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Aula 02
25 de Janeiro de 2021
Sumário
1. Custeio E Controle Dos Materiais Diretos: Custo De Aquisição, Inventários, Critérios De Avaliação E
Identificação Do Consumo De Materiais E Tratamento Das Perdas. ................................................................. 4
- Devoluções.................................................................................................................................................................... 8
- Abatimento ................................................................................................................................................................ 13
2.5 - Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Empresa Comercial) ............................ 26
4. Custos Indiretos.......................................................................................................................................................... 33
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5. Departamentalização .............................................................................................................................................. 37
- Tratamento Do Custo De Empréstimos Destinados A Financiar Estoque Na Produção Por Ordem. ........ 42
- Produção Contínua................................................................................................................................................... 44
9. Lista de Questões...................................................................................................................................................... 73
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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Olá, meus amigos. Como estão?!
É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos , para mais uma aula de
Contabilidade de Custos.
Na aula de hoje trataremos dos seguintes tópicos: “Custeio e controle dos materiais diretos.
Custeio, controle, tratamento contábil da mão de obra direta e indireta.”.
Forte abraço!
Sigam as nossas redes sociais para muitas e muitas dicas de contabilidade para
concursos:
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1.1 - Definição
Custos indiretos : Não podem ser diretamente apropriados aos produtos. A sua alocação é feita
de maneira estimada e muitas vezes arbitrária .1
A primeira coisa que devemos ter em mente é que custo direto não é o mesmo que custo
variável ; e custo indireto não é sinônimo de custo fixo .
A classificação custo direto ou custo indireto refere-se à identificação do custo com o produto
elaborado. Os custos que podem ser atribuídos diretamente a um produto são os custos diretos.
Já aqueles que necessitam de um critério de rateio para serem alocados aos produtos são os
custos indiretos.
A classificação entre custos fixos e variáveis refere-se à variação dos custos em relação à variação
da quantidade produzida.
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Diretamente
Direto atribuíveis a um
produto
Necessitam de
Indireto
rateio
Varia em relação
Variável à quantidae
produzida
Assim, um custo fixo pode ser direto ou indireto . O mesmo ocorre com os custos variáveis . São
duas classificações separadas, com finalidades distintas, e não há relação entre elas. Ou seja,
embora os custos fixos sejam em sua maioria custo indiretos, pode haver custo fixo direto. Com
os custos variáveis ocorre o mesmo. Repetimos, são classificações separadas.
Para tornar mais clara a distinção entre custo direto e indireto, vamos reproduzir um exemplo que
consta no livro “Contabilidade de Custos”, do Prof. Eliseu Martins:
Matéria-prima 2.500.000
Embalagens 600.000
Material de consumo 100.000
Mão-de-obra 1.000.000
Salário da Supervisão 400.000
Depreciação das Máquinas 300.000
Energia Elétrica 500.000
Aluguel do Prédio 200.000
Total 5.600.000
Material de consumo : Alguns são lubrificantes de máquinas, e não há como associá-los a cada
produto diretamente, e outros são de tão pequeno valor que ninguém se preocupou em associá-
los a cada produto.1
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Mão-de-obra : é possível associar parte dela diretamente com cada produto, pois o processo não
é muito automatizado e houve uma medição de quanto cada operário trabalhou em cada um e
quanto custa cada operário para a empresa. Mas parte dela refere-se aos chefes de equipe de
produção, e não há possibilidade de se verificar quanto atribuir diretamente aos produtos
($200.000 dos $1.000.000).1
Salários da Supervisão : muito mais difícil de ainda de se alocar por meio de uma verificação direta
e objetiva do que a mão-de-obra dos chefes de equipe de produção, já que essa supervisão é a
geral da produção. Representa esse custo o gasto da supervisão dos chefes de equipes e, por isso
mesmo, muito mais difícil é a alocação aos produtos.1
Depreciação das máquinas : a empresa deprecia linearmente em valores iguais por período, e não
por produto. Haveria possibilidade de apropriar diretamente a cada produto se a depreciação
fosse contabilizada de outra forma.1
Energia Elétrica : parte dela é possível alocar a três dos quatro produtos, já que a máquina que
mais consome força possui um medidor próprio, e a empresa faz verificações de quanto consome
cada item elaborado. Porém, o resto da energia só é medido globalmente, e não há forma direta
de alocação ($350.000 são alocáveis e $150.000 não).1
Verificamos que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos produtos. São os custos
diretos com relação aos produtos.
Em outros casos, não há uma medida objetiva, e a alocação tem que ser feita de maneira estimada
e muitas vezes arbitrária. São os custos indiretos com relação aos produtos.
É importante ressaltar que a classificação entre custos diretos e indiretos relacionada acima vale
para as condições descritas. Ou seja, para uma empresa a depreciação pode ser um custo
indireto e para outra pode ser um custo direto . Há que se verificar o que diz a questão.
Alguns custos são irrelevantes e, embora pudessem ser apropriados diretamente (como no caso
de material de consumo, neste exemplo), recebem um tratamento de custo indireto. A relação
“custo-benefício” não justifica um tratamento mais detalhado para custos irrelevantes.
Lembramos que não há um valor objetivo para que um custo seja considerado relevante ou
irrelevante. Segundo o CPC 00 – Procedimento Conceitual Básico, do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas
decisões que possam ser tomadas pelos usuários .
Alguns custos, como a depreciação, poderiam ser apropriados de forma direta, mas, pela própria
natureza do custo, muitas vezes não é considerado útil esse procedimento.
E, finalmente, alguns custos, como a energia elétrica, embora possam ser relevantes, não são
tratados como diretos, já que seria necessário um sistema de mensuração da quantidade aplicada
em cada produto. Devido ao custo desse sistema, ou por ser de difícil aplicação, ou ainda por não
ser muito diferente o valor assim obtido daquele que se calcularia com base na potência de cada
máquina e no volume de sua utilização, prefere-se fazer a apropriação de forma indireta.
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Sempre que é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou quando há o
uso de estimativas ao invés de medição direta, fica caracterizado o custo indireto .
Assim, o rol dos custos indiretos inclui custos indiretos propriamente ditos e custos diretos (por
natureza), mas que são tratados como indiretos em função de sua irrelevância ou da
dificuldade de sua medição .
Com respeito especificamente à mão-de-obra, o Prof. Eliseu Martins ressalta que a mão de obra
direta é aquela que diz respeito ao gasto com pessoal que trabalha e atua diretamente sobre o
produto que está sendo elaborado; a mão de obra indireta é a relativa ao pessoal de chefia,
supervisão ou outras atividades que, apesar de vinculadas à produção, não tem aplicação direta
sobre o produto: manutenção, programação e controle da produção, etc.
Custos do estoque
Custos de aquisição
1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).
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A) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não
cumulativa)
B) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
1) ICMS sobre frete : para a contabilidade, só destacamos ICMS sobre frete se a questão
mencionar expressamente. Do contrário, não. Não é um aspecto muito usual em questões de
contabilidade, somente em questões de legislação tributária do ICMS.
Não. O frete sobre compras entra no custo do produto transportado, seja por transportadora ou
pelo fornecedor.
3) Qual o lançamento correto relativo à parte que acerta o frete na devolução de mercadorias?
O frete referente às unidades devolvidas deve ser retirado do estoque e vai para o resultado,
como despesa.
O lançamento é o seguinte:
4) Este raciocínio vale também para despesas de manuseio, seguros, já que o CPC 16 dá a elas
o mesmo tratamento?
- Devoluções
A nota fiscal de devolução deve ser um espelho da nota fiscal de venda, incluindo todos os itens
que nela aparecem.
