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Aula 05

SEFAZ-MG (Auditor Fiscal - área


Auditoria e Fiscalização) Contabilidade
Avançada - 2022 (Pós-Edital) (Prof Julio
e Luciano)

Autor:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo

18 de Julho de 2022

00346813379 - Naiara Braz Sidrim Nogueira


Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 05

Índice
1) Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários
..............................................................................................................................................................................................3

2) Questões Comentadas - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários - Mu


..............................................................................................................................................................................................
31

3) Lista de Questões - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários - Mult
..............................................................................................................................................................................................
60

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CPC 08 - CUSTOS DE TRANSAÇÃO E PRÊMIOS NA EMISSÃO


DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (R1)

Objetivo e Conceito Iniciais

O objetivo do Pronunciamento Técnico CPC 08 é estabelecer o tratamento contábil aplicável ao


reconhecimento (contabilização), mensuração e divulgação dos custos de transação incorridos e dos prêmios
recebidos no processo de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de
dívida.

Esquematizemos:

RECONHECIMENTO,
TRATAMENTO
OBJETIVO MENSURAÇÃO E
CONTÁBIL PARA
DIVULGAÇÃO

DOS CUSTOS DE
NA CAPTAÇÃO DE
TRANSAÇÃO E
RECURSOS
PRÊMIOS RECEBIDOS

Assim, identificamos duas formas diferentes de captação:

1) Dos sócios: através dos títulos patrimoniais (por exemplo: ações),

2) De terceiros: debêntures, notas promissórias.

Podemos adiantar que “dinheiro dos sócios fica no Patrimônio Líquido (PL)”. E dinheiro de terceiros fica no
Passivo Exigível e na Demonstração dos Resultados. Veremos isso com detalhes adiante.

Vamos começar com o básico sobre custo das transações! Para obtenção de empréstimos, financiamentos,
em muitas situações, a empresa incorre em custos, como por exemplo, taxas de abertura de crédito, taxas
para verificação de pendências.

Aqui é crucial entender que o custo de transação deve ser contabilizado ao longo do tempo. Antigamente,
o custo de transação ia diretamente para o resultado imediatamente, no momento inicial dessa operação.

Assim, se uma empresa captasse 10.000 com custo de transação de 800 para pagar em 2 meses, com juros
de 10% ao mês, a contabilização inicial ficava assim:

Observação: vamos usar juros simples, nesse exemplo, mas o correto é usar juros
compostos – método exponencial.

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D – Caixa (ativo) 9.200


D – Custos de transação (resultado) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

Essa é a contabilização anterior, que foi mudada.

Atualmente, os custos de transação devem ser apropriados pelo tempo do empréstimo.

Dessa forma, ao invés de contabilizar 800 no resultado, vamos contabilizar 400 no primeiro mês e 400 no
segundo mês.

Assim:

D – Caixa (ativo) 9200


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

Observação: a conta Custos a Amortizar é retificadora do passivo, possui natureza


devedora e seu funcionamento será explicado com detalhes ao longo da aula.

Depois de um mês, a empresa contabiliza metade dos custos para o resultado (reforçando que estamos
usando juros simples):

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

No segundo mês, a empresa contabiliza o restante:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

Portanto, os custos de transação vão para o resultado ao tempo do empréstimo, e não de imediato, como
era antigamente. A justificativa é que os efeitos no resultado da entidade serão sentidos ao longo do tempo
e não apenas no momento inicial da operação.

Além dos custos, a empresa também deve contabilizar os juros mensais (no nosso exemplo, de 1.000 por
mês, ou seja, 10% do principal).

Em alguns pontos, o conhecimento de matemática financeira é fundamental para entender o assunto.

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Alcance

Este pronunciamento regula a contabilização e evidenciação dos custos de transação e dos prêmios
recebidos no caso de captação de recursos dos sócios (emissão de ações, compra e alienação de ações
próprias – “ações em tesouraria”) e de terceiros (emissão de debêntures, empréstimos e financiamentos).

Esquematizemos:

Distribuição de ações

Aquisição e alienação
de ações próprias

Custos de
Empréstimos e
transação e Financiamentos
Prêmios

Prêmios de Debêntures

Títulos e valores
mobiliários

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Definições

Para as definições, vale ler e reler o texto do pronunciamento, para o caso das bancas cobrarem literalidade.

3. Para fins deste Pronunciamento, consideram-se os termos abaixo com os seguintes


significados:

Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis às


atividades necessárias exclusivamente à consecução das transações citadas no item 2.

São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido evitados se
essas transações não ocorressem.

Exemplos de custos de transação são:

i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;

ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores,


consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores etc.);

iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows);

iv) taxas e comissões;

v) custos de transferência;

vi) custos de registro etc.

Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores
mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou custos de
carregamento.

Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus pago ou a


pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador derivado
dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice específico de variação de preços e
assemelhados; incluem, portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial
etc., mas não inclui taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc.

Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de transação,
prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual representa a diferença entre
os valores recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a terceiros.

Prêmio na emissão de debêntures ou de outros títulos e valores mobiliários é o valor


recebido que supera o de resgate desses títulos na data do próprio recebimento ou o valor
formalmente atribuído aos valores mobiliários.

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Taxa interna de retorno (TIR) é a taxa efetiva de juros que iguala o valor presente dos
fluxos de entrada de recursos ao valor presente dos fluxos de saída. Em outros termos, é
a taxa efetiva de juros que faz com que, por exemplo, o valor presente líquido dos fluxos
de caixa de determinado título de dívida ou empréstimo seja igual a zero, considerando-se,
necessariamente, a captação inicial líquida dos custos de transação

Título patrimonial é qualquer contrato (ou título ou valor mobiliário) que evidencie um
interesse residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. Como
exemplo, citam-se ações, bônus de subscrição, etc.

Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de
fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação
compulsória.

Atenção: neste pronunciamento, consta ainda a redação anterior de Valor Justo. A


definição atual é:

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do
mercado na data de mensuração. (Alterada pela Revisão CPC 03)

- Diferença Juros e Encargos Financeiros

É importante destacar a diferença entre despesas financeiras e encargos financeiros.

Despesas financeiras representam a remuneração direta do recurso tomado e incluem


juros, variação monetária, variação cambial etc. Ou seja: “emprestei dinheiro, qual a
minha remuneração?

Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras com custos de transação,
prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados. Trata-se, portanto, de um conceito
mais amplo.

A seguir, um quesito:

(TRT 17/Contabilidade/2013) Para fins de aplicação do conceito de custo de transação, o conceito de


encargos financeiros é mais amplo que o de despesas financeiras, pois o cálculo dos encargos financeiros
inclui, além da soma das despesas financeiras, os custos de transação, prêmios, descontos e ágios.
Comentários:
Conforme acabamos de salientar, o gabarito é certo.

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Contabilização das Captações de Recursos para o Capital Próprio

Já mencionamos que o dinheiro dos sócios fica no Patrimônio Líquido, ou seja, transações que envolvem os
sócios da empresa, como regra, NÃO afetam o resultado do exercício, são lançadas diretamente no
Patrimônio Líquido, como veremos.

O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão de títulos patrimoniais,
como por exemplo, ações, partes beneficiárias, deve corresponder aos valores líquidos disponibilizados para
a entidade, pois essas transações são efetuadas com sócios já existentes e/ou novos, não devendo seus
custos influenciar o resultado da entidade.

Esquematizemos:

Recursos captados PL Valores líquidos

Fique atento com isso! Veja o quanto que efetivamente entrou no caixa da empresa pela operação!!

Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais
devem ser contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os
eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital.

Esquematizemos:

Custos de transação Conta redutora do PL

Captação recursos PL

Prêmio Reservas de capital

Ou seja, os gastos com emissão de ações (os custos de transação) ficam em conta redutora do Patrimônio
Líquido, e não afetam o resultado do exercício.

- Exemplo 1 – Captação de Recurso com Gasto na Emissão de Ações

Uma empresa lançou ações no valor de 10.000, com gastos de emissão (custos de transação) de 500.

A contabilização fica assim:

D – Caixa (Ativo) 9.500


D – Gastos com emissão (PL – retificadora do Capital Social) 500
C – Capital Social (PL) 10.000

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Razonetes:

C aixa (A tivo) G astos em issão ações C apitalsocial


9.500,00 500,00 10.000,00

No PL, aparece assim:

Patrimônio líquido R$
Capital Social 10.000
Gastos com emissão (500)

Mas a empresa também pode conseguir um prêmio na emissão das ações. Tal prêmio (o ágio na emissão das
ações) deve ser contabilizado como Reserva de Capital.

- Exemplo 2 – Captação de Recurso com Prêmio na Emissão de Ações

Uma empresa lançou ações no valor de $10.000 e conseguiu um prêmio de $800.

A contabilização fica assim:

D – Caixa (Ativo) 10.800


C – Reserva de prêmio na emissão de ações (PL) 800
C – Capital Social (PL) 10.000

Razonetes:

C aixa (A tivo) Prêm io - A ções C apitalsocial


10.800,00 800,00 10.000,00

- Exemplo 3 – Captação de Recurso com Gasto na Emissão de Ações e


Prêmio

Muito bem. Agora vamos complicar. E se a empresa tiver, ao mesmo tempo, gastos na emissão (custos de
transação) e prêmio?

Nesse caso, abatemos um com o outro (o prêmio com o custo de transação) e só consideramos o que
sobrar.

Se o gasto for maior, a sobra fica como retificadora do Capital Social.

Se o prêmio for maior, fica como reserva de capital.

Exemplo: uma empresa lançou ações no valor de 10.000, com gastos de emissão de 500 e prêmio de 800.

Nesse caso, abatemos os gastos do prêmio e contabilizamos o seguinte:

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D – Caixa (Ativo) 10.300


C – Reserva de prêmio na emissão de ações (PL) 300
C – Capital Social (PL) 10.000

Razonetes:

C aixa (A tivo) Prêm io - A ções C apitalsocial


10.300,00 300,00 10.000,00

Se o valor dos gastos de emissão superar o prêmio, o excesso fica contabilizado no PL, em conta retificadora
do Capital Social.

Se a captação não for concluída, os custos de transação devem ser baixados como perda no resultado do
==a81bb==

exercício.

Então, vamos esquematizar?

Custo das transações – CPC 08 (Dica Importante!)

Retificadora do capital
social
sócios (ações, por exemplo)

Custo de transação (gasto


Captação de recursos com

emissão de ações, por


exemplo)
Perda (captação não Despesa: Resultado do
concluída, por exemplo) Exercício

Prêmio (ágio emissão de


Reserva de capital
ações, por exemplo)

Retificadora do capital
Gasto > Prêmio:
social
Prêmio e custo da
transação
Prêmio > Gasto Reserva de capital

(MJ/Contabilidade/2013) A emissão de ações por um preço superior ao seu valor nominal provoca
aumento simultâneo no valor do capital social e das reservas de capital da companhia emissora.
Comentários:

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O ágio ou o prêmio na emissão de ações é contabilizado assim:


D – Caixa (Ativo)
C – Reserva de prêmio - emissão de ações (PL) → Aumenta reservas de capital
C – Capital Social (PL)→ Aumenta Capital Social
O gabarito é certo.

Contabilização da Aquisição de Ações de Emissão Própria (Ações em


Tesouraria)

As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na tesouraria.
A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de capital da entidade com
seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade.

A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

Indo mais fundo! Este assunto aparece na Lei 6404/76:

Negociação com as Próprias Ações

Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias ações.

§ 1º Nessa proibição não se compreendem:

a) as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei;

b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor


do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital social, ou por
doação;

c) a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas em tesouraria;

d) a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em dinheiro, de


parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual à importância que
deve ser restituída.

§ 2º A aquisição das próprias ações pela companhia aberta obedecerá, sob pena de
nulidade, às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, que poderá
subordiná-la à prévia autorização em cada caso.

§ 3º A companhia não poderá receber em garantia as próprias ações, salvo para assegurar
a gestão dos seus administradores.

§ 4º As ações adquiridas nos termos da alínea b do § 1º, enquanto mantidas em tesouraria,


não terão direito a dividendo nem a voto.

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§ 5º No caso da alínea d do § 1º, as ações adquiridas serão retiradas definitivamente de


circulação.

A regra geral é que a empresa não pode negociar as próprias ações, para evitar negociação com informações
privilegiada. Ou seja, a empresa não pode negociar suas próprias ações de forma habitual. É permitida,
entretanto, a aquisição, para permanência em tesouraria, sem a diminuição do Capital Social. Para isso, a
compra é suportada pelo saldo das reservas, exceto a Reserva Legal.

Vale ressaltar que é permitida a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em
dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve
ser restituída. Nesse caso, ocorre a diminuição do Capital Social.

As ações em tesouraria não têm direito a dividendos e nem a voto.

Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados
como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.

Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como redução
do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no
patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando
o resultado da entidade.

Esquematizemos:

Operações com ações em tesouraria


Custos de transação na aquisição Acréscimo do custo de aquisição
Custos de transação na alienação Redução do lucro ou acréscimo do prejuízo

Vejamos como foi cobrado:

(STN/2013) Os gastos com corretagem decorrentes da compra de ações da própria empresa, para
manutenção em tesouraria, devem ser registrados como:
a) outras despesas operacionais, no resultado.
b) acréscimo do custo de aquisição das ações no Patrimônio Líquido.
c) despesa diferida no ativo, sendo apropriada no resultado quando da venda das ações.
d) diminuição do valor do investimento no ativo não circulante.
e) redução do lucro ou prejuízo diretamente no Patrimônio Líquido.
Comentários:
Como dissemos, o gabarito é letra b.

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- Ações Em Tesouraria! Previsão Na Lei 6.404/76:

Segundo a Lei 6404/76:

Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da
conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

O CESPE explorou este assunto em prova, da seguinte forma:

(Cespe) A contabilização da aquisição de ações da própria empresa reduz o valor do disponível e também
do patrimônio líquido. O oposto ocorre quando os sócios resolvem aumentar o capital da empresa em
dinheiro.

O item está correto.

O lançamento, pela aquisição, é o seguinte:

D – Ações em tesouraria (Redutora do PL)


C – Caixa (- Ativo)

Pela alienação, lançamos o seguinte:

D – Caixa (Ativo)
C – Ações em tesouraria (PL)

Se a alienação se der com lucro, este lucro deve ser registrado à conta de reserva de capital, pelo seguinte
lançamento: (supondo que a empresa vendeu ações em tesouraria que custaram $1000 por $2500).

