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CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2018/2019

NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: PA000771/2018


DATA DE REGISTRO NO MTE: 13/11/2018
NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR052320/2018
NÚMERO DO PROCESSO: 46222.007031/2018-15
DATA DO PROTOCOLO: 13/11/2018

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

SIND DAS EMP NAV FLUV E LAC E AGENC NAV NO ESTADO PARA, CNPJ n. 04.975.645/0001-09,
neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). EDUARDO LOBATO CARVALHO;

SINDICATO DOS OF DE NAUTICA E PRATICOS EM T F NO E PARA, CNPJ n. 04.136.495/0001-31, neste


ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). JOSE EDSON PEREIRA LIMA;

FEDERACAO DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES MARITIMOS E FLUVIAIS NOS ESTADOS


DO PARA E AMAPA, CNPJ n. 04.976.312/0001-96, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a).
JOSE RODOLFO MIRANDA NOBREGA;

celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho


previstas nas cláusulas seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de setembro de
2018 a 31 de agosto de 2019 e a data-base da categoria em 01º de setembro.

CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) Profissional, dos Oficiais de
Nautica em Transportes Fluviais plano da CNTTMFA; Profissional, do Plano da CNTMFA, com
abrangência territorial em PA.

Salários, Reajustes e Pagamento

Reajustes/Correções Salariais

CLÁUSULA TERCEIRA - REAJUSTE SALARIAL

O salário da categoria profissional convenente será reajustado, a partir de 1º de Setembro de


2018, em 4,5% (QUATRO VÍRGULA CINCO POR CENTO), sobre os salários vigentes em 31
de Agosto de 2018, percentual equivalente a 3,64% (valor apurado do INPC
acumulado de 01/09/2017 a 31/08/2018) + 0,86% de Aumento Real, compensando-se os
reajustes espontâneos já concedidos pelas empresas.
PARÁGRAFO PRIMEIRO QUITAÇÃO DA INFLAÇÃO:

Em decorrência do Reajustamento acima concedido, fica quitada toda a inflação do período


em revisão (1º de setembro de 2017 a 31 de agosto de 2018), apurada rigorosamente pelas
partes convenentes.

PARÁGRAFO SEGUNDO

Ficam resguardados os reajustes que forem determinados pela política salarial em vigor, ou
que for modificada pela nova legislação salarial aprovada pelo Congresso Nacional e
sancionada pelo Exmo. Sr. Presidente da República, a partir de 1º de setembro de 2018.

Pagamento de Salário – Formas e Prazos

CLÁUSULA QUARTA - COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE SALÁRIOS

As empresas fornecerão aos integrantes da categoria representados pelo Sindicato Profissional,


comprovantes de pagamento mensal ou por viagem, com timbre da Empresa empregadora, discriminando o
salário recebido e demais vantagens, bem como os descontos e depósitos obrigatórios.

CLÁUSULA QUINTA - PAGAMENTO DE 13 SALÁRIO, FÉRIAS E DEPÓSITO DO FGTS

As Empresas comprometem-se a efetivar o pagamento do 13º salário, férias e depósito de FGTS de acordo
com o que preceituam os diplomas legais pertinentes a esses direitos e a infringência a tais leis acarretará
em penalidades previstas nesta Convenção Coletiva. Quando a viagem tiver duração inferior a 15 (quinze)
dias, ainda assim serão pagos tais direitos aos Oficiais de Náutica, na proporção 1/12.

CLÁUSULA SEXTA - DA FORMA DE PAGAMENTO

O pagamento dos salários dos Oficiais de Náutica e Práticos será sempre mensal. Se a viagem for por
prazo determinado e inferior a 30 (trinta) dias, os salários e vantagens serão pagos proporcionalmente aos
dias efetivamente trabalhados, mas as férias e 13º salário, guardarão proporcionalidade de 1/12, qualquer
que seja o número de dias trabalhados no mês.

CLÁUSULA SÉTIMA - QUANDO DO PAGAMENTO EM CHEQUE

Se o pagamento do salário for feito em cheque, a Empresa concederá ao Oficial de Náutica o tempo
necessário para descontá-lo no mesmo dia perante o estabelecimento bancário.