Exemplo: vamos supor que a empresa KLS vendeu 10 unidades do produto X pelo preço unitário
de $100, com IPI de 10% e ICMS de 18%. Além disso, concedeu um desconto comercial, que
constou na Nota Fiscal, de 20%.
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A empresa compradora devolve duas unidades. A nota fiscal de devolução ficará assim:
Repare que o total da NF de devolução corresponde a 20% do valor total da NF de venda, o que
está de acordo com a quantidade devolvida (2 unidades de uma venda de 10 unidade).
Entretanto, se constar frete na NF de vendas e houver devolução parcial, o frete das unidades
devolvidas deve sair do estoque, sendo transferido para o resultado, como despesa do exercício.
São aqueles que são negociados no momento da compra, sem nenhuma condição . Exemplo:
determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na negociação, acaba saindo por 95
reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto
deve ser deduzido do custo do produto. Além disso, quando constar na nota fiscal, o desconto
incondicional é abatido da base de cálculo do ICMS, do PIS/COFINS e do IPI.
Esse tipo de desconto é contabilizado como Receita Financeira, para o comprador, e não afeta o
custo do estoque.
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A Lei nº 4.502/64, que trata do IPI, ao dispor sobre a base de cálculo desse tributo,
estabelece que “não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos,
diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que
incondicionalmente”. (Art. 14, § 2º). Em outras palavras, a Lei estabelece que
nenhum dos tipos de descontos (condicionais ou incondicionais) pode ser abatido
da base de cálculo do IPI.
Link:https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/questao-garantida
proximo-concurso-da-receita-federal/
Em 2017, o Senado Federal suspendeu a cobrança do IPI sobre os descontos incondicionais, por
meio da Resolução 01/2017:
O Senado Federal
Resolve:
As questões anteriores à resolução do Senado Federal consideravam que o IPI incidia sobre os
descontos incondicionais;
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Exemplo do cálculo anterior: determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na
negociação, acaba saindo por 95 reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar
a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto. Além disso, até esse
entendimento do STF, quando constava na nota fiscal, o desconto incondicional era abatido
da base de cálculo do ICMS e do PIS/COFINS, mas não da base de cálculo do IPI .
Nota fiscal:
Valor da mercadoria 10.000
(-) Desconto concedido (500)
Cálculo do IPI: 10.000 x 10% = 1.000,00
Cálculo do ICMS: 9.500 x 18% = 1.710,00
Cálculo do PIS: 9.500 x 1,65 % = 156,75
Cálculo do COFINS: 9.500 x 7,6% = 722,00
Valor total da NF: 10.000 + 1.000 - 500 = 10.500
Como se observa, o desconto incondicional ou desconto comercial não era abatido da base de
cálculo do IPI , mas era abatido da base de cálculo do ICMS, e também do PIS e COFINS. Este
entendimento, agora, conforme o STF e a resolução do Senado Federal, deverá ser diverso. O
desconto incondicional deverá ser descontado também para o IPI.
Assim, atualmente, o cálculo fica assim: a empresa KLS vendeu produtos no valor de $ 10.000, e
concedeu um desconto incondicional de $ 500, com IPI de 10% e ICMS de 18%, PIS de 1,65% e
COFINS de 7,6%.
Nota fiscal:
Valor da mercadoria 10.000
(-) Desconto concedido (500)
Cálculo do IPI: 9.500 x 10% = 950,00
Cálculo do ICMS: 9.500 x 18% = 1.710,00
Cálculo do PIS: 9.500 x 1,65 % = 156,75
Cálculo do COFINS: 9.500 x 7,6% = 722,00
Valor total da NF: 10.000 + 950 - 500 = 10.450
Além disso, temos de lembrar uma diferença basilar no que tange ao ICMS e ao IPI. Ambos são
impostos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar do imposto cobrado nas operações
anteriores.
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto por fora, o que significa que não está
incluído no preço do produto. Portanto, deve ser acrescentado ao preço. Normalmente, a questão
informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI.
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ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: É um imposto por dentro , ou seja,
já está incluído no preço da mercadoria ou produto. Possui várias alíquotas, sendo que
normalmente a questão informa qual deve ser utilizada.
(...) E a demonstração continua, mas não reproduziremos aqui, pois não vem ao caso.
Vejam que de acordo com a demonstração acima, o IPI incide sobre o valor total da operação, o
que inclui os descontos, mesmo que concedidos no momento da venda.
Art. 14. II - quanto aos produtos nacionais, o valor total da operação de que
decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.
(Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989)
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Bem, as bancas às vezes demoram para utilizar as “novidades” nas questões, ou seja, podem
continuar com o sistema de cálculo antigo, sem abater o desconto incondicional da base de cálculo
do IPI.
Se não houver resposta para o cálculo atual, tente o antigo (considerando que o IPI incide sobre
o desconto comercial ou incondicional).
E, finalmente, se houver resposta para os dois cálculos, use o atual, conforme a resolução do
senado federal.
- Abatimento
O abatimento ocorre num momento posterior à compra . Por exemplo, uma loja fecha um pedido
de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que
foi pedido. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria não
seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar
impostos ou outros custos).
Fretes : Já mencionamos que o frete sobre compras integra o custo da matéria prima.
Mas vale ressaltar o seguinte ponto: o frete sobre as vendas da empresa (ou seja, o valor gasto
para enviar os produtos acabados aos clientes) deve ser tratado como despesa.
Esquematizemos:
Compras Custo
Frete
Vendas Despesa
Mas, quando uma empresa adquire mercadoria, os gastos com armazenagem são considerados
despesas. Pois a mercadoria já está pronta, já foi produzida.
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Esquematizemos:
Armazenagem
Mercadoria
Despesa
acabada
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- Impostos Recuperáveis
São os tributos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar (no sentido jurídico) do
imposto cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS e o COFINS.
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto “por fora” , o que significa que não
está incluído no preço do produto. Portanto, deve ser acrescentado ao preço . Normalmente, a
questão informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI. Então, portanto, a
questão vai dizer: o preço de venda foi R$ 100,00 e o IPI tem alíquota de 10%. O total será de R$
110,00, correspondente ao preço da mercadoria + IPI, que é por fora.
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: é um imposto “por dentro” , ou seja,
já está incluso no preço da mercadoria ou produto . Possui várias alíquotas, sendo que
normalmente a questão informa qual deve ser utilizada.
PIS – Programa de Integração Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades
cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:
Cumulativa: 0,65 %
Não-cumulativa: 1,65 %
COFINS – Contribuição para a Seguridade Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas
modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:
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Cumulativa: 3,0 %
Não-cumulativa: 7,6 %
Cumulativo 0,65%
Tributo por
PIS
dentro
Não cumulativo 1,65%
Cumulativo 3,0%
Tributo por
COFINS
dentro
Não cumulativo 7,6%
Deve ser
Imposto por
IPI incluido no
fora
preço
Impostos “por dentro” e “por fora” . Vamos detalhar a forma de cálculo do IPI (por fora) e do
ICMS (por dentro).
Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de $1.000 reais, com incidência
de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização.
Cálculo do imposto:
IPI: 1.000 x 10% = 100. Como o IPI não está incluído no preço, deve ser somado.
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Razonetes:
Fornecedores
1100
Já mencionamos que o preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI . Mas devemos atentar
para a seguinte “pegadinha”: se a questão mencionar o “valor da nota fiscal” ou o “valor pago”,
este já inclui o IPI .
Esquematizemos:
R: O preço inclui o ICMS (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("por fora").
