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Aula 11

SEFAZ-MG (Auditor Fiscal - área


Auditoria e Fiscalização) Contabilidade
Avançada - 2022 (Pós-Edital) (Prof Julio
e Luciano)

Autor:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo

05 de Agosto de 2022

00346813379 - Naiara Braz Sidrim Nogueira


Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 11

Índice
1) Ajuste a Valor Presente
..............................................................................................................................................................................................3

2) Questões Comentadas - Ajuste a Valor Presente - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
25

3) Lista de Questões - Ajuste a Valor Presente - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
58

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CPC 12 – AJUSTE A VALOR PRESENTE


Atenção! Vamos trazer os principais pontos do CPC 12, mas tenha em mente que os pontos mais
cobrados sobre o ajuste a valor presente são:

1) Lei 6.404/76 (vista a seguir).

2) Contabilização do Ajuste a Valor Presente na compra e venda.

Conceitos Básicos

Antes de começarmos a trabalhar com a norma que versa sobre o ajuste a valor presente devemos
nos perguntar: o que é ajuste a valor presente?

Ajustar algo a valor presente é, em lição comezinha, trazer um valor que está previsto para se
realizar em data futura a termos monetários de hoje.

Valor presente também pode ser definido como o montante ajustado em função do tempo a
transcorrer entre as datas da operação e do vencimento, de crédito ou obrigação de
financiamento, ou de outra transação usual da entidade, mediante dedução dos encargos
financeiros respectivos, com base na taxa contratada ou na taxa média de encargos financeiros,
praticada no mercado.

É simples, uma obrigação que custa R$ 110.00,00 e tem R$ 10.000,00 de juros embutidos
(contando de hoje), terá valor presente de R$ 100.000,00. A lógica é esta.

Ajuste a Valor Presente Na Lei 6.404/76

O ajuste a valor presente, chamaremos de AVP, é inovação da Lei 11.638/2007 (que modificou a
contabilidade)? Na verdade, não! A Instrução CVM 64 (hoje sem eficácia) já previa a sua utilização
para companhias abertas.

A Lei 11.638/07 incluiu o tema na Lei 6.404/76 da seguinte forma:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes


critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão


ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

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Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os


seguintes critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante


serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver
efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Ajustados a
Sim valor
Efeito presente
Circulante
Ativo e Relevante? Não é
Elementos Ajustados a Não
Passivo Não ajustado
valor
Circulante
presente

Agora, duas questões:

(Auditor Fiscal/ISS SP/2012) As obrigações de curto prazo com fornecedores devem ser ajustadas
ao seu valor presente, quando houver efeito relevante.
Comentários:
Conforme acabamos de salientar, o gabarito é certo.
(Contador/CADE/2014) Quando houver efeito relevante, os itens do ativo e do passivo
decorrentes de operações de curto prazo devem ser ajustados a valor presente.
Comentários:
Com base no que vimos, o quesito está certo.

POR QUE UTILIZAR O AJUSTE A VALOR PRESENTE


As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos
financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro.

Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações sejam demonstradas de
forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro
do resultado realmente apurado com operações da atividade empresarial. O ajuste a valor
presente (AVP) veio para que possamos dirimir esse problema.

Assim, se determinada empresa compra mercadorias para pagar daqui a três anos, no montante
de R$ 150.000,00, com encargos de R$ 25.000,00, qual o seu valor presente, isto é, hoje?

Resposta: R$ 150.000,00 – R$ 25.000,00 = R$ 125.000,00. Lógico que não é tão simples assim,
mas segue esta linha.

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Objetivos do ajuste a valor presente:

- Evitar que as demonstrações sejam superavaliadas.


- Diferenciar o resultado financeiro do resultado com as operações da atividade.

Vistos estes pontos iniciais, passemos à análise da norma (CPC 12).

OBJETIVO

1. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer os requisitos básicos a serem


observados quando da apuração do Ajuste a Valor Presente de elementos do ativo
e do passivo quando da elaboração de demonstrações contábeis, dirimindo
algumas questões controversas advindas de tal procedimento.

2. A utilização de informações com base no valor presente concorre para o


incremento do valor preditivo da Contabilidade; permite a correção de
julgamentos acerca de eventos passados já registrados; e traz melhoria na forma
pela qual eventos presentes são reconhecidos. Se ditas informações são
registradas de modo oportuno, (...), obtêm-se demonstrações contábeis com
maior grau de relevância – característica qualitativa imprescindível.

ALCANCE

4. Este Pronunciamento trata essencialmente de questões de mensuração, não


alcançando com detalhes questões de reconhecimento. É importante esclarecer
que a dimensão contábil do “reconhecimento” envolve a decisão de “quando
registrar” ao passo que a dimensão contábil da “mensuração” envolve a decisão
de “por quanto registrar”.

Importante! Mensuração difere de reconhecimento:

Reconhecimento: Mensuração:
quando registrar por quanto registrar

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Reconhecimento é o processo que consiste em incorporar ao balanço patrimonial ou à


demonstração do resultado um item que se enquadre na definição de um elemento e que satisfaça
os critérios de reconhecimento.

Envolve a descrição do item, a atribuição do seu valor e a sua inclusão no balanço patrimonial ou
na demonstração do resultado. Os itens que satisfazem os critérios de reconhecimento devem ser
registrados no balanço ou na demonstração do resultado. A falta de reconhecimento de tais itens
não é corrigida pela divulgação das práticas contábeis adotadas nem pelas notas ou material
explicativo.

5. Nesse sentido, no presente Pronunciamento determina-se que a mensuração


contábil a valor presente seja aplicada no reconhecimento inicial de ativos e
passivos. Apenas em certas situações excepcionais, como a que é adotada numa
renegociação de dívida em que novos termos são estabelecidos, o ajuste a valor
presente deve ser aplicado como se fosse nova medição de ativos e passivos. É
de se ressaltar que essas situações de nova medição de ativos e passivos são raras
e são matéria para julgamento daqueles que preparam e auditam demonstrações
contábeis, vis-à-vis normas específicas.

Importante! Mensuração a VP → Feita no reconhecimento inicial

Faz-se necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor presente nem sempre
equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso, valor presente e valor justo não são
sinônimos.

Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial que, por causa dessa
situação, obtenha taxa não de mercado para esse financiamento, faz com que a aplicação do
conceito de valor presente com a taxa característica da transação e do risco desse cliente leve o
ativo, no comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece contabilmente o
valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por representar melhor o efetivo custo de
aquisição para o comprador. Em contrapartida o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a
valor presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando que, nesse caso, terá
obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado.

Lembram-se do conceito de valor justo que há muito estamos trabalhando? Vamos lá: Valor justo
é valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do
negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da
transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

A seguir, um quesito:

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(Analista do BACEN/Área 4/2013) Ao realizar uma venda a prazo a um cliente especial, a empresa
vendedora efetuou o cálculo das duplicatas a receber, com taxa de juros de 0,50% ao mês.
Normalmente a taxa de juros praticada pelo mercado é de 1% ao mês. Para ajustar a valor
presente a operação de venda a prazo, o responsável pelo reconhecimento contábil da operação
considerou adequado o uso da taxa de 0,50% ao mês. Nessa situação, a decisão do responsável
está correta por refletir fielmente o valor justo da transação de venda a prazo.
Comentários:
A taxa especial utilizada não reflete o valor justo, que é 1%, mas, sim, o valor presente (0,5%).
Portanto, onde se lê: a decisão do responsável está correta por refletir fielmente o valor justo da
transação de venda a prazo.
Deveria estar: a decisão do responsável está correta por refletir fielmente o valor presente da
transação de venda a prazo.

MENSURAÇÃO

7. A questão mais relevante para a aplicação do conceito de valor presente, nos


moldes de Pronunciamento baseado em princípios como este, não é a
enumeração minuciosa de quais ativos ou passivos são abarcados pela norma, mas
o estabelecimento de diretrizes gerais e de metas a serem alcançadas. Nesse
sentido, como diretriz geral a ser observada, ativos, passivos e situações que
apresentarem uma ou mais das características abaixo devem estar sujeitos aos
procedimentos de mensuração tratados neste Pronunciamento:

(a) transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma


despesa (conforme definidos no Pronunciamento Conceitual Básico Estrutura
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis
deste CPC) ou outra mutação do patrimônio líquido cuja contrapartida é um ativo
ou um passivo com liquidação financeira (recebimento ou pagamento) em data
diferente da data do reconhecimento desses elementos;

(b) reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de


ativos ou passivos similares emprega método de alocação de descontos;

(c) conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um


ativo ou a um passivo;

Como diretriz geral a ser observada, ativos, passivos e situações que apresentarem uma ou mais
das seguintes características devem estar sujeitos ao ajuste a valor presente:

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1) Transação que dá origem a ativo, passivo, receita, despesa ou mutação do patrimônio líquido,
com recebimento ou pagamento em data diferente da data do reconhecimento desses elementos.

Ou seja, quando o pagamento ou o recebimento ocorrer em data posterior, pode ser necessário
o ajuste a valor presente.

2) Reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos


similares emprega método de alocação de descontos.

3) Fluxo de caixa estimado claramente associado a um ativo ou a um passivo.

(FCC/Analista de Controle Externo/TCE/GO/2014) Considerando as normas pertinentes ao ajuste


a valor presente, as características abaixo estão sujeitas à mensuração prevista na norma:
I. a transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa ou outra
mutação do patrimônio líquido, cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação
financeira (recebimento ou pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses
elementos.
II. o reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos
similares emprega método de alocação de descontos.
III. o conjunto particular de fluxos de caixa estimados, claramente associado a um ativo ou a um
passivo.
Está correto o que se afirma em
A) I, II e III.
B) I, apenas.
C) II, apenas.
D) III, apenas.
E) I e II, apenas.
Comentários:
Questão literal do item 7 do pronunciamento. Com base no que vimos, percebe-se que todos os
itens estão corretos. Logo, o gabarito é letra a.

Vamos continuar...

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8. Em termos de meta a ser alcançada, ao se aplicar o conceito de valor presente


deve-se associar tal procedimento à mensuração de ativos e passivos levando-se
em consideração o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados.
Desse modo, as informações prestadas possibilitam a análise e a tomada de
decisões econômicas que resultam na melhor avaliação e alocação de recursos
escassos. Para tanto, diferenças econômicas entre ativos e passivos precisam ser
refletidas adequadamente pela Contabilidade a fim de que os agentes
econômicos possam definir com menor margem de erro os prêmios requeridos
em contrapartida aos riscos assumidos.

Em síntese: o ajuste a valor presente auxilia na tomada de decisões na gestão de uma empresa.
Através dele os usuários, administradores, entre outros, podem analisar a melhor forma de se
investir o capital, qual a verdadeira situação de uma empresa, líquida de encargos financeiros.

9. Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos


devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento
inicial, por ser este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair
value). Por isso, quando aplicável, o custo de ativos não monetários deve ser
ajustado em contrapartida; ou então a conta de receita, despesa ou outra
conforme a situação. A esse respeito, uma vez ajustado o item não monetário, não
deve mais ser submetido a ajustes subsequentes no que respeita à figura de juros
embutidos. Ressalte-se que nem todo ativo ou passivo não-monetário está sujeito
ao efeito do ajuste a valor presente; por exemplo, um item não monetário que,
pela sua natureza, não está sujeito ao ajuste a valor presente é o adiantamento em
dinheiro para recebimento ou pagamento em bens e serviços.

(Contador/Polícia Federal/2014) Passivos monetários que apresentem juros implícitos embutidos


no seu valor devem ser avaliados a valor presente por ocasião do seu reconhecimento inicial.
Comentários:
Conforme acabamos de salientar, o quesito está certo.

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Vamos explicar um pouco mais, iniciando pela definição do FIPECAFI, “Manual de Contabilidade
das Sociedades por Ações”, 7ª edição, pg. 557:

Os itens monetários são compostos pelas contas de disponibilidades e de direitos


e obrigações a serem liquidados com disponibilidades. Podem ser subdivididos
em:

1) Itens monetários puros: compostos pelas contas de valor prefixado que não
contêm qualquer forma de reajuste ou atualização, como o próprio caixa em
moeda nacional;

2) Itens monetários prefixados: que também não têm atualização, mas que
possuem embutida alguma expectativa de inflação já inserida em seu valor, como
contas a receber de vendas a prazo;

3) Itens monetários indexados: que são as contas monetárias sujeitas à atualização


por índice pós-fixado, como os empréstimos em TR (taxa referencial) ou dólar.

Os itens não monetários são todos os demais, ou seja, representam bens (estoque,
imobilizado, etc.), despesas antecipadas ou diferidas (seguros a apropriar,
despesas pré-operacionais etc.), adiantamentos a serem liquidados em bens (a
fornecedores, de clientes, etc.), resultado de exercício futuro, etc.

Esquematizemos:

Puros: Não contém


Caixa
ajuste/reavaliação

Prefixados:
Contas a receber -
Monetários Expectativa de
vendas a prazo
inflação inserida

Indexados: Sujeitos
Itens à atualização pós-
Empréstimos em
TR/dólar
fixada

Estoques,
Não monetárois Todos os demais
imobilizado

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10. Quando houver Pronunciamento Específico do CPC que discipline a forma pela
qual um ativo ou passivo em particular deva ser mensurado com base no ajuste a
valor presente de seus fluxos de caixa, referido Pronunciamento específico deve
ser observada. A regra específica sempre prevalece à regra geral. Caso especial é
o relativo à figura do Imposto de Renda Diferido Ativo e à do Imposto de Renda
Diferido Passivo, objeto de norma específica, mas que, conforme previsto nas
Normas Internacionais de Contabilidade, não são passíveis de ajuste a valor
presente, o que deve ser observado desde a implementação desta Norma.

Pode ocorrer que determinados custos ou despesas, que já foram apropriados contabilmente no
exercício, sejam dedutíveis para fins de Imposto de Renda somente em exercícios seguintes,
quando forem efetivamente pagos ou incorridos. Neste caso, o Imposto de Renda pago ou a pagar
deve ser apropriado como despesa, no período em que a despesa está contabilizada, apesar de
ainda não ser dedutível, mediante a redução do valor correspondente na contabilização da
despesa do Imposto de Renda, cuja contrapartida será uma conta intitulada Imposto de Renda
Diferido no grupo Realizável a Longo Prazo. O mesmo vale para Imposto de Renda a Pagar
Diferido. Para eles não se aplica o AVP.

Quando as despesas se tornarem dedutíveis nos exercícios seguintes, essa conta de ativo é
baixada a débito de despesa de Imposto de Renda.

11. Com relação aos empréstimos e aos financiamentos subsidiados, cabem as


considerações a seguir. Por questões das mais variadas naturezas, não há mercado
consolidado de dívidas de longo prazo no Brasil, ficando a oferta de crédito ao
mercado em geral com essa característica de longo prazo normalmente limitada a
um único ente governamental. Assim, excepcionalmente, até que surja um efetivo
mercado competitivo de crédito de longo prazo no Brasil, passivos dessa natureza
(e ativos correspondentes no credor) não estão contemplados por esta Norma
como sujeitos à aplicação do conceito de valor presente por taxas diversas
daquelas a que tais empréstimos e financiamentos já estão sujeitos. Não estão
abrangidas nessa exceção operações de longo prazo, mesmo que financiadas por
entes governamentais que tenham características de subvenção ou auxílio
governamental, tratadas na NBC T 19.4 – Subvenção e Assistência
Governamentais.

Fique Atento! Esse item diz respeito aos empréstimos concedidos pelo BNDES. Os empréstimos
por ele feitos, por contarem com taxa de juros menor do que a concedida usualmente no mercado
por outras instituições financeiras, não estão sujeitos ao AVP.