Descontos Salariais

CLÁUSULA OITAVA - MENSALIDADES E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS


Ficam as Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre autorizadas a descontar em folha de
pagamento dos associados, as mensalidades sociais devidas ao Sindicato Profissional,
independentemente da autorização de que trata Art. 545 da CLT, salvo discordância por
escrito do Comandante, Imediato ou Piloto Fluvial, dirigida diretamente ao Sindicato
Profissional;

PARÁGRAFO PRIMEIRO:
As Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre ficam obrigadas a repassar os descontos das
mensalidades sindicais ao Sindicato dos Oficiais de Náutica até o 10º (décimo) dia
subseqüente ao mês vencido, sob pena de multa de 15% (quinze por cento), juros e correção
monetária sobre o montante retido.

PARÁGRAFO SEGUNDO:
A contribuição sindical anual será calculada sobre a remuneração mensal à base de 1/30
avos, como autorizado pela Assembléia Geral da entidade sindical profissional convenente, e
será recolhida ao estabelecimento bancário no prazo legal fixado por lei.

Gratificações, Adicionais, Auxílios e Outros

Gratificação de Função

CLÁUSULA NONA - VANTAGENS EM OCUPAR FUNÇÃO SUPERIOR

Quando o Piloto Fluvial ocupar categoria superior a bordo, por necessidade da Empresa e devidamente
autorizado pela autoridade competente perceberá a soldada-base e demais vantagens dessa categoria
superior.

CLÁUSULA DÉCIMA - GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO

O Piloto Fluvial no comando perceberá 25% (vinte e cinco por cento) de gratificação de comando, incidente
sobre a soldada-base, com repercussão em todas as demais vantagens trabalhistas: horas extras, adicional
noturno, periculosidade/insalubridade, etapa, repouso remunerado, férias, 13º salário, depósito do FGTS e
etc.

PARÁGRAFO PRIMEIRO:
O Piloto Fluvial na função de imediato em navios de passageiros e/ou carga, perceberá 35% (trinta e cinco
por cento) de gratificação sobre a soldada-base da função desempenhada, com repercussão na demais
verbas trabalhistas: horas extras, adicional noturno, periculosidade/insalubridade, etapa, repouso
remunerado, férias, 13º salário, depósito do FGTS e etc.

PARÁGRAFO SEGUNDO:
O Capitão Fluvial no comando perceberá nada menos que 35% (trinta e cinco por cento) de gratificação de
comando incidentes sobre a soldada-base, com repercussão em todas as demais vantagens trabalhistas:
horas extras, adicional noturno, periculosidade/insalubridade, etapa, repouso remunerado, férias, 13º
salário, depósito do FGTS e etc.

Adicional de Hora-Extra

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - ADICIONAL DE HORAS-EXTRAS


Atendendo as circunstâncias especiais da prestação de serviços que desaconselham o aponte direto das
horas extraordinárias de trabalho, as partes convencionam estabelecer para as categorias profissionais
acordantes em 120 (cento e vinte) o número de horas extraordinárias trabalhadas mensalmente, que serão
pagas pelo valor correspondente à 188,57 (cento e oitenta e oito virgula cinqüenta e sete) dos valores da
Soldada-base mensal acrescida da etapa, gratificações, adicionais de periculosidade e/ou insalubridade,
(prêmios a qualquer título) pagos ao tripulante, acrescido ao resultado o percentual de 50% (cinqüenta por
cento) que se constituirão parte integrante do salário do Oficial de Náutica em qualquer situação
(embarcado ou desembarcado) tudo de acordo com a Constituição em vigor, Capitulo II dos Direitos
Sociais, Art. 7º., Inciso XIII e XVI e Enunciado no. 264/TST

MEMÓRIA DO CÁLCULO: 44 horas semanais: 7 dias – 6,29 horas diárias x 30 dias = 188,57, divisor
mensal para o cálculo de hora normal

PARÁGRAFO PRIMEIRO:
O pagamento das 120 (cento e vinte) horas extras na fórmula desta cláusula, quita o Empregador de toda a
obrigação concernente à remuneração dos serviços extraordinários e desobriga o Armador de elaborar
mapas de horas extras e controle de quarto de serviço e divisão de bordo.

PARÁGRAFO SEGUNDO:
Deve ser observada a ressalva estipulada no parágrafo segundo da Cláusula Décima Sexta.

Adicional de Tempo de Serviço

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - TRIÊNIO

O adicional por tempo de serviço será pago a razão de 5% da soldada base mensal, para cada três anos
de serviço na mesma Empresa, de forma ininterrupta, repercutindo este adicional sobre todos os demais
direitos trabalhistas: horas-extras, adicional noturno, repouso remunerado, férias, 13º salário e depósito do
FGTS.

