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Quinta-feira, 16 de Outubro de 2008 I SÉRIE - Número 42

,
BOLETIM DA REPUBUCA
PUBLICAÇÃO OACIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Administrativa Especial de Macau da República da China para
Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria
de Impostos sobre o Rendimento. assinada aos 15 de Junho
AVISO de 2007 em Macau. cujo o texto em anexo é parte integrante
A matéria a publicar no ..Boletim da República» da presente Resolução.
Art. 2. A faculdade conferida às autoridades competentes das
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada.
partes contratantes pela alínea d} do n. O 2 do artigo 4
uma por cada assunto, donde consta. além das indi· da Convenção. emende·se. sem prejuízo de que em nenhum
cações necessárias para esse efeito, o averbamento caso será reconhecido ao cidadão moçambicano na República
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no de Moçambique outra nacionalidade que não a moçambicana.
"Boletim da República ... Art. 3. Os Ministérios das Finanças e dos Negócios Estrangeiros
e Cooperação ficam encarregues de realizar todos os trâmites
••••••••••••••••••••••••••••••• necessários à efectivação desta adesão.
SUMÁRIO Aprovada pelo Conselho de Ministros. aos 12 de Agosto de
2008.
Conselho de Ministros: Publique-se.
Resoluçlo n.' 331200I: A Primeira- Ministra. Luísa Dias Diogo.

Ratifica a Convenção entre o Governo da República de Moçambique


e o Governo da Região Administrativa Especial de Macau
da Repúblicada Olina par:! Evitara Dupla TributaÇão e Prevenir Convenção entre o Governo da República
a Evasão Fiscal em Mattriade Impostos sobre o Rendimento, de Moçambique e o Governo da Região
assinada aos 15 de Junho de 2Wl. em Macau Administrativa Especial de Macau para Evitar
a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal
Resoluelo n." 3412008:
em Matéria de Impostos Sobre o Rendimento
Ratifica o Protocolo assinado cm Maputo. aos 24 de Junho
de 2007. entre a República de Moçambique e a República O Governo da República de Moçambique
Portuguesa que TeVe a Convenção para Evitar a Dupla TribulaÇão e o Governo da Região Administrativa Especial
e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre
de Macau da República Popular da China
O RelXlimento. assinada em Lisboa. em 21 de Março de 1991.
••••••••••••••••••••••••••••••• Desejosos de promover e reforçar as relações económicas•
outorgando uma Convenção com vista a evitar a dupla tributação
CONSELHO DE MINISTROS: e prevenir a evasão fiscal em matéria de impostos sobre o
rendimento. acordam nas disposições seguintes:
Resolução n.033/2008
ARTlGOl
de 16 d. Outubro
Pessoas vludas
Tomando-se necessário formalizar os instrumentos legais
para a entrada em vigor da Convenção entre o Governo Esta Convenção aplica-se às pessoas residentes de uma
da República de Moçambique e o Governo da Região ou de ambas as Partes Contratantes.
Administrativa Especial de Macau da República da China para
oyitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em matéria ARTIGo2
de Impostos sobre o Rendimento. ao abrigo do disposlO Impostos vludos
na alíneag) do n.o I do artigo 204 da Constituição da República.
1. Esta Convenção aplica-se aos impostos sobre o rendimento
o Conselho de Ministros determina:
exigidos por cada uma das Partes Contratantes. suas subdivisões
Artigo I. É ratificada a Convenção entre o Governo polfticas ou administrativas e suas autarquias locais, seja qual
da República de Moçambique e o Governo da Região for o sistema usado para a sua percepção.
I SÉRIE NÚMERO..j:;'

