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Aula 02

SEFAZ-MG (Auditor Fiscal - área


Auditoria e Fiscalização) Contabilidade
Avançada - 2022 (Pós-Edital) (Prof Julio
e Luciano)

Autor:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo

09 de Julho de 2022

00346813379 - Naiara Braz Sidrim Nogueira


Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 02

Índice
1) CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto
..............................................................................................................................................................................................3

2) Questões Comentadas - CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Cont


..............................................................................................................................................................................................
45

3) Lista de Questões - CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Contro


..............................................................................................................................................................................................
112

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Braz Sidrim Nogueira
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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CPC 18 (R2) – INVESTIMENTO EM COLIGADA E EM


CONTROLADA

Introdução

Podemos identificar quatro situações diferentes nas participações em outras empresas, conforme
o grau de controle exercido pela investidora:

--- Pouca ou nenhuma influência sobre a investida: Trata-se de um ativo financeiro, sendo que o
principal benefício esperado do ativo é a sua valorização. Deve ser reconhecido e mensurado pelo
valor justo (ou ao custo, se não houver uma mensuração confiável a valor justo), de acordo com o
Pronunciamento CPC 48 – Instrumentos Financeiros.

--- Influência significativa sobre a investida: A “influência significativa” caracteriza uma Coligada
da investidora, sendo tal participação reconhecida e mensurada conforme o CPC 18 –
Investimentos em Coligadas e Controladas, através do método da equivalência patrimonial.
Lembramos que coligada é uma investida na qual a investidora tem influência significativa, mas
sem atingir o ponto de controle. Será objeto deste capítulo.

--- Controle conjunto sobre a investida: Refere-se a um empreendimento conjunto (joint venture),
ou seja, quando duas ou mais investidoras detêm, em conjunto, o controle da entidade. Tal
participação deve ser reconhecida e mensurada de acordo com o CPC 19 – Investimento em
Empreendimentos Controlados em Conjunto. Nos balanços individuais a avaliação é pela
equivalência patrimonial.

--- Controle sobre a investida: As controladas devem ser reconhecidas e mensuradas de acordo
com o CPC 15 – Combinações de Negócios e CPC 36 – Demonstrações Consolidadas. No balanço
individual da controladora, deve ser usado o método da equivalência patrimonial.

Muito bem. Vamos em frente.

Definições

Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada e em Controlada:

3. Os termos a seguir são utilizados no presente Pronunciamento com os seguintes


significados:

Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.

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Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo


econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e
fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se
fossem uma única entidade econômica.

Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do


qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é
ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre
os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem
sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados
abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros resultados
abrangentes da investida.

Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle


conjunto.

Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do


controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades
relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o
controle.

Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo conjunto


por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo
contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.

Investidor conjunto (joint venturer) é uma parte de um empreendimento


controlado em conjunto (joint venture) que tem o controle conjunto desse
empreendimento.

Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas


financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle
individual ou conjunto dessas políticas.

Comentários:

A Lei 6404/76 (Lei das S.A.s) apresenta as seguintes definições:

Art. 243 § 1º:” São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência
significativa”.

“§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou


exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional
da investida, sem controlá-la.”

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“§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20%


(vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.”

O principal conceito para definir se uma empresa é ou não coligada é a existência da “Influência
Significativa”. Se houver influência significativa, é coligada e deve ser usado o método da
equivalência patrimonial. Se não houver influência significativa e se tratar de investimento
permanente, deve ser avaliado pelo método de custo.

Devemos notar que o §5º apresenta uma presunção relativa, que admite prova em contrário.
Confira o texto do pronunciamento CPC 18 (R2):

Influência significativa

6. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de


controladas), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se
que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente
demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou
indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento
do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência
significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A
propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não
necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência significativa.

Esquematizemos:

Presume-se
20% ou mais do
influência
Capital Votante
significativa
Mantém direta ou
Investidor
indiretamente Presume-se que
Menos de 20% do NÂO tenha
Capital Votante influência
significativa

Agora, um quesito:

(Prefeitura de Belo Horizonte/Auditor/2012) A legislação vigente determina que sejam coligadas


as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa, isto é, quando a investidora
detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeiras ou operacionais da
investida, sem, contudo, controlá-la. Essa influência significativa também é presumida quando a
companhia investidora, nas mesmas condições anteriores, possuir a seguinte porcentagem do
capital votante da investida:
A) 5%

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B) 10%
C) 20 % ou mais
D) entre 5% e 10%
E) entre 10% e 20%
Comentários:
Conforme acabamos de salientar, o gabarito é letra c.

A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por um ou mais


das seguintes formas:

Influência Significativa – Evidências:


Representação no conselho de administração ou na diretoria da investida
Participação nos processos de elaboração de políticas
Participação em decisões sobre dividendos e outras participações
Operações materiais entre o investidor e a investida
Intercâmbio de diretores ou gerentes
Fornecimento de informações técnica essencial

(Colégio Pedro II/Contador/2013) De acordo com o CPC 18, item 6, a existência de influência
significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais formas, EXCETO
A) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida.
B) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos
e outras distribuições.
C) operações materiais entre o investidor e a investida.
D) intercâmbio de diretores ou gerentes.
E) sigilo de informação técnica essencial.
Comentários:
É “fornecimento de informação técnica essencial”, e não “sigilo”. O gabarito é letra e.
(Perito Criminal – Ciências Contábeis/PC/PE/2016 - adaptada) A propósito de investimento em
sociedade coligada, julgue os itens abaixo:
1) A participação de membro da investidora no conselho de administração da investida não
representa uma influência significativa.

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Comentários:
Segundo o CPC18, “A existência de influência significativa por investidor geralmente é
evidenciada por um ou mais das seguintes formas: (a) representação no conselho de administração
ou na diretoria da investida; [...].“O gabarito é errado.
2) A influência significativa da investidora sobre a investida pode ser verificada pela participação
nos processos de criação de políticas, até em decisões sobre dividendos e outras distribuições.
Comentários:
Conforme preconiza o CPC 18, a existência de influência significativa por investidor geralmente é
evidenciada por um ou mais das seguintes formas: [...] (b) participação nos processos de
elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições.
O gabarito é certo

Método da Equivalência Patrimonial

Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada e em Controlada:

Método de equivalência patrimonial

10. Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em


empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço
individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será
aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos
lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. A
participação do investidor no lucro ou prejuízo do período da investida deve ser
reconhecida no resultado do período do investidor. As distribuições recebidas da
investida reduzem o valor contábil do investimento. Ajustes no valor contábil do
investimento também são necessários pelo reconhecimento da participação
proporcional do investidor nas variações de saldo dos componentes dos outros
resultados abrangentes da investida, reconhecidos diretamente em seu
patrimônio líquido. Tais variações incluem aquelas decorrentes da reavaliação de
ativos imobilizados, quando permitida legalmente, e das diferenças de conversão
em moeda estrangeira, quando aplicável. A participação do investidor nessas
mudanças deve ser reconhecida de forma reflexa, ou seja, em outros resultados
abrangentes diretamente no patrimônio líquido do investidor (ver Pronunciamento
Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis), e não no seu
resultado.

A redação acima ficou confusa, mas o objetivo é apenas descrever o método da equivalência
patrimonial, que consta na maioria dos livros de contabilidade.

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Esquematizemos:

AUMENTA OU
INVESTIMENTO - CONTABILIZADO
DIMINUI PELO LUCRO
EQUIVALÊNCIA INICIALMENTE AO
OU PREJUÍZO DO
PATRIMONIAL CUSTO
PERÍODO

DIVIDENDOS
AJUSTES NO PL
DISTRIBUÍDOS
AFETAM O VALOR DO
DIMINUEM O
INVESTIMENTO
INVESTIMENTO

Vamos a um exemplo numérico:

A Cia ABC adquiriu em 31/12/X1 uma participação de 50% na empresa XYZ, pagando o valor de
R$ 100.000,00. Abaixo, o Balanço Patrimonial da investida em X1.

Empresa XYZ
Ativo R$ Passivo R$
Disponibilidades 40.000 Fornecedores 140.000
Clientes 60.000 Contas a pagar 60.000
Estoque 110.000 PL R$
Imobilizado 190.000 Capital Social 200.000
Total Ativo 400.000 Total Passivo + PL 400.000

• Contabilização na Investidora Cia ABC:

Pelo método de equivalência patrimonial, um investimento em coligada e em controlada (neste


caso, no balanço individual) é inicialmente reconhecido pelo custo.

D – Investimento em controladas......................100.000
C – Caixa / bancos..........................................100.000

Em 31/12/X2. a Investida apurou um lucro de R$ 40.000,00, apropriou R$ 30.000,00 como


Reservas de Lucro e destinou R$ 10.000,00 para distribuição como dividendos. Além disso, apurou
R$5.000,00 de Ajuste de Avaliação Patrimonial.

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Balanço Patrimonial da empresa XYZ em 31/12/X2;

Empresa XYZ
Ativo R$ Passivo R$
Disponibilidades 6.000 Fornecedores 355.000
Aplicações financeiras 35.000 Contas a pagar 60.000
Clientes 224.000 Dividendos a pagar 10.000
Estoque 185.000 PL R$
imobilizado 210.000 Capital Social 200.000
Reserva de lucros 30.000
Resultados abrangentes. 5.000
Total Ativo 660.000 Total Passivo + PL 660.000

• Contabilização na Investidora Cia ABC;

O valor contábil (do investimento) será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da


participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após a
aquisição. A parte do investidor no lucro ou prejuízo do período da investida é reconhecida no
lucro ou prejuízo do período do investidor.

Portanto, temos;

Lucro apurado pela investida: R$ 40.000,00


Participação da investidora: 50%
Valor da equivalência patrimonial: R$ 20.000,00

Contabilização;

D – Investimentos em controladas.......................................20.000
C – Receita de equivalência Patrimonial (resultado)...............20.000

Quanto aos dividendos:

As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento.

Dividendos propostos: R$ 10.000,00 x participação 50% = R$ 5.000,00

Contabilização na Investidora Cia ABC:

D – Dividendos a Receber............................5.000
C – Investimentos em Controladas...............5.000

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Após este lançamento contábil, o investimento estará registrado por R$115.000,00, na


contabilidade da investidora Cia ABC.

Ocorre que o PL da investida é de R$ 235.000,00, que resulta no valor de R$117.500,00 para uma
participação de 50%.

A diferença refere-se valor de Resultados Abrangentes de R$5.000,00, que aparece no PL da


Controlada Empresa XYZ.

Resultados Abrangentes: Referem-se a valores que são lançados diretamente no Patrimônio


Líquido da entidade, sem afetar o Resultado do período. Podem ser, por exemplo, Ajuste de
Avaliação Patrimonial, Ajustes Acumulados de Conversão, e outros.

Os Resultados Abrangentes são divulgados na Demonstração dos Resultados Abrangentes.

Na Equivalência Patrimonial, devem ter o seguinte tratamento;

10. (...) Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo
reconhecimento da participação proporcional do investidor nas variações de saldo
dos componentes dos outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos
diretamente em seu patrimônio líquido. Tais variações incluem aquelas
decorrentes da reavaliação de ativos imobilizados, quando permitida legalmente,
e das diferenças de conversão em moeda estrangeira, quando aplicável. A parte
do investidor nessas mudanças é reconhecida de forma reflexa, ou seja, em outros
resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido do investidor, e não no
seu resultado.

Portanto, o valor dos Resultados Abrangentes da Empresa XYZ gera o seguinte lançamento na
Investidora Cia ABC:

D – Investimentos em controladas.................2.500
C – Outros Resultados Abrangentes (PL).........2.500

Pronto. Agora, o valor do Investimento em controladas é de R$ 117.500,00, que corresponde


exatamente a 50% do PL da Controlada.

Até aqui, a única novidade é o tratamento dos Resultados Abrangentes, que, como vimos, vai
diretamente para o PL e não afeta o resultado do exercício.

As contabilizações acima ficam registradas na contabilidade da Investidora Cia ABC da seguinte


forma:

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Balanço Patrimonial
Ativo R$ Passivo R$
Caixa/bancos (100.000)
Dividendos a Receber 5.000 PL R$
Investimentos em controladas 117.500 Capital Social
Outros resultados Abrangentes 2.500

Demonstração do Resultado do Período


(...)
Receita de Equivalência Patrimonial......20.000

Demonstração do Resultado Abrangente


Outros Resultados Abrangente – equivalência Patrimonial....2.500

Conciliação da conta Investimentos em controladas:

Saldo inicial 100.000


(+) Resultado da equivalência patrimonial (40000x 50%) 20.000
(+) Outros resultados abrangentes – equiv. Pat. Controladas 500
(-) Distribuição de dividendos (10.000 x 50%) (5.000)
Saldo Final 117.500

(ISS-SP/Auditor Fiscal/2012) A empresa Alfa, sociedade anônima de capital aberto, possui 30% de
participação no capital social de uma empresa coligada (empresa Gama). Durante o exercício
financeiro de X1, a investida obteve Lucro Líquido de R$ 100.000,00, distribuiu Dividendos no
valor de R$ 20.000,00 e teve o saldo da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial aumentado em R$
10.000,00. Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1,
(A) reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000,00.
(B) manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição.
(C) teve uma variação no saldo da conta Investimento em Coligadas referente à empresa Gama
de R$ 24.000,00.
(D) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 6.000,00.
(E) teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000,00.
Comentários:

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A participação no capital social é de 30%.


Como o lucro líquido foi de R$ 100.000,00 na investida, a investidora reconhece uma receita de
equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000,00.
D – Investimentos em coligadas (ANC/Investimentos) 30.000,00
C – Receita de Equivalência Patrimonial (Resultado) 30.000,00
Quando da distribuição de dividendos, que é o valor que a empresa paga aos seus sócios, 30%
deles serão devidos à companhia Alfa, que também é sócia. Logo, os dividendos da investidora
serão de R$ 20.000,00 x 30% = R$ 6.000,00, contabilizados pelo lançamento:
D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 6.000,00
C – Investimentos em coligadas (ANC/Investimentos) 6.000,00
Por fim, tivemos um aumento na conta ajuste de avaliação patrimonial na investida. Essa conta
aumentou o patrimônio líquido da coligada. Tal fato aumenta o investimento no método da
equivalência patrimonial.
Todavia, como o ajuste de avaliação patrimonial é uma conta que ainda não pode ir para o
resultado na investida, não poderá também ir para resultado da investidora. Portanto, deste valor
não podemos reconhecer uma receita de equivalência patrimonial.
Cria-se, então, o que o CPC 18 – Investimentos em coligadas e controladas - chama de conta
reflexa, a que nominaremos “ajuste de avaliação em empresas coligadas”, conta que ficará no PL
da empresa investidora. Portanto, o lançamento será:
D – Investimentos em coligadas (ANC/Investimento) 3.000,00
C – Ajuste de avaliação patrimonial em empresa coligadas (PL) 3.000,00
Analisemos, agora, as assertivas:
(...) Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1:
(A) reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000,00.
Correto. Este é o nosso gabarito.
(B) manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição.
O item está incorreto, já que o investimento é avaliado pelo método da equivalência patrimonial.
(C) teve uma variação no saldo da conta Investimento em Coligadas referente à empresa Gama
de R$ 24.000,00.
O item está incorreto. A variação no investimento foi de R$ 30.000,00 – R$ 6.000,00 + R$ 3.000,00
= R$ 27.000,00.
(D) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 6.000,00.
O item está incorreto. No método da equivalência patrimonial não reconhecemos receita de
dividendos. A contabilização é a demonstrada acima.

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(E) teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000,00.


O item está incorreto. O PL foi aumentado pela receita de dividendos somado à conta reflexa de
ajuste de avaliação patrimonial em coligada.
O gabarito é letra a.

- TRATAMENTO DOS DIVIDENDOS

Quando a empresa distribui dividendos, o seu Patrimônio Líquido diminui. Assim, o valor do
investimento contabilizado na Investidora deve ser ajustado.

Ou seja, a distribuição por parte de dividendos para empresa avaliada pela equivalência
patrimonial diminui o valor do Investimento.

Exemplo: a Cia. A possui 100% da Cia B. A cia B tem PL de $100.000.

Investimento da Cia A = $100.000

No ano de X1, a Cia B obteve lucro líquido de $20.000 e distribuiu $5.000 como dividendos.

Contabilização na Cia A:

Pela equivalência Patrimonial:

D – Investimento (Ativo) 20.000


C – Resultado da equivalência Patrimonial (Resultado) 20.000

Pela distribuição dos dividendos:

D – Dividendos a receber (Ativo) 5.000


C – Investimento (ativo) 5.000

Valor do investimento em A: $100.000 + $20.000 - $5.000 =$115.000

Repare que o valor do investimento em A bate com o PL de B, após considerar o Lucro e a


distribuição dos dividendos.

No caso de empresa avaliada pelo valor justo ou pelo custo, os dividendos são contabilizados
como Receita, na Demonstração do Resultado.

Pela distribuição dos dividendos:

D – Dividendos a receber (Ativo) 5.000


C – Receita de dividendos (Resultado) 5.000

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Esquematizemos:

Investimento
avaliado pela Diminui o
equivalência Investimento
patrimonial
Dividendos
Investimento Receita de
avaliado pelo Valor dividendos
Justo ou pelo Custo (Resultado)

- PERDA DA CONDIÇÃO DE COLIGADA

Se o investidor deixar de ter influência significativa sobre a coligada, ou deixar de ter controle
sobre a controlada (sem que a controlada se torne coligada), então deve suspender o uso do
método da equivalência patrimonial. Nesse caso, o investimento deve ser contabilizado como
instrumento financeiro de acordo com os Requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 –
Instrumentos Financeiros; Reconhecimento e Mensuração.

Quando da perda de influência e do controle, o investidor deve mensurar ao valor justo qualquer
investimento remanescente que mantenha na ex-coligada ou ex-controlada. O valor justo será
considerado o valor do ativo, no reconhecimento inicial como ativo financeiros.

O CPC 46 – Mensuração do Valor Justo - define Valor Justo como o preço que
seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um
passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de
mensuração.

O investidor deve reconhecer no Resultado do período qualquer diferença entre:

a) O valor justo do investimento remanescente, se houver, e qualquer montante proveniente da


alienação parcial de sua participação na coligada e na controlada; e

b) O valor justo e o valor contábil do investimento na data em que foi perdida a influência
significativa ou foi perdido o controle.

Ainda no caso de perda da influência significativa ou perda do controle (sem que passe para a
categoria de coligada), o investidor deve reclassificar os resultados abrangentes reconhecidos de
forma reflexa no seu patrimônio líquido para o resultado do período.

Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada e em Controlada:

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27. A participação de grupo econômico em coligada ou em empreendimento


controlado em conjunto é dada pela soma das participações mantidas pela
controladora e suas outras controladas no investimento. As participações mantidas
por outras coligadas ou empreendimentos controlados em conjunto do grupo
devem ser ignoradas para essa finalidade. Quando a coligada ou o
empreendimento controlado em conjunto tiver investimentos em controladas, em
coligadas ou em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures), o
resultado, os outros resultados abrangentes e os ativos líquidos considerados para
aplicação do método da equivalência patrimonial devem ser aqueles reconhecidos
nas demonstrações contábeis da coligada ou do empreendimento controlado em
conjunto (incluindo a participação detida pela coligada ou pelo empreendimento
controlado em conjunto no resultado, nos outros resultados abrangentes e nos
ativos líquidos de suas coligadas e de seus empreendimentos controlados em
conjunto), após a realização dos ajustes necessários para uniformizar as práticas
contábeis (ver itens 35 a 36A). Esse mesmo procedimento deve ser aplicado à
figura da controlada no caso das demonstrações contábeis individuais. (Alterado
pela Revisão CPC 08).

Comentários:

Participação de um grupo econômico em uma coligada = soma das participações da controladora


+ controladas.

Note que as participações mantidas por outras coligadas ou empreendimentos sobre controle
conjunto são ignoradas para efeito de definir a participação do grupo.

O método da equivalência deve ser aplicado sobre o balanço final da coligada, já contemplando
eventuais participações que ela (a coligada) tenha em outras empresas.

Ainda com relação a grupos econômicos, deve ser usada a equivalência patrimonial, mesmo no
caso de participações pequenas. Por exemplo, a Investidora A possui 80% das empresas B, C e D.
Vamos supor que B possua 5% de D e C possua 6 % de D.

A participação de B e C em D, embora ínfima, deve ser avaliada pelo método da equivalência


Patrimonial, nos balanços individuais de B e C, pois são partes de um mesmo grupo empresarial.

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- LUCROS NÃO REALIZADOS

Quando uma empresa vende ativos a outra, coligada ou controlada, pode haver a ocorrência de
lucros não realizados. Considera-se realizado o lucro quando o ativo for vendido para terceiros.

Esquematizemos:

Vende Empresa B Vende Terceiros Lucro Realizado


Empresa A
Não Vende Lucro não
Empresa C
Terceiros Realizado

O lucro não realizado pode ocorrer na venda de estoque, investimento, instrumentos financeiros
de curto prazo, imobilizado ou intangível.

No caso do imobilizado, além de excluir o lucro não realizado, é necessário controlar a depreciação
referente a esse lucro inter-companhias. Mas como se trata de um processo muito trabalhoso,
dificilmente será cobrado em concurso.

A maioria das questões de lucro não realizado refere-se a venda de estoque. É neste aspecto que
você deve se atentar.

E como fazer o cálculo do chamado lucro não realizado? Parece complicado, mas é até simples.
Vamos ver?

Modelo de cálculo do Lucro nos estoques:

1 – Achamos o valor do lucro na operação.

Valor da Venda
(-) CMV
(=) Lucro na operação

2 – Encontramos o percentual que não foi vendido a terceiros e, pronto, este será o nosso lucro
não realizado.

x % Não vendido a terceiros


(=) Lucro não realizado

Portanto, fica assim:

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Valor da Venda
(-) CMV
(=) Lucro na operação
x % Não vendido a terceiros
(=) Lucro não realizado

Vamos exemplificar? Suponha que a Empresa A vendeu por R$ 700,00 estoques que custaram
R$400,00 para a sua controlada Empresa B. No encerramento do balanço, 60% destes estoques
ainda não haviam sido vendidos a terceiros.

Usando o modelo acima, temos:

Cálculo do Lucro Não Realizado


Valor da venda 700
( - ) CMV -400
Lucro na operação 300
% Não vendido a terceiros 60%
Lucro não realizado 180

E será que isso cai em prova? Sim! Vamos ver!

(Exame CFC/2018.1) A Companhia Alfa realizou a venda de produtos para sua controladora por
R$ 600.000,00, gerando um custo de venda de R$ 530.000,00. No final do exercício, remanescia
no estoque da controladora 50% das mercadorias adquiridas da controlada. O valor do ajuste
referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de:
A) R$ 17.500,00.
B) R$ 32.500,00.
C) R$ 35.000,00.
D) R$ 265.000,00.
Comentários:
Vamos seguir os passos detalhados acima:
Valor da Venda 600.000
(-) CMV (530.000)
(=) Lucro na operação 70.000
x % Não vendido a terceiros 50%
(=) Lucro não realizado 35.000
O gabarito é letra c.

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Antes de continuarmos a nossa explicação, vamos falar de um ponto que merece atenção!

Quanto ao cálculo do lucro não realizado, temos duas situações, que analisamos a seguir.

Geralmente, as questões mencionam que “A empresa X vendeu mercadoria para sua Investidora,
Empresa Y, no valor total de 12.000, com margem de lucro de 20%”.

Nesse caso, aplicamos a margem de lucro diretamente sobre o valor das vendas, para calcular o
lucro: R$ 12.000 x 20% = R$ 2.400 → Lucro da operação.

Mas, eventualmente, encontramos questões com o seguinte enunciado:

“A empresa X vendeu mercadoria para sua Investidora, Empresa Y, no valor total de 12.000, com
margem de lucro de 20% sobre o CMV”.

Nesse caso, o cálculo é o seguinte:

Venda 12.000,00 X%
CMV ? 100%
Lucro ? 20%

O que temos aqui é que:

Vendas – CMV = Lucro

Vendas – 100% CMV = 20% CMV

Notem que o lucro é 20% do CMV. Logo, Vendas = 120% do CMV

Agora, dividindo o valor das vendas por 120%, encontramos o CMV, e, portanto, o lucro:

Vendas = 120% (ou 1,2) x CMV

12.000 = 1,2 x CMV

CMV = 12.000/1,2 = 10.000

Lucro = 12.000 – 10.000 = 2.000

A seguir, uma questão:

(PM São Paulo/Auditor/2007/Adaptada) A Cia. Vértice vendeu mercadorias à sua controladora no


valor de R$ 250.000,00, obtendo um lucro de 25% sobre o preço de custo. No final do exercício,
a investidora mantinha em estoque 20% do referido lote, tendo vendido o restante a terceiros
obtendo um lucro de R$ 150.000,00. A controladora possui 60% das ações da investida. Na

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apuração do Balanço Patrimonial consolidado, o montante do lucro não-realizado nessas


transações, a ser deduzido do valor dos estoques da controlada, correspondeu a, em R$:
A) 6.000,00
B) 7.500,00
C) 8.000,00
D) 10.000,00
E) 12.500,00
Comentários:
A primeira informação importante: o valor da venda foi de R$ 250.000,00, com lucro de 25% sobre
o preço de custo. Portanto:
Venda 250.000,00 X%
CMV ? 100%
Lucro ? 25%
Resolvendo, temos:
Vendas – CMV = Lucro
Vendas – 100% CMV = 25% CMV
Vendas = 125% CMV
250.000 = 1,25 CMV
CMV = 250.000/1,25 = 200.000,00
Logo, Lucro na operação: 250.000 – 200.000 = 50.000
No final do exercício, a investidora mantinha em estoque 20% do referido lote.
Agora, é só usar a tabela:
Cálculo do Lucro Não Realizado
Valor da venda 250.000,00
( - ) CMV -200.000,00
Lucro na operação 50.000,00
% Não vendido a terceiros 20%
Lucro não realizado 10.000,00
O gabarito é letra d.

Observação:

“Vendeu estoques com margem de x%”: Calcule diretamente: Valor da venda x margem.

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“Vendeu estoques com margem de x% sobre o custo”: Use o esquema que detalhamos acima.

E, professores, pode dificultar ainda mais? Sim! Como? Se houver alíquota do Imposto de Renda!

No caso da questão mencionar a alíquota do Imposto de Renda, devemos levar em consideração


para calcular o lucro não realizado. O lucro não realizado é considerado o resultado líquido dos
tributos.

Vejamos um exemplo.

A Cia A tem 100% da Cia B. A Cia B vendeu mercadorias para a Cia A com lucro de R$ 100.000,
sendo que toda a mercadoria ainda estava no estoque da Cia A. A alíquota do IR é de 34%.

O lucro não realizado para efeito da equivalência patrimonial é calculado assim:

R$ 100.000 x 34% = $ 34.000 (Tributo sobre o lucro).

R$ 100.000 - $34.000 = $ 64.000 = Valor do Lucro não realizado.

Vejamos como caiu em prova:

(SEFAZ-GO/Auditor Fiscal/2018) Em 31/12/2016, a Cia. Brasileira adquiriu, à vista, 40% das ações
da Cia. Francesa. O valor pago pela aquisição foi R$ 7.000.000,00 e a Cia. Brasileira passou a ter
influência significativa na administração.
Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Francesa era R$ 10.000.000,00 e o
valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis era R$ 15.000.000,00, sendo esta diferença
decorrente da avaliação a valor justo de um ativo intangível com vida útil indefinida que a Cia.
Francesa detinha.
No período de 01/01/2017 a 31/12/2017, a Cia. Francesa apurou lucro líquido de R$ 500.000,00.
Sabe-se que, em 2017, a Cia. Francesa realizou uma venda no valor de R$ 100.000,00 para a Cia.
Brasileira com margem de lucro de 50% sobre as vendas, e estas mercadorias adquiridas da Cia.
Francesa ainda estão no estoque da Cia. Brasileira. A alíquota de imposto de renda para a Cia.
Francesa é 34% e esta distribuiu dividendos totais no valor de R$ 150.000,00.
O impacto reconhecido na Demonstração do Resultado individual de 2017 da Cia. Brasileira,
referente ao investimento na Cia. Francesa, foi, em reais,
(A) 167.000,00.
(B) 126.800,00.
(C) 120.000,00.
(D) 180.000,00.
(E) 186.800,00.