D – Caixa (Ativo) 2.500


C – Ações em tesouraria (PL) 1.000
C – Reserva de capital-lucro na alienação de ações em tesouraria (PL) 1.500

A previsão para constituir reservas de capital com estes valores encontra respaldo na seguinte legislação:

Instrução CVM nº 10 de 14 de fevereiro de 1980.

Dispõe sobre a aquisição por companhias abertas de ações de sua própria emissão, para
cancelamento ou permanência em tesouraria, e respectiva alienação.

Art. 18. O resultado líquido proveniente da alienação de ações em tesouraria será apurado
com base no custo médio ponderado na data da operação e será contabilizado:

a) se positivo, como reserva de capital, a crédito de conta específica;

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b) se negativo, a débito das contas de reservas ou lucros que registrarem a origem dos
recursos aplicados em sua aquisição.

A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios. E o lucro ou prejuízo (melhor dizer
"ganho ou perda") em transações com sócios fica no PL, não no Resultado.

- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de capital, semelhante à reserva
de prêmio na emissão de ações.

- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro para a aquisição das ações
em tesouraria.

Esquematizemos:

Operações com ações em tesouraria


Ganho com ações em tesouraria PL: Reserva de capital
Perda com ações em tesouraria PL: diminuindo a reserva

Exemplo de contabilização:

A empresa ABC comprou $10.000 de ações em tesouraria, suportadas por uma reserva estatutária no valor
de $50.000:

D – Ações em Tesouraria (Retificadora do PL) 10.000


C – Caixa (Ativo) 10.000

Razonetes:

A ções em tesouraria C aixa


10.000,00 10.000,00

No balanço, fica assim:

Patrimônio líquido R$
Capital Social xxxxx,xx
Reserva Legal xxx,xx
Reserva Estatutária 50.000
Ações em Tesouraria (10.000)
Total 40.000

Digamos que a empresa venda tais ações por 7.000. A contabilização fica assim:

D – Caixa (Ativo) 7.000


D – Reserva Estatutária (PL) 3.000
C – Ações em tesouraria (PL) 10.000

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No Balanço, após a alienação:

Patrimônio líquido R$
Capital Social xxxxx,xx
Reserva Legal xxx,xx
Reserva Estatutária 47.000

Muito bem. Vejamos agora uma questão que propicia uma boa revisão da matéria:

(AL-BA/Técnico Contabilidade/2014) Com o objetivo de retirar ações de circulação, uma companhia


adquire suas próprias ações.
Sobre esse fato, assinale a afirmativa correta.
A) As ações mantidas em tesouraria têm direito a voto, mas não a dividendos.
B) A operação de resgate de ações pode ser realizada com redução, ou não, do capital social.
C) A operação de resgate de ações afeta o resultado da empresa.
D) A aquisição de ações pode ser vinculada, ou não, ao saldo das reservas existentes.
E) O preço de aquisição das ações só poderá ser superior ao valor de mercado se justificado pela empresa.
Comentários:
A) Errado. As ações em tesouraria não têm direito a votos e nem a dividendos.
B) Certo. É permitida a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em dinheiro,
de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve ser
restituída. Nesse caso, ocorre a diminuição do Capital Social.
C) Errado. Como é transação com sócio, os ganhos ou perdas ficam no PL. Não afeta o resultado.
D) Errado. A banca considerou que as aquisições devem ser vinculadas ao saldo das reservas, para não afetar
o Capital Social. Mas no caso de diminuição do Capital (como vimos acima), não ocorre a vinculação da
Reserva. Portanto, essa questão tem uma falha nessa alternativa, que pode ser considerada correta.
E) Errado. Não existe justificativa para a empresa pagar mais que o valor de mercado.
O gabarito é letra b.

Esquematizemos:

NÃO TEM DIREITO A


AÇÕES EM CONTA REDUTORA
VOTO E NEM
TESOURARIA DO PL
DIVIDENDOS

PERDA NA
GANHO NA ALIENAÇÃO: DIMINUI
NÃO AFETA O
ALIENAÇÃO: RESERVA A RESERVA QUE
RESULTADO
DE CAPITAL SERVIU DE LASTRO
NA AQUISIÇÃO

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Contabilização da Captação de Recursos de Terceiros

Trata-se de empréstimos, financiamentos, lançamentos de debêntures e outros títulos de dívidas que não
sejam com sócios.

O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no passivo exigível, deve
corresponder ao seu valor justo líquido dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do
passivo financeiro.

Esquematizemos:

Valor justo
Montante líquido dos
inicial custos de
transação

Vamos expor um exemplo que consta do anexo do Pronunciamento CPC.

Uma empresa efetua a captação de $ 1.000.000,00 para pagamento em 8 prestações anuais e consecutivas
de $ 161.035,94. A taxa de juros contratada é de 6,0% ao ano. A empresa incorreu em custos de transações
no montante de $ 108.695,18.

Contabilização no momento 0 (captação):

D – Caixa (pela captação líquida) $ 891.304,82


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 108.695,18
C – Empréstimos e financiamentos (Passivo) $ 1.000.000,00

Razonetes:

C aixa C ustos a am ortizar Em préstim os


891.394,82 108.695,18 1.000.000,00

Apresentação no Balanço, no Passivo, momento 0:

Passivo $
Empréstimos e Financiamentos: 891.304,82

Ou, analiticamente:

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Passivo $
Empréstimos e Financiamentos: 1.000.000,00
(-) Custos a amortizar (redutora do passivo 108.695,18

Os custos a amortizar são transferidos para o resultado por competência, usando o método do custo
amortizado. Veja item 12 do pronunciamento do CPC 08, abaixo.

12. Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros devem


ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, com base no método do
custo amortizado usando o método dos juros efetivos. Esse método considera a taxa
interna de retorno (tir) da operação para a apropriação dos encargos financeiros durante a
vigência da operação. A utilização do custo amortizado faz com que os encargos financeiros
reflitam o efetivo custo do instrumento financeiro e não somente a taxa de juros
contratual do instrumento, ou seja, incluem-se neles os juros e os custos de transação da
captação, bem como prêmios recebidos, ágios, deságios, descontos, atualização monetária
e outros. Assim, a taxa interna de retorno considera todos os fluxos de caixa, desde o valor
líquido recebido pela concretização da transação até os pagamentos todos feitos ou a
serem efetuados até a liquidação da transação.

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de juros que iguala as entradas e saídas de um determinado fluxo
de caixa. Ou seja, é a taxa que torna o valor presente do fluxo de caixa igual a zero. É um conceito lá da
Matemática Financeira.

Vamos dar continuidade ao exemplo do item 11, para explicar esse ponto. A empresa captou 1.000.000,00,
com taxa de juros nominal de 6,0 anuais, 8 pagamentos anuais e consecutivos de $ 161.035,94 e custos de
transação de $108.695,18.

Os juros nominais são de 6% ao ano. Se não existissem os custos de transação (ou seja, se a empresa captasse
exatamente $1.000.000), essa seria a taxa interna de retorno, conforme tabela abaixo:

Saldo Final (a)


Ano Saldo Inicial (a) Efeito na DRE (b) = (a) x 6% Pagamentos (c)
+ (b) – (c)
1 1000 60 -161 899
2 899 54 -161 792
3 792 48 -161 678
4 678 41 -161 558
5 558 33 -161 431
6 431 26 -161 295
7 295 18 -161 152
8 152 9 -161 0
TOTAL 288

A coluna “efeito na DRE” representa os juros (1000 x 6% = 60). O saldo final é o saldo inicial + juros –
pagamento.

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Repare que o saldo final, no ano 8, é zero. E o efeito na Demonstração de Resultado (DRE) é de 288. Ocorre
que há custos de transação. Assim, o valor recebido pela empresa não foi 1000. Foi de 891 (1000 – 109 de
custos de transação). Assim, a TIR vai ser alterada, como veremos a seguir.

O fluxo de caixa é o seguinte:

Ano Fluxo líquido Caixa


0 891
1 -161
2 -161
3 -161
4 -161
5 -161
6 -161
7 -161
8 -161

A Taxa Interna de Retorno (TRI) do fluxo acima é de 9% ao ano (calculamos usando o Excel ou uma
Calculadora Financeira). Assim, embora a taxa nominal seja de 6% a.a., a taxa que será usada para apropriar
os encargos financeiros ao resultado será TIR de 9%.

A planilha de controle fica assim:

Saldo Efeito na DRE Pagamentos Saldo Final (a)


Ano
Inicial (a) (b) = (a) x 9% (c) + (b) – (c)
1 891 80 -161 810
2 810 73 -161 722
3 722 65 -161 626
4 626 56 -161 521
5 521 47 -161 407
6 407 37 -161 283
7 283 25 -161 148
8 148 13 -161 0
TOTAL 397

O “Efeito na DRE” aumentou para 397, que é o valor dos juros nominais de 288 mais os custos de transação
de 109.

Muito bem. Os valores que serão apropriados como despesas na DRE somam o total de 397. Para controlar
e contabilizar corretamente, precisamos separar os juros dos custos de transações, para todos os anos.

O valor total pode ser separado facilmente, pois sabemos que os custos de transações são de $ 109. Mas
para separar mês a mês, precisamos calcular os juros, conforme abaixo:

Ano Saldo Inicial Juros 6% Pagamentos Saldo Final


1 1000 60 -161 899
2 899 54 -161 792

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Ano Saldo Inicial Juros 6% Pagamentos Saldo Final


3 792 48 -161 678
4 678 41 -161 558
5 558 33 -161 431
6 431 26 -161 295
7 295 18 -161 152
8 152 9 -161 0
TOTAL 288

Partimos do valor nominal da captação e calculamos os juros nominais de 6%. Assim, temos o valor mensal
dos juros. O valor mensal dos custos de transação sai por diferença:

Custos de transações (c)


Ano Efeito na DRE (a) Juros 6% (b)
= (b) – (a)
1 80 60 20
2 73 54 19
3 65 48 17
4 56 41 16
5 47 33 13
6 37 26 11
7 25 18 8
8 13 9 4
TOTAL 397 288 108

No Pronunciamento, a tabela aparece dessa forma, em milhares, e a contabilização aparece com o valor
completo.

Contabilização no final do período 1:

Apropriação dos encargos financeiros:

D– Encargos Financeiros (DRE) $ 80.217,43


Despesas financeira juros $ 60.000,00
Amortização de custos $ 20.217,43
C– Empréstimos e financiamentos $ 60.000,00
C– Custos a amortizar $ 20.217,43

Fim do período 1 – Parcela de pagamento do empréstimo:

D– Empréstimos e financiamentos $ 161.035,94


Pagamento de juros ($ 60.000,00)
Amortização do principal ($ 101.035,94)
C– Caixa $ 161.035,94

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Apresentação no Balanço, no Passivo, fim do período 1:

Passivo $
Empréstimos e Financiamentos 810.486,31

Ou, analiticamente:

Passivo $
Empréstimos e Financiamentos 898.964,06 (1)
(-) Custos a amortizar (88.477,75 (2))
Total 810.486,31 (3)

Destacamos os valores (1) e (3) nas planilhas, acima, em negrito.

E o valor de 88.477,75 é calculado da seguinte forma:

Custo de transação: $108.695,18.


(-) custo amortizado ($ 20.217,43)
(=) Custo a amortizar $ 88.477,75

OBS 1: Não se preocupem com os cálculos da planilha de controle. A questão deverá


fornecê-la ou pedir algo fácil de calcular, como os juros do primeiro ou do segundo ano.
Simplesmente não dá tempo para calcular a tabela de controle inteira, na mão.

O importante é entender a forma de cálculo.

Para calcular o valor dos encargos (juros, despesas financeiras) do primeiro período, localize o valor inicial
(considerando os custos de transação) e multiplique pela taxa efetiva. No nosso exemplo, seria: $890 x 9% =
$80.

Vamos praticar?

(SEFAZ PI/AFFE/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Financiada realizou a emissão de debêntures para captação
de recursos no valor de R$ 10.000.000,00. As debêntures apresentaram as seguintes características:
Prazo total: 5 anos
Taxa de juros: 10% ao ano
Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em custos de transação no valor
total de R$ 150.000,00.
No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um aumento nas taxas de juros nos
próximos anos e a Cia. obteve um valor inferior ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A
taxa de custo efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros apropriados no
resultado de 2014 foi, em reais,

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2.637.974,81.
B) 1.150.000,00.
C) 1.268.550,00.
D) 1.355.122,50.
E) 1.186.094,25.
Comentários:
Vamos calcular o valor inicial recebido, e aplicar a taxa de juros efetiva. “Mas é só isso?”
Sim, isso mesmo. Se cair na prova, resolva em um minuto.
Assim:
$9.500.000,00 - $150.000,00 = $ 9.350.000,00
$9.350.000,00 x 12,6855% = $1.186.094,25
O gabarito é letra e.

Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Debêntures

Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da contratação de instrumento de dívida
(empréstimos, financiamentos ou títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros valores
mobiliários) devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido do
instrumento financeiro emitido, para evidenciação do valor líquido recebido. E devem ser apropriados por
competência, pelo tempo da operação.

Já os prêmios na emissão de debêntures devem ser acrescidos ao valor justo inicialmente reconhecido na
emissão desse instrumento financeiro, apropriando-se ao resultado também em função do prazo.

A contabilização dos prêmios na emissão de debêntures foi alterada. Antes, ia direto para o PL, como Reserva
de Capital. Supondo emissão de debêntures no valor de 1.000, alienadas com prêmio de 100:

D – Caixa 1.100
C – Debêntures a pagar (Passivo) 1.000
C – Prêmio na emissão de Debêntures (Reserva de Capital-PL) 100

Essa era a contabilização anterior, que foi modificada. Atualmente, os prêmios na emissão de debêntures
são contabilizados no Passivo, como Receita Diferida ou Receitas a Apropriar. Depois, transitam pelo
Resultado do Exercício, apropriados por competência durante o prazo da operação. Finalmente, para que
não tenham efeito fiscal (pagamento de IR), a empresa poderá constituir Reserva Específica de Prêmio de
debêntures. Essa é uma Reserva de Lucro, pois os valores passaram pelo resultado do exercício.

