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Aula 02

Contabilidade de Custos p/ SEFAZ-MG


(Auditor Fiscal) - 2021 - Pré-Edital

Autor:

Aula 02

25 de Janeiro de 2021

62693379253 - cicero dantas dos santos filho


Aula 02

Sumário

1. Custeio E Controle Dos Materiais Diretos: Custo De Aquisição, Inventários, Critérios De Avaliação E
Identificação Do Consumo De Materiais E Tratamento Das Perdas. ................................................................. 4

1.1 - Definição .................................................................................................................................................................... 4

2. Materiais Diretos – Custo de Aquisição .................................................................................................................. 7

2.1 - Regra Geral.............................................................................................................................................................. 7

- Devoluções.................................................................................................................................................................... 8

- Descontos Comerciais Ou Incondicionais................................................................................................................. 9

- Descontos Incondicionais e o IPI............................................................................................................................. 10


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- Abatimento ................................................................................................................................................................ 13

- Tratamento dos Gastos de Fretes e Armazenagem ......................................................................................... 13

- Impostos Recuperáveis ............................................................................................................................................ 15

2.2 - Compra De Matéria Prima ................................................................................................................................. 21

2.3 - Compra De Ativo Imobilizado ............................................................................................................................ 23

2.4 - Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Indústria) ............................................... 25

2.5 - Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Empresa Comercial) ............................ 26

2.6 - Tratamento Das Perdas ....................................................................................................................................... 28

3. Custeio, Controle E Tratamento Contábil Da Mão De Obra Direta E Indireta. .......................................... 29

3.1 – Definição ................................................................................................................................................................ 29

3.2 – Custo da Mão de Obra ...................................................................................................................................... 29

- Apuração do Custo da Mão de Obra ................................................................................................................. 29

- Encargos Sociais ....................................................................................................................................................... 29

- Provisão Para Pagamento De Férias ................................................................................................................... 31

- Provisão Para Pagamento De 13º Salário ......................................................................................................... 33

4. Custos Indiretos.......................................................................................................................................................... 33

4.1 - Definição E Critérios De Rateio .......................................................................................................................... 33

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- Esquema Básico Da Contabilidade De Custos .................................................................................................... 33

4.2 - Critérios De Rateio Dos Custos Indiretos ........................................................................................................... 36

5. Departamentalização .............................................................................................................................................. 37

6. Aplicação Dos Custos Indiretos De Produção ...................................................................................................... 38

7. Sistemas De Acumulação De Custos: Por Ordem E Por Processo..................................................................... 39

7.1 – Formas De Produção............................................................................................................................................ 39

– Produção por ordem .............................................................................................................................................. 39

– Tratamento Contábil ............................................................................................................................................... 39

– Encomendas De Longo Prazo De Execução........................................................................................................ 40

- Tratamento Do Custo De Empréstimos Destinados A Financiar Estoque Na Produção Por Ordem. ........ 42

- Produção Contínua................................................................................................................................................... 44

– Tratamento Contábil ............................................................................................................................................... 44

8. Questões Comentadas ............................................................................................................................................. 45

9. Lista de Questões...................................................................................................................................................... 73

10. Gabarito .................................................................................................................................................................... 84

11. Resumo ........................................................................................................................................................................ 85

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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Olá, meus amigos. Como estão?!

É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos , para mais uma aula de
Contabilidade de Custos.

Na aula de hoje trataremos dos seguintes tópicos: “Custeio e controle dos materiais diretos.
Custeio, controle, tratamento contábil da mão de obra direta e indireta.”.

Esperamos que estejam gostando das aulas.

O fórum de dúvidas está em pleno funcionamento, vamos usá-lo!

Está ok?! É isso! Vamos começar a nossa batalha?!

Forte abraço!

Luciano Rosa/Julio Cardozo

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1. CUSTEIO E CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS: CUSTO


DE AQUISIÇÃO, INVENTÁRIOS, CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
E IDENTIFICAÇÃO DO CONSUMO DE MATERIAIS E
TRATAMENTO DAS PERDAS.

1.1 - Definição

Já mencionamos, anteriormente, a definição de custo direto e custo indireto:

Custos diretos : Podem ser diretamente apropriados aos produtos. 1

Exemplo : matéria-prima, mão de obra direta, embalagens etc.

Custos indiretos : Não podem ser diretamente apropriados aos produtos. A sua alocação é feita
de maneira estimada e muitas vezes arbitrária .1

Exemplo : Aluguel da fábrica, supervisão, chefia etc.

Vamos expandir um pouco esses conceitos.

A primeira coisa que devemos ter em mente é que custo direto não é o mesmo que custo
variável ; e custo indireto não é sinônimo de custo fixo .

Atenção! Custo direto não é sinônimo de custo variável.

Atenção! Custo indireto não é sinônimo de custo fixo.

A classificação custo direto ou custo indireto refere-se à identificação do custo com o produto
elaborado. Os custos que podem ser atribuídos diretamente a um produto são os custos diretos.
Já aqueles que necessitam de um critério de rateio para serem alocados aos produtos são os
custos indiretos.

A classificação entre custos fixos e variáveis refere-se à variação dos custos em relação à variação
da quantidade produzida.

Então, vamos esquematizar?

1 (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”.)

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Diretamente
Direto atribuíveis a um
produto

Necessitam de
Indireto
rateio

Custo Não varia em


relação à
Fixo
quantidade
produzida

Varia em relação
Variável à quantidae
produzida

Assim, um custo fixo pode ser direto ou indireto . O mesmo ocorre com os custos variáveis . São
duas classificações separadas, com finalidades distintas, e não há relação entre elas. Ou seja,
embora os custos fixos sejam em sua maioria custo indiretos, pode haver custo fixo direto. Com
os custos variáveis ocorre o mesmo. Repetimos, são classificações separadas.

Para tornar mais clara a distinção entre custo direto e indireto, vamos reproduzir um exemplo que
consta no livro “Contabilidade de Custos”, do Prof. Eliseu Martins:

“Suponhamos que os seguintes Custos de Produção de determinado período precisem ser


alocados aos quatro diferentes produtos elaborados pela empresa:

Matéria-prima 2.500.000
Embalagens 600.000
Material de consumo 100.000
Mão-de-obra 1.000.000
Salário da Supervisão 400.000
Depreciação das Máquinas 300.000
Energia Elétrica 500.000
Aluguel do Prédio 200.000
Total 5.600.000

O responsável por custos faz os levantamentos e análises necessárias e verificou o seguinte:

Matéria-prima e embalagens : podem ser apropriadas perfeita e diretamente aos quatro


produtos, já que foi possível identificar quanto cada um consumiu.1

Material de consumo : Alguns são lubrificantes de máquinas, e não há como associá-los a cada
produto diretamente, e outros são de tão pequeno valor que ninguém se preocupou em associá-
los a cada produto.1

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Mão-de-obra : é possível associar parte dela diretamente com cada produto, pois o processo não
é muito automatizado e houve uma medição de quanto cada operário trabalhou em cada um e
quanto custa cada operário para a empresa. Mas parte dela refere-se aos chefes de equipe de
produção, e não há possibilidade de se verificar quanto atribuir diretamente aos produtos
($200.000 dos $1.000.000).1

Salários da Supervisão : muito mais difícil de ainda de se alocar por meio de uma verificação direta
e objetiva do que a mão-de-obra dos chefes de equipe de produção, já que essa supervisão é a
geral da produção. Representa esse custo o gasto da supervisão dos chefes de equipes e, por isso
mesmo, muito mais difícil é a alocação aos produtos.1

Depreciação das máquinas : a empresa deprecia linearmente em valores iguais por período, e não
por produto. Haveria possibilidade de apropriar diretamente a cada produto se a depreciação
fosse contabilizada de outra forma.1

Energia Elétrica : parte dela é possível alocar a três dos quatro produtos, já que a máquina que
mais consome força possui um medidor próprio, e a empresa faz verificações de quanto consome
cada item elaborado. Porém, o resto da energia só é medido globalmente, e não há forma direta
de alocação ($350.000 são alocáveis e $150.000 não).1

Aluguel do prédio : impossível de se medir diretamente quanto pertence a cada produto.”1

Verificamos que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos produtos. São os custos
diretos com relação aos produtos.

Em outros casos, não há uma medida objetiva, e a alocação tem que ser feita de maneira estimada
e muitas vezes arbitrária. São os custos indiretos com relação aos produtos.

É importante ressaltar que a classificação entre custos diretos e indiretos relacionada acima vale
para as condições descritas. Ou seja, para uma empresa a depreciação pode ser um custo
indireto e para outra pode ser um custo direto . Há que se verificar o que diz a questão.

Alguns custos são irrelevantes e, embora pudessem ser apropriados diretamente (como no caso
de material de consumo, neste exemplo), recebem um tratamento de custo indireto. A relação
“custo-benefício” não justifica um tratamento mais detalhado para custos irrelevantes.

Lembramos que não há um valor objetivo para que um custo seja considerado relevante ou
irrelevante. Segundo o CPC 00 – Procedimento Conceitual Básico, do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas
decisões que possam ser tomadas pelos usuários .

Alguns custos, como a depreciação, poderiam ser apropriados de forma direta, mas, pela própria
natureza do custo, muitas vezes não é considerado útil esse procedimento.

E, finalmente, alguns custos, como a energia elétrica, embora possam ser relevantes, não são
tratados como diretos, já que seria necessário um sistema de mensuração da quantidade aplicada
em cada produto. Devido ao custo desse sistema, ou por ser de difícil aplicação, ou ainda por não
ser muito diferente o valor assim obtido daquele que se calcularia com base na potência de cada
máquina e no volume de sua utilização, prefere-se fazer a apropriação de forma indireta.

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Sempre que é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou quando há o
uso de estimativas ao invés de medição direta, fica caracterizado o custo indireto .

Assim, o rol dos custos indiretos inclui custos indiretos propriamente ditos e custos diretos (por
natureza), mas que são tratados como indiretos em função de sua irrelevância ou da
dificuldade de sua medição .

Com respeito especificamente à mão-de-obra, o Prof. Eliseu Martins ressalta que a mão de obra
direta é aquela que diz respeito ao gasto com pessoal que trabalha e atua diretamente sobre o
produto que está sendo elaborado; a mão de obra indireta é a relativa ao pessoal de chefia,
supervisão ou outras atividades que, apesar de vinculadas à produção, não tem aplicação direta
sobre o produto: manutenção, programação e controle da produção, etc.

2. MATERIAIS DIRETOS – CUSTO DE AQUISIÇÃO

2.1 - Regra Geral

Regra geral: Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições


de uso (equipamentos, matérias-primas, ferramentas etc.) ou em condições de
venda (mercadoria etc.) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op
cit.)

Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

Custos do estoque

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de


transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua
condição e localização atuais.

Custos de aquisição

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco),
bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente
atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos
comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na
determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada pela Revisão CPC
nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).

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Atenção! Os tributos recuperáveis são:

A) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não
cumulativa)
B) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)

3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.

As devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de


aquisição. Já iremos explicar a diferença entre devolução e abatimentos.

Fique Atento! Algumas considerações importantes!

1) ICMS sobre frete : para a contabilidade, só destacamos ICMS sobre frete se a questão
mencionar expressamente. Do contrário, não. Não é um aspecto muito usual em questões de
contabilidade, somente em questões de legislação tributária do ICMS.

2) Há diferença no tratamento contábil se o transporte for do fornecedor ou de


transportadora?

Não. O frete sobre compras entra no custo do produto transportado, seja por transportadora ou
pelo fornecedor.

3) Qual o lançamento correto relativo à parte que acerta o frete na devolução de mercadorias?

O frete referente às unidades devolvidas deve ser retirado do estoque e vai para o resultado,
como despesa.

O lançamento é o seguinte:

D – Despesa com frete (Resultado)


C - Estoque

4) Este raciocínio vale também para despesas de manuseio, seguros, já que o CPC 16 dá a elas
o mesmo tratamento?

Sim. Do contrário, a empresa ficaria com o estoque maior indevidamente.

- Devoluções

A nota fiscal de devolução deve ser um espelho da nota fiscal de venda, incluindo todos os itens
que nela aparecem.

Exemplo: vamos supor que a empresa KLS vendeu 10 unidades do produto X pelo preço unitário
de $100, com IPI de 10% e ICMS de 18%. Além disso, concedeu um desconto comercial, que
constou na Nota Fiscal, de 20%.

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A nota fiscal de venda fica assim:

10 unidades x preço unitário 100 1.000,00


(-) Desconto comercial concedido (200,00)
IPI: ($ 1.000 x 10%) 100,00
ICMS ($ 800,00 x 18%) 144,00
Valor total da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 – desconto 200 = $900,00

A empresa compradora devolve duas unidades. A nota fiscal de devolução ficará assim:

2 unidades x preço unitário 100 200,00


(-) Desconto comercial concedido (40,00)
IPI: ($ 200 x 10%) 20,00
ICMS ($ 160,00 x 18%) 28,80

Valor total da nota fiscal de devolução:

Valor mercadoria 200 + IPI 20 – desconto 40 = $180,00

Repare que o total da NF de devolução corresponde a 20% do valor total da NF de venda, o que
está de acordo com a quantidade devolvida (2 unidades de uma venda de 10 unidade).

SE na NF de venda constar desconto incondicional ou comercial, na NF de devolução também


deve constar.

Entretanto, se constar frete na NF de vendas e houver devolução parcial, o frete das unidades
devolvidas deve sair do estoque, sendo transferido para o resultado, como despesa do exercício.

- Descontos Comerciais Ou Incondicionais

São aqueles que são negociados no momento da compra, sem nenhuma condição . Exemplo:
determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na negociação, acaba saindo por 95
reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto
deve ser deduzido do custo do produto. Além disso, quando constar na nota fiscal, o desconto
incondicional é abatido da base de cálculo do ICMS, do PIS/COFINS e do IPI.

Já que falamos em descontos, vamos mencionar também o desconto financeiro ou condicional .


Ocorre quando o vendedor oferece um desconto para antecipar o pagamento. Por exemplo, numa
determinada venda, com vencimento em 30 dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 2%
para pagamento em 15 dias.

Esse tipo de desconto é contabilizado como Receita Financeira, para o comprador, e não afeta o
custo do estoque.

Voltando ao Desconto Comercial ou Incondicional: um adendo.

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- Descontos Incondicionais e o IPI

Falaremos sobre a incidência do IPI sobre os descontos condicionais e incondicionais.

O professor Ricardo Vale, em artigo publicado no Estratégia Concursos, nos esclareceu:

Nós sabemos que existem dois tipos de descontos: i) os descontos condicionais


(como exemplo, os descontos-fidelidade) e; ii) os descontos incondicionais.

A Lei nº 4.502/64, que trata do IPI, ao dispor sobre a base de cálculo desse tributo,
estabelece que “não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos,
diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que
incondicionalmente”. (Art. 14, § 2º). Em outras palavras, a Lei estabelece que
nenhum dos tipos de descontos (condicionais ou incondicionais) pode ser abatido
da base de cálculo do IPI.

Pois bem, o STF reconheceu a inconstitucionalidade parcial desse dispositivo,


estabelecendo que os descontos incondicionais não integram a base de cálculo
do IPI (ou seja, devem ser abatidos do valor da operação).

Link:https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/questao-garantida
proximo-concurso-da-receita-federal/

Em 2017, o Senado Federal suspendeu a cobrança do IPI sobre os descontos incondicionais, por
meio da Resolução 01/2017:

O Senado Federal

Resolve:

Art. 1º É suspensa , nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a


execução do § 2º do art. 14 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, com a
redação conferida pelo art. 15 da Lei nº 7.798, de 10 de julho de 1989, declarado
inconstitucional por decisão definitiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal
nos autos do Recurso Extraordinário nº 567.935, apenas quanto à previsão de
inclusão dos descontos incondicionais na base de cálculo do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI).

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 8 de março de 2017

Portanto, ficamos assim:

As questões anteriores à resolução do Senado Federal consideravam que o IPI incidia sobre os
descontos incondicionais;

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Exemplo do cálculo anterior: determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na
negociação, acaba saindo por 95 reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar
a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto. Além disso, até esse
entendimento do STF, quando constava na nota fiscal, o desconto incondicional era abatido
da base de cálculo do ICMS e do PIS/COFINS, mas não da base de cálculo do IPI .

Exemplo: A empresa KLS vendeu produtos no valor de $10.000, e concedeu um desconto


incondicional de $ 500, com IPI de 10% e ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.

Nota fiscal:
Valor da mercadoria 10.000
(-) Desconto concedido (500)
Cálculo do IPI: 10.000 x 10% = 1.000,00
Cálculo do ICMS: 9.500 x 18% = 1.710,00
Cálculo do PIS: 9.500 x 1,65 % = 156,75
Cálculo do COFINS: 9.500 x 7,6% = 722,00
Valor total da NF: 10.000 + 1.000 - 500 = 10.500

Como se observa, o desconto incondicional ou desconto comercial não era abatido da base de
cálculo do IPI , mas era abatido da base de cálculo do ICMS, e também do PIS e COFINS. Este
entendimento, agora, conforme o STF e a resolução do Senado Federal, deverá ser diverso. O
desconto incondicional deverá ser descontado também para o IPI.