~. Sãl} l'l.m"iderJ.dll'" Impu!'>l!\:> "obre II rendlmenlu o ... imp'I!'>1I1~ li) O I.:rmu ··na.:iunal dc Moçambique" dt.'!>ignj:
im:idenle!'> ~obre u rendimento IUlal. \lU sobre parl·ela ... (i) Umj pe~soa singular que lenha a nal'ionalidadc
LI!. rendimenlll. lnduíd\l" Ils imJX}~ltb "'llbre u~ ganhll" lkri\ :ldll" dc:.sc ESlado: <..'
da .Ilien;u,ão tk t'o..:ns muhiliâri\l~ tlU imllhillârio!'>. "" imPlhW" (ii) uma p.:!>:.na colcctiva, Mll"i.:d:ld.: d.:: p.::.soa...
Mlbre II ml)llt;Jllh: gllll1;11 til I!,> 'kll:írill'" ragl I!,> 1'... 1;1" empn:....I .... t'o..:m nu as... oci;L~·à\l l.'un ... lilUida de hJ.rm()llhl com
ClllllllU... impo!'>lu!'> ...ol1n.... ~ nl:li,,-\":lIia~. a kgisl:lçào cm vigllf l1e..."c ESlado:
~. O~ impo...lo" actuai"':l que e...la ('llIl\ell~·ün ...c aplic:1 ...ão. i) A e'l;pre...:-ào "lráfego illl.:rn..cinnal" signifIca qu:dquer
m IIneada 111 el1te: Iran...pnrlc por naviel, barco \lU aeronave CXI)lorado"
a) NOl'aso de MIl\'arnhi<luc: por UlTla cm]Jr<..':-J. cuja direl'ção dl:cliv:I eSleja situada
num:1 Part<..' Cunlralanle. e ....·eplo se o navin. barnJ
li} O lmpo!'>lu snbre o Rendimenlo da!'> Pe!'> ...oa ...
IIU :Il:rollave furcm explurado... :.omenlc entre lugares
Singutlre... (IR PS):
"lIuadus na outra Parte Conlralantc:
(ii) O Iml)l1 to ..."l1re {I Rendimento lI:h l'e...M!;ls
j} A exprc:."ão "auturidade CUIl1IX'lcnh:" signifil.·;J:
('{lle~'ll\ a (I RP(' I;
(II :..:guir denominJ.d(l!,> "implhlll ITIIl\·ambicJ.nll"l li) Rdall\:lIncnle a Mtl~'ambique: \) Mini!>tfU
da... FinJ.llç:ls nu II :-eu reprc"cnlante aUlorizad'l:
M No C:hll de tl.l:u:au:
{ii} Rdati\"amcnl<: a ~1:IC:IU: O Chd"e d.\ E\.ccutinl
li) O IlllpU...lO Compkmcnlar de Rl.·ndimento!'>; nu 0' '>Cu:. repre:.ent:mle~ :lUtnri7;ldo....
(ii) O Impo:.to Prot"i ..."iollal;
"l Nll que "'1.' refere fi aplica~';:ill d.:::.ta ('1111\ el1~·;-\lI. num dado
(iii I .-\ Cllnlriblli~'ão Predial Urban;l:
moment(l. por Ulll.l Parte Cnntrat;ll1l..:. qualquCf e\pr.:,,,ào nãll
(i\") O il1lpo,,{o do sdo ...ol11'e u'" ClIl1hecil1lenllh
dellllid:l d<..' oulro l1le.Jo d<..'verâ (<..'r. a nàn "cr quc ti conlc\lo
d<..' l.·uhnllwa 11:1 COlllribui,ãll I'.....dial Urh:ln;l:
c\ija int<..'rprela~·:1\1dikrcnle. u "ignifkado qu<..' Ih<..' fl}r alrihuído
í:l . . <..'gull' d<..'1111minadn... "impo"'lo de 1\I:1l.":lu··1 n.:s ... e mntll<..'lI(n p<..'la kgisl:t~'ão de,,:.;) Parl<..' qu<..' r<.:l;ula
-lo .\ Convcnção ,cd 1:lInb':m .. plil.·;hd aos impl"l(l.~ o" impo... w:- a que a Cnn\\:nçJII ...e J.pliea. pr.:\akl.·.:ndn
de nalurcza iJl':ntica ou ...inll!ar que furem e.~labdeeid(l"', pda' ;I 1I1Ierpr'::I:l,ào' re:-ult;llll<..' dc l;1 lcgisla~'àll fiscal "tlbre ;I que
P;lrte" Clllllratantc~. al){I' a data da :b...in,llur.l da ('tlmen~';itl dCOlff;1 dI.' IIUlr:1 kgi,laçãn d<..' I;1 Parte Conlr:llJ.nte.
C lIue \enham a al.·r.:....:..:r ;lO' al."tuai ... 1IU a ul'J...tilUir os rekriJI ....
no n."::!. A... aUloridadó enmp.:lente:. d;J P;.n.:... ("t>ntralanh"'~
~'\lInuniearãll uma ii nulra. a~ modifica,ile~ ... ub~lanl.·i;li,
Residente
mlmdllLida~ na... re...,x:eti\ a~ Icgi~I:I~")c~ lh~·ai ....
I. Para deito... dc"la CI)ll\cn~;:"u1. :1 c'l;pre......àu "r.:... identc
de Ullla Parle ("onlratanle" "ignil"iç;1 qualquer pc:."n:1 quc. por
\Irlud.: da l.:gl,la,ãll de,,':1 Parle. e...l:í aI sujeita a impo:.tu dc\"ido
Definiçóes gerôlis
ao "eu dOlllidlill. à ... ua rc ... iJ\:nda. an lm':ll de direq'ào
l. 1';lr:t c1l:ilO'" d<..'...ta ('011\ enç:lu. ;1 n~o "'1.'1' que Il ":(\1111.'''10 (lU a qualquer nulm crilérin o.: nalur':Z:1 similar. e :ll'lil.·a-~c
<..'"ija i1l1erprel;1I,)() diferenle: igualmenle a e ... :-a Parle <: ib stlas subdi\"iSl~le:. polílica ...
fi) A, ':'l;pre"'''lie_~ "uma Parle COlltfalanle" e ";, outra !'an.: nu autarquia, 101.":11 .... IIxla\'ia. .:...la .:xpr.:"s;){) não inclui qu.. lqucr
Clllllr:llant<..'··. d.:signall1. ,egundo (l .:onl':\IO. pe .. "o;l (lu<..' c~l;í sujeila a impO!\1o nes"a Parte apenas
a Repúblic;I de ~1o ... ambiqu.: nu a Rcgi;'io rd:tti\ ameme ilU r.:ndimcl\ln de (111111.''' IOl:alizada.. nes..a P:lrl.:
Admim'tratl\;1 E...pcl.'i.ll de Ma..:au: Cl111lr:ltanle.
h) O tcrmo "M(l~';lmbiquc" ~·t1mprecndc II territlÍriu ::!. Quando .:m \-irtuúe dI) di:-p(htl' no n.o I. uma pe.....oa
d.l Repúblic:I de \1o'J.mbiquc c II rc~pcl.'linl mar ~ll1gular fnr re:.ldenl.: d~ J.mb.... a~ PJ.ne... Contratantef>. a ... iluação
l.:rrilnri;11 e bem ;l,...im a... nUlra... zuna!>. induind., ...erá det.:rminaua l,.·tIInu segue:
a... ilha". undl,.'. cm l.."lll1lurmid:lde t'um a kgi,laçãll /I J Ser:i .:tln...iderilda re"id.:nte apenas na Pane em quc lenha
~10':IITlbil,.·:llla .: u Direi!1I Inl.:rnal,.·ional. a R.:rlÍl'Jlka
u.m;1 habila~'ào permanentc:1 "ua di"'pll...tçào. Sc ti"Cr
de Mnçambiqu<..' tem dir.:ilo... ~olxr:llltJ!> rdmi \amente UlTla h;Lbita,ãu pemlanent..: à :.ua di"po~t~·ãtJ.:m amb:l'"
à pcsqtli~a <..' e_\pl"lr;l~'ãll dos rc':llr","~ n:llur;li~. do leito a... I';lfl.:" Conlral:II11<:s, ...crâ clln ... ider;Jd.l re... id.:nle
0(1 mar. lill ~eU ...ub"olo coas :igll.lS sohreja.:<..'nles: ;Iren:l~ d;1 Part..: l,.·OIll a qual "'..:.iam llIal~ c:-Ireita"
c') O l<..'rtlHl "~\;Il.·all··. compreende ;\ P..:"nínsula de Mac:ltl
as "ua" rt:l:lçõ<:!> p<..'":-n:li,, <..' ccon{lll1i~·a ... (c<..'ntrll
l.':I'" ilh:h LI.: Taipa lo: d<..' lol(l;lIle: de interes"es vitais;:
ti I () Iel"ll11 , "i 1ll1111~h I" ~ Igl1 iIII.'a tl i1ll11l1...1o d<..' Mo..; a III l'Jiq ue b) Se a Parte <:m que Icm II ccnlru dc inll.'re...:-e... \i\ai ... lün
PU II irnpll~hl li.: 1\lacau. ~Ci;und(\ o ~'Ilnl':'l;hl: puder ~ ...r dclcrl1lil1:1da ou ...c não li\.:r Ullla hahll;I~'ân
('J O k'nTl'I"lx:,~"l;l" l.·oll1pre<..'llI.k lInM lX:"'~(la ~ingubr. Ulll;l
Ix:rmancnl': à sua di"'po:.i~·ão cm ncnhuma d:l" P:lrle....
"'lo..·leJad.: IIU qualquer llUlo I agrupam.:nltl d.: po.:"''o\I:I';
s.:d nm"iderJ.da residente apena... da Pari.:
J) O lermo ··...nciel.bde·· ... igllll"i~·a llu;llllu.:r pc......e);j ~·Ilkl,.·li\;l
Cnnlralanlc cm que rcrmalll:ce habilualmente~
ou qualquer enlid;ldc qu<..' .: Ir:l.Iaua como Ix:.......la
d Se pcrl1lal1":l.·cr habitualmenle em J.mha~ ,I' I'Jft.:s
colccll\-a par:! tin... lrihuljrio'~
IlU se não permanel.·..:r nabilu:llmenle ~m nenhuma
~I \ ... c"prl.·...sllC' "cmrrC:""1 li.: um;! 1\11'1.: Conlr:lI:IllI.:··
c ··empr.:...a da nutra PJ.fle Contrat.lme" ... iglllfil.·;lm. dela,. ...ed l'lllhider:ld;1 re ... idenl.: ap':l1~h
rcspt:l.·tl\amel1t.:. um:1 empr": ...;t ..:_\plllr;Jd;l ptlr um de MO~';lInbique, ,e 11.11' seu n;ll.·iol1al;
r~·:.id.::nl<: d.: um:1 Parle Conlratanle c uma empn:...a ti J Em qu:llqu....r :-itu;I...ãu 0;1.1 pr':\I~la na" alíneas :1Il1.:rinre...
<:'l;plnraoa por um re ... id.:nle da outra Parte as aUlUridades cOlllllCl.:nl.::- d:lS Parle... ('nnlr;lIaI11c~
(",mtratanl<..': reso1verãn o l:J.so de comum a.:ordo.
16 DE OUTUBRO DE 2008 ~S-{J,