Esquematizemos:

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A respeito de avaliação de itens patrimoniais diversos, julgue o item subsequente.


(STM/Analista/2018) Os financiamentos obtidos no BNDES, com juros abaixo dos padrões do
mercado, têm de ser ajustados a valor presente com base na média das taxas do mercado de
dívidas de longo prazo.
Comentários:
Errado, vimos que os financiamentos concedidos pelo BNDES NÃO são ajustados aos valor
presente.

Outra questão relevante para fins de mensuração diz respeito à forma pela qual devem ser
alocados em resultado os descontos advindos do ajuste a valor presente de ativos e passivos
(juros). A abordagem corrente deve ser eleita como método de alocação de descontos por
apresentar uma informação de qualidade a um custo desprezível para sua obtenção. Por essa
sistemática, vale dizer, deve ser utilizada para desconto a taxa contratual ou implícita (para o caso
de fluxos de caixa não contratuais) e, uma vez aplicada, deve ser adotada consistentemente até a
realização do ativo ou liquidação do passivo.

RISCO E INCERTEZA: TAXA DE DESCONTO


Em geral os participantes de mercado são qualificados como tendo aversão a riscos ou aversão a
perdas e procuram compensações para assunção desses riscos. Em última análise, o objetivo de
se incluir incerteza e risco na mensuração contábil é replicar, na extensão e na medida possível, o
comportamento do mercado no que concerne a ativos e passivos com fluxos de caixa incertos.
Por hipótese, um ativo com fluxo de caixa certo para 5 anos de $ 10.000 (título público emitido
pelo Tesouro de país desenvolvido, por exemplo) e outro título com fluxo de caixa incerto para 5
anos de $ 10.000 teriam avaliações distintas por parte do mercado. Um participante racional
estaria disposto a pagar, no máximo, $ 6.806 (10.000 × 1,08−5 ) pelo primeiro título, caso a taxa de
juros livre de risco fosse de 8% a.a., ao passo que para o segundo pagaria um preço bem inferior
(ajustado por incertezas na realização do fluxo e pelo prêmio requerido para compensar tais
incertezas).

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A tarefa de calcular riscos não é das mais simples. Por outro lado, a teoria das finanças oferece
alguns modelos que, apesar de suas limitações (todo modelo tem a sua), podem ser utilizados
para tal fim. Modelos econométricos parcimoniosos puramente estatísticos podem ser do mesmo
modo adotados, desde que suportados por premissas economicamente válidas e reconhecidos no
mercado. Equipe multidisciplinar de profissionais pode ser requerida em determinadas
circunstâncias na execução dessa tarefa.

RELEVÂNCIA E CONFIABILIDADE

18. Objetivamente, sob determinadas circunstâncias, a mensuração de um ativo


ou um passivo a valor presente pode ser obtida sem maiores dificuldades, caso se
disponha de fluxos contratuais com razoável grau de certeza e de taxas de
==a81bb==

desconto observáveis no mercado. Por outro lado, pode ser que em alguns casos
os fluxos de caixa tenham que ser estimados com alto grau de incerteza, e as taxas
de desconto tenham que ser obtidas por modelos voltados a tal fim. O peso dado
para a relevância nesse segundo caso é maior que o dado para a confiabilidade,
uma vez que não seria apropriado apresentar informações com base em fluxos
nominais. Conforme seja o caso, a abordagem tradicional ou de fluxo de caixa
esperado deve ser eleita como técnica para cômputo do ajuste a valor presente.

EFEITOS FISCAIS
Para fins de desconto a valor presente de ativos e passivos, a taxa a ser aplicada não deve ser
líquida de efeitos fiscais e, sim, antes dos impostos.

No tocante às diferenças temporárias observadas entre a base contábil e fiscal de ativos e passivos
ajustados a valor presente, essas diferenças temporárias devem receber o tratamento requerido
pelas regras contábeis vigentes para reconhecimento e mensuração de imposto de renda e
contribuição social diferidos.

DIRETRIZES MAIS ESPECÍFICAS

21. Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de


longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser
ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as
melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos
específicos do ativo e do passivo em suas datas originais.

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22. A quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base


exponencial "pro rata die", a partir da origem de cada transação, sendo os seus
efeitos apropriados nas contas a que se vinculam.

23. As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários
qualificáveis devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras, a não
ser que a entidade possa devidamente fundamentar que o financiamento feito a
seus clientes faça parte de suas atividades operacionais, quando então as
reversões serão apropriadas como receita operacional. Esse é o caso, por
exemplo, quando a entidade opera em dois segmentos distintos: (i) venda de
produtos e serviços e (ii) financiamento das vendas a prazo, e desde que sejam
relevantes esse ajuste e os efeitos de sua evidenciação.

27. O desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos contratuais,


quer se trate de passivos não contratuais, sendo que a taxa de desconto
necessariamente deve considerar o risco de crédito da entidade. Quando da
edição de norma que dê legitimidade à aplicação do conceito de ajuste a valor
presente, como é o caso deste Pronunciamento Técnico, a técnica deve ser
aplicada a todos os passivos, inclusive às provisões.

O item 27 é bem importante. A aplicação do valor presente se dará quer estejamos frente a um
passivo contratual ou frente a um passivo não contratual.

Esses passivos não contratuais resultam de obrigações assumidas pela companhia que não estejam
formalizadas por meio de contrato ou lei, mas sim de limitações morais, éticas, práticas da
empresa, costumes.

A taxa de desconto leva em consideração o risco de crédito da entidade.

Vejamos um quesito:

(Contador/CADE/2014) O desconto a valor presente é requerido no caso de passivos contratuais,


devendo a taxa de desconto considerar o risco de crédito da entidade. Quanto aos passivos não
contratuais, não ocorre a apuração do valor presente apesar do seu registro como provisões
futuras.
Comentários:
Errado, falamos que a aplicação do valor presente ocorre não só com passivo contratual, mas
também com passivo não contratual.

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CONTABILIZAÇÃO DO AJUSTE A VALOR PRESENTE


Aprenderemos a fazer essa contabilização e a entender esses itens através de um pequeno
exemplo. Vejamos:

Exemplo 1 – Contabilização do AVP – Venda a Prazo:

A empresa KLS vendeu mercadorias para receber após 24 meses, no valor de 50.000,00.

Informações adicionais:

• Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084


• Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086

Observação: 1,02^24 → leia-se “um virgula zero dois elevado à vigésima quarta
potência”.

Que operação é essa? É o chamado juros compostos! E qual a fórmula da matemática financeira
para calcular as variáveis:

Valor nominal = Valor presente x (1 + i)n

Onde:

▪ Valor nominal = Valor futuro ▪ i = Taxa de juros


▪ Valor presente = Valor hoje ▪ n = Prazo

Atenção! A regra é a utilização do método exponencial, composto. O mercado dificilmente


utilizará juros simples. Então, só o faça se a questão assim exigir.

Passo a passo para a resolução:

1) Encontrar o valor nominal (valor de venda), que conterá os juros.


2) Encontrar juros e prazo (que devem estar na mesma unidade).
3) Trazer a valor presente pela fórmula de juros compostos, da matemática financeira:

Valor nominal = Valor presente x (1 + i)n

4) Fazer os lançamentos:

Contabilização:

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▪ No momento inicial

D – Contas a Receber (RLP) 50.000


D – Despesa com ajuste a valor presente (Resultado) 18.914
C – Ajuste a VP (ANC – Realizável a LP) 18.914
C – Receita de Vendas (resultado) 50.000

Razonetes:

Contas a receber AVP s/ clientes (Desp) AVP (Ret. Ativo)


50.000,00 18.914,00 18.914,00

Receita de vendas
50.000,00

▪ Mês a mês:

Passado um mês, há a contabilização de uma receita financeira, apropriada por competência, e


seguindo o método exponencial:

D – Ajuste a VP (RLP) 622


C – Receita Financiamento de vendas (Resultado) 622

Razonetes:

AVP (Ret. Ativo) Receita financeira


622,00 18.914,00 622,00

E assim mês a mês, até o recebimento.

Podemos calcular estes juros, para reconhecê-los mês a mês, da seguinte forma:

No mês 1: 31.086,00 x 0,02 = 622.

No mês 2: 31.708 x 0,02 = 634.

Mês Principal Juros Total


1 31.086 622 31.708
2 31.708 634 32.342
3 32.342 647 32.989

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E assim por diante, até reconhecer toda a receita. Essa tabela, ou pelo menos os dados para seu
cálculo, tem que ser fornecida em prova, não se preocupem.

Vamos supor que, após um ano, as condições de mercado se alterem e a taxa de juros passe para
1% ao mês.

Nesse caso, devemos alterar a taxa de juros que será utilizado no restante desta operação? Não.
A taxa de juros é definida no início da operação, e não mais se altera, a não ser que haja uma
renegociação. Naturalmente, as novas operações serão calculadas pela taxa de juros mais
adequada na época do seu reconhecimento.

Agora, duas questões:

(Auditor Fiscal da Receita Estadual) A Cia. Esmeralda apresenta os seguintes saldos referentes ao
ano de 2008:
Vendas brutas: ..................................................................................$90.000
Impostos sobre operações financeiras: ..............................................$10.000
Imposto predial da fábrica: ..................................................................$5.000
Comissão de vendas: ..........................................................................$4.000
Devolução de vendas: .........................................................................$2.000
Devolução de compras: .......................................................................$6.000
IPI nas compras: ...............................................................................$20.000
ICMS sobre vendas: ..........................................................................$20.000
Ajuste a valor presente das Duplicatas a Receber de Clientes: ..............$8.000
Ajuste a valor presente de Contas a Pagar: ...........................................$1.000
Considerando que a Cia. Esmeralda não é contribuinte do IPI, mas é contribuinte dos impostos
estaduais e municipais, e considerando que a Cia. Esmeralda adota o CPC 12, aprovado pelo CFC,
assinale a alternativa que indique o valor da Receita Líquida apurada em 2008.
(A) $ 70.000.
(B) $ 56.000.
(C) $ 68.000.
(D) $ 64.000.
(E) $ 60.000.
Comentários:
Na nossa questão, a venda foi efetivada num valor bruto de R$ 90.000,00 (inclui juros e principal).
Os juros equivalem a R$ 8.000,00 nesta operação.

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Lançamentos:
D - Duplicatas a Receber 90.000 AC
D - Redução de Vendas (AVP) 8.000 Dedução de Receita Bruta
C - Receita Bruta de Vendas 90.000 Receita
C - AVP de Dup. a Receber 8.000 Dedutora do AC
Sendo assim, na nossa questão:
Receita bruta de vendas 90.000,00
(-) Devolução (2.000,00)
(-) ICMS sobre vendas (20.000,00)
(-) Ajuste a valor presente sobre clientes (8.000,00)
Receita líquida de vendas 60.000,00
O gabarito é letra e.
(Contador/Ministério da Justiça/2013)O ajuste a valor presente de duplicatas a receber no longo
prazo implica registro a crédito da própria conta de duplicatas a receber e registro a débito de
uma conta de despesa.
Comentários:
O item está incorreto. Os lançamentos são:
1- No momento inicial
D – Contas a Receber (RLP) 50.000
D – Despesa com ajuste a valor presente (Resultado) 18.914
C – Ajuste a VP (ANC – Realizável a LP) 18.914
C – Receita de Vendas (resultado) 50.000
2- Mês a mês:
D – Ajuste a VP (RLP) 622
C – Receita Financiamento de vendas (Resultado) 622

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Exemplo 2 – Compra a Prazo

A empresa KLS comprou mercadorias para pagar após 24 meses, no valor de R$ 50.000,00.

Informações adicionais:

▪ Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084


▪ Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086

Contabilização:

No momento inicial:

D – Mercadoria (AC) 31.086


D – Ajuste a valor presente sobre fornecedores (PNC - ELP) 18.914
C – Fornecedores (PNC - ELP) 50.000

Razonetes:

Mercadorias (AC) AVP - Fornecedores (Ret. P) Fornecedores (Passivo)


31.086,00 18.914,00 50.000,00

Mês a mês

Após um mês, apropriamos os encargos financeiros:

D – Despesa Financeira – financiamento de compras (resultado) 622


C - Provisão para ajuste a valor presente (PNC - ELP) 622

Razonetes:

AVP - Fornecedores (Ret. P) Despesa financeira


18914,00 622,00 622,00

Ao final dos 24 meses, a conta “ajuste a valor presente sobre fornecedores” estará zerada, e todo
o seu valor terá sido transferido para resultado.

Notem que não podemos calcular 18.914/24 = R$ 788, e apropriar este valor para todos os meses.
Devemos usar o método exponencial, pois o mercado dificilmente utilizará juros simples para uma
operação de financiamento.

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Se alguma banca cobrar este assunto, deverá fornecer a tabela de controle, ou pedir uma
informação que possa ser calculada facilmente (por exemplo, qual o valor apropriado como receita
financeira no segundo mês?

Segundo a tabela acima, será 634. Cálculo: 31.086 x 1,02 = 31.708; 31.708 x 0,02 = 634).

(SEFAZ PI/Auditor/2015) A Cia. Vende & Recompra adquiriu, em 30/04/2014, mercadorias para
serem comercializadas. Em função de sua situação financeira, a Cia. fez essa aquisição a prazo,
para pagamento em 30/06/2016. O valor a ser pago na data do vencimento é R$ 380.000,00, mas
se a Cia. tivesse adquirido estas mercadorias à vista teria pagado R$ 330.000,00.
Em 20/05/2014, a Cia. Vende & Recompra vendeu 80% dessas mercadorias por R$ 820.000,00,
para serem recebidos integralmente em 15/07/2016. Se o cliente tivesse adquirido as mercadorias
à vista teria pagado R$ 730.000,00.
Com base nestas informações, é correto afirmar que o resultado bruto com vendas que a Cia.
Vende & Recompra reconheceu, na data da venda, foi, em reais,
A) 400.000,00.
B) 466.000,00.
C) 516.000,00.
D) 426.000,00.
E) 556.000,00.
Comentários:
No caso de compra e venda a prazo, com juros incluídos, temos que considerar o valor à vista.
A regra é a seguinte:
- Ativo não circulante e passivo não circulante = ajusta a valor presente
- Ativo circulante e passivo circulante = só ajusta se produzir efeito relevante.
Lançamento da compra:
D – Mercadorias 330.000,00
D – Ajuste a valor presente 50.000,00
C – Fornecedores 380.000,00
Lançamento da venda:
Pela venda:

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D – Clientes 820.000,00
D – Ajuste a valor presente sobre clientes (despesa) 90.000,00
C – Receita de vendas 820.000,00
C – Ajuste a valor presente sobre clientes (red. Ativo) 90.000,00
Pela baixa das mercadorias:
D – CMV (80% x 330.000,00) 264.000,00
C – Estoque 264.000,00
Demonstração do resultado
Receita de vendas 820.000,00
(-) AVP (90.000,00)
(-) CMV (264.000,00)
Lucro bruto 466.000,00
O gabarito é letra b.

Exemplo 3

Os arts. 183 e 184 da Lei das Sociedades por Ações, alterados pela Lei nº. 11.638/07 e a Lei
11.941/09 fazem referência a elementos de ativos e passivos da entidade. Como esses artigos
interagem com a apuração do resultado de uma entidade?

Embora a nova redação da Lei mencione claramente os ajustes para saldos de ativos e passivos,
esses ajustes têm relação direta com as transações de compra e venda que envolvem,
preponderantemente, as contas do resultado do exercício (por exemplo, AVP de transação de
vendas e o respectivo saldo das contas a receber). Nesse caso, considerando que o reflexo do
AVP de determinado saldo ativo ou passivo tenha contrapartida direta em conta do resultado do
exercício, o AVP também afeta essas linhas do resultado (que é o caso específico da receita bruta
versus o registro do saldo de contas a receber).