Assim, atualmente, o cálculo fica assim: a empresa KLS vendeu produtos no valor de $ 10.000, e
concedeu um desconto incondicional de $ 500, com IPI de 10% e ICMS de 18%, PIS de 1,65% e
COFINS de 7,6%.

Nota fiscal:
Valor da mercadoria 10.000
(-) Desconto concedido (500)
Cálculo do IPI: 9.500 x 10% = 950,00
Cálculo do ICMS: 9.500 x 18% = 1.710,00
Cálculo do PIS: 9.500 x 1,65 % = 156,75
Cálculo do COFINS: 9.500 x 7,6% = 722,00
Valor total da NF: 10.000 + 950 - 500 = 10.450

Além disso, temos de lembrar uma diferença basilar no que tange ao ICMS e ao IPI. Ambos são
impostos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar do imposto cobrado nas operações
anteriores.

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto por fora, o que significa que não está
incluído no preço do produto. Portanto, deve ser acrescentado ao preço. Normalmente, a questão
informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI.

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ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: É um imposto por dentro , ou seja,
já está incluído no preço da mercadoria ou produto. Possui várias alíquotas, sendo que
normalmente a questão informa qual deve ser utilizada.

O IPI aparece na demonstração do resultado do exercício do seguinte modo:

Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)


(-) IPI sobre faturamento bruto
Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta
(-) Deduções da receita bruta
Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est. final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com mercadorias

(...) E a demonstração continua, mas não reproduziremos aqui, pois não vem ao caso.

Vejam que de acordo com a demonstração acima, o IPI incide sobre o valor total da operação, o
que inclui os descontos, mesmo que concedidos no momento da venda.

A legislação que estabelece a base de cálculo do IPI (Lei nº 4.502/64) prescreve:

Art. 14. II - quanto aos produtos nacionais, o valor total da operação de que
decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.
(Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989)

§ 1º. O valor da operação compreende o preço do produto, acrescido do valor do


frete e das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte
ao comprador ou destinatário. (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989)

§ 2º. Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, diferenças ou


abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicionalmente.
(Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989)

Mas, Julio/Luciano, e para provas de contabilidade?

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Bem, as bancas às vezes demoram para utilizar as “novidades” nas questões, ou seja, podem
continuar com o sistema de cálculo antigo, sem abater o desconto incondicional da base de cálculo
do IPI.

Assim, devemos ficar atentos a esse ponto.

Tente calcular conforme a posição atual. Se houver resposta, maravilha!

Se não houver resposta para o cálculo atual, tente o antigo (considerando que o IPI incide sobre
o desconto comercial ou incondicional).

E, finalmente, se houver resposta para os dois cálculos, use o atual, conforme a resolução do
senado federal.

- Abatimento

O abatimento ocorre num momento posterior à compra . Por exemplo, uma loja fecha um pedido
de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que
foi pedido. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria não
seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar
impostos ou outros custos).

- Tratamento dos Gastos de Fretes e Armazenagem

Fretes : Já mencionamos que o frete sobre compras integra o custo da matéria prima.

Mas vale ressaltar o seguinte ponto: o frete sobre as vendas da empresa (ou seja, o valor gasto
para enviar os produtos acabados aos clientes) deve ser tratado como despesa.

Esquematizemos:

Compras Custo

Frete

Vendas Despesa

Armazenagem: Com relação à armazenagem, ocorre a mesma distinção. Quando a empresa


compra matéria prima, pode ser necessário armazená-la por algum tempo, antes de utilizá-la na
produção.

Tais gastos com armazenagem são incluídos no custo da produção.

Mas, quando uma empresa adquire mercadoria, os gastos com armazenagem são considerados
despesas. Pois a mercadoria já está pronta, já foi produzida.

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Lembra-se da regra geral?

Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso


(equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc.) ou em condições de venda
(mercadoria, etc.) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op.cit.)

As mercadorias adquiridas já estão em condição de venda, quando chegam à empresa. O


tempo de estocagem não ocorre para colocá-las em condições de venda. Portanto, tais gastos
vão para a despesa. O mesmo ocorre com os produtos acabados. Sua armazenagem é despesa,
e não custo.

Esquematizemos:

Matéria - Prima Custo

Armazenagem
Mercadoria
Despesa
acabada

Agora, dois quesitos:

(TCE – AP/2012 – ADAPTADA) Compõe o custo dos estoques:


Gastos de armazenagem de produtos acabados, em decorrência de parada de exportações por
greve nos portos.
Comentários:
Errado, já que gastos com armazenagem de produtos acabados são classificados como Despesa.
(PC/PE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/2016) Os itens que podem ser reconhecidos como
custo dos estoques incluem:
a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu deslocamento até a área produtiva.
b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de produtos em processamento.
c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de compra de matérias-primas
industrializáveis.
d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados comercializados.
e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias primas a prazo.
Comentários:
Vamos lá!
a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu deslocamento até a área
produtiva.
Não é custo do estoque. Trata-se de perda anormal e, portanto, deverá ir para despesa no
resultado.

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b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de produtos em


processamento .
Com relação à armazenagem, ocorre a seguinte distinção: quando a empresa compra matéria
prima, pode ser necessário armazená-la por algum tempo, antes de utilizá-la na produção. Tais
gastos com armazenagem são incluídos no custo da produção .
Gabarito!
c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de compra de matérias-primas
industrializáveis .
Como se trata se atividade administrativa, não é considerado custo, mas sim despesa.
d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados comercializados.
O frete sobre venda é considerado despesa.
e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias primas a prazo .
18. A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A
negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por exemplo, uma
diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago; essa
diferença deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento.
O gabarito é letra b.

Vamos falar sobre os impostos recuperáveis?

- Impostos Recuperáveis

São os tributos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar (no sentido jurídico) do
imposto cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS e o COFINS.

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto “por fora” , o que significa que não
está incluído no preço do produto. Portanto, deve ser acrescentado ao preço . Normalmente, a
questão informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI. Então, portanto, a
questão vai dizer: o preço de venda foi R$ 100,00 e o IPI tem alíquota de 10%. O total será de R$
110,00, correspondente ao preço da mercadoria + IPI, que é por fora.

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: é um imposto “por dentro” , ou seja,
já está incluso no preço da mercadoria ou produto . Possui várias alíquotas, sendo que
normalmente a questão informa qual deve ser utilizada.

PIS – Programa de Integração Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades
cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

Cumulativa: 0,65 %
Não-cumulativa: 1,65 %

COFINS – Contribuição para a Seguridade Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas
modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

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Cumulativa: 3,0 %
Não-cumulativa: 7,6 %

Observação : como estamos interessados nos aspectos contábeis, não entraremos


em maiores detalhes sobre os tributos, os quais podem ser estudados em Direito
Tributário.

A seguir, um quadro resumo dos tributos:

Imposto por Já está incluso


ICMS
dentro no preço

Cumulativo 0,65%
Tributo por
PIS
dentro
Não cumulativo 1,65%

Cumulativo 3,0%
Tributo por
COFINS
dentro
Não cumulativo 7,6%

Deve ser
Imposto por
IPI incluido no
fora
preço

Impostos “por dentro” e “por fora” . Vamos detalhar a forma de cálculo do IPI (por fora) e do
ICMS (por dentro).

Normalmente, as questões informam o “preço da mercadoria” ou o “preço da compra”. O preço


inclui o ICMS (imposto “por dentro”), mas não inclui o IPI (imposto “por fora”).

Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de $1.000 reais, com incidência
de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização.

Cálculo do imposto:

IPI: 1.000 x 10% = 100. Como o IPI não está incluído no preço, deve ser somado.

Valor da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 = $ 1.100

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ICMS: 1.000 x 18% = 180

Contabilização (considerando que os dois impostos são recuperáveis):

D – Estoque matéria prima 820


D – ICMS a recuperar 180
D – IPI a recuperar 100
C – Fornecedores 1.100

Razonetes:

Estoque de MP ICMS a recuperar IPI a recuperar


820 180 100

Fornecedores
1100

Já mencionamos que o preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI . Mas devemos atentar
para a seguinte “pegadinha”: se a questão mencionar o “valor da nota fiscal” ou o “valor pago”,
este já inclui o IPI .

Esquematizemos:

Inclui o ICMS e e não inclui o IPI Incluiu o ICMS e o IPI


• Preço da mercadoria, preço da compra • Valor da nota fiscal, valor pago

1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao preço total de R$ 1.000,


com ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da Nota fiscal?

R: O preço inclui o ICMS (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("por fora").

Assim, o total da NF será: 1.000 + 10% de IPI = 1100

2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria pagando o total de 1000, com
ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da Nota fiscal?

R: Se o comprador pagou 1000, este é o valor total da NF, já com 10% de IPI incluso.

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Vamos ver, agora, como fica a contabilização do ICMS.

A empresa KLS comprou mercadorias, no valor de $10.000, as quais foram revendidas por $
15.000. Nas operações de compra e venda, incidiu ICMS à alíquota de 18%. As operações foram
realizadas a vista. Efetue a contabilização das operações, determine o valor do ICMS a Recolher e
apure o lucro bruto.

Comentários:

ICMS sobre as compras: 10.000 x 18% = 1.800


ICMS sobre as vendas: 15.000 x 18% = 2.700

Contabilização da compra da mercadoria:

D – Estoque (Ativo) 8.200


D – ICMS a recuperar (Ativo) 1.800
C – Caixa/bancos (Ativo) 10.000

Razonetes:

Estoques ICMS a recuperar Caixa


8200 1800 10000

Contabilização da venda:

Baixa do estoque:

D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 8.200


C – Estoque (Ativo) 8.200

Razonetes:

Estoques ICMS a recuperar Caixa


8200 8200 1800 10000

CMV
8200

Reconhecimento da Receita:

D – Caixa/bancos (Ativo) 15.000


C – Receita de Vendas (Resultado) 15.000

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Razonetes:

Estoques ICMS a recuperar Caixa


8200 8200 1800 15000 10000

CMV Receita de Vendas


8200 15000

Contabilização do ICMS sobre as vendas:

D – Despesa com ICMS (Resultado) 2.700


C – ICMS a Recolher (Passivo) 2.700

Razonetes:

Estoques ICMS a recuperar Caixa


8200 8200 1800 15000 10000

CMV Receita de Vendas ICMS sobre vendas


8200 15000 2700

ICMS a recolher
2700

Cálculo do ICMS a recolher: devemos confrontar o saldo das duas contas de ICMS (a recuperar x
a recolher). Se a conta ICMS a recuperar for maior, o saldo passa para o próximo mês. Se a conta
ICMS a recolher for maior, a empresa deve recolher a diferença entre as contas. Para isso, vamos
transferir o salda do ativo (ICMS a recuperar) para o passivo (ICMS a recolher).

D – ICMS a recolher (passivo) 1.800


C – ICMS a recuperar (Ativo) 1.800

Após esse lançamento, a conta ICMS a recuperar fica com saldo zero, e a conta ICMS a Recolher
fica com saldo de $2.700 - $1.800 = $900.

Pelo recolhimento:

D – ICMS a Recolher 900


C – Caixa/bancos 900

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Razonetes:

Estoques ICMS a recuperar Caixa


8200 8200 1800 1800 15000 10000
900

CMV Receita de Vendas ICMS sobre vendas


8200 15000 2700

ICMS a recolher
1800 2700
900

Repare que a empresa recolheu ICMS apenas sobre a diferença entre o preço de compra e o preço
de venda. Esse é o mecanismo da não-cumulatividade. O imposto destacado nas operações
anteriores é abatido do valor a recolher.

Apuração do Lucro Bruto:

Receita de vendas bruta 15.000


(-) ICMS sobre vendas (2.700)
Receita líquida 12.300
(-) CMV (8.200)
Lucro Bruto 4.100

As bancas costumam cobrar apenas ICMS e IPI, nas questões sobre compra de matéria-prima e/ou
mercadorias. Mas vamos examinar também a incidência de PIS e COFINS.

Atenção! O Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão de 15.03.2017, decidiu


que o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não integra
a base de cálculo do PIS e da COFINS, no Recurso Extraordinário 574.706, com
repercussão geral reconhecida.

Nesta aula, mostramos os dois cálculos. Normalmente, demora um tempo até que as “novidades”
comecem a ser cobrada pelas bancas.

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2.2 - Compra De Matéria Prima

A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS
de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.

Pessoal, é importante destacar que a apuração dos tributos incidentes na compra possui muitos
detalhes, mas alguns pontos são importantes e queremos destacar:

1. Verifiquem se a operação é feita com empresa comercial ou indústria , pois irá fazer toda
a diferença para sabermos se o tributo é recuperável ou não;
2. Verifiquem também a DESTINAÇÃO da bem adquirido: será utilizado na produção? Vai ser
comercializado? Vai para o Ativo Imobilizado? É para Uso e Consumo? Isso também é
fundamental na apuração dos tributos:

Apuração:

IPI (100.000 x 10%) 10.000


Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

Observação : usaremos sempre esse formato de cálculo. A partir do preço da


mercadoria (segunda linha na tabela), o IPI irá aumentar o valor da nota fiscal (é
“por fora”, lembra?). Por isso, colocamos o cálculo do IPI acima do preço da
mercadoria. Já o ICMS, o PIS e a COFINS estão “dentro” do preço da mercadoria,
assim não afetam o valor total da nota fiscal.

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, por se tratar de matéria-prima, portanto, destinada à produção, o IPI, o ICMS, o
PIS e a COFINS são recuperáveis.

O valor do estoque é: 110.000 – 10.000(IPI) – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque 72.750
D – IPI a recuperar 10.000
D – ICMS a recuperar 18.000
D – PIS a recuperar 1.650
D – COFINS a recuperar 7.600
C – Fornecedores 110.000

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Dica: para retirarmos o “Imposto por fora” (IPI) do valor total da nota fiscal basta pegarmos o
valor da nota fiscal e dividirmos por (1 + alíquota), vejam:

110.000
Valor sem IPI = = 100.000
1,10

MUITO IMPORTANTE!

O Supremo Tribunal Federal entendeu, em 2017, que o ICMS não deve integrar
a base de cálculo do PIS/COFINS , uma vez que não compõe o faturamento da
empresa.

Foi reconhecido repercussão geral no assunto. Para provas de direito, o novo


entendimento já está sendo cobrado de imediato.

Além disso, publicada no site da Receita Federal a Solução de Consulta Interna


Cosit nº 13, de 18 de outubro de 2018, que dispõe sobre os critérios e
procedimentos a serem observados para fins de exclusão do ICMS na base de
cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social (Cofins), no regime cumulativo ou não cumulativo, à luz do
julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706/PR pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).

Enquanto não houver uma manifestação do Senado Federal no sentido de sustar


os dispositivos julgados inconstitucionais pelo Supremo ou quando tivermos um
posicionamento mais claro, acreditamos que deve ser mantido em provas de
contabilidade o procedimento atual, de calcular o valor do PIS/COFINS, em regra,
sobre o valor da receita bruta. Mas vamos demonstrar aqui as duas formas de
cálculo.

Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins


IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (82.000 x 1,65%) 1.353
COFINS (82.000 x 7,6 %) 6.232

Nesse caso, a base de cálculo do PIS e da COFINS é será 82.000, isto é, 100.000 – 18.000 (ICMS).

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2.3 - Compra De Ativo Imobilizado

Exemplo: A empresa LKS adquiriu uma máquina a prazo, para uso na produção, diretamente do
fabricante, com preço de R$ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS
de 7,6%. Determine a contabilização.

Conforme previsão da Constituição Federal, o ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo,
o montante do imposto sobre produtos industrializados , quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato
gerador dos dois impostos.

Atenção! No caso acima, em síntese, ficamos assim. Base de cálculo do ICMS:

- Se a mercadoria foi comprada para industrialização ou comercialização: não inclui


o IPI na BC do ICMS.

- Se a mercadorias foi comprada para consumo/imobilizado: inclui o IPI na BC do


ICMS.

- Uso e consumo não é a mesma coisa do que Imobilizado!!!!!

Esquematizemos:

Industrialização Não inclui o IPI


ou
Comercialização na BC do ICMS
Mercadoria Comprada
Consumo/ Inclui o IPI
Imobilizado na BC do ICMS

Neste caso, com se trata de aquisição de Ativo Imobilizado (não é matéria-prima destinada à
industrialização e nem mercadoria destinada à comercialização, nem uso e consumo ), o IPI será
incluído na base de cálculo do ICMS.

O IPI também será incluído na base de cálculo do PIS e COFINS, para o adquirente .

IPI (100.000 x 10%) 10.000


Preço do Imobilizado (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (110.000 x 18%) 19.800
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360

Vejam que nós somamos o IPI para achar o valor do ICMS e do PIS/COFINS.

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Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI não é recuperável.

O valor do imobilizado é: 110.000 – 19.800 – 1.815 – 8.360 = 80.025

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Imobilizado 80.025
D – ICMS a recuperar 19.800
D – PIS a recuperar 1.815
D – Cofins a recuperar 8.360
C – Fornecedores 110.000

A Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) estabelece que a aquisição de ativo imobilizado também
dá direito aos créditos de ICMS. Mas a compensação deve ser feita em 48 meses, ou seja, o valor
do ICMS na aquisição será compensado na proporção de 1/48 avos por mês.

Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins.


IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (110.000 x 18%) 19.800
PIS (90.200 x 1,65%) 1.488
COFINS (90.200 x 7,6 %) 6.855

Com relação ao PIS e COFINS : as máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de
bens destinados à venda ou na prestação de serviços dão direito ao crédito do PIS e COFINS, na
modalidade não cumulativa.

Para as aquisições ocorridas a partir de julho de 2012, o comprador poderá se creditar


imediatamente do PIS/COFINS.

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2.4 - Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição


De Indústria)

A empresa KLS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com preço de $


100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.

Determine a contabilização.

Neste caso, o IPI não é recuperável . Vejam. Estamos comprando mercadoria de uma indústria
para revender. Como se trata de mercadoria destinada à comercialização, o IPI não entra na
base de cálculo do ICMS .

Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo do PIS e do
COFINS. Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A base de cálculo do ICMS será
diferente da base de cálculo do PIS e COFINS.

Esquematizemos:

IPI não é recuperável

Comprada de Industrial
Compra de Mercadoria IPI não entra
para Revenda na BC do ICMS

IPI entra na BC do
PIS/COFINS
Vamos aos cálculos:

IPI (100.000 x 10%) 10.000


Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI não é recuperável. O ICMS e o PIS/COFINS sim.

O valor do estoque é: 110.000 – 18.000 – 1.815 -8.360 = 81.825

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Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque 81.825
D – ICMS a recuperar 18.000
D – PIS a recuperar 1.815
D – COFINS a recuperar 8.360
C – Fornecedores 110.000

Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins.


IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (92.000 x 1,65%) 1.518
COFINS (92.000 x 7,6 %) 6.992

2.5 - Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição


De Empresa Comercial)

Exemplo: A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com preço de
R$ 100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a contabilização.

Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa vendedora é uma empresa
comercial, não há IPI.

Os cálculos ficam assim:

Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000


ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

Valor da Nota Fiscal: 100.000

Nesse caso, não há IPI. O valor do estoque é: 100.000 – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque 72.750
D – ICMS a recuperar 18.000
D – PIS a recuperar 1.650
D – COFINS a recuperar 7.600
C – Fornecedores 100.000

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Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins.


Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (82.000 x 1,65%) 1.353
COFINS (82.000 x 7,6 %) 6.232

Os cálculos e a contabilização dos impostos normalmente provocam algumas dúvidas.

Mas, com os esquemas que detalhamos acima, ficou mais fácil, não é?

(SEFAZ PE/2015) A empresa Verde & Azul S.A. adquiriu, em 01/12/2014, mercadorias para
serem revendidas aos seus clientes. As mercadorias foram adquiridas à vista por R$
200.000,00, sendo que neste valor estavam incluídos tributos recuperáveis no valor de R$
30.000,00 e tributos não recuperáveis no valor de R$ 23.000,00. Adicionalmente, a empresa
Verde & Azul S.A. contratou e pagou o valor de R$ 8.000,00 pelo transporte destas
mercadorias adquiridas até o seu depósito, sendo que neste valor estavam incluídos tributos
recuperáveis no valor de R$ 1.000,00. Em 30/12/2014, a empresa Verde & Azul S.A. revendeu
todos estes produtos por R$ 420.000,00, à vista, e sobre o valor da venda houve incidência
de impostos no valor de R$ 63.000,00. Com base nestas informações, o lucro bruto apurado
pela empresa em dezembro de 2014 foi, em reais,
A) 220.000,00.
B) 357.000,00.
C) 157.000,00.
D) 180.000,00.
E) 203.000,00.
Comentários:
Este tipo de questão já sabemos resolver. Vamos tirar os tributos recuperáveis, somar o frete, o
seguro, tirar o tributo recuperável do frete, e esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício
(DRE).
Assim:
Mercadoria R$ 200.000,00
(-) Tributos recuperáveis -R$ 30.000,00
Frete (transporte) R$ 8.000,00
Tributos recuperáveis sobre frete -R$ 1.000,00
Total Mercadoria R$ 177.000,00
Agora a DRE:

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Demonstração do Resultado do Exercício


Receita Bruta de Vendas R$ 420.000,00
(-) ICMS sobre vendas -R$ 63.000,00
Receita líquida R$ 357.000,00
Custo Mercadoria Vendida -R$ 177.000,00
Resultado Bruto com mercadoria (Lucro Bruto) R$ 180.000,00
O gabarito é letra d.

2.6 - Tratamento Das Perdas

Já vimos esse assunto na aula anterior, mas não custa recordar: as perdas de material direto na
produção podem ser normais, decorrentes do processo produtivo, ou perdas anormais,
decorrentes de algum fato excepcional.

O tratamento contábil é o seguinte:

a) As perdas normais são apropriadas ao custo do produto . Por exemplo, se uma empresa
usa 1.000 kgs de uma determinada matéria prima e ocorre uma perda de 5% no processo de
produção, o custo dos 1000 kgs será considerado normalmente.
b) As perdas anormais são tratadas como despesa do período , não afetando o custo da
produção. Por exemplo, se ocorre um incêndio e a empresa perde 5.000 kgs do estoque de
matéria prima, não deve incluir o valor desse estoque como custo da produção, e sim como
despesa.

Esquematizemos:

Normais Custo do produto

Perdas

Anormais Despesa na DRE

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3. CUSTEIO, CONTROLE E TRATAMENTO CONTÁBIL DA


MÃO DE OBRA DIRETA E INDIRETA.

3.1 – Definição

Mão de obra direta : É aquela que pode ser apropriada diretamente ao produto.

Mão de obra indireta : Ocorre quando o custo da mão de obra necessita de algum tipo de rateio
ou estimativa, para ser atribuído aos produtos.

Alguns exemplos mais comuns de Mão de obra Direta são: torneiro, prensista, soldador, cortador,
pintor etc. E de Mão de obra indireta: supervisor, encarregado de setor, pessoal da manutenção,
ajudante etc.

A legislação trabalhista brasileira garante um mínimo de 220 horas por mês, mesmo aos operários
contratados por hora. Assim, considerando o total do mês, a folha de pagamento é um gasto fixo
(pelo menos quando não excede as 220 horas, do contrário teremos gastos com horas extras).

Mas o custo da Mão de obra Direta não é um gasto fixo.

Isso ocorre porque só é considerara mão de obra direta a parte relativa ao tempo realmente
utilizado no processo de produção . O tempo que algum operário deixou de trabalhar
diretamente no produto deixa de ser classificado como mão de obra direta. Se houver um nível
normal de ociosidade, devido a fatores como falta de material, de energia, quebra de máquinas
etc., esse tempo não utilizado será transformado em custo indireto para rateio à produção.

Se, por outro lado, ocorrer uma ociosidade anormal, excepcional, será considerada como
perda do período (como no caso de uma grave prolongada) .

3.2 – Custo da Mão de Obra

- Apuração do Custo da Mão de Obra

O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a provisão
de décimo terceiro salário. Mas, naturalmente, para concursos, a questão pode indicar apenas
alguns encargos. Devemos sempre seguir as instruções da questão.

Vamos ver rapidamente o cálculo das provisões de férias e décimo terceiro, e dos encargos sociais.

- Encargos Sociais

Os principais encargos são o INSS e o FGTS .

INSS: Há dois tipos de recolhimentos que as empresas realizam, para o INSS:

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1) INSS retido do funcionário : as empresas descontam dos funcionários a contribuição


previdenciária sobre o salário recebido, e posteriormente repassa o valor para o INSS. Não é
despesa da empresa. Essa parcela do recolhimento ao INSS é devido pelo empregado. A empresa
apenas desconta e repassa. O percentual de desconto varia de 8% a 11%, conforme a faixa salarial
do funcionário. Este valor não é incluído na provisão para férias, pois não é encargo da empresa.

Vamos ver como ficaria a contabilização do pagamento de salário no valor de R$ 1.000,00, com
retenção do INSS de 9%:

D – Despesa de salário 1.000


C – INSS retido a recolher (Passivo) 90
C – Salários a pagar (Passivo) 910

Razonetes:

Despesa de salário INSS retido a recolher Salários a pagar


1.000,00 90,00 910,00

Pelo pagamento do salário:

D – Salário a pagar 910


C – Caixa 910

Razonetes:

Despesa de salário INSS retido a recolher


1.000,00 90,00

Caixa Salários a pagar


910,00 910,00 910,00

Pelo recolhimento do INSS:

D – INSS retido a recolher 90


C – Caixa 90

Razonetes:

Despesa de salário INSS retido a recolher


1.000,00 90,00 90,00

Caixa Salários a pagar


910,00 910,00 910,00
90,00

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Como se observa, o INSS dos funcionários não é despesa para a empresa ; e também não afeta
o valor das despesas de salários (a empresa apenas desconta e repassa, nada mais).

2) INSS patronal : Constitui um encargo da empresa, que deve recolher 20% do valor da folha
salarial ao INSS.

3) FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço): Também é encargo da empresa.


Corresponde a 8% do valor do salário. O FGTS fica depositado numa conta, em nome do
funcionário, e pode ser retirado quando o funcionário é demitido, ou em certos casos: compra de
imóvel, doença etc.

Há ainda outras contribuições, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae, Sesc, Senai, etc.
Algumas são variáveis, como o SAT (seguro de acidente do trabalho), cuja alíquota depende do
grau de risco da atividade.

Mas normalmente as questões informam o percentual de encargos sociais que deve ser
considerado.

Assim, gravemos:

INSS patronal

Encargo da empresa

FGTS

Encargo do trabalhador INSS dos funcionários

- Provisão Para Pagamento De Férias

Entre os direitos dos funcionários, encontra-se o direito às férias, após trabalhar um ano .

Mas, contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por mês , para observar o Princípio da
Competência.

A legislação estabelece que o funcionário tem direito às férias, após um ano de trabalho; se for
demitido antes de um ano, a empresa deve pagar férias proporcionais. Ou seja, o funcionário
demitido após 9 meses de trabalho tem direito a 9/12 do salário, referente às férias proporcionais.

A provisão de férias é dedutível para efeito de Imposto de Renda, e deve ser calculada
individualmente para cada funcionário.

A contagem de dias de férias a que o funcionário tem direito na data do enceramento das
demonstrações financeiras será efetuada da seguinte forma:

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1) Nos casos de períodos completos, após 12 meses de trabalho, o funcionário terá direito a férias
na seguinte proporção:

Até 5 faltas  30 dias corridos


De 6 a 14 faltas  24 dias corridos
De 15 a 23 faltas  18 dias corridos
De 24 a 32 faltas  12 dias corridos
Acima de 32 faltas  Perde o direito às férias.

2) Período incompleto: deverá ser constituída provisão para pagamento das férias proporcionais,
com base em 1/12 avos do salário mais encargos por mês ou fração superior a 14 dias.

Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional de férias (um terço).

Abono de férias: Ao sair de férias, o funcionário tem direito ao Abono de férias, no valor de 1/3
do salário. O abono deve ser somado ao salário, para cálculo dos encargos sociais.

Exemplo: Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e com direito a 10/12
avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos, ficaria assim

Obs.: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, de 8%, como
encargos.

Salário 1.000,00
Base para provisão (10/12 avos) 833,00
Abono de férias (1/3) 277,67
Subtotal 1.110,67
INSS (20%) 222,13
FGTS (8%) 88,85
Total Provisão férias 1.421,65

Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A contabilização, para os
funcionários da produção, entra como custo de mão-de-obra; para os outros funcionários, como
despesa:

Funcionários da produção:

D – Custo de Mão de obra – provisão de férias 1.421,65


C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65

Outros funcionários (escritório)

D – Despesa admin. – provisão de férias (resultado) 1.421,65


C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65

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Observação: A empresa pode contabilizar separadamente cada parcela da provisão de férias


(férias, abono, INSS a Recolher, FGTS a recolher) ou pode contabilizar um valor total e manter um
controle à parte, extra contábil.

- Provisão Para Pagamento De 13º Salário

É semelhante à provisão para férias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salário por mês, mais
encargos.

A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês integral.

A provisão para 13º é contabilizada como custo, para os funcionários da produção; e como
despesa, para os outros funcionários.

Os encargos (INSS e FGTS) também devem ser provisionados.

4. CUSTOS INDIRETOS

4.1 - Definição E Critérios De Rateio

Já definimos custos indiretos como aqueles que não podem ser atribuídos diretamente aos
produtos, necessitando de algum critério de rateio .

É o que vamos agora estudar: os critérios de rateio.

Mas, primeiro, vamos ver o esquema básico da Contabilidade de Custos, para uma visão geral do
processo de custo.

Observação: baseado em exemplo do livro “Contabilidade de Custos”, de Eliseu


Martins.

- Esquema Básico Da Contabilidade De Custos

1) A separação entre Custo e Despesas .

Vamos supor que estes sejam os gastos de determinado período da Empresa X:

Comissões de Vendedores 56.000


Salários de Fábrica 84.000
Matéria prima consumida 240.000
Salários da Administração 90.000
Depreciação na fábrica 42.000
Seguros da fábrica 8.000
Despesas Financeiras 35.000
Honorários da Diretoria 28.000

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Materiais diversos - fábrica 10.000


Energia elétrica - fábrica 60.000
Manutenção - fábrica 50.000
Despesas de entrega 30.000
Correios, telefone, telex 3.000
Material de consumo - Escritório 4.000
Total gastos/abril 740.000

Iniciamos com a separação entre custos e despesas, da seguinte forma:

Custos de Produção
Salários de Fábrica 84.000
Matéria-prima consumida 240.000
Depreciação na fábrica 42.000
Seguros da fábrica 8.000
Materiais diversos - fábrica 10.000
Energia elétrica - fábrica 60.000
Manutenção - fábrica 50.000
Total gastos/abril 494.000

Estes gastos integrarão o Custo dos produtos.

Despesas
Comissões de Vendedores 56.000
Salários da Administração 90.000
Despesas Financeiras 35.000
Honorários da Diretoria 28.000
Despesas de entrega 30.000
Correios, telefone, telex 3.000
Material de consumo - Escritório 4.000
Total de despesas 246.000

As despesas, que não entraram no custo da produção e totalizaram R$246.000,00, serão


contabilizadas diretamente no Resultado do Período, sem serem alocadas aos produtos.

Esquematizemos:

Custos Vão para o custo do produto.

Despesas Vão para o resultado do exercício.


.

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2) A apropriação dos Custos Diretos

Digamos que essa empresa elabore dois produtos diferentes, A e B . O próximo passo consiste
em apropriar os custos diretos aos produtos. Vamos supor que, além da matéria prima, sejam
também custos diretos 50% da mão-de-obra (50% x 84.000) e 60% da energia elétrica (60% x
60.000).

Através de controles e apontamentos, a empresa identifica os seguintes valores para o custo direto
dos produtos:

Custos de Produção Produto A Produto B TOTAL


Salários de Fábrica 30.000 12.000 42.000
Matéria prima consumida 150.000 90.000 240.000
Energia elétrica - fábrica 20.000 16.000 36.000
TOTAL 200.000 118.000 318.000

3) A apropriação dos Custos Indiretos.

Agora, sobraram os custos indiretos:

Custos Indiretos
Salários de Fábrica - indiretos 42.000
Depreciação na fábrica 42.000
Seguros da fábrica 8.000
Materiais diversos - fábrica 10.000
Energia elétrica - fábrica - indir. 24.000
Manutenção - fábrica 50.000
Total gastos/abril 176.000

Quando os custos diretos são maiores que os custos indiretos, uma forma simplista de rateio é
atribuir os custos indiretos proporcionalmente ao que cada produto já recebeu de custos diretos.

Esse critério é usado principalmente quando os custos indiretos são bem menores que os custos
diretos.

Mas há outros critérios, mais sofisticados:

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4.2 - Critérios De Rateio Dos Custos Indiretos

Salários de Fabrica – indireto: pode ser rateado pelo número de funcionários diretos que
trabalham em cada produto.

Manutenção – fábrica : pelo número de horas/máquinas usadas na produção de cada produto.

Depreciação : pela quantidade de horas/máquinas usadas por cada produto.

Aluguel da fábrica : rateado pela área ocupada na produção de cada produto (obs: nesse exemplo,
não incluímos aluguel da fábrica).

Para concursos, a questão deve informar claramente qual será o critério de rateio.

Apenas para finalizar o exemplo, vamos apresentar o quadro completo de apropriação de custos
aos produtos, supondo que as bases de rateio já tenham sido calculadas:

Custos Diretos Produto A Produto B TOTAL


Salários de Fábrica 30.000 12.000 42.000
Matéria-prima consumida 150.000 90.000 240.000
Energia elétrica - fábrica 20.000 16.000 36.000
Subtotal custos diretos 200.000 118.000 318.000
Custos Indiretos Produto A Produto B TOTAL
Salários de Fábrica - indiretos 25.000 17.000 42.000
Depreciação na fábrica 30.000 12.000 42.000
Seguros da fábrica 5.000 3.000 8.000
Materiais diversos - fábrica 5.000 5.000 10.000
Energia elétrica - fábrica - indir. 15.000 9.000 24.000
Manutenção - fábrica 35.000 15.000 50.000
Subtotal custos indiretos 115.000 61.000 176.000
Total dos custos 315.000 179.000 494.000

Portanto, o esquema básico é:

Apropriar os
Separar custos de Apropriar custos custos indiretos,
despesas diretos por um critério de
rateio

Com relação aos critérios de rateio dos custos indiretos, para concursos, fica bem simples. A
banca deve dizer exatamente qual o critério a ser utilizado . Devemos apenas seguir o que a
questão indicar.