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Comentários:
Vamos começar a interpretar o enunciado:
No primeiro parágrafo, as informações são as seguintes:
40%

Brasileira Francesa

Valor pago 7.000.000


Influência (Coligada)
O segundo parágrafo não serve para a resolução desta questão. E no terceiro temos o seguinte:
Venda da Francesa para Brasileira - Cálculo
do Lucro Não Realizado
Valor da venda 100.000,00
( - ) CMV -50.000,00
Lucro na operação 50.000,00
% Não vendido a terceiros 100%
Lucro não realizado 50.000,00
( - ) IR (34%) 17.000,00
Total Lucro não realizado 33.000,00
E, depois, como calcular o Resultado de Equivalência Patrimonial, que é o que vai para o
resultado?
Temos que pegar o lucro da investida, tirar o lucro não realizado, e, depois, aplicar o percentual
que temos de investimento.
Lucro base para MEP = R$ 500.000 - R$ 33.000 = R$ 467.000
Equivalência patrimonial = R$ 467.000 x 40% = R$ 186.800
Valor que vai para o resultado, portanto, R$ 186.800,00.
ATENÇÃO! Vejam que para achar o resultado de equivalência patrimonial, temos que tirar o lucro
não realizado antes de aplicar o percentual que temos de investimento.
Parece difícil, mas, se você ler mais uma vez, irá entender perfeitamente.
Gabarito→E

Vamos continuar...

O lucro não realizado está previsto no CPC 18 – Investimentos em Coligadas e Controladas.


Segundo citada norma, há dois tipos de transações que geram lucro não realizado: transações
ascendentes (upstream) e descendentes (downstream).

- Transações ascendentes = Upstream = a investida vende para a investidora.

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- Transações descendentes = Downstream = a investidora vende para a investida.

Esquematizemos:

Ascendentes Investida Para


(Upstream) Investidora

Transação

Descendentes Investidora Para


(Downstream) Investida

Pelo Pronunciamento, os lucros não realizados nas transações, seja de venda da investida para a
investidora, seja de venda da investidora para a investida, são eliminados para o cálculo do valor
do investimento no balanço individual da investidora, através do Método da Equivalência
Patrimonial.

Assim, anote que as transações downstream e upstream são ajustadas. Anteriormente, apenas os
lucros não realizados decorrentes de venda da investida para a investidora eram eliminados.

Como essa alteração é importante, vamos explicar melhor.

Quando a investida vende ativos com lucro para a investidora, o lucro fica contabilizado no PL da
investida, o qual vai servir de base para o cálculo da equivalência patrimonial. Portanto, o PL da
investida era ajustado, diminuindo-se os lucros não realizados. Não há sentido em deixar o lucro
da operação entre companhias no cálculo, pois poderia servir apenas para inflar os resultados, por
isso a eliminação.

Mas, no caso de venda de investidora para a investida, o lucro fica no PL da investidora. Não há
efeito no PL ou no resultado da investida, que será a base para a equivalência patrimonial. Estes
resultados não realizados não eram ajustados no balanço individual da investidora. Agora, com as
alterações da contabilidade, devem ser ajustados.

A justificativa técnica é que, no caso de venda de ativo com lucro da investidora para a investida,
a não eliminação dos lucros não realizados distorce o valor das demonstrações individuais da
investidora.

Com efeito, sem tal eliminação, o balanço da investidora estará demonstrando lucros não
realizados, que ainda estão no estoque da investida. Deve ser considerado realizado apenas o
resultado referente à participação de terceiros; o lucro referente à participação da investidora
deve ser ajustado.

Observem uma questão:

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(Auditor/ICMS SC/2010) Quanto às relações comerciais entre a controladora e a controlada, pode-


se afirmar:
a. Os lucros não realizados decorrentes das vendas da controlada para a controladora são
excluídos apenas na consolidação.
b. Os lucros não realizados decorrentes das vendas da controladora para a controlada são
excluídos apenas na consolidação.
c. Os lucros não realizados decorrentes das vendas da controladora para a controlada e da
controlada para a controladora são excluídos quando da aplicação do método da equivalência
patrimonial.
d. Os lucros não realizados decorrentes das vendas da controladora para a controlada são
excluídos apenas quando da aplicação do método da equivalência patrimonial.
e. De acordo com a lei 11.638, os lucros não realizados, tanto decorrentes das vendas da
controladora para a controlada, quanto da controlada para a controladora, não são mais excluídos.
Comentários:
O gabarito oficial foi a letra B. De fato, os lucros não realizados decorrentes das vendas da
controladora para a controlada eram excluídos apenas na consolidação, e não afetavam a
equivalência patrimonial. Esse procedimento mudou. Atualmente tais lucros são excluídos para
efeito de equivalência patrimonial. Portanto, a resposta correta seria a letra C.

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RESUMO DAS ALTERAÇÕES:

a) Devem ser eliminados os lucros não realizados resultante de venda da coligada para a
investidora ou da investidora para a coligada, para o método da equivalência patrimonial.

b) Deve ser eliminado apenas o lucro referente à participação da empresa investidora; o lucro
referente à participação de terceiros é considerado realizado.

c) Venda da investidora para a coligada:

O lucro não realizado é eliminado na linha de resultado de equivalência patrimonial:

Resultado da equivalência patrimonial 500.000


(-) Lucro não realizado em operações com coligadas (50.000)

Observação:

No balanço de publicação, normalmente o investimento fica demonstrado já pelo líquido:

D – Investimento em coligadas- Equiv. Patrimonial 450.000

Mas deve ser controlado em subcontas o valor do investimento ajustado pela equivalência
patrimonial e o valor do ajuste dos lucros não realizados:

D – Investimento em coligadas- Equiv. Patrimonial 500.000


C - Lucro não realizado em operações com coligadas (50.000) 450.000

d) Venda da coligada para a investidora: o lucro não realizado é deduzido da equivalência


patrimonial.

e) No balanço individual:

Da controladora → Elimina os resultados não realizados

Da controlada → Reconhece (contabiliza) os resultados não realizados

Mas, professores, e se tivermos prejuízos não realizados? Como fica?

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Prejuízos Não Realizados

Antes, os prejuízos não realizados não eram ajustados, para efeito da equivalência patrimonial.

Atualmente, deve ser verificado se há indícios de perda por recuperabilidade, para definir se os
prejuízos não realizados serão eliminados ou não.

Explicando melhor:

Uma empresa pode ter uma máquina contabilizada pelo valor líquido de $ 20.000, que vale, no
mercado, $ 15.000. 1

Se o valor de uso de tal máquina (ou seja, o que ela vai gerar de caixa futuro trazido a valor
presente) for inferior a $ 15.000, a empresa já deveria ter reconhecido uma perda por impairment
no valor de $ 5.000.

Portanto, se vendê-la para uma empresa do próprio grupo pelo valor de mercado ($ 15.000),
reconhece um prejuízo que já deveria ter sido reconhecido anteriormente.

Dessa forma, não há prejuízo não realizado. A diferença entre o valor contábil e o valor de mercado
já deveria ter sido reconhecido; se a venda fosse realizada pelo valor contábil ($ 20.000), a
compradora iria reconhecer uma perda por impairment assim que realizasse o primeiro teste de
recuperabilidade.

Mas vamos supor que o valor de uso da máquina fosse de $ 30.000. Nesse caso, não haveria perda
por impairment e o prejuízo não realizado apurado na venda deve ser eliminado, para cálculo da
equivalência patrimonial.

Para o grupo, não há impairment ou perda, apenas a transferência da máquina “de um bolso para
o outro”.

O valor do resultado não realizado já deve estar líquido dos tributos incidentes sobre o lucro, vale
dizer, imposto de renda e contribuição social.

Vamos analisar os pontos acima através de alguns exemplos:

1) A Investidora A vendeu para a sua coligada B estoques com lucro de 10.000, os quais não
foram vendidos a terceiros. O lucro total da coligada B foi de 100.000, e a participação da
Investidora A é de 40%.

1 O exemplo acima foi baseado no “Manual de Contabilidade Societária”, Fipecafi, Sérgio de Iudícibus e outros, Editora Atlas,

1ª. Edição.

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Calcule o valor da equivalência patrimonial e indique a sua contabilização.

Obs.: para efeito didático, desconsidere qualquer tributo.

Equivalência Patrimonial:

Cálculo:

Lucro Total B 100.000


(-) Lucro não realizado -10.000
Subtotal 90.000
(x) Participação A 40% x 40%
(=) Valor da equivalência 36.000

Outra forma de cálculo:

Lucro Total B 100.000


(x) Participação A 40% x 40%
Subtotal 40.000
(-) Parte de A nos lucros não realizados (10000 x 40%) - 4.000
(=) Valor da equivalência 36.000

Contabilização no balanço individual da Investidora:

D – Investimentos em Coligadas - Equivalência Patrimonial (Ativo) 40.000


C – Investimentos em Coligadas – Lucro a apropriar (Retificadora) (4.000)
C - Resultado de equivalência patrimonial (Resultado) 40.000
D - Lucro não realizado em operações com coligadas (Resultado) (4.000)

Na operação de venda da investidora para a investida acima, foi considerado lucro não realizado
apenas a participação da Investidora A (10.000 x 40% = 4.000), conforme o item 49 do ICPC 09.

Na contabilização do lucro não realizado (4.000), retificamos (reduzimos) a receita de equivalência


patrimonial, com contrapartida a crédito de Investimento, conforme os itens 51 e 52 do ICPC 09.

2) A coligada B vendeu para a sua investidora A estoques com lucro de 10.000, os quais não foram
vendidos a terceiros. O lucro total da coligada B foi de 100.000, e a participação da Investidora A
é de 40%. Calcule o valor da equivalência patrimonial e indique a sua contabilização. (Obs.: para
efeito didático, desconsidere qualquer tributo).

Cálculo: idênticos aos apresentados no exemplo 1.

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Aqui, só vai mudar a contabilização.

A investida já calcula o valor da equivalência patrimonial líquido dos lucros não realizados:

D – Investimentos em coligadas - equivalência patrimonial (Ativo) 36.000


C - Resultado de equivalência patrimonial (Resultado) 36.000

3) Os exemplos acima foram para empresas coligadas! E para controladoras e controladas?

Vamos ver, abaixo, como fica a equivalência patrimonial no caso de lucros não realizados em
operações com controladas:

No caso de resultado não realizado entre empresas controladas, temos:

a) Devem ser eliminados os resultados não realizados tanto das vendas da controlada para a
controladora, como das vendas da controladora para a controlada.

b) Não eliminamos só o valor referente à participação da controladora; devem ser eliminados cem
por cento do valor do lucro não realizado. E aqui temos uma diferença das operações de
coligação, em que eliminamos somente o percentual de participação no investimento.

Esquematizemos:

Elimina somente
Coligação % do
investimento
Operação
Elimina 100% do
Controle lucro não
realizado

c) Nas demonstrações consolidadas, o valor que exceder a participação da controladora é


reconhecido como participação de minoritários (não controladores).

Exemplos:

4) A Controlada B vendeu para a sua controladora A estoques com lucro de 10.000, os quais não
foram vendidos a terceiros. O lucro total da Controlada B foi de 100.000, e a participação da
Controladora A é de 70%.

Calcule o valor da equivalência patrimonial e indique a sua contabilização.

(Obs.: para efeito didático, desconsidere qualquer tributo).

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Nesse caso, a controladora informa para a controlada que não vendeu esses estoques.

A controlada deve retirar o valor não realizado do seu resultado e contabilizá-lo no passivo não
circulante, em conta de Lucro a Apropriar.

Dessa forma, o resultado da controladora já estará sem os lucros não realizados, o que irá ajustar
o valor da equivalência patrimonial. A controladora não precisa de nenhum lançamento de ajuste,
em seu balanço individual.

Cálculo:

Lucro B 100.000
(x) Participação A 70% x 70%
Subtotal 70.000
(-) 100% do lucro não realizado -10.000
(=) Valor da equivalência 60.000

Contabilização na controlada B:

Pela eliminação dos lucros não realizados:

D – Lucros não Realizados (Resultado) 10.000


C – Lucros a apropriar (Passivo não Circulante) 10.000

Lançamento na Controladora A:

Pela equivalência patrimonial:

D – Investimentos – controlada B (Ativo) 60.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial (Resultado) 60.000

5) A Controladora A vendeu para a sua controlada B estoques com lucro de 10.000, os quais não
foram vendidos a terceiros. O lucro total da coligada B foi de 100.000, e a participação da
Controladora A é de 70%.

Calcule o valor da equivalência patrimonial e indique a sua contabilização.

Obs.: para efeito didático, desconsidere qualquer tributo.

Equivalência Patrimonial:

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Lucro B 100.000
(x) Participação A 70% x 70%
Subtotal 70.000
(-) 100% do lucro não realizado -10.000
(=) Valor da equivalência 60.000

Compare esse cálculo com os exemplos anteriores, para vendas entre empresas coligadas.

A diferença de tratamento é justificada pelo fato de que, nas vendas a coligadas, a transação
ocorre, na maior parte, com terceiros. Portanto, ajustamos apenas a participação da investidora.

Mas, nas transações entre empresas controladas, o que ocorre é uma venda da empresa para ela
mesma. Portanto, ajustamos 100% do lucro não realizado, mesmo que a participação da
controladora seja menor.

Conforme o “Manual de Contabilidade Societária”, de Sérgio de Iudícibus e outros, 1ª Edição,


Editora Atlas, pg. 185:

O procedimento contábil, nesse caso, é o seguinte: a controladora debita seu


resultado para eliminar o lucro na transação, e credita uma conta retificadora de
investimento (equivalência patrimonial) que assim permanece até a realização final
do resultado mediante venda efetiva do ativo para terceiros. Poderia, também, na
controladora, a conta de lucro diferido ficar no passivo não circulante, tal qual na
controlada quando é esta que efetua a venda, mas as normas internacionais
preferem a alternativa de reduzir o valor da equivalência patrimonial sobre a
controlada. Essa preferência está baseada no fato de se entender que é como se,
ao vender com “lucro” para a controlada, e esta não houver ainda vendido para
terceiros, estivesse a controladora na realidade recebendo de volta uma parte de
seu investimento na controlada.

A contabilização completa no balanço individual da controladora fica assim:

Pela equivalência patrimonial:

D – Investimento em controladas (ativo) 70.000


C – Resultado da equivalência patrimonial (resultado) 70.000

Pela eliminação dos lucros não realizados:

D – Lucros não realizados (Resultado) 10.000


C – Lucros a apropriar (Retificadora de inv. – ativo) 10.000

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A conta “Lucros a Apropriar” fica, na Controladora, como redutora da equivalência patrimonial.


E, conforme a controlada venda os ativos para terceiros, a controladora vai transferindo tal valor
para resultado. Por exemplo, se no mês seguinte a controlada já vendeu metade do estoque para
terceiros, a controladora efetua o seguinte lançamento:

D – Lucros a apropriar (Retificadora de investimentos – ativo) 5.000


C – Lucros não realizados (Resultado) 5.000

Atenção: Houve uma alteração na Interpretação ICPC 09 (R2) - Demonstrações Contábeis


Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de
Equivalência Patrimonial – que indica que o lucro não realizado entre controladas passa a ser
ajustado pela participação, e não mais em 100%.

As bancas ainda não “descobriram” essa alteração. Portanto, para concurso, devemos verificar se
==a81bb==

a banca ainda segue o procedimento anterior (ajusta 100% do lucro não realizado entre
controladas) ou o novo procedimento (ajusta só o percentual de participação, mesmo entre
controladas).

(Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016) Os lucros não realizados entre controlada e


controladora não afetam o resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela investidora.
Comentários:
Errado. Os lucros não realizados devem ser eliminados, e, portanto, afetam o resultado da
Equivalência Patrimonial.
(TCM SP/Contador/2015) A Cia. Industrial Iota tem uma participação de 25% no capital social da
Comercial Kapa S.A., que é composto exclusivamente por ações ordinárias. Os demais
investidores da Comercial Kapa S.A. são independentes do grupo econômico ao qual a Cia.
Industrial Iota pertence. Em 30/11/x1, a Cia. Industrial Iota vendeu produtos à Comercial Kapa
S.A. por um total de R$1.000.000.
Esses produtos tiveram um custo para a Cia. Industrial Iota de R$800.000. Até 31/12/x1, a
Comercial Kapa S.A. havia vendido metade desses produtos a clientes que não eram partes
relacionadas nem dela nem da Cia. Industrial Iota.
Sabendo que essas transações não são tributadas, que não houve outras operações entre ambas
as companhias durante x1, e que ao final desse exercício a Comercial Kapa S.A. obteve um lucro
líquido de R$1.200.000, o efeito líquido no resultado da Cia. Industrial Iota de sua participação
nos resultados de x1 da Comercial Kapa S.A. será de:

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(A) R$100.000;
(B) R$200.000;
(C) R$250.000;
(D) R$275.000;
(E) R$300.000.
Comentários:
Vamos calcular o lucro retido nos estoques:
Venda 1.000.000
Custo dos produtos vendidos (800.000)
Lucro na operação 200.000
Como metade dos produtos foram vendidos para terceiros, o lucro retido nos estoques é de R$
200.000/2 = R$ 100.000.
Agora, a participação nos resultados.
Antes, devemos lembrar que a regra para o cálculo da equivalência patrimonial, quando houver
lucros retidos no estoque, é a seguinte:
Entre coligadas:
Diminui apenas a participação da investidora.
Nesta questão, apenas 25% do lucro não realizado ou lucro retido será abatido do cálculo da
equivalência patrimonial.
No caso de controlada:
Diminui 100% do valor do lucro não realizado, ainda que a participação da controladora seja menor
que 100%.
Por exemplo, no caso de uma controladora com 60% de participação, devemos abater 100% do
lucro não realizado, para o cálculo da equivalência patrimonial.
Agora, vamos matar a nossa questão.
Cálculo do lucro retido no estoque:
Total lucro não realizado R$ 100.000 x Participação 25% = R$ 25.000
Equivalência patrimonial:
Lucro líquido 1.200.000
x Participação 25%
= Subtotal 300.000
(-) Lucro não realizado (25.000)
Resultado 275.000

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O gabarito é letra d.
(Analista/ANS/2013) Da equivalência patrimonial aplicada aos investimentos, devem ser excluídos
os lucros não realizados provenientes de transações efetuadas, por exemplo, pela coligada para
seu investidor. Identifique, nas alternativas abaixo disponibilizadas, como essa exclusão se
processa.
a) Exclui-se o valor apurado, na aplicação do percentual de participação na coligada, no valor do
lucro não realizado.
b) São abatidos diretos na equivalência patrimonial apurada, 100% dos lucros não realizados.
c) 50% do lucro não realizado são excluídos depois do cálculo da equivalência patrimonial.
d) O lucro não realizado figurará a crédito da conta de receitas diferidas no passivo do investidor.
e) Nas transações entre coligadas e investidor, não se exclui o valor dos lucros não realizados.
Comentários:
Como já dissemos:
Devemos lembrar que a regra para o cálculo da equivalência patrimonial, quando houver lucros
retidos no estoque, é a seguinte:
Entre coligadas:
Diminui apenas a participação da investidora.
Nesta questão, apenas 25% do lucro não realizado ou lucro retido será abatido do cálculo da
equivalência patrimonial.
No caso de controlada:
Diminui 100% do valor do lucro não realizado, ainda que a participação da controladora seja menor
que 100%.
Por exemplo, no caso de uma controladora com 60% de participação, devemos abater 100% do
lucro não realizado, para o cálculo da equivalência patrimonial.
O gabarito é letra a.
(Exame CFC/2011) Uma determinada sociedade empresária vendeu mercadorias para sua
controladora por R$ 300.000,00, auferindo um lucro de R$ 50.000,00. No final do exercício,
remanescia no estoque da controladora 50% das mercadorias adquiridas da controlada. O valor
do ajuste referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de:
a) R$ 25.000,00.
b) R$ 50.000,00.
c) R$ 150.000,00.
d) R$ 300.000,00.
Comentários:

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Cálculo do Lucro Não Realizado


Valor da venda 300.000,00
( - ) CMV -250.000,00
Lucro na operação 50.000,00
% Não vendido a terceiros 50%
Lucro não realizado 25.000,00
O gabarito é letra a.
(Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia. Crepúsculo.
Em dezembro de 2007, foram levantadas as seguintes informações sobre a empresa investida:
Cia. Crepúsculo
Venda de Estoques para Controladora em 2007 R$ 10.000.000,00
Custo de Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido nesse tipo de operação R$ 6.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2006 R$ 100.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2007 R$ 100.600.000,00

Se ao final de 2007, o controle de estoque da Cia. Solar acusa a existência de um saldo de 10%
nos estoques adquiridos da investida, no processo de consolidação de balanço deve ser
(A) registrado um débito de R$ 400.000,00 em estoques.
(B) reconhecido um lucro não realizado nos estoques de R$ 400.000,00.
(C) lançado um crédito de R$ 1.000.000,00 em estoques.
(D) contabilizado um débito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL.
(E) contabilizado um crédito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL.
Comentários:
Calculemos o lucro não realizado:
Valor da Venda 10.000.000
(-) CMV (6.000.000)
(=) Lucro na operação 4.000.000
x % não vendido a terceiros x 10 %
(=) Lucro não realizado 400.000
O gabarito é letra b.
(Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) No balanço de 2007, o ativo da Cia. Solar evidencia um
saldo de R$ 80.000.000,00 na conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo. Com base nos
dados informados, a investidora deve registrar:
(A) R$ 480.000,00 a débito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo.
(B) R$ 480.000,00 a débito de conta de Resultado de Equivalência Patrimonial.
(C) R$ 80.000,00 a débito de conta de Resultado Não-Operacional.
(D) R$ 80.000,00 a crédito da conta Resultado de Equivalência Patrimonial.
(E) R$ 80.000,00 a crédito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo.

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Comentários:
PL em 2007: R$ 100.600.000,00 x 80% = R$ 80.480.000,00.
Dele, abatemos o lucro não realizado de R$ 400.000,00.
Portanto, ficamos com R$ 80.080.000,00, significando que tivemos um ganho de equivalência de
R$ 80.000,00, reconhecido pelo lançamento:
D - Investimentos Permanentes 80.000,00
C – Receita de Equivalência Patrimonial 80.000,00
O gabarito é letra d.
(Analista/MPE MA/2013/Adaptada) A Cia. ABC detém 80% do capital total da Cia. XYZ. No
decorrer do exercício de 2011, a empresa investida vende para a sua controladora estoques de
mercadorias no valor de R$ 100.000, obtendo uma margem de lucro de 50% nessa operação. Ao
final do período, a controladora informa que havia repassado a terceiros por R$ 200.000, parte
destes estoques, mantendo ainda em seus ativos R$ 20.000 relativos a essa aquisição.
No processo de elaboração das demonstrações consolidadas, o responsável pelos registros do
consolidado, ao elaborar seus papeis de trabalho, deve
a) eliminar um total de R$ 130.000 do Custo das Mercadorias Vendidas
b) lançar um débito de R$ 80.000 na conta de Receita de Vendas.
c) estornar o valor de R$ 50.000 em conta do Patrimônio Líquido.
d) contabilizar na apuração do Resultado um lucro não realizado de R$ 10.000.
e) reconhecer um crédito de R$ 20.000 na conta de Estoque de Mercadorias.
Comentários:
Cálculo do Lucro Não Realizado
Valor da venda 100.000,00
( - ) CMV -50.000,00
Lucro na operação 50.000,00
% Não vendido a terceiros 20%
Lucro não realizado 10.000,00
O gabarito é letra d.
(Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2013) A Cia. Global (controladora) possui 100% das ações da
Cia. Marítima (controlada). No exercício de 2012, a Cia. Marítima vendeu produtos de sua
industrialização para a controladora por R$ 480.000,00, obtendo um lucro de 20% sobre o custo
das mercadorias vendidas. A Cia. Global vendeu para terceiros 80% do lote comprado, no mesmo
exercício, por R$ 441.600,00. A parcela de lucros não realizados, remanescente nos estoques da
controladora, a ser eliminada na consolidação das Demonstrações Financeiras do grupo,
referentes ao exercício social de 2012 é, em R$,
a) 7.680,00.

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b) 96.000,00.
c) 19.500,00.
d) 80.000,00.
e) 16.000,00.
Comentários:
Vejam que aqui o lucro foi sobre o custo. Vamos lembrar o que falamos no início.
Lucro = Venda – Custo
Lucro = 0,2 Custo
0,2 Custo = Venda – Custo
Venda = 1,2 Custo
480.000 = 1,2 Custo
Custo = 400.000
Cálculo do Lucro Não Realizado
Valor da venda 480.000,00
( - ) CMV -400.000,00
Lucro na operação 80.000,00
% Não vendido a terceiros 20%
Lucro não realizado 16.000,00
Aqui temos que ter aquele cuidado! Como se trata de controlada, devemos ajustar 100% do lucro
não realizado. Gabarito, portanto, letra e (16.000).

35 e Lucian
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Demonstrações Contábeis para Aplicação do Método da


Equivalência Patrimonial.

Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) – Investimento em Controladas e Coligadas:

33. Deve ser utilizada a demonstração contábil mais recente da coligada, da


controlada ou do empreendimento controlado em conjunto para aplicação do
método da equivalência patrimonial. Quando o término do exercício social do
investidor for diferente daquele da investida, esta deve elaborar, para utilização
por parte do investidor, demonstrações contábeis na mesma data das
demonstrações do investidor, a menos que isso seja impraticável.

34. De acordo com o disposto no item 33, quando as demonstrações contábeis


da investida utilizadas para aplicação do método da equivalência patrimonial
forem de data diferente da data usada pelo investidor, ajustes pertinentes devem
ser feitos em decorrência dos efeitos de transações e eventos significativos que
ocorrerem entre aquela data e a data das demonstrações contábeis do investidor.
Independentemente disso, a defasagem máxima entre as datas de encerramento
das demonstrações da investida e do investidor não deve ser superior a dois
meses. A duração dos períodos abrangidos nas demonstrações contábeis e
qualquer diferença entre as respectivas datas de encerramento devem ser as
mesmas de um período para outro.

35. As demonstrações contábeis do investidor devem ser elaboradas utilizando


práticas contábeis uniformes para eventos e transações de mesma natureza em
circunstâncias semelhantes.

36. Exceto pelo descrito no item 36A, se a investida utilizar práticas contábeis
diferentes daquelas adotadas pelo investidor em eventos e transações de mesma
natureza em circunstâncias semelhantes, devem ser efetuados ajustes necessários
para adequar as demonstrações contábeis da investida às práticas contábeis do
investidor quando da utilização destas para aplicação do método da equivalência
patrimonial. (Alterado pela Revisão CPC 08)

36A. Sem prejuízo do disposto no item 36, se a entidade, que não é por si mesma
entidade de investimento, tem participação em coligada ou em empreendimento
controlado em conjunto, que é entidade de investimento, a entidade pode, na
aplicação do método da equivalência patrimonial, manter a mensuração ao valor
justo aplicada pela coligada ou pelo empreendimento controlado em conjunto em
suas controladas. (Incluído pela Revisão CPC 08).

Comentários:

36 e Lucian
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Os pontos principais são:

---- As demonstrações da coligada/controlada devem ser da mesma data que da investidora,


sendo aceitável uma defasagem de 2 meses (60 dias). Nesse caso, serão feitos ajustes, se
necessário, em decorrência de eventos relevantes entre o fechamento das demonstrações
contábeis e a data da aplicação da equivalência patrimonial.

--- As demonstrações devem ser elaboradas com as mesmas políticas e critérios contábeis.

--- A duração dos períodos abrangidos nas demonstrações contábeis deve ser igual. Ou seja, as
demonstrações da investidora podem ser, por exemplo, de janeiro a dezembro de X1 e as da
coligada de novembro / X0 a outubro / X1, mas ambas devem ter a mesma duração (no caso, 12
meses). Não seria aceitável que a investida apresentasse demonstrações abrangendo o período
de novembro/X0 a dezembro / X1 (14 meses).

Esquematizemos:

deve usar a
Investimento - é aceitável uma
demonstração
equivalência defasagem de 2
contábil mais
patrimonial meses.
recente.

a duração dos devem ser elaboradas


períodos abangidos com as mesmas políticas
deve ser igual. e critérios contabeis.

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Equivalência Patrimonial dos Prejuízos Apurados pela Coligada/


Controlada

Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) – Investimento em Controladas e Coligadas:

38. Quando a participação do investidor nos prejuízos do período da coligada ou


do empreendimento controlado em conjunto se igualar ou exceder o saldo contábil
de sua participação na investida, o investidor deve descontinuar o reconhecimento
de sua participação em perdas futuras. A participação na investida deve ser o valor
contábil do investimento nessa investida, avaliado pelo método da equivalência
patrimonial, juntamente com alguma participação de longo prazo que, em essência,
constitui parte do investimento líquido total do investidor na investida. Por
exemplo, um componente, cuja liquidação não está planejada, nem tampouco é
provável que ocorra num futuro previsível, é, em essência, uma extensão do
investimento da entidade naquela investida. Tais componentes podem incluir ações
preferenciais, bem como recebíveis ou empréstimos de longo prazo, porém não
incluem componentes como recebíveis ou exigíveis de natureza comercial ou
quaisquer recebíveis de longo prazo para os quais existam garantias adequadas,
tais como empréstimos garantidos. O prejuízo reconhecido pelo método da
equivalência patrimonial que exceda o investimento em ações ordinárias do
investidor deve ser aplicado aos demais componentes que constituem a
participação do investidor na investida em ordem inversa de interesse residual -
seniority (isto é prioridade na liquidação).

39. Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas
adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente na
extensão em que o investidor tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas
(não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da investida. Se a investida
subsequentemente apurar lucros, o investidor deve retomar o reconhecimento de
sua participação nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe cabe
nesses lucros posteriores se igualar à sua participação nas perdas não reconhecidas.

39A. O disposto nos itens 38 e 39 não é aplicável a investimento em controlada no


balanço individual da controladora, devendo ser observada a prática contábil que
produzir o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido para a
controladora que são obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo
econômico, para atendimento ao requerido quanto aos atributos de relevância e de
representação fidedigna (o que já inclui a primazia da essência sobre a forma),
conforme dispõem o Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro e o Pronunciamento
Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.

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Comentários:

COLIGADAS: Os prejuízos na coligada devem parar de ser reconhecidos pela investidora, quando
o valor da sua participação chegar a zero, a não ser que haja obrigação legal ou construtiva
(obrigação não formalizada) de fazer pagamentos pela coligada.

Vamos a um exemplo numérico, para facilitar o entendimento:

A Cia ABC adquiriu em 31/12/X1 uma participação de 40% na empresa XYZ, pagando o valor de
R$ 80.000,00. Abaixo, o Balanço Patrimonial da investida em X1.

Empresa XYZ em 31/12/X1


Ativo R$ Passivo R$
Disponibilidades 40.000 Fornecedores 140.000
Clientes 60.000 Contas a pagar 60.000
Estoque 110.000
imobilizado 190.000 PL R$
Capital Social 200.000
Total Ativo 400.000 Total Passivo + PL 400.000

Contabilização na Investidora Cia ABC:

D – Investimento em coligadas.....................80.000
C – Disponibilidades.....................................80.000

Durante o ano de X2, a Empresa XYZ apurou prejuízos de 300.000. Abaixo, o seu balanço em
31/12/X2:

Empresa XYZ em 31/12/X2


Ativo R$ Passivo R$
Disponibilidades 40.000 Fornecedores 240.000
Clientes 10.000 Contas a pagar 160.000
Estoque 60.000 PL R$
imobilizado 190.000 Capital Social 200.000
Prejuízos acumulados -300.000
Total Ativo 300.000 Total Passivo + PL 300.000

Cálculo da equivalência patrimonial para a Investidora Cia ABC:

Prejuízo do período da XYZ: (300.000)


(x) participação da Cia ABC (40%): x 40%
(=) valor da equivalência patrimonial: (120.000)

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Ocorre que o valor da participação da investidora é de $80.000. Assim, reconhecemos o prejuízo


apurada na investida apenas até esse valor, zerando o investimento da Cia ABC:

Contabilização da equivalência patrimonial na Cia ABC:

D – Resultado (perda) com equivalência patrimonial 80.000


C – Investimento em coligadas: 80.000

Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) – Investimento em Coligadas e em Controladas:

38 (...) A participação na investida deve ser o valor contábil do investimento nessa


investida, avaliado pelo método da equivalência patrimonial, juntamente com
alguma participação de longo prazo que, em essência, constitui parte do
investimento líquido total do investidor na investida. Por exemplo, um
componente, cuja liquidação não está planejada, nem tampouco é provável que
ocorra num futuro previsível, é, em essência, uma extensão do investimento da
entidade naquela investida.

A situação descrita acima pode ser exemplificada da seguinte forma:

Uma empresa brasileira possui participação numa coligada. Em determinado momento, a


coligadas está precisando de dinheiro para continuar suas operações e a investidora opta por
realizar um empréstimo, ao invés de subscrever capital. Pois bem. Se não houver previsão de
liquidação do empréstimo (será pago quando e se a investida puder), tal empréstimo é tratado
como parte do investimento líquido total do investidor na coligada.

Repare que recebíveis ou exigíveis de natureza comercial ou algum recebível de longo prazo para
os quais existam garantias adequadas, tais como empréstimos garantidos, não são considerados
parte do investimento.

Os prejuízos devem ser reconhecidos até o limite do valor contábil do investimento, que incluem
as participações que sejam, em essência, parte do investimento.

No exemplo acima, caso a Cia ABC concedesse um empréstimo para a coligada XYZ, no valor de
$20.000, e tal empréstimo fosse, em essência, parte do investimento, a contabilização da
equivalência seria:

Contabilização da equivalência patrimonial na Cia ABC:

D – Resultado (perda) com equivalência patrimonial: 100.000


C – Investimento em coligadas: 80.000
C – Empréstimo a receber – Coligada XYZ 20.000

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Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) – Investimento em Coligadas e em Controladas:

39 Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas


adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente
na extensão em que o investidor tiver incorrido em obrigações legais ou
construtivas (não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da investida.

Ou seja, quando a participação do investidor chegar a zero, os prejuízos da coligada não são mais
reconhecidos, a não ser que o investidor tenha a obrigação de fazer pagamentos pela coligada.
Tais obrigações ocorrem quando a investidora assume compromissos da coligada, por questões
legais ou de preservar a imagem do grupo, o que leva ao reconhecimento de perdas além do valor
do investimento. Podemos citar como exemplo a cobertura de garantias, avais ou fianças
concedidos, quando caracterizada a incapacidade de pagamentos pela coligada ou controlada.

Vamos transcrever abaixo o artigo 12 da Instrução CVM 247/96, que explica melhor o
reconhecimento do passivo:

DAS PERDAS PERMANENTES EM INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO MÉTODO


DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Art. 12 - A investidora deverá constituir provisão para cobertura de:

I - perdas efetivas, em virtude de:

a) - eventos que resultarem em perdas não provisionadas pelas coligadas e


controladas em suas demonstrações contábeis; ou

b) responsabilidade formal ou operacional para cobertura de passivo a


descoberto.

II - perdas potenciais, estimadas em virtude de:

a) tendência de perecimento do investimento;

b) elevado risco de paralisação de operações de coligadas e controladas;

c) eventos que possam prever perda parcial ou total do valor contábil do


investimento ou do montante de créditos contra as coligadas e controladas; ou

d) cobertura de garantias, avais, fianças, hipotecas ou penhor concedidos, em


favor de coligadas e controladas, referentes a obrigações vencidas ou vincendas
quando caracterizada a incapacidade de pagamentos pela controlada ou coligada.

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Parágrafo 1º Independentemente do disposto na letra “b” do inciso I, deve ser


constituída ainda provisão para perdas, quando existir passivo a descoberto e
houver intenção manifesta da investidora em manter o seu apoio financeiro à
investida.

Parágrafo 2º A provisão para perdas deverá ser apresentada no ativo permanente


por dedução e até o limite do valor contábil do investimento a que se referir, sendo
o excedente apresentado em conta específica no passivo.

CONTROLADAS: aqui surge outra diferença em relação às normas anteriores. O prejuízo das
controladas continua sendo reconhecido pela equivalência patrimonial, mesmo depois de zerar o
valor do investimento.

39A. O disposto nos itens 38 e 39 não é aplicável a investimento em controlada


no balanço individual da controladora, devendo ser observada a prática contábil
que produzir o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido para a
controladora que são obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo
econômico, para atendimento ao requerido quanto aos atributos de relevância e
de representação fidedigna (o que já inclui a primazia da essência sobre a forma).

Nesse caso, a controladora, em seu balanço individual, deverá contabilizar uma provisão no valor
de sua participação nos prejuízos da controlada.

Vamos retomar o exemplo acima, adaptado para essa situação:

A Cia ABC adquiriu em 31/12/X1 uma participação de 100% na empresa XYZ, pagando o valor de
R$ 200.000,00. Abaixo, o Balanço Patrimonial da investida em X1.

Empresa XYZ em 31/12/X1


Ativo R$ Passivo R$
Disponibilidades 40.000 Fornecedores 140.000
Clientes 60.000 Contas a pagar 60.000
Estoque 110.000
imobilizado 190.000 PL R$
Capital Social 200.000
Total Ativo 400.000 Total Passivo + PL 400.000

Contabilização na Investidora Cia ABC:

D – Investimento em coligadas.....................200.000
C – Disponibilidades.....................................200.000

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Durante o ano de X2, a Empresa XYZ apurou prejuízos de 300.000. Abaixo, o seu balanço em
31/12/X2:

Empresa XYZ em 31/12/X2


Ativo R$ Passivo R$
Disponibilidades 40.000 Fornecedores 240.000
Clientes 10.000 Contas a pagar 160.000
Estoque 60.000
imobilizado 190.000 PL R$
Capital Social 200.000
Prejuízos acumulados -300.000
Total Ativo 300.000 Total Passivo + PL 300.000

A Cia ABC possui 100% da Controlada XYZ, portanto deverá reconhecer todo o prejuízo, para
obter o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido que seriam obtidos nas
demonstrações consolidadas, conforme o item 39 A do Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) –
Investimentos em Coligadas

O valor da participação da investidora é de $200.000. Assim, reconhecemos o prejuízo apurada


na investida apenas até esse valor, zerando o investimento da Cia ABC:

Contabilização da equivalência patrimonial na Cia ABC:

D – Resultado (perda) com equivalência patrimonial: 200.000


C – Investimento em coligadas: 200.000

O valor do prejuízo que excede o valor do investimento será reconhecido como provisão para
perdas em investimentos, no Passivo:

D – Perda com investimento (Resultado) 100.000


C – Provisão para perdas com investimentos (Passivo) 100.000

Vamos esquematizar?

Cessa quando A não ser que exista


Coligadas investimento chegar obrigação legal ou
a zero construtiva
PREJUÍZOS
EQUIVALÊNCIA
Continua
PATRIMONIAL Deve produzir o
reconhecendo o
mesmo esultado e o
Controladas prejuízo mesmo
mesmo PL que o
depois de zerar o
balanço consolidado
investimento

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Perdas por Redução ao Valor Recuperável

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, incluindo o reconhecimento dos


prejuízos da coligada ou do empreendimento controlado em conjunto, o investidor deve verificar
a necessidade de reconhecer alguma perda adicional por redução ao valor recuperável do
investimento líquido total desse investidor na investida (Teste de Recuperabilidade ou
Impairment).

No caso do balanço individual da controladora, o reconhecimento de perdas adicionais por


redução ao valor recuperável (impairment) com relação ao investimento em controlada deve
produzir o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido para a controladora que são
obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo econômico.

Em função de o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) integrar o valor contábil


do investimento na investida (não deve ser reconhecido separadamente), ele não deve ser testado
separadamente com relação ao seu valor recuperável. Em vez disso, o valor contábil total do
investimento é que deve ser testado como um único ativo, pela comparação de seu valor contábil
com seu valor recuperável (valor justo líquido de despesa de venda ou valor em uso, dos dois, o
maior).

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QUESTÕES COMENTADAS – CPC 18 – MULTIBANCAS


1. (FGV/PC AM/Perito Criminal/Contabilidade/2022) A Cia A tem 100% de participação na Cia B.
Em X0, a Cia A contabilizou os seguintes fatos:
Receita com prestação de serviços a terceiros: R$ 100.000.
Custos e despesas: R$ 130.000.
Já a Cia B contabilizou os seguintes fatos:
Receita com prestação de serviços a terceiros: R$ 60.000.
Custos e despesas: R$ 20.000.
Distribuição de dividendos: R$ 8.000.
O resultado da Cia A em 31/12/X0, sem considerar a incidência de impostos, foi
a) prejuízo de R$ 30.000.
b) prejuízo de R$ 22.000.
c) lucro de R$ 2.00.
d) lucro de R$ 10.000.
e) lucro de R$ 18.000.

Comentários:

A Cia A tem 100% de participação na Cia B, portanto, é uma controladora e os investimentos serão avaliados
pelo Método da Equivalência Patrimonial.

A empresa B obteve um resultado no período de 60.000 - 20.000 = 40.000, ou seja, lucro.

A controladora A irá reconhecer um ganho com equivalência patrimonial de 40.000, visto que possui 100%
de participação da Cia B.

Assim sendo, o resultado da CIA A foi de:

Receita com prestação de serviços a terceiros: R$ 100.000.


Custos e despesas: (R$ 130.000)
Ganho com MEP: R$ 40.000
Lucro R$ 10.000

Gabarito: D

2. (FADESP/Sefa-PA/Fiscal de Rendas/2022) A Cia. Anonimus S.A., durante o ano de 2020, obteve lucro de
R$ 60.000,00, dos quais distribuiu dividendos de R$ 18.000,00, entre outros, para a Cia. Popular S.A., para
a qual vendeu 20% de seu capital social em 2019.

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Considerando-se essas informações, pode-se afirmar que a Cia. Popular S.A., em 31/12/2020,
(A) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 2.400,00.
(B) reconheceu receita de equivalência patrimonial de R$ 12.000,00.
(C) reconheceu aumento da participação societária em R$ 12.000,00.
(D) reconheceu um lucro de R$ 18.000,00.
(E) teve seu Patrimônio Líquido aumentado em R$ 18.000,00.

Comentários:

Com a participação é de 20%, portanto, a banca considerou que seria uma situação de coligação e o
investimento será avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial.

Lei 6404/76 Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha
influência significativa.

§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o


poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem
controlá-la.

§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por
cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

Nesse caso, a Cia Popular irá reconhecer uma receita de equivalência patrimonial de 60.000 x 0,20 = 12.000.

Vamos analisar as demais alternativas:

(A) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 2.400,00.

Errado, como o investimento é avaliado pelo MEP, não reconhecemos receita com dividendos, mas a
contabilização será:

Dividendos recebidos = 20% de 18.000 = R$ 3.600,00.

Contabilização:

D - Bancos R$ 3.600
C - Ativo Não Circulante - Investimentos R$ 3.600

(C) reconheceu aumento da participação societária em R$ 12.000,00.

Errado, na verdade houve um aumento de 12.000 referente ao ganho com MEP e redução de 3.600 pela
distribuição de dividendos: R$ 8.400

(D) reconheceu um lucro de R$ 18.000,00.

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Errado, a Cia Popular reconheceu uma receita com MEP de R$ 12.000.

(E) teve seu Patrimônio Líquido aumentado em R$ 18.000,00.

Errado, o efeito no Patrimônio Líquido foi aumento de R$ 12.000 pela Receita com MEP.

Gabarito: B

3. (FGV/SEFAZ-ES/Auditor/2021) A Cia. A apresentava, em 02/01/X1, o balanço patrimonial a seguir.


Cia A
Ativo
Investimentos- Cia B 50.000
Total 50.000
PL
Capital Social 50.000
Total 50.000
A Cia. A tem o controle compartilhado da Cia. B com a Cia. X e utiliza o método da equivalência patrimonial
para avaliação do investimento. É definido que a Cia. A não tem responsabilidade pelos passivos de suas
empresas investidas e não efetua pagamentos em nome delas.
Em X1, a Cia. B apurou prejuízo de R$100.00.
Assinale a opção que indica o tratamento contábil da Cia. A em relação ao investimento na Cia. B, em
31/12/X1, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 18 - Investimento em Coligada, em Controlada e
em Empreendimento Controlado em Conjunto.
(A) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 50.000;
C- Investimentos - R$ 50.000.
(B) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 50.000;
C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 50.000.
(C) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;
C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 100.000.
(D) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;
C- Provisão para contingências - R$ 100.000.
(E) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;
C- Investimentos - R$ 50.000;
C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 50.000.

Comentários:

O CPC 18 nos apresenta o seguinte:

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39. Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas adicionais
devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente na extensão em
que o investidor tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas (não formalizadas)
ou tiver feito pagamentos em nome da investida. Se a investida subsequentemente apurar
lucros, o investidor deve retomar o reconhecimento de sua participação nesses lucros
somente após o ponto em que a parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar à
sua participação nas perdas não reconhecidas.

No caso apresentado, os investimentos na Cia B eram avaliados por 50.000, mas a companhia apurou um
prejuízo de R$ 100.000, ou seja, maior que o saldo contábil da participação.

Só que a Companhia A NÃO tem responsabilidade pelos passivos e não efetua pagamentos em nome da Cia
B

Nesse caso, temos que reconhecer:

D – Despesa com MEP R$ 50.000,00


C – Investimentos R$ 50.000,00

Gabarito: A

4. (IBADE/CM Vila Velha/Contador/2021) O método da equivalência patrimonial é adotado pelas


empresas que possuem investimentos em empresas:
I – Coligadas;
II – Do mesmo ramo;
III – Controladas;
IV – De ramos diferentes;
V – Controle conjunto.
Dos itens acima apresentados, aqueles que formam o conjunto correto de investimentos avaliados pelo MEP
são:
A I, II e III.
B II, III e IV.
C III, IV e V.
D I, III e V.
E II, IV e V.

Comentários:

É coligada, controlada, sociedade sob controle comum ou sociedades do mesmo grupo? Sim! Avaliado pelo
MEP! Vejamos o texto do CPC 18:

48 e Lucian
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Método da equivalência patrimonial

10. Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em


empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço
individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será
aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou
prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. A participação do investidor
no lucro ou prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do período
do investidor. As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do
investimento. Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo
reconhecimento da participação proporcional do investidor nas variações de saldo dos
componentes dos outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos diretamente
em seu patrimônio líquido. Tais variações incluem aquelas decorrentes da reavaliação de
ativos imobilizados, quando permitida legalmente, e das diferenças de conversão em
moeda estrangeira, quando aplicável. A participação do investidor nessas mudanças deve
ser reconhecida de forma reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes diretamente
no patrimônio líquido do investidor (ver Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação
das Demonstrações Contábeis), e não no seu resultado.

Gabarito: D

5. (CEBRASPE/APEX/Analista/Processos Contábeis/2021) Considere que a empresa Alfa tenha influência


significativa sobre a empresa Beta e que, em determinado exercício social, a empresa Alfa tenha recebido
dividendos da empresa Beta. Considere, ainda, que ambas as empresas são domiciliadas no Brasil e
aplicam as normas vigentes no país. Nesse caso, o recebimento de dividendos pela empresa Alfa advindo
do investimento na empresa Beta é contabilizado por meio de
A débito em bancos e crédito em investimentos em coligada.
B débito em investimentos em coligada e crédito em receita de dividendos.
C débito em investimentos em coligada e crédito em capital social.
D débito em bancos e crédito em receita de dividendos.

Comentários:

Vejamos a contabilização completa:

Aquisição do Investimento avaliado pelo MEP:

D – Investimento avaliado pelo MEP (Ativo)


C – Disponibilidades (Ativo)

Reconhecimento do Ganho do MEP:

D – Investimento avaliado pelo MEP (Ativo


C – Receita de MEP (Resultado)

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Distribuição de Dividendos:

D – Dividendos a receber (Ativo)


C – Investimentos (Ativo)

Recebimento dos Dividendos:

D – Disponibilidades (Ativo)
C - Investimento avaliado pelo MEP (Ativo

Gabarito: A

6. (CONSULPLAN/EXAME CFC/2021.1) No dia 22/03/2020, a empresa Investidora S.A. adquiriu 65% do


Patrimônio Líquido da empresa Investida S.A., pelo montante total de R$ 2.600.000,00. Na data dessa
negociação, o Patrimônio Líquido da firma Investida S.A. era assim composto:
Capital Subscrito: R$ 4.500.000,00
Capital a Integralizar: R$ 800.000,00
Reserva de Capital: R$ 80.000,00
Reserva Legal: R$ 150.000,00
Ações em Tesouraria: R$ 70.000,00
Reserva de Dividendos não distribuídos: R$ 140.000,00
No final do exercício de 2020, a firma Investida S.A. apresentou como Patrimônio Líquido o montante de R$
4.320.000,00. Considerando exclusivamente as informações dadas, informe o lançamento contábil a ser
efetuado pela firma Investidora S.A. para reconhecer a equivalência patrimonial no final do exercício de
2020.
A D – Investimento na firma Investida S.A.
C– Receita de Equivalência Patrimonial R$ 208.000,00
B D – Receita de Equivalência Patrimonial
C– Investimento na firma Investida S.A. R$ 208.000,00
C D – Investimento na firma Investida S.A. R$ 117.000,00
D– Deságio no investimento na firma Investida S.A. R$ 91.000,00
C– Receita de Equivalência Patrimonial R$ 208.000,00
D D– Investimento na firma Investida S.A. R$ 208.000,00
C– Ágio no investimento na firma Investida S.A. R$ 91.000,00
C– Receita de Equivalência Patrimonial R$ 117.000,00

Comentários:

Os investimentos da Investidora estarão avaliados em seu balanço pelo valor inicial de R$ 2.600.000,00.

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Posteriormente, a Invetida S.A. apresentou um PL de R$ 4.320.000. Há lucro na participação societária, já


que o valor do PL da investida aumentou. O que acontece no PL da investida, reflete na investidora. Como
dissemos, quando compramos uma participação avaliada pelo MEP, compramos uma fatia da empresa
investida

Lembrando que do valor do PL, 65% pertence à Investidora, que detém essa fatia do capital social. Logo, o
novo valor do investimento será de R$ 4.320.000 x 65% = R$ 2.808.000.

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa Investidora:

Valor registrado em 22.03.20 R$ 2.600.000,00


Valor calculado pelo M EP em 31.12.20 R$ 2.808.000,00
Resultado do M EP R$ 208.000,00
Lucro

Na DRE, será registrado um ganho com MEP de R$ 208.000,00 (2.808.000 - 2.600.000):

D- Investimento na firma Investida S.A


C- Receita de Equivalência Patrimonial R$208.000,00

Razonetes:

Investim ento G anho com M EP


2.600.000 208000
208000
2.808.000

Gabarito: A

7. (CONSULPLAN/EXAME CFC/2021.1) No encerramento do exercício de 2020, a Companhia B S.A.


constatou que seu Lucro Líquido Ajustado do exercício foi de R$ 12.300.000,00 e, com base neste valor,
declarou a distribuição de 25% em dividendos mínimos obrigatórios, conforme estabelecido no Estatuto
Social. Estes dividendos seriam pagos em 2021, segundo o cronograma de pagamentos estabelecido pela
companhia. Sabe-se que, apesar de não exercer qualquer tipo de controle ou influência significativa, a
Companhia A S.A. tem 7% de participação em B e teria direito a receber sua fração nestes dividendos
declarados. Considerando somente as informações apresentadas, assinale a alternativa que indica os
lançamentos contábeis que a Companhia A S.A. deveria realizar no momento em que a Companhia B S.A.
efetuasse o reconhecimento inicial da distribuição dos dividendos e no momento em que a Companhia B
S.A. efetuasse o pagamento destes.
A) Dividendos a receber pela Companhia A S.A.
Débito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Ajustes de Avaliação Patrimonial (Patrimônio Líquido) 215.250,00
Recebimento dos dividendos pela Companhia A S.A.

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Débito – Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 215.250,00


Crédito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
B) Dividendos a receber pela Companhia A S.A.
Débito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 861.000,00
Crédito – Receita com Dividendos (Resultado) 861.000,00
Recebimento dos dividendos pela Companhia A S.A.
Débito – Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 861.000,00
Crédito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 861.000,00
C) Dividendos a receber pela Companhia A S.A.
Débito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Receita com Dividendos (Resultado) 215.250,00
Recebimento dos dividendos pela Companhia A S.A.
Débito – Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
D) Dividendos a receber pela Companhia A S.A.
Débito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Investimentos: Participação na Companhia B S.A. (Ativo Não Circulante) 215.250,00
Recebimento dos dividendos pela Companhia A S.A.
Débito – Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00

Comentários:

Lucro ajustado R$ 12.300.000,00


Dividendos 25% R$ 3.075.000,00
Participação de 7% R$ 215.250,00

Pela declaração de dividendos (dividendos avaliados pelo custo)

D - Dividendos propostos a receber (Ativo Circulante) R$ 215.250


C – Receita com dividendos (Resultado) R$ 215.250

Pelo recebimento

D – Caixa e equiv.. caixa (Ativo Circulante) 215,250


C – Dividendos Propostos a receber (Ativo Circulante) 215.250

Gabarito: C

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8. (SELECON/EMGEPRON/Analista de Projetos Navais/Contador/Tributos/2021) Conforme preconizado


nas normas vigentes, são coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa, isto
é, quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeiras ou
operacional da investida. É presumida influência significativa, também, quando a investidora possuir sem
controlar a seguinte porcentagem do capital votante da investida:
A entre 10% e 20%
B 20% ou mais
C 10%
D menor que 10%

Comentários:

Nas palavras da Lei 6404/76:

Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência
significativa.

§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o


poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem
controlá-la.

§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por
cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das
políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Ela é presumida quando se possui 20% do
capital votante (ações ordinárias). Essa presunção, entretanto, admite prova em contrário! Uma empresa
pode ter mais de 20% e não ter influência significativa e ter menos de 20% e ter influência significativa.

Gabarito: B

9. (FCC/ALAPA/Contador/2020) A Cia. Gama obteve, em 31/12/2017, as seguintes informações sobre as


participações societárias que tinha em outras empresas:
Percentual de Participação Resultado da empresa
Empresa Classificação em relação à Cia.
da Cia. Gama no Capital investida no ano de 2017
investida Gama
Total da empresa investida (Em R$)
Delta S.A. Controlada 80% Prejuízo de 200.000,00
Alfa S.A. Coligada 30% Lucro de 400.000,00
Luz S.A. Não sofre influência significativa 10% Lucro de 100.000,00
Sabendo que as empresas Delta, Alfa e Luz possuem apenas ações ordinárias e que não existiam resultados
não realizados entre a Cia. Gama e suas investidas, o Resultado de Equivalência Patrimonial apurado nas
demonstrações individuais da Cia. Gama, em 2017, foi, em reais,
(A) 160.000,00, negativo.

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(B) 300.000,00, positivo.


(C) 200.000,00, positivo.
(D) 40.000,00, negativo.
(E) 30.000,00, negativo.

Comentários:

Quando a questão solicitar o resultado da equivalência patrimonial, temos apenas que pegar o Percentual
de Participação e multiplicar pelo resultado obtido pela investida.

Destacamos que apenas os investimentos nas Cias Deltas e Alfa serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, pois são investimentos em controladas e coligadas.

O investimento da Cia Luz não será avaliado pelo MEP, mas pelo Método de Custo ou Valor Justo.

Resultado do MEP = 80% x (200.000) + 30% x 400.000

Resultado do MEP = -160.000 + 120.000 = (40.000), negativo. Perda com MEP.

Gabarito: D

O texto a seguir será utilizado para responder às questões de números 10 a 12.


A Companhia A possui 90% do patrimônio líquido da Companhia B e, portanto, tem influência significativa
para definir sua estratégia de gestão. Sabe-se que, em 31/12/2017, o Balanço Patrimonial individual da
Companhia A apresentou um saldo com investimentos permanentes na Companhia B, no valor de R$
1.560.000,00. Em 2018, a Companhia B obteve um lucro líquido no valor de R$ 600.000,00. Sabe-se que a
Assembleia de Acionistas da Companhia B decidiu por distribuir, após a constituição da reserva legal, 35%
dos lucros auferidos no período.

10. (VUNESP/VALIPREV/Contador/2020) Considerando as informações apresentadas no texto, a


Demonstração de Resultado do Exercício individual da Companhia A, no exercício de 2018, apresentou
(A) dividendos a receber, no valor de R$ 513.000,00.
(B) receita de dividendos, no valor de R$ 513.000,00.
(C) receita de dividendos, no valor de R$ 540.000,00.
(D) receita de equivalência patrimonial, no valor de R$ 513.000,00.
(E) receita de equivalência patrimonial, no valor de R$ 540.000,00.

Comentários:

Dado que o Lucro da Companhia B foi de R$ 600.000, o resultado do MEP para a Companhia A será:

MEPB= Lucro Cia B x Participação da Cia. A= 600.000 x 90% = R$ 540.000

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Contabilização:

D – Investimentos – Companhia B R$ 540.000


C - Ganho MEPB (RESULTADO) R$ 540.000

Fique Atento! Os dividendos recebidos de investimentos avaliados pelo MEP são contabilizados da seguinte
forma:

D – Dividendos a receber (Ativo)


C - Investimentos – Empresa B (Ativo)

Ou seja, não influenciaram o resultado da Companhia A. Portanto, a Demonstração de Resultado do Exercício


individual da Companhia A, no exercício de 2018, apresentou receita de equivalência patrimonial, no valor
de R$ 540.000,00.

Gabarito: E

11. (VUNESP/VALIPREV/Contador/2020) O valor dos dividendos a serem distribuídos pela Companhia B,


referentes ao exercício de 2018, totalizou, em R$:
(A) 179.550,00
(B) 199.500,00
(C) 210.000,00
(D) 570.000,00
(E) 600.000,00

Comentários:

O quesito informou que a entidade decidiu por distribuir 35% dos lucros auferidos no período. Todavia,
deduziu do montante o valor referente a constituição da reserva legal.