Para ilustrar essa questão, veja-se o cenário a seguir:

Cenário: operação de venda com prazo de seis meses para recebimento, com as seguintes
características:

Venda com prazo de seis meses = $ 100, com ICMS de 10% = $ 10


Venda a vista = $ 80, com ICMS de 10% = $ 8

Observe-se que o AVP guarda relação com a operação de financiamento das contas a receber em
seu todo ($ 100) e não somente sobre o saldo, depois de deduzidos os impostos a recuperar. A

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entidade, ao conceder prazo para o recebimento, está financiando o cliente. Nesse caso, a base
para o cálculo do AVP é o valor que está sendo financiado, ou seja, o valor total da nota fiscal ($
100).

No exemplo anterior, assumindo que uma boa referência do valor presente da transação seja o
valor de venda a vista, a contabilização da transação a prazo ficaria da seguinte forma:

(a) No vendedor:

Débito - Contas a receber $ 80


Crédito - Receita de vendas $ 80
Débito - Despesa com ICMS $ 10
Crédito - ICMS a pagar $ 10

Com o passar do tempo, a diferença ($ 20) entre o valor presente das contas a receber ($ 80) e o
valor que será recebido no final de seis meses ($ 100) é apropriada ao resultado do período como
receita financeira, utilizando o método da taxa efetiva de juros.

(b) No comprador:

No lado do comprador, ao contrário do vendedor, a taxa de juros imputada pelos seus


fornecedores não é conhecida e a tarefa de determinação de qual taxa utilizar se torna mais
complexa, mas deve ser estimada tomando-se por base a carteira de fornecedores como um todo.

Débito – Estoques $70


Débito - ICMS a recuperar $10
Crédito - Contas a pagar – Fornecedores $ 80

A diferença ($ 20) entre o valor presente das contas a pagar ($ 80) e o valor que será pago no final
de seis meses ($ 100) é apropriada ao resultado do período como despesa financeira, utilizando o
método da taxa efetiva de juros.

ICMS – há discussão quanto à necessidade de reclassificar, no caso do vendedor, a parcela do


ICMS calculada sobre os juros embutidos na operação para o resultado financeiro comercial. Se,
por um lado, a justificativa de não efetuar o desconto a valor presente para o ICMS decorre do
fato de este ser utilizado para apuração já no próprio mês da transação, por outro, essa
reclassificação parte do pressuposto de que o ICMS incide também sobre os juros embutidos em
uma operação de venda financiada. Esse aspecto também deve ser avaliado, levando-se em
consideração a materialidade dos montantes envolvidos.

Essa questão da reclassificação da parcela do ICMS calculada sobre os juros embutidos na


operação para o resultado financeiro comercial altera o lucro bruto, o resultado financeiro e
também o LAJIDA (ou EBITDA, na sigla em inglês, se a entidade faz uso dessa medida não

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contábil). Dessa forma, essa questão pode ser relevante para algumas entidades. Qualquer que
seja o método utilizado, ele deve ser divulgado em nota explicativa para melhor entendimento do
usuário das demonstrações contábeis e aplicado de maneira uniforme ao longo dos exercícios.

O quadro a seguir ilustra esses efeitos, depois de decorrido todo o período desde a venda até o
recebimento, com apropriação dos juros no prazo da transação:

ICMS sem segregação ICMS com segregação entre a parcela


sobre venda e a parcela sobre receita
financeira
Receita de vendas 80 Receita de vendas 80
Deduções de vendas - (10) Deduções de vendas – ICMS (8)
ICMS (50) CPV (50)
CPV 20 Lucro bruto 22
Lucro bruto
20 Receita financeira 20
Receita financeira ICMS sobre receita financeira (2)
40 Lucro antes do IR/CS 40
Lucro antes do IR/CS

Esse mesmo conceito é aplicável para os demais tributos incidentes sobre venda, tais como IPI,
PIS e COFINS.

Para algumas entidades, a diferença ($20) entre o valor presente das contas a receber ($80) e o
valor que será recebido no final de seis meses ($100) poderá ser apropriada como receita
financeira comercial, no mesmo grupo que as receitas de vendas, em lugar de receita financeira,
desde que a entidade demonstre que o financiamento feito a seus clientes faça parte de seus
negócios e que opera com, por exemplo, dois segmentos: (i) venda de produtos e serviços e (ii)
financiamento das vendas a prazo. Essa demonstração poderá ser evidenciada por meio da
combinação de algumas das seguintes circunstâncias (na entidade e/ou por ocasião da preparação
das demonstrações contábeis): a atividade financeira é parte de seus negócios; previsão da
atividade de financiamento no estatuto da entidade; organização e condução da atividade de
financiamento como um segmento operacional distinto; portfólio de serviços como oferta de
crédito pessoal e outros serviços correlatos a todos os seus clientes; etc. Observada essa situação,
os custos financeiros com terceiros, decorrentes dos passivos (tais como fornecedores e
financiamentos) utilizados como funding para sustentar a carteira de valores a receber de clientes,
deverão também compor o custo das receitas com vendas, para uma adequada apuração da
margem bruta. Nesses casos, tanto a receita, quanto o custo, devem ser apresentados por
segmento de negócios.

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DIVULGAÇÃO

33. Em se tratando de evidenciação em nota explicativa, devem ser prestadas


informações mínimas que permitam que os usuários das demonstrações contábeis
obtenham entendimento inequívoco das mensurações a valor presente levadas a
efeito para ativos e passivos, compreendendo o seguinte rol não exaustivo:

(a) descrição pormenorizada do item objeto da mensuração a valor presente,


natureza de seus fluxos de caixa (contratuais ou não) e, se aplicável, o seu valor de
entrada cotado a mercado;

(b) premissas utilizadas pela administração, taxas de juros decompostas por


prêmios incorporados e por fatores de risco (risk-free, risco de crédito, etc.),
montantes dos fluxos de caixa estimados ou séries de montantes dos fluxos de
caixa estimados, horizonte temporal estimado ou esperado, expectativas em
termos de montante e temporalidade dos fluxos (probabilidades associadas);

(c) modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos;

(d) breve descrição do método de alocação dos descontos e do procedimento


adotado para acomodar mudanças de premissas da administração;

(e) propósito da mensuração a valor presente, se para reconhecimento inicial ou


nova medição e motivação da administração para levar a efeito tal procedimento;

(f) outras informações consideradas relevantes.

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QUESTÕES COMENTADAS – CPC 12 – MULTIBANCAS


1. (FGV/SEFAZ AM/Auditor Fiscal da Receita Estadual/2022) Em relação à taxa aplicada para fins de
desconto a valor presente de ativos e passivos, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12 - Ajuste
a Valor Presente, assinale a afirmativa correta.
a) Deve ser líquida de efeitos fiscais.
b) É calculada antes dos tributos diretos.
c) É calculada antes dos tributos sobre os lucros.
d) É calculada com base na taxa dos empréstimos subsidiados.
e) Deve seguir a mesma diretriz da taxa de desconto do valor justo.

Comentários:

Questão literal do CPC 12 - Ajuste a Valor Presente. O item 29 do pronunciamento afirma que, para fins de
desconto a valor presente de ativos e passivos, a taxa a ser aplicada não deve ser líquida de efeitos fiscais
e, sim, antes dos impostos.

A banca considerou o gabarito com "C", é calculada antes dos tributos sobre os lucros. Muitos alunos
entraram com recursos e banca apresentou a seguinte justificativa:

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12- Ajuste a Valor Presente, Efeitos fiscais:

“29. Para fins de desconto a valor presente de ativos e passivos, a taxa a ser aplicada não
deve ser líquida de efeitos fiscais e, sim, antes dos impostos.

30. No tocante às diferenças temporárias observadas entre a base contábil e fiscal de ativos
e passivos ajustados a valor presente, essas diferenças temporárias devem receber o
tratamento requerido pelas regras contábeis vigentes para reconhecimento e mensuração
de imposto de renda e contribuição social diferidos”.

Ainda, os tributos diretos incidem diretamente sobre a renda. Neles estão incluídos o
imposto de renda, assim como o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores) e o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), entre outros.

Portanto, o gabarito deve ser mantido."

Gabarito: C

2. (CEBRASPE/DPE RO/Técnico em Contabilidade/2022) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12


– Ajuste a Valor Presente, assinale a opção correspondente ao tratamento contábil que deve ser adotado
por empresas adquirentes de mercadorias a prazo em relação a eventuais juros embutidos na transação.
A Registrar juros embutidos como despesas antecipadas.

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B Excluir juros embutidos do custo de aquisição de mercadorias e apropriá-los ao resultado pela fluência do
prazo concedido pelo fornecedor para quitação da dívida.
C Registrar juros embutidos como parte do custo de aquisição de mercadorias, em contrapartida à conta do
passivo que representa dívidas a pagar ao fornecedor.
D Excluir juros embutidos do custo de aquisição de mercadorias e apropriá-los ao resultado na mesma
proporção do valor de parcelas pagas ao fornecedor, até que se dê a liquidação final da operação.
E Excluir de juros embutidos do custo de aquisição de mercadorias e apropriá-los ao resultado na data de
aquisição de mercadorias.

Comentários:

Segundo o CPC 12:

32. A operação comercial que se caracterize como de financiamento, nos termos do item 7
deste Pronunciamento, deve ser reconhecida como tal, sendo que o valor consignado na
documentação fiscal que serve de suporte para a operação deve ser adequadamente
decomposto para efeito contábil. Juros embutidos devem ser expurgados do custo de
aquisição das mercadorias e devem ser apropriados pela fluência do prazo. É importante
relembrar que o ajuste de passivos, por vezes, implica ajuste no custo de aquisição de
ativos. É o caso, por exemplo, de operações de aquisição e de venda a prazo de estoques e
ativo imobilizado, posto que juros imputados nos preços devem ser expurgados na
mensuração inicial desses ativos.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos financeiros
referentes à remuneração de um capital no futuro. Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que
essas operações sejam demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil, também,
diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente apurado com operações da atividade empresarial.

O ajuste a valor presente (AVP) veio para que possamos dirimir esse problema.

Assim, se determinada empresa compra mercadorias para pagar daqui a 2 anos, no montante de R$
50.000,00, com encargos de R$ 18.914,00, devemos excluir os juros embutidos do custo de aquisição de
mercadorias e apropriá-los ao resultado pela fluência do prazo concedido pelo fornecedor para quitação da
dívida. Veja:

Informações adicionais:

▪ Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084

▪ Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086

Contabilização:

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D – Mercadoria (AC) 31.086


D – Ajuste a valor presente sobre fornecedores (PNC - ELP) 18.914
C – Fornecedores (PNC - ELP) 50.000

Mês a mês

Após um mês, apropriamos os encargos financeiros:

D – Despesa Financeira – financiamento de compras (resultado) 622


C - Provisão para ajuste a valor presente (PNC - ELP) 622

Ao final dos 24 meses, a conta “ajuste a valor presente sobre fornecedores” estará zerada, e todo o seu valor
terá sido transferido para resultado

Gabarito: B

3. (IDECAN/PEFOCE - Perito Criminal/Ciências Contábeis/2021) Assinale a alternativa que indique a


contabilização correta das reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários
qualificáveis de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente de uma empresa
de serviços, que normalmente efetua vendas à vista.
A Receitas ou despesas operacionais
B Outras receitas ou despesas operacionais
C Receitas ou despesas financeiras
D Despesas administrativas
E Receitas comerciais

Comentários:

Em regra, devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras. Ressaltamos que existe a seguinte
exceção: quando o financiamento feito a seus clientes faça parte de suas atividades operacionais, nesse caso
então as reversões serão apropriadas como receita operacional.

Isso é previsto no CPC 12:

23. As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários
qualificáveis devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras, a não ser que
a entidade possa devidamente fundamentar que o financiamento feito a seus clientes
faça parte de suas atividades operacionais, quando então as reversões serão apropriadas
como receita operacional. Esse é o caso, por exemplo, quando a entidade opera em dois
segmentos distintos: (i) venda de produtos e serviços e (ii) financiamento das vendas a
prazo, e desde que CPC_12 7 sejam relevantes esse ajuste e os efeitos de sua evidenciação.

Gabarito: C

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4. (FGV/SEFAZ-ES/Auditor Fiscal/2021) Em relação aos elementos integrantes do balanço patrimonial,


analise as afirmativas a seguir.
I. Componentes do ativo decorrentes de operações de longo prazo.
II. Componentes do passivo decorrentes de operações de longo prazo.
III. Componentes do ativo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.
IV. Componentes do passivo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12 - Ajuste a Valor Presente, assinale a opção que indica as
afirmativas que devem ser ajustadas a valor presente.
(A) I e II, somente.
(B) III e IV, somente.
(C) I, II e III, somente.
(D) II, III e IV, somente.
(E) I, II, III e IV.

Comentários:

Ajustar algo a valor presente é, resumidamente, trazer um valor que está previsto para se realizar em data
futura a termos monetários de hoje.

Valor presente também pode ser definido como o montante ajustado em função do tempo a transcorrer
entre as datas da operação e do vencimento, de crédito ou obrigação de financiamento, ou de outra
transação usual da entidade, mediante dedução dos encargos financeiros respectivos, com base na taxa
contratada ou na taxa média de encargos financeiros, praticada no mercado.

É simples, uma obrigação que custa R$ 110.00,00 e tem R$ 10.000,00 de juros embutidos (contando de hoje),
terá valor presente de R$ 100.000,00. A lógica é esta.

A Lei 11.638/07 incluiu o tema na Lei 6.404/76 da seguinte forma:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a


valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela
Lei nº 11.638, de 2007)

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes
critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão


ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Esquematizemos:

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Ajustados a
Sim
valor presente
Efeito
Circulante
Relevante?
Ativo e Não é
Elementos Não
Passivo ajustado
Não Ajustados a valor
Circulante presente

Vamos analisar as alternativas:

I. Componentes do ativo decorrentes de operações de longo prazo.


II. Componentes do passivo decorrentes de operações de longo prazo.
III. Componentes do ativo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.
IV. Componentes do passivo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.

Portanto, todos os itens devem ser ajustados a valor presente.

Gabarito: E

Com relação ao ajuste a valor presente de itens patrimoniais de companhias abertas, julgue os seguintes
itens.

5. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) O adiantamento em dinheiro destinado ao


recebimento futuro de um bem ou serviço dá origem a um ativo não monetário que estará sujeito a ajuste
a valor presente.

Comentários:

A contabilização do recebimento do adiantamento de um cliente será feita da seguinte forma:

D - Adiantamento a Fornecedores (Ativo)


C - Bancos

Agora, o CPC 12, item 9, afirma que nem todo ativo ou passivo não-monetário está sujeito ao efeito do
ajuste a valor presente; por exemplo, um item não monetário que, pela sua natureza, não está sujeito ao
ajuste a valor presente é o adiantamento em dinheiro para recebimento ou pagamento em bens e serviços.

Assim sendo, o item está errado, pois, na verdade, e esse adiantamento NÃO está sujeito ao ajuste a valor
presente.

Gabarito: Errado

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6. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) A taxa de desconto utilizada para o cálculo do


ajuste a valor presente de uma duplicata a receber de longo prazo deve equivaler, durante todo o prazo
de vigência do referido ativo, à taxa de juros observada na data de origem da transação,
independentemente da taxa de juros que venha a ser praticada no mercado em períodos subsequentes.

Comentários:

Item de difícil julgamento! De acordo com o CPC 12 - Ajuste a Valor Presente, anexo 1.

Qual a diferença entre AVP e valor justo?

[...]

Cenário: a entidade efetua uma venda a prazo no valor de $ 10.000 mil para receber o valor em parcela única,
com vencimento em cinco anos. Caso a venda fosse efetuada à vista, de acordo com opção disponível, o
valor da venda teria sido de $ 6.210 mil, o que equivale a um custo financeiro anual de 10%.