2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria pagando o total de 1000, com
ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da Nota fiscal?
R: Se o comprador pagou 1000, este é o valor total da NF, já com 10% de IPI incluso.
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A empresa KLS comprou mercadorias, no valor de $10.000, as quais foram revendidas por $
15.000. Nas operações de compra e venda, incidiu ICMS à alíquota de 18%. As operações foram
realizadas a vista. Efetue a contabilização das operações, determine o valor do ICMS a Recolher e
apure o lucro bruto.
Comentários:
Razonetes:
Contabilização da venda:
Baixa do estoque:
Razonetes:
CMV
8200
Reconhecimento da Receita:
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Razonetes:
Razonetes:
ICMS a recolher
2700
Cálculo do ICMS a recolher: devemos confrontar o saldo das duas contas de ICMS (a recuperar x
a recolher). Se a conta ICMS a recuperar for maior, o saldo passa para o próximo mês. Se a conta
ICMS a recolher for maior, a empresa deve recolher a diferença entre as contas. Para isso, vamos
transferir o salda do ativo (ICMS a recuperar) para o passivo (ICMS a recolher).
Após esse lançamento, a conta ICMS a recuperar fica com saldo zero, e a conta ICMS a Recolher
fica com saldo de $2.700 - $1.800 = $900.
Pelo recolhimento:
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Razonetes:
ICMS a recolher
1800 2700
900
Repare que a empresa recolheu ICMS apenas sobre a diferença entre o preço de compra e o preço
de venda. Esse é o mecanismo da não-cumulatividade. O imposto destacado nas operações
anteriores é abatido do valor a recolher.
As bancas costumam cobrar apenas ICMS e IPI, nas questões sobre compra de matéria-prima e/ou
mercadorias. Mas vamos examinar também a incidência de PIS e COFINS.
Nesta aula, mostramos os dois cálculos. Normalmente, demora um tempo até que as “novidades”
comecem a ser cobrada pelas bancas.
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A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS
de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.
Pessoal, é importante destacar que a apuração dos tributos incidentes na compra possui muitos
detalhes, mas alguns pontos são importantes e queremos destacar:
1. Verifiquem se a operação é feita com empresa comercial ou indústria , pois irá fazer toda
a diferença para sabermos se o tributo é recuperável ou não;
2. Verifiquem também a DESTINAÇÃO da bem adquirido: será utilizado na produção? Vai ser
comercializado? Vai para o Ativo Imobilizado? É para Uso e Consumo? Isso também é
fundamental na apuração dos tributos:
Apuração:
Nesse caso, por se tratar de matéria-prima, portanto, destinada à produção, o IPI, o ICMS, o
PIS e a COFINS são recuperáveis.
D – Estoque 72.750
D – IPI a recuperar 10.000
D – ICMS a recuperar 18.000
D – PIS a recuperar 1.650
D – COFINS a recuperar 7.600
C – Fornecedores 110.000
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Dica: para retirarmos o “Imposto por fora” (IPI) do valor total da nota fiscal basta pegarmos o
valor da nota fiscal e dividirmos por (1 + alíquota), vejam:
110.000
Valor sem IPI = = 100.000
1,10
MUITO IMPORTANTE!
O Supremo Tribunal Federal entendeu, em 2017, que o ICMS não deve integrar
a base de cálculo do PIS/COFINS , uma vez que não compõe o faturamento da
empresa.
Nesse caso, a base de cálculo do PIS e da COFINS é será 82.000, isto é, 100.000 – 18.000 (ICMS).
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Exemplo: A empresa LKS adquiriu uma máquina a prazo, para uso na produção, diretamente do
fabricante, com preço de R$ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS
de 7,6%. Determine a contabilização.
Conforme previsão da Constituição Federal, o ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo,
o montante do imposto sobre produtos industrializados , quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato
gerador dos dois impostos.
Esquematizemos:
Neste caso, com se trata de aquisição de Ativo Imobilizado (não é matéria-prima destinada à
industrialização e nem mercadoria destinada à comercialização, nem uso e consumo ), o IPI será
incluído na base de cálculo do ICMS.
O IPI também será incluído na base de cálculo do PIS e COFINS, para o adquirente .
Vejam que nós somamos o IPI para achar o valor do ICMS e do PIS/COFINS.
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D – Imobilizado 80.025
D – ICMS a recuperar 19.800
D – PIS a recuperar 1.815
D – Cofins a recuperar 8.360
C – Fornecedores 110.000
A Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) estabelece que a aquisição de ativo imobilizado também
dá direito aos créditos de ICMS. Mas a compensação deve ser feita em 48 meses, ou seja, o valor
do ICMS na aquisição será compensado na proporção de 1/48 avos por mês.
Com relação ao PIS e COFINS : as máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de
bens destinados à venda ou na prestação de serviços dão direito ao crédito do PIS e COFINS, na
modalidade não cumulativa.
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Determine a contabilização.
Neste caso, o IPI não é recuperável . Vejam. Estamos comprando mercadoria de uma indústria
para revender. Como se trata de mercadoria destinada à comercialização, o IPI não entra na
base de cálculo do ICMS .
Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo do PIS e do
COFINS. Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A base de cálculo do ICMS será
diferente da base de cálculo do PIS e COFINS.
Esquematizemos:
Comprada de Industrial
Compra de Mercadoria IPI não entra
para Revenda na BC do ICMS
IPI entra na BC do
PIS/COFINS
Vamos aos cálculos:
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D – Estoque 81.825
D – ICMS a recuperar 18.000
D – PIS a recuperar 1.815
D – COFINS a recuperar 8.360
C – Fornecedores 110.000
Exemplo: A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com preço de
R$ 100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a contabilização.
Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa vendedora é uma empresa
comercial, não há IPI.
Nesse caso, não há IPI. O valor do estoque é: 100.000 – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750
D – Estoque 72.750
D – ICMS a recuperar 18.000
D – PIS a recuperar 1.650
D – COFINS a recuperar 7.600
C – Fornecedores 100.000
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Mas, com os esquemas que detalhamos acima, ficou mais fácil, não é?
(SEFAZ PE/2015) A empresa Verde & Azul S.A. adquiriu, em 01/12/2014, mercadorias para
serem revendidas aos seus clientes. As mercadorias foram adquiridas à vista por R$
200.000,00, sendo que neste valor estavam incluídos tributos recuperáveis no valor de R$
30.000,00 e tributos não recuperáveis no valor de R$ 23.000,00. Adicionalmente, a empresa
Verde & Azul S.A. contratou e pagou o valor de R$ 8.000,00 pelo transporte destas
mercadorias adquiridas até o seu depósito, sendo que neste valor estavam incluídos tributos
recuperáveis no valor de R$ 1.000,00. Em 30/12/2014, a empresa Verde & Azul S.A. revendeu
todos estes produtos por R$ 420.000,00, à vista, e sobre o valor da venda houve incidência
de impostos no valor de R$ 63.000,00. Com base nestas informações, o lucro bruto apurado
pela empresa em dezembro de 2014 foi, em reais,
A) 220.000,00.
B) 357.000,00.
C) 157.000,00.
D) 180.000,00.
E) 203.000,00.
Comentários:
Este tipo de questão já sabemos resolver. Vamos tirar os tributos recuperáveis, somar o frete, o
seguro, tirar o tributo recuperável do frete, e esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício
(DRE).
