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SIND DAS EMP NAV FLUV E LAC E AGENC NAV NO ESTADO PARA, CNPJ n. 04.975.645/0001-09,
neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). EDUARDO LOBATO CARVALHO;
As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de setembro de
2018 a 31 de agosto de 2019 e a data-base da categoria em 01º de setembro.
A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) Profissional, dos Oficiais de
Nautica em Transportes Fluviais plano da CNTTMFA; Profissional, do Plano da CNTMFA, com
abrangência territorial em PA.
Reajustes/Correções Salariais
PARÁGRAFO SEGUNDO
Ficam resguardados os reajustes que forem determinados pela política salarial em vigor, ou
que for modificada pela nova legislação salarial aprovada pelo Congresso Nacional e
sancionada pelo Exmo. Sr. Presidente da República, a partir de 1º de setembro de 2018.
As Empresas comprometem-se a efetivar o pagamento do 13º salário, férias e depósito de FGTS de acordo
com o que preceituam os diplomas legais pertinentes a esses direitos e a infringência a tais leis acarretará
em penalidades previstas nesta Convenção Coletiva. Quando a viagem tiver duração inferior a 15 (quinze)
dias, ainda assim serão pagos tais direitos aos Oficiais de Náutica, na proporção 1/12.
O pagamento dos salários dos Oficiais de Náutica e Práticos será sempre mensal. Se a viagem for por
prazo determinado e inferior a 30 (trinta) dias, os salários e vantagens serão pagos proporcionalmente aos
dias efetivamente trabalhados, mas as férias e 13º salário, guardarão proporcionalidade de 1/12, qualquer
que seja o número de dias trabalhados no mês.
Se o pagamento do salário for feito em cheque, a Empresa concederá ao Oficial de Náutica o tempo
necessário para descontá-lo no mesmo dia perante o estabelecimento bancário.
Descontos Salariais
PARÁGRAFO PRIMEIRO:
As Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre ficam obrigadas a repassar os descontos das
mensalidades sindicais ao Sindicato dos Oficiais de Náutica até o 10º (décimo) dia
subseqüente ao mês vencido, sob pena de multa de 15% (quinze por cento), juros e correção
monetária sobre o montante retido.
PARÁGRAFO SEGUNDO:
A contribuição sindical anual será calculada sobre a remuneração mensal à base de 1/30
avos, como autorizado pela Assembléia Geral da entidade sindical profissional convenente, e
será recolhida ao estabelecimento bancário no prazo legal fixado por lei.
Gratificação de Função
Quando o Piloto Fluvial ocupar categoria superior a bordo, por necessidade da Empresa e devidamente
autorizado pela autoridade competente perceberá a soldada-base e demais vantagens dessa categoria
superior.
O Piloto Fluvial no comando perceberá 25% (vinte e cinco por cento) de gratificação de comando, incidente
sobre a soldada-base, com repercussão em todas as demais vantagens trabalhistas: horas extras, adicional
noturno, periculosidade/insalubridade, etapa, repouso remunerado, férias, 13º salário, depósito do FGTS e
etc.
PARÁGRAFO PRIMEIRO:
O Piloto Fluvial na função de imediato em navios de passageiros e/ou carga, perceberá 35% (trinta e cinco
por cento) de gratificação sobre a soldada-base da função desempenhada, com repercussão na demais
verbas trabalhistas: horas extras, adicional noturno, periculosidade/insalubridade, etapa, repouso
remunerado, férias, 13º salário, depósito do FGTS e etc.
PARÁGRAFO SEGUNDO:
O Capitão Fluvial no comando perceberá nada menos que 35% (trinta e cinco por cento) de gratificação de
comando incidentes sobre a soldada-base, com repercussão em todas as demais vantagens trabalhistas:
horas extras, adicional noturno, periculosidade/insalubridade, etapa, repouso remunerado, férias, 13º
salário, depósito do FGTS e etc.
Adicional de Hora-Extra
MEMÓRIA DO CÁLCULO: 44 horas semanais: 7 dias – 6,29 horas diárias x 30 dias = 188,57, divisor
mensal para o cálculo de hora normal
PARÁGRAFO PRIMEIRO:
O pagamento das 120 (cento e vinte) horas extras na fórmula desta cláusula, quita o Empregador de toda a
obrigação concernente à remuneração dos serviços extraordinários e desobriga o Armador de elaborar
mapas de horas extras e controle de quarto de serviço e divisão de bordo.
PARÁGRAFO SEGUNDO:
Deve ser observada a ressalva estipulada no parágrafo segundo da Cláusula Décima Sexta.