Verifica-se que essa taxa é igual à taxa de mercado, na data da transação. No primeiro momento, a transação
deve ser contabilizada considerando o seu valor presente, cujo montante de $ 6.210 mil é registrado como
contas a receber, em contrapartida de receita de vendas pelo mesmo montante.

Nota-se que, nesse primeiro momento, o valor presente da transação é equivalente a seu valor de mercado
ou valor justo (fair value). No caso de aplicação da técnica de ajuste a valor presente, passado o primeiro
ano, o reconhecimento da receita financeira deve respeitar a taxa de juros da transação na data de sua
origem (ou seja, 10% ao ano), independentemente da taxa de juros de mercado em períodos
subsequentes. Assim, depois de um ano, o valor das contas a receber, para fins de registros contábeis, será
de $ 6.830 mil, independentemente de variações da taxa de juros no mercado. Ao fim de cada um dos cinco
exercícios, a contabilidade deverá refletir os seguintes efeitos:

O que nós podemos inferir dessa análise: as taxas praticadas pelo mercado são, sim, relevantes, mas na
data inicial, de origem da operação. Variações ocorridas posteriormente não devem afetar a taxa de
desconto, assim sendo, item correto e difícil.

Gabarito: Certo

7. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) O adiantamento recebido de um


cliente por um serviço que será prestado após o término do exercício social seguinte gera, para a empresa
que irá prestar o serviço, uma disponibilidade de recursos cuja contrapartida é uma conta do balanço
patrimonial que deve ser

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a) classificada no passivo não circulante e ajustada ao seu valor presente.


b) classificada no passivo circulante e ajustada ao seu valor presente somente se tal ajuste tiver efeito
relevante.
c) classificada no passivo não circulante e ajustada ao seu valor presente somente se tal ajuste tiver efeito
relevante.
d) classificada no passivo circulante e ajustada ao seu valor presente.
e) classificada no patrimônio líquido e ajustada ao seu valor presente.

Comentários:

Com base no regime de competência, quando o cliente efetua um adiantamento não podemos reconhecer
a receita de vendas. Assim, a empresa irá registrar a entrada de dinheiro no ativo, mas também irá registrar
um Passivo, pois ela agora possui a obrigação de entregar as mercadorias, veja:

D – Disponibilidades (ativo) 10.000,00


C – Adiantamento de Clientes (passivo) 10.000,00

Falamos que para classificar em circulante e não circulante, a Lei 6.404/76 adota como marco temporal a
data do encerramento do exercício social. Contudo, se não estivermos falando dessa data, devemos
considerar o período de 12 meses. A seguir, um esquema:

Passivo circulante Passivo não circulante


Exercício de X2 X3 em diante
31.12.X1 31.12.X2

Dado que serviço que será prestado após o término do exercício social seguinte, iremos classificar esse
adiantamento como passivo não circulante. Ainda, devemos ajustá-lo ao valor presente.

Tal afirmação está em conformidade a Lei 6.404/76:

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes
critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão


ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Obs.: para as contas do não circulante, realizamos o ajuste a valor presente independe dele
ser relevante ou não

Gabarito: A

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8. (AOCP/ ISS CARIACICA – ES/ Fiscal de Tributos Municipais /2020) No Balanço Patrimonial, as
obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor
presente, sendo que os demais passivos serão ajustados
(A) pelo custo de aquisição.
(B) pelo método de equivalência patrimonial.
(C) quando houver efeito relevante.
(D) a valor realizável líquido de saídas.

Comentários:

A LSA prevê no Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes
critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor
presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

Gabarito: C

9. (FCC/Metrô - SP/Contabilidade/2019) Em relação ao ajuste a valor presente, considere:


I. Para transações a curto prazo, quando o efeito não é relevante, é permitida a simplificação e dispensa do
cálculo do ajuste a valor presente.
II. Nas transações de longo prazo, com juros implícitos ou explícitos embutidos, deve-se fazer o ajuste a valor
presente.
III. O método a ser utilizado é o da taxa nominal de juros e a taxa aplicada deve ser líquida de efeitos fiscais.
IV. Os conceitos de ajuste a valor presente e valor justo têm o mesmo significado.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e IV.
(B) III e IV.
(C) I e II.
(D) II, III e IV.
(E) III.

Comentários:

I. Para transações a curto prazo, quando o efeito não é relevante, é permitida a simplificação e dispensa do
cálculo do ajuste a valor presente.

Correto, para transações de curto prazo, o ajuste a valor presente só é feito se o efeito for relevante.

II. Nas transações de longo prazo, com juros implícitos ou explícitos embutidos, deve-se fazer o ajuste a valor
presente.

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Correto, como regra, as operações de longo prazo DEVEM ser ajustadas a valor presente.

III. O método a ser utilizado é o da taxa nominal de juros e a taxa aplicada deve ser líquida de efeitos fiscais.

Errado, o método a ser utilizado é o da taxa efetiva e não nominal.

IV. Os conceitos de ajuste a valor presente e valor justo têm o mesmo significado.

Errado, valor presente, resumidamente, é o valor atual de elementos do ativo ou passivo, isto é, o valor
descontado. O valor justo é valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na
data de mensuração.

Gabarito: C

10. (FCC/SEFAZ BA/Auditor Fiscal/2019) No dia 01/12/2018 a empresa Só no Sapatinho S.A. realizou as
seguintes vendas de mercadorias:
− Vendas à vista: R$ 500.000,00
− Vendas a prazo: R$ 660.000,00
As vendas a prazo serão recebidas integralmente em 01/12/2020 e a empresa estava praticando para elas,
na data da venda, a taxa de juros de 0,398% ao mês, equivalente a 4,88% ao ano e a 10% para o período de
dois anos.
A empresa Só no Sapatinho S.A. reconheceu, na Demonstração do Resultado do ano de 2018,
exclusivamente em relação às vendas efetuadas em 01/12/2018, Receita de Vendas no valor de
a) R$ 1.160.000,00, apenas.
b) R$ 1.100.000,00, apenas.
c) R$ 1.094.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 2.364,12.
d) R$ 1.100.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 2.388,00.
e) R$ 1.160.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 4.616,80.

Comentários:

Venda à vista = $ 500.000


Venda a prazo = $ 660.000 / 1,1 = $ 600.000
Venda total = $ 500.000 + $ 600.000 = $ 1.100.000
Receita financeira = $ 600.000 x 0,396% = $ 2.388

Gabarito: D

A tabela a seguir mostra os saldos, em valores absolutos, de todas as contas que compõem o balanço
patrimonial de determinada empresa comercial.

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contas contábeis saldo (R$)


amortização acumulada 20
bancos 30
capital social 150
contas a pagar 10
contas a receber 30
depreciação acumulada 30
despesas antecipadas 10
encargos a transcorrer de financiamento de longo prazo 10
estoques 50
financiamento de longo prazo 60
fornecedores 30
impostos a recolher 10
máquinas e equipamentos 100
marcas e patentes 80
prejuízo acumulado 10
provisão para contingências 10
Tendo como referência a tabela mostrada, julgue o item que se segue, a respeito das contas patrimoniais e
da análise econômico-financeira da referida empresa comercial.

11. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) O valor presente líquido do


financiamento é igual a R$ 50.

Comentários:

Vimos que a conta Encargos Financeiros a Transcorrer é uma retificadora do passivo, sendo utilizar para
ajustar ao valor presente as contas desse grupo patrimonial. Então:

Financiamento de Longo Prazo = 60


(-) Encargos Financeiros a Transcorrer = 10
Valor Presente do Financiamento de Longo Prazo = 50

Gabarito: Certo

Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item.

12. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Uma obrigação de longo prazo com


fornecedores registrada no passivo da entidade deve ser ajustada pelo seu valor presente.

Comentários:

Correto, CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, itens de longo prazo DEVEM ser ajustados a valor presente e itens
de curto prazo QUANDO O EFEITO FOR RELEVANTE.

Gabarito: Certo

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De acordo com a legislação societária e os padrões contábeis do CPC, julgue o item seguinte, a respeito dos
critérios de avaliação de ativos.

13. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Para fins contábeis, a taxa de desconto a


ser utilizada para o cálculo do ajuste a valor presente de elementos patrimoniais decorrentes de operações
de longo prazo deve refletir unicamente a taxa de juros livre de risco, mesmo que se possa estimar o
prêmio por risco desses elementos de forma confiável.

Comentários:

Errado, se puder ser calculado o prêmio por risco, deve ser levado em consideração. Isso está previsto no
CPC 12:

14. Em muitas situações não é possível se chegar a uma estimativa confiável para o prêmio
pelo risco ou, em sendo possível, o montante estimado pode ser relativamente pequeno
se comparado a erros potenciais nos fluxos de caixa estimados. Nesses casos,
excepcionalmente, o valor presente de fluxos de caixa esperados pode ser obtido com a
adoção de taxa de desconto que reflita unicamente a taxa de juros livre de risco, desde
que com ampla divulgação do fato e das razões que levaram a esse procedimento.

Gabarito: Errado

14. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Auditor-Fiscal da Receita Estadual/2019) Ao estimar e registrar o valor corrente


dos fluxos de caixa futuros para suas obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante,
uma empresa que se encontre no curso normal de suas atividades aplica o conceito de
a) ajuste de avaliação patrimonial.
b) evento subsequente.
c) moeda funcional.
d) regime de caixa.
e) valor presente.

Comentários:

Atenção as palavras chaves: “estimar”, “valor corrente”. “Fluxo futuro”. Tais afirmações caracterizam o valor
presente. Vejamos a definição feita pelo CPC n° 12:

Valor presente (present value) - é a ESTIMATIVA DO VALOR CORRENTE de um fluxo de


caixa futuro, no curso normal das operações da entidade.

Gabarito: E

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15. (Vunesp/CM SJC/Analista/2018) Uma determinada empresa realizou, em 31.01.2018, uma venda no
valor total de R$ 2.000.000,00 nas seguintes condições:
– R$ 800.000,00 foram recebidos à vista;
– O saldo remanescente seria recebido em 31.01.2020.
Se a venda tivesse sido realizada totalmente à vista, o seu valor total seria de R$ 1.800.000,00.
Com base nessas informações e de acordo com as normas contábeis vigentes, a empresa reconheceu, no
momento da venda,
a) receita de vendas de R$ 2.000.000,00.
b) receita de vendas de R$ 1.800.000,00.
c) receita de vendas de R$ 800.000,00.
d) despesa financeira de R$ 200.000,00.
e) receita financeira de R$ 200.000,00.

Comentários:

O Montante foi R$ 2.000.000,00, todavia R$ 800.000,00 foram recebidos à vista e $ 1.200.000,00, a prazo
(2.000.000 – 800.000). Dado que caso a venda total fosse realizada à vista o valor seria diferente, conclui-se
que a venda a prazo engloba juros. Nessa situação, devemos seguir o CPC 12:

9. Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser
mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o
valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value).

O quesito informou que o valor presente do total vendido seria R$ 1.800.000,00, consequentemente, já
podemos marcar letra b como gabarito. Para fins didáticos, contabilizemos:

D – Caixa (AC) 800.000


D – Contas a Receber (RLP) 1.200.000 (2.000.000 – 800.000)
C – Ajuste a VP (ANC – Realizável a LP) 200.000 (2.000.000 – 1.800.000)
C – Receita de Vendas (resultado) 1.800.000

Gabarito: B

16. (VUNESP/UFTM/Contador/2018) Os elementos integrantes do ativo e do passivo, decorrentes de


operações de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, ________________ que
reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos
do ativo e do passivo em suas datas originais.
Assinale a alternativa que completa o texto corretamente.
a) devem ser calculados de acordo com as metodologias de correção integral
b) serão ajustados pelos modelos de moeda constante

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c) serão corrigidos por taxas de mercado para tomada de recursos


d) devem ser ajustados a valor presente com base em taxas de desconto
e) fazem parte integrante dos laudos de avaliação econômicos- financeiros

Comentários:

Com base na Lei das Sociedades por Ações:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a


valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela
Lei nº 11.638, de 2007)

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes
critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão


ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Gabarito: D

17. (CEBRASPE/EBSERH/Analista/2018) Ao se ajustar o fluxo de caixa de um negócio a valor presente, não


havendo possibilidade de estimar confiavelmente o prêmio de risco envolvido, poder-se-á optar pela taxa
de juros livre de risco, externa ao negócio, como taxa de desconto.

Comentários:

Segundo o CPC 12:

14. Em muitas situações não é possível se chegar a uma estimativa confiável para o prêmio
pelo risco ou, em sendo possível, o montante estimado pode ser relativamente pequeno
se comparado a erros potenciais nos fluxos de caixa estimados. Nesses casos,
excepcionalmente, o valor presente de fluxos de caixa esperados pode ser obtido com a
adoção de taxa de desconto que reflita unicamente a taxa de juros livre de risco, desde que
com ampla divulgação do fato e das razões que levaram a esse procedimento.

Gabarito: Certo

A respeito de avaliação de itens patrimoniais diversos, julgue o item subsequente.

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18. (CEBRASPE/Analista/STM/2018) Os financiamentos obtidos no BNDES, com juros abaixo dos padrões
do mercado, têm de ser ajustados a valor presente com base na média das taxas do mercado de dívidas
de longo prazo.

Comentários:

Financiamentos obtidos junto ao BNDES são exceções ao ajuste a valor presente.

Resposta prevista no CPC 12:

10. No caso de empréstimos, financiamentos e mútuos com encargos financeiros


diferentes das atuais taxas de juros praticadas pelo mercado, deve ser feito o AVP?

(a) Financiamentos do BNDES, contratados com taxas de juros diferentes das taxas
praticadas pelo mercado em geral para outras modalidades de empréstimos, estão sujeitos
ao AVP?

Resposta - Não. Esses financiamentos reúnem características próprias e as condições


definidas nos contratos de financiamento do BNDES, entre partes independentes, e
refletem as condições para aqueles tipos de financiamentos. Em alguns casos, os encargos
financeiros são inferiores às taxas de juros aplicáveis para empréstimos em geral e/ou para
capital de giro, mas deve-se levar em consideração que o BNDES financia projetos, com
características próprias, em geral aplicando taxas que seriam aplicáveis a qualquer
entidade, ajustadas apenas pelo risco específico de crédito das entidades e projetos
envolvidos. No Brasil, não há um mercado consolidado de dívidas de longo prazo com as
características dos financiamentos do BNDES, com o que a oferta de crédito às entidades
em geral, com essa característica de longo prazo, normalmente está limitada ao BNDES.
Esse tratamento está alinhado às normas internacionais, mais especificamente os IAS 20 e
37 e com este Pronunciamento.

Você conhece quais são as exceções ao Ajuste a Valor Presente?

Financiamentos BNDES

Não se sujeitam ao Mútuo entre Partes


AVP Relacionadas

Ativos e Passivos
Fiscais Diferidos

Gabarito: Errado

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19. (FGV/ALE-RO/Assistente Legislativo - Técnico em Contabilidade/2018) Algumas contas classificadas


como “Contas a receber” devem ter seu montante ajustado a valor presente.
Assinale a opção que indica o(s) critério(s) para ajuste a valor presente.
a) O ativo deve ser de curto prazo.
b) O ativo deve ser de longo prazo.
c) O ativo deve causar efeito relevante.
d) O ativo deve ser de longo prazo com efeito relevante ou de curto prazo.
e) O ativo deve ser de curto prazo com efeito relevante ou de longo prazo.

Comentários:

Vimos que os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo devem ser ajustados a valor
presente independente do efeito relevante. Por outro lado, os ativos resultante de transações de curto prazo
somente serão ajustados a valor presente quando forem relevantes.