Assim:
Mercadoria R$ 200.000,00
(-) Tributos recuperáveis -R$ 30.000,00
Frete (transporte) R$ 8.000,00
Tributos recuperáveis sobre frete -R$ 1.000,00
Total Mercadoria R$ 177.000,00
Agora a DRE:
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Já vimos esse assunto na aula anterior, mas não custa recordar: as perdas de material direto na
produção podem ser normais, decorrentes do processo produtivo, ou perdas anormais,
decorrentes de algum fato excepcional.
a) As perdas normais são apropriadas ao custo do produto . Por exemplo, se uma empresa
usa 1.000 kgs de uma determinada matéria prima e ocorre uma perda de 5% no processo de
produção, o custo dos 1000 kgs será considerado normalmente.
b) As perdas anormais são tratadas como despesa do período , não afetando o custo da
produção. Por exemplo, se ocorre um incêndio e a empresa perde 5.000 kgs do estoque de
matéria prima, não deve incluir o valor desse estoque como custo da produção, e sim como
despesa.
Esquematizemos:
Perdas
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3.1 – Definição
Mão de obra direta : É aquela que pode ser apropriada diretamente ao produto.
Mão de obra indireta : Ocorre quando o custo da mão de obra necessita de algum tipo de rateio
ou estimativa, para ser atribuído aos produtos.
Alguns exemplos mais comuns de Mão de obra Direta são: torneiro, prensista, soldador, cortador,
pintor etc. E de Mão de obra indireta: supervisor, encarregado de setor, pessoal da manutenção,
ajudante etc.
A legislação trabalhista brasileira garante um mínimo de 220 horas por mês, mesmo aos operários
contratados por hora. Assim, considerando o total do mês, a folha de pagamento é um gasto fixo
(pelo menos quando não excede as 220 horas, do contrário teremos gastos com horas extras).
Isso ocorre porque só é considerara mão de obra direta a parte relativa ao tempo realmente
utilizado no processo de produção . O tempo que algum operário deixou de trabalhar
diretamente no produto deixa de ser classificado como mão de obra direta. Se houver um nível
normal de ociosidade, devido a fatores como falta de material, de energia, quebra de máquinas
etc., esse tempo não utilizado será transformado em custo indireto para rateio à produção.
Se, por outro lado, ocorrer uma ociosidade anormal, excepcional, será considerada como
perda do período (como no caso de uma grave prolongada) .
O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a provisão
de décimo terceiro salário. Mas, naturalmente, para concursos, a questão pode indicar apenas
alguns encargos. Devemos sempre seguir as instruções da questão.
Vamos ver rapidamente o cálculo das provisões de férias e décimo terceiro, e dos encargos sociais.
- Encargos Sociais
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Vamos ver como ficaria a contabilização do pagamento de salário no valor de R$ 1.000,00, com
retenção do INSS de 9%:
Razonetes:
Razonetes:
Razonetes:
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Como se observa, o INSS dos funcionários não é despesa para a empresa ; e também não afeta
o valor das despesas de salários (a empresa apenas desconta e repassa, nada mais).
2) INSS patronal : Constitui um encargo da empresa, que deve recolher 20% do valor da folha
salarial ao INSS.
Há ainda outras contribuições, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae, Sesc, Senai, etc.
Algumas são variáveis, como o SAT (seguro de acidente do trabalho), cuja alíquota depende do
grau de risco da atividade.
Mas normalmente as questões informam o percentual de encargos sociais que deve ser
considerado.
Assim, gravemos:
INSS patronal
Encargo da empresa
FGTS
Entre os direitos dos funcionários, encontra-se o direito às férias, após trabalhar um ano .
Mas, contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por mês , para observar o Princípio da
Competência.
A legislação estabelece que o funcionário tem direito às férias, após um ano de trabalho; se for
demitido antes de um ano, a empresa deve pagar férias proporcionais. Ou seja, o funcionário
demitido após 9 meses de trabalho tem direito a 9/12 do salário, referente às férias proporcionais.
A provisão de férias é dedutível para efeito de Imposto de Renda, e deve ser calculada
individualmente para cada funcionário.
A contagem de dias de férias a que o funcionário tem direito na data do enceramento das
demonstrações financeiras será efetuada da seguinte forma:
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1) Nos casos de períodos completos, após 12 meses de trabalho, o funcionário terá direito a férias
na seguinte proporção:
2) Período incompleto: deverá ser constituída provisão para pagamento das férias proporcionais,
com base em 1/12 avos do salário mais encargos por mês ou fração superior a 14 dias.
Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional de férias (um terço).
Abono de férias: Ao sair de férias, o funcionário tem direito ao Abono de férias, no valor de 1/3
do salário. O abono deve ser somado ao salário, para cálculo dos encargos sociais.
Exemplo: Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e com direito a 10/12
avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos, ficaria assim
Obs.: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, de 8%, como
encargos.
Salário 1.000,00
Base para provisão (10/12 avos) 833,00
Abono de férias (1/3) 277,67
Subtotal 1.110,67
INSS (20%) 222,13
FGTS (8%) 88,85
Total Provisão férias 1.421,65
Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A contabilização, para os
funcionários da produção, entra como custo de mão-de-obra; para os outros funcionários, como
despesa:
Funcionários da produção:
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É semelhante à provisão para férias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salário por mês, mais
encargos.
A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês integral.
A provisão para 13º é contabilizada como custo, para os funcionários da produção; e como
despesa, para os outros funcionários.
4. CUSTOS INDIRETOS
Já definimos custos indiretos como aqueles que não podem ser atribuídos diretamente aos
produtos, necessitando de algum critério de rateio .
Mas, primeiro, vamos ver o esquema básico da Contabilidade de Custos, para uma visão geral do
processo de custo.
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Custos de Produção
Salários de Fábrica 84.000
Matéria-prima consumida 240.000
Depreciação na fábrica 42.000
Seguros da fábrica 8.000
Materiais diversos - fábrica 10.000
Energia elétrica - fábrica 60.000
Manutenção - fábrica 50.000
Total gastos/abril 494.000
Despesas
Comissões de Vendedores 56.000
Salários da Administração 90.000
Despesas Financeiras 35.000
Honorários da Diretoria 28.000
Despesas de entrega 30.000
Correios, telefone, telex 3.000
Material de consumo - Escritório 4.000
Total de despesas 246.000
Esquematizemos:
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Digamos que essa empresa elabore dois produtos diferentes, A e B . O próximo passo consiste
em apropriar os custos diretos aos produtos. Vamos supor que, além da matéria prima, sejam
também custos diretos 50% da mão-de-obra (50% x 84.000) e 60% da energia elétrica (60% x
60.000).
Através de controles e apontamentos, a empresa identifica os seguintes valores para o custo direto
dos produtos:
Custos Indiretos
Salários de Fábrica - indiretos 42.000
Depreciação na fábrica 42.000
Seguros da fábrica 8.000
Materiais diversos - fábrica 10.000
Energia elétrica - fábrica - indir. 24.000
Manutenção - fábrica 50.000
Total gastos/abril 176.000
Quando os custos diretos são maiores que os custos indiretos, uma forma simplista de rateio é
atribuir os custos indiretos proporcionalmente ao que cada produto já recebeu de custos diretos.
Esse critério é usado principalmente quando os custos indiretos são bem menores que os custos
diretos.
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Salários de Fabrica – indireto: pode ser rateado pelo número de funcionários diretos que
trabalham em cada produto.
Aluguel da fábrica : rateado pela área ocupada na produção de cada produto (obs: nesse exemplo,
não incluímos aluguel da fábrica).
Para concursos, a questão deve informar claramente qual será o critério de rateio.