O adicional por tempo de serviço será pago a razão de 5% da soldada base mensal, para cada três anos
de serviço na mesma Empresa, de forma ininterrupta, repercutindo este adicional sobre todos os demais
direitos trabalhistas: horas-extras, adicional noturno, repouso remunerado, férias, 13º salário e depósito do
FGTS.
PARÁGRAFO ÚNICO:
Considera-se dispensa arbitrária, impeditiva da aquisição do direito ao triênio, se o empregado for demitido
e readmitido dentro do prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua demissão, o neste caso será
computado o período anterior na contagem do triênio.
Adicional Noturno
O ADICIONAL NOTURNO será pago à razão de 20% (vinte por cento) incidentes sobre a hora normal
composta pela soldada-base, etapa, com a exceção prevista no parágrafo segundo da cláusula décima sexta,
gratificação de comando ou função, adicional de insalubridade ou periculosidade, e será pago a todos os
integrantes representados pelos sindicatos acordantes, indistintamente.
PARÁGRAFO ÚNICO
O adicional noturno pago na forma prevista nesta cláusula quita o armador para todos os efeitos legais no
que se refere ao mencionado direito.
Adicional de Periculosidade
O adicional de periculosidade/insalubridade será pago à razão de 30% (trinta por cento) da soldada base
e etapa, com repercussão nas demais verbas trabalhistas, horas extras, adicional noturno, repouso
remunerado, férias, 13º salário e depósito do FGTS.
Outros Adicionais
Juntamente com as demais parcelas remuneratórias, serão pagos mensalmente cinco repousos
remunerados semanais fixos, calculados sobre os valores da soldada-base, etapa,
insalubridade/periculosidade, adicional noturno, horas extras, gratificações e adicionais, com repercussão
sobre o pagamento de férias, 13º salário e depósito de FGTS.
PARÁGRAFO ÚNICO:
O Pagamento do repouso remunerado na forma da Cláusula acima quita o Empregador de todas as
obrigações concernentes à remuneração dos serviços destinados ao repouso do Oficial de Náutica e será
sempre pago em dobro, nunca em triplo, não sendo tais repousos compensados com qualquer folga
concedida em terra.
Auxílio Alimentação
A etapa “in natura” sofrerá o mesmo reajuste da cláusula terceira, a vigorar com o seguinte
valor mensal: R$ 149,14.
PARÁGRAFO SEGUNDO
Auxílio Transporte
Os tripulantes, quando contratados por viagem, terão direito, além da soldada correspondente, passagem
de regresso ao seu domicilio de origem, por via área, hospedagem e ajuda de custo de 70% (setenta por
centos) sobre a remuneração percebida, salvo se dispensado por justa causa ou manifestarem
expressamente vontade de permanecer no porto e/ou localidade onde se encontrarem.
Auxílio Doença/Invalidez
Em caso de hospitalização do tripulante fora do seu domicilio, o armador ou empresa arcarão com os custos
médicos hospitalares, bem como o pagamento dos salários e vantagens dos dias de doença até a
transferência e legalização junto ao INSS. Em caso de doença ou acidente diagnosticado como grave ou
gravíssimo, se não for possível a sua transferência para o seu domicilio, o armador ou empresa fornecerá
estadia, limitada ao valor de duas (02) soldadas base, pelo período que for internado e passagens
pelo meio mais rápido a um (01) membro da família do tripulante, a fim de lhe fazer companhia até o
dia da liberação médica.
Auxílio Morte/Funeral
Outros Auxílios
Na hipótese de sinistro a bordo, devidamente comprovado através de inquérito pela autoridade naval que
resulte na perda total de objetos de uso pessoal e uniforme do Oficial de Náutica, ser-lhe-á assegurada uma
indenização por perda total, correspondente a oito soldadas-base. Ficará assegurada ao Oficial de Náutica
a indenização de qualquer outro objeto, desde que declarado antes da viagem, junto ao escritório do
Armador, salvo quando o Oficial de Náutica for culpado pelo sinistro.
Contrato de Trabalho – Admissão, Demissão, Modalidades
Ocorrendo a despedida do Oficial de Náutica, sem justa causa, no mês que antecede o reajuste anual de
sua categoria (01 de setembro de cada ano), fará ele jus a receber da Empresa ou Armador a indenização
adicional prevista no Art. 9º das Leis nº 6.708/79 e 7.238/84, sendo esse direito calculado com a integridade
dos salários e vantagens asseguradas nesta Convenção.
Desligamento/Demissão
Quando o Comandante, Imediato ou Piloto Fluvial forem desembarcados pelas causas 19º e 20º, ou seja,
disponibilidade remunerada e emprego em terra com o mesmo armador da embarcação, por conveniência
da Empresa, perceberão sua remuneração integral, ou seja: soldada-base, etapa,
insalubridade/periculosidade, horas extras, adicional noturno, repouso remunerado, gratificação de
comando, gratificação de imediatagem e todas as demais vantagens trabalhistas.