Consoante a lei 6.404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a


valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela
Lei nº 11.638, de 2007)

Gabarito: E

20. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Profissional Júnior - Ciências Contábeis/2018) A companhia Y realizou a


venda de um equipamento de seu ativo imobilizado em 2/fev/2018, para receber em 5 parcelas iguais e
sucessivas.
Considerando a necessidade de atender às determinações normativas, no que se refere ao ajuste a valor
presente, a companhia Y elaborou a seguinte planilha com as informações da venda realizada:

Considerando os aspectos técnico-conceituais do ajuste a valor presente, a companhia Y deve reconhecer,


no próprio dia da venda, o valor da receita da venda.
Tal valor, em reais, foi de

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a) 28.654,05
b) 98.033,22
c) 100.000,00
d) 471.345,95
e) 500.000,00

Comentários:

O Montante foi R$ 500.000,00, todavia serão recebidos a prazo. Dado que caso a venda total fosse realizada
à vista o valor seria diferente, conclui-se que a venda a prazo engloba juros. Nessa situação, devemos seguir
o CPC 12:

9. Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser
mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o
valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value).

O quesito informou que o valor presente do total vendido seria R$ 471.345,95, consequentemente, já
podemos marcar letra D como gabarito. Para fins didáticos, contabilizemos:

D – Contas a Receber 500.000,00


C – Ajuste a VP 28.654,05
C – Receita de Vendas 471.345,95

Gabarito: D

21. (FCC/Prefeitura de São Luís/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2018) Em 31/12/2016, uma


empresa realizou vendas totais no valor de R$ 1.075.000,00, sendo que R$ 500.000,00 foram vendidos à
vista e o saldo remanescente será recebido integralmente após 15 meses. A empresa praticava a taxa de
juros de 11,83% ao ano para as suas vendas a prazo, que equivale a uma taxa de 15% no prazo de 15 meses.
Em relação às vendas efetuadas em 31/12/2016, a empresa reconheceu Receita de Vendas no valor de
(A) R$ 1.075.000,00 no resultado do ano de 2016, apenas.
(B) R$ 500.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita de Vendas no valor de R$ 575.000,00 no resultado
do ano de 2017.
(C) R$ 1.000.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita Financeira no valor de R$ 59.150,00 no resultado
do ano de 2017.
(D) R$ 537.500,00 no resultado do ano de 2016 e Receita de Vendas no valor de R$ 537.500,00 no resultado
do ano de 2017.
(E) R$ 1.000.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 75.000,00, ambas no resultado do ano de 2016.

Comentários:

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A venda recebida à vista, R$ 500.000, não precisa ser ajustada, apenas a venda a prazo:

1.075.000,00 - 500.000,00 = 575.000,00

Essa venda será recebida em 15 meses e a taxa de desconto para o período é de 15%:

Valor Futuro 575.000


Valor Presente = = = 500.000
1+taxa de desconto 1,15

A contabilização dessa venda será, de acordo com o CPC 12:

D – Bancos 500.000,00
D – Clientes 575.000,00
C – AVP de Clientes (retificadora do ativo) 75.000,00
C – Receita de Vendas 1.000.000,00

Como não temos uma alternativa que apresente essa opção, temos que analisar também o reconhecimento
da receita financeira no ano de 2017, vejam:

Receita Financeira = 500.000 x 11,83% = 59.150,00

Portanto, temos R$ 1.000.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita Financeira no valor de R$ 59.150,00
no resultado do ano de 2017.

Gabarito: C

22. (FCC/Analista/DPE AM/2018) A Cia. Fantástica possuía em seu estoque um lote de mercadoria e, em
01/12/2016, vendeu 60% desse lote por R$ 650.000,00 para ser recebido em 30/03/2018. Sabe-se que se
o cliente tivesse adquirido as mercadorias à vista teria pago R$ 554.333,00, que não há incidência de
qualquer tributo na compra nem na venda das mercadorias e que a taxa de juros cobrada pela empresa
foi 1% ao mês.
Com base nestas informações, a Cia. Fantástica reconheceu na Demonstração do Resultado de 2016, Receita
de vendas no valor de
a) R$ 554.333,00 e Receita financeira no valor de R$ 95.667,00.
b) R$ 650.000,00 e Despesa financeira no valor de R$ 95.667,00.
c) R$ 554.333,00 e Receita financeira no valor de R$ 5.543,33.
d) R$ 650.000,00, apenas.
e) R$ 554.333,00, apenas.

Comentários:

A questão fala que a empresa efetuou uma venda para ser recebida no longo prazo, nesse caso, devemos
efetuar o ajuste a valor presente.

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O valor futuro da venda é de R$ 650.000, mas o valor presente, que é o valor à vista, é de R$ 554.333,00.

A diferença representa os encargos a transcorrer da operação e que serão apropriados como receita
financeira ao longo da operação: R$ 95.667,00

Contabilização no momento da venda – 01.12.2016:

D – Clientes R$ 650.000,00
C – Ajuste a valor Presente – Clientes (retificadora Ativo) R$ 95.667,00
C – Receita de Vendas R$ 554.333,00

Agora, vem o grande detalhe da questão. A venda foi efetuada no dia 01.12.2016 e a questão quer saber o
efeito no resultado na demonstração do resultado do exercício de 2016.
==a81bb==

Qual é a data de referência da DRE de 2016? Dia 31.12.2016, isto é, um mês após a compra!

Se não nos atentarmos a esse detalhe, vamos considerar que temos que reconhecer apenas a receita de
venda, mas, como passou-se um mês, já temos que reconhecer a receita financeira no resultado.

Receita Financeira = Valor Presente x Taxa de Juros = 554.333,00 x 1% = 5.543,33

Bizu FCC: Questões de CPC 12 – Cuidado com datas!

Gabarito: C

23. (FCCARTESP/Especialista em Regulação/2017) A Cia. Rapidinha realizou as seguintes vendas de


mercadorias, em 01/12/2016:
− Vendas à vista: R$ 1.500.000,00.
− Vendas realizadas no longo prazo: R$ 1.608.437,25 (valor nominal).
A taxa de juros efetiva praticada pela Cia. nas vendas a prazo foi 2% ao mês e o valor presente da venda
realizada a prazo, na data da venda, era R$ 1.000.000,00.
Com base nestas informações, a Cia. Rapidinha reconheceu
(A) R$ 3.108.437,25 como Receita de Vendas, em 01/12/2016.
(B) R$ 2.500.000,00 como Receita de Vendas, em 01/12/2016, e Receita Financeira de R$ 608.437,25, em
31/12/2016.
(C) R$ 2.500.000,00 como Receita de Vendas, em 01/12/2016, e Receita Financeira de R$ 50.000,00, em
31/12/2016.
(D) R$ 3.108.437,25 como Receita de Vendas e Receita Financeira a Apropriar de R$ 608.437,25, em
01/12/2016.
(E) R$ 2.500.000,00 como Receita de Vendas, em 01/12/2016.

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Comentários:

O Ajuste a Valor Presente, previsto no CPC 12, tem como objetivo separar o efeito meramente financeiro das
receitas de vendas. Na venda realizada à vista, podemos reconhecer como Receita de Vendas o valor das
Vendas, isto é, R$ 1.500.000.

Por sua vez, no caso das vendas de longo prazo, o valor reconhecido como receita de vendas é o valor
presente, isto é, R$ 1.000.000. A diferença entre o valor a prazo e à vista, isto é, R$ 608.437,25, será
classificada em conta retificadora, Ajuste a valor presente de clientes, e a cada período de apuração, a
empresa irá reconhecer a receita financeira da operação, vejamos:

Contabilização no momento da venda:

D – Bancos R$ 1.500.000
D – Clientes R$ 1.608.437,25
C – AVP Clientes R$ 608.437,25
C – Receita de Vendas R$ 2.500.000,00

Agora, vem o grande detalhe da questão. A venda foi efetuada no dia 01.12.2016 e a questão quer saber o
efeito no resultado na demonstração do resultado do exercício de 2016.

Qual é a data de referência da DRE de 2016? Dia 31.12.2016, isto é, um mês após a venda!

Bizu FCC: Questões de CPC 12 – Cuidado com datas!

Se não nos atentarmos a esse detalhe, vamos considerar que temos que reconhecer apenas a receita de
venda, mas, como passou-se um mês, já temos que reconhecer a receita financeira no resultado.

Receita Financeira = Valor Presente x Taxa de Juros = 1.000.000 x 2% = 20.000

Atenção! Os juros incidirão somente sobre o valor presente das vendas realizadas ao longo
prazo e não sobre o total das vendas.

O lançamento, por competência, será o seguinte:

D – AVP Clientes (Redutora de Ativo) R$ 20.000,00

C – Receita Financeira (Conta de Resultado) R$ 20.000,00

Então, teremos R$ 2.500.000,00 como Receita de Vendas, em 01/12/2016, e Receita Financeira de R$


20.000,00, em 31/12/2016.

Gabarito: E

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24. (FCC/ARTESP/Técnico em Regulação/2017) A Cia. de Concessões realizou, em 05/01/2017, uma venda


no valor de R$ 1.200.000,00, cujo valor será recebido integralmente em 31/01/2019. Sabe-se que o prazo,
normalmente, concedido pela empresa é de 50 dias e que, se a venda tivesse sido à vista, seu valor total
seria R$ 980.000,00 (valor presente). Com base nestas informações, no momento da venda, a Cia. de
Concessões reconheceu receita de venda, em reais, de
a) 1.200.000,00.
b) 1.200.000,00 e ajuste a valor presente referente à conta de Clientes no valor de R$ 220.000,00.
c) 980.000,00 e receita financeira no valor de R$ 220.000,00.
d) 1.200.000,00 e despesa financeira no valor de R$ 220.000,00.
e) 980.000,00.

Comentários:

O CPC 12 – Ajuste a Valor Presente está sendo muito cobrado pela FCC e costumam ser questões um pouco
trabalhosas, pois nem sempre a banca alivia nos cálculos. Ademais, é importante que vocês estejam bem
familiarizados com conceitos da Matemática Financeira, como Valor Presente, Valor Futuro, Taxa Efetiva e
Nominal, Série de Pagamentos.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos financeiros
referentes à remuneração de um capital no futuro.

Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações sejam demonstradas de forma
superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro (de juros) do
resultado realmente apurado com operações da atividade empresarial. O ajuste a valor presente (AVP) veio
para que possamos dirimir esse problema.

Assim, se determinada empresa compra mercadorias para pagar daqui a dois anos, no montante de R$
1.200.000,00 e o valor à vista é de R$ 980.000,00, a diferença representa os encargos financeiros a
transcorrer da operação: R$ 1.200.000 – R$ 980.000 = R$ 240.000,000

Contabilização no momento da venda – 01.12.2016:

D – Clientes R$ 1.200.000,00
C – Ajuste a valor Presente – Clientes (retificadora Ativo) R$ 240.000,00
C – Receita de Vendas R$ 980.000,00

Essa é a contabilização que está prevista no CPC 12 – Ajuste a Valor Presente!

Gabarito: E

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25. (FCC/TST/Analista Contabilidade/2017) A empresa Enfeites de Natal S.A. realizou, em 31/12/2015, as


seguintes vendas de mercadorias:
− Vendas à vista no valor de R$ 1.500.000,00.
− Vendas a prazo no valor de R$ 1.650.000,00, para ser recebido em 31/12/2016.
Na data da venda, a taxa de juros que estava sendo praticada pela empresa nas vendas a prazo era 10% ao
ano. A empresa deveria reconhecer, exclusivamente em relação às vendas efetuadas em 31/12/2015, receita
de vendas no valor, em R$, de
(A) 3.150.000,00 no resultado do ano de 2015.
(B) 1.500.000,00 no resultado do ano de 2015 e Receita de Vendas no valor de R$ 1.650.000,00 no resultado
do ano de 2016.
(C) 1.575.000,00 no resultado do ano de 2015 e Receita de Vendas no valor de R$ 1.575.000,00 no resultado
do ano de 2016.
(D) 1.500.000,00 no resultado do ano de 2015, Receita de Vendas no valor de R$ 1.500.000,00 no resultado
do ano de 2016 e Receita Financeira no valor de R$ 150.000,00 no resultado do ano de 2016.
(E) 3.000.000,00 no resultado do ano de 2015 e Receita Financeira no valor de R$ 150.000,00 no resultado
do ano de 2016.

Comentários:

O Ajuste a Valor Presente, previsto no CPC 12, tem como objetivo separar o efeito meramente financeiro
das receitas de vendas. Na venda realizada à vista, podemos reconhecer como Receita de Vendas o valor
das Vendas, isto é, R$ 1.500.000. Por sua vez, no caso das vendas de longo prazo, o valor reconhecido como
receita de vendas de 2015 é o valor presente, isto é:

1.650.000
Valor Presente = = 1.500.000
1,10

A diferença entre o valor a prazo e à vista, isto é, R$ 150.000, será classificada em conta retificadora, ajuste
a valor presente de clientes, e em 2016, a empresa irá reconhecer a receita financeira da operação, vejamos:

Contabilização no momento da venda:

D – Bancos R$ 1.500.000
D – Clientes R$ 1.650,00
C – AVP Clientes R$ 150.000,00
C – Receita de Vendas R$ 3.000.000,00

Portanto, a empresa irá reconhecer 3.000.000,00 no resultado do ano de 2015 e Receita Financeira no valor
de R$ 150.000,00 no resultado do ano de 2016.

Gabarito: E

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26. (Vunesp/Prefeitura de São José do Rio Preto/Auditor Fiscal/2016) A Cia. Comercial Amazonas vendeu
mercadorias a prazo, em 20 prestações iguais e sucessivas de R$ 1.000,00, a primeira vencendo no mês
posterior ao da venda. A companhia usou uma taxa de juros de 1% ao mês para calcular o ajuste a valor
presente desse fluxo de caixa. Sabe-se que o ajuste a valor presente dessa alienação correspondeu a R$
1.950,00. A companhia efetuou corretamente a contabilização dessa transação segundo as normas
brasileiras de contabilidade, lançando o ajuste como conta redutora de recebíveis. Pode-se concluir que
a) o Ativo da companhia aumentou R$ 20.000,00.
b) a companhia auferiu uma receita de vendas de R$ 18.050,00.
c) a conta de Recebíveis foi creditada em R$ 1.950,00.
d) a conta de Ajustes a Valor Presente foi debitada em R$ 20.000,00.
e) o Passivo da companhia foi aumentado em R$ 1.950,00.

Comentários:

Valor Nominal das Receitas = 20 x 1.000 = 20.000

Ajuste a Valor Presente = 1.950

Contabilização no momento inicial:

D – Contas a Receber (RLP) 20.000


C – Ajuste a VP (ANC – Realizável a LP) 1.950
C – Receita de Vendas (resultado) 18.050

Gabarito: B

Com base no pronunciamento técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item subsequente.

27. (CEBRASPE/CADE/Contador/2014) O desconto a valor presente é requerido no caso de passivos


contratuais, devendo a taxa de desconto considerar o risco de crédito da entidade. Quanto aos passivos
não contratuais, não ocorre a apuração do valor presente apesar do seu registro como provisões futuras.

Comentário:

Conforme o Pronunciamento CPC 12 – Ajuste a valor Presente:

27. O desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos contratuais, quer se
trate de passivos não contratuais, sendo que a taxa de desconto necessariamente deve
considerar o risco de crédito da entidade.

Portanto, o ajuste a valor presente deve ser aplicado aos passivos contratuais e aos passivos não contratuais.