J. Qu:mdo. em \'irtude do dispmtu no n." I. uma pessoa. quc actividade que c!'>!'>a pessoa exerça para a empresa. a não ser que
não ~p uma pcSSU:1 sin~ular. for róidcntl: de ambas as Partes actividades de tal pcs~a se limitem à... indKada.. no n.o 4.
:1....
Contratanles. ser:í ("\lI1siderada residente apenas da Parte as quai!'>. se fossem e'(crcid:ls atra\~s dc uma in.~lalaçãtllha. nàu
Cuntratante cm que estiver siluada a slla dire("\'ão efceti\a. permitiriam l'onsiderar esla instalação fixa cumo
estabcledmento cstávcl. de acordo com as dispost\"6cs desse
númcTU.
Estabelecimento estável 6, NiÍ\l se cunsidera quc lima empresa tem um eslabckcimenl(l
I, Para efcitos desta Convenç1io. a expressão "cstabclceimenlo estável numa j><lrtc Conlratanle pelo simples faclo de cxen:er
c.~lüvel'· signi ril'a uma instala\'ãn lixa. alra vés da qual a cm prCS<l a SUi.l al,tividade nessa Parte pm inlermédio de um cmrCCfOr.
cxcr\'a Ioda ou parte da sua al:tividade. de um comissário-geral ou de qualquer outro agente
::!. :\ e,pressão "Csl;lbde("imenttl cst:Í\cr' comprccnde. independemc. desde que es!J.as pes;,oas actuem no ;ulIbito normal
nllllleadamente:
da sua actividade. Contudo, !oe a al"tividade (lc.. se agcnte
li) Um lucal de direcção; indepcndenle fur dedicada exclusi\'amente ou qua:.e
b) Uma sucur:;al;
cxclusivameme a essa cmpre!>a não !>erá este considerado como
c) Um eM:ritóriu;
agentc independente para efeitos de!>te númcro.
fi) Uma fábrica;
dUma oficin:l: e 7. O faclO de lima sociedade residente de uma Parte Contratante
n Uma mina, um poçu de petróleo ou gás. uma pedreira commlar ou !oer commlada por uma sociedade residenle da outra
ou qualquer loc;\l de extracl.:ão de recursos naturais, Parte Contratanle ou que exerce a sua actividade nessa oulra
J, A expressão '\:Sl:lbclc\:imcnlo estável" compreende Partc Conlratante (quer seja atrav~s dc um estabek:cimcnto
igualmentc: esl:ível. (Iuer de outro modo) não é. por si. bastante para fazer
de qualquer dcss<ls s()ciedade.~ um cstabelccimcrll\l eSlável
a) Um 10c'll do edifício ou uma construção. instali.lç;\o
ou monta~cm de um prujeclo. ou as actividades d:l outra.
de supervisão conexas (:um os mesmos. mas apenas
Altll(õo6
se~se estaleiro. projecto ou ,Ictividade se mantiverem
por um período que eXl'cda 6 meses; Rendimentos dos bens imobiliários
b) O fornecimento de serviços. incluindrr serviços
de l'onsultoria por uma empresa de uma Pane I. Os rendimentos que um residente de uma Parte Contratante
Cuntratante através de empregados ou de oulro aufira de bens imobiliários (incluídos os rcndlmenlos
pessoal conlralado na outra Parte COnlratantc. desde das cxpluraçi)Cs agrícolas ou norestais) situados na outra Parte
que essas actividades prossi~am p.lra o mcsmo ou um Contratante podem ser tribut:ldos nessa outra Parte Conlratanle.
projeclO concxo. por um período ou períodos que 2. A expressão "bens imobiliários"terá o significado que lhe
totalizam mais do que 6 meses cm qualquer período for atribuído pelo direilO da Parte Contratante em que tais bens
de 12 meses.
esliverem siluados. A express1io compreende sempre os
4, N1io obstanle as disposições dos n.'" I a 3. a expressão accssórios, (l gado e u equipamento das cxplora~"ões 'lgrícolas
'"e:-.labelecimen!o esl<ivel" não compreende:
e tlOTestais. os direitos a que se apliquem as disposições
a) As instalaçõcs utilizadas unicamenle para armazenar. do direito privado relativas à propriedade de bens imóveis.
expor ou entregar mercadorias pertencentes à empresa; o usufruto de bens imobiliários e os direitos a retribui\'ües
b} Um depósito de bens ou mercadorias pertcncenles variá\'cis ou fixas pela exploração ou pela concessão
à empresa. mantido unicamente para as armazenar.
da explora~'ão de jazigos minerais. fontes e outros recursos
expor ou entregar;
cJ Um depósito de bens ou mercadorias pertencentes n;:\Iurais; os navios. barcos e aeronaves não são considerados
à empresa. mantido unicamente para serem bens imobiliários.
transformadas por outra empresa; 3. A disposição do n.o I aplica-se aos rendimentos derivados
ti) Uma instalação fixa, mantida unicamente para comprar da utilização directa. do arrendamento ou de qualquer outra
bens ou mercadorias ou reunir informaçôes para forma de utilização dos bens imobiliários.
a empresa; 4, O disposto nos n.os I e 3 aplica-se igualmente
c) Uma instalação fixa. mantida unic~mente para exercer.
aos rendimentos provenientes dos bens imobiliários de uma
. para a empresa. qualquer nulra acti vidade de car.ícter
prcparalôrio (lU auxiliar; empresa e aos rendimentos dos bens imobiliários utilizados para
f) Uma instalação fixa. mantida unicamente para o exercício de profissões independentes.
o exercício de qualquer combinação das actividades
AItT1G07
referidas nas alíneas a) a e). desde que a actividade
de conjunto da instalação fixa resultante desta Lucros das empresas
combinação seja de carácter preparatório ou auxiliar.
I. Os lucros de uma empresa de uma Parte Contratante
5. Não obstante o disposto nos n.... I e 2. quando uma pessoa só podem ser tributados nessa Parte Contratante. a não ser que
- que não seja um a~ente independente. a que é aplicável
a empresa exerça a sua actividade na outra Parte Contratame
ti n. o 6- actue numa ParteContr.uantc porconla de uma empresa
da outra Parte Contratante. e lenha c habitualmente exerça por meio de um estabelecimento estável aí situado. Se a empresa
poderes p:tra concluir contratos em nome da empresa, será exercer a sua actividade deste modo. os seus lunos podem ser
considerado que esla empresa tem um estabeleçimento eSlável tributados na outra Parte Contratante. mas unicamenle na medida
na primeira Parte mencionada relativamente a qualquer em que forem imputáveis a esse estabelecimento eSlável.
348-(4) I SÉRIE - NOMERO 42