Esquematizemos:

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APROPRIADOS AO
PRÊMIOS NA EMISSÃO "RECEITAS DIFERIDAS",
RESULTADO POR
DE DEBÊNTURES NO PASSIVO
COMPETÊNCIA

PODE SER RESERVA DE LUCRO,


TRANSFERIDO PARA PARA EVITAR A
RESERVA ESPECÍFICA TRIBUTAÇÃO DO IR

Agora, a contabilização fica assim:

Pela captação dos recursos (emissão das debêntures):

D – Caixa 1.100
C - Debêntures a pagar (Passivo) 1.000
C – Prêmio a amortizar ou Receita Diferida (Passivo) 100

Pela apropriação do Prêmio ao resultado (supondo que seja apropriado o valor de 15):

D - Prêmio a amortizar (Passivo) 15


C – Receita de Prêmio de Debêntures (Resultado) 15

O Resultado do Exercício é transferido para Lucros Acumulados. E, finalmente, a Reserva Específica é


constituída:

D – Lucros Acumulados 15
C – Reserva Específica – prêmio de debêntures 15

(TRF - 2ª REGIÃO/Analista Judiciário - Contadoria /2012) A partir de 1o de janeiro de 2008, de acordo com
as novas normas brasileiras de contabilidade, o prêmio recebido na emissão de debêntures passou a ser
contabilizado, na data do fato contábil, como
a) receita diferida a apropriar.
b) reserva de capital.
c) receita de aplicações financeiras.
d) resultado positivo da equivalência patrimonial.

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e) receita de juros no próprio exercício da emissão da debênture.


Comentários:
Conforme acabamos de salientar, a alternativa A é o nosso gabarito.

Destacamos que para que a empresa não tenha que “pagar Imposto de Renda”, o saldo dessa reserva só
pode ser destinado para compensação de prejuízos e para aumento de capital social. Caso a empresa queira,
por exemplo, pagar dividendos, deverá pagar o imposto de renda referente a esse saldo, fazendo o devido
ajuste no LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real.

Encargos Financeiros para Ativos Qualificáveis

Muito bem. Vejamos agora o tratamento dos encargos financeiros para os Ativos Qualificáveis:

15. No caso de capitalização de encargos financeiros durante o período de formação ou


construção de ativos qualificáveis, os mesmos procedimentos devem ser utilizados para
definição dos valores a serem ativados. O valor a ser capitalizado corresponde aos encargos
financeiros totais e não apenas às despesas financeiras.

“Ativos qualificado” ou “qualificáveis” são aqueles que levam necessariamente tempo substancial para
ficar pronto para o uso ou venda. Podem ser integrantes do imobilizado ou estoques. No caso de
empréstimos para a construção dos ativos qualificados, a definição dos valores dos juros apropriados são os
mesmos descritos acima. A grande diferença é que os encargos financeiros incorridos durante o período de
formação ou de construção do ativo qualificado são somados ao valor do ativo.

Exemplo: Vamos supor que determinada empresa estime gastar 100.000 reais para construir um ativo
qualificável. A empresa pega um empréstimo para financiar o ativo qualificado. Ao final de um ano, o ativo
foi construído ao custo de 105.000, e a empresa incorreu em encargos financeiros no valor de 7.000.

O ativo será registrado por 112.000 reais (105.000 da construção + 7.000 dos encargos financeiros).

Contabilização Temporária dos Custos de Transação

Os custos de transação, enquanto não captados os recursos a que se referem, devem ser apropriados e
mantidos em conta transitória e específica do ativo como pagamento antecipado. O saldo dessa conta
transitória deve ser reclassificado para a conta específica, conforme a natureza da operação, tão logo seja
concluído o processo de captação, ou baixado como despesa se a operação não se concretizar.

Ou seja: a empresa resolve captar dinheiro através de debêntures ou resolve emitir ações, e começa a gastar
para viabilizar tal captação. Gastos com auditores, consultores, advogados, folhetos, estudos de viabilidade
etc.

Esses gastos ficam no ativo, como “pagamento antecipado”.

Quando a operação se concretizar, os gastos vão para o PL (se for o caso de ações, ou seja, “dinheiro dos
sócios”) ou para o Passivo (como “Encargos financeiros a apropriar”).

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E se a captação fracassar? Nesse caso, vão para o Resultado, como perdas (despesas) no período em que se
frustrar a captação.

Esquematizemos:

CAPTAÇÃO DE SÓCIOS:
PL

"PAGAMENTOS
CAPTAÇÃO DE
CUSTOS DE TRANSAÇÃO ANTECIPADOS", NO
TERCEIROS: PASSIVO
ATIVO

CAPTAÇÃO FRUSTADA:
DESPESA NA DRE

Vejamos agora um último ponto. Se a empresa capta recursos de terceiros e tem gastos, a contabilização
inicial fica assim (vamos supor que a empresa lançou debêntures no valor de 20.000, com custos de transação
de 1000):

D – Caixa (Ativo) 19.000


D – Custos de transação a apropriar (ret. Passivo) 1.000
C – Debêntures a pagar (Passivo) 20.000

Se a empresa lançar debêntures com prêmio, temos: (supondo lançamento de Debêntures no valor de
20.000 e prêmio no valor de 2.000):

D – Caixa (Ativo) 22.000


C - Debêntures a pagar (Passivo) 20.000
C – Prêmio a amortizar (Passivo) 2.000

E se a empresa tiver, ao mesmo tempo, custos de transação e prêmio na emissão de debêntures? Podemos
jogar uma contra a outra, abater e só aparecer a maior?

Prezados, não podemos. No caso de debêntures, o prêmio deve ser contabilizado separadamente dos custos
de transação. Afinal, o prêmio das debêntures pode ser base para constituição da Reserva específica de
prêmio de debêntures, para evitar a tributação do IR.

Assim, se uma empresa lança debêntures com valor de 20.000, com gastos de 500 e prêmio de 2000, a
contabilização inicial fica assim:

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D – Caixa (Ativo) 21.500


D – Custos de transação a apropriar (ret. Passivo) 500
C - Debêntures a pagar (Passivo) 20.000
C – Prêmio a amortizar (Passivo) 2.000

Então ficamos assim:

• Emissão de ações (dinheiro dos sócios) com custos de transação e prêmio: abata um do outro e só
considere o excesso (o que sobra do maior deles).
• Emissão de debêntures (dinheiro de terceiros) com custos de transação e prêmio: contabilize
separadamente.

A seguir, uma questão:

(Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima de capital aberto, fez uma
captação de recursos, via debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual
contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de transação no montante de
R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em relação ao mercado, houve
prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil. Com base nessas informações, a empresa Beta
reconheceu, em 30/12/X1,
(A) ativo de R$ 2,1 milhões.
(B) despesa financeira de R$ 100 mil.
(C) passivo de R$ 2,3 milhões.
(D) receita financeira de R$ 200 mil.
(E) reserva de capital de R$ 200 mil.
Comentários:
A contabilização vai ficar, pois, assim:
D – Caixa (ativo) 2.300.000,00
D – Custo da transação a apropriar (retificadora passivo) 100.000,00
C – Debêntures a resgatar (passivo) 2.200.000,00
C – Prêmio na emissão de debêntures (passivo) 200.000,00
Os custos de transação e o prêmio devem ser apropriados ao resultado pró rata temporis, por competência.
Analisemos agora as assertivas:
(A) ativo de R$ 2,1 milhões.
Errado. O ativo reconhecido foi de R$ 2,3 milhões.
(B) despesa financeira de R$ 100 mil.
Errado. A despesa financeira vai ser reconhecida conforme o regime de competência, em contrapartida ao
custo de transação.

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(C) passivo de R$ 2,3 milhões.


Correto. Este é o saldo do passivo a ser reconhecido.
(D) receita financeira de R$ 200 mil.
Errado. O prêmio é reconhecido no passivo, sendo apropriado ao resultado pelo regime de competência.
(E) reserva de capital de R$ 200 mil.
Errado. O prêmio recebido na emissão de debêntures deixou de ser reserva de capital.
O gabarito é letra c.

Divulgação

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada natureza de captação de recursos (títulos
patrimoniais ou de dívida):

(a) a identificação de cada processo de captação de recursos agrupando-os conforme sua natureza;

(b) o montante dos custos de transação incorridos em cada processo de captação;

(c) o montante de quaisquer prêmios obtidos no processo de captação de recursos por intermédio da
emissão de títulos de dívida ou de valores mobiliários;

(d) a taxa de juros efetiva (tir) de cada operação; e

(e) o montante dos custos de transação e prêmios (se for o caso) a serem apropriados ao resultado em cada
período subsequente

Como Resolver Questões de Prova

Vamos explicar a maneira como esse assunto provavelmente cairá na sua prova, para que você não erre
mais.

(DRE-RS/Analista Judiciário – Contabilidade/2017) Em 31/12/2015 uma empresa obteve um empréstimo


no valor de R$ 1.000.000,00 com as seguintes características:
− Prazo total: 6 anos
− Taxa de juros compostos: 10% ao ano
− Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 229.607,00
Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no valor total de R$ 30.000,00,
pagos no ato da assinatura, fazendo com que a taxa de custo efetivo do empréstimo fosse 11% ao ano.
Sabendo que a empresa efetuou o pagamento da primeira parcela na data do vencimento, o
a) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 847.093,00.
b) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 100.000,00.

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c) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 229.607,00.


d) impacto total no passivo, no momento da captação, foi R$ 1.000.000,00.
e) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 870.393,00.

Comentários:

Passo 1: Quanto entrou no caixa relativo ao empréstimo?

O que importa aqui é o valor efetivamente recebido. Se a empresa esperava receber X, mas só recebeu Y, o
cálculo será em cima de Y.

O empréstimo foi de R$ 1.000.000,00, com custos de transação, pagos no ato do empréstimo, no valor de
R$ 30.000,00.

Portanto, a captação líquida foi de R$ 970.000,00.

Passo 2: Qual o valor dos juros?

Serão 6 parcelas no valor de R$ 229.607,00 cada. Os juros devem ser registrados no resultado de acordo com
o período de competência.

Portanto, 6 x R$ 229.607 = R$ 1.377.642,00.

Os juros, portanto, serão de R$ 1.377.642,00 – 1.000.000,00 = R$ 377.642,00.

Esse valor também fica como encargo a transcorrer.

Passo 3: Fazer a contabilização inicial

Agora podemos fazer a contabilização inicial.

Lembrando que os encargos a transcorrer ficam os juros e os custos de transação

377.642 + 30.000 = 407.642.

No momento da contratação do empréstimo a empresa efetuou a seguinte contabilização:

D – Caixa (pela captação líquida) 970.000,00


D – Encargos Financeiros a amortizar (redutora do passivo) 407.642,00
C – Empréstimos e financiamentos (Passivo) 1.377.642,00

Vejamos como ficará no Balanço Patrimonial:

Passivo
Empréstimos e Financiamentos 970.000,00

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Ou, analiticamente:
Passivo
Empréstimos e Financiamentos 1.377,642,00
(-) Custos a amortizar (redutora do passivo) 407.642,00

Ok! Tudo certo até aqui, não?

Passo 4: Olhar o que ocorreu no transcurso do tempo.

Em 31.12.2016, isto é, após um ano após a contratação do empréstimo, temos que fazer:

1 - A apropriação dos encargos financeiros na DRE;

2 - Efetuar a contabilização do pagamento da primeira parcela dos empréstimos.

Correto.

Para encontrarmos o valor que será apropriado ao resultado (encargos a transcorrer – juros + custo de
transação) temos que multiplicar a taxa efetiva de juros pela captação líquida do empréstimo, ou seja, valor
do empréstimo menos custo de transação. Guardem isso: taxa efetiva!!!

Esquematizemos:

Ano Valor inicial Encargos 11% Subtotal Pagamento Saldo final


2016 970.000 106.700 1.076.700 - 229.607 847.093

Explicando!

Você pegou o valor líquido e multiplicou pela taxa efetiva da operação, que é a taxa considerando os juros e
o custo de transação! Tudo bem?

Ou seja, valor inicial x juros efetivos. Somando, encontraremos o valor devido atualizado da dívida, que, no
caso, deu R$ 1.076.700.

O valor que irá para o resultado será de R$ 106.700,00.

O pagamento foi informado na questão, que é de R$ 229.607,00.

Subtraindo, encontraremos o saldo final devido em 2016.

Esquematizemos:

Empréstimo 1.000.000,00
Custos de transação (300.000,00)
Empréstimo líquido 970.000,00
x Taxa efetiva 11%
Encargos Financeiros de 2016 106.700,00

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Passo 5: Pronto! Você já resolveu a sua questão!

Vamos ver as nossas alternativas?

a) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 847.093,00.

Correto! Esse é o nosso gabarito. É o saldo final que encontramos naquela tabela acima.

b) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 100.000,00.

Errado! Foi de R$ 106.700,00.

c) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 229.607,00.

Errado. Foi de R$ 106.700,00.

d) impacto total no passivo, no momento da captação, foi R$ 1.000.000,00.

Errado. O passivo aumentou em R$ 1.377.642,00 pelo empréstimo a pagar e diminuiu R$ 407.642,00 pelos
encargos a transcorrer. Efeito no passivo = 1.377.642 – 407.642 = 970.000

De maneira alternativa, poderíamos pegar o valor do empréstimo e diminuir apenas do CUSTOS DE


TRANSAÇÃO, o saldo seria o mesmo:

Valor do Empréstimo = 1.000.000

Custos de Transação = 370.000

Efeito no Passivo = 970.000

e) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 870.393,00.

Errado também. O gabarito é, portanto, letra a.

Passo 6: Agora, se quiser, pode fazer esse cálculo para os demais períodos.

A no Valor inicial Encargos 11% Subtotal Pagam ento Saldo final


2016 970.000,00 106.700,00 1.076.700,00 -229.607,00 847.093,00
2017 847.093,00 93.180,23 940.273,23 -229.607,00 710.666,23
2018 710.666,23 78.173,29 788.839,52 -229.607,00 559.232,52
2019 559.232,52 61.515,58 620.748,09 -229.607,00 391.141,09
2020 391.141,09 43.025,52 434.166,61 -229.607,00 204.559,61
2021 204.559,61 22.501,56 227.061,17 -229.607,00 -2.545,83

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Algumas observações:

Valor Inicial do primeiro exercício dessa planilha = Captação Líquida do empréstimo

Encargos do Período = Valor Inicial x Taxa Efetiva

Saldo Final do período = Saldo Inicial + Encargos do Período – Pagamento Efetuado

Algumas questões pedem quanto foi a despesa financeira do período, mas acabam pedindo os encargos
financeiros do período (despesas financeiras + custos de transação)

Esse valor remanescente de R$ 2.545,83 (pago a maior), foi por uma impropriedade da questão.