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Gabarito: Errado

28. (FGV/DPE RJ/Técnico superior/Ciências Contábeis/2014) Um grupo de pessoas resolveu dar início a
um negócio utilizando a Internet. Os companheiros, agora sócios da mais nova “.com” do território
nacional foram ousados e com menos de 2 anos já haviam realizado I.P.O. na bolsa de valores.
O nome fantasia escolhido diz tudo sobre a empresa: Doefácil Brasil.
Para construir sua sede, a empresa contou com aporte de recursos do governo no montante de R$ 1,5 mil.
O recurso foi depositado na conta da empresa em uma única parcela, no ato da assinatura do termo de
subvenção. O governo brasileiro entendeu que a atividade da empresa seria benéfica para a economia local
e adicionou uma cláusula condicional ao contrato para estimular o seu crescimento.
Caso não cumpra a decisão, o pagamento do empréstimo acontecerá ao final de 36 meses, em cota única.
Em síntese, caso conseguisse empregar 3 presos condenados pela Justiça ao regime semiaberto no prazo de
1 ano, receberia perdão da dívida. O contrato foi celebrado com taxas de juros de 3% ao mês.
Ocorre que a empresa ainda aguarda a decisão do Juiz sobre a oferta de emprego ao terceiro condenado.
Entretanto, o prazo dado pelo governo para cumprir a condição de geração de empregos venceu ontem.
Assim, sobre os recursos provenientes dessa transação, as demonstrações contábeis da Doefácil, hoje
deveriam reportar
(A) uma nota explicativa informando que seu corpo jurídico aconselhou que o passivo não foi reconhecido
por julgar que ainda é possível o perdão da dívida.
(B) R$ 1,5 mil em seu passivo circulante, mensurado a valor justo.
(C) um passivo não circulante, ajustado ao valor presente.
(D) um ativo imobilizado decorrente da aplicação do montante de R$ 1,5 mil, acompanhado de conta
redutora da respectiva subvenção governamental.
(E) uma perda de R$ 1,5 mil em seu resultado, decorrente do descumprimento da condição colocada para
subvenção governamental.

Comentários:

A contabilização de uma subvenção governamental é feita da seguinte forma:

No recebimento da subvenção, quando há condição a cumprir:

D – Caixa/bancos (Ativo)
C – Subvenção a pagar (Passivo)

Se a empresa não cumprir a condição, deverá devolver a subvenção.

Quando cumpre a condição e “ganha” a subvenção:

D – Subvenção a pagar (Passivo)


C – Receita de subvenção (Resultado)

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Depois, o Resultado do Exercício vai para o Patrimônio Líquido, e a empresa poderá constituir a Reserva de
Incentivos Fiscais, para evitar a tributação do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL):

D – Lucros acumulados
C – Reserva de incentivos fiscais.

Muito bem. Os “companheiros” conseguiram uma subvenção, com a condição de empregarem três presos
em um ano. Portanto, é subvenção com condição.

A contabilização fica assim:

D – Caixa/bancos (Ativo)
D – Ajuste a valor presente (Retificadora do Passivo não circulante)
C – Subvenção a pagar (Passivo não circulante)

O prazo para pagamento da subvenção é de três anos, assim fica no Passivo não circulante e deve ser
ajustado a valor presente.

Após um ano, a empresa não consegue cumprir a condição. Portanto, não poderá transferir o valor do
passivo para o resultado. Dessa forma, o valor da subvenção permanecerá no Passivo não Circulante, sendo
ajustado a valor presente.

Gabarito: C

29. (Vunesp/Urbanismo/Analista Administrativo/2014) No que tange ao ajuste a valor presente – AVP,


conforme previsto no CPC12, ativos e passivos monetários, com juros implícitos ou explícitos embutidos,
devem ser mensurados
a) pelas regras dos ativos e passivos financeiros, considerando ainda a limitação imposta pelos instrumentos
financeiros.
b) pelo seu valor de liquidação, considerando o valor do custo inicial de investimento.
c) pelo seu valor presente, quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo original dentro
da filosofia de valor justo (fair value).
d) pelo seu valor inicial, acrescido dos referidos juros, trazidos a valor de mercado, uma vez que se trata de
fluxo de caixa operacional
e) pelo seu valor corrente, quando do seu reconhecimento inicial e valorização do seu preço de resgate; dos
dois, o menor

Comentários:

No tocante aos ativos e passivos monetários, com juros implícitos ou explícitos embutidos o CPC 12 nos
afirma o seguinte:

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9. Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser
mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este
o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value).

Adicionalmente, conforme o Pronunciamento Técnico 02 do CPC:

Itens monetários são aqueles representados por dinheiro ou por direitos a serem recebidos
e obrigações a serem liquidadas em dinheiro.

Gabarito: C

30. (VUNESP/SJRP/Auditor Fiscal/2014) A Cia. Comercial Amazonas vendeu mercadorias a prazo, em 20


prestações iguais e sucessivas de R$ 1.000,00, a primeira vencendo no mês posterior ao da venda. A
companhia usou uma taxa de juros de 1% ao mês para calcular o ajuste a valor presente desse fluxo de
caixa. Sabe-se que o ajuste a valor presente dessa alienação correspondeu a R$ 1.950,00. A companhia
efetuou corretamente a contabilização dessa transação segundo as normas brasileiras de contabilidade,
lançando o ajuste como conta redutora de recebíveis. Pode-se concluir que
a) o Ativo da companhia aumentou R$ 20.000,00.
b) a companhia auferiu uma receita de vendas de R$ 18.050,00.
c) a conta de Recebíveis foi creditada em R$ 1.950,00.
d) a conta de Ajustes a Valor Presente foi debitada em R$ 20.000,00.
e) o Passivo da companhia foi aumentado em R$ 1.950,00.

Comentários:

Na venda para recebimento em longo prazo, devemos fazer o ajuste a valor presente, vejam:

Valor a prazo = 20 x 1000 = 20.000


(-) Ajuste a Valor Presente 1.950
Valor Presente 18.050

Contabilização:

D – Clientes (Ativo) 20.000


C - AVP de Clientes (Ativo) 1.950
C – Receita de Vendas 18.050

Informamos que essa contabilização está de acordo com o CPC 12 – Ajuste a Valor Presente.

Gabarito: B

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31. (FCC/TCE GO/ACE/2014) Considerando as normas pertinentes ao ajuste a valor presente, as


características abaixo estão sujeitas à mensuração prevista na norma:
I. a transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa ou outra mutação do
patrimônio líquido, cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação financeira (recebimento ou
pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses elementos.
II. o reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos similares
emprega método de alocação de descontos.
III. o conjunto particular de fluxos de caixa estimados, claramente associado a um ativo ou a um passivo.
Está correto o que se afirma em
A) I, II e III.
B) I, apenas.
C) II, apenas.
D) III, apenas.
E) I e II, apenas.

Comentários:

Literalidade do pronunciamento CPC 12 – Ajuste a Valor Presente:

Diretrizes gerais

7. A questão mais relevante para a aplicação do conceito de valor presente, nos moldes de
Pronunciamento baseado em princípios como este, não é a enumeração minuciosa de
quais ativos ou passivos são abarcados pela norma, mas o estabelecimento de diretrizes
gerais e de metas a serem alcançadas. Nesse sentido, como diretriz geral a ser observada,
ativos, passivos e situações que apresentarem uma ou mais das características abaixo
devem estar sujeitos aos procedimentos de mensuração tratados neste Pronunciamento:

(a) transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa
(conforme definidos no Pronunciamento Conceitual Básico Estrutura Conceitual para a
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis deste CPC) ou outra mutação do
patrimônio líquido cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação financeira
(recebimento ou pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses
elementos;

(b) reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou


passivos similares emprega método de alocação de descontos;

(c) conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um ativo ou a


um passivo;

Gabarito: A

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32. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Profissional Júnior/2014) Considere os dados a seguir para responder à


questão.
Em 5 de janeiro de 2013, uma companhia obteve um financiamento para adquirir um novo equipamento
para seu ativo imobilizado nas seguintes condições:
• Entrada de 200.000,00, no ato da operação, efetuada em cheque.
• 3 parcelas anuais iguais e sucessivas de 200.000,00 cada uma, pactuadas à taxa de 8% ao ano, vencendo a
primeira em 5 de janeiro de 2014.
Concluída a negociação, a companhia elaborou a seguinte planilha da operação realizada:
Vencimento Histórico Valor Original Taxa de desconto Valor Presente
05/01/2013 Entrada R$ 200.000,00 0 R$ 200.000,00
05/01/2014 1ª Parcela R$ 200.000,00 0,9259 R$ 185.180,00
05/01/2015 2ª Parcela R$ 200.000,00 0,8573 R$ 171.460,00
05/01/2016 3ªParcela R$ 200.000,00 0,7938 R$ 158.760,00
Totais R$ 800.000,00 R$ 715.400,00
De acordo com a legislação societária e as normas contábeis vigentes, o registro contábil da operação, feito
pela companhia, no dia da operação, é o seguinte:
a) D. Equipamentos 715.400,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Contas a Pagar 515.400,00
b) D. Equipamentos 715.400,00
D. Juros a Apropriar (redutora de contas a pagar 69.780,00
D. Juros Passivos (despesa) 14.820,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Contas a Pagar 600.000,00
c) D. Equipamentos 715.400,00
D. Juros a Apropriar (redutora de contas a pagar) 84.600,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Contas a Pagar 600.000,00
d) D. Equipamentos 800.000,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Contas a Pagar 600.000,00
e) D. Equipamentos 800.000,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Encargos Financeiros Futuros a Pagar 84.600,00
C. Contas a Pagar 515.400,00

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Comentários:

Vamos organizar as informações fornecidas pelo examinador e efetuar as contabilizações:

▪ Taxa de juros: 8% ao ano


▪ Valor Total da obrigação: 4 x 200.000,00 = R$ 800.000,00
▪ Valor presente do custo do equipamento: 715.400,00
▪ Encargos Financeiros da operação: 800.000 – 715.400 = 84.600,00

Contabilização no momento inicial:

D. Equipamentos (valor presente) 715.400,00


D. Juros a Apropriar (redutora de contas a pagar) 84.600,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Contas a Pagar 600.000,00

Gabarito: C

33. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Contabilidade/2013) Uma companhia, ao realizar os devidos cálculos de


ajuste a valor presente do valor de uma Duplicata a Receber classificada no Ativo Não Circulante /
Realizável a Longo prazo, fez as seguintes anotações.
Valor inicial da Duplicata a Receber 15.000,00
Valor da Duplicata ajustada a valor presente 10.800,00
Considerando exclusivamente as informações recebidas e a boa técnica contábil, o registro contábil que a
companhia vai realizar, para reconhecer o valor presente da duplicata a receber, é
a) D Despesa de Ajuste a Valor Presente 4.200,00
C Provisão para Ajuste a Valor Presente 4.200,00
b) D Duplicatas a Receber 4.200,00
C Provisão para Ajuste a Valor Presente 4.200,00
c) D Receita de Financiamento de Vendas 4.200,00
C Provisão para Ajuste a Valor Presente 4.200,00
d) D Despesa de Ajuste a Valor Presente 10.800,00
C Duplicatas a Receber 10.800,00
e) D Receita de Financiamento de Vendas 10.800,00
C Duplicatas a Receber 10.800,00

Comentários:

Devemos efetuar o Ajuste a Valor Presente das duplicatas de longo prazo, considerando o seguinte:

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Valor inicial da Duplicata a Receber 15.000,00


(-) Valor da Duplicata ajustada a valor presente 10.800,00
(=) Encargos Financeiros a Transcorrer 4.200,00

Contabilização:

D – Despesas com AVP 4.200,00


C – AVP de Duplicatas de Longo Prazo* 4.200,00

* A banca usou a rubrica Provisão para Ajuste a Valor Presente, mas, segundo o CPC 25,
Provisão é um Passivo de Prazo ou Valor Incertos, portanto, não temos mais provisões
classificadas no Ativo.

Gabarito: A

34. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP/2013) NÃO é uma conta que deve ser ajustada a valor
presente:
A) Provisão para passivo previdenciário.
B) Contas a receber não circulante, com juros.
C) Contas a pagar não circulante, indexado.
D) Empréstimos concedidos com juros prefixados de longo prazo.
E) Adiantamento em dinheiro para recebimento em bens.

Comentários:

Essa veio diretamente do pronunciamento CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, confira:

9. Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser
mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o
valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value). Por isso, quando
aplicável, o custo de ativos não monetários deve ser ajustado em contrapartida; ou então
a conta de receita, despesa ou outra conforme a situação. A esse respeito, uma vez
ajustado o item não monetário, não deve mais ser submetido a ajustes subsequentes no
que respeita à figura de juros embutidos. Ressalte-se que nem todo ativo ou passivo não-
monetário está sujeito ao efeito do ajuste a valor presente; por exemplo, um item não
monetário que, pela sua natureza, não está sujeito ao ajuste a valor presente é o
adiantamento em dinheiro para recebimento ou pagamento em bens e serviços.

Gabarito: E

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35. (COPS UEL/SEFAZ PR/Auditor Fiscal/2012) À luz do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, os ativos
e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos, quando do seu reconhecimento
inicial, devem ser mensurados pelo seu valor
a) de compra.
b) de mercado.
c) de venda.
d) justo.
e) presente.

Comentários:

Vimos que eles devem ser mensurados pelo seu valor PRESENTE. Conforme o CPC 12:

9. Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser
mensurados pelo seu VALOR PRESENTE quando do seu reconhecimento inicial, por ser
este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value). Por isso, quando
aplicável, o custo de ativos não monetários deve ser ajustado em contrapartida; ou então
a conta de receita, despesa ou outra conforme a situação. A esse respeito, uma vez
ajustado o item não monetário, não deve mais ser submetido a ajustes subsequentes no
que respeita à figura de juros embutidos. Ressalte-se que nem todo ativo ou passivo não-
monetário está sujeito ao efeito do ajuste a valor presente; por exemplo, um item não
monetário que, pela sua natureza, não está sujeito ao ajuste a valor presente é o
adiantamento em dinheiro para recebimento ou pagamento em bens e serviços.

Gabarito: E

36. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Contabilidade/2012) Admita para todos os efeitos que uma sociedade


anônima de grande porte, do ramo comercial que compra e vende equipamentos pesados, vendeu a prazo
um desses equipamentos, para recebimento a longo prazo, nas seguintes condições:
• data da venda: 31 de dezembro de 2010
• valor da venda a prazo: R$ 72.450,00
• condições da venda: quitação em uma só parcela ao final de 24 meses
• taxa de juros: 2% ao mês
• taxa de juros para 24 meses: capitalizada a juros compostos 61%
Considerando exclusivamente as informações recebidas, a boa técnica contábil e as determinações vigentes
para a avaliação dos ativos de longo prazo, qual é, em reais, o valor líquido desse direito a receber,
representado pelo saldo contábil evidenciado no Ativo Não Circulante / Ativo Realizável a Longo Prazo /
Duplicatas a Receber, no balanço elaborado na data da operação, em 31 de dezembro de 2010?
a) 27.450,00
b) 28.255,50

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c) 44.194,50
d) 45.000,00
e) 71.001,00

Comentários:

Passo a passo para a resolução:

1) Encontrar o valor nominal (valor de venda), que conterá os juros: 72.450,00

2) Encontrar juros e prazo (que devem estar na mesma unidade): 61% (0,61)

3) Trazer a valor presente pela fórmula de juros compostos, da matemática financeira:

Valor nominal = 72.450,00/(1 + 0,61) = R$ 45.000,00

4) Fazer os lançamentos:

Contabilização no momento inicial

D – Contas a Receber (RLP) 72.450


D – Despesa com ajuste a valor presente (Resultado) 27.450
C – Ajuste a VP (ANC – Realizável a LP) 27.450
C – Receita de Vendas (resultado) 72.450

Gabarito: D

37. (CESGRANRIO/Petrobrás/Contabilidade/2011) Os itens monetários classificados no Ativo,


decorrentes de operações prefixadas, com taxas de juros explícitas, devem ser expressos a valor presente
nas demonstrações contábeis.
No cálculo deste valor presente deve ser utilizada a taxa de juros vigente na data da(o)
a) competência do ativo
b) origem da transação
c) elaboração das demonstrações contábeis
d) vencimento do ativo
e) término da transação.