2. Com ressalva do disposto no n: 3. quando uma empresa de ARnco9


uma Parte Contratante exercer a sua actividade na outra Parte Empresas associadas
Contratante por meio de um estabelecimento estável aí situado,
serão imputados. em' cada Parle Contratante, a esse 1. Quando:
estabelecimento estável os lucros que este obteria se fosse uma a) Uma empresa de uma Parte Contralante participar. direcla
empresa distinta e separada que exercesse as mesmas actividades ou indirectamente. na direcção. no controle
ou actividades similares, nas mesmas condições ou em ou no capital de uma empresa da outra Parte
condições similares, e lralassecom absoluta independência com Contratante; ou
a empresa de que é eSlabeJecimento estável. b) As mesmas pessoas participarem. directa
3. Na determinação do lucro de um estabelecimento estável é ou indirectamente, na direcção. no controle
permitido deduzir as despesas que tiverem sido feitas para
ou no capital de uma empresa de uma Parte
realização dos fins prosseguidos por esse estabelecimento
Contratante e de uma empresa da outra Parte
estável, incluindo as despesas de direcção e as despesas gerais
Contralante, e em ambos os casos, as duas empresas.
de administração. efectuadas com o fim referido. quer na Parte
nas suas relações comerciais ou financeiras. estiverem
Contratante em que esse eslabelecimenlO eslável estiver situados
ligadas por condições aceites ou impostas que defiram
qu~r fora dele. Esla disJX)Sição é aplicável com as Iimilações
das que seriam estabelecidas en~re empresas
estabelecidas na legislação interna.
independentes. os lucros que. se não existissem essas
4. Se for usual numa Parte Contratante determinar os lucros
condições, teriam sido obtidos por uma das empresas,
imputáveis a um estabelecimento estável com base numa
repartição dos lucros totais da empresa entre as suas diversas mas não foram por causa dessas condições. podem
partes, a disposição do n.02 não impedirá essa Parte Contratante ser incluídos nos lucros dessa empresa
de determinar os lucros tributáveis de acordo com a repartição e, consequentemente, tributados.
usual; o método de repartição adoptado deve, no entanto, 2. Quando uma Parte Contratante incluir nos lucros de uma
conduzir a um resultado conforme os princípios enunciados empresa desta Parte Contratante - e tributar nessa conformidade
neste artigo. - os lucros pelos quais uma empresa da outra Parte Contratante
5. Nenhum lucro será imputado a um estabelecimento estável foi tributada nesta outra Parte Contratante, e os lucros
pelo facto da simples compra de bens ou de mercadorias, por constituídos deste modo constituirem lucros que teriam sido
esse estabelecimento estável, para a empresa. obtidos pela empresa da primeira Parte Contratante,
6. Para efeitos dos números precedentes, os lucros a imputar
se as condições impostas entre as duas empresas tivessem sido
ao estabelecimento estável, serão calculados, em cada ano.
as condições que teriam sido estabelecidas entre empresas
segundo o mesmo método, a não ser que exislam motivos válidos
independentes. a outra Parte Contratante procederá
e suficientes parà proceder de forma diferente.
ao ajuslamento adequado do montante do imposto ar cobrado
7. Quando os lucros compreendam elementos do rendimento
especialmente tratados noutros artigos desta Convenção. sobre os lucros referidos. Na determinação deste ajustamento.
as respectivas disposições não serão afectadas pelas deste artigo. serão tomadas em consideração as outras disposições desta
Convenção e as autoridades competentes das Partes
ARnco8 Contratantes consullar-se-ão, se necessário.
Navegllçlio maritima, Interior e aérea
ARTIGO 10
I. Os lucros provenientes da exploração de navios
Dfvldendos
ou aeronaves no tráfego internacional só podem ser tributados
na Parte Contralante em que estiver situada a direcção efectiva i. Os dividendos pagos por uma sociedade residente de uma
da empresa. com excepção dos lucros provenientes de transportes Pane Contratante a um residente da outra Parte Contratante
efectuados por navios ou aeronaves explorados exclusivamente só podem ser tributados nessa outra Parte Contratante.
entre loca!s situados na outra Parte Contratante, os quais podem 2. Esses dividendos podem. no entanto, ser igualmente
ser tributados nesta última Parte Contratante. tributados na Parte Contratante de que é residente a sociedade
que paga os dividendos e de acordo com a legislação dessa
2. Os lucros provenientes da exploração de barcos utilizados
Parte Contratante; mas se a pessoa que recebe os dividendos for
na navegação interior só podem ser tributados na Parte
o seu beneficiário efectivo, o imposto assim estabelecido não
Contratante em que estiver situada a direcção efectiva excederá 10% do montante bruto desses dividendos. Este número
da empresa. não afecta a tributação da sociedade pelos lucros dos quais
3. Se a direcção efectiva de uma empresa de navegação os dividendos são pagos.
marítima ou de uma empresa de navegação interior se situar 3. O termo "dividendos", usado neste artigo. significa
a bordo de um navio ou de um barco. a direcção efectiva os rendimentos provenientes de acções. acções ou bónus
considera-se situada na Parte Contratante em que se encontra de fruição, partes de minas, panes de fundadores ou outros
o Porto onde esse navio ou barco estiver registado. ou. na falta direitos. com excepção dos créditos. que permitam participar
do Porto de Registo. na Parte Contratante de que é residente nos lucros, assim como os rendimentos derivados de outras partes
a pessoa que explora o navio ou o barco. sociais sujeitas ao mesmo regime fiscal que os rendimentos
4. O disposto no n.o I é aplicável igualmente aos lucros de acções pela legislação da Parte Contratante de que é residente
provenientes da participação num pool. numa exploração em a sociedad~ que os distribui. O !enfiO "dividendos" inclui também
comum ou num organismo internacional de exploração. os rendimentos derivados da associação em participação.
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4. O disposto nos n.os I e 2 não é aplicável se o beneficiário estabelecimento estável ou essa instalação fixa suporte
efectivo dos dividendos, residente de uma Parte Contratante, o pagamento desses juros. tais juros são considerados
exereer actividade na outra Parte Contratante de que é residente provenientes da Parle Contratante em que o estabelecimento
a sociedade que paga os dividendos, por meio de um estável ou a instalação fixa estiverem situados.
estabelecimento estável aí situado, ou exercer nessa ouua Parte 6. Quando. devido a relações especiais entre o devedor
Contratante uma profissão independente, por meio de uma e o beneficiário efectivo ou entre ambos e qualquer outra pessoa.
instalação fixa aí situada, e a participação relativamente à qual o montante dos juros pagos. tendo em conta o crédito pelo qual
os dividendos são pagos estiver efectivamente ligada a esse são pagos, exceder o montante que seria acordado entre
estabelecimento estável ou a essa instalação fixa. !'feste caso, o devedor e o beneficiário efectivo na ausência de tais relações.
são aplicáveis as disposições do artigo 7.° ou do artigo 14.°, as disposições deste artigo são aplicáveis apenas a este último
consoante o caso. montante. Neste caso, o excesso pode continuar a ser tributado
5. Quando uma sociedade residente de uma Parte COnlratante de acordo com a legislação de cada Pane Contratante, tendo em
obtiver lucros ou rendimentos provenientes da outra Parte conta as outras disposições desta Convenção.
Contratante, esta outra Parte Contratante não poderá exigir
nenhum imposto sobre os dividendos pagos pela sociedade, ARTIGO 12
excepto na medida em que esses dividendos forem pagos a um Royalllea e remuneraç6es por trabalho tKnlco
residente dessa outra Parte Contratante ou na medida em que
1. As royalties e as remunerações por trabalho técnico.
a participação relativamente à qual os dividendos são pagos
estiver efectivamente ligada a um estabelecimento estávd provenientes de uma Parte Contratante e pagos a um residente
ou a uma instalação fixa situados nessa outra Parte Contratante da outra Parte Contratante podem ser tributadas nessa outra Parte
nem sujeitar os lucros não distribuídos da sociedade a um Contratante.
imposto sobre os lucros não distribuídos, mesmo que 2.Todavia. essas royalties e remunerações por trabalho técnico
os dividendos pagos ou os lucros não distribuídos consistam, podem 'ser igualmente tributadas na Parte Contratante de que
total ou parcialmente, em lucros ou rendimentos provenientes provam e de acordo com a legislação dessa Parte Contratante,
dessa outra Parte Contratante. mas se a pessoa que receber as royalties ou as remunerações por
trabalho técnico for o seu beneticiário efectivo. o imposto assim
ARTIGO II estabelecido não excederá 10% do montante bruto das royalties
ou das remunerações por trabalho técnico.
Juro.
3. O termo "royalties". usado neste artigo. significa
I. Os juros provenienles de uma Parte Contratante e pagos as retribuições de qualquer natureza atribuídas pelo uso ou pela
a um residenle da ouua Parte Contratante podem ser tributados concessão de uso de um direito de autor sobre uma obra literária.
nessa outra Parte Contratante. anística ou cienlífica. incluindo os filmes cinematográficos. bem
2. Esses juros podem, no entanto, ser igualmente tributados como filmes ou gravações para transmissão pela rádio
na Pane Contratante de que provêm e de acordo com a legislação ou televisão, de uma patente. de uma marca de fabrico
dessa Parte Contratante, mas se o beneficiário efectivo dos juros ou de comércio, de um desenho ou de um modelo. de um plano.
for residente da .outra Parte Contratante, o imposto assim de uma fórmula ou de ul1'! processo secreto, bem como pelo uso
estabelecIdo não excederá 10% do montante bruto desses juros. ou pela concessão do uso de um equipamenlo industriD.l.
3. O termo "juros", usado neste artigo, significa os rendimentos comercial ou científico ou por informações respeitantes a uma
de créditos de qualquer natureza com ou sem garantia experiência adquirida no sector industrial. comercial
hipotecária e com direito ou não a participar nos lucros ou científico.
do devedor, e em particular os rendimentos da dívida pública 4. O termo "remunerações por trabalho técnico". usado neste
e de obrigações de empréstimos, incluindo prémios atinentes artigo. significa pagamentos de qualquer natureza a qualquer
a eises títulos. Para efeitos deste artigo, não se consideram juros pessoa, outra que não o empregado da pessoa que faz
as penalizações por pagamento tardio. os pagamentos. em consideração por qualquer serviço
4. O disposto nos n..O' I e 2 não é aplicável se o beneficiário de natureza técnica, de gestão ou consuilaria. excepto
efectivo dos juros. residente de uma Parte Contratante. exercer se o pagamento for a título de reembolso de despesas incorridas
actividade na outra Parte Contratante de que provêm os juros, por essa pessoa com respeito ao serviço.
por meio de um estabelecimento estável aí situado, ou exercer 5. O disposto nos n.os 1 e 2 não é aplicável se o beneficiário
nessa ouua Parte Contratante uma profissão independenle. por efectivo das royalties ou das remunerações por trabalho técnico,
meio de uma instalação fixa aí situada. e o crédito relativamente residente de uma Parte Contratante, exercer actividade na oulta
ao qual os juros são pagos estiver efectivamente ligado a esse Pane Contratante de que provêm as royallies ou as remunerações
estabelecimento estável ou a e.ssa instalação fixa. Neste caso, por trabalho técnico. por meio de um estabelecimento estável aí
são aplicáveis as dispOsições do artigo 7.° ou do artigo 14.°, situado. ou exercer nessa outra Parte Contratante uma profissão
consoante o caso. independente. por meio de uma instalação fixa ar situada.
5. Os juros consideram-se provenientes de uma Parte e o direito ou bem relativamente ao qual as royalties
Contratanle quando o devedor for essa própria Parte Contratante. ou as remunerações por trabalho técnico são pagas, estiver
uma sua subdivisão política ou administrativa. autoridade local efectivamente ligado a esse estabelecimento estável ou.a essa
ou um residente dessa Parte Contratante. Todavia. quando instalação fixa. Neste caso, são aplicáveis as disposições
o devedor dos juros, seja ou não residente de uma Parte do artigo 7.° ou do artigo 14.°, consoante o caso.
Contratante, tiver numa Parte Contratante um estabelecimento 6. As royalties ou as remunerações por trabalho técnico
estável ou uma instalação fixa em relação com os quais haja consideram-se provenientes de uma Parte Contratante quando
sido contraída a obrigação pela qual os juros são pagos e esse o devedor for essa própria Parte COnlratante. uma sua subdivisão
348-(6) /SÉRIE-NOMERO 42