Adendo! A reserva legal é a única reserva de constituição obrigatória para a empresa.


Vejam a sua finalidade: manter a integridade do capital social. Em suma:

- 5% do LL
- Limitado a 20% do capital social.

Como a questão não forneceu o Capital social, já podemos calcular a reserva legal diretamente do lucro.
Vamos lá!

Lucro Líquido = 600.000


(x) 5% .
Reserva legal = 30.000

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Agora, podemos calcular os dividendos:

Base de Cálculo = 600.000 - 30.000 = R$ 570.000

Dividendos a pagar = R$ 570.000 x 35% = R$ 199.500

O gabarito é letra b. Para fins didáticos, apuremos o montante recebido pela CIA A:

Dividendos a receber = Dividendos Companhia B x participação da Companhia A

Dividendos a receber = 199.000 x 90% = R$ 179.550

Gabarito: B

12. (VUNESP/VALIPREV/Contador/2020) No Balanço Patrimonial Anual individual da Companhia A,


referente ao exercício de 2018, o saldo de investimentos permanentes na Companhia B totalizou, em R$:
(A) 1.500,000,00
(B) 1.890.000,00
(C) 1.900.500,00
(D) 1.920.450,00
(E) 2.310.000,00

Comentários:

Lembramos que o método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o
investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-
aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida.

Nesse tipo de questão, façamos as seguintes perguntas: Qual o valor inicialmente reconhecido? Quais foram
as alterações realizadas até aqui?

Resp.: Investimento inicial de R$ 1.560.000,00; Ganho MEP de R$ 540.000 e Dividendo a receber R$ 179.550.

Para facilitar a visualização, montemos o razonete:

Investim entos – C om panhia B


SI R$ 1.560.000,00 R$ 179.550,00 D ividendos a receber
G anho M EP R$ 540.000,00
R$ 1.920.450,00

Assim, no Balanço Patrimonial Anual individual da Companhia A, referente ao exercício de 2018, o saldo de
investimentos permanentes na Companhia B totalizou, em R$, 1.920.450,00.

Gabarito: D

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13. (FCC/ALAPA/Contador/2020) A Cia. Gama obteve, em 31/12/2017, as seguintes informações sobre as


participações societárias que tinha em outras empresas:
Percentual de Participação Resultado da empresa
Empresa Classificação em relação à Cia.
da Cia. Gama no Capital investida no ano de 2017
investida Gama
Total da empresa investida (Em R$)
Delta S.A. Controlada 80% Prejuízo de 200.000,00
Alfa S.A. Coligada 30% Lucro de 400.000,00
Luz S.A. Não sofre influência significativa 10% Lucro de 100.000,00
Sabendo que as empresas Delta, Alfa e Luz possuem apenas ações ordinárias e que não existiam resultados
não realizados entre a Cia. Gama e suas investidas, o Resultado de Equivalência Patrimonial apurado nas
demonstrações individuais da Cia. Gama, em 2017, foi, em reais,
(A) 160.000,00, negativo.
(B) 300.000,00, positivo.
(C) 200.000,00, positivo.
(D) 40.000,00, negativo.
(E) 30.000,00, negativo.

Comentários:

Quando a questão solicitar o resultado da equivalência patrimonial, temos apenas que pegar o Percentual
de Participação e multiplicar pelo resultado obtido pela investida.

Destacamos que apenas os investimentos nas Cias Deltas e Alfa serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, pois são investimentos em controladas e coligadas.

O investimento da Cia Luz não será avaliado pelo MEP, mas pelo Método de Custo ou Valor Justo.

Resultado do MEP = 80% x (200.000) + 30% x 400.000

Resultado do MEP = -160.000 + 120.000 = (40.000), negativo. Perda com MEP.

Gabarito: D

14. (VUNESP/Pref. Cerquilho/Contador/2019) De acordo com a norma contábil relacionada a


investimentos, o conceito “compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de negócio,
que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das
partes que compartilham o controle” é aplicado a
a) Joint Venture.
b) Controle consolidado.
c) Controle combinado.
d) Controle conjunto.

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e) Influência significativa.

Comentários:

Nessa questão precisamos recorrer ao 18 (R2) - Investimento em Coligada e em Controlada:

Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de


negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o
consentimento unânime das partes que compartilham o controle

Percebe-se que usou aquele famoso “Ctrl C +Ctrl V” da definição de Controle Conjunto.

Gabarito: D

15. (VUNESP/PAULIPREV/Contador/2018) A empresa Investe em Tudo S/A (Investidora) participa em


100% do capital social de uma investida denominada ABCD Ltda. (Investida). Tal investimento é
considerado como relevante e está avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Em 31 de dezembro
de 2017, a Investidora recebeu as seguintes informações para a referida contabilização da equivalência do
exercício:
• Saldo da conta do Patrimônio Líquido da Investida em 31.12.2016: R$ 158.000,00
• Prejuízo apurado no exercício de 2017, pela Investida: R$ 210.000,00
• Durante o exercício de 2017, não ocorreram transações entre as empresas.
• No exercício de 2017, a Investida perdeu diversos clientes, ocasionando um prejuízo de R$ 150.000,00.
• No exercício de 2017, a Investidora adquiriu várias outras empresas do mesmo porte da referida Investida,
com detalhe de que todas são do mesmo segmento dessa empresa.
• A Investidora responde legal e civilmente pela Investida em todas as suas obrigações.
Com base nessas informações, assinale a alternativa que demonstra a correta contabilização da variação de
equivalência ocorrida no exercício de 2017 com a Investida ABCD Ltda.
a) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00
Crédito: Investimentos – R$ 158.000,00
Crédito: Passivo – R$ 52.000,00.
b) Débito: Investimentos – R$ 52.000,00
Crédito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 52.000,00.
c) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00
Crédito: Investimentos – R$ 210.000,00.
d) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 158.000,00
Crédito: Investimentos – R$ 158.000,00.
e) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00
Crédito: Investimentos – R$ 158.000,00
Crédito: Perdas Prováveis – R$ 52.000,00.

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Comentários:

A Investe em Tudo S/A possui 100% da Controlada ABCD Ltda, logo é controladora da ABCD Ltda e avaliará
esse investimento pelo Método da Equivalência Patrimonial.

Inicialmente, vejamos a contabilização na Investidora Cia ABC:

D – Investimentos - ABCD Ltda......................158.000


C – Disponibilidades.....................................158.000

Posteriormente, exercício de 2017, a Controlada ABCD Ltda apurou um prejuízo de R$ 210.000,00.

Dado que a Investe em Tudo S/A possui 100% da Controlada ABCD Ltda, portanto deverá reconhecer todo o
prejuízo, para obter o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido que seriam obtidos nas
demonstrações consolidadas, conforme o item 39 A do Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) – Investimentos
em Coligadas:

39A. O disposto nos itens 38 e 39 não é aplicável a investimento em controlada no balanço


individual da controladora, devendo ser observada a prática contábil que produzir o
mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido para a controladora que são
obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo econômico, para atendimento
ao requerido quanto aos atributos de relevância e de representação fidedigna (o que já
inclui a primazia da essência sobre a forma).

Tome nota! o prejuízo das controladas continua sendo reconhecido pela equivalência patrimonial, mesmo
depois de zerar o valor do investimento.

Como o valor da participação da investidora é de R$158.000. Assim, reconhecemos o prejuízo apurada na


investida apenas até esse valor, zerando o investimento da Cia ABC.

Contabilização da equivalência patrimonial na Investe em Tudo S/A:

D – DRE – Resultado de Equivalência – R$ 158.000


C – Investimentos (controladas) - R$ 158.000

Observação: estamos utilizando as contas adotada pela Vunesp, esse débito “DRE –
Resultado de Equivalência” significa Perda com Equivalência Patrimonial.

Já o valor do prejuízo que excede o valor do investimento será reconhecido como provisão para perdas em
investimentos, no Passivo:

D – DRE – Resultado de Equivalência – 52.000


C – Passivo (Provisão para perdas com investimentos) - 52.000

Transformando esses lançamentos de 1° fórmula em 2° fórmula, temos:

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Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00


Crédito: Investimentos (controladas) – R$ 158.000,00
Crédito: Passivo – R$ 52.000,00.

Gabarito: A

16. (VUNESP/CM Olímpia/Contador Especialista/2018) O resultado de empresas investidas reconhecido


pelo método de equivalência patrimonial deverá ser contabilizado
a) em reserva especial do patrimônio líquido.
b) no resultado abrangente do exercício em que o ativo financeiro for exercido.
c) em investimentos de longo prazo, devido ao perfil do ativo financeiro.
d) em contas de compensação até o vencimento efetivo do ativo financeiro, quando por direito se exerce o
ganho ou perda.
e) na demonstração do resultado do período.

Comentários:

Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada e em Controlada:

Método de equivalência patrimonial

10. Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em


empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço
individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será
aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou
prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. A participação do investidor
no lucro ou prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do
período do investidor. As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do
investimento. Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo
reconhecimento da participação proporcional do investidor nas variações de saldo dos
componentes dos outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos diretamente
em seu patrimônio líquido. Tais variações incluem aquelas decorrentes da reavaliação de
ativos imobilizados, quando permitida legalmente, e das diferenças de conversão em
moeda estrangeira, quando aplicável. A participação do investidor nessas mudanças deve
ser reconhecida de forma reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes diretamente
no patrimônio líquido do investidor (ver Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação
das Demonstrações Contábeis), e não no seu resultado.

Assim, o valor contábil (do investimento) será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da
participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. A
parte do investidor no lucro ou prejuízo do período da investida é reconhecida no lucro ou prejuízo do
período do investidor. Ou seja, na demonstração do resultado do período.

Gabarito: E

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Atenção: Com base nas informações a seguir responda as questões 17 e 18.


Em 31/12/2016, a Cia. Brasileira adquiriu, à vista, 40% das ações da Cia. Francesa. O valor pago pela aquisição
foi R$ 7.000.000,00 e a Cia. Brasileira passou a ter influência significativa na administração.
Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Francesa era R$ 10.000.000,00 e o valor justo
líquido dos ativos e passivos identificáveis era R$ 15.000.000,00, sendo esta diferença decorrente da
avaliação a valor justo de um ativo intangível com vida útil indefinida que a Cia. Francesa detinha.
No período de 01/01/2017 a 31/12/2017, a Cia. Francesa apurou lucro líquido de R$ 500.000,00. Sabe-se
que, em 2017, a Cia. Francesa realizou uma venda no valor de R$ 100.000,00 para a Cia. Brasileira com
margem de lucro de 50% sobre as vendas, e estas mercadorias adquiridas da Cia. Francesa ainda estão no
estoque da Cia. Brasileira. A alíquota de imposto de renda para a Cia. Francesa é 34% e esta distribuiu
dividendos totais no valor de R$ 150.000,00.

17. (FCC/SEFAZ-GO/Auditor Fiscal/2018) Com base nestas informações, o valor que a Cia. Brasileira
reconheceu na conta Investimentos em Coligadas, no Balanço Patrimonial individual de 31/12/2016, e o
valor do ágio que foi pago na aquisição foram, respectivamente, em reais,
(A) 7.000.000,00 e 3.000.000,00.
(B) 4.000.000,00 e 1.000.000,00.
(C) 7.000.000,00 e 1.000.000,00.
(D) 4.000.000,00 e 3.000.000,00.
(E) 6.000.000,00 e 1.000.000,00.

Comentários:

Total 40%
Valor patrimonial 10.000.000 4.000.000
Valor justo 15.000.000 6.000.000
Valor pago 7.000.000

Valor patrimonial 4.000.000


Mais valia 2.000.000
Goodwill 1.000.000
Total 7.000.000

A Mais-valia se refere à diferença entre o valor justo e o valor patrimonial.

Assim, apenas o Goodwill é considerado ágio. Alguns autores se referem ao “ágio mais-valia”. Mas no CPC
15 - Combinação de Negócios - consta o seguinte:

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Reconhecimento

10. A partir da data de aquisição, o adquirente deve reconhecer, separadamente do ágio


por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), os ativos identificáveis adquiridos, os
passivos assumidos e quaisquer participações de não controladores na adquirida.

(...)

32. O adquirente deve reconhecer o ágio por expectativa de rentabilidade futura


(goodwill), na data da aquisição,

Assim, o pronunciamento se refere apenas ao ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), e não
menciona o “ágio mais-valia”. A banca seguiu o mesmo entendimento.

Valor investimento = $7.000.000; Ágio = $1.000.000.

Gabarito: C

18. (FCC/SEFAZ-GO/Auditor Fiscal/2018) O impacto reconhecido na Demonstração do Resultado


individual de 2017 da Cia. Brasileira, referente ao investimento na Cia. Francesa, foi, em reais,
(A) 167.000,00.
(B) 126.800,00.
(C) 120.000,00.
(D) 180.000,00.
(E) 186.800,00.

Comentários:

Lucro não realizado = $100.000 x 50% = $ 50.000

IR sobre o lucro não realizado = $ 50.000 x 34% = $17.000

Total Lucro não realizado = $50.000 - $ 17.000 = $33.000

Lucro base para MEP = $500.000 - $33.000 = $ 467.000

Equivalência patrimonial = $ 467.000 x 40% = $186.800

Gabarito: E

19. (FGV/SEFIN RO/Contador/2018) A Cia. XYZ, que atua no ramo de alimentos, possui 60% do capital
votante e total da Cia. M, sobre a qual exerce controle, e 5% do capital da Cia. P, na qual exerce influência
significativa. Ela tem a intenção de vender as ações da Cia. P, quando o preço de mercado atingir um valor
que gere lucro.

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Em 31/12/2015, os patrimônios líquidos da Cia. M e da Cia. P eram de R$ 50.000.


No ano de 2016, a Cia. M apresentou lucro de R$ 10.000 e distribuiu R$ 2.000 em dividendos. Já a Cia. P
apresentou lucro de R$ 20.000 e distribuiu R$ 4.000 em dividendos.
Assinale a opção que indica o valor reconhecido como Resultado por Equivalência Patrimonial na
Demonstração do Resultado do Exercício da Cia. XYZ, em 31/12/2016, referente às suas participações
acionárias.
a) R$ 4.800.
b) R$ 5.600.
c) R$ 6.000.
d) R$ 7.000.
e) R$ 10.000.

Comentários:

O investimento efetuado pela Cia. XYZ na Cia. M, controlada, é avaliado pelo Método da Equivalência
Patrimonial. Nesse caso, o resultado positivo ou negativo apurado pelas investidas, será reconhecido no
resultado da Cia. XYZ:

Cia M:

• Resultado do Ano = 10.000


• Percentual de Participação = 60%
• Ganho com MEP = 10.000 x 60% = 6.000

Fique Atento! Os dividendos recebidos do investimentos avaliado pelo MEP será contabilizado da seguinte
forma:

Dividendos a receber = Dividendos Cia. M x participação da Cia. XYZ

Dividendos a receber = R$ 20.000 x 60% = R$ 1.200

D – Dividendos a receber (Ativo) R$ 1.200


C - Investimentos – Empresa B (Ativo) R$ 1.200

Ou seja, não influenciaram o resultado por equivalência patrimonial da Cia. XYZ.

Cia P:

O investimento efetuado pela Cia. XYZ na Cia. P era avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial
(Coligada), mas passou a ser classificado como Ativo Não Circulante Mantido para Venda. Logo, não
influenciará o resultado por MEP. Aqui foi a pegadinha da banca.

Indo mais fundo! Palavras chaves para classificar um ativo como não circulante mantido para venda:

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- A entidade irá vender este ativo.

- Ele deve estar disponível para venda imediata.

- A venda deve ser altamente provável.

- A direção da empresa tem de estar comprometida com a venda.

- A venda será feita no prazo de 1 ano.

Gabarito: C

20. (Instituto AOCP/PC ES/Per. Of. Crim. - Área 1/2019) A empresa investidora S.A. possui 80% das ações
da Cia. Investida. Em 2018, a Cia. Investida distribuiu dividendos com pagamento à vista no valor de R$
250.000,00. Ao contabilizar esse fato, a empresa investidora S.A. debitou caixa e creditou
a) receita operacional.
b) receita de dividendos.
c) outras receitas.
d) investimentos.
e) receita de equivalência patrimonial.

Comentários:

A empresa investidora S.A. possui 80% das ações da Cia. Investida, portanto é CONTROLADORA, portanto, o
investimento é avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial.

Como a empresa investida distribuiu 250.000 em dividendos, cabe à controladora:

250.000 x 80/100 = 200.000

Contabilização:

D – Dividendos a receber
C – Investimentos R$ 200.000

Gabarito: D.

21. (CESGRANRIO/Auditor Júnior/Petrobras/2018) A companhia V, que adquiriu uma participação


acionária no capital votante da companhia G, apresentou as seguintes informações referentes a esse
investimento, em reais:
2015: aquisição inicial da participação na companhia G
Aquisição de 8% do capital votante da companhia G 135.000,00

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Dados da investida: companhia G


Patrimônio líquido na data da operação 1.687.500
Lucro em 2015 37.500,00
Dividendos em 2015 15.000,00
2016: aumento da participação na companhia G
Aquisição: mais 52% do capital votante da companhia G 889.200,00
Lucro em 2016 67.500,00
Dividendos 2016 52.500,00
Considerando-se as informações apresentadas pela companhia V sobre seu investimento na companhia G;
considerando-se que o investimento avaliado pelo método de custo em 2015 passou a ser avaliado pelo
método de equivalência patrimonial em 2016 e considerando-se, ainda, que a participação no capital votante
da companhia G passou de 8% para 60%, verifica-se que o valor do ajuste do investimento a ser contabilizado
no patrimônio líquido da companhia V, em 2016, em reais, é de
(A) 1.800,00
(B) 7.800,00
(C) 9.000,00
(D) 10.800,00
(E) 15.000,00

Comentários:

A empresa tinha 8%, no valor de R$ 135.000,00, avaliado ao custo.

O patrimônio líquido final da investida em 2015 era R$ 1.687.500 + 37.500 – 15.000 = 1.710.000,00.

O investimento foi alterado, posteriormente, para o método da equivalência patrimonial, comprando-se


mais 52%.

R$ 1.710.000,00 x 52% = R$ 889.200,00.

Mas ela ficou com 60%:

R$ 1.710.000,00 x 60% = R$ 1.026.000,00

Porém a soma dos investimentos é a seguinte: R$ 135.000,00 + 889.200,00 = R$ 1.024.200,00.

Vejam que a diferença entre a soma dos investimentos e o novo valor avaliado pelo MEP é de R$ 1.800,00,
diferença esta que deve ser ajustada no patrimônio líquido.

Gabarito: A

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De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e suas atualizações e com os pronunciamentos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item que se segue.

22. (CEBRASPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional - Contabilidade/2017) A posse de instrumento que


conceda potencial direito de voto prontamente exercível ou conversível deve ser considerada para fins de
avaliação de influência significativa de uma entidade em outra e, em decorrência, de consolidação de
demonstrações contábeis.

Comentários:

Segundo o CPC 18, item 07 temos que:

A entidade pode ter em seu poder direitos de subscrição, opções não padronizadas de
compras de ações (warrants), opções de compra de ações, instrumentos de dívida ou
patrimoniais conversíveis em ações ordinárias ou outros instrumentos semelhantes com
potencial de, se exercidos ou convertidos, conferir à entidade poder de voto adicional ou
reduzir o poder de voto de outra parte sobre as políticas financeiras e operacionais da
investida (isto é, potenciais direitos de voto).

A existência e a efetivação dos potenciais direitos de voto prontamente exercíveis ou


conversíveis, incluindo os potenciais direitos de voto detidos por outras entidades, devem
ser consideradas na avaliação de a entidade possuir ou não influência significativa ou
controle. Os potenciais direitos de voto não são exercíveis ou conversíveis quando, por
exemplo, não podem ser exercidos ou convertidos até uma data futura ou até a ocorrência
de evento futuro.

Vamos apresentar um exemplo, extraído do FIPECAFI, para que possamos entender melhor o que o CPC
afirma.

A Empresa Alfa possui diretamente uma participação de 10% no capital votante da Empresa
Beta, bem como possui opções de compra de ação, as quais, na data da análise, são
prontamente exercíveis (sem restrições ou impedimentos) e que permitirão obter
adicionalmente mais 15% de participação no capital votante da Empresa Beta.

Esse fato, em conjunto com outras evidências, permite aos administradores da Empresa Alfa concluírem pela
caracterização da influência significativa sobre a Empresa Beta, a qual passa então a ser considerada como
uma coligada.

Porém se outras partes (outros sócios da Empresa Beta) também tiverem direitos de voto potenciais, eles
também deveriam ser considerados na análise, uma vez que eles podem aumentar (ou concentrar) ou
reduzir (ou diluir) o poder de voto das demais partes.

Gabarito: Certo

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O item a seguir, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada de acordo com
os pronunciamentos do CPC.

23. (CEBRASPE/TCE-PE/Analista de Controle Externo/2017) Embora seja responsável pela nomeação de


quatro dos cinco diretores da companhia Beta, a companhia Gama possui apenas 15% das ações com
direito a voto da companhia Beta. Nessa situação, a companhia Gama deverá avaliar sua participação na
companhia Beta pelo método de custo.

Comentários:

Investimentos em coligadas ou controladas são, como regra, avaliados pelo Método da Equivalência
Patrimonial. Por sua vez, são coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa

A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das
políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Ela é presumida quando se possui 20% do
capital votante (ações ordinárias). Essa presunção, entretanto, admite prova em contrário! Uma empresa
pode ter mais de 20% e não ter influência significativa e ter menos de 20% e ter influência significativa.

A questão tenta induzir o candidato a focar apenas no percentual de 15%, e assim, classificar o item como
correto. Porém, temos uma informação muito importante: ela é responsável pela nomeação de quatro dos
cinco diretores da companhia Beta.

O CPC 18 apresenta situações que podem evidenciar a existência de influência significativa:

6. A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma


ou mais das seguintes formas:

(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;

(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre


dividendos e outras distribuições;

(c) operações materiais entre o investidor e a investida;

(d) intercâmbio de diretores ou gerentes;

(e) fornecimento de informação técnica essencial.

Vamos usar um esquema para visualizar melhor essa informação:

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Representação
Conselho/Diretoria

Elaboração Políticas/Decisões
Investimentos

Operações Materiais:
Influência Significativa
Investidor x Investida

Intercâmbio
Diretores/Gerentes

Fornecimento Informação
Técnica Essencial

Assim sendo, ela possui representação na diretoria da investida, portanto, exerce influência significativa,
portanto, o investimento deve ser avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial e não pelo custo.

Gabarito: Errado

Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.
24. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Reduzido a zero o saldo contábil do
investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial, nenhuma perda adicional proporcionada
pelo investimento será reconhecida nas demonstrações contábeis do investidor.

Comentários:

Item bastante interessante, e conforme previsto no CPC 18:

39. Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas
adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente na
extensão em que o investidor tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas (não
formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da investida. Se a investida
subsequentemente apurar lucros, o investidor deve retomar o reconhecimento de sua
participação nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe cabe nesses lucros
posteriores se igualar à sua participação nas perdas não reconhecidas.

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Portanto, se a empresa investida, por exemplo, apurar grande prejuízo e seu patrimônio líquido torna-se
negativo (passivo a descoberto), na investidora essa perda irá ser classificada no Passivo. O item erra ao
afirmar que nenhuma perda adicional proporcionada pelo investimento será reconhecida.

Esquematizemos:

Reduzido a zero ou
Perda Adicional Passivo
negativo o PL Investida

Gabarito: Errado

Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.

25. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) O investimento avaliado pelo método da


equivalência patrimonial deve compor o ativo não circulante no balanço patrimonial, exceto se esse
investimento for classificado como mantido para venda.

Comentários:

Para resolvermos essa questão, vamos separar o item em duas partes, vejamos:

“O investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial deve compor o ativo não circulante no
balanço patrimonial”.

Os investimentos ou são de caráter transitório, quando a empresa não tem a intenção de permanecer com
eles no longo prazo, sendo classificados no circulante ou não circulante realizável a longo prazo, ou, então,
são de caráter permanente, quando a empresa tem a intenção de mantê-los, sendo nesta hipótese
classificados no ativo não circulante investimentos.

Há três formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo método de custo, método do valor justo ou
pelo método da equivalência patrimonial. Os mais importantes para provas são o método da equivalência
patrimonial e o método do custo.

Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo grupo e sob controle


comum são avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas, serão avaliados pelo
método de Custo ou Valor Justo.

Esquematizemos:

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Coligadas

Controladas

MEP
Sociedades sob
controle comum

Mesmo grupo
Investimentos

Custo Outros

Valor Justo

Portanto, essa parte está correta. Agora vejamos a segunda parte:

“Exceto se esse investimento for classificado como mantido para venda”.

De acordo com o artigo 183 da Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos


de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis
para a venda; e

Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições


legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no
caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito.

Portanto, esse trecho também está correto, pois é a aquisição de instrumentos patrimoniais de outras
empresas que sejam classificados como mantidos para venda não classificados como Investimentos, mas
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo.

O que vale é a “Essência sobre a forma”. Se a intenção é a revenda, a classificação é como circulante.

Gabarito: Certo

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Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.

26. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) A existência de influência, mesmo que


significativa, de uma entidade em relação a outra não é condição suficiente para se concluir que as
referidas empresas sejam coligadas.

Comentários:

Lei 6404/76:

Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência
significativa.

§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o


poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem
controlá-la.

§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por
cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

Políticas
Detém poder de financeiras
participar nas
decisões
Operacional
Influência
Coligadas
Significativa
> 20% capital
votante
Presumida
Aceita prova em
contrário

Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a existência da influência significativa.
Esta será a palavra-chave!

Sim Coligada MEP


Infl.
Significativa Invest.
Não Custo
Perm.

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A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das
políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Ela é presumida quando se possui 20% do
capital votante (ações ordinárias). Essa presunção, entretanto, admite prova em contrário! Uma empresa
pode ter mais de 20% e não ter influência significativa e ter menos de 20% e ter influência significativa.

Nos termos do CPC 18:

Influência significativa

6. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de controladas),


vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha
influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por
outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por
exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele
não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente
demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor
não necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência significativa.

7. A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por um


ou mais das seguintes formas:

(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;

(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre


dividendos e outras distribuições;

(c) operações materiais entre o investidor e a investida;

(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou

(e) fornecimento de informação técnica essencial.

Preparamos o seguinte esquema para vocês, pois consideramos que esses conceitos são muito importantes
para provas de concursos, portanto:

Representação no conselho de administração ou na diretoria


da investida;

Participação nos processos de elaboração de políticas,


inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições;

Influência
Significativa Operações materiais entre o investidor e a investida;

Intercâmbio de diretores ou gerentes;

Fornecimento de informação técnica essencial

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Diante do exposto, a existência de influência, mesmo que significativa, de uma entidade em relação a outra
é condição suficiente para se concluir que as referidas empresas sejam coligadas.

Gabarito: Errado

Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.

27. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Os investimentos avaliados pelo método


da equivalência patrimonial estão sujeitos ao reconhecimento de perdas adicionais em função da redução
ao seu valor recuperável.

Comentários:

Segundo o CPC 18, o investimento em coligada, em controlada e em empreendimento controlado em


conjunto deve ser contabilizado pelo método da equivalência patrimonial a partir da data em que o
investimento se tornar sua coligada, controlada ou empreendimento controlado em conjunto.

De acordo com o item 40 do mesmo pronunciamento, temos que:

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, incluindo o reconhecimento dos


prejuízos da coligada ou do empreendimento controlado em conjunto em conformidade
com o disposto no item 38, o investidor deve aplicar os requisitos do Pronunciamento
Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração para
determinar a necessidade de reconhecer alguma perda adicional por redução ao valor
recuperável do investimento líquido total desse investidor na investida.

Gabarito: Certo

Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.

28. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) A intenção da administração e a


capacidade financeira de exercer ou converter os potenciais direitos de voto são elementos essenciais para
se avaliar se tais direitos contribuem para a influência significativa ou para o controle de uma entidade
sobre outra.

Comentários:

Vejamos o que diz o CPC 18, item 08:

Ao avaliar se os potenciais direitos de voto contribuem para a influência significativa ou


para o controle, a entidade deve examinar todos os fatos e circunstâncias (inclusive os
termos do exercício dos potenciais direitos de voto e quaisquer outros acordos contratuais

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considerados individualmente ou em conjunto) que possam afetar os direitos potenciais,


exceto a intenção da administração e a capacidade financeira de exercê-los ou convertê-
los.

Portanto, a assertiva está errada pois a intenção da administração e a capacidade financeira de exercer ou
converter os potenciais direitos de voto não são elementos essenciais para se avaliar se tais direitos
contribuem para a influência significativa ou para o controle de uma entidade sobre outra.

Gabarito: Errado

Julgue o item a seguir, relativos à consolidação das demonstrações financeiras.


