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UNIVERSIDADE DO NORTE DO PARANÁ- UNOPAR


BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ALYSON GUIMARÃES DE OLIVEIRA


LEANDRO PIAULINO PAES
MARIA DE GLÓRIA SANTOS SILVA
OTÁVIO PEREIRA DOS SANTOS
OZANEIDE LOPES FOLHA SANTOS
PATRÍCIA HONÓRIO DINIZ

A PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO


(PTG) - “GRUPO ECONÔMICO SOLUNAR”

BOM JESUS (PI)


2020
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ALYSON GUIMARÃES DE OLIVEIRA


LEANDRO PIAULINO PAES
MARIA DE GLÓRIA SANTOS SILVA
OTÁVIO PEREIRA DOS SANTOS
OZANEIDE LOPES FOLHA SANTOS
PATRÍCIA HONÓRIO DINIZ

A PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO


(PTG) - “GRUPO ECONÔMICO SOLUNAR”

Trabalho de uma Proposta de Produção


Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG)
do curso de Ciências Contábeis da
Universidade Pitágoras- UNOPAR do polo
sediado em Bom Jesus-PI, como requisito
parcial para obtenção de nota das
disciplinas do semestre.

Orientadores:

BOM JESUS (PI)


2020
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SUMÁRIO

1.0.INTRODUÇÃO.........................................................................................................3

2.0.DESENVOLVIMENTO............................................................................................4

2.1. Relacionamento entre investidor e investida..........................................................6

2.2. Balanço Patrimonial Consolidado..........................................................................8

2.3. Mercado de Capitais-Debêntures..........................................................................10

3.0. CONCLUSÃO.........................................................................................................14

REFERÊNCIAS............................................................................................................16

1.0. INTRODUÇÃO
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À primeira vista, a contabilidade pode parecer um instrumento estático de


registro de dados, que só pode fornecer informações sobre o estado e os problemas
existentes em uma entidade, mas na verdade ela é uma linguagem universal, que é
necessária a todos os empresários, por possibilitar que suas empresas entre em um
mercado competitivo globalizado, sejam elas micro, pequenas ou grandes empresas
(LIMA, 2000).
Ademais, a contabilidade, tem como fundamento fornecer aos gestores
informações úteis e relevantes para a tomada de decisões, é uma das mais antigas
profissões do mundo. A contabilidade é um sistema de informação que auxilia as
organizações a tomar decisões gerenciais. É uma ferramenta indispensável para a gestão
de qualquer tipo de negócio.
Moreira et al. (2013, p. 120), relata que a informação pode se tornar uma
ferramenta indispensável para solucionar empasses gerenciais que surgem nas empresas
e, dessa forma, “aqueles que souberem aplicá-la de forma eficaz podem alcançar
posição de destaque diante dos concorrentes”.
Nesse cenário, nota-se que as informações fornecidas pelos registros contábeis
nos levam à origem dos problemas, auxiliando a instituições a eliminar as causas e não
apenas para reparar os efeitos. Dessa forma o mesmo autor citado acima expõe que o
principal papel da contabilidade é fornecer aos interessados - quer eles fazem parte da
entidade econômica ou de usuários externos, como acionistas, bancos, organizações
financeiras e parceiros de negócios – informações suficientes para lidar com os cenários
instáveis e competitivos que exigem dos gestores, uma rápida tomada de decisões.
Perante ao exposto, é de suma importância destacar o papel dos contadores, visto
que são profissionais capazes de fornecer uma variedade de informações úteis para a
tomada de decisões, tais como análises financeiras, orçamentos, registros contábeis e
muito mais. Além disso, os contadores também podem ajudar a reduzir os custos de um
negócio e aumentar a eficiência.
Nesse contexto, insere-se a situação geradora descrita neste trabalho, serão
apresentadas soluções aos desafios enfrentados pelo Grupo Econômico SOLUNAR, de
acordo com os problemas descritos nas atividades. Vale destacar, que a empresa possui
dado a atual perspectiva de crescimento, visando ampliar sua atuação sustentável e com
o objetivo de expandir sua capacidade produtiva.
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2.0. DESENVOLVIMENTO

A contabilidade é uma ferramenta essencial no processo de produção e


evidenciação das informações patrimoniais e de resultado das entidades.