Deveria estar zerado.

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QUESTÕES COMENTADAS – CPC 08 – MULTIBANCAS


1. (FGV/PC AM/Perito Criminal/Contabilidade/2022) Em 01/01/X0, uma entidade emitiu debêntures de
curto prazo com valor de face de R$300.000, captando R$340.000.
Na data, a diferença entre o valor captado e o valor de face, correspondente à R$40.000, deve ser
contabilizada do seguinte modo:
a) passivo, no Balanço Patrimonial.
b) receita financeira, na Demonstração do Resultado do Exercício.
c) receita operacional, na Demonstração do Resultado do Exercício
d) reserva de lucros, na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
e) reserva de capital, na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

Comentários:

A questão fala que houve a emissão de debêntures com ágio, visto que o valor de face dos títulos era de R$
300.000 e o valor total captado foi de R$ 340.000.

O ágio na emissão de debêntures será contabilizado como uma receita antecipada, no passivo, da empresa,
e será apropriado ao resultado como uma receita financeira ou redução da despesa financeira gerada pela
emissão dos títulos.

O lançamento contábil que pode ser feito com os dados da questão apresentada é:

D - Bancos R$ 340.000
C - Debêntures a resgatar (passivo) R$ 300.000
C - Receita Antecipada - Ágio na emissão de debêntures R$ 40.000

Apenas destacamos que, para fugir da tributação, a empresa pode constituir uma reserva de lucros especial
de ágio na emissão de debêntures. Mas é uma possibilidade.

Gabarito: A.

2. (FCC/Assembleia Legislativa do Amapá/Analista Legislativo/Contador/2020) A Cia. Endividada obteve,


em 30/11/2018, um empréstimo para financiar sua expansão. O valor do empréstimo foi R$
10.000.000,00 e o pagamento para sua liquidação integral (principal e juros) ocorrerá em 30/11/2020.
A taxa de juros compostos negociada foi 12% a.a. e os custos incorridos e pagos para a obtenção deste
empréstimo foram de R$ 50.000,00. Se o empréstimo é mensurado pelo método do custo amortizado,
o seu reconhecimento no Balanço Patrimonial da Cia. Endividada, em 30/11/2018, provocou um
aumento líquido total de
(A) R$ 10.000.000,00 no passivo e uma redução no patrimônio líquido de R$ 50.000,00.

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(B) R$ 10.000.000,00, no passivo.


(C) R$ 8.800.000,00, no passivo.
(D) R$ 9.950.000,00, no passivo.
(E) R$ 10.000.000,00, no ativo.

Comentários:

A questão está solicitando a contabilização inicial do empréstimo e devemos lembrar que NÃO DEVEMOS
RECONHECER NENHUMA DESPESA nesse momento. Apenas por competência, ao longo da operação:

• Custos de Transação = 50.000


• Empréstimo a pagar = 10.000

Captação Líquida do Empréstimo = Empréstimo a pagar - Custos de Transação

Captação Líquida do Empréstimo = 10.000.000 - 50.000 = R$ 9.950.000

Contabilização:

D - Bancos (aumento do ativo) R$ 9.950.000


D - Custos de Transação a apropriar (retificadora do passivo) R$ 50.000
C - Empréstimos a pagar R$ 10.000.000

Portanto, temos aumento no ativo de R$ 9.950.000 e aumento no passivo de 10.000.000 - 50.000 = R$


9.950.000 (temos que considerar o efeito líquido, cuidado, não podemos marcar apenas aumento de R$
10.000.000).

Gabarito: D.

3. (FCC/Prefeitura do Recife/Analista/2019) Em 30/6/2017, a Cia. Só Recursos obteve um empréstimo no


valor de R$ 3.000.000,00 com as seguintes características:
− Prazo total: 4 anos.
− Taxa de juros compostos: 4,2 % ao semestre.
− Pagamentos: parcelas iguais e semestrais no valor de R$ 449.270,70 cada.
Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no valor total de R$ 100.000,00
e a taxa de custo efetivo foi 5,0% ao semestre. O valor total dos encargos financeiros reconhecidos no
resultado de 2017, decorrente do empréstimo obtido, foi, em reais,
(A) 226.000,00.
(B) 126.000,00.
(C) 121.800,00.
(D) 145.000,00.

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(E) 150.000,00.

Comentários:

Para encontrarmos o valor dos encargos financeiros do período, basta pegarmos o saldo devedor do
empréstimo na data determinada e multiplicarmos pela taxa efetiva de juros, vejam:

• Saldo Devedor = 3.000.000 – 100.000 = 2.900.000


• Taxa Efetiva de Juros = 5,0%
• Encargos Financeiros = R$ 145.000

Esse valor representa a soma das despesas financeiras e dos custos de transação, vejam:

Encargos Financeiros = Saldo Devedor x (Taxa Efetiva) = R$ 145.000

Despesas Financeiras = Saldo Devedor x (Taxa Nominal) = 2.900.000 x 4,2% = R$121.800,00

Custos de Transação = Saldo Devedor x (Taxa Efetiva - Taxa Nominal) = 2.900.000 x 0,8 % = R$23.200,00

Gabarito: D.

4. (FCC/Prefeitura de Manaus/Auditor Fiscal/2019) A Cia. Só Dívida obteve um empréstimo no valor de


R$ 30.000.000,00, em 01/12/2018. Tanto o principal quanto os juros serão pagos em 01/12/2025 e a
taxa de juros compostos negociada foi 2% ao mês. Na data da obtenção do empréstimo, a empresa
pagou R$ 800.000,00 referentes aos custos de transação e a taxa de custo efetivo da operação foi
2,033% ao mês.
É correto afirmar que a Cia. Só Dívida reconheceu
(A) despesa financeira de R$ 593.636,00 em dezembro de 2018.
(B) despesa financeira de R$ 584.000,00 em dezembro de 2018.
(C) despesa financeira de R$ 609.900,00 em dezembro de 2018.
(D) passivo total de R$ 30.600.000,00, em 31/12/2018.
(E) despesa financeira de R$ 1.400.000,00 em dezembro de 2018.

Comentários:

Dados:

• Empréstimo a pagar = 30.000.000


• Custos de Transação = 800.000

Captação Líquida do Empréstimo = 30.000.000 – 800.000 = R$29.200.000,00

Contabilização Inicial:

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D – Bancos R$29.200.000,00
D – Custos de Transação a apropriar R$ 800.000
C – Empréstimos a pagar R$ 30.000.000

Encargos Financeiros em dezembro de 2018 = Saldo Devedor x Taxa Efetiva

Encargos Financeiros em dezembro de 2018 = R$29.200.000,00 x 2,033% = R$593.636,00

Gabarito: A

5. (FCC/Sabesp/Contador/2018) No dia 01/12/2015 uma empresa obteve empréstimo à taxa de juros de


1,5% ao mês. O valor total do empréstimo foi R$ 10.000.000,00, o pagamento do principal será feito
em uma única parcela em 01/12/2026 e os juros serão pagos semestralmente, com a primeira parcela
vencendo em 01/06/2016.
O valor das parcelas semestrais de juros é R$ 934.432,64 e a empresa pagou, adicionalmente, na data da
obtenção do empréstimo, despesas relacionadas com o contrato no valor de R$ 250.000,00. A taxa de custo
efetivo da operação foi 1,5429% ao mês.
O valor contábil do empréstimo apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2015 e o valor total dos
encargos financeiros evidenciados no resultado de 2015, relativo ao empréstimo obtido foram,
respectivamente, em reais,
(A) 10.155.738,75 e 405.738,77.
(B) 9.896.250,00 e 146.250,00.
(C) 10.150.000,00 e 400.000,00.
(D) 10.154.290,00 e 404.290,00.
(E) 9.900.432,75 e 150.432,75.

Comentários:

Passo 1: Quanto entrou no caixa relativo ao empréstimo?

10.000.000 – 250.000 = 9.750.000

Isso é o que chamamos de captação líquida dos empréstimos.

Passo 2: Qual o valor dos encargos na primeira parcela?

Devemos utilizar a taxa efetiva. É só pegar o valor da captação líquida e multiplicar pela taxa de juros efetiva.
A taxa de juros efetiva é composta pelo juros + encargos financeiros e custos das transação.

9.750.000 x 1,5429% = 150.432,75

Passo 3: O valor do empréstimo em 31.12.2015 é a soma da captação líquida + encargos devidos.

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9.750.000 + 150.432,75 = 9.990.432,75

Gabarito: E.

6. (FCC/TST/Analista Judiciário – Contabilidade/2017) Um empréstimo no valor de R$ 5.000.000,00 foi


obtido à taxa de juros compostos de 1,4% ao mês para ser liquidado em uma única parcela no final de
15 meses. A data de obtenção do empréstimo foi 01/12/2016 e nesta mesma data a empresa pagou
despesas relacionadas com o contrato (custos de transação) no valor de R$ 300.000,00. Sabendo-se
que a taxa de custo efetivo da operação era 1,82% ao mês, o valor evidenciado na demonstração do
resultado de 2016, correspondente exclusivamente ao empréstimo obtido foi, em reais,
a) 85.540,00.
b) 91.000,00.
c) 70.000,00.
d) 65.800,00.
e) 370.000,00.

Comentários:

Para encontrarmos o valor que será apropriado ao resultado temos que multiplicar a taxa efetiva de juros
pela captação líquida do empréstimo, ou seja, Valor do Empréstimo - Custo de transação.

Empréstimo 5.000.000,00
Custos de transação - 300.000,00
Empréstimo líquido 4.700.000,00
x Taxa efetiva 1,82%
Juros de dezembro de 2016 85.540,00

Gabarito: A.

7. (FCC/DRE-RS/Analista Judiciário – Contabilidade/2017) Em 31/12/2015 uma empresa obteve um


empréstimo no valor de R$ 1.000.000,00 com as seguintes características:
− Prazo total: 6 anos
− Taxa de juros compostos: 10% ao ano
− Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 229.607,00
Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no valor total de R$ 30.000,00,
pagos no ato da assinatura, fazendo com que a taxa de custo efetivo do empréstimo fosse 11% ao ano.
Sabendo que a empresa efetuou o pagamento da primeira parcela na data do vencimento, o
a) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 847.093,00.
b) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 100.000,00.

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c) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 229.607,00.


d) impacto total no passivo, no momento da captação, foi R$ 1.000.000,00.
e) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 870.393,00.

Comentários:

Vamos relembrar!

Passo 1: Quanto entrou no caixa relativo ao empréstimo?

O empréstimo foi de R$ 1.000.000,00, com custos de transação, pagos no ato do empréstimo, no valor de
R$ 30.000,00.

Portanto, a captação líquida foi de R$ 970.000,00.

Passo 2: Qual o valor dos juros?

Serão 6 parcelas no valor de R$ 229.607,00 cada. O juros deve ser registrado no resultado de acordo com o
período de competência.

Portanto, 6 x R$ 229.607 = R$ 1.377.642,00.

Os juros, portanto, serão de R$ 1.377.642,00 – 1.000.000,00 = R$ 377.642,00.

Esse valor também fica como encargo a transcorrer.

Passo 3: Fazer a contabilização inicial

Agora podemos fazer a contabilização inicial. Lembrando que no encargos a transcorrer ficam os juros e os
custos de transação

377.642 + 30.000 = 407.642.

No momento da contratação do empréstimo a empresa efetuou a seguinte contabilização:

D – Caixa (pela captação líquida) 970.000,00


D – Encargos Financeiros a amortizar (redutora do passivo) 407.642,00
C – Empréstimos e financiamentos (Passivo) 1.377.642,00

Apresentação no Balanço, no Passivo, fim do período:

Passivo $
Empréstimos e Financiamentos: 970.000,00

Ou, analiticamente:

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Passivo $
Empréstimos e Financiamentos: 1.377,642,00
(-) Custos a amortizar (redutora do passivo) 407.642,00

Passo 4: Olhar o que ocorreu no transcurso do tempo.

Em 31.12.2016, isto é, após um ano após a contratação do empréstimo, temos que fazer:

1 - A apropriação dos encargos financeiros na DRE;


2 - Efetuar a contabilização do pagamento da primeira parcela dos empréstimos.

Correto? Basta pensar um pouco e você chegará a essa conclusão.

Para encontrarmos o valor que será apropriado ao resultado (encargos a transcorrer – juros + custo de
transação) temos que multiplicar a taxa efetiva de juros pela captação líquida do empréstimo, ou seja, valor
do empréstimo menos custo de transação.

Ano Valor inicial Encargos 11% Subtotal Pagamento Saldo final


2016 970.000 106.700 1.076.700 - 229.607 847.093

Explicando! Você pegou o valor líquido e multiplicou pela taxa efetiva, que é a taxa considerando os juros e
o custo de transação! Tudo bem? Ou seja, valor inicial x juros efetivos. Somando, encontraremos o valor
devido atualizado da dívida, que, no caso, deu R$ 1.076.700.

O valor que irá para o resultado será de R$ 106.700,00.

O pagamento foi informado na questão, que é de R$ 229.607,00.

Subtraindo, encontraremos o saldo final devido em 2016.

Empréstimo 1.000.000,00
Custos de transação (300.000,00)
Empréstimo líquido 970.000,00
x Taxa efetiva 11%
Encargos Financeiros de 2016 106.700,00

Passo 5: Pronto! Você já resolveu a sua questão!

Vamos ver as nossas alternativas?

a) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 847.093,00.

Correto! Esse é o nosso gabarito. É o saldo final que encontramos naquela tabela acima.

b) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 100.000,00.

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Errado! Foi de R$ 106.700,00.

c) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 229.607,00.

Errado. Foi de R$ 106.700,00.

d) impacto total no passivo, no momento da captação, foi R$ 1.000.000,00.

Errado. O passivo aumentou em R$ 1.377.642,00 pelo empréstimo a pagar e diminuiu R$ 407.642,00 pelos
encargos a transcorrer.

e) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 870.393,00.

Errado também.

Passo 6: Agora, se quiser, pode fazer esse cálculo para os demais períodos.