Situação hipotética: Uma empresa obteve lucro de R$ 400.000 com a venda de estoque para outra empresa
do mesmo grupo. No final do exercício, o estoque negociado permaneceu no ativo da empresa compradora.
A empresa vendedora está sujeita a uma alíquota de 30% de impostos e contribuições sobre o lucro.

29. (CEBRASPE/Funpresp-EXE/Contabilidade e Finanças/2016) Assertiva: Nesse caso, na consolidação dos


balanços, o lucro consolidado será reduzido pela diferença entre o lucro obtido na negociação intergrupo
e a tributação sobre esse lucro.

Comentários:

No caso das demonstrações consolidadas, considera-se realizado o resultado quando ocorre venda a
terceiro. O lucro não realizado pode ocorrer na venda de estoque, investimento, instrumentos financeiros
de curto prazo, imobilizado ou intangível.

No caso do imobilizado, além de excluir o lucro não realizado, é necessário controlar a depreciação referente
a esse lucro inter-companhias. Tal depreciação deve ser eliminada do resultado consolidado. (Trata-se de
um processo muito trabalhoso. Dificilmente será cobrado em concurso).

A maioria das questões de lucro não realizado refere-se à venda de estoque. Modelo de cálculo do Lucro nos
estoques:

Valor da Venda
(-) CMV
(=) Lucro na operação
x % não vendido a terceiros
(=) Lucro não realizado

Na questão apresentada, temos que:

(=) Lucro na operação R$ 400.000,00


x % não vendido a terceiros 100%
(=) Lucro não realizado R$ 400.000,00

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Portanto, item correto, o lucro consolidado será reduzido pela diferença entre o lucro obtido na negociação
intergrupo e a tributação sobre esse resultado.

Gabarito: Certo

30. (CEBRASPE/Perito Criminal/Contabilidade/PC-PE/2016) A propósito de investimento em sociedade


coligada, assinale a opção correta.
a) A participação de membro da investidora no conselho de administração da investida não representa uma
influência significativa.
b) Sociedade com investimento em coligada deve consolidar as demonstrações contábeis.
c) A influência significativa da investidora sobre a investida pode ser verificada pela participação nos
processos de criação de políticas, até em decisões sobre dividendos e outras distribuições.
d) Um investidor que detiver, direta ou indiretamente, até 20% do poder de voto de uma investida será
detentor de influência significativa sobre esta.
e) O investimento em sociedade coligada deve ser avaliado pelo método do custo amortizado.

Comentários:

a) A participação de membro da investidora no conselho de administração da investida não representa


uma influência significativa.

Item incorreto, pois, segundo o CPC18, “A existência de influência significativa por investidor geralmente é
evidenciada por um ou mais das seguintes formas: (a) representação no conselho de administração ou na
diretoria da investida; [...].

b) Sociedade com investimento em coligada deve consolidar as demonstrações contábeis.

Item errado, visto que a empresa deve consolidar investimentos em controladas. Empresas coligadas o
investimento será avaliado pelo MEP.

c) A influência significativa da investidora sobre a investida pode ser verificada pela participação nos
processos de criação de políticas, até em decisões sobre dividendos e outras distribuições.

Item correto, conforme preconiza o CPC 18,

A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por um ou


mais das seguintes formas: [...]

(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre


dividendos e outras distribuições.

d) Um investidor que detiver, direta ou indiretamente, até 20% do poder de voto de uma investida será
detentor de influência significativa sobre esta.

Segundo a Lei 6404/76,

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Art. 243 § 1º: “São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência
significativa”. “§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de
20% (vinte por cento) OU MAIS do capital votante da investida, sem controlá-la.”

Se o investidor tiver até 20% do poder de voto, não há influência significativa. Item errado.

e) O investimento em sociedade coligada deve ser avaliado pelo método do custo amortizado.

Item errado, pois investimentos em coligadas devem ser avaliados pelo MEP.

Gabarito: C

31. (CEBRASPE/Perito-Criminal/Contabilidade/PC-PE/2016) Acerca de investimento em sociedade


controlada, assinale a opção correta.
a) Os lucros não realizados entre controlada e controladora não afetam o resultado da equivalência
patrimonial reconhecido pela investidora.
b) O intercâmbio de diretores ou gerentes entre investidora e investida caracteriza o controle sobre as
operações da investida.
c) Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em sociedade controlada deve ser inicialmente
reconhecido pelo custo no balanço da investidora e posteriormente deve ser ajustado pelas variações do
patrimônio líquido da investida.
d) O lançamento contábil de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido da investida não é
reconhecido no balanço patrimonial da investidora.
e) Os dividendos distribuídos pela investidora reduzem o valor do investimento na controlada.

Comentários:

a) Os lucros não realizados entre controlada e controladora não afetam o resultado da equivalência
patrimonial reconhecido pela investidora. Errado. Os lucros não realizados devem ser eliminados, e,
portanto, afetam o resultado da Equivalência Patrimonial.

b) O intercâmbio de diretores ou gerentes entre investidora e investida caracteriza o controle sobre as


operações da investida. Errado. O intercâmbio de diretores ou gerentes evidencia a existência de influência
significativa, e não controle.

Conforme o CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas:

O investidor controla a investida quando está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos
variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de afetar
esses retornos por meio de seu poder sobre a investida. 7. Assim, o investidor controla a
investida se, e somente se, o investidor possuir todos os atributos seguintes:

(a) poder sobre a investida (ver itens 10 a 14);

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(b) exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com
a investida (ver itens 15 e 16); e

(c) a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos

c) Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em sociedade controlada deve ser inicialmente
reconhecido pelo custo no balanço da investidora e posteriormente deve ser ajustado pelas variações do
patrimônio líquido da investida. Certo. Cópia do CPC 18 - (R2) Investimento em Coligada, em Controlada e
em Empreendimento Controlado em Conjunto:

10. Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em


empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço
individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será
aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou
prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição.

d) O lançamento contábil de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido da investida não é


reconhecido no balanço patrimonial da investidora. Errado. O lançamento contábil de ajuste de avaliação
patrimonial no patrimônio líquido da investida é reconhecido no balanço patrimonial da investidora através
de uma conta reflexa no Patrimônio Líquido (“Ajuste de Avaliação Patrimonial em Coligadas e Controladas”).

e) Os dividendos distribuídos pela investidora reduzem o valor do investimento na controlada. Errado. A


banca inverteu. O correto é: “Os dividendos distribuídos pela INVESTIDA reduzem o valor do investimento
na INVESTIDORA. ”

Gabarito: C

32. (CEBRASPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC-PE/2016) Se uma investidora tem 40% de


participação no capital da investida e influência significativa, e, em 2015, a investida obteve um lucro de
R$ 200.000 e distribuiu dividendos no valor de R$ 100.000, então
a) a variação na conta investimento na investidora foi inferior a R$ 55.000.
b) o valor dos dividendos recebidos pela investidora foi superior ao valor da receita de equivalência
patrimonial.
c) a receita de equivalência foi inferior a R$ 70.000.
d) o fato de a investidora possuir influência significativa permite concluir que a investida é uma controlada
da investidora.
e) o valor da despesa de equivalência reconhecido pela investidora foi inferior a R$ 40.000.

Comentários:

Se há influência significativa, significa que, no mínimo, estamos em uma situação de coligação (salvo prova
em contrário). O investimento será avaliado pelo MEP. Quando a investida apura o lucro, temos:

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D – Investimentos avaliados pelo MEP (200.000 x 40%) 80.000,00


C – Receita com MEP 80.000,00

Depois, quando houver distribuição dos dividendos, vamos lançar:

D – Dividendos a receber (100.000 x 40%) 40.000,00


C – Investimentos avaliados pelo MEP 40.000,00

Logo:

a) a variação na conta investimento na investidora foi inferior a R$ 55.000.

Gabarito! Variação foi de R$ 80.000 – 40.000 = 40.000

b) o valor dos dividendos recebidos pela investidora foi superior ao valor da receita de equivalência
patrimonial.

Errado. A receita foi de 80.000,00, os dividendos de 40.000,00.

c) a receita de equivalência foi inferior a R$ 70.000.

Errado. A receita foi de R$ 80.000,00.

d) o fato de a investidora possuir influência significativa permite concluir que a investida é uma controlada
da investidora.

Errado. Permite concluir que é uma coligada, salvo se houvesse prova em contrário. Mas a questão foi
silente.

e) o valor da despesa de equivalência reconhecido pela investidora foi inferior a R$ 40.000.

Errado. Não há despesa de equivalência patrimonial, mas sim receita.

Gabarito: A

33. (FCC/ISS TERESINA/2016) No dia 30/04/2015, a empresa Sempre Comprando S.A. adquiriu 80% das
ações da empresa Perspectiva S.A. por R$ 80.000.000,00 e passou a deter controle sobre esta. O valor pago
corresponde a 80% do valor justo líquido dos ativos e passivos adquiridos pela empresa Sempre
Comprando S.A. No ano de 2015, a empresa Perspectiva S.A. apurou um lucro líquido de R$ 24.000.000,00.
Os valores evidenciados no Balanço Patrimonial de 31/12/2015 e na Demonstração do Resultado do ano
de 2015, nas demonstrações contábeis individuais da empresa Sempre Comprando S.A., foram,
respectivamente, em reais,
(A) Investimentos = 80.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 0.
(B) Dividendos a Receber = 19.200.000,00 e Resultado de Participação Societária = 19.200.000,00.

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(C) Investimentos = 99.200.000,00 e Resultado de Participação Societária = 19.200.000,00.


(D) Dividendos a Receber = 24.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 24.000.000,00.
(E) Investimentos = 104.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 24.000.000,00.

Comentários:

O valor pago é igual à participação do valor justo. Assim, não há Goodwill e nem Compra Vantajosa.

O Investimento fica contabilizado inicialmente pelo valor de $80.000.000.

Em 2015, a empresa Perspectiva apura um lucro de $24.000.000.

A parte da empresa Sempre Comprando é: $24.000.000 x 80% = $ 19.200.000

A contabilização da Equivalência Patrimonial é a seguinte:

D – Investimento (Ativo) 19.200.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial (Resultado) 19.200.000

Valor total do investimento = $80.000.000 + $19.200.000 = $99.200.000

Gabarito: C

34. (FGV/Prefeitura de Paulínia/Contador/2016) A Cia Alfa possui participação de 12% no capital social da
Cia Beta. O presidente da Cia Alfa integra o conselho de administração da Cia Beta.
Com base nas informações acima e de acordo com a Lei n.º 11.638/2007 e com os pronunciamentos técnicos
do CPC, assinale a opção que indica como a participação societária da Cia Alfa na Cia Beta deve ser
considerada.
a) Associada
b) Coligada
c) Controlada
d) Conjugada
e) Subsidiária

Comentários:

Embora a Cia Alfa possua participação de 12% no capital social da Cia Beta, podemos considerar sua
participação como Coligada. Isso se deve a existência de influência significativa pela Cia Alfa evidenciada pela
representação no conselho de administração da Cia Beta.

Obs.: a influência significativa é presumida quando se possui 20% do capital votante (ações
ordinárias). Essa presunção, entretanto, admite prova em contrário!

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Gabarito: B

35. (FGV/ISS Cuiabá/Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal/2016) A Cia. A possui participação
societária na Cia B, investida com participação de 18% do capital social. O diretor financeiro da Cia. A é
membro do conselho de administração da Cia B.
De acordo com a Lei nº 6.404/76, o investimento na Cia. B deve ser avaliado no balanço patrimonial da Cia.
A, pelo
a) valor justo.
b) valor de saída.
c) método do custo.
d) método da reavaliação.
e) método da equivalência patrimonial.

Comentários:

Vimos que a influência significativa é presumida quando se possui 20% do capital votante (ações ordinárias).
Essa presunção, entretanto, ADMITE PROVA EM CONTRÁRIO. Apesar da Cia A possui participação de 18%
no capital social da Cia B, podemos considerar sua participação como Coligada. Isso se deve a existência de
influência significativa pela Cia Alfa evidenciada pela representação no conselho de administração da Cia B.

Lembrando que os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo grupo e sob controle
comum são avaliados pelo MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL.

Gabarito: E

36. (CESGRANRIO/Transpetro/Auditor-Junior/2016) Em 3 de outubro de 2014, a Companhia A adquiriu,


sem intenção de venda e sem controle, as ações de um dos acionistas da Companhia B, correspondentes
a 20% do total das ações emitidas pela Companhia B, por R$ 120.000,00, com pagamento no ato, por
transferência bancária.
A Companhia B, que só emite ações ordinárias, apresentou, no mesmo dia da operação, as seguintes
informações:
• Patrimônio Líquido: R$ 420.000,00, correspondentes ao valor justo dos ativos e passivos
• Volume das vendas, até à data da operação: R$ 80.000,00
Nesse contexto e de acordo com as normas contábeis e societárias vigentes, o registro contábil na
Companhia A dessa operação, na data de sua realização, é, em reais, o seguinte:
a) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 120.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00
b) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 104.000,00
D: Ágio no Investimento em Coligadas / Cia. B 16.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00

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c) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 100.000,00


D: Ágio no Investimento em Coligadas / Cia. B 20.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00
d) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 84.000,00
D: Ágio no Investimento em Coligadas / Cia. B 36.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00
e) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 68.000,00
D: Ágio no Investimento em Coligadas / Cia. B 52.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00

Comentários:

O valor justo do investimento, aplicando-se o percentual de participação de investidora é de 420.000 x 0,2 =


84.000. Por sua vez, o valor pago foi de 120.000, assim, o goodwill é a diferença entre esses dois valores =
120.000 – 84.000 = 36.000.

A contabilização ficou:

D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 84.000,00


D: Ágio no Investimento em Coligadas / Cia. B 36.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00

Gabarito: D

37. (CESGRANRIO/Petrobrás/Contabilidade/2015) A companhia I adquiriu por R$ 350.000,00, 35% das


ações da companhia J, que só emite ações ordinárias e tem Patrimônio Líquido de R$ 800.000,00.
Na complementação da operação, foi feita a avaliação de ativos e passivos a valor justo, nos termos das
normas vigentes, sendo apurada, em reais, a seguinte situação:
Balanço Justo valor
ATIVO
Ativo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 500.000,00 500.000,00
Clientes 120.000,00 110.000,00
Estoques 400.000,00 440.000,00
Ativo Não Circulante
Imobilizado 600.000,00 650.000,00
(-) Depreciação Acumulada (240.000,00) (260.000,00)
PASSIVO
Passivo Circulante 400.000,00 400.000,00
Passivo Não Circulante 180.000,00 180.000,00

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Considerando somente as informações apresentadas, as determinações dos procedimentos técnicos,


emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis em vigor, aprovados pela CVM, e desconsiderando
qualquer efeito tributário, o valor do ágio por rentabilidade futura, apurado pela investidora, a companhia I,
em reais, é
a) 24.500,00
b) 31.500,00
c) 49.000,00
d) 60.000,00
e) 70.000,00

Comentários:

Reforçando o entendimento:

Valor justo
(-) Valor contábil
Mais valia

Já...

Valor pago
(-) Valor justo
Goodwill

Temos as seguintes informações:

Valor Pago = 350.000

Valor Patrimonial = 800.000 x 0,35 = 280.000

Para encontramos o Valor Justo do investimento, vamos usar a nossa velha conhecida equação fundamental
da Contabilidade e descobriremos o Patrimônio Líquido:

ATIVO Valor Justo


Ativo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 500.000,00
Clientes 110.000,00
Estoques 440.000,00
Ativo Não Circulante
Imobilizado 650.000,00
(-) Depreciação Acumulada (260.000,00)
Total do Ativo 1.440.000,00

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PASSIVO
Passivo Circulante 400.000,00
Passivo Não Circulante 180.000,00
Total do Passivo 580.000,00

Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo = 1.440.000 – 580.000 = 860.000,00

Como a companhia I possui 35% das ações preferenciais de J, o percentual do Patrimônio Líquido avaliado a
valor justo que pertence à investidora será: 860.000,00 x 0,35= 301.000,00

Agora temos:

Valor Pago = 350.000


(-) Valor Justo = 301.000
Goodwill = 49.000

Valor Patrimonial = 280.000

Mais-Valia = 301.000 – 280.000 = 21.000

Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o Goodwill ficam classificados


em Investimento, controlados em subcontas:

D – Investimento coligada J 280.000


D – Investimento coligada J – Mais Valia do ativo líquido 21.000
D – Investimento coligada J XYZ – Goodwill 49.000
C – Caixa/bancos 350.000

No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que lhe deram origem.

E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica.

A Mais Valia será realizada conforme a realização do ativo e passivo que a originaram.

Gabarito: C

38. (Instituto AOCP/Pref. Angra/2015) A Cia. Paranaense adquiriu 35% das ações da Cia. Catarinense por
R$ 4.500.000. Sabemos que na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Catarinense era R$
6.500.000 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. Catarinense era R$ 8.000.000.
Em 2014, a Cia. Catarinense apurou um lucro líquido de R$ 650.000,00 e distribuiu e pagou dividendos no
valor de R$ 340.000,00. A Cia. Paranaense reconheceu, em suas demonstrações financeiras, a receita de
equivalência patrimonial no valor de
a) R$ 227.500,00 e receita de dividendos de R$ 119.000,00.

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b) R$ 108.500,00 e receita de dividendos de R$ 119.000,00.


c) R$ 227.500,00.
d) R$ 346.500,00.
e) R$ 108.500,00.

Comentários:

Como a questão solicita apenas a receita de equivalência patrimonial, temos que multiplicar o percentual de
participação pelo resultado do exercício: 650.000 x 0,35 = 227.500, letra C.

Vamos aproveitar a questão para aprofundarmos o tema! Vamos efetuar a contabilização da aquisição do
investimento e verificarmos se há reconhecimento de goodwill, compra vantajosa ou mais valia.

Valor Contábil PL Cia Paranaense (proporcional ao % participação) = 6.500.00 x 0,35 = 2.275.000

Valor Justo PL Cia Paranaense (proporcional ao % participação) = 8.000.00 x 0,35 = 2.800.000

Valor Pago = 4.500.000

Goodwill = Valor Pago – Valor Justo = 1.700.000

Mais-Valia = Valor Justo – Valor Contábil = 2.800.000 – 2.275.000 = 525.000

Contabilização:

D – Investimento Cia Paranaense – Valor Contábil R$ 2.275.00


D – Investimento Cia Paranaense – Goodwill R$ 1.700.000
D – Investimento Cia Paranaense – Mais – Valia R$ 525.000
C– Caixa R$ 4.500.000

Gabarito: C.

39. (FGV/TJ RO/Analista Judiciário - Contador/2015) A Cia. Alfa, que não é uma entidade de investimento
e cujas ações são negociadas em bolsa de valores, é titular de direitos de sócio que lhe asseguram, de
modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores da Beta S.A. Além disso, a Cia. Alfa também detém participações societárias na Gama S.A.
e na Delta S.A. Porém, enquanto na Gama S.A. a Cia. Alfa participa nas decisões das políticas financeiras e
operacionais, embora não a controle, na Delta S.A. a Cia. Alfa não tem qualquer tipo de ingerência. Em
suas demonstrações financeiras, a Cia. Alfa deverá avaliar os investimentos:
a) na Beta S.A., na Gama S.A. e na Delta S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir seus ativos,
passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa nas demonstrações consolidadas;
b) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir seus ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa nas demonstrações consolidadas;

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c) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Beta S.A. nas demonstrações consolidadas;
d) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Gama S.A. nas demonstrações consolidadas;
e) na Gama S.A. e na Delta S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Beta S.A. nas demonstrações consolidadas.

Comentários:

• Beta S.A.:

A Cia. Alfa, é titular de direitos de sócio que lhe asseguram, de MODO PERMANENTE, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a MAIORIA dos administradores da Beta S.A. Tais características a
enquadra como controladora da Beta S.A.

É importante recordar que os investimentos em controladas são avaliados pelo método da equivalência
patrimonial

• Gama S.A.:

Também detém participações societárias na Gama S.A. e participa nas decisões das POLÍTICAS FINANCEIRAS
E OPERACIONAIS, embora NÃO A CONTROLE.

Isso significa a influência significativa. Consequentemente, podemos considerar sua participação como
Coligada.

• Delta S.A.:

Além disso, a Cia. Alfa detém participações societárias na Delta S.A. Porém, não tem qualquer tipo de
ingerência. Nesse caso, devemos utilizar o critério residual. Ou seja, será avaliado pelo método de Custo.

No tocante as demonstrações, existe a demonstração individual da empresa e uma demonstração


consolidada, que é aquela que considera todas as empresas como se fosse um único grupo.

Conforme o apêndice do Pronunciamento CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas:

Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em


que OS ATIVOS, PASSIVOS, PATRIMÔNIO LÍQUIDO, RECEITAS, DESPESAS E FLUXOS DE
CAIXA da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única
entidade econômica.

Ainda, de acordo CPC 36 (R3):

A entidade que seja controladora deve apresentar demonstrações consolidadas.

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Assim, com base nesse pronunciamento, a Cia. Alfa deverá incluir os ativos, passivos, patrimônio líquido,
receitas, despesas e fluxos de caixa da Beta S.A. (sua controlada) nas demonstrações consolidadas.

Gabarito: C

40. (FGV/TCM SP/Contador/2015) A Cia. Industrial Iota tem uma participação de 25% no capital social da
Comercial Kapa S.A., que é composto exclusivamente por ações ordinárias. Os demais investidores da
Comercial Kapa S.A. são independentes do grupo econômico ao qual a Cia. Industrial Iota pertence. Em
30/11/x1, a Cia. Industrial Iota vendeu produtos à Comercial Kapa S.A. por um total de R$1.000.000.
Esses produtos tiveram um custo para a Cia. Industrial Iota de R$800.000. Até 31/12/x1, a Comercial Kapa
S.A. havia vendido metade desses produtos a clientes que não eram partes relacionadas nem dela nem da
Cia. Industrial Iota. Sabendo que essas transações não são tributadas, que não houve outras operações entre
ambas as companhias durante x1, e que ao final desse exercício a Comercial Kapa S.A. obteve um lucro
líquido de R$1.200.000, o efeito líquido no resultado da Cia. Industrial Iota de sua participação nos resultados
de x1 da Comercial Kapa S.A. será de:
(A) R$100.000;
(B) R$200.000;
(C) R$250.000;
(D) R$275.000;
(E) R$300.000.

Comentários:

Vamos calcular o lucro retido nos estoques:

Venda 1.000.000
Custo dos produtos vendidos (800.000)
Lucro na operação 200.000

Como metade dos produtos foram vendidos para terceiros, o lucro retido nos estoques é de: $200.000 / 2 =
$100.000.

Agora, a participação nos resultados. Antes, devemos lembrar que a regra para o cálculo da equivalência
patrimonial, quando houver lucros retidos no estoque, é a seguinte:

Entre coligadas: diminui apenas a participação da investidora. Nesta questão, apenas 25% do lucro não
realizado ou lucro retido será abatido do cálculo da equivalência patrimonial.

No caso de controlada: diminui 100% do valor do lucro não realizado, ainda que a participação da
controladora seja menor que 100%. Por exemplo, no caso de uma controladora com 60% de participação,
devemos abater 100% do lucro não realizado, para o cálculo da equivalência patrimonial.

Equivalência patrimonial:

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Lucro líquido 1.200.000


x participação 25%
= subtotal 300.000
(-) Lucro não realizado (25.000)
Resultado 275.000

Cálculo do lucro retido no estoque:

Total lucro não realizado x participação = $$100.000 x 25% = 25.000

Gabarito: D

41. (FGV/TCM SP/Contador/2015) A Cia. Industrial Lambda tem uma participação de 75% no capital social
da Comercial Mi S.A., que é composto exclusivamente por ações ordinárias. Os demais investidores da
Comercial Mi S.A. são independentes do grupo econômico ao qual a Cia. Industrial Lambda pertence. Em
30/11/x1, a Cia. Industrial Lambda vendeu produtos à Comercial Mi S.A. por um total de R$1.000.000.
Esses produtos tiveram um custo para a Cia. Industrial Lambda de R$800.000. Até 31/12/x1, a Comercial
Mi S.A. havia vendido metade desses produtos, por R$750.000, a clientes que não eram partes
relacionadas nem dela nem da Cia. Industrial Lambda. Sabendo que essas transações não são tributadas e
que não houve outras operações entre ambas as companhias durante x1, o efeito líquido das transações
descritas no resultado consolidado do exercício de x1 da Cia. Industrial Lambda será de:
(A) R$100.000;
(B) R$200.000;
(C) R$250.000;
(D) R$350.000;
(E) R$450.000.

Comentários:

A redação desta questão é muito semelhante à questão anterior, mas cobra o efeito líquido das transações
descritas no resultado consolidado da Cia Industrial Lambda.

No resultado consolidado, só interessa as operações com terceiros. As operações intragrupo (entre


controladora e controladas) devem ser eliminadas.

Do histórico, verificamos que a Cia Lambda vendeu para a Comercial Mi produtos com custo de $800.000. E
a Comercial Mi vendeu metade desses produtos por $750.000. Assim, o efeito no resultado consolidado será:

Venda $ 750.000
(-) Custo dos Produtos Vendidos ($400.000)
Lucro Bruto $ 350.000

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Gabarito: D

42. (FGV/Analista Contábil/DPE/RO/2015) Uma empresa controladora possui uma controlada com
patrimônio líquido negativo. A prática contábil aplicável nesse caso é:
(A) deve reconhecer passivos contingentes e outras obrigações cabíveis nas demonstrações separadas;
(B) nas demonstrações consolidadas, as controladas com patrimônio líquido igual a zero ou negativo não
devem ser consolidadas por terem efeito nulo;
(C) nas demonstrações individuais, deverá ser refletido o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio
líquido que são obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo econômico;
(D) quando a participação do investidor nos prejuízos do período se igualar ou exceder o saldo contábil de
sua participação na investida, o investidor deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em
perdas futuras;
(E) reduzir o investimento até zero e um passivo deve ser reconhecido somente na extensão em que o
investidor tiver incorrido em obrigações legais.

Comentários:

COLIGADAS: Os prejuízos na coligada devem parar de ser reconhecidos pela investidora, quando o valor da
sua participação chegar a zero.

CONTROLADAS: O prejuízo das controladas continua sendo reconhecido pela equivalência patrimonial,
mesmo depois de zerar o valor do investimento.

30A. O disposto nos itens 29 e 30 não se aplica a investimento em controlada no balanço


individual da controladora, devendo ser observada a prática contábil que produzir o
mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido para a controladora que são
obtidos a partir das demonstrações contábeis consolidadas do grupo econômico para
atendimento ao requerido quanto aos atributos de relevância, representação adequada,
primazia da essência sobre a forma e outros

Nesse caso, a controladora, em seu balanço individual, deverá contabilizar uma provisão no valor de sua
participação nos prejuízos da controlada. Vejamos um esquema:

Cessa quando A não ser que exista


Coligadas investimento chegar a obrigação legal ou
zero construtiva
PREJUÍZOS
EQUIVALÊNCIA
PATRIMONIAL Continua
Deve produzir o
reconhecendo o
mesmo esultado e o
Controladas prejuízo mesmo depois
mesmo PL que o
de zerar o
balanço consolidado
investimento

Gabarito: C

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43. (FGV/Analista Contábil/DPE MT/2015) Em 31/12/2013, a Cia. “X” possuía 80% de participação da Cia.
“Z”. Na data, as empresas apresentavam os seguintes balanços patrimoniais:
Cia A Cia B
Caixa R$ 500,00 R$ 1.100,00
Investimentos Cia B R$ 800,00
Total R$ 1.300,00 R$ 1.100,00
Financiamentos R$ 1.300,00 R$ 100,00
Capital R$ 1.100,00
Total R$ 1.300,00 R$ 1.100,00
Em 2014, a Cia. “Z” reconheceu receitas à vista com terceiros no valor de R$ 200,00 e despesa à vista com
terceiros no valor de R$ 150,00, enquanto a Cia. “X” não teve transações. De acordo com o Pronunciamento
Técnico CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas, com base somente nos dados apresentados, o valor do
patrimônio líquido consolidado, em 31/12/2014, era de
(A) R$ 1.050,00.
(B) R$ 1.300,00.
(C) R$ 1.340,00.
(D) R$ 1.550,00.
(E) R$ 1.650,00.

Comentários:

Há muitos erros no enunciado da questão:

- O quadro apresenta os dados da Cia A e Cia B, e não da Cia X e Cia Z.


- Não aparece o valor do Capital da Cia A (que deveria ser Cia X).
- Na Cia B, aparece “Financiamentos 100” E “Capital 1100”, e “Total 1100”.

