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2º Semestre de 2013
SUMÁRIO
ASSUNTO PÁGINA
08 97
CPC 15 - Combinação de Negócios, Incorporação, Fusão e Cisão
1.1) Definições
Para melhor compreensão desta norma, faz-se necessário esclarecimento das seguintes definições:
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se
espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
Obrigação legal é uma obrigação que deriva de: (i) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos);
(ii) legislação; ou (iii) outra ação da lei.
Obrigação não formalizada é uma obrigação que decorre das ações da entidade em que: (i) por via de
padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas ou de declaração atual suficientemente
específica, a entidade tenha indicado a outras partes que aceitará certas responsabilidades; e (ii) em
consequência, a entidade cria uma expectativa válida nessas outras partes de que cumprirá com essas
responsabilidades.
Passivo Contingente é:
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela
ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque: (i) não é
provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a
obrigação; ou (ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
Ativo Contingente é:
um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência
ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.
As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e passivos derivados de
apropriações por competência (accruals) porque há incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro
necessário para a sua liquidação.
Os passivos derivados de apropriação por competência (accruals) são frequentemente divulgados como parte
das contas a pagar, enquanto as provisões são divulgadas separadamente.
Provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa confiável)
porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos
seja necessária para liquidar a obrigação; e
Passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são:
a) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente
que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos, ou
b) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste Pronunciamento Técnico
(porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos
para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da
obrigação).
1.3) - Reconhecimento
Provisão
Passivo contingente
A entidade não deve reconhecer um passivo contingente. O passivo contingente é divulgado, em Notas
Explicativas, a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos.
Ativo contingente
A entidade não deve reconhecer um ativo contingente nas demonstrações contábeis, uma vez que pode tratar-se
de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, quando a realização do ganho é praticamente certa, então
o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado.
O ativo contingente é divulgado, em Notas Explicativas, quando for provável a entrada de benefícios
econômicos.
1.4) Mensuração
Melhor estimativa
O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a
obrigação presente na data do balanço.
A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente é o valor que a entidade
racionalmente pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço ou para transferi-la para terceiros nesse
momento.
As estimativas do desfecho e do efeito financeiro são determinadas pelo julgamento da administração da
entidade, complementados pela experiência de transações semelhantes e, em alguns casos, por relatórios de
peritos independentes. As evidências consideradas devem incluir qualquer evidência adicional fornecida por
eventos subsequentes à data do balanço.
Risco e incerteza
Os riscos e incertezas que inevitavelmente existem em torno de muitos eventos e circunstâncias devem ser
levados em consideração para se alcançar a melhor estimativa da provisão.
Valor presente
Quando o efeito do valor do dinheiro no tempo é material, o valor da provisão deve ser o valor presente dos
desembolsos que se espera que sejam exigidos para liquidar a obrigação.
Evento futuro
Os eventos futuros que possam afetar o valor necessário para liquidar a obrigação devem ser refletidos no valor
da provisão quando houver evidência objetiva suficiente de que eles ocorrerão.
Contrato oneroso
Se a entidade tiver um contrato oneroso, a obrigação presente de acordo com o contrato deve ser reconhecida e
mensurada como provisão. Contrato oneroso é um contrato em que os custos inevitáveis de satisfazer as
obrigações do contrato excedem os benefícios econômicos que se espera sejam recebidos ao longo do mesmo
contrato.
Reestruturação
São exemplos de eventos que podem se enquadrar na definição de reestruturação são:
(a) venda ou extinção de linha de negócios;
(b) fechamento de locais de negócios de um país ou região ou a realocação das atividades de negócios de
um país ou região para outro;
(c) mudanças na estrutura da administração, por exemplo, eliminação de um nível de gerência; e
(d) reorganizações fundamentais que tenham efeito material na natureza e no foco das operações da
entidade.
Uma provisão para custos de reestruturação deve ser reconhecida somente quando são cumpridos os critérios
gerais de reconhecimento de provisões estabelecidos no CPC 07.
Uma obrigação não formalizada para reestruturação surge somente quando a entidade: (i) tiver um plano formal
detalhado para a reestruturação; e (ii) tiver criado expectativa válida naqueles que serão afetados pela
reestruturação, seja ao começar a implantação desse plano ou ao anunciar as suas principais características para
aqueles afetados pela reestruturação.
1.6) Divulgação
Ativo contingente
Exercícios de Contingências
1) Política de Reembolso
A Cia Proteção Capilar planeja lançar no exercício seguinte um produto que promete acabar com problemas de
calvície, prevenindo quedas e recuperando os fios perdidos. Para lançamento do produto a empresa planeja uma forte
campanha publicitária, onde se compromete a devolver o valor pago pelo cliente em caso de insucesso no tratamento
capilar. Estimativas elaboradas por uma firma de consultoria apontam uma receita aproximada de 10 milhões de
reais. A mesma empresa, baseada em experiências de outros clientes, aponta a possibilidade de devolução de cerca de
2,5% da venda.
Pede-se: Como a Cia Proteção Capilar deve tratar essa possibilidade de perda com o novo produto? Explique.
2) Danos ambientais
Um navio petroleiro da Cia Petróleo Sujo sofreu um vazamento, provocando a poluição de uma determinada região.
Pelo ocorrido, a empresa recebeu uma multa, alegando negligência e má conservação do navio, no valor de R$
55.000.000,00. Além deste valor a empresa, a empresa estima que deverá gastar cerca de R$ 700.000.000,00 para
reparar a região danificada. Embora não seja obrigada a pagar este valor, por pressões sociais a empresa decide que
vai fazer este último gasto. No entanto, com relação à multa recebida, a empresa decide recorrer, orientada por seus
advogados que acreditam que exista uma pequena de chance de ganharem.
Pede-se: Como a Cia Petróleo Sujo deve tratar esses gastos? Explique.
3) Reestruturação
A Cia Refazendo Tudo decide iniciar uma reestruturação de seus negócios. Sendo assim, decide em Assembléia no
mês de novembro que irá se desfazer de uma linha de produtos que há muito não apresenta bons resultados para a
empresa. No processo de reestruturação a empresa prevê gastar cerca de R$ 15.000.000,00 com indenizações dos
empregados. Além disso, estima gastar cerca de R$ 1.000.000,00 com propagandas sobre o novo produto que irá
substituir o produto extinto. A reestruturação terá início em Fevereiro do ano seguinte.
Pede-se: Como a Cia Refazendo Tudo deve tratar esses gastos? Explique.
4) Ações Judiciais
Após um casamento em 2000, dez pessoas morreram, possivelmente como resultado da ingestão de comida
envenenada por produtos vendidos pela Cia Boa Comida. Os procedimentos legais para requerer a indenização
da entidade são iniciados, e ela contesta sua responsabilidade no caso. Até a data da autorização da publicação
das demonstrações contábeis de 31/12/2000, os advogados da entidade opinam que é provável que a entidade
não seja responsabilizada. Contudo, no ano seguinte, devido ao desenvolvimento do caso, seus advogados
advertem que é provável que a entidade seja responsabilizada.
Pede-se: Como a Cia Boa Comida deve tratar esses gastos no exercício de 2000 e 2001? Explique.
5) Garantias
A Cia Eu Garanto vende mercadorias com garantia para reparos em qualquer defeito de produção detectado até
seis meses após a venda. Se defeitos pequenos fossem detectados em todos os produtos, a empresa teria um
custo de reparos de $ 1 milhão. Se defeitos grandes fossem detectados em todos os produtos, a empresa teria um
custo de reparos de $ 4 milhões. A experiência da entidade e as expectativas futuras indicam que, para o
próximo ano, 75% das mercadorias vendidas não apresentarão defeitos, 20% apresentarão defeitos pequenos e
5% apresentarão defeitos grandes. A entidade avalia a probabilidade de uma saída de recursos para cobrir as
garantias como um todo.
Pede-se: Como a Eu Garanto deve tratar essas garantias? Qual o valor esperado de desembolso?
6) Um fabricante dá garantias no momento da venda para os compradores do seu produto. De acordo com os
termos do contrato de venda, o fabricante compromete a consertar, por reparo ou substituição, defeitos de
produtos que se tornarem aparentes dentro de três anos desde a data da venda. De acordo com a experiência
passada, é provável que haverá algumas reclamações dentro das garantias.
7) Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a limpeza apenas quando é requerida a
fazê-la nos termos da legislação de um país em particular no qual ela opera. O país no qual ela opera não possui
legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem contaminando o terreno nesse país há diversos anos. Em 31
de dezembro de 20X0 é praticamente certo que um projeto de lei requerendo a limpeza do terreno já
contaminado será aprovado rapidamente após o final do ano.
8) Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação e opera em um país onde não há legislação
ambiental. Entretanto, a entidade possui uma política ambiental amplamente divulgada, na qual ela assume a
limpeza de toda a contaminação que causa. A entidade tem um histórico de honrar essa política publicada.
9) Uma entidade opera em uma atividade de extração de petróleo na qual seu contrato de licença prevê a
remoção da perfuratriz petrolífera ao final da produção e a restauração do solo oceânico. Noventa por cento dos
custos eventuais são relativos à remoção da perfuratriz petrolífera e a restauração dos danos causados pela sua
construção, e dez por cento advêm da extração do petróleo. Na data do balanço, a perfuratriz foi construída, mas
o petróleo não está sendo extraído.
10) Uma loja de varejo tem a política de reembolsar compras de clientes insatisfeitos, mesmo que não haja
obrigação legal para isso. Sua política de efetuar reembolso é amplamente conhecida.
11) Em 12 de dezembro de 20X0, o conselho da entidade decidiu encerrar as atividades de uma divisão que
produz um produto específico. Em 20 de dezembro de 20X0, um plano detalhado para o fechamento da divisão
foi aprovado pelo conselho; cartas foram enviadas aos clientes alertando-os para procurar uma fonte alternativa
de fornecimento, e comunicações diversas sobre demissões foram enviadas para o pessoal da divisão.
12) O governo introduz certo número de mudanças na tributação do imposto de renda. Como resultado dessas
mudanças, a entidade do setor financeiro irá necessitar de treinamento para atualização de grande número de
seus empregados da área administrativa e de vendas para garantir a conformidade contínua com a regulação
bancária. Na data do balanço, nenhum treinamento do pessoal havia sido feito.
13) Um forno possui um revestimento que precisa ser substituído a cada cinco anos por razões técnicas. Na
data do balanço, o revestimento foi utilizado por três anos.
14) (CESGRANRIO / 2011 - TRANSPETRO / Técnico de Contabilidade) Uma das principais características
da constituição de uma provisão e sua diferenciação da constituição de uma reserva de lucros é que a provisão
15) (CFC/ 2012 - Contador) De acordo com a NBC TG 25(CPC 25) – Provisões, Passivos Contingentes e
Ativos Contingentes, quando a provisão a ser mensurada envolve uma grande população de itens, a obrigação
pode ser estimada utilizando o método estatístico de estimativa denominado valor esperado.
Uma sociedade empresária vende bens com uma garantia segundo a qual os clientes estão cobertos pelo custo da
reparação de qualquer defeito de fabricação que se tornar evidente, dentro dos primeiros seis meses, após a
compra. Se forem detectados defeitos menores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos
de reparação de R$1.000.000,00. Se forem detectados defeitos maiores em todos os produtos vendidos, a
entidade irá incorrer em custos de reparação de R$4.000.000,00. A experiência passada da entidade e as
expectativas futuras indicam que, para o próximo ano, 75% dos bens vendidos não terão defeito, 20% dos bens
vendidos terão defeitos menores e 5% dos bens vendidos terão defeitos maiores.
O valor da provisão a ser constituída utilizando o Método Estatístico de Estimativa pelo Valor Esperado é de:
a) R$400.000,00.
b) R$1.250.000,00.
c) R$1.600.000,00.
d) R$5.000.000,00.
16) – (FCC / 2012 - TCE-AP / Analista de Controle Externo) Analise a tabela abaixo.
Com base nos dados da tabela, fornecidos pelo advogado da empresa Avante S.A. e considerando as condições
estabelecidas nas normas contábeis vigentes para constituição das provisões contingenciais, a empresa deve
provisionar:
a) R$ 1.300.000,00.
b) R$ 1.850.000,00.
c) R$ 800.000,00.
d) R$ 1.050.000,00.
e) R$ 300.000,00.
17) – (MS CONCURSOS / 2010 - CIENTEC-RS / Contador) As provisões, sejam do Ativo ou do Passivo, são
determinadas com base em estimativas que envolvam incertezas de grau variável. Sabendo isso, são
consideradas provisões do Passivo:
a) Provisão para imposto de renda, provisão para créditos de liquidação duvidosa e provisão para férias.
b) Provisão para perdas prováveis na realização de investimentos, provisão para contingências e provisão
para devedores duvidosos.
c) Provisão para férias, provisão para contingências e provisão para perdas prováveis na realização de
investimentos.
d) Provisão para imposto de renda, provisão para contingências e provisão para férias.
e) Provisão para ajuste a valor de mercado, provisão para créditos de liquidação duvidosa e provisão para
imposto de renda.
18) – (CFC / 2011 - CFC - Contador) Relacione a situação descrita na primeira coluna com o procedimento a
ser adotado na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
(1) Há obrigação presente que, provavelmente, requer uma (2 ) Nenhuma provisão é reconhecida, mas é
saída de recursos. exigida divulgação para o passivo contingente.
(2) Há obrigação possível ou obrigação presente que pode ( 3 ) Nenhuma provisão é reconhecida e nenhuma
requerer, mas provavelmente não irá requerer uma saída divulgação é exigida.
de recursos.
(3) Há obrigação possível ou obrigação presente cuja ( 1) A provisão é reconhecida e é exigida
probabilidade de uma saída de recursos é remota. divulgação para a provisão.
A sequência CORRETA é:
a) 1, 2, 3.
b) 2, 1, 3.
c) 1, 3, 2.
d) 2, 3, 1.
O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para
assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de
recuperação.
Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para perdas por desvalorização de
todos os ativos, exceto aqueles para os quais existem pronunciamentos previstos, como: (i) Estoques - CPC 16;
(ii) Ativos advindos de Contratos de Construção - CPC 17; (iii) Ativos Fiscais Diferidos - CPC 32; (iv) Planos
de Benefícios a Empregados - CPC 33; (v) Instrumentos Financeiros; (vi) Propriedade para Investimento - CPC
28; (vii) Ativos Biológicos - CPC 29; (viii) Ativos Intangíveis – CPC 04; E (ix) Ativo Não Circulante Mantido
para Venda e Operação Descontinuada – CPC 31.
2.1) Definições
Valor Contábil - é o valor pelo qual um ativo é reconhecido no balanço depois da dedução de toda
depreciação, amortização ou exaustão acumulada e respectivas provisões para perdas.
Valor de Uso - é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de
um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
Valor Justo Líquido de Venda - é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade
geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas,
menos as despesas da baixa.
Valor Recuperável - é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo ou unidade geradora de
caixa e seu valor em uso.
Unidade Geradora de Caixa - é o menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa
resultantes de uso contínuo, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros
ativos ou de grupos de ativos.
Perda por desvalorização - é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora
de caixa excede seu valor recuperável.
Mercado ativo é um mercado no qual todas as seguintes condições existem: (i) os itens transacionados
no mercado são homogêneos; (ii) vendedores e compradores com disposição para negociar podem ser
encontrados a qualquer momento para efetuar a transação; e (iii) os preços estão disponíveis para o
público.
O ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor recuperável. O CPC 01 estabelece que os
ativos deverão ser testados sempre que houver algum indicativo de perda para este bem. No entanto,
independente de existir ou não qualquer indicação de redução no valor recuperável, uma entidade deve:
(a) testar, no mínimo anualmente, a redução no valor recuperável de um ativo intangível com vida útil
indefinida ou ativo intangível não disponível para uso.
(b) testar, ao menos anualmente, o ágio por expectativa de rentabilidade futura em uma aquisição de
entidades.
Os indicativos de desvalorização de um ativo podem ser provenientes de Fontes Internas ou Externas.
A relação anterior não é exaustiva. A entidade pode identificar outras indicações ou fontes de informação de
que um ativo pode ter se desvalorizado, exigindo que a entidade determine o seu valor recuperável ou, no caso
do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), proceda ao teste de recuperação.
Nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo e seu valor em uso.
Se qualquer um desses montantes exceder o valor contábil do ativo, este não tem desvalorização e, portanto,
não é necessário estimar o outro valor.
Em alguns casos, estimativas, médias e cálculos sintéticos podem oferecer uma aproximação razoável dos
cálculos detalhados demonstrados neste Pronunciamento para determinar o valor justo líquido de despesas de
venda ou o valor em uso.
2.3.1) Mensuração do valor recuperável de ativo intangível com vida útil indefinida
O CPC 01 requer que um ativo intangível com vida útil indefinida seja no mínimo testado anualmente com
relação à redução ao valor recuperável, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável,
independentemente de haver, ou não, alguma indicação de que possa existir redução ao valor recuperável.
Entretanto, o mais recente cálculo detalhado do valor recuperável de tal ativo, efetuado em período anterior,
pode ser utilizado no teste do valor recuperável para esse ativo no período corrente, desde que todos os
seguintes critérios sejam atendidos:
(a) se o ativo intangível não gerar entradas de caixa decorrentes do uso contínuo, que são, em grande
parte, independentes daquelas decorrentes de outros ativos ou de grupo de ativos, sendo o ativo,
portanto, testado para fins de valor recuperável como parte de unidade geradora de caixa à qual
pertence, e os ativos e passivos que compõem essa unidade não tiverem sofrido alteração
significativa desde o cálculo mais recente do valor recuperável;
(b) o cálculo mais recente do valor recuperável tiver resultado em valor que excede o valor contábil do
ativo com uma margem substancial; e
(c) baseado em análise de eventos que ocorreram e em circunstâncias que mudaram desde o cálculo
mais recente do valor recuperável, for remota a probabilidade de que a determinação do valor
recuperável corrente seja menor do que o valor contábil do ativo.
A melhor evidência do valor justo líquido de despesas de venda de um ativo é o preço de contrato de venda
firme em transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas
adicionais que seriam diretamente atribuíveis à venda do ativo.
Se não houver contrato de venda firme, mas se o ativo for negociado em mercado ativo, o valor justo líquido de
despesas de venda é o preço de mercado do ativo menos as despesas com a baixa. O preço de mercado
apropriado é normalmente a oferta de compra corrente (bid price). Quando as ofertas de compra não estiverem
disponíveis, o preço da transação mais recente pode oferecer base a partir da qual se possa estimar o valor justo
líquido de despesas de venda, contanto que não tenha havido mudança significativa nas circunstâncias
econômicas entre a data da transação e a data na qual a estimativa é feita.
Se não houver contrato de venda firme ou mercado ativo para um ativo, o valor justo líquido de despesas de
venda deve ser baseado na melhor informação disponível para refletir o valor que a entidade pode obter, ao
término do período de reporte, para a baixa do ativo em transação em bases comutativas, entre partes
conhecedoras e interessadas, após deduzir as despesas com a baixa. Ao determinar esse valor, a entidade deve
considerar o resultado de transações recentes para ativos semelhantes, dentro do mesmo setor industrial.
As despesas com a baixa, exceto as que já foram reconhecidas como passivo, devem ser deduzidas ao se
determinar o valor justo líquido de despesas de venda. Exemplos desses tipos de despesas são as despesas
legais, tributos, despesas com a remoção do ativo e gastos diretos incrementais para deixar o ativo em condição
de venda. Entretanto, as despesas com demissão de empregados e as associadas à redução ou reorganização de
um negócio em seguida à baixa de um ativo não são despesas incrementais para baixa do ativo.
Os fluxos de caixa futuros são estimados na moeda em que eles são gerados e, em seguida, descontados,
usando-se uma taxa de desconto adequada para essa moeda. A entidade deve traduzir o valor presente usando a
taxa de câmbio à vista na data do cálculo do valor em uso.
A taxa de desconto deve ser a taxa antes dos impostos, que reflita as avaliações atuais de mercado acerca:
(a) do valor do dinheiro no tempo; e
(b) dos riscos específicos do ativo para os quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham
sido ajustadas.
Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor contábil do ativo
deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.
A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do resultado, a
menos que o ativo tenha sido reavaliado. Qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como
diminuição do saldo da reavaliação.
Depois do reconhecimento da perda por desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão do
ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor
residual (se houver), em base sistemática ao longo de sua vida útil remanescente.
2.4.1) Unidade geradora de caixa e ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o valor recuperável deve ser estimado
para o ativo individual. Se não for possível estimar o valor recuperável para o ativo individual, a entidade deve
determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.
O valor recuperável de um ativo individual não pode ser determinado se:
(a) o valor em uso do ativo não puder ser estimado como sendo próximo de seu valor justo líquido de
despesas de venda (por exemplo, quando os fluxos de caixa futuros advindos do uso contínuo do
ativo não puderem ser estimados como sendo insignificantes); e
(b) o ativo não gerar entradas de caixa que são em grande parte independentes daquelas provenientes
de outros ativos.