A no Valor inicial Encargos 11% Subtotal Pagam ento Saldo final


2016 970.000,00 106.700,00 1.076.700,00 - 229.607,00 847.093,00
2017 847.093,00 93.180,23 940.273,23 - 229.607,00 710.666,23
2018 710.666,23 78.173,29 788.839,52 - 229.607,00 559.232,52
2019 559.232,52 61.515,58 620.748,09 - 229.607,00 391.141,09
2020 391.141,09 43.025,52 434.166,61 - 229.607,00 204.559,61
2021 204.559,61 22.501,56 227.061,17 - 229.607,00 - 2.545,83

Esse valor remanescente de R$ 2.545,83 (pago a maior), foi por uma impropriedade da questão.

Gabarito: A.

8. (FGV/Prefeitura de Salvador/Técnico em Contabilidade/2017) A Cia. ABC emitiu, em 2016, títulos


patrimoniais no valor de R$ 200.000,00, tendo procura satisfatória. No processo de captação de
recursos, a empresa incorreu em custos de transação vinculados à emissão no valor de R$ 10.000,00.
Os custos de transação devem ser contabilizados como
a) despesa financeira.
b) despesa operacional.
c) ativo intangível.
d) redutores do patrimônio líquido
e) outros resultados abrangentes

Comentários:

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Título patrimonial é qualquer contrato (ou título ou valor mobiliário) que evidencie um interesse residual nos
ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. Como exemplos citam-se ações, bônus de
subscrição etc.

Conforme previsão do CPC 08, item 05, os custos de transação incorridos na captação de recursos por
intermédio da emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em conta
redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser
reconhecidos em conta de reserva de capital.

Exemplo: uma empresa lançou ações no valor de 10.000, com gastos de emissão (custos de transação) de
500. A contabilização fica assim:

D – Caixa (Ativo) 9.500


D – Gastos com emissão (PL – retificadora do Capital Social) 500
C – Capital Social (PL) 10.000

Razonetes:

C aixa G astos em issão ações C apitalSocial


9.500,00 500,00 10.000,00

No PL, aparece assim:

Patrimônio líquido
Capital Social 10.000
Gastos com emissão (500)

Mas a empresa também pode conseguir um prêmio na emissão das ações. Tal prêmio (o ágio na emissão das
ações) deve ser contabilizado como Reserva de Capital.

Gabarito: D.

9. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015) Em 30/09/2013, uma empresa obteve um empréstimo no valor de


R$ 200.000,00 que será liquidado integralmente (principal e juros) em 30/09/2016. A taxa de juros
compostos contratada foi 1% ao mês e o saldo do empréstimo é corrigido por um índice de preços que
variou 3% entre a data da obtenção do empréstimo e a data de 31/12/2013. Considere que os meses
são de 30 dias corridos.
O valor contábil evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 deste empréstimo foi, em reais:
a) 206.000,00
b) 212.242,01
c) 212.180,00
d) 272.000,00

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e) 280.160,00

Comentários:

Questão de matemática financeira:

1,01 x Valor anterior 1,03 x Valor anterior


Principal Outubro Novembro Dezembro Correção
200.000,00 202.000,00 204.020,00 206.060,20 212.242,01

Gabarito: B.

10. (FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Financiada realizou a emissão de debêntures para
captação de recursos no valor de R$ 10.000.000,00. As debêntures apresentaram as seguintes
características:
Prazo total: 5 anos
Taxa de juros: 10% ao ano
Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em custos de transação no valor
total de R$ 150.000,00.
No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um aumento nas taxas de juros nos
próximos anos e a Cia. obteve um valor inferior ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A
taxa de custo efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros apropriados no
resultado de 2014 foi, em reais,
2.637.974,81.
B) 1.150.000,00.
C) 1.268.550,00.
D) 1.355.122,50.
E) 1.186.094,25.

Comentários:

Vamos calcular o valor inicial recebido, e aplicar a taxa de juros efetiva. “Mas é só isso?”

Sim, isso mesmo. Se cair na prova, resolva em um minuto.

Assim:

$9.500.000,00 - $150.000,00 = $ 9.350.000,00

$9.350.000,00 x 12,6855% = $1.186.094,25 letra e.

O valor total a pagar é 5 x $2.637.974,81 = $ 13.189.874,05

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A contabilização inicial é a seguinte:

D – Caixa (Ativo) 9.350.000,00


D – Encargos financeiros a apropriar (ret. Passivo) 3.839.874,05
C – Debêntures a pagar (Passivo) 13.189.874,05

A planilha completa fica assim (arredondando centavos):

Ano Valor inicial Juros 12,6855% Subtotal Pagamento Saldo final


1 9.350.000 1.186.094 10.536.094 - 2.637.975 7.898.119
2 7.898.119 1.001.916 8.900.035 - 2.637.975 6.262.061
3 6.262.061 794.374 7.056.434 - 2.637.975 4.418.459
4 4.418.459 560.504 4.978.963 - 2.637.975 2.340.988
5 2.340.988 296.966 2.637.954 - 2.637.975 - 20
TOTAL 3.839.853,63 - 13.189.874,05

Localize, na contabilização inicial, o valor dos juros (encargos financeiros a apropriar) e o valor das
debêntures a pagar.

Gabarito: E.

11. (FCC/Analista/CNMP/2015) No dia 01/12/2014 uma empresa obteve um empréstimo bancário no


valor total de R$ 2.000.000,00 que será liquidado da seguinte forma:
− Principal: pagamento integral em 01/12/2017
− Juros: pagamentos trimestrais, com a primeira parcela vencendo em 01/03/2015
As demais características do empréstimo são as seguintes:
− Taxa de juros contratada: 1,3% ao mês
− Valor dos juros trimestrais: R$ 79.018,39
− Despesas iniciais cobradas pelo Banco (custos de transação): R$ 150.000,00
− A taxa de custo efetivo da operação: 1,57% ao mês
Os valores da despesa com encargos financeiros apropriada no resultado de 2014 e do saldo apresentado no
balanço patrimonial em 31/12/2014 para o empréstimo obtido foram, respectivamente, em reais,
a) 29.045,00 e 1.879.045,00.
b) 31.400,00 e 2.031.400,00.
c) 26.339,46 e 2.026.339,46.
d) 33.755,00 e 2.183.755,00.
e) 24.050,00 e 1.874.050,00.

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Comentários:

Lançamento inicial:

D – Disponibilidade (ativo) 1.850.000,00


D – Custos da transação a amortizar 150.000,00
C – Empréstimos a pagar (passivo) 2.000.000,00

Agora, como o custo efetivo foi de 1,57%, no primeiro mês teremos:

Capital Juros Custo da transação Juros Custo da transação


R$ 1.850.000,00 1,30% 0,27% R$ 24.050,00 R$ 4.995,00

Portanto, os lançamentos são:

D – Encargos financeiros (despesa) 29.045 (24.050 + 4.995)


C – Empréstimos e financiamentos 24.050
C – Custos a amortizar 4.995

O balanço ficará assim:

Empréstimos a pagar (passivo) 2.024.050,00


(-) Custos a amortizar (retificadora passivo) (145.005,00)
Saldo contábil 1.879045,00

Gabarito: A.

12. (FCC/Auditor/TCM GO/2015) Uma empresa fez a emissão de 10.000.000 de debêntures pelo valor
nominal unitário de R$ 3,00 para obtenção de um total de recursos no valor de R$30.000.000,00. As
características dos títulos emitidos foram as seguintes:
− Data da emissão: 31/12/2012
− Prazo total: 10 anos
− Taxa de juros: 10% ao ano
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 4.882.361,85
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$ 666.672,90
Tendo em vista que havia expectativa de que as taxas de juros sofreriam uma queda nos próximos anos,
houve uma grande demanda pelas debêntures emitidas e a empresa conseguiu vendê-las pelo valor total de
R$ 32.000.000,00 e, com isto, a taxa de custo efetivo da emissão foi 9% ao ano.
O valor total das despesas apropriadas no resultado de 2013 e o saldo apresentado no balanço patrimonial
em 31/12/2013 para as debêntures emitidas foram, respectivamente, em reais,
A) 3.666.672,90 e 28.117.638,15.

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B) 2.700.000,00 e 27.817.638,15.
C) 2.880.000,00 e 29.997.638,15.
D) 3.546.672,90 e 29.997.638,15.
E) 2.819.999,44 e 29.270.964,69.

Comentários:

Repare que não há valor para as despesas repetido. Portanto, podemos calcular as despesas apropriadas em
2013 e indicar a resposta. Assim:

Valor líquido recebido x taxa de juros efetiva (9%)


$32.000.000,00 - $ 666.672,90 = $31.333.327,10
Despesa 2013 = $31.333.327,10 x 9% = $2.819.999,44

Já podemos apontar a resposta: letra E. Mas vamos calcular também o saldo do balanço em 31/12/2013:

Valor líquido recebido $31.333.327,10


(+) Juros (9%) $2.819.999,44
(-) Pagamento anual ($4.882.361,85)
Saldo em 31.12.2013 $29.270.964,69

A planilha completa fica assim:

Ano Inicial Juros subtotal pagamento Final


1 31.333.327 2.819.999 34.153.327 - 4.882.362 29.270.965
2 29.270.965 2.634.387 31.905.352 - 4.882.362 27.022.990
3 27.022.990 2.432.069 29.455.059 - 4.882.362 24.572.697
4 24.572.697 2.211.543 26.784.240 - 4.882.362 21.901.878
5 21.901.878 1.971.169 23.873.047 - 4.882.362 18.990.685
6 18.990.685 1.709.162 20.699.847 - 4.882.362 15.817.485
7 15.817.485 1.423.574 17.241.058 - 4.882.362 12.358.696
8 12.358.696 1.112.283 13.470.979 - 4.882.362 8.588.617
9 8.588.617 772.976 9.361.593 - 4.882.362 4.479.231
10 4.479.231 403.131 4.882.362 - 4.882.362 -0
TOTAL 17.490.291 - 48.823.619

Contabilização inicial:

D – Caixa (Ativo) 31.333.327


D – Encargos a apropriar (retificadora do Passivo) 17.490.291
C – Debêntures a pagar (Passivo) 48.823.619

Gabarito: E.

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13. (FCC/MANAUSPREV/Contabilidade/2015) A Cia. Alfa obteve, em 01/12/2014, um empréstimo


bancário para financiar seu capital de giro. O valor do empréstimo obtido foi R$ 3.000.000,00, para
pagamento integral (principal e juros) em 01/02/2015, e a taxa de juros compostos contratada foi 10%
ao mês. Os custos de transação pagos, em 01/12/2014, para a obtenção deste empréstimo foram R$
100.000,00. Em 01/12/2014, ao reconhecer este empréstimo, a Cia. Alfa aumentou o
A) ativo total em R$ 3.000.000,00.
B) passivo total em R$ 2.900.000,00.
C) passivo total em R$ 3.630.000,00 e reduziu o resultado do período em R$ 630.000,00.
D) passivo total em R$ 3.000.000,00 e reduziu o resultado do período em R$ 100.000,00.
E) ativo total em R$ 2.900.000,00 e reduziu o resultado do período em R$ 100.000,00.

Comentários:

Vamos lá: o valor líquido recebido foi de $3.000.000,00 menos os custos de transação de $100.000,00.
Portanto:

D – Caixa (Ativo) 2.900.000


D – Custos de transação a apropriar (Ret. do Passivo) 100.000
C - Empréstimo a pagar (Passivo) 3.000.000

A contabilização inicial não envolve as contas de resultado, portanto podemos descartar as letra C, D e E.
Sobram:

A) ativo total em R$ 3.000.000,00. Errado, o ativo total aumentou 2.900.000

B) passivo total em R$ 2.900.000,00.

Correto. Somando as contas Empréstimo a pagar e a conta retificadora do passivo “Custos de transação a
apropriar”, chegamos ao aumento de 2.900.000.

Observação: “Custos de transação a apropriar” também pode ser chamada de “Encargos


financeiros a apropriar”.

Gabarito: B.

14. (FCC/Auditor/TCM GO/2015) Determinada empresa obteve, em 01/12/2014, um empréstimo para


financiar seu capital de giro. O valor do empréstimo obtido foi de R$ 8.000.000,00 para pagamento
integral (principal e juros) em 01/12/2015 e a taxa de juros compostos contratada foi 12% ao ano. Os
custos de transação incorridos e pagos para a obtenção deste empréstimo foram R$ 160.000,00.
Sabendo-se que este empréstimo é mensurado pelo custo amortizado, o valor reconhecido no Balanço
Patrimonial, em 01/12/2014, foi, em reais,
a) 8.000.000,00 no ativo.

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b) 8.000.000,00 no passivo.
c) 8.160.000,00 no ativo.
d) 8.000.000,00 no passivo e 160.000,00 no resultado do período.
e) 7.840.000,00, no passivo.

Comentários:

Como dissemos na aula, o valor dos recursos capitados por meio de empréstimo é feito do seguinte modo:

Atualmente, os custos de transação devem ser apropriados pelo tempo do empréstimo.

Dessa forma, ao invés de contabilizar 800 no resultado, vamos contabilizar 400 no primeiro mês e 400 no
segundo mês. Assim:

D – Caixa (ativo) 9200


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

Depois de um mês, a empresa contabiliza metade dos custos para o resultado:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

No segundo mês, a empresa contabiliza o restante:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

Portanto, os custos de transação vão para o resultado de forma proporcional ao tempo do empréstimo, e
não de imediato, como era antigamente. Além dos custos, a empresa também deve contabilizar os juros
mensais (no nosso exemplo, de 1.000 por mês, ou seja, 10% do principal).

Na nossa questão, será o seguinte:

D – Disponibilidades (ativo) 7.840.000,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 160.000,00
C – Empréstimos a pagar (passivo) 8.000.000,00

Gabarito: E.

15. (FCC/Analista Júnior/Metrô/SP/2014) Em 31/12/2011 uma empresa obteve um empréstimo no valor


de R$ 20.000.000,00 com as seguintes características:
- Prazo total: 10 anos.

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- Taxa de juros compostos: 9% ao ano.


- Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.401,80.
Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no valor total de R$ 850.000,00.
A taxa de custo efetivo da emissão foi 10% ao ano. O valor dos encargos financeiros reconhecido no resultado
de 2012 e o saldo líquido apresentado no balanço patrimonial referente à transação, em 31/12/2012, foram,
respectivamente, em reais,
a) 1.800.000,00 e 18.683.598,20.
b) 2.000.000,00 e 18.883.598,20.
c) 1.915.000,00 e 17.948.598,20.
d) 1.800.000,00 e 17.833.598,20.
e) 1.915.000,00 e 18.798.598,20.