Na verdade, o quadro correto a ser consolidado é o seguinte:

Cia X Cia Z
Caixa R$ 500,00 R$ 1.100,00
Investimentos Cia Y R$ 800,00
Total R$ 1.300,00 R$ 1.100,00
Financiamentos R$ 100,00
Capital R$ 1.300,00 R$ 1.000,00
Total R$ 1.300,00 R$ 1.100,00

Muito bem, vamos lá:

“Cia. “Z” reconheceu receitas à vista com terceiros no valor de R$ 200,00 e despesa à vista com terceiros no
valor de R$ 150,00.”

Assim, o PL da Cia Z aumentou 50 (passando então para 1.050).

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Para obter o valor do PL consolidado, vamos somar os valores do PL de cada empresa e diminui o valor da
participação de X em Z (que aparece no Ativo de X, Como “Investimentos Cia Y = 800”).

PL consolidado = 1300 + 1050 – 800 = 1.550O

Gabarito: D

44. (FGV/Analista Contábil/DPE/RO/2015) Um investimento avaliado pelo método de custo deve:


a) ter periodicamente seu valor justo mensurado e os ganhos ou perdas reconhecidos no resultado;
b) com base na Lei nº 6.404/76, e suas alterações, ser baixado para resultado ou avaliado ao valor justo;
c) ser avaliado por equivalência patrimonial;
d) ter seu valor recuperável testado quando houver evidência de perda;
e) ser ajustado pela deliberação sobre a distribuição de dividendos.

Comentários:

Vamos falar um pouco sobre os investimentos avaliados pelo custo. Conforme a Lei 6404/76:

Critérios de avaliação do ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o


disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas
prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como
permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a
companhia, de ações ou quotas bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender


às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao
valor de mercado, quando este for inferior;

Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e controladas, que estudaremos a seguir.

Os investimentos que não sejam em coligadas ou controladas são avaliados pelo custo de aquisição,
deduzido de provisão para perdas prováveis.

Os dividendos distribuídos são contabilizados como receita, quando da distribuição.

Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição do investimento são
considerados como uma recuperação de parte do investimento. A justificativa para esse procedimento é que
o valor da compra já incluía o lucro, que seria posteriormente distribuído.

Confira o Regulamento do Imposto de Renda:

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Art. 380. Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em decorrência de


participação societária avaliada pelo custo de aquisição, adquirida até seis meses antes da
data da respectiva percepção, serão registrados pelo contribuinte como diminuição do
valor do custo e não influenciarão as contas de resultado (Decreto-Lei nº 2.072, de 1983,
art. 2º).

Segundo o Manual de Contabilidade Societária, de Sérgio de Iudícibus e outros, 1ª edição, 2010, as normas
internacionais de contabilidade não aceitam esse procedimento.

Os lançamentos são os seguintes. Exemplo: aquisição de investimento avaliado pelo método de custo, pelo
valor de R$ 1.000,00.

Lançamento na aquisição:

D – Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 1.000,00


C – Caixa (Ativo Circulante) 1.000,00

Dividendos declarados, no valor de R$ 100,00, dentro de 6 meses:

D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 100,00


C – Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 100,00

Dividendos declarados, no valor de R$ 200,00, após 6 meses:

D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 200,00


C – Receita de dividendos (Resultado) 200,00

Perda, no valor de R$ 300,00, considerada como permanente:

D – Despesa com perda em investimentos – custo (Resultado) 300,00


C – Ajuste para perdas permanentes – Invest. Custos (Ret. Ativo) 300,00

Portanto, os investimentos que não sejam em coligadas ou controladas são avaliados pelo custo de
aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis.

Gabarito: D

45. (FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) A Cia. Mineira adquiriu, em 31/12/2013, 90% das ações da Cia.
Montanhosa por R$ 12.600.000,00 à vista, passando a deter o controle da empresa adquirida. Na data da
aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Montanhosa era R$ 10.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos
e passivos identificáveis desta Cia. era R$ 12.000.000,00, sendo a diferença entre os valores decorrente da
atualização do valor de um terreno que a Cia. Montanhosa havia adquirido em 2011. A participação dos
acionistas não controladores na Cia. Montanhosa foi avaliada pela parte que lhes cabe no valor justo
líquido dos ativos e passivos identificáveis da empresa.

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No período de 01/01/2014 a 31/12/2014, a Cia. Montanhosa reconheceu as seguintes mutações em seu


Patrimônio Líquido:
Lucro líquido: R$ 1.000.000,00
Distribuição de dividendos: R$ 300.000,00
Ajustes acumulados de conversão de investida no exterior: R$ 150.000,00 (credor)
O valor que a Cia. Mineira reconheceu em seu Balanço Patrimonial individual como investimentos em
Controladas na data da aquisição da Cia. Montanhosa foi, em reais,
A) 9.000.000,00.
B) 10.000.000,00.
C) 10.800.000,00
D) 12.000.000,00.
E) 12.600.000,00.

Comentários:

Na data da compra, o valor do investimento é o Valor Justo ou o Valor Pago, dos dois o maior.

• Valor Pago: $12.600.000


• Valor Justo: $12.000.000 x 90% = $10.800.000

Assim, o valor inicialmente contabilizado em Investimento é de $12.600.000. Letra E.

A contabilização inicial fica assim:

D - Investimento: 12.600.000, dividido em


Valor patrimonial 9.000.000
Mais Valia 1.800.000
Goodwill 1.800.000
C – Caixa/Bancos 12.600.000

Gabarito: E

46. (FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) A Cia. Mineira adquiriu, em 31/12/2013, 90% das ações da Cia.
Montanhosa por R$ 12.600.000,00 à vista, passando a deter o controle da empresa adquirida. Na data da
aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Montanhosa era R$ 10.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos
e passivos identificáveis desta Cia. era R$ 12.000.000,00, sendo a diferença entre os valores decorrente da
atualização do valor de um terreno que a Cia. Montanhosa havia adquirido em 2011. A participação dos
acionistas não controladores na Cia. Montanhosa foi avaliada pela parte que lhes cabe no valor justo
líquido dos ativos e passivos identificáveis da empresa.

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No período de 01/01/2014 a 31/12/2014, a Cia. Montanhosa reconheceu as seguintes mutações em seu


Patrimônio Líquido:
Lucro líquido: R$ 1.000.000,00
Distribuição de dividendos: R$ 300.000,00
Ajustes acumulados de conversão de investida no exterior: R$ 150.000,00 (credor)
Sabendo que não há resultados não realizados entre a controladora e a controlada, a variação positiva
reconhecida, em 2014, na Demonstração do Resultado individual da Cia. Mineira referente ao Investimento
na Cia. Montanhosa foi, em reais,
A) 900.000,00.
B) 630.000,00.
C) 700.000,00.
D) 270.000,00.
E) 765.000,00.

Comentários:

A controladora deve reconhecer 90% das alterações ocorridas no PL da controlada. Vamos analisar:

100% 90%
Lucro Líquido 1.000.000,00 900.000,00
Dividendos Distribuídos - 300.000,00 - 270.000,00
Ajustes Acumulados de Conversão 150.000,00 135.000,00

Contabilização na controladora da sua participação no lucro líquido da investida:

D – Investimento (Ativo) 900.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial (Resultado) 900.000

Contabilização da participação dos dividendos distribuídos:

D – Dividendos a Receber (Ativo) 270.000


C – Investimentos (Ativo) 270.000

Contabilização da participação nos Ajustes Acumulados de Conversão. Como o Ajuste Acumulado de


Conversão é contabilizado diretamente no Patrimônio Líquido da Investida, na investidora ficará também no
Patrimônio Líquido, em conta reflexa:

D – Investimento (Ativo) 135.000


C – Ajuste Acumulado de Conversão em controladas (PL) 135.000

Assim, a variação positiva no resultado da controladora foi de $900.000.

Gabarito: A

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47. (FCC/SEFAZ PI/ATE/2015) O valor do Patrimônio Líquido da Cia. Bons Negócios, em determinada data,
era R$ 36.000.000,00 e o valor justo líquido dos seus ativos e passivos identificáveis era, na mesma data,
R$ 45.000.000,00. A Cia. Investidora adquiriu, nesta data, 60% das ações da Cia. Bons Negócios por R$
33.000.000,00.
Sabendo que a Cia. Investidora passou a deter o controle da Cia. Bons Negócios e que a participação dos não
controladores é mensurada pela parte que lhes cabe no valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis
da Cia. Bons Negócios, os valores reconhecidos no grupo Investimentos (no balanço individual da Cia.
Investidora) e no grupo Intangíveis (no balanço consolidado) foram, respectivamente, em reais:
A) 21.600.000,00 e 11.400.000,00
B) 33.000.000,00 e 6.000.000,00
C) 33.000.000,00 e 11.400.000,00
D) 27.000.000,00 e 0,00 (zero)
E) 27.000.000,00 e 18.000.000,00

Comentários:

O valor inicial do Investimento é o Valor Pago ou o Valor Justo, dos dois o maior.

Valor Pago = $ 33.000.000

Valor Justo = $ 45.000.000 x 60% = $27.000.000

Assim, o valor do Investimento é de $ 33.000.000. Já podemos eliminar as alternativas A, D e E.

O valor do Intangível no Balanço Consolidado é o Goodwill. No Balanço Individual, o Goodwill fica em


Investimento. No balanço consolidado, é reclassificado para o Ativo Intangível.

Goodwill = Valor Pago - Valor Justo = $33.000.000 – $27.000.000 = $6.000.000

A contabilização inicial fica assim:

D - Investimento: 33.000.000, dividido em


Valor patrimonial 19.800.000
Mais Valia 7.200.000
Goodwill 6.000.000
C – Caixa/Bancos 33.000.000

No Balanço Consolidado, a Mais Valia fica junto com os ativos que a originaram. E o Goodwill vai para o
Intangível.

Gabarito: B

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48. (FCC/TCM GO/ACE/2015) A empresa Participa em Tudo S.A. adquiriu, em 02/01/2013, uma
participação societária de 60% na Cia. Vendida S.A., passando a deter o seu controle. O Patrimônio Líquido
contábil da Cia. Vendida S.A. era R$ 50.000.000,00 na data da aquisição e a Participa em Tudo S.A. pagou
R$ 36.000.000,00 pela participação adquirida. O valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da
Cia. Vendida S.A., em 02/01/2013, era R$ 60.000.000,00 e a diferença para o seu Patrimônio Líquido
contábil se referia ao valor justo de um terreno que estava registrado pelo valor de custo. No ano de 2013,
a Cia. Vendida S.A. apurou um lucro líquido de R$ 8.000.000,00 e sabe-se que o terreno não foi vendido.
Nas demonstrações contábeis individuais da empresa Participa em Tudo S.A., o valor do Resultado de
Participação apresentado na Demonstração do Resultado do ano de 2013 e o valor do investimento
apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 foram, respectivamente, em reais,
A) 8.000.000,00 e 38.000.000,00.
B) 4.800.000,00 e 40.800.000,00. ==a81bb==

C) 4.800.000,00 e 34.800.000,00.
D) 8.000.000,00 e 44.000.000,00.
E) 0,00 e 30.000.000,00.

Comentários:

O valor de participação apresentado na Demonstração do Resultado é o seguinte:

Demonstração do Resultado = Lucro Líquido x 60% = $8.000.000 x 60% = $ 4.800.000

Vejamos agora o valor do Investimento. Inicialmente, temos que ver o valor do investimento inicial, que é o
maior entre o valor pago e a participação do valor Justo:

Valor Pago = $ 36.000.000

Valor Justo = $60.000.000 x 60% = $36.000.000

Nesta questão, o valor pago é igual ao valor justo, ou seja, não houve Goodwill e nem Compra Vantajosa.

Valor do Investimento = $36.000.000 + $ 4.800.000 = $40.800.000

Gabarito: B

49. (FCC/CNMP/Contabilidade/2015) O Patrimônio Líquido contábil da Empresa Riacho Fundo S.A., em


31/12/2012, era R$ 10.000.000,00. A Cia. Grande Rio adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Empresa
Riacho Fundo S.A., pagando à vista o valor de R$ 6.000.000,00 e passando a ter influência signifcativa sobre
a empresa investida. Sabe-se que na data da aquisição das ações, o valor justo líquido dos ativos e passivos
identificáveis da Empresa Riacho Fundo S.A. era R$ 12.000.000,00, e a diferença para o Patrimônio Líquido
contábil decorre do valor contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno.

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No período de 01/01/2013 a 31/12/2013, a Empresa Riacho Fundo S.A. reconheceu as seguintes mutações
em seu Patrimônio Líquido:
− Lucro líquido de 2014: ................................... R$ 900.000,00
− Pagamento de dividendos: ................................ R$ 200.000,00
Com base nestas informações, o valor reconhecido em investimentos em Coligadas, no Balanço Patrimonial
individual da Cia. Grande Rio, em 31/12/2014, foi, em reais,
A) 4.280.000,00.
B) 6.280.000,00.
C) 5.080.000,00.
D) 4.360.000,00.
E) 6.360.000,00.

Comentários:

Valor pago ou valor justo, dos dois o maior:

Valor Pago = $ 6.000.000

Valor Justo = $ 12.000.000 x 40% = $4.800.000

O investimento entra pelo valor pago de $6.000.000, que é o maior.

Lucro $900.000 – Dividendos $ 200.000 = $ 700.000

$700.000 x 40% = $ 280.000

Valor do Investimento = $ 6.000.000 + $ 280.000 = $ 6.280.000

Gabarito: B

50. (VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba – SP/Contador/2015) O método de contabilização por meio do


qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, posteriormente, ajustado pelo
reconhecimento da participação atribuída ao investidor nas alterações de ativos líquidos da investida é o
método de
a) equivalência patrimonial.
b) custo atribuído.
c) valor justo.
d) equidade de patrimônios.
e) ajuste patrimonial.

Comentários:

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O CPC 18 define que:

Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o


investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir
a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da
investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou
prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua
participação em outros resultados abrangentes da investida.

A Lei 6.404/76 estabelece o seguinte:

Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em


controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam
sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo
com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com base


em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com observância das
normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do
balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados
não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades
coligadas à companhia, ou por ela controladas;

II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de


patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de participação no capital
da coligada ou controlada;

III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o custo de
aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício:

a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;

b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;

c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários.

§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste artigo, serão
computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra
as coligadas e controladas.

§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar e


fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I.

Gabarito: A

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A respeito da avaliação e da contabilização de itens patrimoniais, dos efeitos inflacionários e da destinação


do resultado, julgue o item subsequente.

51. (CEBRASPE/Telebrás/Analista Superior - Finanças/2015) O fato de uma empresa conceder a outra


empréstimos de acordo com as condições usuais de mercado, com a prática de juros e prazos habituais
semelhantes às negociações com as demais empresas, é um indício, segundo a legislação societária, de
que as empresas são coligadas e a investidora possui influência significativa na investida.

Comentários:

A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das
políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Ela é presumida quando se possui 20% do
capital votante (ações ordinárias). Essa presunção, entretanto, admite prova em contrário! Uma empresa
pode ter mais de 20% e não ter influência significativa e ter menos de 20% e ter influência significativa.

Nos termos do CPC 18:

Influência significativa

6. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de controladas),


vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência
significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado,
se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo),
menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha
influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A
propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não
necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência significativa.

7. A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por um


ou mais das seguintes formas:

(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;

(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre


dividendos e outras distribuições;

(c) operações materiais entre o investidor e a investida;

(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou

(e) fornecimento de informação técnica essencial.

Esquematizemos:

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Representação no conselho de administração ou na diretoria


da investida;

Participação nos processos de elaboração de políticas,


inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições;

Influência
Significativa Operações materiais entre o investidor e a investida;

Intercâmbio de diretores ou gerentes;

Fornecimento de informação técnica essencial

Portanto, o fato de uma empresa conceder a outra empréstimos de acordo com as condições usuais de
mercado, com a prática de juros e prazos habituais semelhantes às negociações com as demais empresas
não é um indício de que as empresas são coligadas, tampouco que e a investidora possui influência
significativa na investida.

Se as condições fossem diferenciadas, usando condições não usais do mercado, poderíamos, em conjunto
com outros fatores, verificar que existe influência significativa.

Gabarito: Errado

52. (CEBRASPE/DPF/Contabilidade/2014) Os dividendos declarados pela investida em favor da


investidora provocam, na contabilidade da investidora, um registro a débito de uma conta patrimonial
que representa o direito de receber os dividendos e a crédito de uma conta de resultado que representa
o reconhecimento da receita gerada na transação.

Comentários:

De acordo com o CPC 18:

10. Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em


empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço
individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será
aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou
prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. A participação do investidor
no lucro ou prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do período
do investidor. As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do
investimento.

Assim, o erro da assertiva é afirmar que o lançamento a crédito deve ser feito em conta de resultado, quando
o correto seria reduzindo o valor contábil do investimento.

Lançamento:

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D – Dividendos a receber – Coligadas


C- Investimento em coligadas.

O lançamento no resultado é feito no momento do reconhecimento da receita pelo método da equivalência


patrimonial.

Gabarito: Errado

53. (CEPERJ/RIOPREVIDÊNCIA/Especialista em Previdência Social/Ciências Contábeis/2014) No exercício


de 2013, a Companhia ALFA adquiriu 80% do capital da Companhia Beta que, nessa ocasião correspondia
a R$ 500.000,00. No final do exercício, a Companhia BETA obteve um lucro líquido de R$ 150.000,00 e o
seu estatuto social previa uma distribuição de dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido.
Sabendo-se que esse era o único investimento em outras empresas da Cia. ALFA, no seu balanço
patrimonial elaborado em 31/12/2013, ficou esse investimento evidenciado no seguinte valor:
A R$ 520.000,00
B R$ 430.000,00
C R$ 550.000,00
D R$ 400.000,00
E R$ 490.000,00

Comentários:

A Companhia ALFA possui 80% do capital da companhia Beta, logo esse investimento será pelo método da
equivalência patrimonial. Tal investimento será reconhecido inicialmente por:

Valor Patrimonial Companhia BETA (proporcional) = Valor Patrimonial Companhia BETA x Participação da Cia. ALFA

Valor Patrimonial Companhia BETA (proporcional) = R$ 500.000 x 80% = R$ 400.000

Contabilização:

D – Investimentos – Cia. BETA (ANC – Investimentos) R$ 400.000


C - Caixa (Ativo) R$ 400.000

Como o Lucro da Cia. BETA foi de R$ 150.000, o resultado do MEP para Cia. ALFA será:

MEP= Lucro da Cia. BETA x Participação da Cia. ALFA = R$ 150.000 x 80% = R$ 120.000

Contabilização:

D – Investimentos – Cia. BETA (ANC – Investimentos) R$ 120.000


C - Ganho MEP (RESULTADO) R$ 120.000

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Ainda, tivemos dividendos declarados de R$ 37.500 (25% x LL = 25% x R$ 150.000)

Dividendos a receber = Dividendos Cia. BETA x Participação da Cia. ALFA

Dividendos a receber = R$ 37.500 x 80% = R$ 30.000

Contabilização:

D – Dividendos a receber (Ativo) R$ 30.000


C - Investimentos – Cia. BETA (ANC – Investimentos) R$ 30.000

O quesito solicitou o valor do investimento ao final do período. Então, façamos as seguintes perguntas: Qual
o valor inicialmente reconhecido? Quais foram as alterações realizadas até aqui?

Resp.: Investimento inicial de R$ 400.000; Ganho MEP de R$ 120.000 e Dividendo a receber R$ 30.000.

Para facilitar a visualização, montemos o razonete:

Investim entos – C ia. BETA


SI R$ 400.000,00 R$ 30.000,00 D ividendos a receber
G anho M EP R$ 120.000,00
R$ 490.000,00

Gabarito: E.

54. (CESGRANRIO/Petrobrás/Contabilidade/2014) Uma sociedade anônima, de capital aberto, com


investimentos em participações societárias adquiridas e mantidas, há mais de dois anos, sem intenção de
venda, informou ter recebido das empresas investidas os valores e as respectivas origens a seguir
discriminados.
Investimentos em participações societárias avaliados pelo custo de aquisição
Dividendos .......... 50.000,00
Investimentos em participações societárias avaliados pela equivalência patrimonial
Dividendos recebidos ................ 100.000,00
Juros sobre o capital próprio ......10.000,00
Considerando-se exclusivamente as informações acima, realizados os competentes registros contábeis
determinados pelas normas vigentes, o valor creditado pela investidora nas contas representativas desses
investimentos, em reais, é
a) 50.000,00
b) 60.000,00
c) 100.000,00
d) 110.000,00
e) 160.000,00

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Comentários:

Os investimentos do método de custo são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para
perdas prováveis, se esta perda for comprovada como permanente.

Avaliação dos investimentos pelo método de custo

Custo de aquisição

(-) Ajuste para perdas prováveis

Tecnicamente, o nome provisão utilizado no artigo 183, III, está incorreto, já que provisões são sempre
passivos. Todavia, cumpre salientar que a Lei 6.404 é de 1976. À época não existia essa distinção. Portanto,
se cair em prova, aceite normalmente.

Os dividendos distribuídos no método de custo são contabilizados como receita, quando da distribuição.

D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 50.000,00


C – Receita de dividendos (Outras receitas operacionais - Resultado) 50.000,00

Razonetes:

D ividendos a rec. Receita de divid.


50.000 50.000

No Investimento avaliado pelo MEP, os dividendos e os juros sobre o capital próprio são contabilizados como
redução da conta de Investimentos e não como receita:

D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 100.000,00


D – Juros sobre Capital Próprio a receber (Ativo circulante) 10.000,00
C – Investimentos 110.000,00

Portanto, o valor creditado na conta de Investimentos será de 110.000,00.

A ICPC 08 (R1) - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos é quem determina essa


contabilização para os Juros Sobre o Capital Próprio:

Juros sobre o capital próprio (JCP)

10. Os juros sobre o capital próprio – JCP são instituto criado pela legislação tributária,
incorporado ao ordenamento societário brasileiro por força da Lei 9.249/95. É prática usual
das sociedades distribuirem-nos aos seus acionistas e imputarem-nos ao dividendo
obrigatório, nos termos da legislação vigente.

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11. Assim, o tratamento contábil dado aos JCP deve, por analogia, seguir o tratamento
dado ao dividendo obrigatório. O valor de tributo retido na fonte que a companhia, por
obrigação da legislação tributária, deva reter e recolher não pode ser considerado quando
se imputam os JCP ao dividendo obrigatório.

Gabarito: C

55. (CESGRANRIO/EPE/Analista de Gestão /2014) Uma Sociedade Anônima apresentou, nos Balanços
encerrados em 2011 e 2012, sua participação na investida H, classificada no Ativo Não Circulante /
Investimentos / Avaliados pelo Valor Justo. No encerramento do exercício de 2012, a Assembleia Geral da
investida H aprovou a distribuição de dividendos obrigatórios, cabendo à investidora o valor de 50.000,00
a esse título.
Considerando exclusivamente as informações recebidas e as normas contábeis vigentes, a investidora
reconheceu tais dividendos, nas suas operações, através do seguinte registro contábil:
a) D – Banco c/Movimento 50.000,00
C – Dividendos Propostos 50.000,00
b) D – Caixa 50.000,00
C – Dividendos Propostos 50.000,00
c) D – Caixa 50.000,00
C – Investimentos Avaliados a Valor Justo 50.000,00
d) D – Dividendos a Receber 50.000,00
C – Investimentos Avaliados a Valor Justo 50.000,00
e) D – Dividendos a Receber 50.000,00
C – Receita de Dividendos 50.000,0

Comentários:

Segundo o Manual das SA.s (FIPECAFI), “para fins contábeis passaram a existir três métodos de avaliação de
investimentos permanentes em outras sociedades: Método de Custo, Método de Valor Justo e Método da
Equivalência Patrimonial.”

Assim como o Método do Custos, os dividendos recebidos pelo Método do Valor Justo são tratados com
receitas do período.

D – Dividendos a Receber 50.000,00


C – Receita de Dividendos 50.000,00

Gabarito: E

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56. (CEBRASPE/DPF/Contabilidade/2014) Os dividendos declarados pela investida em favor da


investidora provocam, na contabilidade da investidora, um registro a débito de uma conta patrimonial
que representa o direito de receber os dividendos e a crédito de uma conta de resultado que representa
o reconhecimento da receita gerada na transação.

Comentários:

De acordo com o CPC 18:

10. Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em


empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço
individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será
aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou
prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. A participação do investidor
no lucro ou prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do período
do investidor. As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do
investimento.

Assim, o erro da assertiva é afirmar que o lançamento a crédito deve ser feito em conta de resultado, quando
o correto seria reduzindo o valor contábil do investimento. Lançamento:

D – Dividendos a receber – Coligadas


C- Investimento em coligadas.

O lançamento no resultado é feito no momento do reconhecimento da receita pelo método da equivalência


patrimonial.

Gabarito: Errado

57. (FGV/DPE RJ/Técnico superior – Ciências Contábeis/2014) A empresa Jogajunto possui uma
participação de 40% na empresa Senjogo. Outros 15% do capital da Senjogo estão pulverizados nas bolsas
de valores BM&F Bovespa e na de Nova York. Os demais 45% estão em posse do banco Investidolar. Desses
45% da Investidolar, a Jogajunto possui uma opção de compra de 20% e que pode ser realizada a qualquer
momento.
No ano de X1 a Senjogo obteve um lucro de R$ 100.000,00. Além disso, a Senjogo possui em seu estoque R$
60.000,00 em mercadorias adquiridas da Jogajunto. No balancete da Jogajunto é possível encontrar os
seguintes saldos
Venda de Mercadorias 500.000
Venda de Mercadorias para a Senjogo 60.000
Total de Vendas 560.000
Custo das Mercadorias Vendidas 380.000
Custo das Mercadorias Vendidas para a Senjogo 45.000
Total do CMV 425.000

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Considerando apenas as informações acima e desconsiderando qualquer efeito de impostos, o resultado de


equivalência patrimonial é
(A) R$ 34.000,00.
(B) R$ 40.000,00.
(C) R$ 45.000,00.
(D) R$ 54.000,00.
(E) R$ 25.000,00.

Comentários:

A empresa Jogajunto possui 40% da empresa Senjogo. E tem também uma opção de compra de 20% e que
pode ser realizada a qualquer momento.

Segundo o Pronunciamento CPC 18 - Investimentos em Coligada, em Controlada e em Empreendimento


Controlado em Conjunto:

7. A entidade pode ter em seu poder direitos de subscrição, opções não padronizadas de
compras de ações (warrants), opções de compra de ações, instrumentos de dívida ou
patrimoniais conversíveis em ações ordinárias ou outros instrumentos semelhantes com
potencial de, se exercidos ou convertidos, conferir à entidade poder de voto adicional ou
reduzir o poder de voto de outra parte sobre as políticas financeiras e operacionais da
investida (isto é, potenciais direitos de voto). A existência e a efetivação dos potenciais
direitos de voto prontamente exercíveis ou conversíveis, incluindo os potenciais direitos de
voto detidos por outras entidades, devem ser consideradas na avaliação de a entidade
possuir ou não influência significativa ou controle. Os potenciais direitos de voto não são
exercíveis ou conversíveis quando, por exemplo, não podem ser exercidos ou convertidos
até uma data futura ou até a ocorrência de evento futuro.

Assim, a Jogajunto tem 40%, mas é controladora da Senjogo.

Vamos agora calcular a Equivalência Patrimonial:

Lucro nos estoque: $60.000 – $45.000 = $15.000

Lucro da controlada: $100.000 x 40% = $40.000

Como a Jogajunto é controladora, devemos excluir 100% do lucro não realizado:

Equivalência Patrimonial = $40.000 - $15.000 = $ 25.000

Gabarito: E

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58. (CESGRANRIO/Inoova/Contador/2012) A companhia HH comprou a participação acionária de 40% de


todas as ações da companhia ZZ, pagando R$ 10.000,00 por tal participação. Nesse mesmo dia, o
Patrimônio Líquido da companhia ZZ é de R$ 20.000,00.
Na avaliação dos ativos e passivos a justo valor, foi apurado, entretanto, que o Ativo Imobilizado vale mais
R$ 1.800,00 que o valor registrado pela contabilidade, que os passivos são iguais, e que a companhia ZZ
possui uma patente gerada internamente e, por isso mesmo, não contabilizada, que é negociada num
mercado cativo, desse tipo de patente, por R$ 1.200,00.
Considerando as determinações das normas vigentes com relação à segregação inicial do investimento (CPC
18) e desconsiderando a incidência de qualquer tipo de imposto, o valor do Fundo de Comércio Pago
(Goodwill) a ser evidenciado na segregação dessa aplicação, na companhia investidora ZZ, em reais, é
a) 480,00
b) 720,00
c) 800,00
d) 1.000,00
e) 1.200,00

Comentários:

Pessoal, essa questão, em nossa humilde opinião, pode ser considerada difícil, mas como já resolvermos
outras parecidas, vamos seguir aquele passo a passo:

Valor Patrimonial = 20.000,00 x 0,40 = 8.000,00

Valor Pago = 10.000,00

Valor Justo = 20.000 + 1.800 + 1.200 = 23.000,00 x 0,40 =9.200,00

Valor justo
(-) Valor contábil
Mais valia

Mais Valia = 9.200 – 8.000 = 1.200

Valor pago
(-) Valor justo
Goodwill

Goodwill = 10.000 – 9.200 = 800

Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o Goodwill ficam classificados


em Investimento, controlados em subcontas:

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D – Investimento coligada ZZ 8.000


D – Investimento coligada ZZ – Mais Valia do ativo líquido 1.200
D – Investimento coligada XX – Goodwill 800
C – Caixa/bancos 10.000

No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que lhe deram origem. E o
goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica.