Apenas para finalizar o exemplo, vamos apresentar o quadro completo de apropriação de custos
aos produtos, supondo que as bases de rateio já tenham sido calculadas:
Apropriar os
Separar custos de Apropriar custos custos indiretos,
despesas diretos por um critério de
rateio
Com relação aos critérios de rateio dos custos indiretos, para concursos, fica bem simples. A
banca deve dizer exatamente qual o critério a ser utilizado . Devemos apenas seguir o que a
questão indicar.
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5. DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Departamento é uma unidade administrativa, representada por pessoas e máquinas que
desenvolvem determinada atividade. O Departamento é um centro de custos, ou seja, os custos
indiretos são acumulados no departamento, e depois são atribuídos aos produtos .
a) Departamentos de produção, nos quais ocorre a atividade produtiva propriamente dita: corte,
montagem, acabamento, pintura, forjaria, ou seja, são os departamentos que atuam
diretamente na produção;
b) Departamentos de serviços, que prestam serviços aos departamentos de produção. Exemplo:
manutenção, almoxarifado, Administração Geral da produção, etc.
Apropriar custos
Separar custos de Apropriar custos
indiretos aos
despesas diretos
departamentos
Os custos dos departamentos de serviços podem ser atribuídos aos departamentos produtivos
através de três métodos:
- Método direto: O método direto consiste em atribuir o custo dos departamentos de serviços
diretamente aos departamentos produtivos , ou seja, departamento de serviço não envia custo
para outro departamento de serviço. Só distribui custo aos departamentos produtivos.
- Método recíproco: Há, também, o método recíproco (os custos recíprocos entre os
departamentos são distribuídos). Método trabalhoso, geralmente só resolvido com
processamento de dados.
- Método sequencial: E há também o sequencial (no qual se escolhe uma ordem para os
departamentos e se distribui os custos naquela ordem). No método sequencial, se começarmos,
por exemplo, com o departamento de Controle de Qualidade, este distribui seus custos para os
outros departamentos até zerar os custos de Controle de Qualidade e não recebe mais nada de
transferência de outros departamentos.
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A diferença entre a taxa estimada e a real deve ser ajustada contabilmente, no fim de cada
período , mediante distribuição aos produtos, aumentando ou diminuindo os seus custos, levando-
os aos valores reais.
(ICMS SP/ Fiscal de Rendas/2006) A Cia. Capricórnio tem planejado para o exercício de 2007
os seguintes dados na área de produção: horas máquinas projetadas anual 240.000,00, MOD
unitária de 22,00, GIF anual projetado 3.600.000,00, GIF unitário projetado de 10,00. A
empresa aplica GIF baseados nas horas máquinas. A taxa de aplicação de GIF para o exercício
de 2007 será:
a) 22,00
b) 21,50
c) 19,00
d) 17,00
e) 15,00
Comentários:
O valor dos Gastos Indiretos de Fabricação projetado para o ano é de R$3.600.000,00. Este valor
será aplicado com base nas horas máquinas, que são projetadas em 240.000 horas anuais.
Taxa de aplicação: R$ 3.600.000 / 240.000 h/m = R$ 15,00
O gabarito é letra e.
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Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos clientes ou, então, produz
também para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais, não de forma
contínua.
– Tratamento Contábil
Na produção por ordem, os custos de cada ordem ou encomenda ficam acumulados numa
conta específica.
Danificações de Materiais: No caso de perdas normais, há dois procedimentos que podem ser
utilizados:
A alocação direta à ordem é útil para se conhecer o efetivo resultado de cada uma delas, desde
que seja viável a apropriação direta. Isto ocorre provavelmente na maioria dos casos.
2) Alocação da perda aos custos indiretos, para rateio à produção toda do período .
No caso de danificação de ordens inteiras , o procedimento mais correto é a baixa direta para
perdas do período, sem acumulação dos novos custos de reelaboração da ordem, para atender
ao princípio da prudência.
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A regra geral é que os custos fiquem acumulados numa conta, ocorrendo sua transferência ao
resultado apenas por ocasião da entrega, quando a receita também é reconhecida . Este
procedimento deve ser observado, sempre que possível.
Mas, quando uma empresa trabalha com ordens ou encomendas de longa duração (mais de um
ano), pode ser necessária uma alteração. Por exemplo, se a empresa fabrica turbinas para geração
de energia elétrica, ou plataformas para exploração de petróleo, que podem levar vários anos
para a sua produção, e executa poucas por vez, pode não ter entregado nenhuma de suas
encomendas, num determinado exercício. Seu resultado então seria muito distorcido, pois iria
apresentar apenas despesas, sem nenhuma receita.
Exemplo : Uma empresa tem uma estimativa de custo total de $ 100.000 para uma encomenda, e
a contrata por $ 120.000. No primeiro ano, incorre num custo total de $ 10.000, o que a faz
apropriar $12.000 de receita.
Se tiver recebido mais de $ 12.000 de seu cliente, terá o excedente contabilizado como Passivo
Circulante (Adiantamentos de Clientes, Serviços a Executar, ou outra conta); se tiver recebido
menos, a diferença aparecerá no Ativo Circulante (Contas a Receber, Clientes, Serviços
executados a Faturar, etc.).
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No segundo período, procede da mesma forma, apropriando sempre 20% a mais de receita do
que tiver sido o custo incorrido.
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Trata-se de uma alteração na contabilidade que afeta Custos. Este assunto é tratado no
Pronunciamento CPC 20 – Custo de Empréstimos. Conforme o Pronunciamento CPC 20:
(a) estoque;
Mas a possibilidade de dois critérios diferentes atingia uma importante característica das
demonstrações contábeis: a Comparabilidade.
De fato, se uma empresa capitalizava os custos dos empréstimos e outra lançava como despesa
do exercício, não havia uniformidade de critérios para permitir a comparação das suas
demonstrações financeiras.
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Assim, a norma internacional (IAS 23) foi alterada a partir de janeiro de 2009, eliminando a
possibilidade de contabilização como despesa e determinando que os custos de empréstimos
obtidos, diretamente destinados a financiar a construção, produção ou aquisição de ativos
qualificáveis, sejam contabilizados como parte do custo desses ativos.
O argumento técnico para esse procedimento é que os custos dos empréstimos são iguais a
quaisquer outros custos que a empresa incorre para a construção do ativo qualificado, e que lançar
esses custos para resultado distorce a escolha entre comprar ou construir o ativo. Com a
capitalização dos custos dos empréstimos, o ativo qualificado é contabilizado por valor mais
próximo ao valor de mercado do ativo.
Por outro lado, tal procedimento tem recebido críticas, pois quando os mesmos ativos são
construídos com recursos próprios, não há nenhum acréscimo a título de juros sobre o capital
utilizado. Dessa forma, o mesmo ativo fica contabilizado por valores diferentes, conforme tenha
sido construído com o uso de empréstimos ou com o uso de capital próprio. (O texto acima foi
baseado no “Manual de Normas Internacionais de Contabilidade”, Ernst & Young e FIPECAFI,
Editora Atlas, 2009).
(Inédita) A empresa KLS passou um tempo substancial desenvolvendo e construindo uma nova
máquina, tendo incorrido nos seguintes gastos:
- Peças e materiais 190.000
- Mão de obra 80.000
Para financiar parte da construção da nova máquina, a empresa contratou um empréstimo no valor
de $ 250.000,00, incorrendo em juros no valor de $ 36.000,00.
A máquina será depreciada em 10 anos, sem valor residual, e entrou em funcionamento no dia 1
de agosto de X1.
No primeiro mês, a produção foi de 100 peças.
Considerando as seguintes informações, calcule o custo unitário de cada peça, pelo custeio por
absorção.