Comentários:

O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no passivo exigível, deve
corresponder ao seu valor justo líquido dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do
passivo financeiro.

Em 31/12/2011 uma empresa obteve um empréstimo no valor de R$ 20.000.000,00 com as seguintes


características:

- Prazo total: 10 anos.


- Taxa de juros compostos: 9% ao ano.
- Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.401,80.

Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no valor total de R$ 850.000,00.

A taxa de custo efetivo da emissão foi 10% ao ano. O valor dos encargos financeiros reconhecido no resultado
de 2012 e o saldo líquido apresentado no balanço patrimonial referente à transação, em 31/12/2012, foram,
respectivamente, em reais,

Contabilização no momento 0 (captação):

D – Caixa (pela captação líquida) $ 19.150.000,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 850.000,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 20.000.000,00

Apresentação no Balanço, no Passivo, momento 0:

Passivo $
Empréstimos e Financiamentos: 20.000.000,00
(-) Custos a amortizar (redutora do passivo) 850.000,00

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Os Custos a Amortizar são transferidos para o Resultado por competência, usando o Método do Custo
Amortizado.

Veja item 12 do pronunciamento CPC 08, abaixo.

12. Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros devem


ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, com base no método do
custo amortizado usando o método dos juros efetivos. Esse método considera a taxa
interna de retorno (tir) da operação para a apropriação dos encargos financeiros durante a
vigência da operação. A utilização do custo amortizado faz com que os encargos financeiros
reflitam o efetivo custo do instrumento financeiro e não somente a taxa de juros
contratual do instrumento, ou seja, incluem-se neles os juros e os custos de transação da
captação, bem como prêmios recebidos, ágios, deságios, descontos, atualização monetária
e outros. Assim, a taxa interna de retorno considera todos os fluxos de caixa, desde o valor
líquido recebido pela concretização da transação até os pagamentos todos feitos ou a
serem efetuados até a liquidação da transação.

Vamos dar continuidade ao exemplo, para explicar esse ponto.

A taxa de juros efetiva foi de 10% ao ano. Com efeito, no primeiro ano o valor dos encargos financeiros
(incluindo os custos de transação) serão: 19.150.000,00 x 10% = 1.915.000,00.

Já o saldo líquido apresentado no balanço será de:

Ano Saldo Inicial Efeito na DRE Pagamentos Saldo Final


1 19.150.000 1.915.000 -3.116.401,80 17.948.598,20

Gabarito: C.

16. (FCC/Analista Contábil/SABESP/2014) A Cia. Bem Gelada S.A. obteve, em 01/11/2013, um empréstimo
para financiar seu capital de giro. O valor do empréstimo obtido foi de R$ 5.000.000, para pagamento
integral (principal e juros) em 31/10/2014 e taxa de juros compostos de 7% ao ano. Os custos incorridos
e pagos para a obtenção deste empréstimo foram R$ 125.000. Sabendo-se que este empréstimo é
mensurado pelo custo amortizado, ao reconhecer este empréstimo obtido, em 01/11/2013, a Cia. Bem
Gelada S.A. aumentou o
a) passivo total em R$ 4.875.000.
b) ativo total em R$ 5.000.000.
c) passivo total em R$ 5.000.000.
d) passivo total em R$ 5.350.000 e reduziu o resultado do período em R$ 475.000.
e) ativo total em R$ 4.875.000 e reduziu o resultado do período em R$ 125.000.

Comentários:

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Contabilização no momento 0 (captação):

D – Caixa (pela captação líquida) $ 4.875.000,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 125.000,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 5.000.000,00

Gabarito: A.

17. (FCC/SABESP/Contabilidade/2014) Uma empresa obteve recursos por meio da emissão de debêntures
no valor de R$ 40.000.000. As debêntures apresentaram as seguintes características:
− Data da emissão: 31/12/2011.
− Taxa de juros contratada: 12% ao ano.
− Prazo total de resgate: 8 anos.
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.052.114.
Para a colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em custos de serviços de assessoria jurídica
e financeira que totalizaram R$ 800.000. A taxa de custo efetivo da emissão foi 12,6% ao ano. O valor dos
encargos financeiros apropriados no resultado de 2012 foi, em reais,
A) 4.800.000.
B) 5.040.000.
C) 4.704.000.
D) 8.052.114.
E) 4.939.200.

Comentários:

(1) Calcule o valor inicial que a empresa recebeu:

$40.000.000,00 – custos transação $800.000,00 = $39.200.000,00

e (2) multiplique pela taxa efetiva de 12,6%:

$39.200.000,00 x 12,6% = $4.939.200,00.

Gabarito: E.

18. (FCC/Analista/Contabilidade/DPE/RS/2013) Considere as seguintes assertivas:


I. Os custos de transação de captação de recursos de terceiros não efetivada devem ser reconhecidos como
despesa no resultado do período em que se frustrar essa captação.
II. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser
tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.

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III. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da contratação de instrumento de
dívida devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento
financeiro emitido.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I
b) II
c) III
d) I, II e III.
e) II e III.

Comentários:

I. Os custos de transação de captação de recursos de terceiros não efetivada devem ser reconhecidos como
despesa no resultado do período em que se frustrar essa captação. Item correto. Segundo o CPC 08: 17. Os
custos de transação de captação não efetivada devem ser reconhecidos como despesa no resultado do
período em que se frustrar essa captação.

II. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser
tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações. Item correto. Segundo o CPC 08:

8. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de


capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da
entidade.

9. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade


devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.

III. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da contratação de instrumento de
dívida devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento
financeiro emitido.

Conforme o CPC 08:

Contabilização da captação de recursos de terceiros

11. O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no


passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido dos custos de transação
diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro. (...)

13. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da contratação de


instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou títulos de dívida tais como
debêntures, notas comerciais ou outros valores mobiliários) devem ser contabilizados
como redução do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido,
para evidenciação do valor líquido recebido.

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Portanto, os custos de transação devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente
reconhecido.

Gabarito: D.

19. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima de capital aberto,
fez uma captação de recursos, via debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de
juros anual contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de transação no
montante de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em relação ao
mercado, houve prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil.
Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,
(A) ativo de R$ 2,1 milhões.
(B) despesa financeira de R$ 100 mil.
(C) passivo de R$ 2,3 milhões.
(D) receita financeira de R$ 200 mil.
(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

Comentários:

A contabilização dos prêmios na emissão de debêntures foi alterada. Antes das alterações contábeis, ia direto
para o PL, como Reserva de Capital.

Hodiernamente, os prêmios na emissão de debêntures transitam pelo Resultado do Exercício. Depois, para
que não tenham efeito fiscal (pagamento de IR), a empresa poderá constituir Reserva Específica de Prêmio
de debêntures. Essa é uma Reserva de Lucro, pois os valores passaram pelo resultado do exercício.

O lançamento pela emissão de debêntures, com ágio, se dá do seguinte modo (desconsiderando quaisquer
outras informações).

D – Caixa (Ativo)
C - Debêntures a pagar (Passivo)
C – Prêmio a amortizar (Passivo)

Pela apropriação do Prêmio ao resultado.

D - Prêmio a amortizar (Passivo)


C – Receita de Prêmio de Debêntures (Resultado)

Portanto, parte da questão será resolvida com os lançamentos acima. Já os custos das transações, dispõe o
CPC 08.

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CONTABILIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS

11. O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no


passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido dos custos de transação
diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro.

A contabilização dos custos desta transação pode ser feito pelo intermédio do seguinte lançamento:

D – Custos de transação a amortizar (redutora do passivo)


C – Caixa (ativo)

Portanto, na nossa questão, ficamos assim:

Valor recebido pelas debêntures: 2.200.000,00 + 200.000,00.

Valor dos custos na emissão dessas debêntures: 100.000,00.

Valor líquido que entrou em caixa: 2.300.000,00 [2.400.000,00 – 100.000,00].

A contabilização vai ficar, pois, assim:

D – Caixa (ativo) 2.300.000,00


D – Custo da transação a apropriar (retificadora passivo) 100.000,00
C – Debêntures a resgatar (passivo) 2.200.000,00
C – Prêmio na emissão de debêntures (passivo) 200.000,00

Os custos de transação e o prêmio devem ser apropriados ao resultado pró rata temporis, por competência.

Agora, analisemos as assertivas:

(A) ativo de R$ 2,1 milhões.

Errado. O ativo reconhecido foi de R$ 2,3 milhões.

(B) despesa financeira de R$ 100 mil.

Errado. A despesa financeira vai ser reconhecida conforme o regime de competência, em contrapartida ao
custo de transação.

(C) passivo de R$ 2,3 milhões.

Correto. Este é o saldo do passivo a ser reconhecido.

(D) receita financeira de R$ 200 mil.

Errado. O prêmio é reconhecido no passivo, sendo apropriado ao resultado pelo regime de competência.

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(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

Errado. O prêmio recebido na emissão de debêntures deixou de ser reserva de capital.

Gabarito: C.

20. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A Cia. Financia Tudo S.A foi constituída, em
30/06/X10, mediante integralização de 100% de seu Capital Social, no valor de R$ 150.000,00, em
dinheiro.
Durante o mês de julho de X10, a Cia. realizou as seguintes operações:
Data Operação
05/07/X10 Compra de estoque no valor de R$ 27.000,00 para ser pago em 30 dias, sem juros.
12/07/X10 Recebimento de R$ 15.000,00 de um cliente, para entrega futura de mercadorias.
Compra de um veículo, por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser pago em
31/07/X10 36 prestações mensais de R$ 2.500,00 cada. Se a Cia. adquirisse o veículo à vista pagaria R$
75.000,00.
Emissão de 1.000 debêntures a R$ 20,00 cada, com taxa de juros compostos de 8% ao ano,
com prazo de 10 anos e pagamentos anuais de R$ 2.981,00. Os custos de transação
31/07/X10
incorridos e pagos na emissão foram de R$ 600,00. Na emissão desses títulos houve prêmio
no valor de R$ 892,00.
Após o registro das operações acima, o Passivo da Cia. Financia Tudo S.A., em 31/07/X10, era, em reais,
(A) 137.000.
(B) 137.892.
(C) 137.292.
(D) 152.000.
(E) 152.292.

Comentários:

Fornecedores 27.000,00
Adiantamento de clientes 15.000,00
Arrendamento mercantil a pagar 90.000,00
(-) Encargos financeiros a transcorrer (15.000,00)
Debêntures a resgatar (2.981,00 x 10) 29.810,00
(-) Ajuste a valor presente sobre a emissão de debêntures (9.810,00)
(-) Custos da transação a amortizar (600,00)
Prêmio na emissão de debêntures 892,00
Total do passivo 137.292,00

Gabarito: C.

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21. (FCC/APOFP/2010) A empresa Gama S.A. emitiu 1.000 debêntures a R$ 10,00 cada, com taxa de juros
compostos de 6% ao ano, com prazo de 5 anos e pagamentos anuais de R$ 2.374,00. Os custos de
transação incorridos e pagos foram de R$ 100,00 e houve prêmio na emissão desses títulos, no valor
de R$ 278,00. Na data de emissão das debêntures, a empresa:
(A) debitou na conta Disponível o valor de R$ 10.000,00.
(B) debitou na conta Despesa Financeira o valor de R$ 100,00.
(C) creditou no Passivo o valor de R$ 10.000,00.
(D) creditou na conta Receita Financeira o valor de R$ 278,00.
(E) creditou no Passivo o valor de R$ 10.178,00.

Comentários:

A contabilização, na data de emissão das debêntures, é a seguinte:

Valor nominal: 1000 x 10,00 = R$ 10.000,00

Pagamentos: 5 x R$ 2.374,00 = R$ 11.870,00

Valor recebido: R$ 10.000,00 + R$ 278,00 – R$ 100,00 = R$ 10.178,00

Contabilização:

D – Caixa (Ativo Circulante) 10.178,00


D – Juros a Transcorrer (Retificadora do Passivo) 1.870,00
C – Prêmio a amortizar (Menos despesas incorridas – Passivo) 178,00
C – Debêntures a pagar (Passivo) 11.870,00

Contabilização no Passivo: 11870,00 + 178,00 – 1870,00 = R$ 10.178,00.

Observação: o correto seria diferenciar entre o Passivo Circulante e o Passivo Não


Circulante. Mas, como a questão pedia a contabilização no “Passivo”, entende-se que é o
Passivo Total. Assim, não há necessidade de separar conforme o prazo de vencimento.

Gabarito: E.

22. (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES


INDEPENDENTES (CNAI) do CFC – 2009) De acordo com a Resolução n.º 1.142/08, que aprovou a norma
NBC T 19.14, quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos
patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou emissão de bônus de subscrição, os
custos de transação devem ser:
a) baixados como perda contra lucros/prejuízos acumulados.

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b) baixados como perda em conta do resultado do exercício.


c) mantidos em conta de ativo para apropriação ao custo de futura operação.
d) apropriados ao ativo intangível, sujeitos ao teste de recuperabilidade.

Comentários:

A questão menciona “títulos patrimoniais”, portanto trata-se de captação de dinheiro dos sócios. Mas se
fossem títulos mobiliários (captação de recursos de terceiros), o tratamento seria o mesmo. Os custos de
transações de captação não efetivadas devem ser reconhecidos no resultado, como perda, no exercício em
que a captação se frustrar

Gabarito: B.

23. (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES


INDEPENDENTES (CNAI) do CFC – 2009) Os custos de transação na emissão de títulos e valores
mobiliários de que trata a Resolução CFC n.º 1.142, que aprovou a NBC T 19.14, enquanto não captados
os recursos a que se referem, devem ser:
a) apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo como pagamento antecipado.
b) apropriados de imediato ao resultado do período, pois são despesas a partir do momento de sua
ocorrência.
c) transferidos para o ativo intangível tão logo concluído o processo de captação.
d) apropriados a conta de lucros ou prejuízos acumulados

Comentários:

Conforme item 19: “Os custos de transação de que trata este Pronunciamento Técnico, enquanto não
captados os recursos a que se referem, devem ser apropriados e mantidos em conta transitória e específica
do ativo como pagamento antecipado”.

Gabarito: A.

24. (Inédita) Nos itens abaixo, assinale o único que se classifica como “Despesa Financeira”, nos temos no
Pronunciamento CPC 08:
A) Descontos
B) Prêmios
C) Variação cambial
D) Taxas
E) Honorários

Comentários:

Conforme o item 3 – Definições:

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Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus pago ou a pagar
como remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador derivado dos
fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice específico de variação de preços e
assemelhados; incluem, portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial
etc., mas não inclui taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc.