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5. DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Departamento é uma unidade administrativa, representada por pessoas e máquinas que
desenvolvem determinada atividade. O Departamento é um centro de custos, ou seja, os custos
indiretos são acumulados no departamento, e depois são atribuídos aos produtos .

Os Departamentos podem ser classificados de duas formas:

a) Departamentos de produção, nos quais ocorre a atividade produtiva propriamente dita: corte,
montagem, acabamento, pintura, forjaria, ou seja, são os departamentos que atuam
diretamente na produção;
b) Departamentos de serviços, que prestam serviços aos departamentos de produção. Exemplo:
manutenção, almoxarifado, Administração Geral da produção, etc.

Normalmente, os custos acumulados nos departamentos de serviços são apropriados aos


departamentos de produção. Assim, com a utilização dos departamentos, o esquema básico de
custos fica assim:

Apropriar custos
Separar custos de Apropriar custos
indiretos aos
despesas diretos
departamentos

Atribuição dos Rateio dos custos


cursos indiretos dos acumulados nos
deptos de deptos de serviços
produção aos aos deptos de
produtos produção

Os custos dos departamentos de serviços podem ser atribuídos aos departamentos produtivos
através de três métodos:

- Método direto: O método direto consiste em atribuir o custo dos departamentos de serviços
diretamente aos departamentos produtivos , ou seja, departamento de serviço não envia custo
para outro departamento de serviço. Só distribui custo aos departamentos produtivos.

- Método recíproco: Há, também, o método recíproco (os custos recíprocos entre os
departamentos são distribuídos). Método trabalhoso, geralmente só resolvido com
processamento de dados.

- Método sequencial: E há também o sequencial (no qual se escolhe uma ordem para os
departamentos e se distribui os custos naquela ordem). No método sequencial, se começarmos,
por exemplo, com o departamento de Controle de Qualidade, este distribui seus custos para os
outros departamentos até zerar os custos de Controle de Qualidade e não recebe mais nada de
transferência de outros departamentos.

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6.APLICAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO


Quando há necessidade de se conhecer o custo de um produto ou de uma ordem durante a sua
execução, deve ser usada a técnica de custos indiretos aplicados . Por essa técnica, ao invés de
esperar pelo encerramento do período para ratear os custos indiretos realmente incorridos, a
empresa utiliza uma previsão dos custos indiretos, os quais são aplicados segundo uma taxa de
aplicação pré determinada .

A diferença entre a taxa estimada e a real deve ser ajustada contabilmente, no fim de cada
período , mediante distribuição aos produtos, aumentando ou diminuindo os seus custos, levando-
os aos valores reais.

(ICMS SP/ Fiscal de Rendas/2006) A Cia. Capricórnio tem planejado para o exercício de 2007
os seguintes dados na área de produção: horas máquinas projetadas anual 240.000,00, MOD
unitária de 22,00, GIF anual projetado 3.600.000,00, GIF unitário projetado de 10,00. A
empresa aplica GIF baseados nas horas máquinas. A taxa de aplicação de GIF para o exercício
de 2007 será:
a) 22,00
b) 21,50
c) 19,00
d) 17,00
e) 15,00
Comentários:
O valor dos Gastos Indiretos de Fabricação projetado para o ano é de R$3.600.000,00. Este valor
será aplicado com base nas horas máquinas, que são projetadas em 240.000 horas anuais.
Taxa de aplicação: R$ 3.600.000 / 240.000 h/m = R$ 15,00
O gabarito é letra e.

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7.SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS:


POR ORDEM E POR PROCESSO

7.1 – Formas De Produção

– Produção por ordem

Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos clientes ou, então, produz
também para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais, não de forma
contínua.

Exemplo : Indústrias pesadas, fabricantes de equipamentos especiais, algumas indústrias de


móveis, empresas de construção civil, gráficas (quando produz especificamente para determinado
cliente).

– Tratamento Contábil

Na produção por ordem, os custos de cada ordem ou encomenda ficam acumulados numa
conta específica.

Essa conta só termina de receber custos quando ocorrer o encerramento da ordem .

Ao término do período contábil, se o produto ainda estiver em processamento, não há


encerramento, permanecendo os custos até então incorridos na forma de bens em elaboração, no
ativo; apenas quando a ordem for encerrada, os custos serão transferidos para estoque de
produtos acabados ou para custos dos produtos vendidos, conforme a situação.

Danificações de Materiais: No caso de perdas normais, há dois procedimentos que podem ser
utilizados:

1) Apropriação à ordem que está sendo elaborada .

A alocação direta à ordem é útil para se conhecer o efetivo resultado de cada uma delas, desde
que seja viável a apropriação direta. Isto ocorre provavelmente na maioria dos casos.

2) Alocação da perda aos custos indiretos, para rateio à produção toda do período .

Caso as danificações nas matérias-primas ocorram, por exemplo, no armazém de estocagem ou


almoxarifado, antes de sua utilização na produção de determinada ordem, então deverá ser
apropriada a todos os produtos do período.

No caso de danificação de ordens inteiras , o procedimento mais correto é a baixa direta para
perdas do período, sem acumulação dos novos custos de reelaboração da ordem, para atender
ao princípio da prudência.

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A seguir, uma questão:

(ICMS SP/AFR/2013) Na Produção por Ordem, quando há danificações de matérias-primas,


durante a elaboração de determinadas ordens, dois procedimentos podem ser utilizados: a
concentração dentro dos Custos Indiretos para rateio à produção toda do período ou a
apropriação
A) aos departamentos de produção.
B) aos departamentos de apoio à produção.
C) à ordem que está sendo elaborada.
D) às unidades operacionais.
E) aos departamentos administrativos.
Comentários :
No caso de perdas normais, há dois procedimentos que podem ser utilizados:
1) Apropriação à ordem que está sendo elaborada.
2) Alocação da perda aos custos indiretos, para rateio à produção toda do período.
O gabarito é letra c.

– Encomendas De Longo Prazo De Execução

A regra geral é que os custos fiquem acumulados numa conta, ocorrendo sua transferência ao
resultado apenas por ocasião da entrega, quando a receita também é reconhecida . Este
procedimento deve ser observado, sempre que possível.

Mas, quando uma empresa trabalha com ordens ou encomendas de longa duração (mais de um
ano), pode ser necessária uma alteração. Por exemplo, se a empresa fabrica turbinas para geração
de energia elétrica, ou plataformas para exploração de petróleo, que podem levar vários anos
para a sua produção, e executa poucas por vez, pode não ter entregado nenhuma de suas
encomendas, num determinado exercício. Seu resultado então seria muito distorcido, pois iria
apresentar apenas despesas, sem nenhuma receita.

Na situação descrita acima, a apropriação do resultado deve ser reconhecida


proporcionalmente à produção executada . Ou seja, uma parte da receita é reconhecida em
cada período, com a respectiva apropriação dos custos, ainda que a ordem não esteja
concluída .

Exemplo : Uma empresa tem uma estimativa de custo total de $ 100.000 para uma encomenda, e
a contrata por $ 120.000. No primeiro ano, incorre num custo total de $ 10.000, o que a faz
apropriar $12.000 de receita.

Se tiver recebido mais de $ 12.000 de seu cliente, terá o excedente contabilizado como Passivo
Circulante (Adiantamentos de Clientes, Serviços a Executar, ou outra conta); se tiver recebido
menos, a diferença aparecerá no Ativo Circulante (Contas a Receber, Clientes, Serviços
executados a Faturar, etc.).

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No segundo período, procede da mesma forma, apropriando sempre 20% a mais de receita do
que tiver sido o custo incorrido.

(Senado Federal/Analista Legislativo/Contabilidade/FGV/2008) Um estaleiro assina um


contrato de longo prazo para a construção de um navio. O preço total é $ 520.000 e o custo
estimado da obra é de $ 380.000. No primeiro ano, o estaleiro incorre em custos de $ 90.000
diretamente vinculados à produção do navio. O valor do lucro bruto a ser apresentado pelo
estaleiro no primeiro ano, considerando as Normas Brasileiras de Contabilidade, é de:
a) $ 430.000.
b) $ 140.000.
c) zero.
d) $ 283.800.
e) $ 33.158.
Comentários:
A receita deve ser apropriada proporcionalmente ao custo. Portanto, temos:
Custo incorrido: 90.000 / custo total 380.000 = 0,23684
Receita total: 520.000 x 0,23684 = $ 123.158
Receita 123.158
(-) Custo 90.000
(=) Lucro Bruto 33.158
O gabarito é letra e.

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- Tratamento Do Custo De Empréstimos Destinados A Financiar Estoque


Na Produção Por Ordem.

Trata-se de uma alteração na contabilidade que afeta Custos. Este assunto é tratado no
Pronunciamento CPC 20 – Custo de Empréstimos. Conforme o Pronunciamento CPC 20:

Custos de empréstimos são juros e outros custos em que a entidade incorre em


conexão com o empréstimo de recursos.

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de


tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.

7. Dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos podem ser


considerados ativos qualificáveis:

(a) estoque;

(b) planta para manufatura;

(c) usina de geração de energia;

(d) ativo intangível; e

(e) propriedade para investimento

8. A entidade deve capitalizar os custos de empréstimo que são diretamente


atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável como
parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de
empréstimos como despesa no período em que são incorridos.

Portanto, estoque pode ser considerado um Ativo Qualificável.

Um ativo qualificável (tradução de “Qualifying Assets”) é um ativo que, necessariamente, demanda


um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.

As normas internacionais de contabilidade admitiam anteriormente dois tratamentos para os


custos de empréstimos destinados à construção de ativos qualificáveis: os custos poderiam ser
reconhecidos imediatamente como despesa OU serem capitalizados (somados ao custo de
produção do ativo qualificável) à medida que o ativo fosse desenvolvido.

Mas a possibilidade de dois critérios diferentes atingia uma importante característica das
demonstrações contábeis: a Comparabilidade.

De fato, se uma empresa capitalizava os custos dos empréstimos e outra lançava como despesa
do exercício, não havia uniformidade de critérios para permitir a comparação das suas
demonstrações financeiras.

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Assim, a norma internacional (IAS 23) foi alterada a partir de janeiro de 2009, eliminando a
possibilidade de contabilização como despesa e determinando que os custos de empréstimos
obtidos, diretamente destinados a financiar a construção, produção ou aquisição de ativos
qualificáveis, sejam contabilizados como parte do custo desses ativos.

Todos os outros custos de empréstimos deverão ser reconhecidos como despesa.

O argumento técnico para esse procedimento é que os custos dos empréstimos são iguais a
quaisquer outros custos que a empresa incorre para a construção do ativo qualificado, e que lançar
esses custos para resultado distorce a escolha entre comprar ou construir o ativo. Com a
capitalização dos custos dos empréstimos, o ativo qualificado é contabilizado por valor mais
próximo ao valor de mercado do ativo.

Por outro lado, tal procedimento tem recebido críticas, pois quando os mesmos ativos são
construídos com recursos próprios, não há nenhum acréscimo a título de juros sobre o capital
utilizado. Dessa forma, o mesmo ativo fica contabilizado por valores diferentes, conforme tenha
sido construído com o uso de empréstimos ou com o uso de capital próprio. (O texto acima foi
baseado no “Manual de Normas Internacionais de Contabilidade”, Ernst & Young e FIPECAFI,
Editora Atlas, 2009).

Vejamos como isso pode ser cobrado:

(Inédita) A empresa KLS passou um tempo substancial desenvolvendo e construindo uma nova
máquina, tendo incorrido nos seguintes gastos:
- Peças e materiais 190.000
- Mão de obra 80.000
Para financiar parte da construção da nova máquina, a empresa contratou um empréstimo no valor
de $ 250.000,00, incorrendo em juros no valor de $ 36.000,00.
A máquina será depreciada em 10 anos, sem valor residual, e entrou em funcionamento no dia 1
de agosto de X1.
No primeiro mês, a produção foi de 100 peças.
Considerando as seguintes informações, calcule o custo unitário de cada peça, pelo custeio por
absorção.
- Matéria prima: $ 2.000
- Mão de obra direta: $ 1.200
- Custos indiretos: $ 800
Falta incluir a depreciação da nova máquina.
a) 63,50
b) 64,50
c) 65,50
d) 66,50
e) 67,50

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Comentários:
Custo da nova máquina:
Peças e materiais 190.000
Mão de obra 80.000
Juros (construção de ativo qualificado) 36.000
Total 306.000
Depreciação mensal: 306.000 / 10 = 30.600 / 12 = 2.550
Custo da produção total:
Matéria prima: $ 2.000
Mão de obra direta: $ 1.200
Custos indiretos: $ 800
Depreciação da nova máquina; $ 2.550
Total custo de produção do mês: $ 6.550
Custo unitário = 6.550 / 100 = $ 65,50 por unidade
O gabarito é letra c.
Observação: As pequenas e médias empresas seguem um procedimento diferente,
contabilizando os custos de empréstimos como despesa, ainda que se refira a ativo qualificado.

- Produção Contínua

Ocorre quando a empresa fabrica produtos iguais de forma contínua .

Exemplo: Produção de refrigerantes, sabão em pó, margarina etc.

Veremos em detalhes nas aulas seguintes.

– Tratamento Contábil

Na produção contínua, os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas de
produção. Tais contas são encerradas sempre no fim de cada período (mês, semana, trimestre ou
ano, conforme o período mínimo contábil de custos da empresa).

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8. QUESTÕES COMENTADAS

(FCC/São Luis/ISS/2018) A Cia. Chuva Fina fabrica os produtos A, B e C utilizando um único


departamento. Ao analisar a produção ocorrida no mês de abril de 2018, a Cia. obteve as
seguintes informações.
Gasto com Horas de Mão de Quantidade
Gasto com
Produto Mão de obra obra direta total Preço de venda
Matéria-prima
direta utilizada produzida
A R$ 100/unidade R$ 150/unidade 1h/unidade 2.000 R$ 500/unidade
B R$ 200/unidade R$ 100/unidade 1,6h/unidade 1.000 R$ 700/unidade
C R$ 300/unidade R$ 50/unidade 1,4h/unidade 1.000 R$ 600/unidade
Os custos indiretos totais incorridos no mês de abril de 2018 foram R$ 200.000,00 e são alocados
aos produtos em função da quantidade de horas de mão de obra direta total utilizada, tendo em
vista que a Cia. Chuva Fina utiliza o método de custeio por absorção. Com base nessas
informações e sabendo que não havia estoques iniciais e finais de produtos em processo, os custos
unitários de produção do mês de abril de 2018 para os produtos A, B e C foram, respectivamente,
em reais,
A) 290,00; 340,00 e 390,00
B) 250,00; 300,00 e 350,00
C) 300,00; 350,00 e 400,00
D) 290,00; 364,00 e 406,00
E) 283,33; 366,67 e 416,67

Comentário:

Vamos calcular o custo indireto unitário. Para isso, vamos ratear o custo indireto no valor de
$200.000 para os três produtos, seguindo o critério de rateio estabelecido pela questão, ou seja,
o total de Horas de Mão de Obra Direta:

Produto Horas Quantidade Total % Custo Custo ind.


MOD produzida indireto Unitário
A 1 2000 2000 40,0% 80.000 40
B 1,6 1000 1600 32,0% 64.000 64
C 1,4 1000 1400 28,0% 56.000 56
Total 5000 200.000

Agora, é só somar os custos unitários:

Produto Mat. Prima MOD Custo ind. Unitário Total


A 100 150 40 290
B 200 100 64 364
C 300 50 56 406

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O custo unitário dos produtos A, B e C são, respectivamente, de 290; 364; e 406.

O gabarito é letra d.

(FCC/ICMS – SC/Auditor/2018) A Cia. Só Novelos produz os produtos X, Y e Z em um


único departamento. Ao analisar o processo produtivo de determinado mês, a Cia. obteve
as seguintes informações:
Mão de obra Quantidade total Horas de mão de
Produto Matéria-prima Preço de venda
direta produzida obra direta
X $ 100/unidade $ 60/unidade 2.000 $ 400/unidade 1h/unidade
Y $ 150/unidade $ 80/unidade 1.000 $ 300/unidade 2h/unidade
Z $ 120/unidade $ 20/unidade 500 $ 500/unidade 2h/unidade
Sabe-se que a Cia. Só Novelos utiliza o custeio por absorção e os custos fixos indiretos totais
incorridos nesse mês foram R$ 175.000,00, os quais são alocados aos produtos em função da
quantidade de horas de mão de obra direta total utilizada. Com base nessas informações e
sabendo que não havia estoques iniciais e finais de produtos em processo, o custo unitário de
produção do produto
A) X foi R$ 210,00.
B) Y foi R$ 265,00.
C) Z foi R$ 175,00.
D) X foi R$ 195,00.
E) Y foi R$ 230,00.

Comentário:

Vamos apurar o custo indireto unitário por produto:

Produto Horas Quantidade Total % Custo Custo ind.