PARÁGRAFO ÚNICO:
Considera-se dispensa arbitrária, impeditiva da aquisição do direito ao triênio, se o empregado for demitido
e readmitido dentro do prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua demissão, o neste caso será
computado o período anterior na contagem do triênio.

Adicional Noturno

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - ADICIONAL NOTURNO

O ADICIONAL NOTURNO será pago à razão de 20% (vinte por cento) incidentes sobre a hora normal
composta pela soldada-base, etapa, com a exceção prevista no parágrafo segundo da cláusula décima sexta,
gratificação de comando ou função, adicional de insalubridade ou periculosidade, e será pago a todos os
integrantes representados pelos sindicatos acordantes, indistintamente.

MEMÓRIA DO CÁLCULO: Adicional x 8 horas x 30.

PARÁGRAFO ÚNICO
O adicional noturno pago na forma prevista nesta cláusula quita o armador para todos os efeitos legais no
que se refere ao mencionado direito.
Adicional de Periculosidade

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - PERICULOSIDADE/INSALUBRIDADE

O adicional de periculosidade/insalubridade será pago à razão de 30% (trinta por cento) da soldada base
e etapa, com repercussão nas demais verbas trabalhistas, horas extras, adicional noturno, repouso
remunerado, férias, 13º salário e depósito do FGTS.

Outros Adicionais

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - REPOUSO REMUNERADO

Juntamente com as demais parcelas remuneratórias, serão pagos mensalmente cinco repousos
remunerados semanais fixos, calculados sobre os valores da soldada-base, etapa,
insalubridade/periculosidade, adicional noturno, horas extras, gratificações e adicionais, com repercussão
sobre o pagamento de férias, 13º salário e depósito de FGTS.

PARÁGRAFO ÚNICO:
O Pagamento do repouso remunerado na forma da Cláusula acima quita o Empregador de todas as
obrigações concernentes à remuneração dos serviços destinados ao repouso do Oficial de Náutica e será
sempre pago em dobro, nunca em triplo, não sendo tais repousos compensados com qualquer folga
concedida em terra.

Auxílio Alimentação

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - ETAPAS

A etapa “in natura” sofrerá o mesmo reajuste da cláusula terceira, a vigorar com o seguinte
valor mensal: R$ 149,14.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – COMPLEMENTAÇÃO DE ETAPA

Quando o tripulante estiver em terra à disposição do armador, por conveniência da empresa,


ou à disposição do sindicato de classe, na presidência, ser-lhe-á paga uma complementação
no valor de R$ 18,15 diários, reajustada na forma da legislação em vigor de conformidade com
a cláusula terceira, sem que essa complementação sofra desconto ou recolhimento relativo à
etapa "In natura” e incidência nos demais direitos, ficando desobrigada de tal encargo a
empresa que fornecer alimentação.

PARÁGRAFO SEGUNDO

A complementação de que trata o parágrafo anterior não repercutirá na soldada-base, bem


como em qualquer outra parcela remuneratória.
PARÁGRAFO TERCEIRO

As empresas fornecerão alimentação de acordo com a gramagem estabelecida pelo órgão


competente.

Auxílio Transporte

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - AUXÍLIO REGRESSO

Os tripulantes, quando contratados por viagem, terão direito, além da soldada correspondente, passagem
de regresso ao seu domicilio de origem, por via área, hospedagem e ajuda de custo de 70% (setenta por
centos) sobre a remuneração percebida, salvo se dispensado por justa causa ou manifestarem
expressamente vontade de permanecer no porto e/ou localidade onde se encontrarem.

Auxílio Doença/Invalidez

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - OUTROS AUXÍLIOS

Em caso de hospitalização do tripulante fora do seu domicilio, o armador ou empresa arcarão com os custos
médicos hospitalares, bem como o pagamento dos salários e vantagens dos dias de doença até a
transferência e legalização junto ao INSS. Em caso de doença ou acidente diagnosticado como grave ou
gravíssimo, se não for possível a sua transferência para o seu domicilio, o armador ou empresa fornecerá
estadia, limitada ao valor de duas (02) soldadas base, pelo período que for internado e passagens
pelo meio mais rápido a um (01) membro da família do tripulante, a fim de lhe fazer companhia até o
dia da liberação médica.