Comentários:

Vejamos esse trecho do CPC 12 – Ajuste a Valor Presente:

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Como deve ser definida a taxa de juros para fins de cálculo do AVP?

Resposta - Há operações cuja taxa de juros é explícita (por exemplo, descrita e conhecida
no contrato da operação) ou implícita (por exemplo, desconhecida, mas embutida na
precificação inicial da operação pela entidade no ato da compra ou da venda). Em ambos
os casos, é necessário utilizar uma taxa de desconto que reflita juros compatíveis com a
natureza, o prazo e os riscos relacionados à transação, levando-se em consideração, ainda,
as taxas de mercado praticadas na data inicial da transação entre partes conhecedoras do
negócio, que tenham a intenção de efetuar a transação e em condições usuais de mercado.

Nos casos em que a taxa é explícita, o processo de avaliação passa por uma comparação entre a taxa de
juros da operação e a taxa de juros de mercado, na data da origem da transação.

Gabarito: B

38. (CESGRANRIO/Transpetro/Tec. Contabilidade/2011) Uma prestadora de serviços, fez a aquisição de


bem intangível que irá trazer-lhe benefícios ao longo dos próximos cinco anos. A transação se deu nas
seguintes condições:
Entrada em dinheiro R$ 10.000,00
Cheque para 20 dias R$ 15.000,00
30 parcelas no valor de R$ 700,00 cada parcela R$ 21.000,00
Valor presente das parcelas futuras R$ 18.000,00
Desconsiderando-se a incidência de qualquer tipo de imposto, o valor a ser contabilizado pela prestadora de
serviços, no ativo intangível, em reais, é
(A) 25.000,00
(B) 28.000,00
(C) 33.000,00
(D) 43.000,00
(E) 46.000,00

Comentários:

Conforme previsão do CPC 12 –Ajuste a valor presente:

Ajustados a
Sim valor
Efeito presente
Circulante
Relevante?
Ativo e Não é
Elementos Não
Passivo Ajustados a ajustado
Não
valor
Circulante
presente

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Portanto, o Ativo Intangível será contabilizado pelo custo ajustado a valor presente e diferença de 3.000 será
contabilizado como AVP de Fornecedores:

D – Ativo Intangível 43.000


D – Ajuste a valor presente (retificadora do passivo) 3.000
C – Fornecedores 21.000
C – Caixa 10.000
C – Bancos 15.000

Gabarito: D

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LISTA DE QUESTÕES – CPC 12 – MULTIBANCAS


1. (FGV/SEFAZ AM/Auditor Fiscal da Receita Estadual/2022) Em relação à taxa aplicada para fins de
desconto a valor presente de ativos e passivos, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12 - Ajuste
a Valor Presente, assinale a afirmativa correta.
a) Deve ser líquida de efeitos fiscais.
b) É calculada antes dos tributos diretos.
c) É calculada antes dos tributos sobre os lucros.
d) É calculada com base na taxa dos empréstimos subsidiados.
e) Deve seguir a mesma diretriz da taxa de desconto do valor justo.

2. (CEBRASPE/DPE RO/Técnico em Contabilidade/2022) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12


– Ajuste a Valor Presente, assinale a opção correspondente ao tratamento contábil que deve ser adotado
por empresas adquirentes de mercadorias a prazo em relação a eventuais juros embutidos na transação.
A Registrar juros embutidos como despesas antecipadas.
B Excluir juros embutidos do custo de aquisição de mercadorias e apropriá-los ao resultado pela fluência do
prazo concedido pelo fornecedor para quitação da dívida.
C Registrar juros embutidos como parte do custo de aquisição de mercadorias, em contrapartida à conta do
passivo que representa dívidas a pagar ao fornecedor.
D Excluir juros embutidos do custo de aquisição de mercadorias e apropriá-los ao resultado na mesma
proporção do valor de parcelas pagas ao fornecedor, até que se dê a liquidação final da operação.
E Excluir de juros embutidos do custo de aquisição de mercadorias e apropriá-los ao resultado na data de
aquisição de mercadorias.

3. (IDECAN/PEFOCE - Perito Criminal/Ciências Contábeis/2021) Assinale a alternativa que indique a


contabilização correta das reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários
qualificáveis de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente de uma empresa
de serviços, que normalmente efetua vendas à vista.
A Receitas ou despesas operacionais
B Outras receitas ou despesas operacionais
C Receitas ou despesas financeiras
D Despesas administrativas
E Receitas comerciais

4. (FGV/SEFAZ-ES/Auditor Fiscal/2021) Em relação aos elementos integrantes do balanço patrimonial,


analise as afirmativas a seguir.
I. Componentes do ativo decorrentes de operações de longo prazo.
II. Componentes do passivo decorrentes de operações de longo prazo.

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III. Componentes do ativo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.
IV. Componentes do passivo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12 - Ajuste a Valor Presente, assinale a opção que indica as
afirmativas que devem ser ajustadas a valor presente.
(A) I e II, somente.
(B) III e IV, somente.
(C) I, II e III, somente.
(D) II, III e IV, somente.
(E) I, II, III e IV.

Com relação ao ajuste a valor presente de itens patrimoniais de companhias abertas, julgue os seguintes
itens.

5. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) O adiantamento em dinheiro destinado ao


recebimento futuro de um bem ou serviço dá origem a um ativo não monetário que estará sujeito a ajuste
a valor presente.

6. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) A taxa de desconto utilizada para o cálculo do


ajuste a valor presente de uma duplicata a receber de longo prazo deve equivaler, durante todo o prazo
de vigência do referido ativo, à taxa de juros observada na data de origem da transação,
independentemente da taxa de juros que venha a ser praticada no mercado em períodos subsequentes.

7. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) O adiantamento recebido de um


cliente por um serviço que será prestado após o término do exercício social seguinte gera, para a empresa
que irá prestar o serviço, uma disponibilidade de recursos cuja contrapartida é uma conta do balanço
patrimonial que deve ser
a) classificada no passivo não circulante e ajustada ao seu valor presente.
b) classificada no passivo circulante e ajustada ao seu valor presente somente se tal ajuste tiver efeito
relevante.
c) classificada no passivo não circulante e ajustada ao seu valor presente somente se tal ajuste tiver efeito
relevante.
d) classificada no passivo circulante e ajustada ao seu valor presente.
e) classificada no patrimônio líquido e ajustada ao seu valor presente.

8. (AOCP/ ISS CARIACICA – ES/ Fiscal de Tributos Municipais/2020) No Balanço Patrimonial, as obrigações,
os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo
que os demais passivos serão ajustados
(A) pelo custo de aquisição.
(B) pelo método de equivalência patrimonial.

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(C) quando houver efeito relevante.


(D) a valor realizável líquido de saídas.

9. (FCC/Metrô - SP/Contabilidade/2019) Em relação ao ajuste a valor presente, considere:


I. Para transações a curto prazo, quando o efeito não é relevante, é permitida a simplificação e dispensa do
cálculo do ajuste a valor presente.
II. Nas transações de longo prazo, com juros implícitos ou explícitos embutidos, deve-se fazer o ajuste a valor
presente.
III. O método a ser utilizado é o da taxa nominal de juros e a taxa aplicada deve ser líquida de efeitos fiscais.
IV. Os conceitos de ajuste a valor presente e valor justo têm o mesmo significado.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e IV.
(B) III e IV.
(C) I e II.
(D) II, III e IV.
(E) III.

10. (FCC/SEFAZ BA/Auditor Fiscal/2019) No dia 01/12/2018 a empresa Só no Sapatinho S.A. realizou as
seguintes vendas de mercadorias:
− Vendas à vista: R$ 500.000,00
− Vendas a prazo: R$ 660.000,00
As vendas a prazo serão recebidas integralmente em 01/12/2020 e a empresa estava praticando para elas,
na data da venda, a taxa de juros de 0,398% ao mês, equivalente a 4,88% ao ano e a 10% para o período de
dois anos.
A empresa Só no Sapatinho S.A. reconheceu, na Demonstração do Resultado do ano de 2018,
exclusivamente em relação às vendas efetuadas em 01/12/2018, Receita de Vendas no valor de
a) R$ 1.160.000,00, apenas.
b) R$ 1.100.000,00, apenas.
c) R$ 1.094.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 2.364,12.
d) R$ 1.100.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 2.388,00.
e) R$ 1.160.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 4.616,80.

A tabela a seguir mostra os saldos, em valores absolutos, de todas as contas que compõem o balanço
patrimonial de determinada empresa comercial.
contas contábeis saldo (R$)
amortização acumulada 20
bancos 30
capital social 150

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contas contábeis saldo (R$)


contas a pagar 10
contas a receber 30
depreciação acumulada 30
despesas antecipadas 10
encargos a transcorrer de financiamento de longo prazo 10
estoques 50
financiamento de longo prazo 60
fornecedores 30
impostos a recolher 10
máquinas e equipamentos 100
marcas e patentes 80
prejuízo acumulado 10
provisão para contingências 10
Tendo como referência a tabela mostrada, julgue o item que se segue, a respeito das contas patrimoniais e
da análise econômico-financeira da referida empresa comercial.

11. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) O valor presente líquido do


financiamento é igual a R$ 50.

Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item.

12. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Uma obrigação de longo prazo com


fornecedores registrada no passivo da entidade deve ser ajustada pelo seu valor presente.

De acordo com a legislação societária e os padrões contábeis do CPC, julgue o item seguinte, a respeito dos
critérios de avaliação de ativos.
13. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Para fins contábeis, a taxa de desconto a
ser utilizada para o cálculo do ajuste a valor presente de elementos patrimoniais decorrentes de operações
de longo prazo deve refletir unicamente a taxa de juros livre de risco, mesmo que se possa estimar o
prêmio por risco desses elementos de forma confiável.

14. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Auditor-Fiscal da Receita Estadual/2019) Ao estimar e registrar o valor corrente


dos fluxos de caixa futuros para suas obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante,
uma empresa que se encontre no curso normal de suas atividades aplica o conceito de
a) ajuste de avaliação patrimonial.
b) evento subsequente.
c) moeda funcional.
d) regime de caixa.
e) valor presente.

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15. (Vunesp/CM SJC/Analista/2018) Uma determinada empresa realizou, em 31.01.2018, uma venda no
valor total de R$ 2.000.000,00 nas seguintes condições:
– R$ 800.000,00 foram recebidos à vista;
– O saldo remanescente seria recebido em 31.01.2020.
Se a venda tivesse sido realizada totalmente à vista, o seu valor total seria de R$ 1.800.000,00.
Com base nessas informações e de acordo com as normas contábeis vigentes, a empresa reconheceu, no
momento da venda,
a) receita de vendas de R$ 2.000.000,00.
b) receita de vendas de R$ 1.800.000,00.
c) receita de vendas de R$ 800.000,00.
d) despesa financeira de R$ 200.000,00.
e) receita financeira de R$ 200.000,00.

16. (VUNESP/UFTM/Contador/2018) Os elementos integrantes do ativo e do passivo, decorrentes de


operações de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, ________________ que
reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos
do ativo e do passivo em suas datas originais.
Assinale a alternativa que completa o texto corretamente.
a) devem ser calculados de acordo com as metodologias de correção integral
b) serão ajustados pelos modelos de moeda constante
c) serão corrigidos por taxas de mercado para tomada de recursos
d) devem ser ajustados a valor presente com base em taxas de desconto
e) fazem parte integrante dos laudos de avaliação econômicos- financeiros
17. (CEBRASPE/EBSERH/Analista/2018) Ao se ajustar o fluxo de caixa de um negócio a valor presente, não
havendo possibilidade de estimar confiavelmente o prêmio de risco envolvido, poder-se-á optar pela taxa
de juros livre de risco, externa ao negócio, como taxa de desconto.

A respeito de avaliação de itens patrimoniais diversos, julgue o item subsequente.

18. (CEBRASPE/Analista/STM/2018) Os financiamentos obtidos no BNDES, com juros abaixo dos padrões
do mercado, têm de ser ajustados a valor presente com base na média das taxas do mercado de dívidas
de longo prazo.

19. (FGV/ALE-RO/Assistente Legislativo - Técnico em Contabilidade/2018) Algumas contas classificadas


como “Contas a receber” devem ter seu montante ajustado a valor presente.
Assinale a opção que indica o(s) critério(s) para ajuste a valor presente.
a) O ativo deve ser de curto prazo.
b) O ativo deve ser de longo prazo.

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c) O ativo deve causar efeito relevante.


d) O ativo deve ser de longo prazo com efeito relevante ou de curto prazo.
e) O ativo deve ser de curto prazo com efeito relevante ou de longo prazo.

20. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Profissional Júnior - Ciências Contábeis/2018) A companhia Y realizou a


venda de um equipamento de seu ativo imobilizado em 2/fev/2018, para receber em 5 parcelas iguais e
sucessivas.
Considerando a necessidade de atender às determinações normativas, no que se refere ao ajuste a valor
presente, a companhia Y elaborou a seguinte planilha com as informações da venda realizada:

Considerando os aspectos técnico-conceituais do ajuste a valor presente, a companhia Y deve reconhecer,


no próprio dia da venda, o valor da receita da venda.
Tal valor, em reais, foi de
a) 28.654,05
b) 98.033,22
c) 100.000,00
d) 471.345,95
e) 500.000,00
21. (FCC/Prefeitura de São Luís/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2018) Em 31/12/2016, uma
empresa realizou vendas totais no valor de R$ 1.075.000,00, sendo que R$ 500.000,00 foram vendidos à
vista e o saldo remanescente será recebido integralmente após 15 meses. A empresa praticava a taxa de
juros de 11,83% ao ano para as suas vendas a prazo, que equivale a uma taxa de 15% no prazo de 15 meses.
Em relação às vendas efetuadas em 31/12/2016, a empresa reconheceu Receita de Vendas no valor de
(A) R$ 1.075.000,00 no resultado do ano de 2016, apenas.
(B) R$ 500.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita de Vendas no valor de R$ 575.000,00 no resultado
do ano de 2017.
(C) R$ 1.000.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita Financeira no valor de R$ 59.150,00 no resultado
do ano de 2017.
(D) R$ 537.500,00 no resultado do ano de 2016 e Receita de Vendas no valor de R$ 537.500,00 no resultado
do ano de 2017.
(E) R$ 1.000.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 75.000,00, ambas no resultado do ano de 2016.

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22. (FCC/Analista/DPE AM/2018) A Cia. Fantástica possuía em seu estoque um lote de mercadoria e, em
01/12/2016, vendeu 60% desse lote por R$ 650.000,00 para ser recebido em 30/03/2018. Sabe-se que se
o cliente tivesse adquirido as mercadorias à vista teria pago R$ 554.333,00, que não há incidência de
qualquer tributo na compra nem na venda das mercadorias e que a taxa de juros cobrada pela empresa
foi 1% ao mês.
Com base nestas informações, a Cia. Fantástica reconheceu na Demonstração do Resultado de 2016, Receita
de vendas no valor de
a) R$ 554.333,00 e Receita financeira no valor de R$ 95.667,00.
b) R$ 650.000,00 e Despesa financeira no valor de R$ 95.667,00.
c) R$ 554.333,00 e Receita financeira no valor de R$ 5.543,33.
d) R$ 650.000,00, apenas.
e) R$ 554.333,00, apenas.