MOD produzida indireto Unitário
X 1 2000 2000 40,0% 70.000 35
Y 2 1000 2000 40,0% 70.000 70
Z 2 500 1000 20,0% 35.000 70
Total 5000 175.000

Agora, é só somar os custos unitários:

Produto Mat. Prima MOD Custo ind. Unitário Total


X 100 60 35 195
Y 150 80 70 300
Z 300 20 70 390

O gabarito é letra d.

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(FCC/TRT 23/Contabilidade/2016) A empresa Ilha do Marajó S.A. possui um custo indireto


de R$ 6.000.000,00. Precisa distribuí-lo para três produtos: X, Y e Z. A empresa apurou os
seguintes dados para determinar a atribuição do CIF aos produtos:
X Y Z
Matéria prima aplicada R$ 1.000.000,00 R$1.500.000,00 R$3.500.000,00
MOD aplicada R$ 1.500.000,00 R$1.000.000,00 R$1.500.000,00
Horas máquinas utilizadas 100 hm 500 hm 1400 hm
Com base, unicamente, nos dados apresentados a empresa poderia atribuir como custo indireto
ao produto
(A) "Z" o valor de R$ 4.200.000,00.
(B) "X" o valor de R$ 3.000.000,00.
(C) "Y" o valor de R$ 300.000,00.
(D) "Z" o valor de R$ 1.500.000,00.
(E) "X" o valor de R$ 150.000,00.

Comentários:

A base para rateio dos custos indiretos é a quantidade de horas máquinas utilizadas.

Horas máquinas = 100 + 500 + 1400 = 2000 hm


$ 6.000.000 / 2000 hm = $ 3.000 por hm
X = 100 hm x $3.000 = $300.000
Y = 500 hm x $3.000 = $1.500.000
Z = 1.400 hm x $3.000 = $ 4.200.000

O gabarito é letra a.

(FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) Um lote de mercadorias para revenda foi adquirido com


pagamento à vista, em 30/10/2013, pelo valor de R$ 1.000.000,00. A empresa compradora
retirou as mercadorias no depósito do fornecedor que se localiza a 1.500 km da sua sede
e incorreu em gastos com o frete para levar estas mercadorias até o seu depósito, no valor
total de R$ 20.000,00. A empresa compradora incorreu também em gastos no valor de R$
10.000,00 na contratação de um seguro contra roubo das mercadorias durante o transporte
do depósito do fornecedor até o seu depósito.
Sabendo-se que, em 25/11/2013, a empresa vendeu 80% do lote de mercadorias que havia
comprado em 30/10/2013 pelo valor de R$ 950.000,00 e supondo que não há incidência de
qualquer tributo na compra e na venda das mercadorias, a empresa apresentará na Demonstração
do Resultado de 2013, em relação exclusivamente à compra e à venda deste lote de mercadorias,
os seguintes efeitos, em reais:
a) Resultado Bruto com Vendas = 150.000,00; Despesa com Vendas = 30.000,00

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b) Resultado Bruto com Vendas = 150.000,00; Despesa com Frete = 20.000,00; Despesa com
Seguro = 10.000,00
c) Resultado Bruto com Vendas = 134.000,00; Despesa com Seguro = 10.000,00
d) Resultado Bruto com Vendas = 126.000,00
e) Resultado Bruto com Vendas = 142.000,00; Despesa com Frete = 20.000,00

Comentários :

Vamos calcular o valor pelo qual as mercadorias entram no estoque:

Mercadoria R$ 1.000.000,00
Frete R$ 20.000,00
Seguro R$ 10.000,00
Total custo mercadoria R$ 1.030.000,00

Agora, vamos esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), lembrando que o Custo
da Mercadoria Vendida será de: R$1.030.000,00 x 80% = 824.000,00

Demonstração do Resultado do Exercício R$


Receita de vendas R$ 950.000,00
Custo Mercadorias Vendidas (CMV) -R$ 824.000,00
Lucro Bruto R$ 126.000,00

O Lucro Bruto também é chamado de Resultado com Mercadoria ou Resultado Bruto com Vendas.

O gabarito é letra d.

(FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) A empresa Comercializadora de Bugigangas S.A. atua na


compra e venda de produtos populares e é contribuinte unicamente do ICMS. No início do
ano de 2013, a empresa não tinha estoque de produtos e durante o ano de 2013 as
seguintes transações de compra e venda de mercadorias foram realizadas:
1. Compra de mercadorias no valor total de R$ 115.000,00, estando incluídos neste preço os
valores de R$ 15.000,00 de IPI e R$ 12.000,00 de ICMS.
2. A empresa vendeu 60% do estoque total disponível pelo preço de R$ 74.000,00 e, neste preço,
já está incluído o valor de R$ 8.880,00 de ICMS incidente sobre a venda.
O valor do Resultado Bruto com Vendas apresentado na Demonstração do Resultado de 2013 foi,
em reais,
A) 5.000,00.
B) 3.320,00.
C) 3.880,00.
D) 12.320,00.
E) 21.200,00.

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Comentários :

Na compra de mercadorias, o IPI não é recuperável. Apenas o ICMS é recuperável e deve ser
excluído do custo do estoque.

Mercadoria 115.000,00
(-) ICMS (12.000,00)
Compra líquida 103.000,00

A empresa vendeu 60% do estoque por $ 74.000,00.

Podemos agora esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE):

Demonstração do Resultado do Exercício R$


Receita Bruta de Vendas R$ 74.000,00
(-) ICMS sobre vendas -R$ 8.880,00
Receita líquida R$ 65.120,00
Custo Mercadoria Vendida (103.000 x 60%) -R$ 61.800,00
Resultado Bruto com mercadoria (Lucro Bruto) R$ 3.320,00

O gabarito é letra b.

(FCC/SEFAZ PI/ATE/2015) Em 30/09/2012, uma empresa adquiriu mercadorias para


revenda pelo valor de R$ 800.000,00. A empresa ficou responsável pela retirada das
mercadorias no depósito do fornecedor e incorreu em gastos com frete no valor total de
R$ 3.000,00 e também em gastos no valor de R$ 2.000,00 pela contratação de um seguro
contra roubo das mercadorias durante o transporte do depósito do fornecedor até o seu
depósito.
Sabe-se que, em 20/11/2012, a empresa vendeu 90% do lote de mercadorias que havia comprado
em 30/09/2012 pelo valor de R$ 850.000,00. O valor do Estoque referente a este lote evidenciado
no Balanço Patrimonial de 31/12/2012 foi, em reais:
A) 80.000,00
B) 80.300,00
C) 80.200,00
D) 80.500,00
E) 85.000,00

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Comentários:

Vamos calcular o valor pelo qual as mercadorias entram no estoque:

Mercadoria R$ 800.000,00
Frete R$ 3.000,00
Seguro R$ 2.000,00
Total custo mercadoria R$ 805.000,00

Agora, vamos calcular o estoque final. Lembramos que 90% do estoque já foi vendido.

R$ 805.000,00 x 90% = $ 724.500,00

Valor do estoque final: 805.000,00 - $ 724.500,00 = $80.500,00


==58bc==

O gabarito é letra d.

(FCC/TCM GO/Auditor/2015) A Cia. Comerciante S.A. adquiriu mercadorias para serem


comercializadas e pagou os seguintes valores:
Fornecedores de Mercadorias: R$ 390.000,00
Frete para transporte até a empresa: R$ 17.000,00
Seguro das mercadorias: R$ 7.000,00
Nos valores pagos estavam incluídos tributos recuperáveis pela empresa no valor de R$ 48.000,00
e tributos não recuperáveis no valor de R$ 24.000,00.
Com base nestas informações, o valor reconhecido como estoque referente às mercadorias
adquiridas foi, em reais,
A) 320.000,00.
B) 342.000,00.
C) 344.000,00.
D) 366.000,00.
E) 414.000,00.

Comentários:

Vamos excluir os tributos recuperáveis do valor da mercadoria, somar o frete e o seguro. Assim:

Mercadoria R$ 390.000,00
(-) Tributos recuperáveis -R$ 48.000,00
Frete R$ 17.000,00
Seguro R$ 7.000,00
Total reconhecido como estoque R$ 366.000,00

O gabarito é letra d.

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(FCC/SEFAZ PE/2015) A empresa Verde & Azul S.A. adquiriu, em 01/12/2014, mercadorias
para serem revendidas aos seus clientes. As mercadorias foram adquiridas à vista por R$
200.000,00, sendo que neste valor estavam incluídos tributos recuperáveis no valor de R$
30.000,00 e tributos não recuperáveis no valor de R$ 23.000,00. Adicionalmente, a empresa
Verde & Azul S.A. contratou e pagou o valor de R$ 8.000,00 pelo transporte destas
mercadorias adquiridas até o seu depósito, sendo que neste valor estavam incluídos
tributos recuperáveis no valor de R$ 1.000,00. Em 30/12/2014, a empresa Verde & Azul
S.A. revendeu todos estes produtos por R$ 420.000,00, à vista, e sobre o valor da venda
houve incidência de impostos no valor de R$ 63.000,00. Com base nestas informações, o
lucro bruto apurado pela empresa em dezembro de 2014 foi, em reais,
A) 220.000,00.
B) 357.000,00.
C) 157.000,00.
D) 180.000,00.
E) 203.000,00.

Comentários:

Este tipo de questão já sabemos resolver. Vamos tirar os tributos recuperáveis, somar o frete, o
seguro, tirar o tributo recuperável do frete, e esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício
(DRE).

Assim:

Mercadoria R$ 200.000,00
(-) Tributos recuperáveis -R$ 30.000,00
Frete (transporte) R$ 8.000,00
Tributos recuperáveis sobre frete -R$ 1.000,00
Total Mercadoria R$ 177.000,00

Agora a DRE:

Demonstração do Resultado do Exercício R$


Receita Bruta de Vendas R$ 420.000,00
(-) ICMS sobre vendas -R$ 63.000,00
Receita líquida R$ 357.000,00
Custo Mercadoria Vendida -R$ 177.000,00
Resultado Bruto com mercadoria (Lucro Bruto) R$ 180.000,00

O gabarito é letra d.

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Aula 02
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(FCC/TCE GO/ACE/2014) O departamento Zetta da Empresa Montevideo S.A. possui um


custo indireto de R$ 9.000.000,00. Precisa distribuí-lo para três produtos: A, B e C por
horas/máquinas. A empresa apurou os seguintes dados para o custeio:
A B C
Matéria prima aplicada R$1.500.000,00 R$ 2.000.000,00 R$ 3.000.000,00
MOD Aplicada R$2.000.000,00 R$ 1.000.000,00 R$ 2.500.000,00
Horas máquinas utilizadas 1000 hm 500 hm 1500 hm
Dessa forma, é correto afirmar que os produtos A, B e C receberão, respectivamente, de custo
indireto:
A) R$ 1.500.000,00, R$ 3.000.000,00 e R$ 3.500.000,00
B) R$ 2.000.000,00, R$ 1.000.000,00 e R$ 2.500.000,00
C) R$ 3.000.000,00, R$ 1.500.000,00 e R$ 4.500.000,00
D) R$ 4.500.000,00, R$ 1.500.000,00 e R$ 3.000.000,00
E) R$ 5.000.000,00, R$ 2.500.000,00 e R$ 7.000.000,00

Comentários :

Basta ratear o custo indireto de R$ 9.000.000,00 usando como critério de rateio as horas máquinas.

Produto Horas máquinas Percentual Custo indireto


A 1000 33,3% R$ 3.000.000,00
B 500 16,7% R$ 1.500.000,00
C 1500 50,0% R$ 4.500.000,00
Total 3000 100,0% R$ 9.000.000,00

O gabarito é letra c.

(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/RJ/2014) A Cia. Comerciante adquiriu, em 01/07/2013,


mercadorias para serem revendidas. As mercadorias foram adquiridas, à vista, por R$
150.000,00, sendo que neste valor estavam inclusos os tributos recuperáveis de R$
22.000,00 e os tributos não recuperáveis de R$ 15.000,00. Adicionalmente, a Cia.
Comerciante contratou e pagou frete e seguro, para transporte das mercadorias adquiridas
até a empresa, no valor de R$ 5.000,00, sendo que neste valor estavam inclusos tributos
recuperáveis de R$ 600,00. Em 31/07/2013, a empresa Comerciante revendeu todas estas
mercadorias por R$ 300.000,00, à vista. Sobre o valor da venda houve incidência de ICMS
− Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços no valor de R$
45.000,00 e pagamento de comissão para os vendedores no valor de R$ 9.000,00. Com
base nestas informações, o valor do lucro bruto apurado pela Cia. Comerciante no mês de
julho de 2013 foi
(A) R$ 100.000,00.

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(B) R$ 122.600,00.
(C) R$ 113.600,00.
(D) R$ 150.000,00.
(E) R$ 127.000,00.

Comentários:

Compra bruta 150.000,00


(-) Tributos recuperáveis (22.000,00)
+ Frete 5.000,00
- Tributos recuperáveis (600,00)
Compras líquidas 132.400,00

Lucro bruto = 300.000,00 – 45.000,00 – 132.400,00 = 122.600,00.

A comissão sobre venda é despesa operacional.

É interessante que, nessa questão, a banca informou expressamente o valor do ICMS sobre Frete .

O gabarito é letra b.

(FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2013) A Cia. Vende Água adquiriu mercadorias para


serem revendidas, à vista, por R$ 80.000,00. Neste valor estavam inclusos os tributos
recuperáveis de R$ 13.000,00 e os tributos não recuperáveis de R$ 8.000,00.
Adicionalmente, a Cia. Vende Água pagou seguro no valor de R$ 6.000,00 referente à aquisição
dessas mercadorias. Com base nestas informações, o valor reconhecido no estoque de
mercadorias referente a esta compra foi
(A) R$ 59.000,00.
(B) R$ 80.000,00.
(C) R$ 67.000,00.
(D) R$ 73.000,00.
(E) R$ 65.000,00.

Comentários :

Vale lembrar que os impostos recuperáveis não entram no custo da mercadoria; os impostos não
recuperáveis e o seguro da aquisição entram.

Custo da mercadoria: 80.000 – impostos recuperáveis 13.000 + seguro 6.000


Custo: 80.000 – 13.000 + 6.000 = $73.000,00

O gabarito é letra d.

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(FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2013) No final do primeiro trimestre de 2013, o


Balancete da Cia. Água & Água apresentava as seguintes contas com os respectivos saldos:
Receita Bruta de Vendas R$ 55.000,00; Devolução de Vendas R$ 2.500,00; Impostos Sobre
as Vendas R$ 9.500,00; Despesas Financeiras R$ 2.500,00; Comissões dos Vendedores R$
3.000,00.
Sabendo que o valor das compras reconhecidas como Estoque de mercadorias durante o primeiro
trimestre de 2013 foi R$ 20.000,00 e que o estoque inicial e final de mercadorias para
comercialização, no primeiro trimestre de 2013, eram, respectivamente, R$ 15.000,00 e R$
14.000,00, o Lucro Bruto apurado pela Cia. Água & Água no primeiro trimestre de 2013 foi
(A) R$ 31.000,00.
(B) R$ 34.000,00.
(C) R$ 24.500,00.
(D) R$ 22.000,00.
(E) R$ 19.000,00.

Comentários :

Vamos calcular inicialmente o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), usando a conhecida
fórmula:

Saldo inicial + entradas – saídas = saldo final

Para a conta Estoques, podemos reescrever a fórmula assim:

Estoque inicial + compras – CMV = Estoque Final

15.000 + 20.000 – CMV = 14.000

Resolvendo, temos CMV = 21.000

Vamos esboçar a Demonstração do Resultado, até o Lucro Bruto:

Demonstração do Resultado do Exercício R$


Receita Bruta de Vendas 55.000
Devolução de Vendas - 2.500
Impostos Sobre as Vendas - 9.500
Receita líquida 43.000
Custo da Mercadoria Vendida - 21.000
Lucro Bruto 22.000

As Despesas Financeiras e a Comissão dos Vendedores entram como Despesas, para calcular o
Lucro Líquido, portanto não são usadas nesta questão.

O gabarito é letra d.

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(FCC/Contador/Nossa Caixa/2011) A Cia. Diamantina adquiriu uma mercadoria para


revenda. O total da nota fiscal foi de R$ 1.100,00, sendo R$ 100,00 o valor correspondente
ao Imposto sobre Produtos Industrializados. Dos tributos incidentes sobre as compras,
apenas o ICMS, que foi cobrado com alíquota de 18%, é recuperável. Posteriormente, a
companhia revendeu a mercadoria para terceiros pelo valor de R$ 1.800,00. Sabe-se que
o valor total de PIS e COFINS pagos pela Companhia sobre essa receita foi de R$ 65,70 e
que o ICMS incidiu na operação com alíquota de 18%. Se essa tivesse sido a única operação
de vendas efetuada pela Companhia, no exercício, ela teria auferido um Lucro Bruto nessa
operação, em R$, de
914,30.
(B) 590,30.
(C) 410,30.
(D) 570,30.
(E) 490,30.

Comentários:

Valor a ser incorporado ao estoque na compra:

ICMS Recuperável = R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00 (deve ser excluído).

Valor que vai ao estoque = R$ 1.100 – R$ 180,00 = R$ 920,00.