Auxílio Morte/Funeral

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - TRASLADO DO CORPO DO TRIPULANTE

As empresas empregadoras ficarão obrigadas a transladar o corpo do Oficial de Náutica falecido em


viagem, para a cidade onde residir sua família à época do falecimento.

Outros Auxílios

CLÁUSULA VIGÉSIMA - AUXÍLIO POR SINISTRO A BORDO

Na hipótese de sinistro a bordo, devidamente comprovado através de inquérito pela autoridade naval que
resulte na perda total de objetos de uso pessoal e uniforme do Oficial de Náutica, ser-lhe-á assegurada uma
indenização por perda total, correspondente a oito soldadas-base. Ficará assegurada ao Oficial de Náutica
a indenização de qualquer outro objeto, desde que declarado antes da viagem, junto ao escritório do
Armador, salvo quando o Oficial de Náutica for culpado pelo sinistro.
Contrato de Trabalho – Admissão, Demissão, Modalidades

Normas para Admissão/Contratação

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - COMUNICAÇÃO AO SINDICATO PROFISSIONAL

As Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre comprometem-se por ocasião da contratação do Oficial de


Náutica, a comunicar ao Sindicato da Categoria Profissional, a data da admissão, para controle estatístico
da atividade laboral e afins.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - INDENIZAÇÃO ADICIONAL

Ocorrendo a despedida do Oficial de Náutica, sem justa causa, no mês que antecede o reajuste anual de
sua categoria (01 de setembro de cada ano), fará ele jus a receber da Empresa ou Armador a indenização
adicional prevista no Art. 9º das Leis nº 6.708/79 e 7.238/84, sendo esse direito calculado com a integridade
dos salários e vantagens asseguradas nesta Convenção.

Desligamento/Demissão

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - DESEMBARQUE DO TRIPULANTE

Quando o Comandante, Imediato ou Piloto Fluvial forem desembarcados pelas causas 19º e 20º, ou seja,
disponibilidade remunerada e emprego em terra com o mesmo armador da embarcação, por conveniência
da Empresa, perceberão sua remuneração integral, ou seja: soldada-base, etapa,
insalubridade/periculosidade, horas extras, adicional noturno, repouso remunerado, gratificação de
comando, gratificação de imediatagem e todas as demais vantagens trabalhistas.

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - PARCELAS INDENIZATÓRIAS NA RESCISÃO

No pagamento da rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, as parcelas indenizatórias serão
calculadas pela maior remuneração percebida, tais como: soldada-base, etapa,
insalubridade/periculosidade, horas extras, adicional noturno, repousos remunerados e gratificações de
comando, mesmo que o Oficial de Náutica tenha cumprido o aviso em terra.

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - RESCISÃO CONTRATRUAL

Rescindindo o contrato de trabalho por qualquer motivo, o desembarque do Oficial de Náutica operar-se-á
pela antiga causa 8ª. Do Art. 109 do RTM, (fim de contrato), dirimidos os conflitos daí decorrentes perante o
órgão Judiciário competente.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - VERBAS RESCISÓRIAS EXCEDENTES

Serão pagos os direitos trabalhistas da rescisão do contrato de trabalho até o efetivo desembarque do
Comandante, Imediato ou Piloto Fluvial, na caderneta de inscrição e registro (CIR), do Ministério da
Marinha, sob pena da Empresa ficar obrigada ao pagamento dos dias excedentes, a razão de 1/30 da
remuneração mensal, para cada dia de excesso;

CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - FORNECIMENTO ABRIGATÓRIO DE ATESTADO

Ficam os Empregadores obrigados, quando solicitados, a fornecer aos Oficiais Náutica demitidos, por
ocasião da rescisão, atestado de afastamento, salários e vantagens auferidos no período em que se vigorou
o contrato de trabalho.

Aviso Prévio

CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - PAGAMENTO DO AVISO PRÉVIO

O aviso prévio será sempre pago na forma prevista no Inciso II, do Art. 487, da CLT, quando o contrato de
trabalho for a prazo indeterminado ou ocorrer, somatória, prorrogação ou sucessão de contratos, a prazo
determinado, mais de 2 (duas) viagens redondas. Fica vedada a contratação de Oficial de Náutica a título
de experiência.