- Matéria prima: $ 2.000
- Mão de obra direta: $ 1.200
- Custos indiretos: $ 800
Falta incluir a depreciação da nova máquina.
a) 63,50
b) 64,50
c) 65,50
d) 66,50
e) 67,50
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Comentários:
Custo da nova máquina:
Peças e materiais 190.000
Mão de obra 80.000
Juros (construção de ativo qualificado) 36.000
Total 306.000
Depreciação mensal: 306.000 / 10 = 30.600 / 12 = 2.550
Custo da produção total:
Matéria prima: $ 2.000
Mão de obra direta: $ 1.200
Custos indiretos: $ 800
Depreciação da nova máquina; $ 2.550
Total custo de produção do mês: $ 6.550
Custo unitário = 6.550 / 100 = $ 65,50 por unidade
O gabarito é letra c.
Observação: As pequenas e médias empresas seguem um procedimento diferente,
contabilizando os custos de empréstimos como despesa, ainda que se refira a ativo qualificado.
- Produção Contínua
– Tratamento Contábil
Na produção contínua, os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas de
produção. Tais contas são encerradas sempre no fim de cada período (mês, semana, trimestre ou
ano, conforme o período mínimo contábil de custos da empresa).
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8. QUESTÕES COMENTADAS
Comentário:
Vamos calcular o custo indireto unitário. Para isso, vamos ratear o custo indireto no valor de
$200.000 para os três produtos, seguindo o critério de rateio estabelecido pela questão, ou seja,
o total de Horas de Mão de Obra Direta:
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O gabarito é letra d.
Comentário:
O gabarito é letra d.
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Comentários:
A base para rateio dos custos indiretos é a quantidade de horas máquinas utilizadas.
O gabarito é letra a.
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b) Resultado Bruto com Vendas = 150.000,00; Despesa com Frete = 20.000,00; Despesa com
Seguro = 10.000,00
c) Resultado Bruto com Vendas = 134.000,00; Despesa com Seguro = 10.000,00
d) Resultado Bruto com Vendas = 126.000,00
e) Resultado Bruto com Vendas = 142.000,00; Despesa com Frete = 20.000,00
Comentários :
Mercadoria R$ 1.000.000,00
Frete R$ 20.000,00
Seguro R$ 10.000,00
Total custo mercadoria R$ 1.030.000,00
Agora, vamos esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), lembrando que o Custo
da Mercadoria Vendida será de: R$1.030.000,00 x 80% = 824.000,00
O Lucro Bruto também é chamado de Resultado com Mercadoria ou Resultado Bruto com Vendas.
O gabarito é letra d.
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Comentários :
Na compra de mercadorias, o IPI não é recuperável. Apenas o ICMS é recuperável e deve ser
excluído do custo do estoque.
Mercadoria 115.000,00
(-) ICMS (12.000,00)
Compra líquida 103.000,00
O gabarito é letra b.
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Comentários:
Mercadoria R$ 800.000,00
Frete R$ 3.000,00
Seguro R$ 2.000,00
Total custo mercadoria R$ 805.000,00
Agora, vamos calcular o estoque final. Lembramos que 90% do estoque já foi vendido.
O gabarito é letra d.
Comentários:
Vamos excluir os tributos recuperáveis do valor da mercadoria, somar o frete e o seguro. Assim:
Mercadoria R$ 390.000,00
(-) Tributos recuperáveis -R$ 48.000,00
Frete R$ 17.000,00
Seguro R$ 7.000,00
Total reconhecido como estoque R$ 366.000,00
O gabarito é letra d.
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(FCC/SEFAZ PE/2015) A empresa Verde & Azul S.A. adquiriu, em 01/12/2014, mercadorias
para serem revendidas aos seus clientes. As mercadorias foram adquiridas à vista por R$
200.000,00, sendo que neste valor estavam incluídos tributos recuperáveis no valor de R$
30.000,00 e tributos não recuperáveis no valor de R$ 23.000,00. Adicionalmente, a empresa
Verde & Azul S.A. contratou e pagou o valor de R$ 8.000,00 pelo transporte destas
mercadorias adquiridas até o seu depósito, sendo que neste valor estavam incluídos
tributos recuperáveis no valor de R$ 1.000,00. Em 30/12/2014, a empresa Verde & Azul
S.A. revendeu todos estes produtos por R$ 420.000,00, à vista, e sobre o valor da venda
houve incidência de impostos no valor de R$ 63.000,00. Com base nestas informações, o
lucro bruto apurado pela empresa em dezembro de 2014 foi, em reais,
A) 220.000,00.
B) 357.000,00.
C) 157.000,00.
D) 180.000,00.
E) 203.000,00.
Comentários:
Este tipo de questão já sabemos resolver. Vamos tirar os tributos recuperáveis, somar o frete, o
seguro, tirar o tributo recuperável do frete, e esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício
(DRE).
Assim:
Mercadoria R$ 200.000,00
(-) Tributos recuperáveis -R$ 30.000,00
Frete (transporte) R$ 8.000,00
Tributos recuperáveis sobre frete -R$ 1.000,00
Total Mercadoria R$ 177.000,00
Agora a DRE:
O gabarito é letra d.
51
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Comentários :
Basta ratear o custo indireto de R$ 9.000.000,00 usando como critério de rateio as horas máquinas.
O gabarito é letra c.
52
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(B) R$ 122.600,00.
(C) R$ 113.600,00.
(D) R$ 150.000,00.
(E) R$ 127.000,00.
Comentários:
É interessante que, nessa questão, a banca informou expressamente o valor do ICMS sobre Frete .
O gabarito é letra b.
Comentários :
Vale lembrar que os impostos recuperáveis não entram no custo da mercadoria; os impostos não
recuperáveis e o seguro da aquisição entram.
O gabarito é letra d.
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Comentários :
Vamos calcular inicialmente o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), usando a conhecida
fórmula:
As Despesas Financeiras e a Comissão dos Vendedores entram como Despesas, para calcular o
Lucro Líquido, portanto não são usadas nesta questão.
O gabarito é letra d.
54
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Comentários:
O gabarito é letra e.
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Comentários:
O gabarito é letra d.
Comentários:
Nessa questão, o estoque inicial era zero e as vendas foram de 40% dos estoques. Portanto, o
percentual de gasto com depreciação que foi lançado ao resultado foi de 50% x 40% = 20%.
O gabarito é letra b.
Comentários :
Vamos classificar a depreciação. Com relação ao volume de produção, é um custo fixo. O uso do
método das cotas constantes (veremos futuramente) produz o mesmo valor mensal.
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O gabarito é letra e.
Comentários :
Vamos classificar:
Vejamos as assertivas:
III. apenas o valor de R$ 2.070,00 como despesa. Errado, esse valor é custo.
IV. o valor de R$ 2.500,00 como custo. Errado, apenas o valor de 2070,00 é custo.
O gabarito é letra e.
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Comentários :
Vejamos a classificação:
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O gabarito é letra a.
Comentários :
As mercadorias fungíveis são as commodities , ou seja, soja, suco de laranja, café, etc.
Repare que isso tira a necessidade de negociação. E esta é a diferença entre as mercadorias
fungíveis e as outras mercadorias.
Para as commodities , não há necessidade de negociação, pois o preço já está estabelecido pela
cotação em bolsa. Portanto, as mercadorias fungíveis são avaliadas pelo valor de mercado, que é
o valor da bolsa de mercadorias.
O gabarito é letra b.
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A) Investimentos.
B) Impostos a Recuperar.
C) Impostos a Recolher.
D) Custo Primário.