política ou administrati-v3. uma sua autoridade local ou um nessa Parte Contratante. Esses rendimentos podem. porém.
residente dessa Parte Contratante. Todavia. qua!\do o devedor ser tributados na outra Parte Contratante nos seguintes casos;
das royalties ou das remunerações ·por trabalho técnico seja a) Se esse residente dispuser, de fonna habitual. na outra
ou não residente de uma Parte Contratante. tiver numa Parte Parte Contratante. de uma instalação fixa para
Contratante um estabelecimento estável ou uma instalação fixa o exercfcio das suas actividades. Neste caso. podem
em relação com os quais haja sido contrafda a obrigação pela ser tributados na outra Parte Contratante.
qual as royalties ou as remunerações por trabalho técnico são os rendimentos que forem imputáveis a essa instalação
pagas, e esse estabelecimento estável ou essa instalação fixa fixa;
suporte o pagamento dessas royalties ou as remunerações por ou
trabalho técnico tais royahies ou remunerações por trabalho b) Se o residente permanecer na outra Parte Contratante
durante um período ou períodos que excedam.
técnico são consideradas provenientes da Parte Contratante em
no total. 183 dias. em qualquer período de 12 meses
que o estabelecimento estável ou a instalação fixa estiverem
com início ou termo no ano fiscal em causa. Neste
situados. caso, só pode ser tributada na outra Parte Contratante
7. Quando. devido a relações especiais existentes entre a parcela dos rendimentos obtidos das actividades
o devedor e o beneficiário efectivo das royalties exercidas nessa outra Parte Contratante.
ou das remunerações por trabalho técnico ou entre ambos
2. A expressão "profissões liborais" abrange. em especial.
e qualquer outra pessoa. o montante das royalties. tendo as actividades independentes de carácter éientífico, literário.
em conta o uso. o direito ou a informação pelos quais são pagas. artístico. educativo ou pedagógico, bem como as actividades
ou das remunerações por trabalho técnico. exceder o montante independentes de médicos. advogados. engenheiros,
que seria acordado entre o devedor e o beneficiário efectivo. arquitectos. contabilistas e dentistas.
na ausência de tais relações, as disposições deste artigo são
aplicáveis apenas a este último montante. Neste caso. o excesso ART1GO 15
pode continuar a ser tributado de acordo com a legislação Prollssõe. dependentes
de cada Parte Contratante. tendo em conta as outras disposições
I. Com ressalvado disposto nos artigos 16.°. 18.°. 19.° e 20.°,
desta Convenção.
os salários. ordenados e remunerações similares obtidas de um
,
emprego por um residente de uma Parte Contratante só podem
ser tributadas nessa Parte Contratante. a não ser que o emprego
Mais-valias seja exercido na outra Parte Contratante. Se o emprego for aí
I. Os ganhos que um residente de uma Parte Contratante exercido. as remunerações correspondentes podem ser tributadas
aufira da alienação de bens imobiliários considerados no artigo nessa outra Parte Contratante.
.6" e situados na outra Parte Contratante podem ser tributados 2. Não obstante o disposto no n.O I. as remunerações obtidas
nessa outra Parte Contratante. por um residente de uma Parte Contratante de um emprego
2. Os ganhos provenientes da alienação de bens mobiliários exercido na outra Parte Contratante só podem ser tributadas na
Parle Contratante primeiramente mencionada se;
que façam parte do activo de um estabelecimento estável que
uma empresa de uma Parte Contratante tenha na outra Parte a) O beneficiário permanecer na outra Parte Conlratante
Contratante ou de bens mobiliários afectos a uma instalação durante um período ou períodos que não excedam.
fixa de que um residente de uma Parte Contratante disponha no total, 183 dias. em qualquer período de 12 meses
na outra Parte Contratante para o exercício de uma profissão com início ou termo no ano fiscal em causa;
independente. incluindo os ganhos provenientes da alienação b) As remunerações forem pagas por uma entidade patronal
desse estabelecimento estável (isolado ou com O conjunto ou em nome de uma entidade patronal que não seja
da empresa) ou dessa instalação fixa. podem ser tributados nessa residente da outra Parte Contratante; e
outra Parte Contratante. c) As remunerações não forem suportadas por um
3. Os ganhos provenientes da alienação de navios. estabelecimento estável ou por uma instalação fixa
ou aeronaves explorados no tráfego internacional, de barcos que a entidade patronal tenha na outra Parte
utilizados na navegação interior ou de bens mobiliários afectos Contratante.
à exploração desses navios. aeronaves ou barcos só podem 3. Não obstante as disposições anteriores deste artigo.
ser tributados na Parte Contratante em que estiver situada as remunerações derivadas de um emprego exercido a bordo
a direcção efectiva da empresa.
de um navio. barco ou de uma aeronave. só podem ser tributadas
4. Os ganhos provenientes da alienação de quAisquer outros
na Parte Contratante em que estiver situada a direcção efectiva
bens diferentes dos mencionados nos números anteriores deste da empresa.
artigo só podem ser tributados na Parte Contratante de que ARTIGO 16
o alienante é residente.
Membros dos conselhos e quadros técnleos
ARTIGO 14
I. As percentagens, senhas de presença e remunerações
Profissões Independentes
similares obtidas por um residente de uma Patte Contratante
1. Os rendimentos obtidos por um residente de uma Parte na qualidade de membro do conselho de administração de uma
Contratante pelo exercício de uma profissão liberal ou de outras sociedade residente da outra Parte Contratante podem
actividades de carácter independente só podem ser tributados ser tributadas nessa outra Parte Contratante.
/6 DE OUTUBRO DE 2008 348-fI)