Relações de Trabalho – Condições de Trabalho, Normas de Pessoal e Estabilidades

Qualificação/Formação Profissional

CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO - GARANTIA DE SALÁRIOS

Para realização de curso de aperfeiçoamento, fica facultado ao Armador designar, a seu critério, o mínimo
de 10% (dez por cento) do total dos cartões de lotação de sua Empresa, dentro da categoria pertinente ao
curso, assegurada o pagamento de sua remuneração total, enquanto viger o curso. Contudo findo este, não
poderá o Oficial de Náutica deixar a empresa antes de completar 01 (um) ano de serviço sob pena de pagar
ao Armador uma indenização correspondente aos salários que recebeu durante o período do referido
afastamento.

Ferramentas e Equipamentos de Trabalho

CLÁUSULA TRIGÉSIMA - DESCONTO POR QUEBRA DE MATERIAL DE SERVIÇO

Não é permitido o desconto por quebra de material, salvo na hipótese de dolo, desídia ou recusa de
apresentação dos objetos danificados ou ainda, havendo previsão contratual de culpa comprovada do
Oficial de Náutica.

Estabilidade Aposentadoria

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - GARANTIA APOSENTADORIA

É garantido o emprego ao Oficial de Náutica que contar mais de 02 (dois) anos de trabalho ininterrupto à
mesma Empresa e estiver há três anos para se aposentar por tempo de serviço perante o INSS ou órgão
assemelhado, excetuando o caso de cometer ato faltoso que enseje a sua dispensa por justa causa,
independentemente de inquérito judicial, exceto aos Oficiais de Náutica contratados a prazo determinados.
PARÁGRAFO ÚNICO:
Perderá direito à garantia de emprego, de que trata o caput desta cláusula, o empregado demitido que não
comprovar até (90) noventa dias após a data da rescisão contratual, o prazo de três anos para sua
aposentadoria.

Outras normas referentes a condições para o exercício do trabalho

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - SEGURO EM GRUPO

As Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre devem manter, às suas expensas, seguro de vida em grupo
para os seus Comandantes, Imediatos e Pilotos Fluviais, cobrindo os riscos por morte acidental, natural ou
invalidez permanente, decorrente de acidentes ou não, sendo que a indenização estipulada no contrato
celebrado não poderá ser inferior a quarenta e cinco soldadas-base percebidas pelos Oficiais de Náutica
acima mencionados, vigentes no mês de pagamento pela Seguradora, quando de sua morte ou acidente
que venha a deixar os mesmos inválidos. Não efetuando o Empregador o seguro de que trata esta
Cláusula, ficará obrigado a indenizar os dependentes dos Oficiais de Náutica, no caso de morte ou
invalidez, o valor acima estipulado e devidamente atualizado na forma da lei.

Jornada de Trabalho – Duração, Distribuição, Controle, Faltas

Intervalos para Descanso

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - FOLGAS

A cada 60 (sessenta) dias de serviços prestados ao mesmo empregador o aquaviário que trabalhe
cumprindo rotas aquaviárias entre portos, incluindo o de seu domicílio, faz jus a 12 (doze) dias de folga que
deverá ser gozado no porto de seu domicílio desembarcado, percebendo a remuneração de tal período
com todos os salários e vantagens como se estivessem a bordo trabalhando, soldada base, etapa,
insalubridade/periculosidade, horas extras, adicional noturno, repouso remunerado e todos os demais
direitos trabalhistas.

PARÁGRAFO PRIMEIRO

A folga que trata o caput desta cláusula não se aplica aos empregados de travessias e apoio portuário,
assim como os empregados que atuem em atividades administrativas no porto, que poderão ter o
descanso semanal remunerado regulado por lei ou por situação específica definida por aditivo à Convenção
Coletiva de Trabalho a ser firmado individual entre a empresa e o Sindicato Profissional.

PARÁGRAFO SEGUNDO

Completados os 60 (sessenta) dias e estando o empregado fora do porto de seu domicílio, a folga será
concedida por ocasião do seu retorno ao porto de origem, computando-se os dias excedentes para novo
período aquisitivo de folga.
PARÁGRAFO TERCEIRO

As empresas de navegação se comprometem a confeccionar documento próprio para concessão da folga


onde deve constar período aquisitivo e o respectivo período de gozo com cópia ao trabalhador e através do
qual podem ser compensados eventuais dias de folga concedidos no período.