No pagamento da rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, as parcelas indenizatórias serão
calculadas pela maior remuneração percebida, tais como: soldada-base, etapa,
insalubridade/periculosidade, horas extras, adicional noturno, repousos remunerados e gratificações de
comando, mesmo que o Oficial de Náutica tenha cumprido o aviso em terra.
Rescindindo o contrato de trabalho por qualquer motivo, o desembarque do Oficial de Náutica operar-se-á
pela antiga causa 8ª. Do Art. 109 do RTM, (fim de contrato), dirimidos os conflitos daí decorrentes perante o
órgão Judiciário competente.
Serão pagos os direitos trabalhistas da rescisão do contrato de trabalho até o efetivo desembarque do
Comandante, Imediato ou Piloto Fluvial, na caderneta de inscrição e registro (CIR), do Ministério da
Marinha, sob pena da Empresa ficar obrigada ao pagamento dos dias excedentes, a razão de 1/30 da
remuneração mensal, para cada dia de excesso;
Ficam os Empregadores obrigados, quando solicitados, a fornecer aos Oficiais Náutica demitidos, por
ocasião da rescisão, atestado de afastamento, salários e vantagens auferidos no período em que se vigorou
o contrato de trabalho.
Aviso Prévio
O aviso prévio será sempre pago na forma prevista no Inciso II, do Art. 487, da CLT, quando o contrato de
trabalho for a prazo indeterminado ou ocorrer, somatória, prorrogação ou sucessão de contratos, a prazo
determinado, mais de 2 (duas) viagens redondas. Fica vedada a contratação de Oficial de Náutica a título
de experiência.
Qualificação/Formação Profissional
Para realização de curso de aperfeiçoamento, fica facultado ao Armador designar, a seu critério, o mínimo
de 10% (dez por cento) do total dos cartões de lotação de sua Empresa, dentro da categoria pertinente ao
curso, assegurada o pagamento de sua remuneração total, enquanto viger o curso. Contudo findo este, não
poderá o Oficial de Náutica deixar a empresa antes de completar 01 (um) ano de serviço sob pena de pagar
ao Armador uma indenização correspondente aos salários que recebeu durante o período do referido
afastamento.
Não é permitido o desconto por quebra de material, salvo na hipótese de dolo, desídia ou recusa de
apresentação dos objetos danificados ou ainda, havendo previsão contratual de culpa comprovada do
Oficial de Náutica.
Estabilidade Aposentadoria
É garantido o emprego ao Oficial de Náutica que contar mais de 02 (dois) anos de trabalho ininterrupto à
mesma Empresa e estiver há três anos para se aposentar por tempo de serviço perante o INSS ou órgão
assemelhado, excetuando o caso de cometer ato faltoso que enseje a sua dispensa por justa causa,
independentemente de inquérito judicial, exceto aos Oficiais de Náutica contratados a prazo determinados.
PARÁGRAFO ÚNICO:
Perderá direito à garantia de emprego, de que trata o caput desta cláusula, o empregado demitido que não
comprovar até (90) noventa dias após a data da rescisão contratual, o prazo de três anos para sua
aposentadoria.
As Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre devem manter, às suas expensas, seguro de vida em grupo
para os seus Comandantes, Imediatos e Pilotos Fluviais, cobrindo os riscos por morte acidental, natural ou
invalidez permanente, decorrente de acidentes ou não, sendo que a indenização estipulada no contrato
celebrado não poderá ser inferior a quarenta e cinco soldadas-base percebidas pelos Oficiais de Náutica
acima mencionados, vigentes no mês de pagamento pela Seguradora, quando de sua morte ou acidente
que venha a deixar os mesmos inválidos. Não efetuando o Empregador o seguro de que trata esta
Cláusula, ficará obrigado a indenizar os dependentes dos Oficiais de Náutica, no caso de morte ou
invalidez, o valor acima estipulado e devidamente atualizado na forma da lei.
A cada 60 (sessenta) dias de serviços prestados ao mesmo empregador o aquaviário que trabalhe
cumprindo rotas aquaviárias entre portos, incluindo o de seu domicílio, faz jus a 12 (doze) dias de folga que
deverá ser gozado no porto de seu domicílio desembarcado, percebendo a remuneração de tal período
com todos os salários e vantagens como se estivessem a bordo trabalhando, soldada base, etapa,
insalubridade/periculosidade, horas extras, adicional noturno, repouso remunerado e todos os demais
direitos trabalhistas.