Resultado apurado na venda


Receita bruta de vendas R$ 1.800,00
(-) PIS/COFINS R$ 65,70
(-) ICMS sobre vendas = 18% x 1.800,00 R$ 324,00
Receita líquida de vendas R$ 1.410.30
(-) CMV R$ 920,00
Lucro bruto R$ 490,30.

O gabarito é letra e.

(FCC/Bahiagás/Contabilidade/2010) Gastos com operários de fabrica relativos à SENAI,


SESI, Salário Educação, Incra, Sebrae, Férias, Adicional de Férias e gratificação natalina são
custos apropriáveis como
a) Serviços de Terceiros.
b) Matéria-Prima.
c) Custos Indiretos de Fabricação.
d) Mão de Obra Direta.
e) Mão de Obra Indireta.

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Comentários:

Os encargos acompanham a classificação da mão de obra. Como são operários de fábrica, a


classificação é como custo direto (ou, como consta na questão, mão de obra direta).

O gabarito é letra d.

(FCC/ALESP/Agente Técnico Legislativo/2010) A empresa Uirapuru S.A. contabiliza a


depreciação de seus ativos, registrando 50% nos custos dos produtos e 50% para a conta
de despesa de depreciação no resultado. A depreciação é absorvida nos produtos
proporcionalmente.
Considerando que o Estoque Inicial dos Produtos Acabados em 2008 era zero; no final do ano de
2008 só existiam Produtos Acabados e que as vendas foram de 40% dos estoques, é correto
afirmar que
a) 20% da depreciação registrada na formação dos estoques estão contabilizadas.
b) 20% da depreciação total do período estão registradas nos Custos dos Produtos Vendidos.
c) 25% da depreciação total estão registradas nos Estoques de Produtos Acabados.
d) Somente os 50% registrados na conta de despesa de depreciação estão afetando o resultado.
e) 80% da depreciação total estão consideradas no resultado.

Comentários:

50% da depreciação é atribuída aos produtos.

Nessa questão, o estoque inicial era zero e as vendas foram de 40% dos estoques. Portanto, o
percentual de gasto com depreciação que foi lançado ao resultado foi de 50% x 40% = 20%.

O gabarito é letra b.

(FCC/TRE-AM/Contabilidade/2010) A empresa Baratear adquiriu uma máquina para uso,


exclusivo, na produção do produto A. A vida útil estimada da máquina é de 10 anos e a
empresa utiliza o método das cotas constantes para depreciá-la. Em relação ao produto A,
a depreciação da máquina é classificada como custo:
a) fixo e primário.
b) fixo e indireto.
c) variável e direto.
d) variável e indireto.
e) fixo e direto.

Comentários :

Vamos classificar a depreciação. Com relação ao volume de produção, é um custo fixo. O uso do
método das cotas constantes (veremos futuramente) produz o mesmo valor mensal.

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E, com relação à apropriação ao produto, é um custo direto. A máquina é usada na produção


exclusiva de do produto A. Portanto, não há necessidade de rateios para atribuir o custo da
depreciação aos produtos.

Portanto, o custo da depreciação da máquina é um custo fixo e um custo direto.

O gabarito é letra e.

(FCC/Copergás/Técnico Administrativo/2011) A empresa VivaGás adquiriu na Papelbrás


Ltda. materiais de papelaria para uso no escritório no valor de R$ 430,00 ( quatrocentos e
trinta reais ). Adquiriu também, na Embalex Ltda., R$ 2.070,00 (dois mil e setenta reais) de
caixas para embalagens de seus produtos. Tratando-se de custos, a empresa VivaGás
contabilizará
I. os valores de R$ 430,00 e R$ 2.070,00 como despesa e custo, respectivamente.
II. o valor de R$ 2.070,00 como custo.
III. apenas o valor de R$ 2.070,00 como despesa.
IV. o valor de R$ 2.500,00 como custo.
Está correto o que consta APENAS em
A) III.
B) II e IV.
C) IV.
D) I e III.
E) I e II.

Comentários :

Vamos classificar:

. materiais de papelaria para uso no escritório no valor de R$ 430,00  Despesa.

. caixas para embalagens de seus produtos no valor de R$ 2.070,00  Custo.

Vejamos as assertivas:

I. os valores de R$ 430,00 e R$ 2.070,00 como despesa e custo, respectivamente. Certo.

II. o valor de R$ 2.070,00 como custo. Certo.

III. apenas o valor de R$ 2.070,00 como despesa. Errado, esse valor é custo.

IV. o valor de R$ 2.500,00 como custo. Errado, apenas o valor de 2070,00 é custo.

O gabarito é letra e.

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(FCC/TCE GO/Analista - Contabilidade/2010) Durante o mês de agosto, a empresa J&J


produziu 2.000 unidades de seu único produto para revenda. Nesse período, a empresa
incorreu nos seguintes gastos:
matéria-prima: R$ 30.000,00;
mão de obra direta: R$ 6.000,00;
energia elétrica (fábrica: R$ 15.000,00;
mão de obra (administração): R$ 10.000,00;
seguros (50% setor industrial): R$ 20.000,00;
depreciação (40% setor industrial): R$ 10.000,00;
salários dos vendedores: R$ 8.000,00;
encargos financeiros referentes a empréstimos: R$ 5.000,00.
Sabendo que não havia estoques iniciais de produtos acabados, toda produção foi iniciada e
acabada durante o mês de agosto, e que a empresa nada vendeu nesse período, o valor do
estoque final de produtos acabados, pelo custeio por absorção, é
A) R$ 65.000,00
B) R$ 71.000,00
C) R$ 73.000,00
D) R$ 78.000,00
E) R$ 88.000,00

Comentários :

Vejamos a classificação:

matéria-prima: 30.000 Custo


mão de obra direta: 6.000 Custo
energia elétrica (fábrica: 15.000 Custo
mão de obra (administração): 10.000 Despesa
seguros (50% setor industrial): 20.000 50% Custos e 50% despesas
depreciação (40% setor industrial): 10.000 40% Custos e 60% Despesas
salários dos vendedores: 8.000 Despesa
encargos financeiros referentes a empréstimos: 5.000 Despesa

Agora, só precisamos somar os custos:

Gastos Total Custos


matéria-prima: 30.000 30.000
mão de obra direta: 6.000 6.000
energia elétrica (fábrica: 15.000 15.000
mão de obra (administração): 10.000
seguros (50% setor industrial): 20.000 10.000

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Gastos Total Custos


depreciação (40% setor industrial): 10.000 4.000
salários dos vendedores: 8.000
encargos financeiros referentes a empréstimos: 5.000
TOTAL 65.000

O gabarito é letra a.

(FCC/CVM/Analista /2006) Os estoques de produtos fungíveis são avaliados pelo


A) custo histórico de aquisição atualizado monetariamente.
B) valor de mercado.
C) custo padrão, sem inclusão das variações do padrão.
D) custo padrão, com a inclusão das variações do padrão.
E) valor histórico de formação menos fator de obsolescência.

Comentários :

Estudamos esse assunto na aula 1, item 6 – Mercadorias Fungíveis (pg. 16).

Conforme a Lei 6404/76:

Art. 183, § 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão


ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito
pela técnica contábil.

As mercadorias fungíveis são as commodities , ou seja, soja, suco de laranja, café, etc.

As commodities possuem cotação na bolsa de mercadoria. Portanto, normalmente ficam


registradas na contabilidade pela cotação da bolsa. Se uma empresa possui um estoque de,
digamos, cem toneladas de soja, ela conseguirá vender esse estoque pela cotação atual da soja
na bolsa de mercadorias.

Repare que isso tira a necessidade de negociação. E esta é a diferença entre as mercadorias
fungíveis e as outras mercadorias.

Para as commodities , não há necessidade de negociação, pois o preço já está estabelecido pela
cotação em bolsa. Portanto, as mercadorias fungíveis são avaliadas pelo valor de mercado, que é
o valor da bolsa de mercadorias.

O gabarito é letra b.

(FCC/Bahia Gás/Analista – Ciências Contábeis/2010) Os tributos indiretos incidentes na


compra de materiais diretos que comporão os produtos finais, não tributáveis na venda
devem ser apropriados contabilmente como

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A) Investimentos.
B) Impostos a Recuperar.
C) Impostos a Recolher.
D) Custo Primário.
E) Despesas Tributárias.

Comentários :

Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

CUSTOS DO ESTOQUE

10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOS DE


AQUISIÇÃO E DE TRANSFORMAÇÃO, BEM COMO OUTROS CUSTOS
INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES À SUA CONDIÇÃO E
LOCALIZAÇÃO ATUAIS.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco),
bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente
atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos
comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na
determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada pela Revisão CPC
nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra

2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).

Os tributos recuperáveis são:

Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na modalidade não
cumulativa)

Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)

3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.

OS tributos indiretos incidentes na compra de materiais diretos que comporão os produtos finais,
não tributáveis na venda, são impostos Não Recuperáveis .

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Irão compor o custo do estoque, e serão classificados como Custo Primário (estarão incluídos no
custo do material direto).

O gabarito é letra d.

(FCC/TRE AM/Contabilidade/2010) A empresa Beta produz um único produto e para


produzir 800 unidades desse produto incorreu nos seguintes gastos durante o mês de
outubro:
Custo fixo: R$ 12.000,00
Custos variáveis: Matéria-prima: R$ 8,00/unidade
Mão-de-obra direta: R$ 3,00/unidade
Despesas fixas: R$ 4.000,00
Despesas variáveis: R$ 3,00/unidade
Comissões sobre vendas: 10% do preço de venda
Preço de venda: R$ 80,00/unidade
Quantidade vendida: 600 unidades
Pelo Custeio por Absorção, o custo unitário da produção do período foi, em reais,
A) 11
B) 14
C) 26
D) 29
E) 34

Comentários :

Já sabemos que o Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos incorridos,
sejam fixos, variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados. Assim, temos:

Matéria prima: R$ 8,00 por unidade


Mão de obra direta: R$ 3,00 por unidade
Custo fixo: R$ 12.000,00 0 800 unidades = R$ 15,00 por unidade
Custo unitário: $8,00 + $3,00 + $15.00 = $26,00

O gabarito é letra c.

(FCC/Infraero/Técnico em Contabilidade/2009) Dados extraídos da escrituração contábil


da Cia. Industrial Maringá no exercício de 2008, em R$:
Aquisição de material direto...................................................................................... 500.000,00
Estoque inicial de produtos em elaboração................................................................ 200.000,00

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Mão de obra direta ..................................................................................................... 540.000,00


Despesas financeiras na aquisição de material direto ................................................ 130.000,00
Estoque final de produtos acabados ........................................................................... 300.000,00
Custos indiretos de fabricação ................................................................................... 960.000,00
Estoque final de produtos em elaboração................................................................... 240.000,00
Estoque inicial de material direto................................................................................ 100.000,00
Despesa com fretes de venda...................................................................................... 120.000,00
Estoque inicial de produtos acabados......................................................................... 400.000,00
Estoque final de material direto....................................................................................140.000,00
O valor do material direto consumido na produção no exercício de 2008 foi, em R$,
A) 590.000,00
B) 540.000,00
C) 500.000,00
D) 460.000,00
E) 420.000,00

Comentários :

A questão apresenta muitas informações. E pede apenas o valor do material direto consumido na
produção.

Vamos resolver com a fórmula abaixo, aplicada ao estoque de materiais diretos:

Saldo inicial + entradas – saídas = saldo final

100.000 + 500.000 – saídas = 140.000

Resolvendo, temos saídas = $ 460.000.

As saídas do estoque de materiais diretos representa o que foi usado na produção (é uma entrada
da conta Estoque em Elaboração).

O gabarito é letra d.

(FCC/Infraero/Técnico em Contabilidade/2009) Dados extraídos da escrituração contábil


da Cia. Delta, em R$:
-... Estoque inicial de Produtos em Elaboração............ 160.000,00
-... Estoque final de Produtos Acabados .................... 100.000,00
-... Custo dos Produtos Vendidos............................... 700.000,00
-... Estoque Final de Produtos em Elaboração.............. 130.000,00

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-... Estoque Inicial de Produtos Acabados..................... 40.000,00


-...Mão de Obra Direta............................................. 150.000,00
-... Custos Indiretos de Fabricação............................ 380.000,00
O consumo de material direto da companhia nesse exercício foi, em R$,
A) 230.000,00
B) 220.000,00
C) 200.000,00
D) 190.000,00
E) 180.000,00

Comentários :

Vamos resolver com a velha fórmula:

Saldo inicial + entradas – saídas = saldo final

Mas não vamos aplicar ao estoque de materiais diretos. A questão não apresenta informações
suficientes para isso.

Vamos ter que resolver “de trás para diante”, começando com o estoque de produtos acabados:

Estoque de produtos acabados:

Saldo inicial 40.000


+ entradas = é a produção acabada, que é a saída do estoque de produtos em elaboração
(-) Saídas = é o Custo dos Produtos Vendidos = 700.000
= Saldo final = estoque final = 100.000

Portanto: 40.000 + entradas -700.000 = 100.000

Resolvendo, temos entradas = $760.000

Vamos ao Estoque de Produtos em Elaboração :

Estoque inicial = 160.000


+ entradas:
Material direto = ??? (é o que queremos descobrir)
Mão de Obra Direta = 150.000
Custo indireto de fabricação = 380.000
(-) saídas = 760.000 (é a entrada do estoque de produtos acabados, que já calculamos acima).
= estoque final = 130.000

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Resolvendo, temos:

160.000 + 150.000 +380.000 + Material direto – 760.000 = 130000

Material Direto = $200.000

Dica: tente resolver com razonetes, talvez seja mais rápido.

O gabarito é letra c.

(FCC/ICMS SP/AFR/2006) Considere que uma empresa aloca custos departamentais aos
produtos, utilizando-se do método "Direto".

Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitário, em R$, dos produtos A e B são,
respectivamente,
A) 120,00 e 162,50
B) 125,00 e 156,25
C) 149,00 e 126,25
D) 145,00 e 135,00
E) 150,00 e 125,00

Comentários :

O método direto consiste em atribuir o custo dos departamentos de serviços diretamente aos
departamentos produtivos. Fica assim

Controle de Qualidade:

Custo: $350.000, rateado na seguinte proporção:

Maquinário: 21.000 horas

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Montagem: 7.000 horas

Repare que ignoramos as horas utilizadas pelo Depto de Manutenção. É nisso que consiste o
método direto: departamento de serviço não envia custo para outro departamento de serviço. Só
distribui custo aos departamentos produtivos.

Há, também, o método recíproco ou método de alocação reflexiva (os custos recíprocos entre os
departamentos são distribuídos). Nesse exemplo, Controle de Qualidade distribui custos referente
a 7.000 horas para a Manutenção; depois, Manutenção deveria distribuir custos de 10.000 horas
para Controle de Qualidade, e assim por diante. Método trabalhoso, geralmente só resolvido com
processamento de dados.

E há também o sequencial (no qual se escolhe uma ordem para os departamentos e se distribui
os custos naquela ordem). No método sequencial, se começarmos com o departamento de
Controle de Qualidade, este distribui seus custos para os outros departamentos (Manutenção,
Maquinário e Montagem) até zerar os custos de Controle de Qualidade e não recebe mais nada
de transferência de outros departamentos.

Vamos continuar com a resolução:

Distribuição dos custos do Depto de Controle de Qualidade:


Maquinário: 350.000 x (21.000 hs./ 28.000 hs.)
Maquinário = $ 262.500,00
Montagem: 350.000 x (7.000 hs./ 28.000 hs.)
Montagem = $ 87.500,00

Distribuição dos custos do Depto de Manutenção:

Foram consumidas 18.000 horas pelo Departamento de Maquinário e 12.000 horas pelo
Departamento de Montagem.

A distribuição fica assim:

Maquinário: 200.000 x (18.000 hs./ 30.000 hs.)


Maquinário = $ 120.000,00
Montagem: 200.000 x (12.000 hs./ 30.000 hs.)
Montagem = $ 80.000,00

Agora, vamos distribuir os custos dos departamentos produtivos aos produtos A e B.

Maquinário: $400.000 + $262.500 + $ 120.000


Maquinário = $ 782.500,00
Montagem: $300.000 + $87.500 + $ 80.000
Montagem = $ 467.500,00

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Atribuição de custos aos produtos:

Maquinário:

Horas máquinas:

Produto A = 5.000 unids. X 6 hs = 30.000 horas


Produto B = 4.000 unids. X 4 hs = 20.000 horas
Produto A = $782.000 x (30.000 hs / 50.000 hs)
Produto A = $469.500
Produto B = $782.000 x (20.000 hs / 50.000 hs)
Produto B = $313.000

Montagem:

Horas mão de obra direta:

Produto A = 5.000 unids. X 3 hs = 15.000 horas


Produto B = 4.000 unids. X 2,5 hs = 10.000 horas
Produto A = $467.500 x (15.000 hs / 25.000 hs)
Produto A = $280.500
Produto B = $467.500 x (10.000 hs / 25.000 hs)
Produto B = $187.000

Finalmente, vamos calcular o custo unitário de cada produto:

Produto A = ($469.500 + $280.500) / 5.000 unids. = $ 150


Produto B = ($313.000 + $187.000) / 4.000 unids. = $ 125

O gabarito é, portanto, letra E.