Faltas

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - AUSÊNCIA ABONADA PARA PERCEPÇÃO DO PIS/PASEP

Fica assegurado ao Oficial de Náutica o direito de se ausentar, um dia útil por ano, para recebimento do
PIS/PASEP, sem que isso se constitua falta ao trabalho.

Férias e Licenças

Outras disposições sobre férias e licenças

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - FÉRIAS PROPORCIONAIS

Em caso de rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do Oficial de Náutica que contar com menos de
um ano de serviço na Empresa, pagar-lhe-á o Empregador as férias proporcionais relativas ao período de
trabalho.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - CANCELAMENTO/MODIFICAÇÃO DE FÉRIAS

Comunicado ao Oficial de Náutica o período de gozo de férias individuais ou coletivas, o Empregador


somente poderá cancelar ou modificar o início previsto se ocorrer necessidade imperiosa e, ainda assim,
mediante ressarcimento ao Oficial de Náutica dos prejuízos financeiros por este comprovados, mediante
comunicado de 4 (quatro) dias.

Saúde e Segurança do Trabalhador

Exames Médicos

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - EXAMES MÉDICOS OBRIGATÓRIOS

Os exames médicos obrigatórios por lei serão integralmente custeados pelas Empresas de Navegação
Fluvial e Lacustre e deverão ser realizados anualmente por todos os integrantes da categoria representados
pelo Sindicato Profissional.

Relações Sindicais

Representante Sindical

CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - DIRETORIA


Fica ajustado entre as partes convenentes que o número de Diretores do Sindicato dos Oficiais de Náutica e
Práticos em Transportes Fluviais no Estado do Pará, será 24 (vinte e quatro) entre titulares e suplentes, e
apenas estes gozarão de estabilidade sindical provisória, na forma do que preceitua o Art. 8º, Item VIII,
da Constituição Federal e Art. 522 da Consolidação das Leis de Trabalho.

Liberação de Empregados para Atividades Sindicais

CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - LICENÇA DO PRESIDENTE

As Empresas licenciarão o Oficial de Náutica eleito Presidente do Sindicato ou da Federação, ou seu


substituto, assegurando-lhe a remuneração integral que recebia em atividade.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - PARTICIPAÇÃO EM AGE

Fica assegurada pelos Empregadores a freqüência livre dos Oficiais de Náutica, dirigentes sindicais, para
participarem de Assembléias e Reuniões devidamente convocadas e comprovadas pela Entidade Sindical,
sem que se constitua em falta ao serviço não abonada.

Acesso a Informações da Empresa

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - INFORMAÇÕES E COMUNICAÇÕES

As Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre admitirão a fixação no quadro de aviso de comunicação de


interesse da categoria profissional, vedada a divulgação de matéria político-partidária ou ofensiva a quem
quer que seja.

Outras disposições sobre relação entre sindicato e empresa

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - RECURSOS DO FAT

Constitui pré-requisito para qualquer Armador ou Empresa de Navegação Fluvial e Lacustre obter
financiamento para construção de embarcações com recursos do Fundo de Assistência ao Trabalhador
(FAT), certidão de que a mesma é filiada e está quites com suas obrigações com o SINDARPA.

Outras disposições sobre representação e organização

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - DAS DIVERGÊNCIAS

As divergências surgidas entre os Sindicatos acordantes por motivo de aplicação da presente Convenção, o
processo de sua prorrogação e revisão total ou parcial de seus dispositivos, bem como os direitos e deveres
dos Oficiais de Náutica e das Empresas serão apreciados de conformidade com a Legislação Trabalhista
vigente por ocasião do fato ou dissídio.

Disposições Gerais
Mecanismos de Solução de Conflitos

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUARTA - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

É competente à Justiça do Trabalho para dirimir todas as dúvidas que surjam em razão da aplicação das
normas desta Convenção Coletiva.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUINTA - CONCILIAÇÃO PRÉVIA INTERSINDICAL

As entidades sindicais acordantes colocam a disposição de seus associados a possibilidade de mediação


de conflitos relacionados ao descumprimento das clausulas do presente CCT, envolvendo empregadores e
seus empregados, inclusive com a intervenção dos respectivos sindicatos, facultando a presença de
advogados.

PARAGRAFO PRIMEIRO

O sindicato profissional acionará o sindicato patronal, mediante protocolo, que por sua vez acionará a
empresa associada, no prazo de 48 horas, para exercer o direito a conciliação ou a sua recusa.