2. Os salários, ordenados e remunerações similares obtidas directamente, quer atrav~s de fundos por elas
por um residente de uma Parte Contratante na sua qualidade constituídos, a uma pessoa singular. em consequência
de quadro superior da administração de uma empresa residente de serviços prestados a essa subdivisão ou autarquia,
da outra Parte Contratante podem ser tributadas nessa outra Parte só pode ser tributada nessa Parte Contratante;
Contratante. b) Não obstante as provisões da alínea a), estas pensões
s6 podem, contudo, ser tributadas na outra Parte
ARTIGO 17 Contratante se a pessoa singular for um residente
Artistas e desportistas dessa Parte Contrante, ou no caso de Moçambique,
se essa pessoa singular for um seu residente
I. Não obstante o disposto nos artigos 14.· e 15.°, ou nacional.
os rendimentos obtidos por um residente de uma Parte
Contratante na qualidade de profissional de espectáculos, tal 3. O disposto nos artigos 15.·, 16.°, 17.- e 18.° aplica-se
como artista de teatro, cinema. rádio ou televisão, ou músico, aos salários, ordenados e outras remunerações similares e pensões
bem como de desportista. provenientes das suas actividad~s pagas em consequência de serviços prestados em conexão com
pessoais exercidas, nessa qualidade, na outra Parte Contratante, uma actividade comercial ou industrial exercida por uma Parte
podem ser tributados nessa outra Parte Contratante. Contratante ou por uma sua subdivisão política ou admi-
2. Não obstante o disposto nos artigos 7.°, 14.° e 15.", nistrativa ou autarquia local.
os rendimentos da actividade exercida pessoalmente pelos
ART1G020
profissionais de espectáculos ou desportistas, nessa qualidade,
atribuídas a uma outra pessoa, podem ser tributados na Pane Professores e investigadores
Contratante em que são exercidas essas actividades I. Uma pessoa que ~ residente de uma Parte Contratante,
dos profissionais de espectáculos ou dos desportistas. ou o foi, imediatamente antes de se deslocar à outra Parte
3. Não obstante o disposto nos n.·s I e 2 deste artigo.
Contratante com vista unicamente a ensinar ou/e fazer
os rendimentos destas actividades realizadas ao abrigo de um investigação científica, numa uni versidade, num col~gio. escola
Acordo Cultural entre as Partes Contratantes estarão isentos ou outra instituição de ensino ou de pesquisa científica,
de impostos na Parle Contratante em que são exercidas
reconhecida pelo Governo dessa Parte Contratante, como não
se a visita a essa Parte Contratante for financiada pelo Governo
tendo fins lucrativos, durante um período não excedente a dois
de uma Parte Contratante, autoridade local ou instituiçãopública
anos desde a data da sua chegada a essa outra Parte Contratante,
directamente ou por fundos públicos de ambas as Partes
~ isenta de impostos nessa outra Parte Contratanle pelas
Contratantes, e as actividades não forem levadas a cabo para
remunerações recebidas em consequência desse ensino
fins lucrativos.
ou investigação.
ARTIGO 18 2. A isenção prevista nos tennos do disposto no n.o I, não
~ aplicável ao rendimento proveniente de investigação
Pensões se a mesma for levada a cabo, não no interesse público,
Com ressalva do disposto no n.o 2 do artigo 19.°, as pensões mas essencialmente em benefício particular de uma determinada
e outras remunerações similares pagas a um residente de uma pessoa ou pessoas.
Parte Contratante, em consequência de um emprego anterior
só podem ser tributadas nessa Parte Contratante. ARllG021
Estudantes e estaglártos
ARTJGOI9
As importâncias que um estudante ou um estagiário
Remunerações públicas que é ou foi, imediatamente antes da sua pennanência numa
I. a) Os salários, vencimentos e outras remunerações Parte Contratante, residente da outra Parte Contratante e cuja
similares, excluindo as pensões, pagas por uma Parte pennanência na Parte Contratante primeiramente mencionada
Contratante ou por uma sua subdivisão política tem como objectivo único aí prosseguir os seus estudos ou a sua
ou administrativa ou autarquia local a uma pessoa formação. receba para fazer face às despesas com a sua
singular. em consequência de serviços prestados manutenção, estudos ou formação, desde quI' provenham de
a essa Parle Contratante ou essa subdivisão fontes situadas fora dessa Parte Contratante estarão isentas de
ou autarquia. só podem ser tributadas nessa Parte impostos nessa outra Parte Contratante. A isenção acima referida
Contratante; aplicar·se·á somente por um período de tempo considerado
b) Não obstante as provisões da alínea a). os salários, razoável para completar os estudo ou a fonnação.
vencimentos e outras remunerações similares,
ART1G022
só podem, contudo, ser tributadas na outra Parte
Contratante se os serviços forem prestados nessa Parte Outros rendImentos
Contratante e se a pessoa singular for um residente
I. Os elementos do rendimento de um residente de uma Parte
dessa Parte Contratante que:
Contratante e donde quer que provenham não tratados
O) É um seu nacional. no caso do exercfcio expressamente nos artigos anteriores desta Convenção s6 podem
da actividade em Moçambique; ou ser tributados nessa Parte Contratante.
(ii) Que não se tornou seu residente unicamente para 2. O disposto no n.o 1 não se aplica ao rendimento que não
o efeito de prestar os ditos serviços. seja rendimento de bens imobiliários como são definidos
2. a) Qualquer pensão paga por uma Parle Con· no n.o 2 do artigo 6.°, auferido por um residente de uma Pane
tratante ou por uma sua subdivisão política Contratante que exerce actividade na outra Parte Contratante
ou administrativa ou autarquia local, quer por meio de um estabelecimento estável aí situado ou que exerce
348-(8) J SÉRIE - NÚMERO 42