Outra forma de resolver :

Horas máquinas:

Produto A = 5.000 unids. X 6 hs = 30.000 horas


Produto B = 4.000 unids. X 4 hs = 20.000 horas

Horas mão de obra direta:

Produto A = 5.000 unids. X 3 hs = 15.000 horas


Produto B = 4.000 unids. X 2,5 hs = 10.000 horas

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Repare que o produto A corresponde a 60% e o produto B a 40%, nos dois critérios (horas
máquinas e horas mão de obra). Portanto, podemos já partir do total do custo e atribuir aos
produtos de acordo com esses percentuais. Assim:

Produto A = ($1.250.000 x 60%) / 5.000 unids. = $150


Produto B = ($1.250.000 x 40%) / 4.000 unids. = $125

O gabarito é letra e.

(FCC/Infraero/Contador/2009) Os gerentes da Indústrias Reunidas Ltda. estão discutindo


as formas de alocar o custo dos departamentos de serviços, o Controle de Qualidade e a
Manutenção para os departamentos produtivos. Para a reunião o Controller providenciou
o seguinte relatório:

Se a Indústrias Reunidas Ltda. usa o método direto para alocar os custos dos departamentos de
serviços, o total dos custos indiretos alocados pelos departamentos de serviços para o
departamento de montagem deveria ser
(A) R$ 80.000,00
(B) R$ 87.500,00
(C) R$ 120.000,00
(D) R$ 167.500,00
(E) R$ 467.500,00

Comentários :

Já resolvemos na questão anterior. Fica assim:

Distribuição dos custos do Depto de Controle de Qualidade:

Montagem: 350.000 x (7.000 hs./ 28.000 hs.)

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Montagem = $ 87.500,00

Distribuição dos custos do Depto de Manutenção:

Montagem: 200.000 x (12.000 hs./ 30.000 hs.)


Montagem = $ 80.000,00
Total: $ 87.500,00 + $ 80.000,00 = $ 167.500,00

O gabarito é letra d.

(FCC/TJ-PA/Analista/Ciências Contábeis/2009) A indústria "Plastisil", em certo período,


aplicou no processo produtivo: R$ 75.000,00 de materiais diretos, R$ 50.000,00 de mão-
de-obra direta e R$ 75.000,00 de gastos indiretos de produção. O saldo inicial da conta
produtos em elaboração foi de R$ 20.000,00, enquanto que o seu saldo final foi de R$
10.000,00. Sabendo-se que os saldos inicial e final de produtos acabados foram de R$
1.000,00, o custo da produção vendida no período foi de, em reais,
a) 200.000,00
b) 0,00
c) 199.000,00
d) 135.000,00
e) 210.000,00

Comentários:

Neste tipo de questão, devemos considerar a diferença entre o estoque inicial e o estoque final.
Vamos usar a fórmula:

Estoque inicial + entradas – saídas = estoque final

Conta produtos em elaboração .

Entradas: custo da produção do período

Saídas: custo dos produtos acabados no período

Estoque inicial: 20.000

+ entradas: Materiais Diretos 75.000 + mão-de-obra 50.000 + gastos indiretos de fabricação


75.000  entradas = 200.000

- Saídas = valor transferido para estoque de produtos acabados. X

= Estoque final: 10.000

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20.000 + 200.000 – saídas = 10.000

Saídas = 210.000 Este valor vai para a conta de estoque de produtos acabados.

Estoque de produtos acabados:

Entrada: produção acabada no mês

Saídas: custo dos produtos vendidos.

Estoque inicial + entradas – saídas = estoque final

1.000 + 210.000 – CPV = 1.000

CPV = 210.000

O gabarito é letra e.

(FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) Custo de Produção do Período é a soma


dos custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma
dos custos contidos na produção acabada no período. Custo dos Produtos Vendidos é a
soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo
vendidos.
Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período, é
correto afirmar que
(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais.
(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais.
(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima
mencionados.
(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados.
(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos
custos contidos na produção.

Comentários:

A contabilidade de custos é um dos ramos da contabilidade. Cuida ela, precipuamente, da


atribuição de custos da produção e seu controle.

O gasto pode ser dividido em quatro espécies:

1) despesas;
2) custos;
3) perdas; e
4) investimentos.

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Interessam-nos os custos. Custos, de acordo com a melhor doutrina, são gastos com bens que
serão utilizados na produção de outros bens. Em suma, são os gastos que se correlacionam com
a atividade produtiva. Exemplos: salários de funcionários que trabalham na fábrica, aluguéis do
imóvel em que funciona a fábrica, seguro das máquinas que atuam na fábrica.

As indústrias basicamente possuem dois tipos de estoques:

1) produtos em elaboração;
2) produtos acabados.

O custo de produção do período, chamado de CPP, pode ser definido como o tal dos cursos
incorridos na produção em um determinado espaço de tempo.

Em linguagem algébrica, podemos defini-lo da seguinte forma:

Custo da produção do período = material direto + mão de obra direito + custos indiretos de
fabricação.

Vamos elaborar um enunciado para exemplificar a questão. Suponha que a empresa Alfa tenha
gasto R$ 1.000,00 com a compra de matéria-prima.

Em seguida, passa toda essa matéria-prima para produção no período. O razonete fica assim...

Na compra:

Matéria prima
R$ 1.000,00

Na transferência para o setor produtivo:

Matéria prima Produtos em elaboração


R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

Suponha-se que R$ 500 foram gastos com mão-de-obra direta para a produção e, também, que
R$ 200 são gastos com custos indiretos de fabricação. Todos esses gastos não são alocados na
Demonstração do Resultado do Exercício, por se tratar de custo. O custo será agregado ao valor
da mercadoria (na conta produtos em elaboração). Vai ficar assim:

Matéria prima Produtos em elaboração


R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
R$ 500,00
R$ 200,00

Se deste total, 60% foram acabados, passaremos a essa porcentagem para o razonete produtos
acabados (60% x 1.700 = 1.020).

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Matéria prima Produtos em elaboração Produtos acabados


R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.020,00 R$ 1.020,00
R$ 500,00
R$ 200,00
R$ 1.700,00

E se agora metade desses produtos forem vendidos? Daríamos saída do estoque de produtos
acabados (por crédito) e debitaríamos custo dos produtos vendidos.

Estaria assim:

Custo dos
Matéria prima Produtos em elaboração Produtos acabados produtos vendidos
R$ 1.000,00 R$1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.020,00 R$1.020,00 R$510,00 R$510,00
R$ 500,00 R$ 510,00
R$ 200,00
R$ 1.700,00 R$ 1.020,00
R$ 680,00

Exploremos o nosso enunciado.

Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica.

Custo de Produção do Período = MOD + CIF + MD  No nosso caso, seria 1000 + 500 + 200 =
1.700.

Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período 
Na questão são os 1.020 (que equivalem a 60% da produção do período).

Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que
só agora estão sendo vendidos  é o que vendemos no período, que equivale a R$ 510,00.

Em custos, trabalharemos basicamente com esses quatro razonetes.

Vamos analisar as assertivas...

(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais.

Incorreto. Na nossa questão o custo de produção foi maior do que o custo dos produtos acabados
e do que o custo dos produtos vendidos. Todavia, nada impede que haja um saldo anterior de
produtos acabados (provindo de um exercício passado). Se, no nosso exemplo, tivéssemos um
saldo anterior de produtos acabados de R$ 5.000,00 e mantivéssemos a porcentagem de venda,
50%, o custo do produto vendido seria R$ 3.010,00, que equivale a [(5.000 + 1020) x 50%].

(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais.

Incorreto. O custo da produção acabada pode ser maior do que o custo dos produtos vendidos.
Veja o nosso exemplo, o CPA foi de R$ 1.020 e o CPV foi de R$ 510.

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(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima
mencionados.

Incorreto. Não podemos afirmar que será maior. Em nosso exemplo foi menor do que o custo de
produção do período e, também, do que o custo dos produtos acabados.

(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados.

Correto. Um ou outros desses custos pode ser maior, dependendo da situação e do exercício em
que se está fazendo a análise.

(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma
dos custos contidos na produção.

Incorreto. O custo de produção acabada pode ser menor que os demais. Na nossa questão foi
menor do que o custo de produção do período.

O gabarito é letra d.

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9.LISTA DE QUESTÕES

(FCC/São Luis/ISS/2018) A Cia. Chuva Fina fabrica os produtos A, B e C utilizando um único


departamento. Ao analisar a produção ocorrida no mês de abril de 2018, a Cia. obteve as
seguintes informações.
Gasto com Horas de Mão de Quantidade
Gasto com
Produto Mão de obra obra direta total Preço de venda
Matéria-prima
direta utilizada produzida
A R$ 100/unidade R$ 150/unidade 1h/unidade 2.000 R$ 500/unidade
B R$ 200/unidade R$ 100/unidade 1,6h/unidade 1.000 R$ 700/unidade
C R$ 300/unidade R$ 50/unidade 1,4h/unidade 1.000 R$ 600/unidade
Os custos indiretos totais incorridos no mês de abril de 2018 foram R$ 200.000,00 e são alocados
aos produtos em função da quantidade de horas de mão de obra direta total utilizada, tendo em
vista que a Cia. Chuva Fina utiliza o método de custeio por absorção. Com base nessas
informações e sabendo que não havia estoques iniciais e finais de produtos em processo, os custos
unitários de produção do mês de abril de 2018 para os produtos A, B e C foram, respectivamente,
em reais,
A) 290,00; 340,00 e 390,00
B) 250,00; 300,00 e 350,00
C) 300,00; 350,00 e 400,00
D) 290,00; 364,00 e 406,00
E) 283,33; 366,67 e 416,67

(FCC/ICMS – SC/Auditor/2018) A Cia. Só Novelos produz os produtos X, Y e Z em um único


departamento. Ao analisar o processo produtivo de determinado mês, a Cia. obteve as
seguintes informações:
Mão de obra Quantidade total Horas de mão de
Produto Matéria-prima Preço de venda
direta produzida obra direta
X $ 100/unidade $ 60/unidade 2.000 $ 400/unidade 1h/unidade
Y $ 150/unidade $ 80/unidade 1.000 $ 300/unidade 2h/unidade
Z $ 120/unidade $ 20/unidade 500 $ 500/unidade 2h/unidade
Sabe-se que a Cia. Só Novelos utiliza o custeio por absorção e os custos fixos indiretos totais
incorridos nesse mês foram R$ 175.000,00, os quais são alocados aos produtos em função da
quantidade de horas de mão de obra direta total utilizada. Com base nessas informações e
sabendo que não havia estoques iniciais e finais de produtos em processo, o custo unitário de
produção do produto

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A) X foi R$ 210,00.
B) Y foi R$ 265,00.
C) Z foi R$ 175,00.
D) X foi R$ 195,00.
E) Y foi R$ 230,00.

(FCC/TRT 23/Contabilidade/2016) A empresa Ilha do Marajó S.A. possui um custo indireto


de R$ 6.000.000,00. Precisa distribuí-lo para três produtos: X, Y e Z. A empresa apurou os
seguintes dados para determinar a atribuição do CIF aos produtos:
X Y Z
Matéria prima aplicada R$ 1.000.000,00 R$1.500.000,00 R$3.500.000,00
MOD aplicada R$ 1.500.000,00 R$1.000.000,00 R$1.500.000,00
Horas máquinas utilizadas 100 hm 500 hm 1400 hm
Com base, unicamente, nos dados apresentados a empresa poderia atribuir como custo indireto
ao produto
(A) "Z" o valor de R$ 4.200.000,00.
(B) "X" o valor de R$ 3.000.000,00.
(C) "Y" o valor de R$ 300.000,00.
(D) "Z" o valor de R$ 1.500.000,00.
(E) "X" o valor de R$ 150.000,00.
(FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) Um lote de mercadorias para revenda foi adquirido com
pagamento à vista, em 30/10/2013, pelo valor de R$ 1.000.000,00. A empresa compradora
retirou as mercadorias no depósito do fornecedor que se localiza a 1.500 km da sua sede
e incorreu em gastos com o frete para levar estas mercadorias até o seu depósito, no valor
total de R$ 20.000,00. A empresa compradora incorreu também em gastos no valor de R$
10.000,00 na contratação de um seguro contra roubo das mercadorias durante o transporte
do depósito do fornecedor até o seu depósito.
Sabendo-se que, em 25/11/2013, a empresa vendeu 80% do lote de mercadorias que havia
comprado em 30/10/2013 pelo valor de R$ 950.000,00 e supondo que não há incidência de
qualquer tributo na compra e na venda das mercadorias, a empresa apresentará na Demonstração
do Resultado de 2013, em relação exclusivamente à compra e à venda deste lote de mercadorias,
os seguintes efeitos, em reais:
a) Resultado Bruto com Vendas = 150.000,00; Despesa com Vendas = 30.000,00
b) Resultado Bruto com Vendas = 150.000,00; Despesa com Frete = 20.000,00; Despesa com
Seguro = 10.000,00
c) Resultado Bruto com Vendas = 134.000,00; Despesa com Seguro = 10.000,00
d) Resultado Bruto com Vendas = 126.000,00
e) Resultado Bruto com Vendas = 142.000,00; Despesa com Frete = 20.000,00

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(FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) A empresa Comercializadora de Bugigangas S.A. atua na


compra e venda de produtos populares e é contribuinte unicamente do ICMS. No início do
ano de 2013, a empresa não tinha estoque de produtos e durante o ano de 2013 as
seguintes transações de compra e venda de mercadorias foram realizadas:
1. Compra de mercadorias no valor total de R$ 115.000,00, estando incluídos neste preço os
valores de R$ 15.000,00 de IPI e R$ 12.000,00 de ICMS.
2. A empresa vendeu 60% do estoque total disponível pelo preço de R$ 74.000,00 e, neste preço,
já está incluído o valor de R$ 8.880,00 de ICMS incidente sobre a venda.
O valor do Resultado Bruto com Vendas apresentado na Demonstração do Resultado de 2013 foi,
em reais,
A) 5.000,00.
B) 3.320,00.
C) 3.880,00.
D) 12.320,00.
E) 21.200,00.

(FCC/SEFAZ PI/ATE/2015) Em 30/09/2012, uma empresa adquiriu mercadorias para


revenda pelo valor de R$ 800.000,00. A empresa ficou responsável pela retirada das
mercadorias no depósito do fornecedor e incorreu em gastos com frete no valor total de
R$ 3.000,00 e também em gastos no valor de R$ 2.000,00 pela contratação de um seguro
contra roubo das mercadorias durante o transporte do depósito do fornecedor até o seu
depósito.
Sabe-se que, em 20/11/2012, a empresa vendeu 90% do lote de mercadorias que havia comprado
em 30/09/2012 pelo valor de R$ 850.000,00. O valor do Estoque referente a este lote evidenciado
no Balanço Patrimonial de 31/12/2012 foi, em reais:
A) 80.000,00
B) 80.300,00
C) 80.200,00
D) 80.500,00
E) 85.000,00

(FCC/TCM GO/Auditor/2015) A Cia. Comerciante S.A. adquiriu mercadorias para serem


comercializadas e pagou os seguintes valores:
Fornecedores de Mercadorias: R$ 390.000,00
Frete para transporte até a empresa: R$ 17.000,00
Seguro das mercadorias: R$ 7.000,00
Nos valores pagos estavam incluídos tributos recuperáveis pela empresa no valor de R$ 48.000,00
e tributos não recuperáveis no valor de R$ 24.000,00.

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Com base nestas informações, o valor reconhecido como estoque referente às mercadorias
adquiridas foi, em reais,
A) 320.000,00.
B) 342.000,00.
C) 344.000,00.
D) 366.000,00.
E) 414.000,00.

(FCC/SEFAZ PE/2015) A empresa Verde & Azul S.A. adquiriu, em 01/12/2014, mercadorias
para serem revendidas aos seus clientes. As mercadorias foram adquiridas à vista por R$
200.000,00, sendo que neste valor estavam incluídos tributos recuperáveis no valor de R$
30.000,00 e tributos não recuperáveis no valor de R$ 23.000,00. Adicionalmente, a empresa
Verde & Azul S.A. contratou e pagou o valor de R$ 8.000,00 pelo transporte destas
mercadorias adquiridas até o seu depósito, sendo que neste valor estavam incluídos
tributos recuperáveis no valor de R$ 1.000,00. Em 30/12/2014, a empresa Verde & Azul
S.A. revendeu todos estes produtos por R$ 420.000,00, à vista, e sobre o valor da venda
houve incidência de impostos no valor de R$ 63.000,00. Com base nestas informações, o
lucro bruto apurado pela empresa em dezembro de 2014 foi, em reais,
A) 220.000,00.
B) 357.000,00.
C) 157.000,00.
D) 180.000,00.
E) 203.000,00.