PARÁGRAFO PRIMEIRO
A folga que trata o caput desta cláusula não se aplica aos empregados de travessias e apoio portuário,
assim como os empregados que atuem em atividades administrativas no porto, que poderão ter o
descanso semanal remunerado regulado por lei ou por situação específica definida por aditivo à Convenção
Coletiva de Trabalho a ser firmado individual entre a empresa e o Sindicato Profissional.
PARÁGRAFO SEGUNDO
Completados os 60 (sessenta) dias e estando o empregado fora do porto de seu domicílio, a folga será
concedida por ocasião do seu retorno ao porto de origem, computando-se os dias excedentes para novo
período aquisitivo de folga.
PARÁGRAFO TERCEIRO
Faltas
Fica assegurado ao Oficial de Náutica o direito de se ausentar, um dia útil por ano, para recebimento do
PIS/PASEP, sem que isso se constitua falta ao trabalho.
Férias e Licenças
Em caso de rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do Oficial de Náutica que contar com menos de
um ano de serviço na Empresa, pagar-lhe-á o Empregador as férias proporcionais relativas ao período de
trabalho.
Exames Médicos
Os exames médicos obrigatórios por lei serão integralmente custeados pelas Empresas de Navegação
Fluvial e Lacustre e deverão ser realizados anualmente por todos os integrantes da categoria representados
pelo Sindicato Profissional.
Relações Sindicais
Representante Sindical
Fica assegurada pelos Empregadores a freqüência livre dos Oficiais de Náutica, dirigentes sindicais, para
participarem de Assembléias e Reuniões devidamente convocadas e comprovadas pela Entidade Sindical,
sem que se constitua em falta ao serviço não abonada.
Constitui pré-requisito para qualquer Armador ou Empresa de Navegação Fluvial e Lacustre obter
financiamento para construção de embarcações com recursos do Fundo de Assistência ao Trabalhador
(FAT), certidão de que a mesma é filiada e está quites com suas obrigações com o SINDARPA.
As divergências surgidas entre os Sindicatos acordantes por motivo de aplicação da presente Convenção, o
processo de sua prorrogação e revisão total ou parcial de seus dispositivos, bem como os direitos e deveres
dos Oficiais de Náutica e das Empresas serão apreciados de conformidade com a Legislação Trabalhista
vigente por ocasião do fato ou dissídio.
Disposições Gerais
Mecanismos de Solução de Conflitos
É competente à Justiça do Trabalho para dirimir todas as dúvidas que surjam em razão da aplicação das
normas desta Convenção Coletiva.
PARAGRAFO PRIMEIRO
O sindicato profissional acionará o sindicato patronal, mediante protocolo, que por sua vez acionará a
empresa associada, no prazo de 48 horas, para exercer o direito a conciliação ou a sua recusa.
PARAGRAFO SEGUNDO
Fica a cargo do sindicato patronal designar reunião de conciliação em até 72 (setenta e duas) horas, após a
notificação prevista no parágrafo anterior, comunicando ao sindicato obreiro o local, dia e hora da realização
da reunião, sob pena de considerar frustrada a negociação.
PARAGRAFO TERCEIRO
Fica a cargo da entidade patronal a confecção da ata, ao término da audiência, que para a sua validade
deverá ser assinada pelas partes envolvidas.
PARAGRAFO QUARTO
Uma vez frustrada a possibilidade de conciliação, pela via amigável, fica a entidade sindical profissional
facultada a ingressar na justiça do trabalho com a ação de cumprimento de qualquer das clausulas da
presente convenção coletiva.
As presentes normas desta Convenção Coletiva, durante e após o término de sua vigência, incorporam-se
aos contratos individuais de trabalho, constituindo-se em direito adquirido dos mesmos, nos termos do
inciso XXXVI do Art. 5º da Constituição Federal de 1988 e Parágrafo único do Art. 1º da Lei nº 7.788/89, só
podendo ser alteradas ou suprimidas por Convenção Coletiva de Trabalho ou Sentença Normativa
posterior.
As partes pactuam que a partir de janeiro de 2019 se reunirão para analise da proposta do sindicato
profissional e a contraproposta do sindicato patronal, viabilizando a adequação das clausulas da presente
CCT as alterações estabelecidas pela reforma trabalhista em vigor.
Outras Disposições
Serão mantidos e obedecidos, embora não citados nesta Convenção Coletiva, os regulamentos e portarias,
bem como outras normas que vierem a ser instituídas por ato das autoridades competentes.
ANEXOS
ANEXO I - ATA DA REUNIÃO DA CONVENÇÃO COLETIVA 2018
Anexo (PDF)