Nesses casos, o valor em uso e, portanto, o valor recuperável, somente pode ser determinado para a unidade
geradora de caixa do ativo.
Para o propósito do teste de redução ao valor recuperável, o ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill) adquirido em combinação de negócios deve, a partir da data da operação, ser alocado a cada uma
das unidades geradoras de caixa do adquirente, a grupos de unidades geradoras de caixa, que devem se
beneficiar das sinergias da operação, independentemente de os outros ativos ou passivos da entidade adquirida
serem, ou não, atribuídos a essas unidades ou grupos de unidades.
O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido em uma combinação de negócios é um
ativo que representa benefícios econômicos futuros advindos de outros ativos adquiridos na combinação de
negócios que não são identificados individualmente e não são reconhecidos separadamente. O ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) não gera fluxos de caixa independentemente de outros ativos ou
grupos de ativos, e frequentemente contribui para os fluxos de caixa de múltiplas unidades geradoras de caixa.
Uma perda por desvalorização deve ser reconhecida para uma unidade geradora de caixa – o menor grupo da
unidade geradora de caixa ao qual o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou o ativo
corporativo tenham sido alocados – se, e somente se, o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) for
menor do que o valor contábil da unidade (grupo de unidades). A perda por desvalorização deve ser alocada
para reduzir o valor contábil dos ativos da unidade (grupo de unidades) na seguinte ordem:
(a) primeiramente, para reduzir o valor contábil de qualquer ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill) alocado à unidade geradora de caixa (grupo de unidades); e
(b) a seguir, aos outros ativos da unidade (grupo de unidades) proporcionalmente ao valor contábil de cada
ativo da unidade (grupo de unidades).
A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma indicação de que a perda por
desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de
rentabilidade futura (goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade
deve estimar o valor recuperável desse ativo.
Uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa
de rentabilidade futura (goodwill), deve ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas
utilizadas para determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por desvalorização que foi
reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser aumentado para seu valor recuperável. Esse
aumento ocorre pela reversão da perda por desvalorização.
O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill),
atribuível à reversão de perda por desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado
(líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por desvalorização tivesse sido
reconhecida para o ativo em anos anteriores.
A reversão de perda por desvalorização de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill), deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período, a menos que o ativo esteja registrado
por valor reavaliado de acordo com outro Pronunciamento. Qualquer reversão de perda por desvalorização
sobre ativo reavaliado deve ser tratada como aumento de reavaliação conforme tal Pronunciamento.
A reversão de perda por desvalorização para uma unidade geradora de caixa deve ser alocada aos ativos da
unidade, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), proporcionalmente ao valor contábil
desses ativos. Esses aumentos em valores contábeis devem ser tratados como reversão de perdas por
desvalorização de ativos individuais.
A perda por desvalorização reconhecida para o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) não deve
ser revertida em período subsequente.
2.6) Divulgação
(e) se o valor recuperável do ativo (unidade geradora de caixa) é seu valor justo líquido de despesa de
venda ou seu valor em uso;
(f) se o valor recuperável for o valor justo líquido de despesas de venda, a base utilizada para
determinar o valor justo líquido de despesas de venda (por exemplo, se o valor justo foi
determinado tendo como referência um mercado ativo);
(g) se o valor recuperável for o valor em uso, a taxa de desconto utilizada na estimativa corrente e na
estimativa anterior (se houver) do valor em uso.
CIA A CIA B
Valor Líquido Contábil 200.000 300.000
Preço Líquido de Venda 220.000 250.000
Valor de Uso 180.000 280.000
Pede-se: Qual o valor a ser provisionado?
Pede-se:
Pede-se:
a) Valor Contábil ⇒ ________________________________________________________________
b) Valor de Uso ⇒ _________________________________________________________________
c) Valor Líquido de Venda ⇒ ________________________________________________________
d) Valor Recuperável ⇒ _____________________________________________________________
e) Perda por Impairment ⇒ __________________________________________________________
4) - Em 2011 a Cia Paciência realizou o Impairment Test da seguinte Unidade Geradora de Caixa: (vale 1,5)
- Imóvel:
Valor de Custo R$ 150.000,00
(-) Depreciação (R$ 90.000,00)
- Instalações:
Valor de Custo R$ 80.000,00
(-) Depreciação (R$ 40.000,00)
- Ágio R$ 30.000,00
Pede-se:
a) Valor Contábil ⇒ _______________________________________________________________
b) Valor de Uso ⇒ _______________________________________________________________
c) Valor Líquido de Venda ⇒ _______________________________________________________
d) Valor Recuperável ⇒ _______________________________________________________
e) Perda por Impairment ⇒ _____________________________________________________
f) Registro contábil da operação.
(a) R$ 80.000
(b) R$ 85.000
(c) R$ 90.000
(d) R$ 82.660
(e) R$ 70.000
(a) de uso.
(b) contábil.
(c) residual.
(d) recuperável.
(e) líquido de venda.
9) - (FCC-2010 - Alesp) A empresa Lâmbda S.A. realizou o teste de recuperabilidade de ativos e constatou a
perda de valor em um ativo reavaliado, em montante inferior ao saldo da reserva de reavaliação. Essa
empresa deve:
(a) manter o valor do bem, uma vez que o mesmo apresenta o valor reavaliado.
(b) lançar a perda a débito da conta de resultado, pelo valor total, realizando o valor da reserva de reavaliação.
(c) reverter a reserva de reavaliação do patrimônio líquido contra a conta de reserva de reavaliação no ativo.
(d) lançar a perda a crédito da conta de ajuste especial no patrimônio líquido.
(e) registrar contra a conta de reavaliação no patrimônio líquido, até o montante do valor da perda.
10) – (FEPESE / 2010 - SEFAZ-SC / Auditor Fiscal da Receita Estadual) Em relação ao teste no valor
recuperável de ativos (impairment test), assinale a alternativa correta.
a) O valor recuperável consiste no menor valor entre o valor líquido de venda e o valor em uso.
b) O valor recuperável consiste no maior valor entre o valor líquido de venda e o valor em uso.
c) O valor Líquido de venda é aquele formalizado por uma operação compulsória, sem dedução das
despesas de venda.
d) O cálculo do valor recuperável dos ativos, sem exceções, deve ser efetuado somente quando existirem
evidências de possíveis perdas.
e) O cálculo do valor recuperável dos ativos, sem exceções, deve ser efetuado somente quando existirem
evidências de possíveis perdas. Essas perdas são lançadas diretamente no patrimônio líquido.
11) – (CESGRANRIO / 2010 - Petrobrás / Contador) A redução ao valor recuperável de ativos visa a assegurar
que esses mesmos ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior ao de sua possível
recuperação por uso ou por venda. Sob o enfoque da redução ao valor recuperável do ativo, o valor presente dos
fluxos de caixa futuros estimados, resultantes do uso de um ativo, indica o seu valor
a) de uso.
b) contábil.
c) residual.
d) recuperável.
e) líquido de venda.
12) – (FCC / 2011 - TRE-AP / Analista Judiciário) Considere as seguintes assertivas sobre a análise de
recuperabilidade de ativos (teste de impairment) estabelecida pela Lei no 6.404/76 e pelo Pronunciamento
Técnico CPC 01.
I. O valor recuperável de um ativo corresponde ao menor valor entre o seu valor líquido de venda e o seu
valor em uso.
II. Se o valor contábil do ativo excede o seu valor recuperável, a entidade deve reduzir o valor contábil do
referido ativo ao seu valor recuperável.
III. A análise de recuperabilidade também deve ser efetuada a fim de que sejam revisados e ajustados os
critérios utilizados para determinar a vida útil econômica estimada de um ativo e o cálculo da depreciação,
amortização e exaustão.
IV. A entidade deve testar, no mínimo, a cada dois anos, a redução ao valor recuperável de um ativo
intangível com vida útil indefinida.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, somente.
b) II e III, somente.
c) III e IV, somente.
d) II, III e IV, somente.
e) I, II, III e IV.
13) – (FCC / 2012 - TCE-AP / Analista de Controle Externo) A empresa Inovação S.A. fez um novo
investimento em uma nova unidade de negócios, no nordeste brasileiro, no valor de R$ 1.000.000,00. Após um
ano de funcionamento houve alagamento na região e inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de
negócios, neste momento era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e gastos com recuperação. Seu valor
de venda apurado, mediante propostas formais de interessados a comprá-la, apresentava valor médio de R$
1.500.000,00 e o valor do fluxo de caixa descontado da unidade sugeria a recuperação do valor de R$
800.000,00. Neste caso a empresa deverá
a) registrar uma perda de valor recuperável de R$ 100.000,00.
b) registrar uma complementação do valor de custo pelo valor justo de R$ 600.000,00.
c) manter o valor de custo de R$ 900.000,00.
d) restabelecer o valor de aquisição de R$ 1.000.000,00.
e) registrar pelo valor de mercado de R$ 1.500.000,00.
14) – ( FCC / 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) / Analista Judiciário ) O ativo imobilizado da empresa Gurupi
S.A., considerado uma unidade geradora de caixa, possuía reavaliação de R$ 200.000,00, em 2008. A
administração da empresa manteve a reavaliação contabilizada em conformidade com a permissibilidade dada
pela lei. Ao executar o teste de recuperabilidade dessa unidade geradora de caixa, identificou uma perda no
valor recuperável de R$ 300.000,00. O lançamento contábil para o registro desse fato é:
15) – (FUNCAB / 2011 - Prefeitura de Várzea Grande – MT / Contador) De acordo com a norma aprovada
pela Resolução CFC nº 1292/10, é correto afirmar sobre os procedimentos que devem ser realizados quando da
necessidade de analisar e ajustar os valores dos ativos ao seu valor recuperável:
a) O ativo deve ser ajustado ao valor de mercado quando seu valor contábil é superior ao valor do mercado.
b) Se houver indícios de desvalorização de um Ativo Imobilizado, é recomendável rever a vida útil restante
e o método de depreciação ou o valor residual, podendo ser revisados mesmo que nenhuma perda por
desvalorização seja reconhecida.
c) Independentemente de existir ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade
deve testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de seus ativos permanentes.
d) Se cálculos prévios indicam que o valor recuperável de um ativo é significativamente maior do que seu
valor contábil, a entidade deve necessariamente estimar novamente o valor recuperável do ativo.
e) Os Ativos Intangíveis não necessitam ter seus valores revistos para fins de estimativa de valores
recuperáveis.
16) – ( FCC/ 2011 - INFRAERO / Auditor) A Cia. Cruzeiro do Sul possui um equipamento, cujo valor contábil
está demonstrado a seguir:
Procedendo-se ao teste de recuperabilidade do valor desses equipamentos (impairment test), foram obtidas
as seguintes estimativas:
Dados
Valor histórico da máquina R$ 1.300.000,00
Reavaliação da Máquina R$ 200.000,00
Perda de valor recuperável do ativo imobilizado R$ 130.000,00
Novo valor da perda de valor recuperável calculada R$ 230.000,00
O registro contábil complementar que deverá ser efetuado com relação a perda do valor recuperável é:
a) Débito: Ativo - Perda de valor recuperável - R$ 100.000,00 e Crédito: Despesa - Perda de valor
recuperável - R$ 100.000,00.
b) Débito: Despesa - Perda de valor recuperável - R$ 100.000,00 e Crédito: Ativo - Perda de valor
recuperável - R$ 100.000,00.
c) Débito: Despesa - Perda de valor recuperável - R$ 70.000,00, Débito: Patrimônio Líquido - Reserva de
Reavaliação - Perda de Valor Recuperável - R$ 30.000,00 e Crédito: Ativo - Perda de valor recuperável -
R$ 100.000,00.
d) Débito: Despesa - Perda de valor recuperável - R$ 30.000,00, Débito: Patrimônio Líquido - Reserva de
Reavaliação - Perda de Valor Recuperável - R$ 70.000,00 e Crédito: Ativo - Perda de valor recuperável -
R$ 100.000,00.
e) Débito: Despesa - Perda de valor recuperável - R$ 230.000,00 e Crédito: Ativo - Perda de valor
recuperável - R$ 230.000,00.
3) – Instrumentos Financeiros
Objetivo
O objetivo destes CPCs é estabelecer princípios para reconhecer e mensurar ativos financeiros, passivos
financeiros e alguns contratos de compra e venda de itens não financeiros.
Alcance
Estes Pronunciamentos Técnicos devem ser aplicado por todas as entidades a todos os tipos de instrumentos
financeiros, exceto aqueles para os quais existem outros pronunciamentos técnicos, como por exemplo:
(a) aqueles representados por participações em controladas, coligadas e empreendimentos conjuntos que
sejam contabilizados segundo os Pronunciamentos Técnicos CPC 35 – Demonstrações Separadas, CPC
36 – Demonstrações Consolidadas, CPC 18 – Investimento em Coligada e CPC 19 – Participação em
Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture).
(b) direitos e obrigações relativos a arrendamentos mercantis (leasing) às quais se aplica o Pronunciamento
Técnico CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil.
(c) direitos e obrigações dos empregadores decorrentes de planos de benefícios dos empregados, aos quais
se aplica o Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados;
(d) instrumentos financeiros emitidos pela entidade que satisfaçam à definição de instrumento patrimonial
do Pronunciamento Técnico CPC 39 – Instrumentos Financeiros: Apresentação (incluindo opções e
obrigações).
(e) direitos e obrigações decorrentes de (i) contrato de seguro definido no Pronunciamento Técnico CPC
11 – Contratos de Seguro, exceto os direitos e obrigações de emitente decorrentes de contrato de
seguro que respeita a definição de contrato de garantia financeira contida no item 9, ou (ii) contrato
abrangido pelo Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro por conter característica de
participação discricionária.
(f) [eliminado];
(g) contratos a termo entre um acionista comprador e um acionista vendedor para comprar ou vender uma
entidade que irá resultar em combinação de negócios em data futura. O prazo do contrato a termo não
deve exceder o período normalmente necessário para se obter qualquer aprovação necessária e para
completar a transação;
(h) compromissos de empréstimo que não sejam os descritos no item 4. O emitente de compromissos de
empréstimo aplica o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes aos compromissos de empréstimo não abrangidos pelo alcance deste Pronunciamento. No
entanto, a totalidade dos compromissos de empréstimo está sujeita às disposições de
desreconhecimento deste Pronunciamento.
(i) instrumentos financeiros, contratos e obrigações decorrentes de transações de pagamento baseado em
ações aos quais se aplica o Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações.
(j) direitos a pagamentos para reembolsar a entidade pelo dispêndio que tem de fazer para liquidar um
passivo que ela reconhece como provisão de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25, ou
relativamente ao qual, em período anterior, ela tenha reconhecido uma provisão de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 25.
3.1) - Definições
Instrumento financeiro:
É qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro para a entidade e a um passivo financeiro ou
instrumento patrimonial para outra entidade.
Instrumento patrimonial
É qualquer contrato que evidencie uma participação nos ativos de uma entidade após a dedução de todos
os seus passivos.
Valor justo
É o montante pelo qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes com
conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo, em uma transação em que não há favorecidos.
Desreconhecimento
É a remoção de ativo financeiro ou de passivo financeiro anteriormente reconhecido do balanço
patrimonial da entidade.
Valor justo
É a quantia pela qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras
e dispostas a isso em transação sem favorecimento.
Compra ou venda regular é uma compra ou venda de ativo financeiro sob contrato cujos termos exigem
a entrega do ativo dentro do prazo estabelecido geralmente por regulação ou convenção no mercado em questão.
Custo de transação é o custo incremental que seja diretamente atribuível à aquisição, emissão ou
alienação de ativo financeiro ou de passivo financeiro (ver o Apêndice A, item AG13).
Custo incremental
É aquele que não teria sido incorrido se a entidade não tivesse adquirido, emitido ou alienado o
instrumento financeiro.
A entidade deve, sempre que se tornar parte de um instrumento financeiro, avaliar se existe ou não um
derivativo embutido no contrato. Exemplos típicos de derivativos embutidos são as cláusulas de
conversibilidade (opções de compra) em debêntures. Se existir o derivativo embutido, a entidade deve
contabilizá-lo de forma independente (segregá-lo) do instrumento que o abriga se as condições abaixo forem
atendidas, concomitantemente – maiores detalhes podem ser vistos no Pronunciamento Técnico CPC 38:
(a) o derivativo estiver baseado em uma variável que não está intimamente relacionada com o contrato que
o abriga;
(b) o instrumento não estiver sendo mensurado ao valor justo por meio do resultado; e
(c) o derivativo atenderia à definição de instrumento financeiro derivativo se estivesse sendo negociado de
forma separada do instrumento que o abriga.
Este tratamento é válido nas situações nas quais a entidade emitir um instrumento financeiro com
características de dívida e patrimonial. Nessa situação a entidade deve segregar os dois componentes do
instrumento como se estivesse emitindo dois instrumentos independentes.
pagar decorrentes da atividade operacional da empresa, pode-se reconhecer o passivo financeiro pelo seu valor
nominal, desde que a diferença para o seu valor justo não seja material. Nesses casos, não há aplicação da
mensuração subsequente.
Ressalta-se que as operações de crédito, empréstimos concedidos, empréstimos adquiridos,
financiamentos e outras operações de aplicação ou captação de recursos, devem ser mensuradas inicialmente
pelo seu valor justo acrescido, no caso de ativo financeiro ou passivo financeiro não reconhecido ao valor justo
por meio do resultado, dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do
ativo financeiro ou passivo financeiro.
3.3.1) - Ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado
É um ativo financeiro ou um passivo financeiro que satisfaz qualquer das seguintes condições:
(a) É classificado como mantido para negociação. Um ativo financeiro ou um passivo financeiro é
classificado como mantido para negociação se for:
(i) adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra em prazo
muito curto;
(ii) no reconhecimento inicial é parte de carteira de instrumentos financeiros identificados que são
gerenciados em conjunto e para os quais existe evidência de modelo real recente de tomada de
lucros a curto prazo; ou
(iii) derivativo (exceto no caso de derivativo que seja contrato de garantia financeira ou um
instrumento de hedge designado e eficaz);
(b) No momento do reconhecimento inicial ele é designado pela entidade pelo valor justo por meio do
resultado. A entidade só pode usar essa designação quando for permitido pelo item 11A, ou quando tal
resultar em informação mais relevante, porque:
(i) elimina ou reduz significativamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento
(por vezes, denominada .”inconsistência contábil”) que de outra forma resultaria da mensuração
de ativos ou passivos ou do reconhecimento de ganhos e perdas sobre eles em diferentes bases;
ou
(ii) um grupo de ativos financeiros, passivos financeiros ou ambos é gerenciado e o seu
desempenho avaliado em base de valor justo, de acordo com uma estratégia documentada de
gestão do risco ou de investimento, e a informação sobre o grupo é fornecida internamente ao
pessoal chave da gerência da entidade nessa base (como definido no Pronunciamento Técnico
CPC 05 - Divulgação sobre Partes Relacionadas), por exemplo, a diretoria e o presidente
executivo da entidade.
Os investimentos em instrumentos patrimoniais que não tenham o preço de mercado cotado em mercado
ativo, e cujo valor justo não possa ser confiavelmente medido, não devem ser designados pelo valor justo por
meio do resultado.
É de notar que os itens mencionados nos CPCs que estabelecem os requisitos para determinar uma
mensuração confiável do valor justo de ativo financeiro ou passivo financeiro, se aplicam igualmente a todos os
itens que sejam medidos pelo valor justo, quer seja por designação ou por outro método, ou cujo valor justo seja
divulgado.
São ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos
para os quais a entidade tem a intenção positiva e a capacidade de manter até o vencimento, exceto:
(a) os que a entidade designa no reconhecimento inicial pelo valor justo por meio do resultado;
(b) os que a entidade designa como disponível para venda; e
(c) os que satisfazem a definição de empréstimos e contas a receber.
A entidade não deve classificar nenhum ativo financeiro como mantido até o vencimento se a entidade tiver,
durante o exercício social corrente ou durante os dois exercícios sociais precedentes, vendido ou reclassificado
mais do que uma quantia insignificante de investimentos mantidos até o vencimento antes do vencimento (mais
do que insignificante em relação à quantia total dos investimentos mantidos até o vencimento), que não seja por
vendas ou reclassificações que:
(i) estejam tão próximos do vencimento ou da data de compra do ativo financeiro (por exemplo,
menos de três meses antes do vencimento) que as alterações na taxa de juro do mercado não
teriam efeito significativo no valor justo do ativo financeiro;
(ii) ocorram depois de a entidade ter substancialmente recebido todo o capital original do ativo
financeiro por meio de pagamentos programados ou de pagamentos antecipados; ou
(iii) sejam atribuíveis a um acontecimento isolado que esteja fora do controle da entidade, não seja
recorrente e não tenha podido ser razoavelmente previsto pela entidade.
São ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados em
mercado ativo, exceto:
(a) os que a entidade tem intenção de vender imediatamente ou no curto prazo, os quais são classificados
como mantidos para negociação, e os que a entidade, no reconhecimento inicial, designa pelo valor
justo por meio do resultado;
(b) os que a entidade, após o reconhecimento inicial, designa como disponíveis para venda; ou
(c) aqueles com relação aos quais o detentor não possa recuperar substancialmente a totalidade do seu
investimento inicial, que não seja devido à deterioração do crédito, que são classificados como
disponíveis para a venda.
Um interesse adquirido num conjunto de ativos que não seja empréstimo nem conta a receber (por exemplo,
participação em fundo mútuo ou em fundo semelhante) não é empréstimo nem recebível.
São aqueles ativos financeiros não derivativos que são designados como disponíveis para venda ou que
não são classificados como (a) empréstimos e contas a receber, (b) investimentos mantidos até o vencimento ou
(c) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado.
Definição de derivativo:
Derivativo é um instrumento financeiro ou outro contrato dentro do alcance deste Pronunciamento
Técnico (ver itens 2 a 7) com todas as três características seguintes:
(b) o seu valor altera-se em resposta à alteração na taxa de juros especificada, preço de instrumento
financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação ou índice
de crédito, ou outra variável, desde que, no caso de variável não financeira, a variável não seja
específica de uma parte do contrato (às vezes denominada “subjacente”);
(c) não é necessário qualquer investimento líquido inicial ou investimento líquido inicial que seja
inferior ao que seria exigido para outros tipos de contratos que se esperaria que tivessem resposta
semelhante às alterações nos fatores de mercado; e
(d) é liquidado em data futura.
Derivativo embutido
É um componente de instrumento híbrido (combinado) que também inclui um contrato principal não
derivativo – em resultado disso, alguns dos fluxos de caixa do instrumento combinado variam de forma
semelhante a um derivativo isolado. O derivativo embutido faz com que alguns ou todos os fluxos de caixa que
de outra forma seriam exigidos pelo contrato sejam modificados de acordo com a taxa de juros especificada,
preço de instrumento financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação
ou índice de crédito, ou outra variável, desde que, no caso de variável não financeira a variável não seja
específica de uma das partes do contrato.
Um derivativo que esteja anexo a um instrumento financeiro, mas que seja contratualmente transferível
independentemente desse instrumento, ou que tenha uma contraparte diferente desse instrumento, não é um
derivativo embutido, mas um instrumento financeiro separado.
Derivativos embutidos são derivativos inseridos dentro de outras operações, geralmente operações de
crédito. Por exemplo, no caso de debêntures conversíveis em ações, temos um título de crédito associado a uma
opção de compra. Tal opção será exercida se o preço da ação subir acima de determinado valor.
O derivativo embutido deve ser separado do contrato principal e contabilizado como derivativo
segundo este CPC se, e apenas se:
(a) as características econômicas e os riscos do derivativo embutido não estiverem intimamente
relacionados com as características econômicas e os riscos do contrato principal;
(b) o instrumento separado com as mesmas características que o derivativo embutido satisfizer a definição
de derivativo; e
(c) o instrumento híbrido (combinado) não for medido pelo valor justo com as alterações no valor justo
reconhecidas no resultado (i.e., o derivativo que esteja embutido num ativo financeiro ou passivo
financeiro pelo valor justo por meio do resultado não é um derivativo separado).
Se o derivativo embutido for separado, o contrato principal deve ser contabilizado segundo este
Pronunciamento Técnico se ele for instrumento financeiro, e de acordo com outros Pronunciamentos
apropriados se não for instrumento financeiro. Este Pronunciamento não trata da questão de se o derivativo
embutido deve ser apresentado separadamente no balanço patrimonial.
O derivativo embutido deve ser separado do contrato principal, se as três condições citadas acima forem
cumpridas.
No caso de separação, o derivativo e o contrato principal devem ser contabilizados conforme o
pronunciamento CPC 38.
Se uma entidade não estiver em condições de medir separadamente o derivativo embutido quer na data
de aquisição quer na data de demonstração contábil posterior, ela deve designar todo o contrato híbrido
(combinado) pelo valor justo por meio do resultado.
Da mesma forma se uma entidade não é capaz de mensurar separadamente o derivativo embutido que
deveria ser separado na reclassificação de contrato híbrido (combinado) da categoria de mensurado ao valor
justo por meio do resultado para outra categoria, essa reclassificação é proibida. Nessas circunstâncias o
contrato híbrido (combinado) permanece classificado como mensurado pelo valor justo por meio do resultado.
Se a entidade não estiver em condições de determinar confiavelmente o valor justo de derivativo
embutido com base nos seus termos e condições (por exemplo, porque o derivativo embutido se baseia em
instrumento patrimonial não cotado), o valor justo do derivativo embutido é a diferença entre o valor justo do
instrumento híbrido (combinado) e o valor justo do contrato principal, se esses valores puderem ser
determinados segundo este Pronunciamento.
Se a entidade não estiver em condições de determinar o valor justo do derivativo embutido usando esse
método, o instrumento híbrido (combinado) é designado pelo valor justo por meio do resultado.
Para a finalidade de medir um ativo financeiro após o reconhecimento inicial, este Pronunciamento
classifica os ativos financeiros nas quatro categorias definidas no item 3.3:
(a) ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado;
(b) investimentos mantidos até o vencimento;
(c) empréstimos e contas a receber; e
(d) ativos financeiros disponíveis para venda.
Essas categorias aplicam-se à mensuração e ao reconhecimento do resultado segundo este Pronunciamento.
A entidade pode usar outras descrições para essas categorias ou outras categorizações quando apresentar a
informação nas demonstrações contábeis. A entidade deve divulgar nas notas explicativas as informações
exigidas pelo pronunciamento Técnico CPC 40 – Instrumentos Financeiros – Evidenciação.
Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar os ativos financeiros, incluindo os derivativos que
sejam ativos, pelos seus valores justos sem nenhuma dedução dos custos de transação em que possa incorrer na
venda ou em outra alienação, exceto quanto aos seguintes ativos financeiros:
(a) empréstimos e contas a receber, que devem ser mensurados pelo custo amortizado usando o método
dos juros efetivos;
(b) investimentos mantidos até o vencimento, que devem ser medidos pelo custo amortizado usando o
método dos juros efetivos; e
(c) investimentos em instrumentos patrimoniais que não tenham preço de mercado cotado em mercado
ativo e cujo valor justo não possa ser confiavelmente medido e derivativos que estejam ligados a e
devam ser liquidados pela entrega desses instrumentos patrimoniais não cotados, os quais devem ser
medidos pelo custo.
Todos os ativos financeiros, exceto aqueles mensurados pelo valor justo por meio do resultado, estão
sujeitos a revisão quanto à perda do valor recuperável.
A mensuração pelo valor justo é uma das principais alterações ocorridas na contabilidade.
considerariam ao determinar o preço e é consistente com metodologias econômicas aceitas para determinar o
preço de instrumentos financeiros.
Periodicamente, a entidade calibra a técnica de avaliação e testa a sua validade usando preços de
quaisquer transações de mercado correntes observáveis relativas ao mesmo instrumento ou baseadas em
quaisquer dados de mercado observáveis disponíveis.
Para entidades que realizam operações com o objetivo de hedge em relação a um risco específico
determinado e documentado, há a possibilidade de aplicação da metodologia denominada contabilidade de
operações de hedge (hedge accounting).
Essa metodologia faz com que os impactos na variação do valor justo dos derivativos (ou outros
instrumentos financeiros não derivativos) utilizados como instrumento de hedge sejam reconhecidos no
resultado de acordo com o reconhecimento do item que é objeto de hedge.
Essa metodologia, portanto, faz com que os impactos contábeis das operações de hedge sejam os
mesmos que os impactos econômicos, em consonância com o regime de competência.
As operações com instrumentos financeiros destinadas a hedge devem ser classificadas em uma das três
categorias a seguir:
(a) Hedge de valor justo – tem por finalidade proteger um ativo ou passivo reconhecido, ou um compromisso
firme não reconhecido, ou parte identificada de ativo, passivo ou compromisso firme, atribuível a um risco
particular e que pode impactar o resultado da entidade. Nesse caso tem-se a mensuração do valor justo do item
objeto de hedge. Por exemplo, quando se tem um derivativo protegendo um estoque, ambos (derivativo e
estoque) são mensurados pelo valor justo em contrapartida em contas de resultado. Outro exemplo: quando se
tem um derivativo protegendo uma dívida pré-fixada, o derivativo e a dívida são mensurados pelo valor justo
em contrapartida em resultado.
Ou seja, as variações no valor justo do derivativo são contabilizadas no resultado, junto com as
variações do item objeto de proteção. Essa contabilização ocorre apenas para os casos de Hedge de valor justo.
(b) Hedge de fluxo de caixa – hedge da exposição à variabilidade nos fluxos de caixa que
(i) é atribuível a um risco particular associado a ativo ou passivo (tal como todo ou parte do pagamento
de juros de dívida pósfixada) ou a transação altamente provável e
(ii) que podem impactar o resultado da entidade.
A contabilização é a seguinte:
A) a parcela efetiva do ganho ou perda do instrumento de hedge que é considerado hedge efetivo
deve ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido, especificamente na conta de ajuste de
avaliação patrimonial;
B) a parcela não efetiva do ganho ou perda com o instrumento de hedge deve ser reconhecida
diretamente na adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período.
Entende-se por parcela efetiva aquela em que a variação no item objeto de hedge, diretamente
relacionada ao risco correspondente, é compensada pela variação no instrumento de hedge, considerando o
efeito acumulado da operação.
(c) Hedge de investimento no exterior - como definido no Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das
Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, que consiste no instrumento
financeiro passivo considerado como proteção (hedge) de investimento no patrimônio líquido de investida no
exterior quando houver, desde o seu início, a comprovação dessa relação de proteção entre o passivo e o ativo,
explicitando a natureza da transação protegida, do risco protegido e do instrumento utilizado como proteção,
deve ser feita mediante toda a documentação pertinente e a análise de efetividade.
A contabilização é idêntica à de Hedge de fluxo de caixa. Os ganhos e perdas efetivos são
contabilizados no patrimônio, para compensar os ganhos e perdas do investimento. Já a parte não efetiva
(ineficaz) do hedge é contabilizada no resultado do período.
Na categoria hedge de valor justo devem ser classificados os instrumentos financeiros derivativos que se
destinem a compensar riscos decorrentes da exposição à variação no valor justo do item objeto de hedge.
Na categoria hedge de fluxo de caixa devem ser classificados os instrumentos financeiros derivativos
que se destinem a compensar variação no fluxo de caixa futuro estimado da entidade.
Um item objeto de hedge pode ser um ativo ou um passivo reconhecido, um compromisso firme não
reconhecido, uma transação altamente provável ou um investimento líquido em operações no exterior. O item
objeto de hedge pode ser:
(a) individual representado por: ativo ou passivo individual, compromisso firme não reconhecido,
transação altamente provável ou investimento líquido em operações no exterior,
(b) grupo com características semelhantes de risco de: ativos ou passivos, compromissos firmes
não reconhecidos, transações altamente prováveis ou investimentos líquidos em operações no
exterior, ou
(c) somente o risco de taxa de juros de carteira, parte de carteira de ativos ou passivos financeiros
que dividam o mesmo risco objeto da operação de hedge.
Diferentemente dos empréstimos e recebíveis, os ativos financeiros classificados como mantidos até o
vencimento não podem ser itens objeto de hedge no caso de hedge de risco de taxa de juros ou hedge de risco de
pagamento antecipado. Isso decorre do fato de que itens classificados nessa categoria dependem da intenção e
capacidade da entidade em mantê-los até o vencimento, independentemente das variações nas taxas de juros.
Contudo, os ativos financeiros classificados como mantidos até o vencimento podem ser itens objeto de hedge
se o risco objeto de hedge for risco de variação cambial ou risco de crédito.
A contabilização do Hedge nos moldes acima é um direito da entidade, e não uma obrigação. Para que
possa ser utilizada, determinados critérios devem ser atendidos.
As operações com instrumentos financeiros derivativos destinadas a hedge nos termos desta Orientação
devem atender, cumulativamente, às seguintes condições:
(a) possuir identificação documental do risco objeto de hedge, com informações específicas sobre a
operação, destacados o processo de gerenciamento de risco e a metodologia utilizada na
avaliação da efetividade do hedge desde a concepção da operação;
(b) comprovar a efetividade do hedge desde a concepção e no decorrer da operação (de forma
prospectiva e retrospectiva), com indicação de que as variações no valor justo ou no fluxo de
caixa do instrumento de hedge compensam as variações no valor de mercado ou no fluxo de
caixa do item objeto de hedge no intervalo entre 80% (oitenta por cento) e 125% (cento e
vinte e cinco por cento);
(c) prever a necessidade de renovação ou de contratação de nova operação no caso daquelas em
que o instrumento financeiro derivativo apresente vencimento anterior ao do item objeto de
hedge;
(d) demonstrar, no caso dos compromissos ou transações futuras objeto de hedge de fluxo de caixa,
elevada probabilidade de ocorrência e comprovar que tal exposição a variações no fluxo de
caixa pode afetar o resultado da instituição.
A entidade precisa identificar e documentar qual o risco a ser protegido pela operação de Hedge. Os
riscos passíveis de proteção podem ser, por exemplo:
• risco de taxa de juros
• risco de variação cambial
• risco de crédito
• risco de mudanças de preços (risco de mercado)
Para se qualificar para proteção, o item objeto do hedge deve criar um risco que pode afetar o resultado
da empresa.
Efetividade do Hedge
A efetividade do hedge deve ser comprovada, indicando que o instrumento de hedge compensa de 80%
a 125% da variação no valor justo do item protegido.
O não atendimento, a qualquer tempo, das exigências previstas no item 77 implica na proibição da
contabilização do hedge conforme descrito acima. Nesse caso, o instrumento de hedge segue a classificação e
contabilização dos instrumentos financeiros, e, no caso de hedge de fluxo de caixa, dos valores acumulados na
conta de patrimônio líquido (ajuste de avaliação patrimonial) decorrentes da operação de hedge devem ser
transferidos para o resultado do período.
3.6) - Divulgação
A principal alteração na Divulgação dos instrumentos financeiros refere-se às exigências de divulgação
dos instrumentos derivativos e da análise de sensibilidade.
(f) valores agrupados por ativo, indexador de referência, contraparte, local de negociação (bolsa ou
balcão) ou de registro e faixas de vencimento, destacados os valores de referência, de custo,
justo e em risco da carteira;
(g) ganhos e perdas no período, agrupados pelas principais categorias de riscos assumidos,
segregados aqueles registrados no resultado e no patrimônio líquido;
(h) valores e efeito no resultado do período de operações que deixaram de ser qualificadas para a
contabilidade de operações de proteção patrimonial (hedge), bem como aqueles montantes
transferidos do patrimônio líquido em decorrência do reconhecimento contábil das perdas e dos
ganhos no item objeto de hedge;
(i) principais transações e compromissos futuros objeto de proteção patrimonial (hedge) de fluxo
de caixa, destacados os prazos para o impacto financeiro previsto;
(j) valor e tipo de margens dadas em garantia;
(k) razões pormenorizadas de eventuais mudanças na classificação dos instrumentos financeiros;
(l) efeitos da adoção inicial desta Orientação.
Para cada tipo de risco decorrente de instrumentos financeiros, a entidade deve divulgar:
(a) a exposição ao risco e como ele surge;
(b) seus objetivos, políticas e processos para gerenciar os riscos e os métodos utilizados para mensurar o
risco; e
(c) quaisquer alterações em (a) ou (b) do período anterior.
1) - Uma empresa adquire um título público federal no valor de $ 2.000. Os juros apurados até a data do
fechamento do balanço correspondem a $ 160 e o valor justo do título na data de fechamento do balanço é de $
2.200. Ademais, a empresa incorreu em $ 20 para aquisição do mesmo.
a. Se a empresa enquadrá-lo como instrumento financeiro avaliado ao valor justo com ajuste no
resultado, também denominado pela Lei 6.404/76, alterada pela Lei 11.638/07 como instrumento
financeiro disponível para negociação.
2) - Idem, considerando que a instituição financeira cobrou juros e taxas no montante de $ 35.000, sendo que ela
detém o direito de regresso, em caso de inadimplência do devedor original da duplicata, o banco não arcará com
as perdas, sendo ressarcido pela empresa (que retém o risco de crédito) e que os títulos vencem todos em
set/2010.
3) - Suponha que uma determinada empresa adquiriu 3 títulos do Governo, ao valor unitário de 10.000 cada um,
com custos de transação de R$ 50,00, com a seguinte finalidade:
5.2) Em 30 de junho, tais títulos apresentam um rendimento de juros de 100 reais, os quais serão pagos
no vencimento do título, e o seu valor justo é de 11.000 reais.
5.3) Suponha o mesmo exemplo anterior, mas desta vez seu valor justo é de 9.500 reais.
4) - (CESPE/ 2010 - MPU – Analista) - O valor justo das aplicações em instrumentos financeiros, na ausência
de mercado ativo, é obtido por meio do cálculo do valor líquido atual dos fluxos de caixa futuros de
instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares.
( ) Certo ( ) Errado
5) - (FCC TCE -GO / 2009 - Analista de Controle Externo) Suponha a aquisição, em 30/11/X8, de um ativo
financeiro no valor de R$ 1.000,00, classificado na data de aquisição em “disponível para venda”. Este título
remunera à taxa de 2% ao mês e o valor de mercado desse título 30 dias após a sua aquisição é de R$ 1.015,00.
De acordo com estas informações, em 30/12/X8, a empresa registrará,
(a) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00.
(b) no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 15,00.
(c) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 20,00 e no Patrimônio Líquido, ajuste de
avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo devedor).
(d) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no Patrimônio Líquido, ajuste de
avaliação patrimonial de R$ 20,00 (saldo credor).
(e) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no Patrimônio Líquido, ajuste de
avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo credor).
6) - (CESPE/2011 - FUB – Contador) Julgue os itens seguintes, de acordo com os critérios de avaliação de
ativos e passivos, conforme a redação dada à Lei n.º 6.404/1976 pelas Leis n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009.
O valor justo dos instrumentos financeiros pode ser obtido pelo cálculo do valor presente líquido dos fluxos de
caixa futuros de instrumentos financeiros similares.
( ) Certo ( ) Errado
8) - (FCC/ 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário ) - A empresa Polo Norte S.A. fez uma aplicação financeira
em CDB - Certificado de Depósito Bancário por 720 dias. O CDB pode ser resgatado antecipadamente. O
diretor financeiro juntamente com o Contador ao analisar a situação econômico-financeira da empresa constatou
que haverá necessidade de resgatar antecipadamente o CDB em parcelas, para cobrir as necessidades
operacionais de caixa, dessa forma o CDB deve ser classificado como instrumento financeiro
a) disponível para venda, sendo contabilizado pelo valor de custo na contratação e atualizado pelo valor do
custo amortizado durante a vigência do papel.
b) mantido até o vencimento, sendo contabilizado pelo valor de custo amortizado e atualizado pelo valor
justo durante a vigência do papel.
c) disponível para venda, sendo contabilizado pelo valor de custo na contratação e atualizado pelo valor
justo durante a vigência do papel.
d) mantido até o vencimento, sendo contabilizado pelo valor de custo na contratação e atualizado pelo valor
de mercado durante a vigência do papel.
e) disponível para venda, sendo contabilizado pelo valor justo na contratação e atualizado pela média dos
valores de mercado dos papéis de mesma natureza do mercado interfinanceiro.
9) - (FUNCAB/ 2010 - SEJUS-RO – Contador) - De acordo com a Lei n° 6.404 atualizada, no balanço, os
elementos do ativo serão avaliados pelo seu valor justo quando se tratar de:
a) aplicações em instrumentos financeiros, em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante
ou no realizável a longo prazo, destinados à negociação ou disponíveis para venda.
b) aplicações em instrumentos financeiros, em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante
ou no realizável a longo prazo e não destinadas à negociação.
c) direitos que tenham por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-
primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado.
d) investimentos emparticipação no capital social de outras sociedades, ressalvado os investimentos em
coligadas, controladas e as que façam parte de um mesmo grupo.
e) direitos classificados no imobilizado, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização
ou exaustão.
10) - (Simulado Prof. José Wagner-2010/Cesgranrio) De acordo com as normas relativas a instrumentos
financeiros (CPC 14, CPC 38, CPC 39 e CPC 40), para fins de mensuração subseqüente os ativos financeiros
devem ser classificados em quatro categorias. Assinale a categoria que explicitamente não está prescrita nesses
pronunciamentos:
(a) empréstimos e recebíveis.