PARAGRAFO SEGUNDO

Fica a cargo do sindicato patronal designar reunião de conciliação em até 72 (setenta e duas) horas, após a
notificação prevista no parágrafo anterior, comunicando ao sindicato obreiro o local, dia e hora da realização
da reunião, sob pena de considerar frustrada a negociação.

PARAGRAFO TERCEIRO

Fica a cargo da entidade patronal a confecção da ata, ao término da audiência, que para a sua validade
deverá ser assinada pelas partes envolvidas.

PARAGRAFO QUARTO

Uma vez frustrada a possibilidade de conciliação, pela via amigável, fica a entidade sindical profissional
facultada a ingressar na justiça do trabalho com a ação de cumprimento de qualquer das clausulas da
presente convenção coletiva.

Aplicação do Instrumento Coletivo

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEXTA - CAMPO DE APLICAÇÃO


A presente Convenção Coletiva de Trabalho aplica-se a todas as Empresas de Navegação Fluvial e
Lacustre, às Agências de Navegação, inclusive às sociedades de economia mista e outras entidades, aos
Armadores individuais e todas as pessoas jurídicas de direito público interno, capitulados no Parágrafo 1º do
Art. 173 da Constituição Federal de 05/10/88, sujeitas ao regime jurídico das Empresas privadas quanto ao
Direito do Trabalho, que explorem atividades econômicas na Navegação Fluvial e Lacustre no Estado do
Pará.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SÉTIMA - DIREITO ADQUIRIDO

As presentes normas desta Convenção Coletiva, durante e após o término de sua vigência, incorporam-se
aos contratos individuais de trabalho, constituindo-se em direito adquirido dos mesmos, nos termos do
inciso XXXVI do Art. 5º da Constituição Federal de 1988 e Parágrafo único do Art. 1º da Lei nº 7.788/89, só
podendo ser alteradas ou suprimidas por Convenção Coletiva de Trabalho ou Sentença Normativa
posterior.

Descumprimento do Instrumento Coletivo

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA OITAVA - MULTA POR DESCUMPRIMENTO DA CONVENÇÃO

A infringência a qualquer das Cláusulas da presente Convenção Coletiva importará na aplicação de


penalidade de multa, equivalente a três soldadas-base, cobrável em dobro em caso de reincidência, não
cumulativa, que reverterão em favor do empregado prejudicado, ou da empresa prejudicada, ou da entidade
sindical também prejudicada, conforme o caso.

Renovação/Rescisão do Instrumento Coletivo

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA NONA - REVISÃO – ADEQUAÇÃO

As partes pactuam que a partir de janeiro de 2019 se reunirão para analise da proposta do sindicato
profissional e a contraproposta do sindicato patronal, viabilizando a adequação das clausulas da presente
CCT as alterações estabelecidas pela reforma trabalhista em vigor.

Outras Disposições

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA - OUTROS REGULAMENTOS

Serão mantidos e obedecidos, embora não citados nesta Convenção Coletiva, os regulamentos e portarias,
bem como outras normas que vierem a ser instituídas por ato das autoridades competentes.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA PRIMEIRA - DO PRINCÍPIO DA CLÁUSULA MAIS BENÉFICA


A presente Convenção Coletiva não alterará as Cláusulas dos contratos individuais de trabalho, quando
estas forem mais benéficas aos Oficiais de Náutica.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEGUNDA - DOS FATOS RELEVANTES

As Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre obrigam-se a informar ao Sindicato das Categorias


Profissionais, sempre que possível, em prazo não superior a 24 horas, os acidentes que ocasionem a morte
ou assistência hospitalar do Oficial de Náutica, e comunicar de imediato, a prisão em flagrante, ou ordem
judiciária de qualquer Oficial de Náutica.

EDUARDO LOBATO CARVALHO


Presidente
SIND DAS EMP NAV FLUV E LAC E AGENC NAV NO ESTADO PARA

JOSE EDSON PEREIRA LIMA


Presidente
SINDICATO DOS OF DE NAUTICA E PRATICOS EM T F NO E PARA

JOSE RODOLFO MIRANDA NOBREGA


Presidente
FEDERACAO DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES MARITIMOS E FLUVIAIS NOS
ESTADOS DO PARA E AMAPA

ANEXOS
ANEXO I - ATA DA REUNIÃO DA CONVENÇÃO COLETIVA 2018

Anexo (PDF)

A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na página do Ministério da Economia na


Internet, no endereço http://www.mte.gov.br.

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