(FCC/TCE GO/ACE/2014) O departamento Zetta da Empresa Montevideo S.A. possui um


custo indireto de R$ 9.000.000,00. Precisa distribuí-lo para três produtos: A, B e C por
horas/máquinas. A empresa apurou os seguintes dados para o custeio:
A B C
Matéria prima aplicada R$1.500.000,00 R$ 2.000.000,00 R$ 3.000.000,00
MOD Aplicada R$2.000.000,00 R$ 1.000.000,00 R$ 2.500.000,00
Horas máquinas utilizadas 1000 hm 500 hm 1500 hm
Dessa forma, é correto afirmar que os produtos A, B e C receberão, respectivamente, de custo
indireto:
A) R$ 1.500.000,00, R$ 3.000.000,00 e R$ 3.500.000,00
B) R$ 2.000.000,00, R$ 1.000.000,00 e R$ 2.500.000,00
C) R$ 3.000.000,00, R$ 1.500.000,00 e R$ 4.500.000,00
D) R$ 4.500.000,00, R$ 1.500.000,00 e R$ 3.000.000,00
E) R$ 5.000.000,00, R$ 2.500.000,00 e R$ 7.000.000,00

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(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/RJ/2014) A Cia. Comerciante adquiriu, em 01/07/2013,


mercadorias para serem revendidas. As mercadorias foram adquiridas, à vista, por R$
150.000,00, sendo que neste valor estavam inclusos os tributos recuperáveis de R$
22.000,00 e os tributos não recuperáveis de R$ 15.000,00. Adicionalmente, a Cia.
Comerciante contratou e pagou frete e seguro, para transporte das mercadorias adquiridas
até a empresa, no valor de R$ 5.000,00, sendo que neste valor estavam inclusos tributos
recuperáveis de R$ 600,00. Em 31/07/2013, a empresa Comerciante revendeu todas estas
mercadorias por R$ 300.000,00, à vista. Sobre o valor da venda houve incidência de ICMS
− Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços no valor de R$
45.000,00 e pagamento de comissão para os vendedores no valor de R$ 9.000,00. Com
base nestas informações, o valor do lucro bruto apurado pela Cia. Comerciante no mês de
julho de 2013 foi
(A) R$ 100.000,00.
(B) R$ 122.600,00.
(C) R$ 113.600,00.
(D) R$ 150.000,00.
(E) R$ 127.000,00.
(FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2013) A Cia. Vende Água adquiriu mercadorias para
serem revendidas, à vista, por R$ 80.000,00. Neste valor estavam inclusos os tributos
recuperáveis de R$ 13.000,00 e os tributos não recuperáveis de R$ 8.000,00.
Adicionalmente, a Cia. Vende Água pagou seguro no valor de R$ 6.000,00 referente à aquisição
dessas mercadorias. Com base nestas informações, o valor reconhecido no estoque de
mercadorias referente a esta compra foi
(A) R$ 59.000,00.
(B) R$ 80.000,00.
(C) R$ 67.000,00.
(D) R$ 73.000,00.
(E) R$ 65.000,00.
(FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2013) No final do primeiro trimestre de 2013, o
Balancete da Cia. Água & Água apresentava as seguintes contas com os respectivos saldos:
Receita Bruta de Vendas R$ 55.000,00; Devolução de Vendas R$ 2.500,00; Impostos Sobre
as Vendas R$ 9.500,00; Despesas Financeiras R$ 2.500,00; Comissões dos Vendedores R$
3.000,00.
Sabendo que o valor das compras reconhecidas como Estoque de mercadorias durante o primeiro
trimestre de 2013 foi R$ 20.000,00 e que o estoque inicial e final de mercadorias para
comercialização, no primeiro trimestre de 2013, eram, respectivamente, R$ 15.000,00 e R$
14.000,00, o Lucro Bruto apurado pela Cia. Água & Água no primeiro trimestre de 2013 foi

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(A) R$ 31.000,00.
(B) R$ 34.000,00.
(C) R$ 24.500,00.
(D) R$ 22.000,00.
(E) R$ 19.000,00.
(FCC/Contador/Nossa Caixa/2011) A Cia. Diamantina adquiriu uma mercadoria para
revenda. O total da nota fiscal foi de R$ 1.100,00, sendo R$ 100,00 o valor correspondente
ao Imposto sobre Produtos Industrializados. Dos tributos incidentes sobre as compras,
apenas o ICMS, que foi cobrado com alíquota de 18%, é recuperável. Posteriormente, a
companhia revendeu a mercadoria para terceiros pelo valor de R$ 1.800,00. Sabe-se que
o valor total de PIS e COFINS pagos pela Companhia sobre essa receita foi de R$ 65,70 e
que o ICMS incidiu na operação com alíquota de 18%. Se essa tivesse sido a única operação
de vendas efetuada pela Companhia, no exercício, ela teria auferido um Lucro Bruto nessa
operação, em R$, de
(A) 914,30.
(B) 590,30.
(C) 410,30.
(D) 570,30.
(E) 490,30.
(FCC/Bahiagás/Contabilidade/2010) Gastos com operários de fabrica relativos à SENAI,
SESI, Salário Educação, Incra, Sebrae, Férias, Adicional de Férias e gratificação natalina são
custos apropriáveis como
a) Serviços de Terceiros.
b) Matéria-Prima.
c) Custos Indiretos de Fabricação.
d) Mão de Obra Direta.
e) Mão de Obra Indireta.
(FCC/ALESP/Agente Técnico Legislativo/2010) A empresa Uirapuru S.A. contabiliza a
depreciação de seus ativos, registrando 50% nos custos dos produtos e 50% para a conta
de despesa de depreciação no resultado. A depreciação é absorvida nos produtos
proporcionalmente.
Considerando que o Estoque Inicial dos Produtos Acabados em 2008 era zero; no final do ano de
2008 só existiam Produtos Acabados e que as vendas foram de 40% dos estoques, é correto
afirmar que
a) 20% da depreciação registrada na formação dos estoques estão contabilizadas.
b) 20% da depreciação total do período estão registradas nos Custos dos Produtos Vendidos.

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c) 25% da depreciação total estão registradas nos Estoques de Produtos Acabados.


d) Somente os 50% registrados na conta de despesa de depreciação estão afetando o resultado.
e) 80% da depreciação total estão consideradas no resultado.
(FCC/TRE-AM/Contabilidade/2010) A empresa Baratear adquiriu uma máquina para uso,
exclusivo, na produção do produto A. A vida útil estimada da máquina é de 10 anos e a
empresa utiliza o método das cotas constantes para depreciá-la. Em relação ao produto A,
a depreciação da máquina é classificada como custo:
a) fixo e primário.
b) fixo e indireto.
c) variável e direto.
d) variável e indireto.
e) fixo e direto.
(FCC/Copergás/Técnico Administrativo/2011) A empresa VivaGás adquiriu na Papelbrás
Ltda. materiais de papelaria para uso no escritório no valor de R$ 430,00 ( quatrocentos e
trinta reais ). Adquiriu também, na Embalex Ltda., R$ 2.070,00 (dois mil e setenta reais) de
caixas para embalagens de seus produtos. Tratando-se de custos, a empresa VivaGás
contabilizará
I. os valores de R$ 430,00 e R$ 2.070,00 como despesa e custo, respectivamente.
II. o valor de R$ 2.070,00 como custo.
III. apenas o valor de R$ 2.070,00 como despesa.
IV. o valor de R$ 2.500,00 como custo.
Está correto o que consta APENAS em
A) III.
B) II e IV.
C) IV.
D) I e III.
E) I e II.
(FCC/TCE GO/Analista - Contabilidade/2010) Durante o mês de agosto, a empresa J&J
produziu 2.000 unidades de seu único produto para revenda. Nesse período, a empresa
incorreu nos seguintes gastos:
matéria-prima: R$ 30.000,00;
mão de obra direta: R$ 6.000,00;
energia elétrica (fábrica: R$ 15.000,00;
mão de obra (administração): R$ 10.000,00;
seguros (50% setor industrial): R$ 20.000,00;

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depreciação (40% setor industrial): R$ 10.000,00;


salários dos vendedores: R$ 8.000,00;
encargos financeiros referentes a empréstimos: R$ 5.000,00.
Sabendo que não havia estoques iniciais de produtos acabados, toda produção foi iniciada e
acabada durante o mês de agosto, e que a empresa nada vendeu nesse período, o valor do
estoque final de produtos acabados, pelo custeio por absorção, é
A) R$ 65.000,00
B) R$ 71.000,00
C) R$ 73.000,00
D) R$ 78.000,00
E) R$ 88.000,00
(FCC/CVM/Analista /2006) Os estoques de produtos fungíveis são avaliados pelo
A) custo histórico de aquisição atualizado monetariamente.
B) valor de mercado.
C) custo padrão, sem inclusão das variações do padrão.
D) custo padrão, com a inclusão das variações do padrão.
E) valor histórico de formação menos fator de obsolescência.
(FCC/Bahia Gás/Analista – Ciências Contábeis/2010) Os tributos indiretos incidentes na
compra de materiais diretos que comporão os produtos finais, não tributáveis na venda
devem ser apropriados contabilmente como
A) Investimentos.
B) Impostos a Recuperar.
C) Impostos a Recolher.
D) Custo Primário.
E) Despesas Tributárias.
(FCC/TRE AM/Contabilidade/2010) A empresa Beta produz um único produto e para
produzir 800 unidades desse produto incorreu nos seguintes gastos durante o mês de
outubro:
Custo fixo: R$ 12.000,00
Custos variáveis: Matéria-prima: R$ 8,00/unidade
Mão-de-obra direta: R$ 3,00/unidade
Despesas fixas: R$ 4.000,00
Despesas variáveis: R$ 3,00/unidade
Comissões sobre vendas: 10% do preço de venda
Preço de venda: R$ 80,00/unidade

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Quantidade vendida: 600 unidades


Pelo Custeio por Absorção, o custo unitário da produção do período foi, em reais,
A) 11
B) 14
C) 26
D) 29
E) 34
(FCC/Infraero/Técnico em Contabilidade/2009) Dados extraídos da escrituração contábil
da Cia. Industrial Maringá no exercício de 2008, em R$:
Aquisição de material direto...................................................................................... 500.000,00
Estoque inicial de produtos em elaboração................................................................ 200.000,00
Mão de obra direta ..................................................................................................... 540.000,00
Despesas financeiras na aquisição de material direto ................................................ 130.000,00
Estoque final de produtos acabados ........................................................................... 300.000,00
Custos indiretos de fabricação ................................................................................... 960.000,00
Estoque final de produtos em elaboração................................................................... 240.000,00
Estoque inicial de material direto................................................................................ 100.000,00
Despesa com fretes de venda...................................................................................... 120.000,00
Estoque inicial de produtos acabados......................................................................... 400.000,00
Estoque final de material direto....................................................................................140.000,00
O valor do material direto consumido na produção no exercício de 2008 foi, em R$,
A) 590.000,00
B) 540.000,00
C) 500.000,00
D) 460.000,00
E) 420.000,00
(FCC/Infraero/Técnico em Contabilidade/2009) Dados extraídos da escrituração contábil
da Cia. Delta, em R$:
-... Estoque inicial de Produtos em Elaboração............ 160.000,00
-... Estoque final de Produtos Acabados .................... 100.000,00
-... Custo dos Produtos Vendidos............................... 700.000,00
-... Estoque Final de Produtos em Elaboração.............. 130.000,00
-... Estoque Inicial de Produtos Acabados..................... 40.000,00
-...Mão de Obra Direta............................................. 150.000,00
-... Custos Indiretos de Fabricação............................ 380.000,00
O consumo de material direto da companhia nesse exercício foi, em R$,
A) 230.000,00
B) 220.000,00
C) 200.000,00

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D) 190.000,00
E) 180.000,00
(FCC/ICMS SP/AFR/2006) Considere que uma empresa aloca custos departamentais aos
produtos, utilizando-se do método "Direto".

Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitário, em R$, dos produtos A e B são,
respectivamente,
A) 120,00 e 162,50
B) 125,00 e 156,25
C) 149,00 e 126,25
D) 145,00 e 135,00
E) 150,00 e 125,00
(FCC/Infraero/Contador/2009) Os gerentes da Indústrias Reunidas Ltda. estão discutindo
as formas de alocar o custo dos departamentos de serviços, o Controle de Qualidade e a
Manutenção para os departamentos produtivos. Para a reunião o Controller providenciou
o seguinte relatório:

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Se a Indústrias Reunidas Ltda. usa o método direto para alocar os custos dos departamentos de
serviços, o total dos custos indiretos alocados pelos departamentos de serviços para o
departamento de montagem deveria ser
(A) R$ 80.000,00
(B) R$ 87.500,00
(C) R$ 120.000,00
(D) R$ 167.500,00
(E) R$ 467.500,00
(FCC/TJ-PA/Analista/Ciências Contábeis/2009) A indústria "Plastisil", em certo período,
aplicou no processo produtivo: R$ 75.000,00 de materiais diretos, R$ 50.000,00 de mão-
de-obra direta e R$ 75.000,00 de gastos indiretos de produção. O saldo inicial da conta
produtos em elaboração foi de R$ 20.000,00, enquanto que o seu saldo final foi de R$
10.000,00. Sabendo-se que os saldos inicial e final de produtos acabados foram de R$
1.000,00, o custo da produção vendida no período foi de, em reais,
a) 200.000,00
b) 0,00
c) 199.000,00
d) 135.000,00
e) 210.000,00
(FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) Custo de Produção do Período é a soma dos
custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma dos
custos contidos na produção acabada no período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma
dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos.
Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período, é
correto afirmar que
(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais.
(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais.
(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima
mencionados.
(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados.
(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos
custos contidos na produção.

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10. GABARITO

1 D 15 B
2 D 16 E
3 A 17 E
4 D 18 A
5 B 19 B
6 D 20 D
7 D 21 C
8 D 22 D
9 C 23 C
10 B 24 E
11 D 25 D
12 D 26 E
13 E 27 D
14 D

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11. RESUMO

1 - Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos.
Exemplo: matéria-prima, mão de obra direta, embalagens, etc.

2 - Custos Indiretos são aqueles que não podem ser diretamente apropriados aos produtos.
A sua alocação é feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Exemplo: Aluguel da
fábrica, supervisão, chefia, etc. (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”.)

3 - Regra geral : todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso
(equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc) ou em condições de venda (mercadoria,
etc) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op cit.)

4 - o custo de aquisição dos estoques compreende:

---Preço de compra

---Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).

Os tributos recuperáveis são:

Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não
cumulativa)

Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)

---Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.

5 - Descontos comerciais ou incondicionais são aqueles que são negociados no momento


da compra, sem nenhuma condição.

6 - desconto financeiro ou condicional . Ocorre quando o vendedor oferece um desconto


para antecipar o pagamento.

7 - O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Assim, não se confunde com o
Desconto Incondicional, que ocorre no momento da compra.

8 – Frete sobre compras (matéria prima, mercadoria) CUSTO

Frete sobre venda  DESPESA

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9 – Armazenagem de matéria prima  CUST

Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados  DESPESA

10 – IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto “por fora”, o que significa
que não está incluído no preço do produto . Portanto, deve ser acrescentado ao preço.
Normalmente, a questão informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI.

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: é um imposto “por dentro”, ou


seja, já está incluído no preço da mercadoria ou produto. Possui várias alíquotas, sendo que
normalmente a questão informa qual deve ser utilizada.

PIS – Programa de Integração Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades
cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

Cumulativa: 0,65 %
Não-cumulativa: 1,65 %

COFINS – Contribuição para a Seguridade Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas
modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

Cumulativa: 3,0 %
Não-cumulativa: 7,6 %

11 - Impostos “por dentro” e “por fora” . Normalmente, as questões informam o “preço da


mercadoria” ou o “preço da compra”. O preço inclui o ICMS (imposto “por dentro”), mas
não inclui o IPI (imposto “por fora”).

12 - As perdas normais são apropriadas ao custo do produto.

As perdas anormais são tratadas como despesa do período, não afetando o custo da
produção.

13 - Mão de obra direta: É aquela que pode ser apropriada diretamente ao produto.

14 - Mão de obra indireta : Ocorre quando o custo da mão de obra necessita de algum tipo
de rateio ou estimativa, para ser atribuído aos produtos.

15 - O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a
provisão de décimo terceiro salário.

16 - Departamento é uma unidade administrativa, representada por pessoas e máquinas que


desenvolvem determinada atividade. O Departamento é um centro de custos, ou seja, os
custos indiretos são acumulados no Departamento, e depois são atribuídos aos produtos.

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17 - Quando há necessidade de se conhecer o custo de um produto ou de uma ordem


durante a sua execução, deve ser usada a técnica de Custos Indiretos Aplicados. Por essa
técnica, ao invés de esperar pelo encerramento do período para ratear os Custos Indiretos
realmente incorridos, a empresa utiliza uma previsão dos Custos Indiretos, os quais são
aplicados segundo uma Taxa de Aplicação pré determinada.

18 – Produção por ordem: Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos
clientes ou, então, produz também para venda posterior, mas de acordo com determinações
internas especiais, não de forma contínua. Na produção por ordem, os custos de cada
ordem ou encomenda ficam acumulados numa conta específica.

19 - Um ativo qualificável (tradução de “Qualifying Assets”) é um ativo que, necessariamente,


demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda
pretendidos. os custos de empréstimos obtidos, diretamente destinados a financiar a
construção, produção ou aquisição de ativos qualificáveis, são contabilizados como parte do
custo desses ativos.

Contabilidade de Custos p/ SEFAZ-MG (Auditor Fiscal) - 2021 - Pré-Edital 87


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62693379253 - cicero dantas dos santos filho

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