A Mais Valia será realizada conforme a realização do ativo e passivo que a originaram.

Gabarito: C

59. (CESGRANRIO/EPE/Contabilidade/2012) A companhia S, com participação societária de 20% na


companhia Y, que só emite ações ordinárias e sobre a qual em influência nas decisões operacionais e
financeiras, evidenciou essa participação, no seu Balanço Patrimonial de 31/12/2009, como segue:
Ativo não Circulante
Investimentos
Coligadas Y
Avaliada ao MEP 305.000,00
Antes de elaborar o balanço de 31/12/2010, a companhia S apresentou as seguintes informações retiradas
das demonstrações contábeis da companhia Y.
a) Patrimônio líquido antes do reconhecimento da distribuição do resultado de 2010

b) Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulado em 31/12/2010

Considerando-se exclusivamente as informações recebidas e a boa técnica de avaliação do investimento pelo


método da equivalência patrimonial (MEP), o valor do investimento da companhia S na companhia Y,
evidenciado no balanço de 31/12/2010, em reais, é:
a) 289.300,00

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b) 305.000,00
c) 373.800,00
d) 410.000,00
e) 465.000,00

Comentários:

Essa questão é muito interessante, pois exige dos candidatos a capacidade interpretar e extrair informações
das demonstrações contábeis.

Sabemos que pelo MEP, quando a empresa investida apura Lucro, a investidora reconhece um ganho por
equivalência em seu resultado (receita) e como contrapartida, aumento da conta de investimentos:

Lucro Líquido = 800.000 x 0,20 = 160.000

Contabilização:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA Y 160.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 160.000

Agora, ao analisarmos a DLPA, percebemos que a empresa distribuiu dividendos de 456.000, portanto,
caberá à investidora S o percentual de 20% = 456.000 x 0,2=91.200

Contabilização:

D – Dividendos a receber 91.200


C – Investimento avaliado pelo MEP – CIA Y 91.200

O valor do investimento da companhia S na companhia Y, evidenciado no balanço de 31/12/2010, em reais,


é 305.000,00 + 160.000 – 91.200 = 373.800,00

Gabarito: C

60. (CEPERJ/SEFAZ RJ/Analista de Controle Interno/2012) A Companhia Atlantis foi constituída em


01/02/2011 com um capital subscrito e totalmente integralizado, composto de 200.000 ações ordinárias e
100.000 ações preferenciais, todas com valor nominal de R$ 2. Em 10/09/2011, a Companhia Odisséia
adquiriu 45% do capital votante da Cia. Atlantis, pagando nesta data, o mesmo valor de emissão das ações
da empresa investida. No final do exercício a Companhia Atlantis apurou um lucro líquido de R$100.000.
No seu estatuto prevê a distribuição de 40% desse lucro a título de dividendos. Em 31 de dezembro, na
contabilidade da Companhia Odisséia, esse investimento realizado na Cia. Atlantis estava registrado com
o seguinte valor:
A R$ 225.000
B R$ 210.000

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C R$ 207.000
D R$ 198.000
E R$ 310.000

Comentários:

O capital votante são as ações ordinárias, que têm direito a voto. Já as preferencias, não dão direito a voto,
mas têm preferências na distribuição de dividendos.

A Companhia Odisséia comprou 45% do capital votante da Cia. Atlantis, ou seja, ela comprou 90.00 ações
ordinárias pagando R$ 2. Totalizando, assim, R$ 180.000.

Como ela tem 45% do capital votante, presume-se, no mínimo, que se trata de uma coligada, e, portanto,
será avaliado pelo MEP.

Fique Atento! Devemos considerar a participação total da investidora, incluindo as ações preferenciais:

• 200.000 ações ordinárias x R$ 2 = R$ 400.000


• 100.000 ações preferenciais x R$ 2 = R$ 200.000
• 300.000 ações x R$ 2 = R$ 600.000

Participação: 90.000 ações/300.000 = 0,3 ou 30%

Tal investimento será reconhecido inicialmente por:

Valor Patrimonial Cia. Atlantis (proporcional) = Valor Patrimonial Cia. Atlantis x Participação da Cia. Odisséia

Valor Patrimonial Cia. Atlantis (proporcional) = R$ 600.000 x 30% = R$ 180.000

Contabilização:

D – Investimentos – Cia. BETA (ANC – Investimentos) R$ 180.000


C - Caixa (Ativo) R$ 180.000

Como o Lucro da Cia. Atlantis foi de R$ 100.000, o resultado do MEP para Cia. Odisséia será:

MEP= Lucro da Cia. Atlantis x Participação da Cia. Odisséia = R$ 100.000 x 30% = R$ 30.000

Contabilização:

D – Investimentos – Cia. BETA (ANC – Investimentos) R$ 30.000


C - Ganho MEP (RESULTADO) R$ 30.000

Ainda, tivemos dividendos declarados de R$ 40.000 (40% x LL = 40% x R$ 100.000)

Dividendos a receber = Dividendos Cia. Atlantis x Participação da Cia. Odisséia

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Dividendos a receber = R$ 40.000 x 30% = R$ 12.000

Contabilização:

D – Dividendos a receber (Ativo) R$ 12.000


C - Investimentos – Cia. BETA (ANC – Investimentos) R$ 12.000

O quesito solicitou o valor do investimento ao final do período. Então, façamos as seguintes perguntas: Qual
o valor inicialmente reconhecido? Quais foram as alterações realizadas até aqui?

Resp.: Investimento inicial de R$ 180.000; Ganho MEP de R$ 30.000 e Dividendo a receber R$ 12.000.

Para facilitar a visualização, montemos o razonete:

Investim entos – C ia. BETA


SI R$ 180.000,00 R$ 12.000,00 D ividendos a receber
G anho M EP R$ 30.000,00
R$ 198.000,00

Gabarito: D.

61. (CESGRANRIO/BNDES/Contabilidade/2011) Uma companhia possui participação permanente na


empresa Delta, adquirida em 2009. No exercício de 2010, esse investimento apresentou as seguintes
características:

Considerando exclusivamente os dados acima e sabendo que em 2010 não houve chamamento de capital
novo, o valor contábil final correspondente ao investimento da investidora será, em reais, de
a) 3.070.000,00
b) 3.220.000,00
c) 3.570.000,00
d) 3.920.000,00
e) 4.070.000,00

Comentários:

A participação na empresa Delta é de 70%, portanto, a avaliação será pelo Método da Equivalência
Patrimonial. Sabemos que pelo MEP, quando a empresa investida apura Lucro, a investidora reconhece um
ganho por equivalência em seu resultado (receita) e como contrapartida, aumento da conta de
investimentos:

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Lucro Líquido = 500.000 x 0,70 = 350.000

Contabilização:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA DELTA 350.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 350.000

O valor do investimento da companhia na companhia Delta, evidenciado no balanço de 31/12/2010, em


reais, é 5.100.000 x 0,70 + 350.000 = 3.570.000 + 350.000 = 3.920.000.

Gabarito: D

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LISTA DE QUESTÕES – CPC 18 – MULTIBANCAS


1. (FGV/PC AM/Perito Criminal/Contabilidade/2022) A Cia A tem 100% de participação na Cia B.
Em X0, a Cia A contabilizou os seguintes fatos:
Receita com prestação de serviços a terceiros: R$ 100.000.
Custos e despesas: R$ 130.000.
Já a Cia B contabilizou os seguintes fatos:
Receita com prestação de serviços a terceiros: R$ 60.000.
Custos e despesas: R$ 20.000.
Distribuição de dividendos: R$ 8.000.
O resultado da Cia A em 31/12/X0, sem considerar a incidência de impostos, foi
a) prejuízo de R$ 30.000.
b) prejuízo de R$ 22.000.
c) lucro de R$ 2.00.
d) lucro de R$ 10.000.
e) lucro de R$ 18.000.

2. (FADESP/Sefa-PA/Fiscal de Rendas/2022) A Cia. Anonimus S.A., durante o ano de 2020, obteve lucro de
R$ 60.000,00, dos quais distribuiu dividendos de R$ 18.000,00, entre outros, para a Cia. Popular S.A., para
a qual vendeu 20% de seu capital social em 2019.
Considerando-se essas informações, pode-se afirmar que a Cia. Popular S.A., em 31/12/2020,
(A) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 2.400,00.
(B) reconheceu receita de equivalência patrimonial de R$ 12.000,00.
(C) reconheceu aumento da participação societária em R$ 12.000,00.
(D) reconheceu um lucro de R$ 18.000,00.
(E) teve seu Patrimônio Líquido aumentado em R$ 18.000,00.

3. (FGV/SEFAZ-ES/Auditor/2021) A Cia. A apresentava, em 02/01/X1, o balanço patrimonial a seguir.


Cia A
Ativo
Investimentos- Cia B 50.000
Total 50.000
PL
Capital Social 50.000
Total 50.000

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A Cia. A tem o controle compartilhado da Cia. B com a Cia. X e utiliza o método da equivalência patrimonial
para avaliação do investimento. É definido que a Cia. A não tem responsabilidade pelos passivos de suas
empresas investidas e não efetua pagamentos em nome delas.
Em X1, a Cia. B apurou prejuízo de R$100.00.
Assinale a opção que indica o tratamento contábil da Cia. A em relação ao investimento na Cia. B, em
31/12/X1, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 18 - Investimento em Coligada, em Controlada e
em Empreendimento Controlado em Conjunto.
(A) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 50.000;
C- Investimentos - R$ 50.000.
(B) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 50.000;
C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 50.000.
(C) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;
C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 100.000.
(D) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;
C- Provisão para contingências - R$ 100.000.
(E) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;
C- Investimentos - R$ 50.000;
C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 50.000.

4. (IBADE/CM Vila Velha/Contador/2021) O método da equivalência patrimonial é adotado pelas


empresas que possuem investimentos em empresas:
I – Coligadas;
II – Do mesmo ramo;
III – Controladas;
IV – De ramos diferentes;
V – Controle conjunto.
Dos itens acima apresentados, aqueles que formam o conjunto correto de investimentos avaliados pelo MEP
são:
A I, II e III.
B II, III e IV.
C III, IV e V.
D I, III e V.
E II, IV e V.

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5. (CEBRASPE/APEX/Analista/Processos Contábeis/2021) Considere que a empresa Alfa tenha influência


significativa sobre a empresa Beta e que, em determinado exercício social, a empresa Alfa tenha recebido
dividendos da empresa Beta. Considere, ainda, que ambas as empresas são domiciliadas no Brasil e
aplicam as normas vigentes no país. Nesse caso, o recebimento de dividendos pela empresa Alfa advindo
do investimento na empresa Beta é contabilizado por meio de
A débito em bancos e crédito em investimentos em coligada.
B débito em investimentos em coligada e crédito em receita de dividendos.
C débito em investimentos em coligada e crédito em capital social.
D débito em bancos e crédito em receita de dividendos.

6. (CONSULPLAN/EXAME CFC/2021.1) No dia 22/03/2020, a empresa Investidora S.A. adquiriu 65% do


Patrimônio Líquido da empresa Investida S.A., pelo montante total de R$ 2.600.000,00. Na data dessa
negociação, o Patrimônio Líquido da firma Investida S.A. era assim composto:
Capital Subscrito: R$ 4.500.000,00
Capital a Integralizar: R$ 800.000,00
Reserva de Capital: R$ 80.000,00
Reserva Legal: R$ 150.000,00
Ações em Tesouraria: R$ 70.000,00
Reserva de Dividendos não distribuídos: R$ 140.000,00
No final do exercício de 2020, a firma Investida S.A. apresentou como Patrimônio Líquido o montante de R$
4.320.000,00. Considerando exclusivamente as informações dadas, informe o lançamento contábil a ser
efetuado pela firma Investidora S.A. para reconhecer a equivalência patrimonial no final do exercício de
2020.
A D – Investimento na firma Investida S.A.
C– Receita de Equivalência Patrimonial R$ 208.000,00
B D – Receita de Equivalência Patrimonial
C– Investimento na firma Investida S.A. R$ 208.000,00
C D – Investimento na firma Investida S.A. R$ 117.000,00
D– Deságio no investimento na firma Investida S.A. R$ 91.000,00
C– Receita de Equivalência Patrimonial R$ 208.000,00
D D– Investimento na firma Investida S.A. R$ 208.000,00
C– Ágio no investimento na firma Investida S.A. R$ 91.000,00
C– Receita de Equivalência Patrimonial R$ 117.000,00

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7. (CONSULPLAN/EXAME CFC/2021.1) No encerramento do exercício de 2020, a Companhia B S.A.


constatou que seu Lucro Líquido Ajustado do exercício foi de R$ 12.300.000,00 e, com base neste valor,
declarou a distribuição de 25% em dividendos mínimos obrigatórios, conforme estabelecido no Estatuto
Social. Estes dividendos seriam pagos em 2021, segundo o cronograma de pagamentos estabelecido pela
companhia. Sabe-se que, apesar de não exercer qualquer tipo de controle ou influência significativa, a
Companhia A S.A. tem 7% de participação em B e teria direito a receber sua fração nestes dividendos
declarados. Considerando somente as informações apresentadas, assinale a alternativa que indica os
lançamentos contábeis que a Companhia A S.A. deveria realizar no momento em que a Companhia B S.A.
efetuasse o reconhecimento inicial da distribuição dos dividendos e no momento em que a Companhia B
S.A. efetuasse o pagamento destes.
A) Dividendos a receber pela Companhia A S.A.
Débito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Ajustes de Avaliação Patrimonial (Patrimônio Líquido) 215.250,00
Recebimento dos dividendos pela Companhia A S.A.
Débito – Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
B) Dividendos a receber pela Companhia A S.A.
Débito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 861.000,00
Crédito – Receita com Dividendos (Resultado) 861.000,00
Recebimento dos dividendos pela Companhia A S.A.
Débito – Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 861.000,00
Crédito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 861.000,00
C) Dividendos a receber pela Companhia A S.A.
Débito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Receita com Dividendos (Resultado) 215.250,00
Recebimento dos dividendos pela Companhia A S.A.
Débito – Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
D) Dividendos a receber pela Companhia A S.A.
Débito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Investimentos: Participação na Companhia B S.A. (Ativo Não Circulante) 215.250,00
Recebimento dos dividendos pela Companhia A S.A.
Débito – Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 215.250,00
Crédito – Dividendos Propostos a Receber (Ativo Circulante) 215.250,00

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8. (SELECON/EMGEPRON/Analista de Projetos Navais/Contador/Tributos/2021) Conforme preconizado


nas normas vigentes, são coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa, isto
é, quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeiras ou
operacional da investida. É presumida influência significativa, também, quando a investidora possuir sem
controlar a seguinte porcentagem do capital votante da investida:
A entre 10% e 20%
B 20% ou mais
C 10%
D menor que 10%

9. (FCC/ALAPA/Contador/2020) A Cia. Gama obteve, em 31/12/2017, as seguintes informações sobre as


participações societárias que tinha em outras empresas:
Percentual de Participação Resultado da empresa
Empresa Classificação em relação à Cia.
da Cia. Gama no Capital investida no ano de 2017
investida Gama
Total da empresa investida (Em R$)
Delta S.A. Controlada 80% Prejuízo de 200.000,00
Alfa S.A. Coligada 30% Lucro de 400.000,00
Luz S.A. Não sofre influência significativa 10% Lucro de 100.000,00
Sabendo que as empresas Delta, Alfa e Luz possuem apenas ações ordinárias e que não existiam resultados
não realizados entre a Cia. Gama e suas investidas, o Resultado de Equivalência Patrimonial apurado nas
demonstrações individuais da Cia. Gama, em 2017, foi, em reais,
(A) 160.000,00, negativo.
(B) 300.000,00, positivo.
(C) 200.000,00, positivo.
(D) 40.000,00, negativo.
(E) 30.000,00, negativo.

O texto a seguir será utilizado para responder às questões de números 10 a 12.


A Companhia A possui 90% do patrimônio líquido da Companhia B e, portanto, tem influência significativa
para definir sua estratégia de gestão. Sabe-se que, em 31/12/2017, o Balanço Patrimonial individual da
Companhia A apresentou um saldo com investimentos permanentes na Companhia B, no valor de R$
1.560.000,00. Em 2018, a Companhia B obteve um lucro líquido no valor de R$ 600.000,00. Sabe-se que a
Assembleia de Acionistas da Companhia B decidiu por distribuir, após a constituição da reserva legal, 35%
dos lucros auferidos no período.

10. (VUNESP/VALIPREV/Contador/2020) Considerando as informações apresentadas no texto, a


Demonstração de Resultado do Exercício individual da Companhia A, no exercício de 2018, apresentou
(A) dividendos a receber, no valor de R$ 513.000,00.
(B) receita de dividendos, no valor de R$ 513.000,00.
(C) receita de dividendos, no valor de R$ 540.000,00.

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(D) receita de equivalência patrimonial, no valor de R$ 513.000,00.


(E) receita de equivalência patrimonial, no valor de R$ 540.000,00.

11. (VUNESP/VALIPREV/Contador/2020) O valor dos dividendos a serem distribuídos pela Companhia B,


referentes ao exercício de 2018, totalizou, em R$:
(A) 179.550,00
(B) 199.500,00
(C) 210.000,00
(D) 570.000,00
(E) 600.000,00

12. (VUNESP/VALIPREV/Contador/2020) No Balanço Patrimonial Anual individual da Companhia A,


referente ao exercício de 2018, o saldo de investimentos permanentes na Companhia B totalizou, em R$:
(A) 1.500,000,00
(B) 1.890.000,00
(C) 1.900.500,00
(D) 1.920.450,00
(E) 2.310.000,00

13. (FCC/ALAPA/Contador/2020) A Cia. Gama obteve, em 31/12/2017, as seguintes informações sobre as


participações societárias que tinha em outras empresas:
Percentual de Participação Resultado da empresa
Empresa Classificação em relação à Cia.
da Cia. Gama no Capital investida no ano de 2017
investida Gama
Total da empresa investida (Em R$)
Delta S.A. Controlada 80% Prejuízo de 200.000,00
Alfa S.A. Coligada 30% Lucro de 400.000,00
Luz S.A. Não sofre influência significativa 10% Lucro de 100.000,00
Sabendo que as empresas Delta, Alfa e Luz possuem apenas ações ordinárias e que não existiam resultados
não realizados entre a Cia. Gama e suas investidas, o Resultado de Equivalência Patrimonial apurado nas
demonstrações individuais da Cia. Gama, em 2017, foi, em reais,
(A) 160.000,00, negativo.
(B) 300.000,00, positivo.
(C) 200.000,00, positivo.
(D) 40.000,00, negativo.
(E) 30.000,00, negativo.

14. (VUNESP/Pref. Cerquilho/Contador/2019) De acordo com a norma contábil relacionada a


investimentos, o conceito “compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de negócio,
que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das
partes que compartilham o controle” é aplicado a

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a) Joint Venture.
b) Controle consolidado.
c) Controle combinado.
d) Controle conjunto.
e) Influência significativa.

15. (VUNESP/PAULIPREV/Contador/2018) A empresa Investe em Tudo S/A (Investidora) participa em


100% do capital social de uma investida denominada ABCD Ltda. (Investida). Tal investimento é
considerado como relevante e está avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Em 31 de dezembro
de 2017, a Investidora recebeu as seguintes informações para a referida contabilização da equivalência do
exercício:
• Saldo da conta do Patrimônio Líquido da Investida em 31.12.2016: R$ 158.000,00
• Prejuízo apurado no exercício de 2017, pela Investida: R$ 210.000,00
• Durante o exercício de 2017, não ocorreram transações entre as empresas.
• No exercício de 2017, a Investida perdeu diversos clientes, ocasionando um prejuízo de R$ 150.000,00.
• No exercício de 2017, a Investidora adquiriu várias outras empresas do mesmo porte da referida Investida,
com detalhe de que todas são do mesmo segmento dessa empresa.
• A Investidora responde legal e civilmente pela Investida em todas as suas obrigações.
Com base nessas informações, assinale a alternativa que demonstra a correta contabilização da variação de
equivalência ocorrida no exercício de 2017 com a Investida ABCD Ltda.
a) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00
Crédito: Investimentos – R$ 158.000,00
Crédito: Passivo – R$ 52.000,00.
b) Débito: Investimentos – R$ 52.000,00
Crédito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 52.000,00.
c) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00
Crédito: Investimentos – R$ 210.000,00.
d) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 158.000,00
Crédito: Investimentos – R$ 158.000,00.
e) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00
Crédito: Investimentos – R$ 158.000,00
Crédito: Perdas Prováveis – R$ 52.000,00.

16. (VUNESP/CM Olímpia/Contador Especialista/2018) O resultado de empresas investidas reconhecido


pelo método de equivalência patrimonial deverá ser contabilizado
a) em reserva especial do patrimônio líquido.
b) no resultado abrangente do exercício em que o ativo financeiro for exercido.
c) em investimentos de longo prazo, devido ao perfil do ativo financeiro.

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d) em contas de compensação até o vencimento efetivo do ativo financeiro, quando por direito se exerce o
ganho ou perda.
e) na demonstração do resultado do período.

Atenção: Com base nas informações a seguir responda as questões 17 e 18.


Em 31/12/2016, a Cia. Brasileira adquiriu, à vista, 40% das ações da Cia. Francesa. O valor pago pela aquisição
foi R$ 7.000.000,00 e a Cia. Brasileira passou a ter influência significativa na administração.
Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Francesa era R$ 10.000.000,00 e o valor justo
líquido dos ativos e passivos identificáveis era R$ 15.000.000,00, sendo esta diferença decorrente da
avaliação a valor justo de um ativo intangível com vida útil indefinida que a Cia. Francesa detinha.
No período de 01/01/2017 a 31/12/2017, a Cia. Francesa apurou lucro líquido de R$ 500.000,00. Sabe-se
que, em 2017, a Cia. Francesa realizou uma venda no valor de R$ 100.000,00 para a Cia. Brasileira com
margem de lucro de 50% sobre as vendas, e estas mercadorias adquiridas da Cia. Francesa ainda estão no
estoque da Cia. Brasileira. A alíquota de imposto de renda para a Cia. Francesa é 34% e esta distribuiu
dividendos totais no valor de R$ 150.000,00.

17. (FCC/SEFAZ-GO/Auditor Fiscal/2018) Com base nestas informações, o valor que a Cia. Brasileira
reconheceu na conta Investimentos em Coligadas, no Balanço Patrimonial individual de 31/12/2016, e o
valor do ágio que foi pago na aquisição foram, respectivamente, em reais,
(A) 7.000.000,00 e 3.000.000,00.
(B) 4.000.000,00 e 1.000.000,00.
(C) 7.000.000,00 e 1.000.000,00.
(D) 4.000.000,00 e 3.000.000,00.
(E) 6.000.000,00 e 1.000.000,00.

18. (FCC/SEFAZ-GO/Auditor Fiscal/2018) O impacto reconhecido na Demonstração do Resultado


individual de 2017 da Cia. Brasileira, referente ao investimento na Cia. Francesa, foi, em reais,
(A) 167.000,00.
(B) 126.800,00.
(C) 120.000,00.
(D) 180.000,00.
(E) 186.800,00.

19. (FGV/SEFIN RO/Contador/2018) A Cia. XYZ, que atua no ramo de alimentos, possui 60% do capital
votante e total da Cia. M, sobre a qual exerce controle, e 5% do capital da Cia. P, na qual exerce influência
significativa. Ela tem a intenção de vender as ações da Cia. P, quando o preço de mercado atingir um valor
que gere lucro.
Em 31/12/2015, os patrimônios líquidos da Cia. M e da Cia. P eram de R$ 50.000.
No ano de 2016, a Cia. M apresentou lucro de R$ 10.000 e distribuiu R$ 2.000 em dividendos. Já a Cia. P
apresentou lucro de R$ 20.000 e distribuiu R$ 4.000 em dividendos.

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Assinale a opção que indica o valor reconhecido como Resultado por Equivalência Patrimonial na
Demonstração do Resultado do Exercício da Cia. XYZ, em 31/12/2016, referente às suas participações
acionárias.
a) R$ 4.800.
b) R$ 5.600.
c) R$ 6.000.
d) R$ 7.000.
e) R$ 10.000.

20. (Instituto AOCP/PC ES/Per. Of. Crim. - Área 1/2019) A empresa investidora S.A. possui 80% das ações
da Cia. Investida. Em 2018, a Cia. Investida distribuiu dividendos com pagamento à vista no valor de R$
250.000,00. Ao contabilizar esse fato, a empresa investidora S.A. debitou caixa e creditou
a) receita operacional.
b) receita de dividendos.
c) outras receitas.
d) investimentos.
e) receita de equivalência patrimonial.

21. (CESGRANRIO/Auditor Júnior/Petrobras/2018) A companhia V, que adquiriu uma participação


acionária no capital votante da companhia G, apresentou as seguintes informações referentes a esse
investimento, em reais:
2015: aquisição inicial da participação na companhia G
Aquisição de 8% do capital votante da companhia G 135.000,00
Dados da investida: companhia G
Patrimônio líquido na data da operação 1.687.500
Lucro em 2015 37.500,00
Dividendos em 2015 15.000,00
2016: aumento da participação na companhia G
Aquisição: mais 52% do capital votante da companhia G 889.200,00
Lucro em 2016 67.500,00
Dividendos 2016 52.500,00
Considerando-se as informações apresentadas pela companhia V sobre seu investimento na companhia G;
considerando-se que o investimento avaliado pelo método de custo em 2015 passou a ser avaliado pelo
método de equivalência patrimonial em 2016 e considerando-se, ainda, que a participação no capital votante
da companhia G passou de 8% para 60%, verifica-se que o valor do ajuste do investimento a ser contabilizado
no patrimônio líquido da companhia V, em 2016, em reais, é de
(A) 1.800,00
(B) 7.800,00

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(C) 9.000,00
(D) 10.800,00
(E) 15.000,00

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e suas atualizações e com os pronunciamentos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item que se segue.

22. (CEBRASPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional - Contabilidade/2017) A posse de instrumento que


conceda potencial direito de voto prontamente exercível ou conversível deve ser considerada para fins de
avaliação de influência significativa de uma entidade em outra e, em decorrência, de consolidação de
demonstrações contábeis.

==a81bb==

O item a seguir, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada de acordo com
os pronunciamentos do CPC.

23. (CEBRASPE/TCE-PE/Analista de Controle Externo/2017) Embora seja responsável pela nomeação de


quatro dos cinco diretores da companhia Beta, a companhia Gama possui apenas 15% das ações com
direito a voto da companhia Beta. Nessa situação, a companhia Gama deverá avaliar sua participação na
companhia Beta pelo método de custo.

Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.

24. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Reduzido a zero o saldo contábil do


investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial, nenhuma perda adicional proporcionada
pelo investimento será reconhecida nas demonstrações contábeis do investidor.

Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.
25. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) O investimento avaliado pelo método da
equivalência patrimonial deve compor o ativo não circulante no balanço patrimonial, exceto se esse
investimento for classificado como mantido para venda.

Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.

26. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) A existência de influência, mesmo que


significativa, de uma entidade em relação a outra não é condição suficiente para se concluir que as
referidas empresas sejam coligadas.

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Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.

27. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Os investimentos avaliados pelo método


da equivalência patrimonial estão sujeitos ao reconhecimento de perdas adicionais em função da redução
ao seu valor recuperável.

Em relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por companhias abertas, julgue o item que
se segue.

28. (CEBRASPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) A intenção da administração e a


capacidade financeira de exercer ou converter os potenciais direitos de voto são elementos essenciais para
se avaliar se tais direitos contribuem para a influência significativa ou para o controle de uma entidade
sobre outra.

Julgue o item a seguir, relativos à consolidação das demonstrações financeiras.


Situação hipotética: Uma empresa obteve lucro de R$ 400.000 com a venda de estoque para outra empresa
do mesmo grupo. No final do exercício, o estoque negociado permaneceu no ativo da empresa compradora.
A empresa vendedora está sujeita a uma alíquota de 30% de impostos e contribuições sobre o lucro.

29. (CEBRASPE/Funpresp-EXE/Contabilidade e Finanças/2016) Assertiva: Nesse caso, na consolidação dos


balanços, o lucro consolidado será reduzido pela diferença entre o lucro obtido na negociação intergrupo
e a tributação sobre esse lucro.