(b) investimentos mantidos até o vencimento.
(c) ativos financeiros disponíveis para venda.
(d) investimentos em coligadas.
(e) ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio de resultado.
11) - (BR 2011/Cesgranrio) Um instrumento financeiro decorre de um contrato entre duas ou mais partes
interessadas em determinada transação de transferência de recursos, mediante mútuo acordo, que estabeleça
claras consequências econômicas. O instrumento financeiro, de forma geral, é um contrato que origina um ativo
financeiro numa entidade e um passivo financeiro ou título patrimonial em outra.
Nesse contexto de instrumento financeiro, título patrimonial é um contrato que visa a
(a) aplicações em depósitos bancários.
(b) empréstimo concedido a outras entidades.
(c) formação de direito de receber caixa de outra entidade.
(d) comprometimento de entregar caixa para outra entidade.
(e) evidenciar um interesse residual depois de deduzidos os passivos.
12) - (Eletrobrás-2005/UFRJ-adaptada) Para os investimentos, tidos como temporários, mas não mantidos
para negociação ou disponíveis para venda, a Lei 6.404/76 prescreve o seguinte critério de avaliação:
(a) a equivalência ao valor de mercado;
(b) a equivalência ao custo de reposição;
(c) o custo de aquisição corrigido pela inflação do período;
(d) o custo de aquisição atualizado, ajustado pelo valor provável de realização;
(e) o valor de mercado, deduzida da inflação do período.
13) - (Simulado JW-2011/Cesgranrio) Para fins de aplicação do CPC 38 – Instrumentos Financeiros, a melhor
evidência de um valor justo é
(a) valor determinado por modelos matemático-estatísticos de precificação.
(b) o preço de reposição do ativo.
(c) o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados.
(d) o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de provisão para perdas.
(e) o preço de mercado do ativo.
15) - (TCE PA-2010/FCC) Uma empresa adquiriu em 31/10/X9 um ativo financeiro no valor de R$ 5.000,00,
classificado na data de aquisição em “mantido até o vencimento”. Este título remunera à taxa de 1% ao mês e o
seu valor justo, um mês após a sua aquisição, era de R$ 5.080,00. De acordo com estas informações, em
30/11/X9, a empresa deveria registrar:
(a) na Demonstração de Resultado, receita financeira de R$ 80,00.
(b) no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 30,00.
(c) na Demonstração de Resultado, receita financeira de R$ 50,00 e no Patrimônio Líquido, ajuste de
avaliação patrimonial de R$ 30,00 (saldo credor).
(d) na Demonstração de Resultado, receita financeira de R$ 80,00 e no Patrimônio Líquido, ajuste de
avaliação patrimonial de R$ 30,00 (saldo devedor).
(e) na Demonstração de Resultado, receita financeira de R$ 50,00.
Definições
Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o
valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em
transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.
Valor adicionado recebido em transferência representa a riqueza que não tenha sido criada pela própria
entidade, e sim por terceiros, e que a ela é transferida, como por exemplo receitas financeiras, de
equivalência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties, etc. Precisa ficar destacado, inclusive para evitar
dupla-contagem em certas agregações.
Considerações Gerais
Embora a geração de lucro continue sendo uma característica fundamental à continuidade das empresas, as
relações intersociais existentes com a globalização de mercados exigem conhecimento adicional de como
determinada entidade agrega valor à economia do país ou da região onde está inserida, tornando o acesso a
informação um diferencial competitivo.
A Demonstração do Valor Adicionado tem a função de divulgar e identificar o valor da riqueza gerada pela
entidade, e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente,
para a sua geração .
O Valor Adicionado constitui-se da receita de venda deduzida dos custos dos recursos adquiridos de terceiros.
É, portanto, o quanto a entidade contribuiu para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Márcia Martins M de Luca define Valor Adicionado como sendo: “... a remuneração dos esforços desenvolvidos
para a criação da riqueza da empresa. Tais “esforços” são, em geral, os empregados que fornecem a mão-de-
obra, os investidores que fornecem o capital, os financiadores que emprestam os recursos e o governo que
fornece a lei e a ordem, infra-estrutura sócio-econômica e os serviços de apoio”.
Algumas empresas espontaneamente têm demonstrado interesse ou desenvolvido trabalhos no sentido de levar
aos usuários uma informação de melhor qualidade, através do aperfeiçoamento dos seus relatórios ou de
informações mais completas, tais como, o BNB, FEBRABAN e outros, mas havia distorções em relação a
classificação de algumas contas nas suas estruturas, pois não existia uma padronização definida da estrutura da
DVA.
A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada a riqueza criada pela entidade. Os principais
componentes da riqueza criada estão apresentados a seguir nos seguintes itens:
Receitas
Venda de mercadorias, produtos e serviços - inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas
(por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto,
mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas receitas.
Outras receitas - da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas.
Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos - inclui os valores das matérias-primas
adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços
vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio.
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros - inclui valores relativos às despesas originadas da
utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros.
Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energi,a etc.
consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (por exemplo,
ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas
na demonstração do resultado.
Perda e recuperação de valores ativos - inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado
de estoques, imobilizados, investimentos, etc. Também devem ser incluídos os valores reconhecidos no
resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas por desvalorização
de ativos, conforme aplicação do CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se no período o valor
líquido for positivo, deve ser somado).
Receitas financeiras - inclui todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas,
independentemente de sua origem.
Outras receitas - inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, aluguéis, direitos de
franquia, etc.
A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi
distribuída. Os principais componentes dessa distribuição estão apresentados a seguir:
Impostos, taxas e contribuições - valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o lucro,
contribuições aos INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do Trabalho) que sejam ônus do
empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para os
impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser considerados apenas os valores
devidos ou já recolhidos, e representam a diferença entre os impostos e contribuições incidentes sobre as
receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens considerados como “insumos adquiridos de
terceiros”.
• Federais – inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em
parte aos Estados, Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE, PIS, COFINS.
Inclui também a contribuição sindical patronal.
• Estaduais – inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no todo ou
em parte aos Municípios, Autarquias etc., tais como o ICMS e o IPVA.
• Municipais – inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados no
todo ou em parte às Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU.
Remuneração de capitais de terceiros - valores pagos ou creditados aos financiadores externos de capital.
Remuneração de capitais próprios - valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas.
• Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos - inclui os valores pagos ou creditados aos sócios
e acionistas por conta do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para
conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no
resultado do próprio exercício.
• Lucros retidos e prejuízos do exercício - inclui os valores relativos ao lucro do exercício destinados
às reservas, inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor
deve ser incluído com sinal negativo.
• As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de Juros sobre o Capital Próprio – JCP,
independentemente de serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros,
devem ter o mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem
ser imputados.
A reavaliação de ativos e a avaliação de ativos ao seu valor justo provocam alterações na estrutura patrimonial
da empresa e, por isso, normalmente requerem o registro contábil dos seus efeitos tributários.
Os resultados da empresa são afetados sempre que houver a realização dos respectivos ativos reavaliados ou
avaliados ao valor justo. Quando a realização de determinado ativo ocorrer pelo processo normal de
depreciação, por conseqüência, a DVA também é afetada. Assim, no momento da realização da reavaliação ou
da avaliação ao valor justo, deve-se incluir esse valor como “outras receitas” na DVA, bem como se
reconhecem os respectivos tributos na linha própria de impostos, taxas e contribuições.
A construção de ativos dentro da própria empresa para seu próprio uso é procedimento comum. Nessa
construção diversos fatores de produção são utilizados, inclusive a contratação de recursos externos (por
exemplo, materiais e mão-de-obra terceirizada) e a utilização de fatores internos como mão-de-obra, com os
conseqüentes custos que essa contratação e utilização provocam. Para elaboração da DVA, essa construção
equivale a produção vendida para a própria empresa, e por isso seu valor contábil integral precisa ser
considerado como receita. A mão-de-obra própria alocada é considerada como distribuição dessa riqueza
criada, e eventuais juros ativados e tributos também recebem esse mesmo tratamento. Os gastos com serviços
de terceiros e materiais são apropriados como insumos.
À medida que tais ativos entrem em operação, a geração de resultados desses ativos recebe tratamento idêntico
aos resultados gerados por qualquer outro ativo adquirido de terceiros; portanto, sua depreciação também deve
receber igual tratamento.
Para evitar o desmembramento das despesas de depreciação, na elaboração da DVA, entre os componentes que
serviram de base para o respectivo registro do ativo construído internamente (materiais diversos, mão-de-obra,
impostos, aluguéis e juros), os valores gastos nessa construção devem, no período da construção, ser tratados
como Receitas relativas à construção de ativos próprios. Da mesma forma, os componentes de seu custo
devem ser alocados na DVA seguindo-se suas respectivas naturezas.
A Demonstração do Valor Adicionado está estruturada para ser elaborada a partir da Demonstração do
Resultado do período. Assim, há uma estreita vinculação entre essas duas demonstrações e essa vinculação
deve servir para sustentação da consistência entre elas. Mas ela tem também uma interface com a
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados na parte em que movimentações nesta conta dizem
respeito à distribuição do resultado do exercício apurado na demonstração própria.
A entidade é livre, dentro dos limites legais, para distribuir seus lucros acumulados, sejam eles oriundos do
próprio exercício ou de exercícios anteriores. Porém, pela vinculação referida no item anterior, os dividendos
que compõem a riqueza distribuída pela entidade devem restringir-se exclusivamente à parcela relativa aos
resultados do próprio período. Dividendos distribuídos relativos a lucros de períodos anteriores não são
considerados, pois já figuraram como lucros retidos naqueles respectivos períodos.
Em milhares Em milhares
DESCRIÇÃO de reais de reais
20X1 20X0
1 – RECEITAS
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2) Outras receitas
1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios
1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição)
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.3) Perda / Recuperação de valores ativos
2.4) Outras (especificar)
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
6.3) Outras
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)
8.1) Pessoal
8.1.1 – Remuneração direta
8.1.2 – Benefícios
8.1.3 – F.G.T.S
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.2.1 – Federais
8.2.2 – Estaduais
8.2.3 – Municipais
8.3) Remuneração de capitais de terceiros
8.3.1 – Juros
8.3.2 – Aluguéis
8.3.3 – Outras
8.4) Remuneração de Capitais Próprios
8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio
8.4.2 – Dividendos
8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício
8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação)
Ex.1) – Com base nas informações a seguir, elabore a Demonstração do valor Adicionado – DVA.
Valores em RS
* Receita Operacional Bruta 690.348,00
(-) Deduções
Descontos Incondicionais 12.731,00
Devoluções 9.647,00
Abatimentos 3.259,00
ICMS 117.873,00
PIS 4.788,00
Cofins 22.101,00 (170.399,00)
(=) Receita Operacional Líquida 519.949,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (356.536,00)
(=) Lucro Operacional Bruto 163.413,00
(-) Despesas Operacionais
Vendas (13.618,00)
Administrativas (67.312,00)
Financeiras (15.614,00)
(-) Receitas Financeiras 18.712,00
Total 80.930,00
Resolução – Ex.1
DESCRIÇÃO
1 – RECEITAS
Ex. 2 - Com base nas informações a seguir, elabore a Demonstração do valor Adicionado – DVA.
Valores em RS
Receita Operacional Bruta 850.000,00
(-) Deduções
Devoluções (15.000,00)
ICMS (19%) (161.500,00)
PIS (1,65%) (14.025,00)
Cofins (7,6%) (65.025,00) (255.550,00)
(=) Receita Operacional Líquida 594.450,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (315.500,00)
(=) Lucro Operacional Bruto 278.950,00
(-) Despesas Operacionais
Vendas (47.800,00 )
Administrativas (75.300,00)
Financeiras (15.780,00)
Receitas Financeiras 6.700,00
Resultado da Equivalência Patrimonial 12.000,00
Outras Receitas – Venda de Imobilizado 25.840,00
(=) Lucro antes da CSLL e do IRPJ 184.610,00
(-) Contribuição Social sobre o Lucro (16.614,90)
(-) Imposto de Renda (46.152,50)
(=) Lucro após IR 121.842,60
(-) Participações Estatutárias
Debenturistas 8.092,60
Empregados 7.580,00
Administradores 2.100,00
(=) Lucro Líquido do Exercício 104.070,00
Total 123.10000
Resolução – Ex.2
DESCRIÇÃO
1 – RECEITAS
Ex. 3 – Com base nas informações a seguir, elabore a Demonstração do valor Adicionado – DVA.
Valores em RS
Receita Operacional Bruta 500.000,00
(-) Deduções
Devoluções (10.000,00)
ICMS (20%) (100.000,00)
PIS (10.000,00)
Cofins (40.000,00) (160.000,00)
(=) Receita Operacional Líquida 340.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (200.000,00)
(=) Lucro Operacional Bruto 140.000,00
(-) Despesas Operacionais
Vendas (60.000,00 )
Administrativas (94.000,00)
Financeiras (18.000,00)
Receitas Financeiras 12.000,00
Resultado da Equivalência Patrimonial 25.000,00
Perda no Valor Recuperável de Ativos (10.000,00)
(=) Lucro antes da CSLL e do IRPJ 35.000,00
(-) Contribuição Social sobre o Lucro (10%) (3.500,00)
(-) Imposto de Renda (25%) (8.750,00)
(=) Lucro após IR 22.750,00
(-) Participações Estatutárias
Debenturistas 2.750,00
Empregados 2.500,00
Administradores 500,00
(=) Lucro Líquido do Exercício 17.000,00
Total 134.000,00
Resolução – Ex.3
DESCRIÇÃO
1 – RECEITAS
Tendo em vista o Demonstrativo do Valor Adicionado – DVA, pode-se afirmar que ficou para o Governo a
quantia, em reais, de:
(a) 26.400,00
(b) 27.456,00
(c) 46.640,00
(d) 96.800,00
(e) 108.240,00
5) - (FGV-2009 - ICMS-RJ) Considerando as operações abaixo da Cia Rubi durante o ano de 2009, seu valor
adicionado a distribuir será::
Vendas $ 100.000
Consumo de materiais adquiridos de terceiros $ 20.000
Receitas Financeiras $ 8.000
Despesas de Aluguel $ 2.000
Receitas de Aluguel $ 1.000
Pagamento de Salários $ 24.000
Despesa Financeira $ 5.000
Impostos Pagos $ 2.000
Juros sobre Capital Próprio $ 10.000
Despesa de Depreciação $ 5.000
Dividendos $ 2.000
Despesa de Seguros $ 4.000
Serviço de Terceiros $ 12.000
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa $ 3.000
8) – (FGV/- 2010 - SEAD-AP/ Auditor da Receita do Estado) Com base nos dados abaixo, responda as
questões a seguir:
10) – (FCC/2010 - DNOCS/Contador) Dados da Cia. Miramar - Exercício encerrado em 31/12/2008, em R$:
Com estas informações, o Valor Adicionado a Distribuir da companhia nesse exercício correspondeu, em R$, a:
a) 160.000,00.
b) 200.000,00.
c) 190.000,00.
d) 170.000,00.
e) 220.000,00.
Considere que os dados da tabela acima (valores em reais) são relativos à demonstração de resultado de
determinada indústria. A venda no período refere-se a toda a mercadoria (adquirida por R$ 16.800,00). O valor
de ICMS embutido no preço e destacado nas notas fiscais de compra é de R$ 2.450,00.
De acordo com as informações apresentadas no texto, o valor adicionado a distribuir, no período, é de:
a) 23.400. b) 21.600.
c) 20.950. d) 20.400.
e) 17.950.
14) – (CESPE / 2010 – INMETRO/ Técnico de Contabilidade) Com base nos dados fornecidos no texto, o
valor adicionado distribuído (em reais) para os empregados, no período, é de
a) 8.000. b) 8.800.
c) 9.500. d) 10.300.
e) 13.300.
a) Quanto de riqueza uma empresa adicionaou, de que forma essa riqueza foi distribuída e o quanto ficou retido
na empresa.
b) Valor adicionado originado das operações, os recursos oriundos das atividades de financiamento e o saldo de
caixa resultante no final do período.
c) Montante de riqueza que uma empresa adicionou, o quanto dessa riqueza foi distribuída para os agentes e
acionistas e os lucros retidos pela empresa sem destinação específica.
d) Receita adicionada pela empresa deduzida das despesas operacionais, exceto a financeira, e o total de lucros
retidos em forma de reservas.
e) Riqueza adicionada pela empresa, a distribuição dos dividendos realizada e a variação do patrimônio líquido
no exercício.
16) – (FCC / 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE)/ Analista Judiciário) Na elaboração da Demonstração do Valor
Adicionado (DVA) são identificados como Valor Adicionado Recebido Em Transferência:
a) as receitas financeiras obtidas e os dividendos recebidos.
b) os resultados na venda de imobilizados, as depreciações e as amortizações.
c) os royalties recebidos e os insumos adquiridos de terceiros.
d) os serviços profissionais contratados de terceiros e os aluguéis obtidos.
e) os impostos recuperáveis e as recuperações de perdas.
17) - (CFC/2011- Exame de Suficiência) Uma sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por
R$5.000,00, neste valor incluído ICMS de R$1.000,00. No mesmo período, revendeu toda a mercadoria
adquirida por R$9.000,00, neste valor incluído ICMS de R$1.800,00. A sociedade empresária registrou, no
período, despesas com representação comercial no montante de R$1.200,00 e depreciação de veículos de
R$200,00.
Na Demonstração do Valor Adicionado - DVA, elaborada a partir dos dados fornecidos, o valor adicionado a
distribuir é igual a:
a) R$1.800,00.
b) R$2.600,00.
c) R$3.200,00.
d) R$4.000,00.
18) – (FCC / 2011 - INFRAERO / Auditor) Em relação à elaboração da DVA, é correto afirmar que
a) o Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial integra o Valor Adicionado produzido pela entidade.
b) o valor contabilizado para constituição da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa deve ser
somado ao valor das vendas para o cálculo do Valor Adicionado Bruto.
c) o valor da alienação de ativos não circulantes não deve ser computado no cálculo do Valor Adicionado a
distribuir pela entidade.
d) na distribuição do valor adicionado, os juros sobre o capital próprio devem ser computados como
remuneração do capital de terceiros.
e) no valor dos insumos adquiridos de terceiros devem estar incluídos os impostos incidentes sobre a
aquisição, sejam recuperáveis ou não.
5 – ATIVOS INTANGÍVEIS
O CPC 04 define o tratamento contábil dos ativos intangíveis que não são abrangidos especificamente em outro
Pronunciamento, e estabelece que uma entidade deve reconhecer um ativo intangível apenas se determinados
critérios especificados neste Pronunciamento forem atendidos. O Pronunciamento também especifica como
mensurar o valor contábil dos ativos intangíveis, exigindo divulgações específicas sobre esses ativos.
5.1 - Definições:
Ativo é um recurso:
a) Controlado por uma entidade; e
b) Do qual espera-se que sejam gerados benefícios econômicos futuros para a entidade.
Ativo Intangível é:
a) Um ativo não monetário;
b) Identificável; e.
c) Sem substância física.
Nem todos os itens descritos acima se enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são
identificáveis, controlados e geradores de benefícios econômicos futuros. Caso um item abrangido pela IAS 38
não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser
reconhecido como despesa quando incorrido.
Identificabilidade
a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou
trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da
intenção de uso pela entidade; ou
b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem
transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
Controle
A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefícios econômicos futuros gerados
pelo recurso subjacente e de restringir o acesso de terceiros a esses benefícios. Normalmente, a capacidade da
entidade de controlar os benefícios econômicos futuros de ativo intangível advém de direitos legais que possam
ser exercidos num tribunal. A ausência de direitos legais dificulta a comprovação do controle. No entanto, a
imposição legal de um direito não é uma condição imprescindível para o controle, visto que a entidade pode
controlar benefícios econômicos futuros de outra forma.
a) For provável que os benefícios econômicos futuros que são atribuíveis aos ativos ingressarão na
entidade; e
b) O custo do ativo possa ser mensurado com segurança.
a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra,
após deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e
b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.
Exemplos de custos diretamente atribuíveis são (i) Custos de benefícios aos empregados incorridos
diretamente para que o ativo fique em condições operacionais (de uso ou funcionamento); (ii) honorários
profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais; e (iii) custos com
testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.
Por vezes é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente se qualifica para o
reconhecimento, devido às dificuldades para:
a) identificar se, e quando, existe um ativo identificável que gerará benefícios econômicos futuros
esperados; e
b) determinar com segurança o custo do ativo. Em alguns casos não é possível separar o custo incorrido
com a geração interna de ativo intangível do custo da manutenção ou melhoria do ágio derivado da
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente ou com as operações regulares (do
dia-a-dia) da entidade.
Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, a
entidade deve classificar a geração do ativo:
Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de projeto
interno de criação de ativo intangível, o gasto com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de
pesquisa.
Fase de pesquisa
Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) deve ser
reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como
despesa quando incorridos.
Fase de desenvolvimento
i). viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou
venda;
ii). intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
iii). capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
iv). forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a
entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio
ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;
v). disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu
desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e
vi). capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu
desenvolvimento.
O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos diretamente atribuíveis,
necessários à criação, produção e preparação do ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida pela
administração. Exemplos de custos diretamente atribuíveis:
Os seguintes itens não são componentes do custo de ativo intangível gerado internamente:
a) gastos com vendas, administrativos e outros gastos indiretos, exceto se tais gastos puderem ser atribuídos
diretamente à preparação do ativo para uso;
b) ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos antes do ativo atingir o desempenho
planejado; e
c) gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo.
Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o seu custo é o valor justo na
data de aquisição, o qual reflete as expectativas sobre a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros
incorporados no ativo serão gerados em favor da entidade. Em outras palavras, a entidade espera que haja
benefícios econômicos em seu favor, mesmo se houver incerteza em relação à época e ao valor desses
benefícios econômicos.
Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o seu custo deve ser o valor justo
na data de aquisição, o qual reflete as expectativas sobre a probabilidade de que os benefícios econômicos
futuros incorporados no ativo serão gerados em favor da entidade. Em outras palavras, a entidade espera que
haja benefícios econômicos em seu favor, mesmo se houver incerteza em relação à época e ao valor desses
benefícios econômicos.
Se um ativo adquirido em uma combinação de negócios for separável ou resultar de direitos contratuais
ou outros direitos legais, considera-se que exista informação suficiente para mensurar com confiabilidade o seu
valor justo.
5.3 - Goodwill
O goodwill adquirido em uma combinação de negócios e, portanto, reconhecido como tal, representa os
benefícios econômicos que surgem dos outros ativos adquiridos na combinação, que são incorporados ao
goodwill por não serem nem individualmente identificados nem separadamente reconhecidos.
O goodwill gerado internamente não é reconhecido como um ativo porque ele não é um recurso
identificável – não é separável nem surge de acordos legais – nem é controlado pela entidade. Adicionalemnte, é
pouco provável que a entidade consiga atribuir custos incorridos à geração desse goodwill.
5.4 – Amortização
A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou indefinida e, no primeiro caso, a
duração ou o volume de produção ou unidades semelhantes que formam essa vida útil. A entidade deve atribuir
vida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base na análise de todos os fatores relevantes, não existe
um limite previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos para a
entidade.
O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma
sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o
ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que
possa funcionar da maneira pretendida pela administração. A amortização deve cessar na data em que o ativo é
classificado como mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda
ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. O método de amortização utilizado reflete o
padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão
com segurança, deve ser utilizado o método linear.
Um Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. Em seu lugar, a entidade deve
testar a perda de valor dos ativos intangíveis com vida útil indefinida comparando o seu valor recuperável com o
seu valor contábil:
i). anualmente; e
ii). sempre que existam indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor.
2) - (BNDES – 2008/Cesgranrio) Um dos critérios analisados pelos órgãos internacionais de contabilidade diz
respeito aos gastos com pesquisa e desenvolvimento. Qual o tratamento contábil internacional recomendado
para esses gastos?
(a) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período esperado de futuros
benefícios econômicos, não superiores a 10 anos.
(b) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período esperado de benefícios
futuros, sendo o prazo dos gastos com pesquisa de 5 anos, e o de gastos com desenvolvimento, de
até 10 anos.
(c) Devem ser levados a resultado do exercício imediatamente, quando incorridos, em razão da
incerteza dos benefícios econômicos futuros.
(d) Os gastos com pesquisa deverão ser capitalizados como Ativo durante o período mínimo de 5 anos,
enquanto os gastos com desenvolvimento deverão ser levados a resultado, tão logo tenham sido
incorridos.
(e) (E) Os gastos com pesquisa deverão ser reconhecidos como Despesa do Exercício, quando
incorridos, e os gastos com desenvolvimento poderão ser capitalizados no Ativo, se atendidas
certas condições.
Atenção: Os exercícios a seguir foram extraídos do livro Contabilidade Internacional para Graduação,
do Nelson Carvalho e SirleiLemes, Editora Atlas – 2010 (pág.208) .
Dados:
Dados:
A Cia.Cyrcus, um laboratório farmacêutico, tem uma patente registrada de determinada droga, cuja produção e
venda gerará um fluxo de caixa estimado para a entidade por 12 anos. A entidade tem um acordo com um
laboratório de um governo estrangeiro que comprará da Cia Cyrcus a referida patente ao final de seis anos por
40% do seu valor da data de aquisição.
Pede-se: Descreva como a Cia. Cyrcus deve tratar a patente, quanto ao reconhecimento, amortização e teste de
impairment, sabendo-se que ela atende aos critérios de reconhecimento de um ativo intangível.
Dados:
A Cia.Aérea Atlântida possui autorização para operar deerminada rota aérea bastante lucrativa entre Nova
Iorque e Londres. A autorização pode ser renovada a cada quatro anos, desde que a entidade cumpra com as
normas e regulamentações envolvendo a renovação , o que a compahia pretende fazer. As renovações da
autorização são concedidas a um custo mínimo e historicamente a Cia Aérea Atlântida tem conseguido atender
às exigências e fazer a renovação. A empres espera fornecer o serviço indefinidamente entre o principal
aeroporto de cada uma das duas cidades e prevê que a infraestrutura necessária continuará sendo
disponibilizada pelos aeroportos enquanto ela detiver a auorização de operação. Essa análise da entidade é
suportada por evidências sobre a demanda e o Fluxo de Caixa.
Pede-se: Como a Cia Aérea Atlântida deverá tratar a vida útil da autorização para operar a citada rota aérea?
Dados:
Considernado os dados do Estudo de Caso anterior, suponha qua a autoridade que concede as licenças para
operações de rotas aéreas decide não mais renovar a autorização da Cia Aérea Atlântida e promoverá um leilão
para essa e outras rotas. Quando ocorre essa mudança, a autorização atual tem ainda três anos até sua expiração
e a companhia prevê que a rota aérea continuará a gerar fluxo de caixa por esse período de três anos.
Pede-se: Como a Cia. Aérea Atlântida deverá tratar a vida útil da autrização para operar a citada rota aérea?
9) - Para um ativo intangível com vida útil indefinida é correto afirmar que: (pág215)
(a) A entidade não consegue prever o período de geração de benefícios econômicos desse ativo;
(b) Ele foi adquirido em uma combinação de negócios e a adquirente não tem informações detalhadas sobre
sua vida útil;
(c) Após análises, a entidade conclui que o ativo tem vida útil infinita;
(d) Uma vez classificada como indefinida, essa vida útil não poderá mais ser alterada;
(e) Ele deve ser amortizado pelo período máximo que a entidade estima que durarão seus negócios como um
todo.
Por este método, os investimentos são registrados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para
perdas, quando necessário. As receitas deste investimento são reconhecidas pelos dividendos, considerada como
operacional mas em subgrupo a parte. Em resumo, esse método baseia-se no fato de que a investidora registra
somente as operações ou transações baseadas em atos formais, pois, de fato, os dividendos são registrados como
receita no momento em que são declarados e distribuídos, ou reconhecidos pela empresa investida.
Dessa forma, no método de custo não importa quando ou quanto foi gerado de lucro ou reserva, mas sim
as datas e atos formais na sua distribuição. Com isso, deixa-se de reconhecer, na empresa investidora, os lucros
e reservas gerados e não distribuídos pela coligada.
“No Balanço Patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha
influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em
controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão
avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes regras: (...)”
6.3.1 - Coligada é uma entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma
parceria, sobre a qual o investidor tem influência significativa e que não se configura como controlada ou
participação em empreendimento sob controle conjunto (joint venture).
6.3.2 - Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma
parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio
que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria
dos administradores.
6.3.3 - Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da entidade de forma a obter
benefícios de suas atividades.
6.3.4 - Controle conjunto é o compartilhamento do controle, contratualmente estabelecido, sobre uma atividade
econômica que existe somente quando as decisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividade
exigirem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle (os empreendedores).
6.3.5 - Influência significativa é o poder de participar nas decisões financeiras e operacionais da investida, sem
controlar de forma individual ou conjunta essas políticas.
Se o investidor mantém, direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de controladas), vinte por
cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que
possa ser claramente demonstrado o contrário
A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das
seguintes formas:
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e
outras distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou
(e) fornecimento de informação técnica essencial.
O CPC 18 determina o seguinte tratamento a ser aplicado aos investimentos em função das variações no
Patrimônio Líquido da Investida.
a) A parte do investidor no lucro ou prejuízo do período da investida é reconhecida no lucro ou prejuízo do
período do investidor.
b) As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento.
c) Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo reconhecimento da participação
proporcional do investidor nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes da
investida, reconhecidos diretamente em seu patrimônio líquido.
Como se sabe, o valor da participação societária na contabilidade da investidora é ajustado sempre que
o Patrimônio Líquido (PL) da investida sofre variações. Sendo assim, se o PL da Investida, o investimento na
Investidora também aumenta; se o PL da Investida diminui, o Investimento na Investidora também diminui.
A contrapartida (devedora ou credora) desse ajuste no valor do investimento registrado na investidora
dependerá da natureza dessas variações no PL da investida.
Um investimento em outra sociedade é contabilizado pelo MEP a partir da data em que ela se torna sua
coligada, controlada ou controlada em conjunto e esse investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e
subsequentemente ajustado pelo reconhecimento da parte do investidor nos lucros ou prejuízos do período
gerados pela investida, bem como pela parte do investidor nas variações de saldo dos demais componentes do
patrimônio líquido da coligada.
No entanto, pode ocorrer de um investidor adquirir uma participação por um valor superior (ou
inferior) à sua participação porporcional no patromônio líquido da investida. Neste caso a empresa precisará
reconhecer, separadamente do Investimento, a existência de Mais Valia de ativos líquidos da Investida, do
Ágio por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) ou do Ganho por compra vantajosa (deságio). Este
assunto será tratado no item 1.6.
A variação mais comum do PL da investia ocorre quando ela incorre em lucro ou prejuízo no exercício.
Em caso de lucro, o PL da investida aumenta, ocorrendo o inverso quando há prejuízo.
Nesse caso, a contrapartida do ajuste no valor do investimento deve ser registrada em conta de
resultado operacional na investidora: resultado positivo (em caso de lucro na investida) ou negativo (prejuízo)
da equivalência patrimonial. A justificativa para esse procedimento é que ambas empresas têm suas
administrações interligadas.
Os dividendos devem ser registrados a crédito da própria conta de participação societária na investido-
ra. Esse procedimento também é justificado pelo fato de o referido pagamento reduzir o PL da investida;
conseqüentemente, o valor contábil do investimento também deve ser reduzido na contabilidade da investidora.
A contrapartida deverá ser o respectivo crédito a receber: Dividendos a Receber / Disponível.
Caso a investida aumente seu capital com incorporação de reservas (sejam de capital, de lucros ou de
reavaliação), seu patrimônio líquido (PL) permanecerá inalterado e a investidora não precisará efetuar qualquer
ajuste no valor de sua participação societária.
Entretanto, se a investida promover aumento de capital com subscrição de ações novas, a serem
integralizadas em dinheiro ou bens, o PL da investida aumentará e a investidora precisará ajustar o valor de seu
investimento em sua contabilidade.
Há que se estabelecer a diferença entre as possibilidades distintas: a subscrição da investidora pode ser
proporcional à sua participação no capital da investi da ou não.
De acordo com o Fipecafi (p.178), este ajuste será feito de forma reflexa na Investidora, como Ajuste de
Exercícios Anteriores em Lucros Acumulados.
Nas operações de vendas de ativos de uma investidora para uma coligada (downstream), são
considerados lucros não realizados, na proporção da participação da investidora na coligada, aqueles obtidos
em operações de ativos que, à época das demonstrações contábeis, ainda permaneçam na coligada. Por
definição, essa coligada deve ter um controlador que não seja essa investidora a fim de que sobre a investidora
e a coligada possa existir apenas relação de significativa influência e não de controle, e para que ambas não
sejam consideradas sob controle comum. Equiparam-se a venda, para fins de lucro não realizado, os aportes de
ativos para integralização de capital na investida.
Dessa forma, na venda da investidora para a coligada é considerada realizada, na investidora, a parcela
do lucro proporcional à participação dos demais sócios na coligada que sejam partes independentes da
investidora ou dos controladores da investidora. Afinal, a operação de venda se dá entre partes independentes,
por ter a coligada um controlador diferente do controlador da investidora. Aplicam-se esses procedimentos
também para o caso de coligada sem sócio controlador.
A operação de venda deve ser registrada normalmente pela investidora e o não reconhecimento do
lucro não realizado se dá pela eliminação, no resultado individual da investidora (e se for o caso no resultado
consolidado), da parcela não realizada e pelo seu registro a crédito da conta de investimento, até sua efetiva
realização pela baixa do ativo na coligada. Não é necessário eliminar na demonstração do resultado da
investidora as parcelas de venda, custo da mercadoria ou produto vendido, tributos e outros itens aplicáveis já
que a operação como um todo se dá com genuínos terceiros, ficando como não realizada apenas a parcela
devida do lucro. Devem ser reconhecidos, quando aplicável, conforme Pronunciamento Técnico CPC 32 –
Tributos Sobre o Lucro, os tributos diferidos.
Na investidora, em suas demonstrações individuais e, se for o caso, nas consolidadas, a eliminação de
que trata o item 51 se dá na linha de resultado de equivalência patrimonial, com destaque na própria
demonstração do resultado ou em nota explicativa.
Nas operações de venda da coligada para a investidora, os lucros não realizados por operação de ativos
ainda em poder da investidora ou de suas controladas são eliminados da seguinte forma: do valor da
equivalência patrimonial calculada sobre o lucro líquido da investida é deduzida a integralidade do lucro
considerado como não realizado pela investidora.
A existência de transações com ativos que gerem prejuízos é, normalmente, evidência de necessidade
de reconhecimento de impairment conforme Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor
Recuperável de Ativos, o que leva à não eliminação da figura desse prejuízo. Esse conceito aplica-se também
para as operações com controlada e com joint venture.
Nas operações com controladas os lucros não realizados são totalmente eliminados tanto nas operações
de venda da controladora para a controlada, quanto da controlada para a controladora ou entre as controladas.
Nas demonstrações individuais, quando de operações de vendas de ativos da controlada para a
controladora ou entre controladas, a eliminação do lucro não realizado se faz no cálculo da equivalência
patrimonial, deduzindo-se, do percentual de participação da controladora sobre o resultado da controlada, cem
por cento do lucro contido no ativo ainda em poder do grupo econômico. Nas demonstrações consolidadas, o
excedente desses cem por cento sobre o valor decorrente do percentual de participação da controladora no
resultado da controlada é reconhecido como devido à participação dos não controladores.
6.6.3 - Lucros não realizados em operações com controlada em conjunto (joint venture)
Nas operações de venda de ativos da investidora para a controlada em conjunto, o investidor considera
como lucro realizado apenas a parcela relativa à participação dos demais investidores na controlada em
conjunto, que são terceiros independentes, como no caso da operação com coligada.
Nas operações de venda de ativos da controlada em conjunto para a investidora, a investidora considera
esse lucro na joint venture como não realizado como se a joint venture fosse uma controlada comum.
Nas operações de venda de bens da controlada em conjunto para os demais investidores, partes
independentes da investidora, não há lucro não realizado sob a ótica da entidade investidora.
6.7.1 – Conceituação
Conforme exposto anteriormente, quando a investidora adquire uma participação societária que, em
função dos critérios expostos anteriormente, será avaliada pelo MEP, é feita uma primeira equivalência
patrimonial comparando-se o custo da aquisição do investimento com seu valor que tem como base o
patrimônio líquido da investida, que será utilizado para o registro contábil da participação societária na
investidora.
No entanto, pode ocorrer de um investidor adquirir uma participação por um valor superior (ou
inferior) à sua participação porporcional no patromônio líquido da investida. Neste caso a empresa precisará
reconhecer, separadamente do Investimento:
(a) o valor representado pela aplicação da percentagem de participação adquirida aplicada sobre o patrimônio
líquido da adquirida ajustado pelas práticas contábeis da investidora e com ativos e passivos a seus valores
justos (inclusive ativos anteriormente não reconhecidos e passivos contingentes que tenham influenciado no
preço da operação, conforme item anterior). Considerando-se que, como regra, nos registros contábeis originais
da entidade adquirida os ativos e passivos permanecem registrados pelos valores contábeis originais da
adquirida, sem que sejam refletidos os ajustes pelo valor justo apurados na combinação de negócios, a entidade
adquirente deve identificar todos os itens que resultem em diferenças entre os valores contábeis e os valores
justos dos ativos e passivos da adquirida para fins de controle de sua realização por amortização, depreciação,
exaustão, venda, liquidação, alteração no valor contabilizado, baixa, impairment ou qualquer outra mutação nos
registros contábeis desses ativos e passivos. Quando realizadas essas diferenças entre valor contábil e valor justo
de ativos e passivos da adquirida, deve a entidade adquirente realizar sua parte quando do reconhecimento do
resultado de equivalência patrimonial. Afinal, o resultado da adquirida terá sido produzido com base nos valores
históricos nela registrados, mas para a adquirente esses ativos e passivos terão sido adquiridos por valores justos
da data da obtenção do controle. Esse investimento mensurado pela parte da controladora no valor justo dos
ativos líquidos da adquirida, por consequência, deve ser subdividido para fins de controle, na entidade
adquirente, em:
(i) parcela relativa à equivalência patrimonial sobre o patrimônio líquido contábil da adquirida; e
(ii) parcela relativa à diferença entre (i) e a parte da adquirente no valor justo dos ativos líquidos da
adquirida, mensurados de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 15, na data da obtenção do
controle. Essa parcela representa a mais valia derivada da diferença entre o valor justo e o valor contábil
dos ativos líquidos da adquirida.
(b) O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), representado pela diferença positiva entre o
valor pago (ou valores a pagar) e o montante líquido proporcional adquirido do valor justo dos ativos e passivos
da entidade adquirida. Notar que esse ágio só é classificado no subgrupo de Intangíveis no balanço consolidado,
conforme CPC 04 – Ativo Intangível, nunca no balanço individual, onde permanece no subgrupo de
Investimentos; afinal, o goodwill é da adquirida (a capacidade de geração de rentabilidade futura é da
adquirida), pago pela adquirente; para esta, individualmente, representa parte do custo de seu investimento,
mesmo que sujeito a impairment e, eventualmente, a amortização. Há situações especiais nas hipóteses de
aquisição de controle em que o Pronunciamento Técnico CPC 15 - Combinação de Negócios dispõe de forma
diferente.
No balanço consolidado, o ágio (goodwill) fica registrado no subgrupo do Ativo Intangível por se
referir à expectativa de rentabilidade da controlada adquirida, cujos ativos e passivos estão consolidados nos da
controladora. Já no balanço individual da controladora, esse ágio fica no seu subgrupo de Investimentos, do
mesmo grupo de Ativos Não Circulantes, porque, para a investidora, faz parte do seu investimento na aquisição
da controlada, não sendo ativo intangível seu (como dito atrás, a expectativa de rentabilidade futura – o genuíno
intangível – é da controlada). O processo de reconhecimento de impairment, por outro lado, se aplica
igualmente à conta de ágio (goodwill) no balanço consolidado e à subconta também de ágio (goodwill) no
balanço individual.
A conta de Investimento deve ser detalhada em notas explicativas quanto aos seus três componentes (se
existirem): valor patrimonial da participação da controladora no valor contábil do patrimônio líquido da
controlada adquirida, valor da mais valia dos ativos líquidos adquiridos atribuída à controladora e ágio por
rentabilidade futura (goodwill) atribuído à controladora.
No caso de aplicação da equivalência patrimonial em coligadas ou controladas em conjunto, o ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill), no balanço da entidade investidora, permanece registrado dentro
do subgrupo Investimento no Ativo Não Circulante, não podendo ser apresentado no subgrupo dos Ativos
Intangíveis.
6.7.2.1 - Deságio
Na eventualidade de apuração de ganho por compra vantajosa, o registro contábil deve ser feito
conforme previsto no Pronunciamento CPC 15 – Combinação de Negócios, o que redundará em
reconhecimento de ganho na entidade adquirente.
do teste de recuperabilidade (impairment) conforme CPC 01, ou, ainda, por alienação ou perecimento do
investimento. Em função de o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill), integrar o valor contábil
do investimento na coligada (não é reconhecido separadamente), ele não é testado separadamente em relação ao
seu valor recuperável. Em vez disso, o valor contábil total do investimento é que é testado como um único ativo,
em conformidade com o disposto no Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos, pela comparação de seu valor contábil com seu valor recuperável (valor de venda líquido dos custos
para vender ou valor em uso, dos dois o maior).