E) Despesas Tributárias.
Comentários :
CUSTOS DO ESTOQUE
CUSTOS DE AQUISIÇÃO
1) Preço de compra
Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na modalidade não
cumulativa)
Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
OS tributos indiretos incidentes na compra de materiais diretos que comporão os produtos finais,
não tributáveis na venda, são impostos Não Recuperáveis .
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Irão compor o custo do estoque, e serão classificados como Custo Primário (estarão incluídos no
custo do material direto).
O gabarito é letra d.
Comentários :
Já sabemos que o Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos incorridos,
sejam fixos, variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados. Assim, temos:
O gabarito é letra c.
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Comentários :
A questão apresenta muitas informações. E pede apenas o valor do material direto consumido na
produção.
As saídas do estoque de materiais diretos representa o que foi usado na produção (é uma entrada
da conta Estoque em Elaboração).
O gabarito é letra d.
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Comentários :
Mas não vamos aplicar ao estoque de materiais diretos. A questão não apresenta informações
suficientes para isso.
Vamos ter que resolver “de trás para diante”, começando com o estoque de produtos acabados:
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Resolvendo, temos:
O gabarito é letra c.
(FCC/ICMS SP/AFR/2006) Considere que uma empresa aloca custos departamentais aos
produtos, utilizando-se do método "Direto".
Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitário, em R$, dos produtos A e B são,
respectivamente,
A) 120,00 e 162,50
B) 125,00 e 156,25
C) 149,00 e 126,25
D) 145,00 e 135,00
E) 150,00 e 125,00
Comentários :
O método direto consiste em atribuir o custo dos departamentos de serviços diretamente aos
departamentos produtivos. Fica assim
Controle de Qualidade:
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Repare que ignoramos as horas utilizadas pelo Depto de Manutenção. É nisso que consiste o
método direto: departamento de serviço não envia custo para outro departamento de serviço. Só
distribui custo aos departamentos produtivos.
Há, também, o método recíproco ou método de alocação reflexiva (os custos recíprocos entre os
departamentos são distribuídos). Nesse exemplo, Controle de Qualidade distribui custos referente
a 7.000 horas para a Manutenção; depois, Manutenção deveria distribuir custos de 10.000 horas
para Controle de Qualidade, e assim por diante. Método trabalhoso, geralmente só resolvido com
processamento de dados.
E há também o sequencial (no qual se escolhe uma ordem para os departamentos e se distribui
os custos naquela ordem). No método sequencial, se começarmos com o departamento de
Controle de Qualidade, este distribui seus custos para os outros departamentos (Manutenção,
Maquinário e Montagem) até zerar os custos de Controle de Qualidade e não recebe mais nada
de transferência de outros departamentos.
Foram consumidas 18.000 horas pelo Departamento de Maquinário e 12.000 horas pelo
Departamento de Montagem.
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Maquinário:
Horas máquinas:
Montagem:
Horas máquinas:
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Repare que o produto A corresponde a 60% e o produto B a 40%, nos dois critérios (horas
máquinas e horas mão de obra). Portanto, podemos já partir do total do custo e atribuir aos
produtos de acordo com esses percentuais. Assim:
O gabarito é letra e.
Se a Indústrias Reunidas Ltda. usa o método direto para alocar os custos dos departamentos de
serviços, o total dos custos indiretos alocados pelos departamentos de serviços para o
departamento de montagem deveria ser
(A) R$ 80.000,00
(B) R$ 87.500,00
(C) R$ 120.000,00
(D) R$ 167.500,00
(E) R$ 467.500,00
Comentários :
67
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Montagem = $ 87.500,00
O gabarito é letra d.
Comentários:
Neste tipo de questão, devemos considerar a diferença entre o estoque inicial e o estoque final.
Vamos usar a fórmula:
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Saídas = 210.000 Este valor vai para a conta de estoque de produtos acabados.
CPV = 210.000
O gabarito é letra e.
Comentários:
1) despesas;
2) custos;
3) perdas; e
4) investimentos.
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Interessam-nos os custos. Custos, de acordo com a melhor doutrina, são gastos com bens que
serão utilizados na produção de outros bens. Em suma, são os gastos que se correlacionam com
a atividade produtiva. Exemplos: salários de funcionários que trabalham na fábrica, aluguéis do
imóvel em que funciona a fábrica, seguro das máquinas que atuam na fábrica.
1) produtos em elaboração;
2) produtos acabados.
O custo de produção do período, chamado de CPP, pode ser definido como o tal dos cursos
incorridos na produção em um determinado espaço de tempo.
Custo da produção do período = material direto + mão de obra direito + custos indiretos de
fabricação.
Vamos elaborar um enunciado para exemplificar a questão. Suponha que a empresa Alfa tenha
gasto R$ 1.000,00 com a compra de matéria-prima.
Em seguida, passa toda essa matéria-prima para produção no período. O razonete fica assim...
Na compra:
Matéria prima
R$ 1.000,00
Suponha-se que R$ 500 foram gastos com mão-de-obra direta para a produção e, também, que
R$ 200 são gastos com custos indiretos de fabricação. Todos esses gastos não são alocados na
Demonstração do Resultado do Exercício, por se tratar de custo. O custo será agregado ao valor
da mercadoria (na conta produtos em elaboração). Vai ficar assim:
Se deste total, 60% foram acabados, passaremos a essa porcentagem para o razonete produtos
acabados (60% x 1.700 = 1.020).
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E se agora metade desses produtos forem vendidos? Daríamos saída do estoque de produtos
acabados (por crédito) e debitaríamos custo dos produtos vendidos.
Estaria assim:
Custo dos
Matéria prima Produtos em elaboração Produtos acabados produtos vendidos
R$ 1.000,00 R$1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.020,00 R$1.020,00 R$510,00 R$510,00
R$ 500,00 R$ 510,00
R$ 200,00
R$ 1.700,00 R$ 1.020,00
R$ 680,00
Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica.
Custo de Produção do Período = MOD + CIF + MD No nosso caso, seria 1000 + 500 + 200 =
1.700.
Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período
Na questão são os 1.020 (que equivalem a 60% da produção do período).
Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que
só agora estão sendo vendidos é o que vendemos no período, que equivale a R$ 510,00.
Incorreto. Na nossa questão o custo de produção foi maior do que o custo dos produtos acabados
e do que o custo dos produtos vendidos. Todavia, nada impede que haja um saldo anterior de
produtos acabados (provindo de um exercício passado). Se, no nosso exemplo, tivéssemos um
saldo anterior de produtos acabados de R$ 5.000,00 e mantivéssemos a porcentagem de venda,
50%, o custo do produto vendido seria R$ 3.010,00, que equivale a [(5.000 + 1020) x 50%].
Incorreto. O custo da produção acabada pode ser maior do que o custo dos produtos vendidos.
Veja o nosso exemplo, o CPA foi de R$ 1.020 e o CPV foi de R$ 510.
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(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima
mencionados.
Incorreto. Não podemos afirmar que será maior. Em nosso exemplo foi menor do que o custo de
produção do período e, também, do que o custo dos produtos acabados.
(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados.
Correto. Um ou outros desses custos pode ser maior, dependendo da situação e do exercício em
que se está fazendo a análise.
(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma
dos custos contidos na produção.
Incorreto. O custo de produção acabada pode ser menor que os demais. Na nossa questão foi
menor do que o custo de produção do período.
O gabarito é letra d.
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9.LISTA DE QUESTÕES
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A) X foi R$ 210,00.
B) Y foi R$ 265,00.
C) Z foi R$ 175,00.
D) X foi R$ 195,00.