30. (CEBRASPE/Perito Criminal/Contabilidade/PC-PE/2016) A propósito de investimento em sociedade


coligada, assinale a opção correta.
a) A participação de membro da investidora no conselho de administração da investida não representa uma
influência significativa.
b) Sociedade com investimento em coligada deve consolidar as demonstrações contábeis.
c) A influência significativa da investidora sobre a investida pode ser verificada pela participação nos
processos de criação de políticas, até em decisões sobre dividendos e outras distribuições.
d) Um investidor que detiver, direta ou indiretamente, até 20% do poder de voto de uma investida será
detentor de influência significativa sobre esta.
e) O investimento em sociedade coligada deve ser avaliado pelo método do custo amortizado.

31. (CEBRASPE/Perito-Criminal/Contabilidade/PC-PE/2016) Acerca de investimento em sociedade


controlada, assinale a opção correta.
a) Os lucros não realizados entre controlada e controladora não afetam o resultado da equivalência
patrimonial reconhecido pela investidora.
b) O intercâmbio de diretores ou gerentes entre investidora e investida caracteriza o controle sobre as
operações da investida.

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c) Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em sociedade controlada deve ser inicialmente
reconhecido pelo custo no balanço da investidora e posteriormente deve ser ajustado pelas variações do
patrimônio líquido da investida.
d) O lançamento contábil de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido da investida não é
reconhecido no balanço patrimonial da investidora.
e) Os dividendos distribuídos pela investidora reduzem o valor do investimento na controlada.

32. (CEBRASPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC-PE/2016) Se uma investidora tem 40% de


participação no capital da investida e influência significativa, e, em 2015, a investida obteve um lucro de
R$ 200.000 e distribuiu dividendos no valor de R$ 100.000, então
a) a variação na conta investimento na investidora foi inferior a R$ 55.000.
b) o valor dos dividendos recebidos pela investidora foi superior ao valor da receita de equivalência
patrimonial.
c) a receita de equivalência foi inferior a R$ 70.000.
d) o fato de a investidora possuir influência significativa permite concluir que a investida é uma controlada
da investidora.
e) o valor da despesa de equivalência reconhecido pela investidora foi inferior a R$ 40.000.

33. (FCC/ISS TERESINA/2016) No dia 30/04/2015, a empresa Sempre Comprando S.A. adquiriu 80% das
ações da empresa Perspectiva S.A. por R$ 80.000.000,00 e passou a deter controle sobre esta. O valor pago
corresponde a 80% do valor justo líquido dos ativos e passivos adquiridos pela empresa Sempre
Comprando S.A. No ano de 2015, a empresa Perspectiva S.A. apurou um lucro líquido de R$ 24.000.000,00.
Os valores evidenciados no Balanço Patrimonial de 31/12/2015 e na Demonstração do Resultado do ano
de 2015, nas demonstrações contábeis individuais da empresa Sempre Comprando S.A., foram,
respectivamente, em reais,
(A) Investimentos = 80.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 0.
(B) Dividendos a Receber = 19.200.000,00 e Resultado de Participação Societária = 19.200.000,00.
(C) Investimentos = 99.200.000,00 e Resultado de Participação Societária = 19.200.000,00.
(D) Dividendos a Receber = 24.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 24.000.000,00.
(E) Investimentos = 104.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 24.000.000,00.

34. (FGV/Prefeitura de Paulínia/Contador/2016) A Cia Alfa possui participação de 12% no capital social da
Cia Beta. O presidente da Cia Alfa integra o conselho de administração da Cia Beta.
Com base nas informações acima e de acordo com a Lei n.º 11.638/2007 e com os pronunciamentos técnicos
do CPC, assinale a opção que indica como a participação societária da Cia Alfa na Cia Beta deve ser
considerada.
a) Associada
b) Coligada
c) Controlada

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d) Conjugada
e) Subsidiária

35. (FGV/ISS Cuiabá/Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal/2016) A Cia. A possui participação
societária na Cia B, investida com participação de 18% do capital social. O diretor financeiro da Cia. A é
membro do conselho de administração da Cia B.
De acordo com a Lei nº 6.404/76, o investimento na Cia. B deve ser avaliado no balanço patrimonial da Cia.
A, pelo
a) valor justo.
b) valor de saída.
c) método do custo.
d) método da reavaliação.
e) método da equivalência patrimonial.

36. (CESGRANRIO/Transpetro/Auditor-Junior/2016) Em 3 de outubro de 2014, a Companhia A adquiriu,


sem intenção de venda e sem controle, as ações de um dos acionistas da Companhia B, correspondentes
a 20% do total das ações emitidas pela Companhia B, por R$ 120.000,00, com pagamento no ato, por
transferência bancária.
A Companhia B, que só emite ações ordinárias, apresentou, no mesmo dia da operação, as seguintes
informações:
• Patrimônio Líquido: R$ 420.000,00, correspondentes ao valor justo dos ativos e passivos
• Volume das vendas, até à data da operação: R$ 80.000,00
Nesse contexto e de acordo com as normas contábeis e societárias vigentes, o registro contábil na
Companhia A dessa operação, na data de sua realização, é, em reais, o seguinte:
a) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 120.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00
b) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 104.000,00
D: Ágio no Investimento em Coligadas / Cia. B 16.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00
c) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 100.000,00
D: Ágio no Investimento em Coligadas / Cia. B 20.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00
d) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 84.000,00
D: Ágio no Investimento em Coligadas / Cia. B 36.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00

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e) D: Investimentos em Coligadas / Cia. B 68.000,00


D: Ágio no Investimento em Coligadas / Cia. B 52.000,00
C: Banco conta Movimento 120.000,00

37. (CESGRANRIO/Petrobrás/Contabilidade/2015) A companhia I adquiriu por R$ 350.000,00, 35% das


ações da companhia J, que só emite ações ordinárias e tem Patrimônio Líquido de R$ 800.000,00.
Na complementação da operação, foi feita a avaliação de ativos e passivos a valor justo, nos termos das
normas vigentes, sendo apurada, em reais, a seguinte situação:
Balanço Justo valor
ATIVO
Ativo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 500.000,00 500.000,00
Clientes 120.000,00 110.000,00
Estoques 400.000,00 440.000,00
Ativo Não Circulante
Imobilizado 600.000,00 650.000,00
(-) Depreciação Acumulada (240.000,00) (260.000,00)
PASSIVO
Passivo Circulante 400.000,00 400.000,00
Passivo Não Circulante 180.000,00 180.000,00
Considerando somente as informações apresentadas, as determinações dos procedimentos técnicos,
emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis em vigor, aprovados pela CVM, e desconsiderando
qualquer efeito tributário, o valor do ágio por rentabilidade futura, apurado pela investidora, a companhia I,
em reais, é
a) 24.500,00
b) 31.500,00
c) 49.000,00
d) 60.000,00
e) 70.000,00

38. (Instituto AOCP/Pref. Angra/2015) A Cia. Paranaense adquiriu 35% das ações da Cia. Catarinense por
R$ 4.500.000. Sabemos que na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Catarinense era R$
6.500.000 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. Catarinense era R$ 8.000.000.
Em 2014, a Cia. Catarinense apurou um lucro líquido de R$ 650.000,00 e distribuiu e pagou dividendos no
valor de R$ 340.000,00. A Cia. Paranaense reconheceu, em suas demonstrações financeiras, a receita de
equivalência patrimonial no valor de
a) R$ 227.500,00 e receita de dividendos de R$ 119.000,00.
b) R$ 108.500,00 e receita de dividendos de R$ 119.000,00.
c) R$ 227.500,00.
d) R$ 346.500,00.

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e) R$ 108.500,00.

39. (FGV/TJ RO/Analista Judiciário - Contador/2015) A Cia. Alfa, que não é uma entidade de investimento
e cujas ações são negociadas em bolsa de valores, é titular de direitos de sócio que lhe asseguram, de
modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores da Beta S.A. Além disso, a Cia. Alfa também detém participações societárias na Gama S.A.
e na Delta S.A. Porém, enquanto na Gama S.A. a Cia. Alfa participa nas decisões das políticas financeiras e
operacionais, embora não a controle, na Delta S.A. a Cia. Alfa não tem qualquer tipo de ingerência. Em
suas demonstrações financeiras, a Cia. Alfa deverá avaliar os investimentos:
a) na Beta S.A., na Gama S.A. e na Delta S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir seus ativos,
passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa nas demonstrações consolidadas;
b) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir seus ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa nas demonstrações consolidadas;
c) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Beta S.A. nas demonstrações consolidadas;
d) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Gama S.A. nas demonstrações consolidadas;
e) na Gama S.A. e na Delta S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Beta S.A. nas demonstrações consolidadas.

40. (FGV/TCM SP/Contador/2015) A Cia. Industrial Iota tem uma participação de 25% no capital social da
Comercial Kapa S.A., que é composto exclusivamente por ações ordinárias. Os demais investidores da
Comercial Kapa S.A. são independentes do grupo econômico ao qual a Cia. Industrial Iota pertence. Em
30/11/x1, a Cia. Industrial Iota vendeu produtos à Comercial Kapa S.A. por um total de R$1.000.000.
Esses produtos tiveram um custo para a Cia. Industrial Iota de R$800.000. Até 31/12/x1, a Comercial Kapa
S.A. havia vendido metade desses produtos a clientes que não eram partes relacionadas nem dela nem da
Cia. Industrial Iota. Sabendo que essas transações não são tributadas, que não houve outras operações entre
ambas as companhias durante x1, e que ao final desse exercício a Comercial Kapa S.A. obteve um lucro
líquido de R$1.200.000, o efeito líquido no resultado da Cia. Industrial Iota de sua participação nos resultados
de x1 da Comercial Kapa S.A. será de:
(A) R$100.000;
(B) R$200.000;
(C) R$250.000;
(D) R$275.000;
(E) R$300.000.

41. (FGV/TCM SP/Contador/2015) A Cia. Industrial Lambda tem uma participação de 75% no capital social
da Comercial Mi S.A., que é composto exclusivamente por ações ordinárias. Os demais investidores da
Comercial Mi S.A. são independentes do grupo econômico ao qual a Cia. Industrial Lambda pertence. Em
30/11/x1, a Cia. Industrial Lambda vendeu produtos à Comercial Mi S.A. por um total de R$1.000.000.
Esses produtos tiveram um custo para a Cia. Industrial Lambda de R$800.000. Até 31/12/x1, a Comercial

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Mi S.A. havia vendido metade desses produtos, por R$750.000, a clientes que não eram partes
relacionadas nem dela nem da Cia. Industrial Lambda. Sabendo que essas transações não são tributadas e
que não houve outras operações entre ambas as companhias durante x1, o efeito líquido das transações
descritas no resultado consolidado do exercício de x1 da Cia. Industrial Lambda será de:
(A) R$100.000;
(B) R$200.000;
(C) R$250.000;
(D) R$350.000;
(E) R$450.000.

42. (FGV/Analista Contábil/DPE/RO/2015) Uma empresa controladora possui uma controlada com
patrimônio líquido negativo. A prática contábil aplicável nesse caso é:
(A) deve reconhecer passivos contingentes e outras obrigações cabíveis nas demonstrações separadas;
(B) nas demonstrações consolidadas, as controladas com patrimônio líquido igual a zero ou negativo não
devem ser consolidadas por terem efeito nulo;
(C) nas demonstrações individuais, deverá ser refletido o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio
líquido que são obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo econômico;
(D) quando a participação do investidor nos prejuízos do período se igualar ou exceder o saldo contábil de
sua participação na investida, o investidor deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em
perdas futuras;
(E) reduzir o investimento até zero e um passivo deve ser reconhecido somente na extensão em que o
investidor tiver incorrido em obrigações legais.

43. (FGV/Analista Contábil/DPE MT/2015) Em 31/12/2013, a Cia. “X” possuía 80% de participação da Cia.
“Z”. Na data, as empresas apresentavam os seguintes balanços patrimoniais:
Cia A Cia B
Caixa R$ 500,00 R$ 1.100,00
Investimentos Cia B R$ 800,00
Total R$ 1.300,00 R$ 1.100,00
Financiamentos R$ 1.300,00 R$ 100,00
Capital R$ 1.100,00
Total R$ 1.300,00 R$ 1.100,00
Em 2014, a Cia. “Z” reconheceu receitas à vista com terceiros no valor de R$ 200,00 e despesa à vista com
terceiros no valor de R$ 150,00, enquanto a Cia. “X” não teve transações. De acordo com o Pronunciamento
Técnico CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas, com base somente nos dados apresentados, o valor do
patrimônio líquido consolidado, em 31/12/2014, era de
(A) R$ 1.050,00.
(B) R$ 1.300,00.
(C) R$ 1.340,00.
(D) R$ 1.550,00.

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(E) R$ 1.650,00.

44. (FGV/Analista Contábil/DPE/RO/2015) Um investimento avaliado pelo método de custo deve:


a) ter periodicamente seu valor justo mensurado e os ganhos ou perdas reconhecidos no resultado;
b) com base na Lei nº 6.404/76, e suas alterações, ser baixado para resultado ou avaliado ao valor justo;
c) ser avaliado por equivalência patrimonial;
d) ter seu valor recuperável testado quando houver evidência de perda;
e) ser ajustado pela deliberação sobre a distribuição de dividendos.

45. (FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) A Cia. Mineira adquiriu, em 31/12/2013, 90% das ações da Cia.
Montanhosa por R$ 12.600.000,00 à vista, passando a deter o controle da empresa adquirida. Na data da
aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Montanhosa era R$ 10.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos
e passivos identificáveis desta Cia. era R$ 12.000.000,00, sendo a diferença entre os valores decorrente da
atualização do valor de um terreno que a Cia. Montanhosa havia adquirido em 2011. A participação dos
acionistas não controladores na Cia. Montanhosa foi avaliada pela parte que lhes cabe no valor justo
líquido dos ativos e passivos identificáveis da empresa.
No período de 01/01/2014 a 31/12/2014, a Cia. Montanhosa reconheceu as seguintes mutações em seu
Patrimônio Líquido:
Lucro líquido: R$ 1.000.000,00
Distribuição de dividendos: R$ 300.000,00
Ajustes acumulados de conversão de investida no exterior: R$ 150.000,00 (credor)
O valor que a Cia. Mineira reconheceu em seu Balanço Patrimonial individual como investimentos em
Controladas na data da aquisição da Cia. Montanhosa foi, em reais,
A) 9.000.000,00.
B) 10.000.000,00.
C) 10.800.000,00
D) 12.000.000,00.
E) 12.600.000,00.

46. (FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) A Cia. Mineira adquiriu, em 31/12/2013, 90% das ações da Cia.
Montanhosa por R$ 12.600.000,00 à vista, passando a deter o controle da empresa adquirida. Na data da
aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Montanhosa era R$ 10.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos
e passivos identificáveis desta Cia. era R$ 12.000.000,00, sendo a diferença entre os valores decorrente da
atualização do valor de um terreno que a Cia. Montanhosa havia adquirido em 2011. A participação dos
acionistas não controladores na Cia. Montanhosa foi avaliada pela parte que lhes cabe no valor justo
líquido dos ativos e passivos identificáveis da empresa.
No período de 01/01/2014 a 31/12/2014, a Cia. Montanhosa reconheceu as seguintes mutações em seu
Patrimônio Líquido:
Lucro líquido: R$ 1.000.000,00

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Distribuição de dividendos: R$ 300.000,00


Ajustes acumulados de conversão de investida no exterior: R$ 150.000,00 (credor)
Sabendo que não há resultados não realizados entre a controladora e a controlada, a variação positiva
reconhecida, em 2014, na Demonstração do Resultado individual da Cia. Mineira referente ao Investimento
na Cia. Montanhosa foi, em reais,
A) 900.000,00.
B) 630.000,00.
C) 700.000,00.
D) 270.000,00.
E) 765.000,00.

47. (FCC/SEFAZ PI/ATE/2015) O valor do Patrimônio Líquido da Cia. Bons Negócios, em determinada data,
era R$ 36.000.000,00 e o valor justo líquido dos seus ativos e passivos identificáveis era, na mesma data,
R$ 45.000.000,00. A Cia. Investidora adquiriu, nesta data, 60% das ações da Cia. Bons Negócios por R$
33.000.000,00.
Sabendo que a Cia. Investidora passou a deter o controle da Cia. Bons Negócios e que a participação dos não
controladores é mensurada pela parte que lhes cabe no valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis
da Cia. Bons Negócios, os valores reconhecidos no grupo Investimentos (no balanço individual da Cia.
Investidora) e no grupo Intangíveis (no balanço consolidado) foram, respectivamente, em reais:
A) 21.600.000,00 e 11.400.000,00
B) 33.000.000,00 e 6.000.000,00
C) 33.000.000,00 e 11.400.000,00
D) 27.000.000,00 e 0,00 (zero)
E) 27.000.000,00 e 18.000.000,00

48. (FCC/TCM GO/ACE/2015) A empresa Participa em Tudo S.A. adquiriu, em 02/01/2013, uma
participação societária de 60% na Cia. Vendida S.A., passando a deter o seu controle. O Patrimônio Líquido
contábil da Cia. Vendida S.A. era R$ 50.000.000,00 na data da aquisição e a Participa em Tudo S.A. pagou
R$ 36.000.000,00 pela participação adquirida. O valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da
Cia. Vendida S.A., em 02/01/2013, era R$ 60.000.000,00 e a diferença para o seu Patrimônio Líquido
contábil se referia ao valor justo de um terreno que estava registrado pelo valor de custo. No ano de 2013,
a Cia. Vendida S.A. apurou um lucro líquido de R$ 8.000.000,00 e sabe-se que o terreno não foi vendido.
Nas demonstrações contábeis individuais da empresa Participa em Tudo S.A., o valor do Resultado de
Participação apresentado na Demonstração do Resultado do ano de 2013 e o valor do investimento
apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 foram, respectivamente, em reais,
A) 8.000.000,00 e 38.000.000,00.
B) 4.800.000,00 e 40.800.000,00.
C) 4.800.000,00 e 34.800.000,00.
D) 8.000.000,00 e 44.000.000,00.

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E) 0,00 e 30.000.000,00.

49. (FCC/CNMP/Contabilidade/2015) O Patrimônio Líquido contábil da Empresa Riacho Fundo S.A., em


31/12/2012, era R$ 10.000.000,00. A Cia. Grande Rio adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Empresa
Riacho Fundo S.A., pagando à vista o valor de R$ 6.000.000,00 e passando a ter influência signifcativa sobre
a empresa investida. Sabe-se que na data da aquisição das ações, o valor justo líquido dos ativos e passivos
identificáveis da Empresa Riacho Fundo S.A. era R$ 12.000.000,00, e a diferença para o Patrimônio Líquido
contábil decorre do valor contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno.
No período de 01/01/2013 a 31/12/2013, a Empresa Riacho Fundo S.A. reconheceu as seguintes mutações
em seu Patrimônio Líquido:
− Lucro líquido de 2014: ................................... R$ 900.000,00
− Pagamento de dividendos: ................................ R$ 200.000,00
Com base nestas informações, o valor reconhecido em investimentos em Coligadas, no Balanço Patrimonial
individual da Cia. Grande Rio, em 31/12/2014, foi, em reais,
A) 4.280.000,00.
B) 6.280.000,00.
C) 5.080.000,00.
D) 4.360.000,00.
E) 6.360.000,00.

50. (VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba – SP/Contador/2015) O método de contabilização por meio do


qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, posteriormente, ajustado pelo
reconhecimento da participação atribuída ao investidor nas alterações de ativos líquidos da investida é o
método de
a) equivalência patrimonial.
b) custo atribuído.
c) valor justo.
d) equidade de patrimônios.
e) ajuste patrimonial.

A respeito da avaliação e da contabilização de itens patrimoniais, dos efeitos inflacionários e da destinação


do resultado, julgue o item subsequente.

51. (CEBRASPE/Telebrás/Analista Superior - Finanças/2015) O fato de uma empresa conceder a outra


empréstimos de acordo com as condições usuais de mercado, com a prática de juros e prazos habituais
semelhantes às negociações com as demais empresas, é um indício, segundo a legislação societária, de
que as empresas são coligadas e a investidora possui influência significativa na investida.

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52. (CEBRASPE/DPF/Contabilidade/2014) Os dividendos declarados pela investida em favor da


investidora provocam, na contabilidade da investidora, um registro a débito de uma conta patrimonial
que representa o direito de receber os dividendos e a crédito de uma conta de resultado que representa
o reconhecimento da receita gerada na transação.

53. (CEPERJ/RIOPREVIDÊNCIA/Especialista em Previdência Social/Ciências Contábeis/2014) No exercício


de 2013, a Companhia ALFA adquiriu 80% do capital da Companhia Beta que, nessa ocasião correspondia
a R$ 500.000,00. No final do exercício, a Companhia BETA obteve um lucro líquido de R$ 150.000,00 e o
seu estatuto social previa uma distribuição de dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido.
Sabendo-se que esse era o único investimento em outras empresas da Cia. ALFA, no seu balanço
patrimonial elaborado em 31/12/2013, ficou esse investimento evidenciado no seguinte valor:
A R$ 520.000,00
B R$ 430.000,00
C R$ 550.000,00
D R$ 400.000,00
E R$ 490.000,00

54. (CESGRANRIO/Petrobrás/Contabilidade/2014) Uma sociedade anônima, de capital aberto, com


investimentos em participações societárias adquiridas e mantidas, há mais de dois anos, sem intenção de
venda, informou ter recebido das empresas investidas os valores e as respectivas origens a seguir
discriminados.
Investimentos em participações societárias avaliados pelo custo de aquisição
Dividendos .......... 50.000,00
Investimentos em participações societárias avaliados pela equivalência patrimonial
Dividendos recebidos ................ 100.000,00
Juros sobre o capital próprio ......10.000,00
Considerando-se exclusivamente as informações acima, realizados os competentes registros contábeis
determinados pelas normas vigentes, o valor creditado pela investidora nas contas representativas desses
investimentos, em reais, é
a) 50.000,00
b) 60.000,00
c) 100.000,00
d) 110.000,00
e) 160.000,00

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55. (CESGRANRIO/EPE/Analista de Gestão /2014) Uma Sociedade Anônima apresentou, nos Balanços
encerrados em 2011 e 2012, sua participação na investida H, classificada no Ativo Não Circulante /
Investimentos / Avaliados pelo Valor Justo. No encerramento do exercício de 2012, a Assembleia Geral da
investida H aprovou a distribuição de dividendos obrigatórios, cabendo à investidora o valor de 50.000,00
a esse título.
Considerando exclusivamente as informações recebidas e as normas contábeis vigentes, a investidora
reconheceu tais dividendos, nas suas operações, através do seguinte registro contábil:
a) D – Banco c/Movimento 50.000,00
C – Dividendos Propostos 50.000,00
b) D – Caixa 50.000,00
C – Dividendos Propostos 50.000,00
c) D – Caixa 50.000,00
C – Investimentos Avaliados a Valor Justo 50.000,00
d) D – Dividendos a Receber 50.000,00
C – Investimentos Avaliados a Valor Justo 50.000,00
e) D – Dividendos a Receber 50.000,00
C – Receita de Dividendos 50.000,0

56. (CEBRASPE/DPF/Contabilidade/2014) Os dividendos declarados pela investida em favor da


investidora provocam, na contabilidade da investidora, um registro a débito de uma conta patrimonial
que representa o direito de receber os dividendos e a crédito de uma conta de resultado que representa
o reconhecimento da receita gerada na transação.

57. (FGV/DPE RJ/Técnico superior – Ciências Contábeis/2014) A empresa Jogajunto possui uma
participação de 40% na empresa Senjogo. Outros 15% do capital da Senjogo estão pulverizados nas bolsas
de valores BM&F Bovespa e na de Nova York. Os demais 45% estão em posse do banco Investidolar. Desses
45% da Investidolar, a Jogajunto possui uma opção de compra de 20% e que pode ser realizada a qualquer
momento.
No ano de X1 a Senjogo obteve um lucro de R$ 100.000,00. Além disso, a Senjogo possui em seu estoque R$
60.000,00 em mercadorias adquiridas da Jogajunto. No balancete da Jogajunto é possível encontrar os
seguintes saldos
Venda de Mercadorias 500.000
Venda de Mercadorias para a Senjogo 60.000
Total de Vendas 560.000
Custo das Mercadorias Vendidas 380.000
Custo das Mercadorias Vendidas para a Senjogo 45.000
Total do CMV 425.000
Considerando apenas as informações acima e desconsiderando qualquer efeito de impostos, o resultado de
equivalência patrimonial é

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(A) R$ 34.000,00.
(B) R$ 40.000,00.
(C) R$ 45.000,00.
(D) R$ 54.000,00.
(E) R$ 25.000,00.

58. (CESGRANRIO/Inoova/Contador/2012) A companhia HH comprou a participação acionária de 40% de


todas as ações da companhia ZZ, pagando R$ 10.000,00 por tal participação. Nesse mesmo dia, o
Patrimônio Líquido da companhia ZZ é de R$ 20.000,00.
Na avaliação dos ativos e passivos a justo valor, foi apurado, entretanto, que o Ativo Imobilizado vale mais
R$ 1.800,00 que o valor registrado pela contabilidade, que os passivos são iguais, e que a companhia ZZ
possui uma patente gerada internamente e, por isso mesmo, não contabilizada, que é negociada num
mercado cativo, desse tipo de patente, por R$ 1.200,00.
Considerando as determinações das normas vigentes com relação à segregação inicial do investimento (CPC
18) e desconsiderando a incidência de qualquer tipo de imposto, o valor do Fundo de Comércio Pago
(Goodwill) a ser evidenciado na segregação dessa aplicação, na companhia investidora ZZ, em reais, é
a) 480,00
b) 720,00
c) 800,00
d) 1.000,00
e) 1.200,00

59. (CESGRANRIO/EPE/Contabilidade/2012) A companhia S, com participação societária de 20% na


companhia Y, que só emite ações ordinárias e sobre a qual em influência nas decisões operacionais e
financeiras, evidenciou essa participação, no seu Balanço Patrimonial de 31/12/2009, como segue:
Ativo não Circulante
Investimentos
Coligadas Y
Avaliada ao MEP 305.000,00
Antes de elaborar o balanço de 31/12/2010, a companhia S apresentou as seguintes informações retiradas
das demonstrações contábeis da companhia Y.
a) Patrimônio líquido antes do reconhecimento da distribuição do resultado de 2010

b) Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulado em 31/12/2010

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Considerando-se exclusivamente as informações recebidas e a boa técnica de avaliação do investimento pelo


método da equivalência patrimonial (MEP), o valor do investimento da companhia S na companhia Y,
evidenciado no balanço de 31/12/2010, em reais, é:
a) 289.300,00
b) 305.000,00
c) 373.800,00
d) 410.000,00
e) 465.000,00

60. (CEPERJ/SEFAZ RJ/Analista de Controle Interno/2012) A Companhia Atlantis foi constituída em


01/02/2011 com um capital subscrito e totalmente integralizado, composto de 200.000 ações ordinárias e
100.000 ações preferenciais, todas com valor nominal de R$ 2. Em 10/09/2011, a Companhia Odisséia
adquiriu 45% do capital votante da Cia. Atlantis, pagando nesta data, o mesmo valor de emissão das ações
da empresa investida. No final do exercício a Companhia Atlantis apurou um lucro líquido de R$100.000.
No seu estatuto prevê a distribuição de 40% desse lucro a título de dividendos. Em 31 de dezembro, na
contabilidade da Companhia Odisséia, esse investimento realizado na Cia. Atlantis estava registrado com
o seguinte valor:
A R$ 225.000
B R$ 210.000
C R$ 207.000
D R$ 198.000
E R$ 310.000

61. (CESGRANRIO/BNDES/Contabilidade/2011) Uma companhia possui participação permanente na


empresa Delta, adquirida em 2009. No exercício de 2010, esse investimento apresentou as seguintes
características:

Considerando exclusivamente os dados acima e sabendo que em 2010 não houve chamamento de capital
novo, o valor contábil final correspondente ao investimento da investidora será, em reais, de

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a) 3.070.000,00
b) 3.220.000,00
c) 3.570.000,00
d) 3.920.000,00
e) 4.070.000,00

GABARITO
1 D 22 CERTO 43 D
2 B 23 ERRADO 44 D
3 A 24 ERRADO 45 E
4 D 25 CERTO 46 A
5 A 26 ERRADO 47 B
6 A 27 CERTO 48 B
7 C 28 ERRADO 49 B
8 B 29 CERTO 50 A
9 D 30 C 51 ERRADO
10 E 31 C 52 ERRADO
11 B 32 A 53 E
12 D 33 C 54 C
13 D 34 B 55 E
14 D 35 E 56 ERRADO
15 A 36 D 57 E
16 E 37 C 58 C
17 C 38 C 59 C
18 E 39 C 60 D
19 C 40 D 61 D
20 D 41 D
21 A 42 C

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