Quando a investida incorre em prejuízos nas suas operações, seu patrimônio líquido diminui e a
investidora deve ajustar negativamente o valor de seu investimento, conforme já explicado anteriormente. Se
os prejuízos ocorrerem em exercícios sucessivos, poderá ocorrer a anulação do patrimônio líquido da investida,
provocando igual situação no valor contábil da participação societária de propriedade da investidora.
Pode acontecer, também, que os sucessivos prejuízos provoquem patrimônio líquido negativo na
investida, ou seja, situação de Passivo a Descoberto (obrigações para com terceiros em montante maior que os
seus bens e direitos). Nesse caso, no exercício em que se der esse fato, a investidora deve reconhecer como
resultado negativo da equivalência apenas a parcela de sua participação no prejuízo que anule o valor contábil
do seu investimento.
Após reduzir a zero o saldo contábil da participação do investidor, perdas adicionais são consideradas,
e um passivo é reconhecido somente na extensão em que o investidor tenha incorrido em obrigações legais ou
construtivas (não formalizadas) de fazer pagamentos por conta da coligada. Se a coligada subsequentemente
apurar lucros, o investidor retoma o reconhecimento de sua parte nesses lucros somente após o ponto em que a
parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua parte nas perdas não reconhecidas.
a) MÉTODO DO CUSTO; e
i) - o dia 05 de março de 2007 a Cia Brasil adquire 60% da Cia Brasilia, à vista. Na operação, foram observadas
as seguintes informações:
a) Valor pago pela Cia Brasil = R$ 800.000,00
b) Valor Contábil dos Ativos Líquidos Identificáveis da Cia Brasília = R$ 500.000,00
c) Valor Justo dos Ativos Líquidos Identificáveis da Cia Brasília = R$ 700.000,00
d) A diferença entre o valor justo e o valor contábil da Investida estava no Imobilizado.
Efetue o lançamento contábil da operação na Investidora.
iii) - No dia 30 de Janeiro a Investida revende para terceiros as mercadorias adquiridas da Investidora.
iv) - No dia 05 de março de 2008 a Assembléia Geral da Investida aprova Distribuição de Dividendos no valor
de R$ 100.000,00.
v) - No dia 20 de abril a Cia Brasília emite ações no valor total de R$ 200.000,00. A Cia Brasil integraliza
capital na Investida no valor de sua participação.
vi) - No dia 10 de maio o Imobilizado que deu origem à Mais Valia é revendido a terceiros, gerando um lucro de
R$ 200.000,00 para a Cia Roma.
i) - No dia 1º de Janeiro de 2010 a Cia França adquire 70% da Cia Paris, à vista. Na operação, foram observadas
as seguintes informações:
a) Valor pago pela Cia Brasil = R$ 300.000,00
b) Valor Contábil dos Ativos Líquidos Identificáveis da Cia Brasília = R$ 80.000,00
c) Valor Justo dos Ativos Líquidos Identificáveis da Cia Brasília = R$ 170.000,00
d) A diferença entre o valor justo e o valor contábil da Investida estava no Imobilizado.
Efetue o lançamento contábil da operação na Investidora.
iii) - No dia 30 de Janeiro de 2011 a Investida revende para terceiros as mercadorias adquiridas da Investidora.
iv) - No dia 05 de março de 2011 a Assembléia Geral da Investida aprova Distribuição de Dividendos no valor
de R$ 15.000,00.
v) - o dia 10 de maio a Cia Brasília emite ações no valor total de R$ 100.000,00. A Cia Brasil integraliza capital
na Investida no valor de sua participação.
vi) - No dia 10 de maio o Imobilizado que deu origem à Mais Valia é revendido a terceiros, gerando um lucro de
R$ 90.000,00 para a Cia Roma.
Com base nas informações acima, efetue o registro contábil da equivalência patrimonial, considerando as
seguintes hipóteses:
3.1) A Investidora possui 100% das ONs e 20% da PNs da Investida.
A Cia Rio de Janeiro vendeu para a Cia Campo Grande.
Com base nas informações acima, efetue o registro contábil do lucro da investida, na Investidora, considerando
as seguintes hipóteses:
4.1) A Investidora possui 10% das PNs e 100% da ONs da Investida. A operação foi ascendente.
4.2) A Investidora possui 80% das PNs e 30% da ONs da Investida. A operação foi ascendente.
4.3) A Investidora possui 10% das PNs e 100% da ONs da Investida. A operação foi Descendente.
5) - (VUNESP/2001 – BNDES/Contador)
A Cia. Serrana tem 60% das ações de sua controlada, a Cia. Caldense. Em 31.12.X0, sabe-se que:
1 – nos estoques da controladora, existem mercadorias que lhe foram vendidas pela controlada com um lucro de
R$ 100.00,00;
2 – o Patrimônio Líquido da controlada perfazia R$ 900.000,00.
Na escrituração da investidora, a participação societária na Cia. Caldense, avaliada pelo método da equivalência
patrimonial, conforme CPC 18, será:
(a) R$ 60.000,00; (b) R$ 260.000,00;
(c) R$ 440.000,00; (d) R$ 480.000,00;
(e) R$ 540.000,00.
7) - (UFRJ/2005 - BNDES)
A Cia. Equity possuía um único investimento societário em sociedade controlada e dispunha, em 31/12/X1, das
seguintes informações para fins de cálculo da Equivalência Patrimonial:
Considerando a Instrução CVM 247/96, o valor a ser registrado pela Controladora como resultado da
Equivalência Patrimonial do exercício de 19X1 é:
(a) R$ 240,00; (b) R$ 200,00;
(c) R$ 400,00; (d) R$ 100,00;
(e) R$ 300,00.
8) – ( FCC - 2007 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município) A Cia. Santo Amaro possui
80% das ações com direito a voto de sua controlada, a Cia. Santa Maria, que representam 40% do total do
capital social da investida. No exercício de 2005, a Cia. Santa Maria vendeu um lote de mercadorias para a
investidora por R$ 400.000,00, auferindo um lucro de R$ 100.000,00 na transação. Sabendo- se que, em
31.12.2005, o Patrimônio Líquido da controlada era de R$ 750.000,00 e que a investidora mantinha
integralmente o referido lote de mercadorias em seus estoques, a participação societária, avaliada pelo método
da equivalência patrimonial na contabilidade da Cia. Santo Amaro, corresponderá a, em R$:
a) 175.000,00 b) 200.000,00
c) 260.000,00 d) 400.000,00
e) 520.000,00
10) – (CESGRANRIO / 2009 - TermoMacaé - Técnico de Administração) A Ind Alvorada S/A possui 4.000
quotas da Empresa Monteiro & Filhos Ltda.. Como a Alvorada não tem interesse em se desfazer dessa
participação, o montante correspondente às 4.000 quotas deverá ser registrado como Ativo
a) Circulante/Valores Mobiliários.
b) Não Circulante/Ativo Realizável a Longo Prazo/Valores Mobiliários.
c) Não Circulante/Investimentos/Participações Societárias.
d) Não Circulante/Ativo Realizável a Longo Prazo/Participações Societárias temporárias.
e) Não Circulante/Ativo Realizável a Longo Prazo/Participações em controladas e coligadas.
11) – ( CESPE/ 2009 - TCE-AC - Analista de Controle Externo) Nas sociedades por ações, os investimentos
em participação no capital social de outras sociedades, que não estejam sujeitos à aplicação do método de
equivalência patrimonial, serão avaliados pelo:
a) custo de aquisição, acrescido da valorização das ações conforme valor de negociação em bolsa.
b) custo de aquisição, acrescido das bonificações recebidas e deduzido das perdas pela queda nas cotações.
c) valor patrimonial da data de aquisição, deduzido dos dividendos distribuídos desde aquela data.
d) custo de aquisição, deduzido de provisão p/ perdas prováveis na sua realização, desde que permanentes.
e) valor de mercado à data da aquisição, deduzido de provisão para perdas eventuais.
12) - (ENADE/2009) A empresa Floresta S.A. possui 5% do capital social da empresa Araucária, cujo
investimento é avaliado pelo método de custo, e 100% do capital social da empresa Ipê. Observe as informações
das empresas investidas, a seguir: No período não ocorreram outras alterações no Patrimônio Líquido das
empresas investidas. Em relação à variação nos saldos dos investimentos na investidora Floresta S.A., o que é
CORRETO afirmar?
a) Houve aumento de R$ 250,00 e R$ 3.000,00, respectivam., nos saldos dos investimentos em Araucária e Ipê.
b) Houve um aumento de R$ 250,00 no saldo do investimento em Araucária.
c) Houve um aumento de R$ 3.000,00 no saldo do investimento em Ipê.
d) Houve aumento de R$ 450,00 e R$ 5.000,00, respectivam., nos saldos dos investimentos em Araucária e Ipê.
e) Houve uma redução de R$ 200,00 no saldo do investimento em Araucária.
13) – ( FCC - 2010 - DNOCS - Contador) A partir da vigência da MP 449/2008, convertida na Lei nº
11.941/2009, a qual convalidou os efeitos da referida medida provisória, são avaliados pela equivalência
patrimonial, de acordo com a Lei das SAs (Lei no 6.404/1976):
a) todos os investimentos relevantes em sociedades controladas e coligadas.
b) todos os investimentos em sociedades controladas e coligadas.
c) todos os investimentos em sociedades controladas e investimentos relevantes em sociedades coligadas.
d) somente os investimentos em controladas, independentemente de serem relevantes ou não.
e) somente os investimentos em controladas e os investimentos relevantes em coligadas onde a investidora
detiver pelos menos 10% do capital votante.
14) – (CESPE - 2010 - INMETRO - Analista - Ciências Contábeis) Considerando que as participações em
outras empresas são contabilizadas e avaliadas de formas diversas, assinale a opção correta.
a) As bonificações recebidas sem custo para a companhia devem ser escrituradas como receita não operacional.
b) Classificam-se como investimentos as participações permanentes em ações que se destinem à manutenção
das atividades precípuas da companhia.
c) O valor justo dos investimentos é o valor despendido na sua aquisição, acrescido de atualização monetária.
d) Para efeito de relevância do investimento, deduzem-se do custo de aquisição os saldos dos débitos da
companhia contra as coligadas.
e) A coligação é caracterizada por influência significativa, que se presume existir quando a investidora detiver
pelo menos 20% do capital votante da investida, sem controlá-la.
15) – ( FEPESE / 2010 - SEFAZ-SC - Auditor Fiscal da Receita Estadual ) A empresa Santa Catarina é
detentora de 60% do total das ações da empresa Blumenau e 70% do total das ações da empresa Joinville. O
patrimônio líquido em 31/12/2008 da empresa Santa Catarina era de R$ 650.000,00; da Blumenau era de R$
220.000,00 e da empresa Joinville, R$ 250.000,00. No balanço de 31/12/2009, a empresa Blumenau obteve um
lucro de R$ 85.000,00 e destinou 20% desse lucro como dividendos propostos para serem pagos em 2010. Em
31/12/2009, a empresa Joinville obteve um lucro de R$ 115.000,00 e destinou 90% como dividendos propostos
para serem pagos em 2010.
Qual o valor total da receita de equivalência patrimonial que foi registrada na contabilidade da empresa Santa
Catarina, em 31/12/2009?
a) R$ 30.115,00
b) R$ 48.850,00
c) R$ 91.800,00
d) R$ 114.500,00
e) R$ 131.500,00
16) – (FEPESE / 2010 - SEFAZ-SC - Auditor Fiscal da Receita Estadual ) A empresa Investidora Nordeste é
detentora de 80% do total das ações da empresa investida Ceará e 60% do total das ações da empresa investida
Bahia. O patrimônio líquido em 31/12/2008 da Nordeste era de R$ 650.000,00; da Ceará era de R$ 450.000,00 e
da empresa Bahia, R$ 630.000,00. Durante o ano de 2009, a empresa Nordeste vendeu, com uma margem de
lucro de 30%, R$ 25.500,00 em mercadorias para a empresa Ceará e R$ 11.000,00 para a empresa Bahia. Todas
as vendas da Investidora para as Investidas ficaram nos estoques das investidas. Também durante 2009, a
empresa Ceará vendeu mercadorias para a Investidora e obteve um lucro de R$ 15.000,00 com essas vendas,
sendo que 60% dessas mercadorias ficaram em estoques na Investidora. A Bahia vendeu mercadorias para a
investidora e obteve um lucro de R$ 28.000,00 com essas vendas, sendo que 30% dessas mercadorias ficaram
em estoque na Investidora. O lucro da Ceará, obtido em 31/12/2009, foi de R$ 72.000,00 e da empresa Bahia,
foi de R$ 68.000,00.
Qual o valor da conta investimentos avaliado pelo método da equivalência patrimonial registrada na
contabilidade da empresa Nordeste, em 31/12/2009?
a) Ceará R$ 9.000,00 e na Bahia R$ 8.400,00
b) Ceará R$ 57.600,00 e na Bahia R$ 40.800,00
c) Ceará R$ 360.000,00 e na Bahia R$ 378.000,00
d) Ceará R$ 408.600,00 e na Bahia R$ 410.400,00
e) Ceará R$ 417.600,00 e na Bahia R$ 418.800,00
17) – (FEPESE / 2010 - SEFAZ-SC - Auditor Fiscal da Receita Estadual) A empresa Investidora Paraná é
detentora de 85% do total das ações da empresa investida Londrina e 65% do total das ações da empresa
investida Maringá. O patrimônio líquido em 31/12/2008 da Paraná era de R$ 800.000,00; da Londrina era de R$
310.000,00 e da empresa Maringá, R$ 430.000,00. No balanço de 31/12/2009, a empresa Londrina obteve um
lucro de R$ 52.000,00 e destinou 30% desse lucro como dividendos propostos para serem pagos em 2010,
enquanto a empresa Maringá obteve um lucro de R$ 58.000,00 e destinou 40% desse lucro como dividendos
propostos para também serem pagos em 2010.
Durante o transcorrer do ano de 2009, a empresa Paraná vendeu, com uma margem de lucro de 30%,
R$ 45.500,00 em mercadorias para a empresa Londrina e R$ 31.000,00 para a empresa Maringá. Todas as
vendas da Investidora para as Investidas ficaram nos estoques das investidas. A investida Londrina vendeu
mercadorias para a investidora durante o ano de 2009 e obteve um lucro de R$ 18.000,00, enquanto a empresa
Maringá obteve um lucro de R$ 32.000,00 com vendas para a controladora. Essas vendas (adquiridas das
controladas) foram revendidas para terceiros durante o ano de 2009, pela controladora. Sabe-se que a empresa
Paraná avalia seus investimentos pelo MEP - Método da Equivalência Patrimonial.
Qual o valor total da conta investimentos registrado na contabilidade da empresa Paraná, em 31/12/2009?
a) R$ 543.000,00
b) R$ 586.100,00
c) R$ 596.560,00
d) R$ 624.900,00
e) R$ 653.240,00
18) – ( FEPESE / 2010 - SEFAZ-SC - Auditor Fiscal da Receita Estadual) No que tange a investimentos
permanentes, podem a ser avaliados pelo MEP (método da equivalência patrimonial) os investimentos:
a) em coligadas sobre cuja administração a investidora tenha influência significativa, ou de que participe
com 20% ou mais do capital votante; em controladas; em outras sociedades que façam parte de um mesmo
grupo ou estejam sob controle comum.
b) em coligadas sobre cuja administração a investidora tenha influência significativa, ou de que participe
com 10% ou mais do capital votante, desde de que os investimentos sejam relevantes; em controladas; em
outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum.
c) em coligadas e equiparadas a coligadas desde de que os investimentos sejam relevantes e a controladora
exerça influência; em controladas; em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam
sob controle comum.
d) conforme a lei 11.638, em todos os investimentos em controladas, coligadas ou equiparadas a coligadas,
desde que haja influência e que esses investimentos sejam relevantes em relação ao capital da investidora.
e) em coligadas ou equiparadas a coligadas sobre cuja administração a investidora tenha influência
significativa, ou de que participe com 25% ou mais do capital total sem controlar; em outras sociedades que
façam parte de um mesmo grupo ou independentemente e estarem sob controle comum.
19) – ( FEPESE / 2010 - SEFAZ-SC / Auditor Fiscal da Rec. Estadual) A empresa Amazonas (controladora)
detém 75% do capital total da empresa Acre (controlada) e avalia esses investimentos pelo MEP - Método da
equivalência patrimonial. O patrimônio liquido da empresa Acre era de R$ 265.000,00 e o da empresa
Amazonas era de R$ 365.000,00, em 31/12/2009. A empresa Amazonas havia vendido, durante o ano de 2009,
R$ 15.000,00 em mercadorias para a empresa Acre, com uma margem de lucro de 30% sobre o preço de venda.
No final de 2009, havia ainda 50% de mercadorias adquiridas da Amazonas, no estoque na empresa Acre.
Qual o valor da participação dos acionistas não controladores no balanço consolidado em 31/12/2009?
a) R$ 64.000,00
b) R$ 66.250,00
c) R$ 86.750,00
d) R$ 87.875,00
e) R$ 91.250,00
20) – (FEPESE / 2010 - SEFAZ-SC - Auditor Fiscal da Receita Estadual ) Assinale a alternativa correta em
relação ao conceito do MEP (método da equivalência patrimonial).
a) a equivalência patrimonial é baseada no fato de que apenas lucros e prejuízos devem ser reconhecidos.
b) a equivalência patrimonial é baseada no fato de que os resultados e quaisquer variações patrimoniais de uma
controlada ou coligada devem ser reconhecidos (contabilizados) no momento de sua geração,
independentemente de serem ou não distribuídos.
c) a equivalência patrimonial é baseada no fato de que apenas os resultados de uma controladora ou coligada
devem ser reconhecidos no momento de sua geração, independentemente de serem ou não distribuídos.
d) a equivalência patrimonial é baseada no fato de que os lucros e outras variações patrimoniais positivas de
uma controlada ou coligada devem ser reconhecidos (contabilizados) no momento de sua geração,
independentemente de serem ou não distribuídos.
e) a equivalência patrimonial é baseada no fato de que apenas os lucros de uma controlada ou coligada devem
ser reconhecidos (contabilizados) no momento de sua geração, independentemente de serem ou não
distribuídos.
21) – (CFC / 2011 - CFC - Contador) Uma determinada sociedade empresária vendeu mercadorias para sua
controladora por R$ 300.000,00, auferindo um lucro de R$ 50.000,00. No final do exercício, remanescia no
estoque da controladora 50% das mercadorias adquiridas da controlada. O valor do ajuste referente ao lucro não
realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de:
a) R$ 25.000,00.
b) R$ 50.000,00.
c) R$ 150.000,00.
d) R$ 300.000,00.
23) – (CESGRANRIO / 2011 - Petrobrás - Técnico de Contabilidade) A Lei nº 6.404/76, no art. 243, § 1º ,
defende que as sociedades coligadas são aquelas “nas quais a investidora tenha influência significativa”,
afirmando ainda, no § 4º que essa influência existe quando “a investidora detém ou exerce poder de participar
nas decisões das políticas, financeiras ou operacional da investida, sem controlá-la”.
A referida Lei dispõe, ainda, que a influência é presumida quando a investidora, sem ter o controle da investida,
tiver um investimento que represente 20% ou mais do :
a) capital votante da investida.
b) capital total da investida.
c) capital social realizado da investida.
d) patrimônio líquido da investida.
e) patrimônio líquido da própria investidora.
A Consolidação das Demonstrações Contábeis é uma técnica contábil que consiste na unificação das
demonstrações contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação
econômica e financeira de todo o grupo como se fosse uma única empresa. Ela tem por objetivo possibilitar a
análise precisa de todo o grupo econômico.
As Demonstrações Contábeis que devem ser consolidadas são: O Balanço Patrimonial, a Demonstração
do Resultado do Exercício, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado.
“Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu patrimônio
líquido representado por investimentos em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com
suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do artigo 250.
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir normas sobre as sociedades cujas
demonstrações devam ser abrangidas na consolidação, e:
a) determinar a inclusão de sociedades que, embora não controladas, sejam financeira ou
administrativamente dependentes da companhia;
b) autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais sociedades controladas.”
A controladora pode deixar de apresentar as demonstrações contábeis consolidadas, somente se, além de
permitido legalmente:
(a) a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, em
conjunto com os demais proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, foram consultados e não fizeram
objeção quanto à não apresentação das demonstrações contábeis consolidadas pela controladora;
(b) os instrumentos de dívida ou patrimoniais da controladora não são negociados em mercado aberto
(bolsas de valores no País ou no exterior ou mercado de balcão – mercado descentralizado de títulos não
listados em bolsa de valores ou cujas negociações ocorrem diretamente entre as partes, incluindo mercados
locais e regionais);
(c) a controladora não registrou e não está em processo de registro de suas demonstrações contábeis na
Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, visando a emissão de algum tipo ou classe de
O entendimentos dos termos abaixo se faz necessário para o entendimento deste assunto, além dos
apresentados no capítulo anterior.