Gabarito: C.

25. (Inédita) Uma empresa incorreu em despesas com honorários de advogados e com consultoria
especializada, ao realizar o lançamento de novas ações.
Tais despesas deverão ser contabilizadas:
A) No resultado do exercício em que ocorrerem
B) No Patrimônio Líquido
==a81bb==

C) No Ativo Circulante
D) No Passivo Circulante
E) No Ativo Intangível

Comentários:

Por se tratar de operação com sócios novos ou atuais, os custos de transação na emissão de novas ações não
devem influenciar o resultado do exercício, ficando destacadas em conta redutora do Patrimônio Líquido

Gabarito: B.

A empresa KLR captou recursos de terceiros no valor de R$100.000,00, com taxa de juros nominal de 10,0%
anuais, 3 pagamentos anuais e consecutivos de $ 40.211,00 e custos de transação de $ 6.644,00.

26. (Questão inédita) A contabilização no momento da captação é:


A) D – Caixa (pela captação líquida) $ 100.000.00
C – Custos de transações (redutora do ativo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 93.356,00
B) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00
D – Custos de transações (resultado do exercício) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00
C) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 93.356,00
D) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00
D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

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C) D – Caixa (pela captação líquida) $ 100.000,00


C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

Comentários:

O valor contabilizado na conta Caixa deve ser o valor líquido disponibilizado para a empresa. No caso, o valor
captado menos os custos de transações.

D – Caixa: 100.000 – 6,644 = $ 93.356

O diferencial entre os valores efetivamente pagos e a pagar a qualquer título (principal, juros, custos de
transação e outros) deve ser tratado como encargos financeiros, e ser apropriado ao resultado por
competência.

Portanto, o lançamento completo fica assim:

D – Caixa (Ativo Circulante) $ 93.356,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

Gabarito: D.

(Continuação da questão anterior): O fluxo de caixa a ser considerado na captação é o seguinte:


Ano Valor
0 93.356
1 (40.211)
2 (40.211)
3 (40.211)
O fluxo acima apresenta uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 14% ao ano.

27. (Inédita) O valor dos Encargos financeiros que afetarão a DRE no ano 2 é de:
A) 9.270
B) 9.660
C) 10.230
D) 11.500
E) 12.340

Comentários:

Para calcular o valor dos encargos financeiros que afetarão a DRE, devemos partir do fluxo demonstrado
acima, com TIR de 14%. Assim, temos:

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Saldo inicial 93.356


x TIR 14 % 13.070
Subtotal 106.426
(-) pagamento (40.211)
= Saldo final ano 1 66.214
x TIR 14 % 9.270 Encargos financeiros 2º. Ano

Gabarito: A.

28. (Inédita) A despesa financeira com juros no segundo ano é:


A) 4.979
B) 5.459
C) 5.799
D) 6.359
E) 6.979

Comentários:

Para calcular o valor dos juros, devemos partir do valor nominal ($ 100.000) e considerar a taxa nominal de
10% ao ano.

Saldo inicial 100.000


x Juros 10% 10.000
Subtotal 110.000
(-) pagamento (40.211)
= Saldo final ano 1 69.789
x Juros 10% 6.979 Despesa financeira (juros) 2º. Ano

Gabarito: E

29. (Inédita) O valor do custo de transação apropriado no segundo ano é de:


A) 991
B) 1.491
C) 1.991
D) 2.291
E) 2.391

Comentários:

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O valor do custo de transação apropriado ao resultado é a diferença entre os Encargos Financeiros e as


Despesas Financeiras (juros).

9.270 – 6.979 = 2.291

OBS: reproduzimos abaixo os quadros de controle da apropriação dos encargos financeiros e dos juros.

ENCARGOS FINANCEIROS
Ano Principal TIR 14% Total Pagamento Saldo final
1 93.356 13.070 106.426 40.211 66.214
2 66.214 9.270 75.484 40.211 35.273
3 35.273 4.938 40.211 40.211 0
TOTAL 27.278

DESPESAS FINANCEIRAS (JUROS)


Ano Principal Juros 10% Total Pagamento Saldo final
1 100.000 10.000 110.000 40.211 69.789
2 69.789 6.979 76.767 40.211 36.556
3 36.556 3.656 40.211 40.211 0
TOTAL 20.634

Gabarito: D.

30. (Questão inédita) O valor dos juros de um empréstimo incorridos durante a construção ou formação
de um ativo imobilizado qualificado deve ser:
A) Lançado como despesa do exercício em que ocorrer.
B) Lançado no Patrimônio Líquido
C) Lançado no Imobilizado
D) Lançado no Intangível
E) Lançado em conta redutora do passivo

Comentários:

Neste caso os encargos financeiros devem ser capitalizados, ou seja, somados ao custo do ativo qualificado.

Gabarito: C.

31. (Questão inédita) A empresa KLS planeja emitir ações e lançar debêntures, para captação de recursos
destinados a financiar a expansão prevista da empresa. No ano de X1, ocorreram os seguintes gastos:
1 – contratação de advogados para analisar e adequar o estatuto da empresa, antes da emissão de ações - $
20.000,00.
2 – Contratação de empresa especializada para orientar sobre o lançamento das debêntures e realizar o
estudo de viabilidade - $ 35.000,00.

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Indique a contabilização correta dos gastos acima, no balanço de 31.12.X1:


A) Despesa, no Resultado do Exercício
B) No Ativo Intangível
C) No Patrimônio Líquido
D) Como Pagamentos Antecipados, no Ativo
E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial

Comentários:

Os custos de transação de que trata este Pronunciamento Técnico, enquanto não captados os recursos a que
se referem, devem ser apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo como pagamento
antecipado.

Gabarito: D.

32. (Questão inédita) Suponha que em X2 a empresa KLS desistiu da emissão das ações e do lançamento
das debêntures, sem qualquer captação de recursos. Nesse caso, os gastos efetuados com advogados
e empresa de assessoria devem ser:
A) Reconhecidos como perda no resultado do exercício de X2.
B) Contabilizados como Ajustes de Exercícios anteriores, no PL
C) Transferidos de pagamentos antecipados para Ativo intangível.
D) Transferidos para Ajuste de Avaliação Patrimonial
E) Contabilizados como Reserva de Capital

Comentários:

Veja os seguintes itens do Pronunciamento:

7. Quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos


patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou emissão de bônus de
subscrição, os custos de transação devem ser baixados como perda destacada no
resultado do período em que se frustrar a transação.

17. Os custos de transação de captação não efetivada devem ser imediatamente baixados
como perda no resultado do período em que se frustrar essa captação.

Gabarito: A.

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LISTA DE QUESTÕES – CPC 08 – MULTIBANCAS


1. (FGV/PC AM/Perito Criminal/Contabilidade/2022) Em 01/01/X0, uma entidade emitiu debêntures de
curto prazo com valor de face de R$300.000, captando R$340.000.
Na data, a diferença entre o valor captado e o valor de face, correspondente à R$40.000, deve ser
contabilizada do seguinte modo:
a) passivo, no Balanço Patrimonial.
b) receita financeira, na Demonstração do Resultado do Exercício.
c) receita operacional, na Demonstração do Resultado do Exercício
d) reserva de lucros, na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
e) reserva de capital, na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

2. (FCC/Assembleia Legislativa do Amapá/Analista Legislativo/Contador/2020) A Cia. Endividada obteve,


em 30/11/2018, um empréstimo para financiar sua expansão. O valor do empréstimo foi R$ 10.000.000,00
e o pagamento para sua liquidação integral (principal e juros) ocorrerá em 30/11/2020. A taxa de juros
compostos negociada foi 12% a.a. e os custos incorridos e pagos para a obtenção deste empréstimo foram
de R$ 50.000,00. Se o empréstimo é mensurado pelo método do custo amortizado, o seu reconhecimento
no Balanço Patrimonial da Cia. Endividada, em 30/11/2018, provocou um aumento líquido total de
(A) R$ 10.000.000,00 no passivo e uma redução no patrimônio líquido de R$ 50.000,00.
(B) R$ 10.000.000,00, no passivo.
(C) R$ 8.800.000,00, no passivo.
(D) R$ 9.950.000,00, no passivo.
(E) R$ 10.000.000,00, no ativo.

3. (FCC/Prefeitura do Recife/Analista/2019) Em 30/6/2017, a Cia. Só Recursos obteve um empréstimo no


valor de R$ 3.000.000,00 com as seguintes características:
− Prazo total: 4 anos.
− Taxa de juros compostos: 4,2 % ao semestre.
− Pagamentos: parcelas iguais e semestrais no valor de R$ 449.270,70 cada.
Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no valor total de R$ 100.000,00
e a taxa de custo efetivo foi 5,0% ao semestre. O valor total dos encargos financeiros reconhecidos no
resultado de 2017, decorrente do empréstimo obtido, foi, em reais,
(A) 226.000,00.
(B) 126.000,00.
(C) 121.800,00.
(D) 145.000,00.
(E) 150.000,00.

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4. (FCC/Prefeitura de Manaus/Auditor Fiscal/2019) A Cia. Só Dívida obteve um empréstimo no valor de


R$ 30.000.000,00, em 01/12/2018. Tanto o principal quanto os juros serão pagos em 01/12/2025 e a taxa
de juros compostos negociada foi 2% ao mês. Na data da obtenção do empréstimo, a empresa pagou R$
800.000,00 referentes aos custos de transação e a taxa de custo efetivo da operação foi 2,033% ao mês.
É correto afirmar que a Cia. Só Dívida reconheceu
(A) despesa financeira de R$ 593.636,00 em dezembro de 2018.
(B) despesa financeira de R$ 584.000,00 em dezembro de 2018.
(C) despesa financeira de R$ 609.900,00 em dezembro de 2018.
(D) passivo total de R$ 30.600.000,00, em 31/12/2018.
(E) despesa financeira de R$ 1.400.000,00 em dezembro de 2018.

5. (FCC/Sabesp/Contador/2018) No dia 01/12/2015 uma empresa obteve empréstimo à taxa de juros de


1,5% ao mês. O valor total do empréstimo foi R$ 10.000.000,00, o pagamento do principal será feito em
uma única parcela em 01/12/2026 e os juros serão pagos semestralmente, com a primeira parcela
vencendo em 01/06/2016.
O valor das parcelas semestrais de juros é R$ 934.432,64 e a empresa pagou, adicionalmente, na data da
obtenção do empréstimo, despesas relacionadas com o contrato no valor de R$ 250.000,00. A taxa de custo
efetivo da operação foi 1,5429% ao mês.
O valor contábil do empréstimo apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2015 e o valor total dos
encargos financeiros evidenciados no resultado de 2015, relativo ao empréstimo obtido foram,
respectivamente, em reais,
(A) 10.155.738,75 e 405.738,77.
(B) 9.896.250,00 e 146.250,00.
(C) 10.150.000,00 e 400.000,00.
(D) 10.154.290,00 e 404.290,00.
(E) 9.900.432,75 e 150.432,75.

6. (FCC/TST/Analista Judiciário – Contabilidade/2017) Um empréstimo no valor de R$ 5.000.000,00 foi


obtido à taxa de juros compostos de 1,4% ao mês para ser liquidado em uma única parcela no final de 15
meses. A data de obtenção do empréstimo foi 01/12/2016 e nesta mesma data a empresa pagou despesas
relacionadas com o contrato (custos de transação) no valor de R$ 300.000,00. Sabendo-se que a taxa de
custo efetivo da operação era 1,82% ao mês, o valor evidenciado na demonstração do resultado de 2016,
correspondente exclusivamente ao empréstimo obtido foi, em reais,
a) 85.540,00.
b) 91.000,00.
c) 70.000,00.
d) 65.800,00.
e) 370.000,00.

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7. (FCC/DRE-RS/Analista Judiciário – Contabilidade/2017) Em 31/12/2015 uma empresa obteve um


empréstimo no valor de R$ 1.000.000,00 com as seguintes características:
− Prazo total: 6 anos
− Taxa de juros compostos: 10% ao ano
− Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 229.607,00
Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no valor total de R$ 30.000,00,
pagos no ato da assinatura, fazendo com que a taxa de custo efetivo do empréstimo fosse 11% ao ano.
Sabendo que a empresa efetuou o pagamento da primeira parcela na data do vencimento, o
a) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 847.093,00.
b) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 100.000,00.
c) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 229.607,00.
d) impacto total no passivo, no momento da captação, foi R$ 1.000.000,00.
e) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço Patrimonial de
31/12/2016 foi R$ 870.393,00.

8. (FGV/Prefeitura de Salvador/Técnico em Contabilidade/2017) A Cia. ABC emitiu, em 2016, títulos


patrimoniais no valor de R$ 200.000,00, tendo procura satisfatória. No processo de captação de recursos,
a empresa incorreu em custos de transação vinculados à emissão no valor de R$ 10.000,00.
Os custos de transação devem ser contabilizados como
a) despesa financeira.
b) despesa operacional.
c) ativo intangível.
d) redutores do patrimônio líquido
e) outros resultados abrangentes

9. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015) Em 30/09/2013, uma empresa obteve um empréstimo no valor de


R$ 200.000,00 que será liquidado integralmente (principal e juros) em 30/09/2016. A taxa de juros
compostos contratada foi 1% ao mês e o saldo do empréstimo é corrigido por um índice de preços que
variou 3% entre a data da obtenção do empréstimo e a data de 31/12/2013. Considere que os meses são
de 30 dias corridos.
O valor contábil evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 deste empréstimo foi, em reais:
a) 206.000,00
b) 212.242,01
c) 212.180,00
d) 272.000,00
e) 280.160,00

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10. (FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Financiada realizou a emissão de debêntures para
captação de recursos no valor de R$ 10.000.000,00. As debêntures apresentaram as seguintes
características:
Prazo total: 5 anos
Taxa de juros: 10% ao ano
Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em custos de transação no valor
total de R$ 150.000,00.
No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um aumento nas taxas de juros nos
próximos anos e a Cia. obteve um valor inferior ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A
taxa de custo efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros apropriados no
resultado de 2014 foi, em reais,
2.637.974,81.
B) 1.150.000,00.
C) 1.268.550,00.
D) 1.355.122,50.
E) 1.186.094,25.