E) Y foi R$ 230,00.
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Com base nestas informações, o valor reconhecido como estoque referente às mercadorias
adquiridas foi, em reais,
A) 320.000,00.
B) 342.000,00.
C) 344.000,00.
D) 366.000,00.
E) 414.000,00.
(FCC/SEFAZ PE/2015) A empresa Verde & Azul S.A. adquiriu, em 01/12/2014, mercadorias
para serem revendidas aos seus clientes. As mercadorias foram adquiridas à vista por R$
200.000,00, sendo que neste valor estavam incluídos tributos recuperáveis no valor de R$
30.000,00 e tributos não recuperáveis no valor de R$ 23.000,00. Adicionalmente, a empresa
Verde & Azul S.A. contratou e pagou o valor de R$ 8.000,00 pelo transporte destas
mercadorias adquiridas até o seu depósito, sendo que neste valor estavam incluídos
tributos recuperáveis no valor de R$ 1.000,00. Em 30/12/2014, a empresa Verde & Azul
S.A. revendeu todos estes produtos por R$ 420.000,00, à vista, e sobre o valor da venda
houve incidência de impostos no valor de R$ 63.000,00. Com base nestas informações, o
lucro bruto apurado pela empresa em dezembro de 2014 foi, em reais,
A) 220.000,00.
B) 357.000,00.
C) 157.000,00.
D) 180.000,00.
E) 203.000,00.
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(A) R$ 31.000,00.
(B) R$ 34.000,00.
(C) R$ 24.500,00.
(D) R$ 22.000,00.
(E) R$ 19.000,00.
(FCC/Contador/Nossa Caixa/2011) A Cia. Diamantina adquiriu uma mercadoria para
revenda. O total da nota fiscal foi de R$ 1.100,00, sendo R$ 100,00 o valor correspondente
ao Imposto sobre Produtos Industrializados. Dos tributos incidentes sobre as compras,
apenas o ICMS, que foi cobrado com alíquota de 18%, é recuperável. Posteriormente, a
companhia revendeu a mercadoria para terceiros pelo valor de R$ 1.800,00. Sabe-se que
o valor total de PIS e COFINS pagos pela Companhia sobre essa receita foi de R$ 65,70 e
que o ICMS incidiu na operação com alíquota de 18%. Se essa tivesse sido a única operação
de vendas efetuada pela Companhia, no exercício, ela teria auferido um Lucro Bruto nessa
operação, em R$, de
(A) 914,30.
(B) 590,30.
(C) 410,30.
(D) 570,30.
(E) 490,30.
(FCC/Bahiagás/Contabilidade/2010) Gastos com operários de fabrica relativos à SENAI,
SESI, Salário Educação, Incra, Sebrae, Férias, Adicional de Férias e gratificação natalina são
custos apropriáveis como
a) Serviços de Terceiros.
b) Matéria-Prima.
c) Custos Indiretos de Fabricação.
d) Mão de Obra Direta.
e) Mão de Obra Indireta.
(FCC/ALESP/Agente Técnico Legislativo/2010) A empresa Uirapuru S.A. contabiliza a
depreciação de seus ativos, registrando 50% nos custos dos produtos e 50% para a conta
de despesa de depreciação no resultado. A depreciação é absorvida nos produtos
proporcionalmente.
Considerando que o Estoque Inicial dos Produtos Acabados em 2008 era zero; no final do ano de
2008 só existiam Produtos Acabados e que as vendas foram de 40% dos estoques, é correto
afirmar que
a) 20% da depreciação registrada na formação dos estoques estão contabilizadas.
b) 20% da depreciação total do período estão registradas nos Custos dos Produtos Vendidos.
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D) 190.000,00
E) 180.000,00
(FCC/ICMS SP/AFR/2006) Considere que uma empresa aloca custos departamentais aos
produtos, utilizando-se do método "Direto".
Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitário, em R$, dos produtos A e B são,
respectivamente,
A) 120,00 e 162,50
B) 125,00 e 156,25
C) 149,00 e 126,25
D) 145,00 e 135,00
E) 150,00 e 125,00
(FCC/Infraero/Contador/2009) Os gerentes da Indústrias Reunidas Ltda. estão discutindo
as formas de alocar o custo dos departamentos de serviços, o Controle de Qualidade e a
Manutenção para os departamentos produtivos. Para a reunião o Controller providenciou
o seguinte relatório:
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Se a Indústrias Reunidas Ltda. usa o método direto para alocar os custos dos departamentos de
serviços, o total dos custos indiretos alocados pelos departamentos de serviços para o
departamento de montagem deveria ser
(A) R$ 80.000,00
(B) R$ 87.500,00
(C) R$ 120.000,00
(D) R$ 167.500,00
(E) R$ 467.500,00
(FCC/TJ-PA/Analista/Ciências Contábeis/2009) A indústria "Plastisil", em certo período,
aplicou no processo produtivo: R$ 75.000,00 de materiais diretos, R$ 50.000,00 de mão-
de-obra direta e R$ 75.000,00 de gastos indiretos de produção. O saldo inicial da conta
produtos em elaboração foi de R$ 20.000,00, enquanto que o seu saldo final foi de R$
10.000,00. Sabendo-se que os saldos inicial e final de produtos acabados foram de R$
1.000,00, o custo da produção vendida no período foi de, em reais,
a) 200.000,00
b) 0,00
c) 199.000,00
d) 135.000,00
e) 210.000,00
(FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) Custo de Produção do Período é a soma dos
custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma dos
custos contidos na produção acabada no período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma
dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos.
Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período, é
correto afirmar que
(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais.
(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais.
(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima
mencionados.
(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados.
(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos
custos contidos na produção.
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10. GABARITO
1 D 15 B
2 D 16 E
3 A 17 E
4 D 18 A
5 B 19 B
6 D 20 D
7 D 21 C
8 D 22 D
9 C 23 C
10 B 24 E
11 D 25 D
12 D 26 E
13 E 27 D
14 D
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11. RESUMO
1 - Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos.
Exemplo: matéria-prima, mão de obra direta, embalagens, etc.
2 - Custos Indiretos são aqueles que não podem ser diretamente apropriados aos produtos.
A sua alocação é feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Exemplo: Aluguel da
fábrica, supervisão, chefia, etc. (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”.)
3 - Regra geral : todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso
(equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc) ou em condições de venda (mercadoria,
etc) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op cit.)
---Preço de compra
Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não
cumulativa)
Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
7 - O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Assim, não se confunde com o
Desconto Incondicional, que ocorre no momento da compra.
10 – IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto “por fora”, o que significa
que não está incluído no preço do produto . Portanto, deve ser acrescentado ao preço.
Normalmente, a questão informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI.
PIS – Programa de Integração Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades
cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:
Cumulativa: 0,65 %
Não-cumulativa: 1,65 %
COFINS – Contribuição para a Seguridade Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas
modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:
Cumulativa: 3,0 %
Não-cumulativa: 7,6 %
As perdas anormais são tratadas como despesa do período, não afetando o custo da
produção.
13 - Mão de obra direta: É aquela que pode ser apropriada diretamente ao produto.
14 - Mão de obra indireta : Ocorre quando o custo da mão de obra necessita de algum tipo
de rateio ou estimativa, para ser atribuído aos produtos.
15 - O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a
provisão de décimo terceiro salário.
18 – Produção por ordem: Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos
clientes ou, então, produz também para venda posterior, mas de acordo com determinações
internas especiais, não de forma contínua. Na produção por ordem, os custos de cada
ordem ou encomenda ficam acumulados numa conta específica.