23. (FCCARTESP/Especialista em Regulação/2017) A Cia. Rapidinha realizou as seguintes vendas de


mercadorias, em 01/12/2016:
− Vendas à vista: R$ 1.500.000,00.
− Vendas realizadas no longo prazo: R$ 1.608.437,25 (valor nominal).
A taxa de juros efetiva praticada pela Cia. nas vendas a prazo foi 2% ao mês e o valor presente da venda
realizada a prazo, na data da venda, era R$ 1.000.000,00.
Com base nestas informações, a Cia. Rapidinha reconheceu
(A) R$ 3.108.437,25 como Receita de Vendas, em 01/12/2016.
(B) R$ 2.500.000,00 como Receita de Vendas, em 01/12/2016, e Receita Financeira de R$ 608.437,25, em
31/12/2016.
(C) R$ 2.500.000,00 como Receita de Vendas, em 01/12/2016, e Receita Financeira de R$ 50.000,00, em
31/12/2016.
(D) R$ 3.108.437,25 como Receita de Vendas e Receita Financeira a Apropriar de R$ 608.437,25, em
01/12/2016.
(E) R$ 2.500.000,00 como Receita de Vendas, em 01/12/2016.

24. (FCC/ARTESP/Técnico em Regulação/2017) A Cia. de Concessões realizou, em 05/01/2017, uma venda


no valor de R$ 1.200.000,00, cujo valor será recebido integralmente em 31/01/2019. Sabe-se que o prazo,
normalmente, concedido pela empresa é de 50 dias e que, se a venda tivesse sido à vista, seu valor total
seria R$ 980.000,00 (valor presente). Com base nestas informações, no momento da venda, a Cia. de
Concessões reconheceu receita de venda, em reais, de
a) 1.200.000,00.
b) 1.200.000,00 e ajuste a valor presente referente à conta de Clientes no valor de R$ 220.000,00.
c) 980.000,00 e receita financeira no valor de R$ 220.000,00.
d) 1.200.000,00 e despesa financeira no valor de R$ 220.000,00.

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e) 980.000,00.

25. (FCC/TST/Analista Contabilidade/2017) A empresa Enfeites de Natal S.A. realizou, em 31/12/2015, as


seguintes vendas de mercadorias:
− Vendas à vista no valor de R$ 1.500.000,00.
− Vendas a prazo no valor de R$ 1.650.000,00, para ser recebido em 31/12/2016.
Na data da venda, a taxa de juros que estava sendo praticada pela empresa nas vendas a prazo era 10% ao
ano. A empresa deveria reconhecer, exclusivamente em relação às vendas efetuadas em 31/12/2015, receita
de vendas no valor, em R$, de
(A) 3.150.000,00 no resultado do ano de 2015.
(B) 1.500.000,00 no resultado do ano de 2015 e Receita de Vendas no valor de R$ 1.650.000,00 no resultado
do ano de 2016.
(C) 1.575.000,00 no resultado do ano de 2015 e Receita de Vendas no valor de R$ 1.575.000,00 no resultado
do ano de 2016.
(D) 1.500.000,00 no resultado do ano de 2015, Receita de Vendas no valor de R$ 1.500.000,00 no resultado
do ano de 2016 e Receita Financeira no valor de R$ 150.000,00 no resultado do ano de 2016.
(E) 3.000.000,00 no resultado do ano de 2015 e Receita Financeira no valor de R$ 150.000,00 no resultado
do ano de 2016.

26. (Vunesp/Prefeitura de São José do Rio Preto/Auditor Fiscal/2016) A Cia. Comercial Amazonas vendeu
mercadorias a prazo, em 20 prestações iguais e sucessivas de R$ 1.000,00, a primeira vencendo no mês
posterior ao da venda. A companhia usou uma taxa de juros de 1% ao mês para calcular o ajuste a valor
presente desse fluxo de caixa. Sabe-se que o ajuste a valor presente dessa alienação correspondeu a R$
1.950,00. A companhia efetuou corretamente a contabilização dessa transação segundo as normas
brasileiras de contabilidade, lançando o ajuste como conta redutora de recebíveis. Pode-se concluir que
a) o Ativo da companhia aumentou R$ 20.000,00.
b) a companhia auferiu uma receita de vendas de R$ 18.050,00.
c) a conta de Recebíveis foi creditada em R$ 1.950,00.
d) a conta de Ajustes a Valor Presente foi debitada em R$ 20.000,00.
e) o Passivo da companhia foi aumentado em R$ 1.950,00.

Com base no pronunciamento técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item subsequente.

27. (CEBRASPE/CADE/Contador/2014) O desconto a valor presente é requerido no caso de passivos


contratuais, devendo a taxa de desconto considerar o risco de crédito da entidade. Quanto aos passivos
não contratuais, não ocorre a apuração do valor presente apesar do seu registro como provisões futuras.
28. (FGV/DPE RJ/Técnico superior/Ciências Contábeis/2014) Um grupo de pessoas resolveu dar início a
um negócio utilizando a Internet. Os companheiros, agora sócios da mais nova “.com” do território
nacional foram ousados e com menos de 2 anos já haviam realizado I.P.O. na bolsa de valores.

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O nome fantasia escolhido diz tudo sobre a empresa: Doefácil Brasil.


Para construir sua sede, a empresa contou com aporte de recursos do governo no montante de R$ 1,5 mil.
O recurso foi depositado na conta da empresa em uma única parcela, no ato da assinatura do termo de
subvenção. O governo brasileiro entendeu que a atividade da empresa seria benéfica para a economia local
e adicionou uma cláusula condicional ao contrato para estimular o seu crescimento.
Caso não cumpra a decisão, o pagamento do empréstimo acontecerá ao final de 36 meses, em cota única.
Em síntese, caso conseguisse empregar 3 presos condenados pela Justiça ao regime semiaberto no prazo de
1 ano, receberia perdão da dívida. O contrato foi celebrado com taxas de juros de 3% ao mês.
Ocorre que a empresa ainda aguarda a decisão do Juiz sobre a oferta de emprego ao terceiro condenado.
Entretanto, o prazo dado pelo governo para cumprir a condição de geração de empregos venceu ontem.
Assim, sobre os recursos provenientes dessa transação, as demonstrações contábeis da Doefácil, hoje
deveriam reportar
(A) uma nota explicativa informando que seu corpo jurídico aconselhou que o passivo não foi reconhecido
por julgar que ainda é possível o perdão da dívida.
(B) R$ 1,5 mil em seu passivo circulante, mensurado a valor justo.
(C) um passivo não circulante, ajustado ao valor presente.
(D) um ativo imobilizado decorrente da aplicação do montante de R$ 1,5 mil, acompanhado de conta
redutora da respectiva subvenção governamental.
(E) uma perda de R$ 1,5 mil em seu resultado, decorrente do descumprimento da condição colocada para
subvenção governamental.

29. (Vunesp/Urbanismo/Analista Administrativo/2014) No que tange ao ajuste a valor presente – AVP,


conforme previsto no CPC12, ativos e passivos monetários, com juros implícitos ou explícitos embutidos,
devem ser mensurados
a) pelas regras dos ativos e passivos financeiros, considerando ainda a limitação imposta pelos instrumentos
financeiros.
b) pelo seu valor de liquidação, considerando o valor do custo inicial de investimento.
c) pelo seu valor presente, quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo original dentro
da filosofia de valor justo (fair value).
d) pelo seu valor inicial, acrescido dos referidos juros, trazidos a valor de mercado, uma vez que se trata de
fluxo de caixa operacional
e) pelo seu valor corrente, quando do seu reconhecimento inicial e valorização do seu preço de resgate; dos
dois, o menor

30. (VUNESP/SJRP/Auditor Fiscal/2014) A Cia. Comercial Amazonas vendeu mercadorias a prazo, em 20


prestações iguais e sucessivas de R$ 1.000,00, a primeira vencendo no mês posterior ao da venda. A
companhia usou uma taxa de juros de 1% ao mês para calcular o ajuste a valor presente desse fluxo de
caixa. Sabe-se que o ajuste a valor presente dessa alienação correspondeu a R$ 1.950,00. A companhia
efetuou corretamente a contabilização dessa transação segundo as normas brasileiras de contabilidade,
lançando o ajuste como conta redutora de recebíveis. Pode-se concluir que
a) o Ativo da companhia aumentou R$ 20.000,00.

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b) a companhia auferiu uma receita de vendas de R$ 18.050,00.


c) a conta de Recebíveis foi creditada em R$ 1.950,00.
d) a conta de Ajustes a Valor Presente foi debitada em R$ 20.000,00.
e) o Passivo da companhia foi aumentado em R$ 1.950,00.

31. (FCC/TCE GO/ACE/2014) Considerando as normas pertinentes ao ajuste a valor presente, as


características abaixo estão sujeitas à mensuração prevista na norma:
I. a transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa ou outra mutação do
patrimônio líquido, cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação financeira (recebimento ou
pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses elementos.
II. o reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos similares
emprega método de alocação de descontos.
III. o conjunto particular de fluxos de caixa estimados, claramente associado a um ativo ou a um passivo.
Está correto o que se afirma em
A) I, II e III.
B) I, apenas.
C) II, apenas.
D) III, apenas.
E) I e II, apenas.

32. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Profissional Júnior/2014) Considere os dados a seguir para responder à


questão.
Em 5 de janeiro de 2013, uma companhia obteve um financiamento para adquirir um novo equipamento
para seu ativo imobilizado nas seguintes condições:
• Entrada de 200.000,00, no ato da operação, efetuada em cheque.
• 3 parcelas anuais iguais e sucessivas de 200.000,00 cada uma, pactuadas à taxa de 8% ao ano, vencendo a
primeira em 5 de janeiro de 2014.
Concluída a negociação, a companhia elaborou a seguinte planilha da operação realizada:
Vencimento Histórico Valor Original Taxa de desconto Valor Presente
05/01/2013 Entrada R$ 200.000,00 0 R$ 200.000,00
05/01/2014 1ª Parcela R$ 200.000,00 0,9259 R$ 185.180,00
05/01/2015 2ª Parcela R$ 200.000,00 0,8573 R$ 171.460,00
05/01/2016 3ªParcela R$ 200.000,00 0,7938 R$ 158.760,00
Totais R$ 800.000,00 R$ 715.400,00
De acordo com a legislação societária e as normas contábeis vigentes, o registro contábil da operação, feito
pela companhia, no dia da operação, é o seguinte:

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a) D. Equipamentos 715.400,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Contas a Pagar 515.400,00
b) D. Equipamentos 715.400,00
D. Juros a Apropriar (redutora de contas a pagar 69.780,00
D. Juros Passivos (despesa) 14.820,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Contas a Pagar 600.000,00
c) D. Equipamentos 715.400,00
D. Juros a Apropriar (redutora de contas a pagar) 84.600,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Contas a Pagar 600.000,00
d) D. Equipamentos 800.000,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Contas a Pagar 600.000,00
e) D. Equipamentos 800.000,00
C. Bancos c/ Movimento 200.000,00
C. Encargos Financeiros Futuros a Pagar 84.600,00
C. Contas a Pagar 515.400,00

33. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Contabilidade/2013) Uma companhia, ao realizar os devidos cálculos de


ajuste a valor presente do valor de uma Duplicata a Receber classificada no Ativo Não Circulante /
Realizável a Longo prazo, fez as seguintes anotações.
Valor inicial da Duplicata a Receber 15.000,00
Valor da Duplicata ajustada a valor presente 10.800,00
Considerando exclusivamente as informações recebidas e a boa técnica contábil, o registro contábil que a
companhia vai realizar, para reconhecer o valor presente da duplicata a receber, é
a) D Despesa de Ajuste a Valor Presente 4.200,00
C Provisão para Ajuste a Valor Presente 4.200,00
b) D Duplicatas a Receber 4.200,00
C Provisão para Ajuste a Valor Presente 4.200,00
c) D Receita de Financiamento de Vendas 4.200,00
C Provisão para Ajuste a Valor Presente 4.200,00
d) D Despesa de Ajuste a Valor Presente 10.800,00
C Duplicatas a Receber 10.800,00

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e) D Receita de Financiamento de Vendas 10.800,00


C Duplicatas a Receber 10.800,00

34. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP/2013) NÃO é uma conta que deve ser ajustada a valor
presente:
A) Provisão para passivo previdenciário.
B) Contas a receber não circulante, com juros.
C) Contas a pagar não circulante, indexado.
D) Empréstimos concedidos com juros prefixados de longo prazo.
E) Adiantamento em dinheiro para recebimento em bens.

35. (COPS UEL/SEFAZ PR/Auditor Fiscal/2012) À luz do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, os ativos
e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos, quando do seu reconhecimento
==a81bb==

inicial, devem ser mensurados pelo seu valor


a) de compra.
b) de mercado.
c) de venda.
d) justo.
e) presente.

36. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Contabilidade/2012) Admita para todos os efeitos que uma sociedade


anônima de grande porte, do ramo comercial que compra e vende equipamentos pesados, vendeu a prazo
um desses equipamentos, para recebimento a longo prazo, nas seguintes condições:
• data da venda: 31 de dezembro de 2010
• valor da venda a prazo: R$ 72.450,00
• condições da venda: quitação em uma só parcela ao final de 24 meses
• taxa de juros: 2% ao mês
• taxa de juros para 24 meses: capitalizada a juros compostos 61%
Considerando exclusivamente as informações recebidas, a boa técnica contábil e as determinações vigentes
para a avaliação dos ativos de longo prazo, qual é, em reais, o valor líquido desse direito a receber,
representado pelo saldo contábil evidenciado no Ativo Não Circulante / Ativo Realizável a Longo Prazo /
Duplicatas a Receber, no balanço elaborado na data da operação, em 31 de dezembro de 2010?
a) 27.450,00
b) 28.255,50
c) 44.194,50
d) 45.000,00
e) 71.001,00

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37. (CESGRANRIO/Petrobrás/Contabilidade/2011) Os itens monetários classificados no Ativo,


decorrentes de operações prefixadas, com taxas de juros explícitas, devem ser expressos a valor presente
nas demonstrações contábeis.
No cálculo deste valor presente deve ser utilizada a taxa de juros vigente na data da(o)
a) competência do ativo
b) origem da transação
c) elaboração das demonstrações contábeis
d) vencimento do ativo
e) término da transação.

38. (CESGRANRIO/Transpetro/Tec. Contabilidade/2011) Uma prestadora de serviços, fez a aquisição de


bem intangível que irá trazer-lhe benefícios ao longo dos próximos cinco anos. A transação se deu nas
seguintes condições:
Entrada em dinheiro R$ 10.000,00
Cheque para 20 dias R$ 15.000,00
30 parcelas no valor de R$ 700,00 cada parcela R$ 21.000,00
Valor presente das parcelas futuras R$ 18.000,00
Desconsiderando-se a incidência de qualquer tipo de imposto, o valor a ser contabilizado pela prestadora de
serviços, no ativo intangível, em reais, é
(A) 25.000,00
(B) 28.000,00
(C) 33.000,00
(D) 43.000,00
(E) 46.000,00

70 e Lucian
SEFAZ-MG (Auditor Fiscal - área Auditoria e Fiscalização) Contabilidade Avançada - 2022 (Pós-Edital) (Prof Julio
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Braz Sidrim Nogueira
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 11

GABARITO
1 C 20 D
2 B 21 C
3 C 22 C
4 E 23 E
5 ERRADO 24 E
6 CERTO 25 E
7 A 26 B
8 C 27 ERRADO
9 C 28 C
10 D 29 C
11 CERTO 30 B
12 CERTO 31 A
13 ERRADO 32 C
14 E 33 A
15 B 34 E
16 D 35 E
17 CERTO 36 D
18 ERRADO 37 B
19 E 38 D

71 e Lucian
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Braz Sidrim Nogueira

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