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Universidade Licungo
Lacunas da lei
Espécies de lacunas
Lacunas próprias;
Lacunas impróprias.
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Efectivamente, o legislador não consegue, por mais previdente que seja, prever todas as
hipóteses que podem ocorrer na vida real. Esta, em sua manifestação infinita, cria a todo
instante situações que o legislador não lograra fixar em fórmulas legislativas. Pode
ocorrer que ao julgar determinada questão o juiz não encontre no ordenamento jurídico
a solução legislativa adequada.
Houve época em que, na falta de disposição legal aplicável ao caso concreto, o juiz
abstinha-se de julgar. Hodiernamente, tal solução não mais se admite, sob pena de
remanescerem questões sem pronunciamento definitivo. Efectivamente, após a
interpretação e uma vez verificada a lacuna, o jurista procura, pelos processos admitidos
pela doutrina e pelo ordenamento jurídico, encontrar a forma de resolver a situação.
Assim, por exemplo, segundo o Código Civil vigente (artigo 8º), o juiz, na sua função
de julgar não pode deixar de decidir um caso devido ao silêncio da lei (ou à falta dela).
Ao resolver o caso, estará a fazer a integração de lacuna (artigo 10º do Código Civil).
extensiva, em que não há ausência de norma (como na analogia), existindo, sim, uma
norma que, na sua letra, não abarca certos aspectos que no entanto cabem no seu
espírito ou no espírito do legislador (este disse menos do que pretendia).
Todavia, há casos em que não é aplicável a analogia nem, por conseguinte, a integração
de lacunas. São os casos de:
Heterointegração:
o Costumes;
o Princípios gerais do direito
Autointegração:
o Analogia.
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Costume jurídico
Os costumes para o Direito são regras sociais que, por serem praticadas de forma
reiterada e generalizada, acabam se tornando obrigatórias dentro de uma sociedade.
Além dos costumes permitirem a integração do ordenamento jurídico, eles também são
considerados como uma fonte do Direito.
Jurisprudência
Analogia legal
Sempre que não existe uma norma que atende o caso concreto, operadores do Direito
podem se valer de um dispositivo legal que regulamenta casos semelhantes. Usando o
raciocínio lógico, é possível suprir lacunas, tendo como base normas que não são
direccionadas para aquela situação. E uma vez que a norma aplicável já se encontra no
ordenamento jurídico, a analogia é considera uma técnica de autointegração.