Regra geral, as normas da CVM e do CFC relativas à Consolidação das demonstrações contábeis já
estavam adequadas às normas internacionais. Portanto, a convergência das normas brasileiras para as normas
internacionais de contabilidade não provocou alterações significativas.
Na elaboração de demonstrações contábeis consolidadas, a entidade controladora combina suas
demonstrações contábeis com as de suas controladas, linha a linha, ou seja, somando os saldos de itens de
mesma natureza: ativos, passivos, receitas e despesas. Para que as demonstrações contábeis consolidadas
apresentem informações sobre o grupo econômico como uma única entidade econômica, os seguintes
procedimentos devem ser adotados:
(a) o valor contábil do investimento da controladora em cada controlada e a parte dessa controladora
no patrimônio líquido das controladas devem ser eliminados;
(b) identificar a participação dos não controladores no resultado das controladas consolidadas para o
período de apresentação das demonstrações contábeis; e
(c) identificar a participação dos não controladores nos ativos líquidos das controladas consolidadas,
separadamente da parte pertencente à controladora. A participação dos não controladores nos ativos líquidos é
composta:
(i) do montante da participação dos não controladores na data da combinação inicial; e
(ii) da participação dos não controladores nas variações patrimoniais das controladas consolidadas
desde a data da combinação.
Os saldos, transações, receitas e despesas intragrupo (entre as entidades do grupo econômico), devem
ser eliminados. Os saldos de balanços e transações intragrupo, incluindo receitas, despesas e dividendos são
eliminados. A participação dos não controladores deve ser apresentada no balanço patrimonial consolidado
dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido dos proprietários da controladora.
O resultado do período e cada componente dos outros resultados abrangentes são atribuídos aos
proprietários da controladora e à participação dos não controladores. O resultado abrangente total é atribuído
aos proprietários da controladora e à participação dos não controladores, independentemente desses resultados
tornarem negativa a participação dos não controladores.
Os resultados decorrentes das transações intragrupo que estiverem reconhecidos nos ativos, tais como
estoque ou ativo imobilizado, devem ser eliminados. As perdas intragrupo podem indicar redução no valor
recuperável dos ativos correspondentes que precisa ser reconhecida nas demonstrações contábeis consolidadas.
Os impostos e contribuições decorrentes das diferenças temporárias pela eliminação de resultados não
realizados nas transações intragrupo devem ser reconhecidos no ativo ou passivo como tributos diferidos.
1) – Com base nos dados abaixo, elabore a Consolidação das Demonstrações contábeis a seguir.
(i) - A Cia. Nova Zelândia adquire 40% das ações da Cia Auckland (80% das ONs) nas seguintes condições:
- Valor Pago = R$ 650,00
- Valor Justo dos Ativos Líquidos Identificáveis da Cia Auckland = R$ 1.200,00
- Valor contábil dos Ativos Líquidos Identificáveis da Cia Auckland = R$ 1.000,00
- Diferença entre Valor Justo e Valor Contábil fundamentado nos Estoques da Cia Auckland.
(ii) -No final do período, a Cia Nova Zelândia devia R$ 50,00 referente a Mútuo com a Cia Auckland.
(iii) – A Participação dos Não Controladores é avaliada pelo seu percentual nos ativos líquidos da
controlada.
Intangível
Total do Ativo 5.000 3.000
PASSIVO
Fornecedores 1.200
Mútuo 50
Emp. Longo Prazo 750 1.800
Capital + Reservas 3.000 1.200
PÑC
Total do Passivo 5.000 3.000
2) – Com base nos dados abaixo, elabore a Consolidação das Demonstrações contábeis a seguir.
II - A controlada vendeu para a controladora, a prazo, mercadorias que lhe custaram R$ 200.000,00,
obtendo um lucro na transação de 40% sobre o preço de venda.
III -No final do período, remanesciam no estoque da Controladora – a Cia Itália, R$ 50.000,00 em
mercadorias referentes ao lote adquirido da controlada, a Cia Roma.
IV -No final do período, a Cia Itália ainda devia R$ 60.000,00, referente às compras da Cia Roma.
V – A Participação dos Não Controladores é avaliada pelo seu percentual nos ativos líquidos da controlada.
Intangível
Total do Ativo 1.500.000,00 350.000
PASSIVO
Fornecedores 100.000,00
Emp. Longo Prazo 900.000,00 20.000,00
Capital + Reservas 500.000,00 330.000
PÑC
Total do Passivo 350.000
1.500.000,00
3) No exercício de 2012 houve venda da Controlada para a Controladora nas seguintes condições:
4) – Com base nos dados abaixo, elabore a Consolidação das Demonstrações contábeis a seguir.
I - A Cia. A é controladora da Cia. B, possuindo 70% (setenta por cento) do capital social desta última .
II - A controladora vendeu para a controlada, a prazo, mercadorias no valor de R$ 100.000,00, obtendo um
lucro na transação de 40% sobre o preço de venda.
III -No final do período, remanesciam no estoque da controlada R$ 20.000,00 em mercadorias referentes ao
lote adquirido da controladora.
IV -No final do período, a controlada ainda devia R$ 70.000,00, referente às compras, à sua controladora.
5) - (Cesgranrio/2008 - BNDES) Em 31/12/06, a Cia. Via, com participação de 60% no capital social da Cia.
Ápia, e a Cia. Ápia apresentaram os seguintes balanços:
Sabendo-se que as companhias não têm transações comerciais entre si, pode-se afirmar que, no balanço
consolidado, o montante do Ativo, em reais, é
(a) 206.000,00
(b) 271.000,00
(c) 281.000,00
(d) 295.000,00
(e) 305.000,00
I – Balanço Patrimonial:
Passivo
Fornecedores terceiros 50.000 120.000
Fornecedores intercompanhias 140.000
Outras contas a pagar 40.000 55.000
Patrimônio Líquido
Capital 500.000 125.000
Lucros Acumulados 30.000 20.000
Demonstração de
Controladora - A Controlada - B
Resultado Débito Crédito Consolidado
Vendas 80.000 140.000
Custo das Vendas (70.000) (100.000)
Lucro Bruto 10.000 40.000
Resultado da
equivalência 20.000
a) Lucro Bruto Consolidado: (a) 30.000 (b) 20.000 (c) 10.000 (d) 40.000 (e) 50.000
b) Custo das Vendas Consolidadas: (a) 30.000 (b) 170.000 (c) 70.000 (d) 100.000 (e) 50.000
c) Receitas de Vendas Consolidadas: (a) 220.000 (b) 80.000 (c) 120.000 (d) 140.000 (e) 50.000
g) Exigibilidades no Consolidado: (a) 95.000 (b) 265.000 (c) 255.000 (d) 170.000 (e) 295.000
h) Contas a Receber no Consolidado: (a) 120.000 b) 140.000 c) 260.000 d) 80.000 e) 20.000
8) – (FCC/ 2007 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município) A Cia. Vértice vendeu
mercadorias à sua controlada no valor de R$ 250.000,00, obtendo um lucro de 25% sobre o preço de custo. No
final do exercício, a investidora mantinha em estoque 20% do referido lote, tendo vendido o restante a terceiros
obtendo um lucro de R$ 150.000,00. A controladora possui 60% das ações da investida. Na apuração do
Balanço Patrimonial consolidado, o montante do lucro não-realizado nessas transações, a ser deduzido do valor
dos estoques da controlada, correspondeu a, em R$:
a) 6.000,00
b) 7.500,00
c) 8.000,00
d) 10.000,00
e) 12.500,00
9) – (CESPE / 2010 - INMETRO - Técnico de Contabilidade) Considere que, em dezembro de 2009, uma
companhia investidora, cujo ativo total e o patrimônio líquido somavam, respectivamente, R$ 5.000.000,00 e R$
1.200.000,00, tenha adquirido um investimento no valor de R$ 600.000,00, relativo a 60% do capital da
companhia investida. Nesse mesmo período, a companhia investida apresentava ativo total de R$ 2.500.000,00 e
patrimônio líquido de R$ 1.000.000,00, dos quais R$ 750.000,00 e R$ 250.000,00 consistiam, respectivamente,
em capital social e reservas. Sabendo-se que não existem transações efetuadas entre as duas companhias, é
correto afirmar que o valor do ativo total (em reais), no balanço patrimonial consolidado, é de
a) 6.200.000.
b) 6.900.000.
c) 7.500.000
d) 8.100.000.
e) 9.700.000.
11) – (FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário) Considere as seguintes assertivas sobre a consolidação
das demonstrações contábeis:
I. Os resultados decorrentes de transações entre controladora e controladas que estiverem reconhecidos nos
ativos, como por exemplo no estoque, devem ser eliminados.
II. As receitas e as despesas da controlada devem estar baseadas nos valores dos ativos e passivos reconhecidos
na posição consolidada da controladora na data da aquisição.
III. As mudanças na participação relativa da controladora na controlada que não resultem em perda de controle
devem ser contabilizadas no resultado.
IV. Uma controlada deve ser excluída da consolidação se suas atividades forem diferentes daquelas das demais
entidades do grupo econômico.
12) – (CESPE / 2011 - TJ-ES / Analista Judiciário) Nos procedimentos de consolidação, resultados
decorrentes das transações intragrupo devem ser eliminados. Desse modo, se a controlada vender por R$
60.000,00 mercadorias destinadas ao imobilizado da controladora, que tenham sido adquiridas por R$
50.000,00, deve-se eliminar simultaneamente — nas demonstrações da controlada e da controladora — o valor
de R$ 60.000,00.
( ) Certo ( ) Errado
13) – (FCC / 2011 - TRE-RN / Analista Judiciário) Atenção: Considere os dados abaixo para responder às
questões de números 38 e 39. A Cia. A e sua controlada, Cia. B, apresentaram os seguintes balanços
patrimoniais em 31/12/2009:
PASSIVO + PL
Fornecedores................................. 490.000,00 320.000,00
Obrigações a Pagar....................... 220.000,00 130.000,00
Empréstimo de A........................... - 150.000,00
Outras Obrigações........................ 530.000,00 170.000,00
No exercício, a Cia. A efetuou um mútuo para a Cia. B no valor de R$ 150.000,00. Efetuada a consolidação do
Balanço Patrimonial das duas companhias, o valor do total do Ativo Consolidado corresponderá a, em R$,
a) 3.450.000,00.
b) 3.120.000,00.
c) 3.300.000,00.
d) 3.270.000,00.
e) 3.430.000,00.
14) – (FCC/ 2011 - TRE-RN / Analista Judiciário) Se supusermos adicionalmente que a Cia. A efetuou uma
venda de mercadorias em estoque no valor de R$ 100.000,00 para a Cia. B, auferindo um lucro de 30% sobre o
preço de venda e que no estoque final da Cia. B constassem ainda 20% dessas mercadorias que não foram
vendidas para terceiros, o valor do estoque consolidado corresponderia a, em R$,
a) 624.000,00.
b) 610.000,00.
c) 604.000,00.
d) 636.000,00.
e) 630.000,00.
15) – (CESGRANRIO / 2011 - Petrobrás / Auditor Júnior) A consolidação das demonstrações contábeis visa
a demonstrar às partes interessadas os resultados das operações e a posição financeira da controladora e de suas
controladas. No caso das Companhias abertas, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) obriga a consolidação
para as sociedades que tiverem:
a) investimento em sociedades controladas, incluindo as sociedades controladas em conjunto.
b) investimentos em outras sociedades de capital aberto, em um montante superior a 10% do seu capital
social.
c) menos de 20% de seu capital social investido em em- presas do mesmo grupo financeiro.
d) seu patrimônio líquido composto por capital de outras Companhias abertas, que também são obrigadas a
divulgar a consolidação.
e) mais de 40% do valor do seu patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades
controladas.
16) – (CESPE / 2010 - ABIN – Agente Técnico de Inteligência/ Área de Contabilidade) Julgue o item
seguinte, a respeito das práticas contábeis brasileiras e do balanço patrimonial. A consolidação do balanço
patrimonial permite apresentar aos usuários as informações patrimoniais e financeiras de um grupo empresarial
como se fosse de uma única entidade contábil.
( ) Certo ( ) Errado
17) - (CESGRANRIO / 2009 - BNDES) A Lei das Sociedades Anônimas, com as alterações introduzidas pelas
Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09, classifica uma empresa como coligada quando a
a) empresa participa com 10% ou mais do capital da outra, sem controlá-la.
b) empresa participa com pelo menos 15% no capital de outra.
c) controladora da sociedade, diretamente ou através de outras coligadas, possui mais de 10% de
participação no capital de outra.
d) sociedade investidora tem influência significativa na sociedade investida.
e) soma de todas as participações societárias que a empresa possui pode ser classificada como relevante.
18) – (FEPESE / 2010 - SEFAZ-SC / Auditor Fiscal da Receita Estadual) Quanto às relações comerciais
entre a controladora e a controlada, pode-se afirmar:
a) Os lucros não realizados decorrentes das vendas da controlada para a controladora são excluídos apenas
na consolidação.
b) Os lucros não realizados decorrentes das vendas da controladora para a controlada são excluídos apenas
na consolidação.
c) Os lucros não realizados decorrentes das vendas da controladora para a controlada e da controlada para a
controladora são excluídos quando da aplicação do método da equivalência patrimonial.
d) Os lucros não realizados decorrentes das vendas da controladora para a controlada são excluídos apenas
quando da aplicação do método da equivalência patrimonial.
e) De acordo com a lei 11.638, os lucros não realizados, tanto decorrentes das vendas da controladora para a
controlada, quanto da controlada para a controladora, não são mais excluídos.
19) – (CESPE / 2010 - BASA - Técnico Científico) Com relação à contabilidade de companhias abertas,
julgue: “As demonstrações contábeis consolidadas apresentam informações relativas ao grupo econômico como
uma única entidade econômica”.
( ) Certo ( ) Errado
22) – (CESPE / 2010 - BASA - Técnico Científico) Quando a data de encerramento da controladora for
diferente da data da controlada, esta última deve elaborar, para fins de consolidação, demonstração contábil
adicional na mesma data das demonstrações da controladora, a menos que isso seja impraticável.
( ) Certo ( ) Errado
23) – (CESPE / 2010 - BASA - Técnico Científico) As parcelas dos resultados do exercício decorrentes de
negócios entre as sociedades, realizados ou não, devem ser excluídas nas demonstrações financeiras
consolidadas.
( ) Certo ( ) Errado
24) – (CESGRANRIO / 2010 - Petrobrás / Contador - Biocombustível) Nos termos da legislação societária
vigente, estão obrigadas a elaborar e a divulgar demonstrações consolidadas as companhias abertas que tiverem
investimentos, em controladas, em mais de 30% do
a) capital das controladas.
b) capital votante das controladas.
c) capital votante da controladora.
d) patrimônio líquido da controlada.
e) patrimônio líquido da controladora.
25) – (CESGRANRIO - 2008 - Petrobrás - Contador / Contabilidade Geral) Quando da consolidação das
demonstrações contábeis, em que a controladora não tenha participação de 100% no capital social da controlada,
a participação dos acionistas não controladores, no Balanço consolidado, deve ser
a) classificada como Passivo Exigível a Longo Prazo.
b) destacada no Patrimônio Líquido, na última linha do mesmo.
c) eliminada, por não fazer parte efetivamente do grupo controlador.
d) evidenciada em linha própria, no Patrimônio Líquido, logo após o capital social.
e) segregada em conta própria, antes do Patrimônio Líquido.
26) – (FCC / 2009 - SEFAZ-SP / Agente Fiscal de Rendas) A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia.
Crepúsculo. Em dezembro de 2007, foram levantadas as seguintes informações sobre a empresa investida:
Cia Crepúsculo
Venda de Estoques para a Controladora em 2007 10.000.000,00
Custo da Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido neste tipo de operação 6.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2006 100.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2007 100.600.000,00
Se ao final de 2007 a investidora tivesse repassado a terceiros 90% dos estoques pelo valor de R$
11.000.000,00, na Demonstração de Resultado consolidada deve ser feito um lançamento de
a) débito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e crédito em CMV de R$ 9.600.000,00.
b) crédito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e débito em CMV de R$ 9.600.000,00.
c) crédito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV.
d) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV.
e) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 e crédito em CMV de R$ 5.600.000,00.
27) – (CESPE / 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário / Contabilidade) A Cia. DF (capital aberto) participa
em 100% do capital da Cia. MG. A situação do patrimônio líquido de ambas no encerramento do exercício
social de 19X4 está demonstrada na tabela abaixo (valores em RZ).
Considerando que ambas estão sujeitas ao processo de consolidação das demonstrações financeiras previsto na
Lei n.º 6.404/1976, é correto afirmar que o valor do patrimônio líquido consolidado será de
a) RZ 7.000,00.
b) RZ 10.000,00.
c) RZ 17.000,00.
d) RZ 18.000,00.
e) RZ 25.000,00.
25) – (FCC / 2010 - TRE-AM / Analista Judiciário) Sobre a consolidação das demonstrações contábeis é
correto afirmar:
a) A participação dos acionistas não controladores deve ser apresentada no balanço patrimonial consolidado
dentro do patrimônio líquido, juntamente com a participação dos proprietários da controladora.
b) As mudanças na participação relativa da controladora sobre a controlada que não resultem em perda de
controle devem ser contabilizadas no resultado ou no resultado abrangente.
c) Os resultados decorrentes das transações intragrupo que estiverem reconhecidos nos ativos, como no
ativo imobilizado, por exemplo, não devem ser eliminados.
d) Os impostos e contribuições decorrentes das diferenças temporárias pela eliminação de resultados não
realizados nas transações intragrupo devem ser reconhecidos no ativo e no passivo como tributos diferidos.
e) Uma controlada deve ser excluída da consolidação se suas atividades forem diferentes daquelas das
demais entidades do grupo econômico.
§ 3º Serão classificadas como Ajustes de Avaliação Patrimonial, enquanto não computadas no resultado em
obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a
elementos do ativo (§ 5º do art.177, inciso I do caput do art.183 e § 3º do art.226 desta Lei) e do passivo, em
decorrência da sua avaliação a preço de mercado.”
“Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução
e liquidação, de um tipo para outro.
Parágrafo único. A transformação obedecerá aos preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a
ser adotado pela sociedade.”
8.1 – INCORPORAÇÃO
É a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os
direitos e obrigações (Lei nº 6.404, art. 227), devendo sua realização obedecer às formalidades gerais já
expostas (arts. 223 a 226) e às específicas do instituto, que adiante serão discutidas.
Na incorporação as sociedades incorporadas deixam de existir, mas a empresa incorporadora será a
sucessora de suas personalidades jurídicas, assim como de seus direitos e obrigações.
A assembléia geral da companhia incorporadora, se aprovar o protocolo da operação, deverá autorizar o
aumento de capital a ser subscrito e realizado pela incorporada mediante versão do seu patrimônio líquido e
nomear os peritos que o avaliarão.
A assembléia geral da sociedade a ser incorporada, se aprovar o protocolo da operação, autorizará seus
administradores a praticarem os atos necessários à incorporação, inclusive a subscrição do aumento de capital
da incorporadora.
Aprovados pela assembléia geral da incorporadora o laudo de avaliação e a incorporação, extingue-se a
incorporada, competindo à primeira promover o arquivamento e a publicação dos atos da incorporação.
8.2 - FUSÃO
É a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá
em todos os direitos e obrigações (Lei nº 6.404/76, art. 228).
A assembléia geral de cada companhia, se aprovar o protocolo de fusão, deverá nomear os peritos que
avaliarão os patrimônios líquidos das demais sociedades.
Apresentados os laudos, os administradores convocarão os sócios ou acionistas das sociedades para
uma assembléia geral, que deles tomará conhecimento e resolverá sobre a constituição definitiva da nova
sociedade, sendo vedado aos sócios ou acionistas votar o laudo de avaliação do patrimônio líquido da sociedade
de que fazem parte.
Constituída a nova companhia, incumbirá aos primeiros administradores promover o arquivamento e a
publicação dos atos da fusão.
8.3 - CISÃO
De acordo com o art. 229 da Lei nº 6.404/76, é a operação pela qual a sociedade transfere parcelas do
patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio (cisão total), ou dividindo-se seu capital, no caso
de cisão parcial.
Admitem-se, pois, duas formas de cisão: total e parcial, ou seja, com a versão de todo o patrimônio da
sociedade cindida ou apenas com sua divisão. No primeiro caso, a sociedade extingue-se e, no outro, subsiste,
com redução do capital, importando, pois, em reforma estatutária.