11. (FCC/Analista/CNMP/2015) No dia 01/12/2014 uma empresa obteve um empréstimo bancário no


valor total de R$ 2.000.000,00 que será liquidado da seguinte forma:
− Principal: pagamento integral em 01/12/2017
− Juros: pagamentos trimestrais, com a primeira parcela vencendo em 01/03/2015
As demais características do empréstimo são as seguintes:
− Taxa de juros contratada: 1,3% ao mês
− Valor dos juros trimestrais: R$ 79.018,39
− Despesas iniciais cobradas pelo Banco (custos de transação): R$ 150.000,00
− A taxa de custo efetivo da operação: 1,57% ao mês
Os valores da despesa com encargos financeiros apropriada no resultado de 2014 e do saldo apresentado no
balanço patrimonial em 31/12/2014 para o empréstimo obtido foram, respectivamente, em reais,
a) 29.045,00 e 1.879.045,00.
b) 31.400,00 e 2.031.400,00.
c) 26.339,46 e 2.026.339,46.
d) 33.755,00 e 2.183.755,00.
e) 24.050,00 e 1.874.050,00.

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12. (FCC/Auditor/TCM GO/2015) Uma empresa fez a emissão de 10.000.000 de debêntures pelo valor
nominal unitário de R$ 3,00 para obtenção de um total de recursos no valor de R$30.000.000,00. As
características dos títulos emitidos foram as seguintes:
− Data da emissão: 31/12/2012
− Prazo total: 10 anos
− Taxa de juros: 10% ao ano
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 4.882.361,85
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$ 666.672,90
Tendo em vista que havia expectativa de que as taxas de juros sofreriam uma queda nos próximos anos,
houve uma grande demanda pelas debêntures emitidas e a empresa conseguiu vendê-las pelo valor total de
R$ 32.000.000,00 e, com isto, a taxa de custo efetivo da emissão foi 9% ao ano.
O valor total das despesas apropriadas no resultado de 2013 e o saldo apresentado no balanço patrimonial
em 31/12/2013 para as debêntures emitidas foram, respectivamente, em reais,
A) 3.666.672,90 e 28.117.638,15.
B) 2.700.000,00 e 27.817.638,15.
C) 2.880.000,00 e 29.997.638,15.
D) 3.546.672,90 e 29.997.638,15.
E) 2.819.999,44 e 29.270.964,69.

13. (FCC/MANAUSPREV/Contabilidade/2015) A Cia. Alfa obteve, em 01/12/2014, um empréstimo


bancário para financiar seu capital de giro. O valor do empréstimo obtido foi R$ 3.000.000,00, para
pagamento integral (principal e juros) em 01/02/2015, e a taxa de juros compostos contratada foi 10% ao
mês. Os custos de transação pagos, em 01/12/2014, para a obtenção deste empréstimo foram R$
100.000,00. Em 01/12/2014, ao reconhecer este empréstimo, a Cia. Alfa aumentou o
A) ativo total em R$ 3.000.000,00.
B) passivo total em R$ 2.900.000,00.
C) passivo total em R$ 3.630.000,00 e reduziu o resultado do período em R$ 630.000,00.
D) passivo total em R$ 3.000.000,00 e reduziu o resultado do período em R$ 100.000,00.
E) ativo total em R$ 2.900.000,00 e reduziu o resultado do período em R$ 100.000,00.

14. (FCC/Auditor/TCM GO/2015) Determinada empresa obteve, em 01/12/2014, um empréstimo para


financiar seu capital de giro. O valor do empréstimo obtido foi de R$ 8.000.000,00 para pagamento integral
(principal e juros) em 01/12/2015 e a taxa de juros compostos contratada foi 12% ao ano. Os custos de
transação incorridos e pagos para a obtenção deste empréstimo foram R$ 160.000,00. Sabendo-se que
este empréstimo é mensurado pelo custo amortizado, o valor reconhecido no Balanço Patrimonial, em
01/12/2014, foi, em reais,
a) 8.000.000,00 no ativo.

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b) 8.000.000,00 no passivo.
c) 8.160.000,00 no ativo.
d) 8.000.000,00 no passivo e 160.000,00 no resultado do período.
e) 7.840.000,00, no passivo.

15. (FCC/Analista Júnior/Metrô/SP/2014) Em 31/12/2011 uma empresa obteve um empréstimo no valor


de R$ 20.000.000,00 com as seguintes características:
- Prazo total: 10 anos.
- Taxa de juros compostos: 9% ao ano.
- Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.401,80.
Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no valor total de R$ 850.000,00.
A taxa de custo efetivo da emissão foi 10% ao ano. O valor dos encargos financeiros reconhecido no resultado
de 2012 e o saldo líquido apresentado no balanço patrimonial referente à transação, em 31/12/2012, foram,
respectivamente, em reais,
a) 1.800.000,00 e 18.683.598,20.
b) 2.000.000,00 e 18.883.598,20.
c) 1.915.000,00 e 17.948.598,20.
d) 1.800.000,00 e 17.833.598,20.
e) 1.915.000,00 e 18.798.598,20.

16. (FCC/Analista Contábil/SABESP/2014) A Cia. Bem Gelada S.A. obteve, em 01/11/2013, um empréstimo
para financiar seu capital de giro. O valor do empréstimo obtido foi de R$ 5.000.000, para pagamento
integral (principal e juros) em 31/10/2014 e taxa de juros compostos de 7% ao ano. Os custos incorridos e
pagos para a obtenção deste empréstimo foram R$ 125.000. Sabendo-se que este empréstimo é
mensurado pelo custo amortizado, ao reconhecer este empréstimo obtido, em 01/11/2013, a Cia. Bem
Gelada S.A. aumentou o
a) passivo total em R$ 4.875.000.
b) ativo total em R$ 5.000.000.
c) passivo total em R$ 5.000.000.
d) passivo total em R$ 5.350.000 e reduziu o resultado do período em R$ 475.000.
e) ativo total em R$ 4.875.000 e reduziu o resultado do período em R$ 125.000.

17. (FCC/SABESP/Contabilidade/2014) Uma empresa obteve recursos por meio da emissão de debêntures
no valor de R$ 40.000.000. As debêntures apresentaram as seguintes características:
− Data da emissão: 31/12/2011.
− Taxa de juros contratada: 12% ao ano.
− Prazo total de resgate: 8 anos.
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.052.114.

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Para a colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em custos de serviços de assessoria jurídica
e financeira que totalizaram R$ 800.000. A taxa de custo efetivo da emissão foi 12,6% ao ano. O valor dos
encargos financeiros apropriados no resultado de 2012 foi, em reais,
A) 4.800.000.
B) 5.040.000.
C) 4.704.000.
D) 8.052.114.
E) 4.939.200.

18. (FCC/Analista/Contabilidade/DPE/RS/2013) Considere as seguintes assertivas:


I. Os custos de transação de captação de recursos de terceiros não efetivada devem ser reconhecidos como
despesa no resultado do período em que se frustrar essa captação.
II. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser
tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.
III. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da contratação de instrumento de
dívida devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento
financeiro emitido.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I
b) II
c) III
d) I, II e III.
e) II e III.

19. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima de capital aberto,
fez uma captação de recursos, via debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros
anual contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de transação no montante
de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em relação ao mercado, houve
prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil.
Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,
(A) ativo de R$ 2,1 milhões.
(B) despesa financeira de R$ 100 mil.
(C) passivo de R$ 2,3 milhões.
(D) receita financeira de R$ 200 mil.
(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

20. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A Cia. Financia Tudo S.A foi constituída, em
30/06/X10, mediante integralização de 100% de seu Capital Social, no valor de R$ 150.000,00, em dinheiro.
Durante o mês de julho de X10, a Cia. realizou as seguintes operações:

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Data Operação
05/07/X10 Compra de estoque no valor de R$ 27.000,00 para ser pago em 30 dias, sem juros.
12/07/X10 Recebimento de R$ 15.000,00 de um cliente, para entrega futura de mercadorias.
Compra de um veículo, por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser pago em
31/07/X10 36 prestações mensais de R$ 2.500,00 cada. Se a Cia. adquirisse o veículo à vista pagaria R$
75.000,00.
Emissão de 1.000 debêntures a R$ 20,00 cada, com taxa de juros compostos de 8% ao ano,
com prazo de 10 anos e pagamentos anuais de R$ 2.981,00. Os custos de transação
31/07/X10
incorridos e pagos na emissão foram de R$ 600,00. Na emissão desses títulos houve prêmio
no valor de R$ 892,00.
Após o registro das operações acima, o Passivo da Cia. Financia Tudo S.A., em 31/07/X10, era, em reais,
(A) 137.000.
(B) 137.892. ==a81bb==

(C) 137.292.
(D) 152.000.
(E) 152.292.

21. (FCC/APOFP/2010) A empresa Gama S.A. emitiu 1.000 debêntures a R$ 10,00 cada, com taxa de juros
compostos de 6% ao ano, com prazo de 5 anos e pagamentos anuais de R$ 2.374,00. Os custos de transação
incorridos e pagos foram de R$ 100,00 e houve prêmio na emissão desses títulos, no valor de R$ 278,00.
Na data de emissão das debêntures, a empresa:
(A) debitou na conta Disponível o valor de R$ 10.000,00.
(B) debitou na conta Despesa Financeira o valor de R$ 100,00.
(C) creditou no Passivo o valor de R$ 10.000,00.
(D) creditou na conta Receita Financeira o valor de R$ 278,00.
(E) creditou no Passivo o valor de R$ 10.178,00.

22. (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES


INDEPENDENTES (CNAI) do CFC – 2009) De acordo com a Resolução n.º 1.142/08, que aprovou a norma
NBC T 19.14, quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos
patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou emissão de bônus de subscrição, os
custos de transação devem ser:
a) baixados como perda contra lucros/prejuízos acumulados.
b) baixados como perda em conta do resultado do exercício.
c) mantidos em conta de ativo para apropriação ao custo de futura operação.
d) apropriados ao ativo intangível, sujeitos ao teste de recuperabilidade.

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23. (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES


INDEPENDENTES (CNAI) do CFC – 2009) Os custos de transação na emissão de títulos e valores mobiliários
de que trata a Resolução CFC n.º 1.142, que aprovou a NBC T 19.14, enquanto não captados os recursos a
que se referem, devem ser:
a) apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo como pagamento antecipado.
b) apropriados de imediato ao resultado do período, pois são despesas a partir do momento de sua
ocorrência.
c) transferidos para o ativo intangível tão logo concluído o processo de captação.
d) apropriados a conta de lucros ou prejuízos acumulados

24. (Inédita) Nos itens abaixo, assinale o único que se classifica como “Despesa Financeira”, nos temos
no Pronunciamento CPC 08:
A) Descontos
B) Prêmios
C) Variação cambial
D) Taxas
E) Honorários

25. (Inédita) Uma empresa incorreu em despesas com honorários de advogados e com consultoria
especializada, ao realizar o lançamento de novas ações.
Tais despesas deverão ser contabilizadas:
A) No resultado do exercício em que ocorrerem
B) No Patrimônio Líquido
C) No Ativo Circulante
D) No Passivo Circulante
E) No Ativo Intangível

A empresa KLR captou recursos de terceiros no valor de R$100.000,00, com taxa de juros nominal de 10,0%
anuais, 3 pagamentos anuais e consecutivos de $ 40.211,00 e custos de transação de $ 6.644,00.

26. (Questão inédita) A contabilização no momento da captação é:


A) D – Caixa (pela captação líquida) $ 100.000.00
C – Custos de transações (redutora do ativo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 93.356,00
B) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00
D – Custos de transações (resultado do exercício) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

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C) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00


C – Empréstimos e financiamentos $ 93.356,00
D) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00
D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00
C) D – Caixa (pela captação líquida) $ 100.000,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

(Continuação da questão anterior): O fluxo de caixa a ser considerado na captação é o seguinte:


Ano Valor
0 93.356
1 (40.211)
2 (40.211)
3 (40.211)
O fluxo acima apresenta uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 14% ao ano.

27. (Inédita) O valor dos Encargos financeiros que afetarão a DRE no ano 2 é de:
A) 9.270
B) 9.660
C) 10.230
D) 11.500
E) 12.340

28. (Inédita) A despesa financeira com juros no segundo ano é:


A) 4.979
B) 5.459
C) 5.799
D) 6.359
E) 6.979

29. (Inédita) O valor do custo de transação apropriado no segundo ano é de:


A) 991
B) 1.491
C) 1.991
D) 2.291
E) 2.391

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30. (Questão inédita) O valor dos juros de um empréstimo incorridos durante a construção ou formação
de um ativo imobilizado qualificado deve ser:
A) Lançado como despesa do exercício em que ocorrer.
B) Lançado no Patrimônio Líquido
C) Lançado no Imobilizado
D) Lançado no Intangível
E) Lançado em conta redutora do passivo

31. (Questão inédita) A empresa KLS planeja emitir ações e lançar debêntures, para captação de recursos
destinados a financiar a expansão prevista da empresa. No ano de X1, ocorreram os seguintes gastos:
1 – contratação de advogados para analisar e adequar o estatuto da empresa, antes da emissão de ações - $
20.000,00.
2 – Contratação de empresa especializada para orientar sobre o lançamento das debêntures e realizar o
estudo de viabilidade - $ 35.000,00.
Indique a contabilização correta dos gastos acima, no balanço de 31.12.X1:
A) Despesa, no Resultado do Exercício
B) No Ativo Intangível
C) No Patrimônio Líquido
D) Como Pagamentos Antecipados, no Ativo
E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial

32. (Questão inédita) Suponha que em X2 a empresa KLS desistiu da emissão das ações e do lançamento
das debêntures, sem qualquer captação de recursos. Nesse caso, os gastos efetuados com advogados e
empresa de assessoria devem ser:
A) Reconhecidos como perda no resultado do exercício de X2.
B) Contabilizados como Ajustes de Exercícios anteriores, no PL
C) Transferidos de pagamentos antecipados para Ativo intangível.
D) Transferidos para Ajuste de Avaliação Patrimonial
E) Contabilizados como Reserva de Capital

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GABARITO
1 A 12 E 23 A
2 D 13 B 24 C
3 D 14 E 25 B
4 A 15 C 26 D
5 E 16 A 27 A
6 A 17 E 28 E
7 A 18 D 29 D
8 D 19 C 30 C
9 B 20 C 31 D
10 E 21 E 32 A
11 A 22 B

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