e mesmo a atividade fiscalizatória, não se confunde com os
procedimentos de recebimento definitivo do objeto do contrato,
disciplinado pelo art 73, da Lei 8.666/1993.

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22/07/2019 Exercício Avaliativo 3

Gabarito: A designação de servidor como fiscal de contrato que tenha


participado da licitação que o antecedeu atenta contra o princípio da
segregação de funções.
Essa é a resposta correta. Como a atividade de fiscalizar implica em
confrontar procedimentos anteriores da Administração com os
procedimentos praticados pelo contratado, o princípio da segregação
das funções impõe que a fiscalização de contratos decorrentes de
atos pretéritos da Administração seja exercida por servidor diverso
daquele que participou da escolha do ora contratado.

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