A sociedade que absorver parcela do patrimônio da companhia cindida parcialmente sucede a esta nos
direitos e obrigações relacionados no ato da cisão. Em caso de cisão total, as sociedades que absorverem
parcelas do patrimônio da companhia cindida sucederão a esta, na proporção dos patrimônios líquidos
transferidos, nos direitos e obrigações não relacionados.
Na cisão com versão de parcela do patrimônio em sociedade nova, a operação será deliberada pela
assembléia geral da companhia à vista de justificação. Caso aprove a operação, a assembléia nomeará os peritos
que avaliarão a parcela do patrimônio a ser transferida e funcionará como assembléia de constituição da nova
companhia.
A cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade já existente obedecerá às disposições legais
sobre incorporação.
Efetivada a cisão com extinção da companhia cindida, caberá aos administradores das sociedades que
tiverem absorvido parcelas do seu patrimônio promover o arquivamento e a publicação dos atos da operação.
Na cisão com versão parcial do patrimônio, esse dever caberá aos administradores da companhia cindida e da
que absorver parcela do seu patrimônio.
As ações integralizadas com parcelas de patrimônio da companhia cindida serão atribuídas a seus
titulares, em substituição às extintas, na proporção das que possuíam; a atribuição em proporção diferente
requer aprovação de todos os titulares, inclusive das ações sem direito a voto.
O CPC 15 define Business Combination como sendo a união de entidades ou negócios separados em uma
única entidade econômica, e pode ser através de uma das formas seguintes.
Criação de uma nova entidade, que exercerá o controle sobre as entidades que se unem;
Transferência do patrimônio líquido de uma ou mais entidades que se unem para outra entidade; e
Dissolução de uma ou mais das sociedades que se combinam.
Purchase Method (Método de Aquisição) → Neste método sempre existe uma adquirente definida, ou seja,
uma das entidades assume o controle sobre as demais. Esse método tem como principal característica o
pagamento pela aquisição de uma empresa em moeda corrente, podendo também ser efetuado com a emissão
de ações ou títulos de dívida. O parâmetro básico para o reconhecimento dos ativos líquidos da sociedade
investida é o fair value (valor de mercado) dos ativos e passivos, pois representa o preço efetivo pago (medido
individualmente) pelo ativo adquirido ou passivo assumido.
Para cada combinação de negócios, uma das entidades envolvidas na combinação deve ser identificada como o
adquirente.
As indicações para identificação de uma entidade adquirente são:
Valor justo significativamente mais alto;
Entidade que efetua pagamento em dinheiro; e
Administração é capaz de dominar a escolha da equipe de gestão da entidade combinada.
De acordo com o CPC 15, o custo de uma Combinação de Negócios é mensurado na data da aquisição,
ou seja, quando o comprador obtém o controle da adquirida. No caso de múltiplas transações para efetuar a
Combinação de Entidades, será considerada a data de troca de cada transação.
De acordo com esta norma, para realização de uma operação de Combinação de Negócios são
necessários alguns gastos além do custo dos ativos líquidos. São exemplos:
Custos de reestruturação gerados pela Business Combination. → São gastos despendidos pelas empresas
para realização da operação de Combinação de entidades, como por exemplo, custo do pessoal envolvido no
processo burocrático. Devem ser tratados como Despesas do Período e lançados na Demonstração do resultado
do exercício. Ressalta-se que os valores gastos com planos de reestruturação não devem ser considerados como
custo da aquisição, por não haver uma forma confiável de se atribuir tais gastos a nova entidade.
As participações minoritárias devem ser apresentadas com base na proporção minoritária, no valor justo
dos ativos e passivos identificáveis reconhecidos. Portanto não é relevante se a entidade adquirente tenha
comprado o total ou uma parte do capital da outra entidade ou tenha adquirido os ativos diretamente.
(a) a soma:
(i) da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida, mensurada de acordo com
este Pronunciamento, para a qual geralmente se exige o valor justo na data da aquisição;
(ii) do valor das participações de não controladores na adquirida, mensuradas de acordo com este
Pronunciamento; e
(iii) no caso de combinação de negócios realizada em estágios, o valor justo, na data da aquisição,
da participação do adquirente na adquirida imediatamente antes da combinação;
(b) o valor líquido, na data da aquisição, dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos,
mensurados de acordo com este Pronunciamento.
Em uma Combinação de Negócios em que a adquirente e a adquirida (ou seus ex-proprietários) trocam
somente participações societárias, o valor justo, na data da aquisição, da participação na adquirida pode ser
mensurado com maior confiabilidade que o valor justo da participação societária no adquirente. Se for esse o
caso, o adquirente deve determinar o valor do ágio por rentabilidade futura (goodwill) utilizando o valor justo,
na data da aquisição, da participação de capital obtida na adquirida em vez do valor justo da participação de
capital transferida. Para determinar o valor do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em
combinação de negócios onde nenhuma contraprestação é efetuada para obter o controle da adquirida, no lugar
da contraprestação o adquirente deve utilizar o valor justo, na data da aquisição, da participação do adquirente
na adquirida, empregando para tanto técnica de avaliação.
EXERCÍCIOS
França após a
ATIVO França Paris Ajustes Eliminações
Incorporação
Circulante 1.500, 700,
Não Circulante 8.500, 2.300,
PASSIVO
Circulante 1.400, 500,
Não Circulante 2.600, 1.000,
Patrimônio Líquido
Capital + Reservas 6.000, 1.500,
Pede-se:
1) Calcule o valor do Goodwill gerado na operação.
2) Com base nas informações abaixo, informe o valor do Goodwill gerado na operação de Business
Combination.
- Valor dos Ativos registrados na adquirida = R$ 300.000,00
– Valor do Passivo Exigível da adquirida = R$ 250.000,00
- Valor de Mercado dos Ativos da adquirida = R$ 450.000,00
- Valor de Marcas e Patentes reconhecida na operação = R$ 80.000,00
(Considere que os critérios de reconhecimento foram atendidos)
- Valor pago na aquisição = R$ 280.000,00
A empresa XYZ adquire 80% do capital da empresa ABC por MR$ 850.000 e, na data da aquisição, o
valor do PL de ABC é de MR$ 500.000. Nesta mesma data, o valor justo dos ativos identificado de ABC é de
MR$ 1.000.000, o valor justo das exigibilidades de ABC é de MR$ 300.000 e o valor justo dos não
controladores é de MR$ 150.000.
Na data de aquisição a adquirente reconhece o investimento e apura o seguinte goodwill:
MR$
a) Valor pago para aquisição das ações 850.000
b) Valor justo dos não controladores 150.000
c) Valor justo dos ativos líquidos 700.000
Goodwill (a+b-c) 300.000
4) → Os acionistas da Holding S.A decidiram em 31.12.X1 proceder a cisão parcial de seu patrimônio para
criação de duas novas sociedades, denominadas Empresa A e Empresa B. Segue abaixo o Balanço Patrimonial
da Holding S.A antes da cisão parcial e os valores transferidos para as novas empresas:
Pede-se:
a) Contabilize a operação nas companhias.
5) → A Cia França é proprietária de 70% das ações do capital social da Cia Paris, e o deságio na compra do
investimento está fundamentado no valor de mercado dos terrenos na sociedade investida. Os acionistas de
ambas as sociedades decidiram fazer uma fusão, em 30/09/X1, criando uma nova sociedade denominada Cia
Inglaterra, sendo os acervos líquidos avaliados pelos valores contábeis.
Cia Cia
ATIVO Paris
França
ATIVO
Investimento na Paris 420
Deságio (40)
Terrenos 290
Outros Ativos 1.216 610
Total do ativo 1.596 900
PASSIVO
Fornecedores 340 300
Patrimônio líquido
Capital Social 660 400
Reservas de Lucros 596 340
Prejuízos Acumulados (140)
Total do passivo 1.596 900
Pede-se:
6) → Os Acionistas da Holding S.A e da Subsidiária S.A decidiram que a primeira incorporaria a segunda, em
30/09/X1, com base no acervo avaliado pelo valor contábil. Considere, para esta operação, as seguintes
informações:
Pede-se:
7) → Admitindo que a Cia Café venha a realizar uma FUSÃO com a Cia Chocolate, dando origem a uma
terceira companhia Capuccino, conforme configuração apresentada a seguir, quais seriam os desdobramentos
societários da operação? Considere as seguintes Informações:
Cia Cia
ATIVO Cia Café Capuccino
Chocolate
Disponível 10.000 20.000
Estoques 400.000 400.000
Investimento na
300.000
Subsidiária – 60%
Ágio – Investimento na
40.000
Cia Chocolate
Imobilizado 800.000 280.000
Total do ativo 1.550.000 700.000
PASSIVO
Fornecedores 300.000 50.000
Financiamentos 550.000 150.000
Patrimônio líquido
• Capital 1.000.000 500.000
Total do passivo 1.550.000 700.000
Pede-se:
a) se a incorporada é subsidiária integral de sua investidora, não haverá aumento de capital dessa última
b) o valor do investimento permanecerá no ativo da incorporadora, sendo, todavia, exigida a baixa de
eventual ágio pago na aquisição do mesmo
c) caso a incorporadora não detenha a totalidade das ações da incorporada, haverá aumento de seu capital
em montante igual ao volume dos bens e direitos recebidos da sociedade extinta
d) é irrelevante ter havido o pagamento de ágio por ocasião da aquisição da participação societária que
será extinta no processo
e) em caso de pagamento de ágio na aquisição do investimento, o valor do mesmo será baixado contra
conta de resultado da incorporadora, mesmo que subsista o fundamento econômico de seu pagamento
12). (AFTN/98). Nas operações de cisão, podem ocorrer as seguintes situações, exceto:
14) - (FINEP/Cesgranrio-2011) A Lei das Sociedades Anônimas, devidamente atualizada até dezembro de
2010, estabelece de forma clara e objetiva que fusão é a operação em que:
(a) a sociedade verte parcelas de seu patrimônio para uma ou mais sociedades constituídas para tal fim, ou, para
as sociedades já existentes, que assumiram os direitos e obrigações das parcelas vertidas.
(b) duas sociedades se unem em uma nova sociedade ou em outra já existente, que a elas sucederá em todos os
direitos e obrigações.
(c) duas ou mais sociedades são absorvidas por outra, que a elas sucede em todos os direitos e brigações.
(d) duas ou mais sociedades se unem para formar sociedade nova, que a elas sucederá em todos os direitos e
obrigações.
(e) nomeados determinam, necessariamente, que o patrimônio a ser vertido das empresas envolvidas seja, pelo
menos, igual ao seu capital a realizar.
15) - (Petrobras/Cesgranrio-2009) - A Cia. Redentor S.A. realizou uma operação de cisão parcial para
constituição de uma nova sociedade denominada Corcovado S.A. Observe os dados dos ativos e passivos
cindidos da Cia. Redentor S.A., com valores em reais.
• Depreciação Acumulada 112.000,00
• Disponível 123.000,00
• Fornecedores a Pagar 135.650,00
• Imobilizado 556.700,00
• Salários e Encargos a Pagar 104.890,00
Com base apenas nas informações acima, o valor da redução do patrimônio líquido na Cia. Redentor S.A., após
a cisão a valores contábeis, em reais, é
(a) 327.160,00
(b) 439.160,00
(c) 444.700,00
(d) 450.160,00
(e) 567.700,00
16) - (Petrobras/Cesgranrio-2009) - A nova redação da Lei no 6.404/76, com as alterações das Leis nºs
11.638/07 e 11.941/09, estabelece que as operações de incorporação, fusão e cisão somente poderão ser
efetivadas nas condições aprovadas, se os peritos nomeados determinarem que o valor do patrimônio ou dos
patrimônios líquidos a serem vertidos para a formação de capital social é
(a) igual, pelo menos, ao montante do capital a realizar.
(b) obtido, no mínimo, pela soma dos capitais de cada empresa envolvida na operação.
(c) calculado pelo valor de mercado das ações negociadas.
(d) limitado à soma das ações ordinárias das empresas envolvidas na operação.
(e) apurado pela adição do Patrimônio Líquido das empresas envolvidas na operação.
17) - (Petrobras/Cesgranrio-2009) - Os acionistas da Cia. Miramar S.A. e da Cia. Pacífica S.A. decidiram que
a primeira incorporaria a segunda em 31/12/2008, considerando ativos e passivos avaliados pelo valor contábil.
A Miramar S.A. detém 65% do total de ações do capital social da Cia Pacífica S.A. e o investimento é avaliado
pelo método de equivalência patrimonial. Observe o Balanço Patrimonial da Cia. Pacífica S.A. em 31/12/2008.
Informação adicional: os acionistas minoritários da Cia.Pacífica S.A. também concordaram com a incorporação
e a participação no capital da incorporadora. Considerando exclusivamente as informações acima, o valor do
aumento do patrimônio líquido da Cia. Miramar S.A. em 31/12/2008, em reais, é
(a) 87.500,00
(b) 104.000,00
(c) 160.000,00
(d) 162.500,00
(e) 250.000,00
Por decisão do controlador das duas empresas, a empresa A incorporou a empresa B com base nos valores
contábeis. O valor do Patrimônio Líquido da Cia. A após a incorporação de B é de:
(A) 2.000
(B) 3.000
(C) 4.000
(D) 6.000
(E) 7.000
As empresas tinham o mesmo controle acionário. As empresas A e B são fundidas, com base nos valores
contábeis, sendo constituída a Cia. C. O valor do Patrimônio Líquido da Cia. C após a fusão é de:
(a) 1.000
(b) 2.000
(c) 3.000
(d) 4.000
(e) 5.000
20) - (BNDES / Cesgranrio - 2004) A Sociedade X possui 60% das ações do capital social da Sociedade Y,
com o investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Os acionistas das duas sociedades
aprovaram a incorporação da Sociedade Y pela Sociedade X. Com base no acervo líquido avaliado pelo valor
contábil, apresentado a seguir, em reais, a situação das duas sociedades, na data da operação, era a seguinte:
(*) Ágio decorrente do valor de bens registrados no Ativo, da Sociedade X, por valor inferior ao de
mercado.
Pelo registro da transferência do Patrimônio Líquido da Sociedade Y para a Sociedade X, o lançamento a
ser efetuado em X, em reais, será:
21) - (AFTN/ESAF) As empresas A, B e C encerram suas atividades através de uma fusão, transferindo
seu patrimônio líquido para a formação de uma nova empresa denominada “D”. Cada uma das empresas
possui dois sócios com igual participação no capital. O patrimônio líquido de cada empresa antes da fusão
era:
Patrimônio Líquido A B C
Capital 760 720 2.880
Lucros Acumulados 200 - -
Reserva de Lucro - 240 -
As empresas A e B aumentaram seu capital antes da fusão, utilizando os saldos de lucros acumulados e
reserva de lucro.
A participação, individual, dos sócios da empresa B após a fusão é equivalente a:
(a) 10% do total
(b) R$ 380,00 para um e R$ 1.360,00 para outro
(c) 30% do total
(d) 50% do total
(e) R$ 1.440,00 para cada um
23)- (AFTN/Esaf) Nas operações de Cisão, podem ocorrer as seguintes situações, exceto:
(a) Cisão total com criação de duas ou mais empresas novas.
(b) Cisão total com versão de parte do patrimônio líquido para empresa nova e parte para empresa já
existente.
(c) Cisão parcial com versão de parte do patrimônio para empresas já existentes.
(d) Cisão parcial com versão de todo o patrimônio para a mesma sociedade.
(e) Cisão total com versão do patrimônio para empresas já existentes.
25)- O ágio pago na aquisição de sociedade controlada que for incorporada pela sua controladora:
a) deverá ser contabilizado em conta de ativo diferido, quando o fundamento tiver sido a aquisição do
direito de exploração, concessão ou permissão delegado pelo poder público
b) deverá ser baixado contra a conta de investimentos da sociedade incorporadora
c) deverá ser reclassificado para conta de ativo realizável a longo prazo, quando o fundamento tiver sido
valor de mercado dos ativos da investida superior ao seu valor contábil
d) quando o fundamento econômico tiver sido rentabilidade futura, deverá ser reclassificado para a conta
de Resultado de Exercícios Futuros
e) caso não tenha fundamento econômico ou este ter deixado de existir, deverá ser baixado contra
despesa do período em que se realizou a operação
28) - (Livro N.Carvalho/Pág. 229) O excesso do valor justo dos ativos líquidos da empresa adquirida sobre o
valor pago pela adquirente numa combinação de negócios, após a mensuração dos valores, deverá ser:
(a) Deduzido do saldo da conta de Investimentos;
(b) Reconhecido como passivo e mantido até a baixa do investimento;
(c) Reconhecido no grupo de investimentos e amortizado de acordo com a expectativa de prejuízos da
adquirente;
(d) Baixado imediatamente como resultado;
(e) Reconhecido no grupo de investimentos e testado anualmente por impairment.
29) - (Livro N.Carvalho/Pág. 230) A aquisição do controle em uma combinação de negócios pode ser
evidenciada, além da maioria do capital votante, por todas as situações abaixo, exceto:
(a) Por estatuto ou acordo dando o direito de adquirente de controlar as políticas operacionais e financeiras
da adquirida;
(b) Por acordo com outros investidores concedendo à adquirente o direito da maioria do direito a voto;
(c) Pelo poder de apontar ou remover a maioria dos membros da diretoria, órgão este que exerce o controle;
(d) Pelo poder de apontar ou remover a maioria dos membros de um órgão equivalente à diretoria, que
exerce o controle;
(e) Pelo poder de influenciar as políticas operacionais e financeiras por acordo legal.
30) - (Livro N.Carvalho/Pág. 229) De acordo com a IFRS 3 (CPC 15), o método a ser adotado em toda
Combinação de Negócios é:
(a) Método de combinação proporcional;
(b) Método de união de interesses;
(c) Método de equivalência patrimonial;
(d) Método de Compra;
(e) Método de Aquisição.
31) - (Livro N.Carvalho/Pág. 231) A Cia Catanduvas adquiriu 100% das ações da Cia Caracas no início de
janeiro de 2008. O valor justo da aquisição correspondeu à emissão de 20 milhões de ações a R$ 1,00 cada da
Cia. Catanduvas e o valor justo dos ativos líquidos adquiridos era de R$ 14 milhões. Em novembro de 2008,
data em que a adquirente assume o controle da adquirida, os valores das ações e dos ativos líquidos foram
finalmente determinados, respectivamente, em R$ 22 milhões e R$ 15 milhões. Contudo, o valor da Cia.
Catanduvas reduziu-se fortemente no ano de 2008 e os diretores da Cia Catanduvas desejam reduzir o valor da
compra para R$ 18 milhões. Quais valores deverão ser apresentados, respectivamente, no final de 2008
referentes ao valor pago, aos ativos líquidos e ao goodwill?
(a) R$ 20 milhões, R$ 14 milhões e R$ 6 milhões.
(b) R$ 22 milhões, R$ 15 milhões e R$ 7 milhões.
(c) R$ 18 milhões, R$ 14 milhões e R$ 4 milhões.
(d) R$ 18 milhões, R$ 15 milhões e R$ 3 milhões.
(e) R$ 22 milhões, R$ 15 milhões e R$ 7 milhões e um ganho de R$ 4 milhões.
32) - (Livro N.Carvalho/Pág. 230) O goodwill originário de uma combinação de negócios deverá ser:
(a) Reconhecido como um intangível e testado por impairment anualmente ou em períodos menores, se
houver evidências de perda;
(b) Reconhecido como receita na data de aquisição;
(c) Reconhecido com despesa na data de aquisição;
(d) Reconhecido como um ativo intangível e amortizado de acordo com o período de expectativa de lucros
da adquirente;
(e) Nenhuma das alternativas anteriores.
33) - (Livro N.Carvalho/Pág. 230) A Cia Zêta adquire 80% das ações com direito a voto da Cia.Petra pagando
R$ 100.000 em dinheiro e emitindo R$ 100.000 em ações a favor dos acionsitas da adquirida. A Cia. Petra só
emite ações ordinárias. Os ativos da Cia. Petra, a valor justo, totalizam R$ 200.000, os passivos assumidos, a
valor justo, somam R$ 70.000 e os ativos intangíveis mensurados a valor justo são de R$ 30.000. A participação
dos não controladores teve por base os ativos líquidos da adquirida. O valor do goodwill reconhecido pela Cia
Zêta na data aquisição será de:
(a) R$ 40.000,00
(b) R$ 102.000,00
(c) R$ 72.000,00
(d) Não gera goodwill, mas um ganho de R$ 60.000
(e) Nenhuma das alternativas anteriores.
34) - (Livro N.Carvalho/Pág. 231) Os seguintes ativos intangíveis podem ser reconhecidos separadamente do
goodwill numa combinação de negócios, exceto:
(a) Marcas e domínios de internet;
(b) Contratos e relacionamento com clientes;
(c) Marcas;
(d) Patentes e base de dados;
(e) Lista de cleintes com cláusula de confidencialidade.