nessa outra Parte Contratante uma profissão independente 4. As empresas de uma Parte Contratante cujo capital. total
através de uma instalação fixa aí situada. estando o direito ou parcialmente. directa ou indirectamente. seja possuido
ou a propriedade. em relação ao qual o rendimento é pago, ou controlado por um ou mais residentes da outra Parte
efectivamente ligado com esse estabelecimento estável Contratante. não ficarão sujeitas. na Parte Contratante
ou instalação fixa. Neste caso, são aplicáveis as disposições primeiramente mencionada. a nenhuma tributaçàoou obrigação
do artigo 7." ou do artigo 14.°, consoante o caso. com ela conexa diferente ou mais gravosa do que a que estejam
3. No entanto, os elementos do rendimento de um residente ou possam estar sujeitas as empresas similares dessa primeira
de uma Parte Contratante não tratados nos artigos anteriores Parte Contratante.
desta Convenção e que provenham da outra Parte Contratante,
podem ser tributados também nessa outra Pane Contratante. ARnoo25

ART1G023 Procedimento amigável

Método par. eliminar a dupla trlbtJtaçJo I. Quando uma pessoa considerar que as medidas tomadas
por uma Parte Contratante ou por ambas as Partes Contratantes
I. Relativamente a Moçambique. a dupla tributação será
conduzem ou poderão conduzir. em relação a si, a uma tributação
eliminada do seguinte modo:
não conforme com o disposto nesta Convenção. poderá.
(i) Quando um residente de Moçambique obtiver independentemente dos recursos estabelecidos pela legislação
rendimentos que. de acordo com o disposto nesta dessas Partes. submeter. por escrito. a fundamentação da sua
Convenção. possam ser tributados em Macau. reclamação à autoridade competente da Parte Contratante de que
Moçambique deduzirá do imposto sobre é residente. O caso deverá ser apresentado dentro de três anos
os rendimentos desse residente uma importância a contar da data da primeira comunicação da medida que der causa
igual ao imposto sobre o rendimento pago à tributação não conforme com o disposto nesta Convenção.
em Macau; 2. Essa autoridade competente, se a reclamação se lhe afigurar
(ii) A importância deduzida não poderá, contudo. fundada e não estiver em condições de lhe dar uma solução
exceder a fracção do imposto sobre o rendimento satisfatória, esforçar-se-á por resolver a questão através de acordo
calculado antes da dedução correspondente aos amigável com a autoridade competente da outra Parte Contratante.
rendimentos que podem ser tributados em Macau;
a fim de evitar a tributação nãoconfonne com a presente Convenção.
(iii) Quando. de acordo com o disposto nesta
Qualquer acordo alcançado será aplicado independentemente
Convenção. o rendimento obtido por um residente
dos prazos estabelecidos no direito interno das Partes Contratantes.
de Moçambique for isento de imposto neste
3. As autoridades competentes das Partes Contratantes
Estado. Moçambique poderá. ao calcular
esforçar-se-ão por resolver. através de acordo amigável.
o quantitativo do imposto sobre o resto
as dificuldades ou dúvidas a que possa dar lugar a interpretação
dos rendimentos desse residente. ter em conta
o rendimento isento. ou a aplicação da Convenção. Poderão também consultar-se
mutuamente. a fim de eliminar a dupla tributação em casos não
2. Relativamente a Macau. a dupla tributação será eliminada previstos nesta Convenção.
do seguinte modo: quando um residente de Macau obtém 4. As lmforidades competentes das Partes Contratantes
rendimentos que. de acordo com o disposto nesta Convenção. poderão. quando necessário. comunicar directamente entre
podem ser tributados em Moçambique ficam isentos do imposto si. com vista à aplicação desta convenção a fim de chegarem
de Macau. a acordo nos termos indicados nos números anteriores.
ARTK;()24
AmG026
Nlo dlscnmlnaçio
Troca de Informaç6es
I. Os nacionais de Moçambique e os residentes de Macau
I. As autoridades competentes das Partes Contratantes
não ficarão sujeitos na outra Parte Contratante a nenhuma
trocarão entre si as informações necessárias para aplicar esta
tributação ou obrigação com ela conexa diferente ou mais
Convenção ou as leis internas das Partes Contratantes relativas
gravosa do que aquela a que estejam ou possam estar sujeitos
respectivamente. os residentes de Macau ou os nacionais aos impostos abrangidos por esta Convenção. na medida
de Moçambique que se encontrem na mesma situação. Não em que a tributação nela prevista não seja contrária a esta
obstante o estabelecido no artigo 1.0. esta disposição aplicar- Convenção. A troca de informações não é restringida pelo
se-á também aos nacionais de Moçambique que não slo disposto nos artigos 1.0 e 2.°. Qualquer informação recebida
residentes de uma ou de ambas as Partes Contratantes. por uma Parte Contratante será considerada secreta. do mesmo
2. A tributação de um estabelecimento estável que uma modo que as informações obtidas com base na legislação interna
empresa de uma Parte Contratante tenha na outra Parte dessa Parte Contratante. e só poderá ser comunicada às pessoas
Contratante não será nessa outra Parte Contratante menos ou autoridades (incluindo tribunâis e autoridades
favorável do que a das empresas dessa outra Parte Contratante administrativas) encarregadas do lançamento ou cobrança
que exerçam as mesmas actividades. dos impostos abrangidos por esta Convenção.
3. Esta disposição não poderá ser interpretada no sentido ou dos procedimentos declarativos ou executivos relativos
de obrigar uma Parte Contratante a conceder aos residentes a estes impostos, ou da decisão de recursos referentes a estes
da outra Parte Contratante as deduções pessoais. abatimentos impostos. Essas pessoas ou autoridades utilizarão as informações
e reduções para efeitos fiscais atribuídos em função do estado assim obtidas apenas para os fins referidos. Essas informações
civil ou encargos familiares concedidos aos seus próprios poderão ser reveladas no decurso de audiências públicas
residentes. de tribunais ou de sentença judicial.
16 DE OUTUBRO DE 2008 348-(9)

2. O disposto no n." I nunca poderá ser interpretado no sentido Feiro em duplicado, em Macau, aos 15 de Junho de 2007,
de impor às autoridades competentes de uma Parte Contratante em Português e Chinês, sendo os dois textos igualmente
a obrigação: autênticos.

a) De tomar medidas administrativas contrárias à sua


Pelo Governo da República de Moçambique, Manuel Chang
legislação e à sua prática administrativa ou às da outra ( Ministro das Finanças).
Parte Contratante; Pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau
b) De fornecer informações que não possam ser obtidas com da República Popular da China, Ho Hau Wall.
base na sua legislação ou no âmbito da sua prática
administrativa nonnal ou das da outra Parte Contratante; Protocolo Adicional
c) De transmitir informações reveladoras de segredos ou pro-.
No momento da assinatura da Convenção entre o Governo
cessos comerciais, industriais ou profissionais, ou informa-
da República de Moçambique e o Governq da Região
ções cuja comunicação seja contrária à ordem pública.
Administrativa Especial de Macau da República Popular
ARTIG027 da China, para evitar a dupla tributação e prevenir a evasão
fiscal em matéria de impostos sobre o rendimento, os signatários
Membros dos postos consulares acordam na disposição seguinte, que faz parte integrante
o disposto. na presente Convenção não prejudicará da Convenção:
os privilégios fiscais de que beneficiem os membros dos postos
Ad artigo 27
consulares em virtude de regras gerais de Direito Internacional
Entre a República de Moçambiquee a Região Administrativa
ou de disposições de acordos especiais.
Especial de Macau da República Popular da China fica acordado
ARTlG028 que se conferirá às Delegações Económicas e Comerciais que
possam vir a ser estabelecidas nos respectivos territórios, bem
Entrada em vigor
como ao pessoal que nelas venha prestar serviço, todos os direitos
Cada Parte Contratante notificará à outra Parte Contratante e regalias em matérias de privilégios fiscais de que beneficiam
a conclusão dos procedimentos requeridos pela sua legislação os Postos Consulares e o seu pessoal, ao abrigo da Convenção
para a entrada em vigor desta Convenção. de Viena sobre Relações Consulares de 1963, não podendo este
Esta Convenção entrará em vigor na data da última destas Protocolo ser entedido no sentido de conferir ao Chefe da
notificações e terá efeitos: Delegação ou ao demais pessoal o estatuto que essa mesma
Convenção determina para os Chefes de Posto Consular ou
a) Com respeito aos impostos devidos na fonte, para
os montantes pagos ou creditados, a partir do primeiro Pessoal Consular.
dia em que esta Convenção entrar em vigor; Em testemunho do qual, os signatários, devidamente
b) No que respeita aos outros impostos: relativamente autorizados, pelos seus respectivos Governos, assinam este
aos rendimentos produzidos no período de tributação Protocolo.
que se inicie depois de 1 de Janeiro do ano em
Feito em duplicado, em Maoou, aos 15 de Junho de 2007, em
que esta Convenção entrar em vigor.
Português e Chinês, sendo os dois textos igualmente autênticos.
ARTIG029 Pelo Governo da República de Moçainbique, Manuel Chang
(Ministro das Finanças).
Denúncia
Pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau
, A presente Convenção manter-se-á em vigor enquanto não
da República Popular da China, Ho Hall WaIJ.
for denunciada por uma Parte Contratante. Q\Jalquer das Partes
Contratantes pode denunciar a Convenção, pela via apropriada,
mediante um aviso prévio de cessação pelo menos·_seis meses
antes do fim de qualquer ano civil, a partir do quinto ano seguinte CONSELHO DE MINISTROS
ao da entrada em vigor. Neste caso, a Convenção deixará
de se aplicar: Resolução n." 34/2008
a) No que concerne aos impostos cobrados através de 16 de Outubro
da retenção na fonte, às somas atribuídas ou pagas,
imediatamente depois de 1 'de Janeiro do ano Tornando-se necessário formalizar os instrumentos legais
da notificação da denúncia; e para a entrada em vigor do Protocolo entre a República
de Moçambique e a República Portuguesa que revê a Convenção
b) No que respeita aos outros impostos sobre o rendimento,
para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal
os impostos aplicáveis para os períodos tributáveis em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Lisboa,
que começam imediatamente depois de I de Janeiro em 21 de Março de 1991, ao abrigo do disposto na alínea g)
do ano da notificação da denúncia. do n." I do artigo 204 da Constituição da República
Em testemunho do qual, os signatários, devidamente de Moçambique, o Conselho de Ministros determina:
autorizados, pelos seus respectivos Governos, assinam esta Único: É ratificado o Protocolo assinado em Maputo,
Convenção. aos 24 de Junho de 2007, entre a República de Moçambique

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