No presente momento, a empresa tem como escopo o crescimento, visando


ampliar sua atuação sustentável e com o objetivo de expandir sua capacidade produtiva,
a empresa controladora tem dois desafios de curto e médio prazo:

I) 1º objetivo: realizar uma emissão de debêntures com a finalidade de


levantamento de capital para a expansão das atividades.
II) 2º objetivo: realizar a consolidação das demonstrações contábeis das
empresas do grupo econômico.

A seguir é demonstrado os balanços patrimoniais das empresas do grupo


econômico para o período de 2020, nos Quadros 1 e 2. A partir desse contexto, propõe-
se resolver os questionamentos lançados, buscados em fontes complementares.

Quadro 1: Balanço Patrimonial das empresas SOL. S.A e LUA S.A


6

Quadro 2: Balanço Patrimonial das empresas SOL. S.A e LUA S.A

2.1. Relacionamento entre investidor e investida

Inicialmente é importante destacar que não é necessário que uma empresa seja
dona da outra para que a legislação determine que a relação entre elas sejam tão
próximas que mereçam cuidados especiais. Por meio dessas relações surge o conceitos
de coligada.

Uma sociedade coligada é uma sociedade que é controlada por outra sociedade,
que é chamada de sociedade coligante. A sociedade coligada pode ser uma subsidiária,
uma parceria ou uma joint venture. A sociedade coligante controla a sociedade coligada
através de uma participação acionária ou de acordos de administração. Em suma, uma
sociedade é coligada a outra quando uma delas tem uma influência significativa sobre a
outra empresa.

Vale destacar, que a lei não estabelece um percentual mínimo, mas ela presume
que toda participação acima de 20% é significativa o suficiente para ser considerada
automaticamente uma coligada. Mas mesmo percentuais menores de participação
podem levar uma empresa a ser considerada coligada a outra: basta que uma empresa
detenha ou exerça o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou
operacional da investida, sem controlá-la.

Conforme a Comissão de Valores Imobiliários, em seu CPC 18 (2012) elenca


que para um investidor tenha ou não uma influência significativa, caracteriza quando o
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mesmo mantém direta ou indiretamente, vinte por cento ou mais do poder de voto da
investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser
claramente demonstrado o contrário. Em contra partida, se o investidor detém, direta ou
indiretamente menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que
ele não tenha influência a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada.

A mesma norma destaca que para existir uma influência significativa pelo
investidor pode se valer por meio uma ou mais das seguintes formas:

a. Representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;


b. Participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em
decisões sobre dividendos e outras distribuições;
c. Operações materiais entre o investidor e a investida;
d. Intercâmbio de diretores ou gerentes;
e. Fornecimento de informação técnica essencial.

Logo, pode-se inferir do exposto que a existência de influência significativa por


investidor em sociedades coligadas, o primeiro passo é identificar se há ou não uma
relação de controle entre as empresas. Isso pode ser feito através da análise do quadro
societário das companhias e da verificação de outros fatores, como a existência de
acordos de acionistas.
Ademais, a avaliação da existência de uma interdependência significativa entre
as companhias, ou seja, se elas se relacionam de forma a afetar significativamente suas
respectivas condições financeiras, operações e resultados. Outro fator a ser considerado
é se há uma participação relevante de um investidor em uma das companhias. Por
exemplo, se um investidor detém 50% das ações de uma empresa, é possível que ele
exerça um controle significativo sobre ela.
Finalizando, avaliar a ocorrência de uma relação entre os investimentos das
companhias e os resultados obtidos por elas. Se os investimentos feitos por uma
companhia estão sendo financiados pelos recursos obtidos por outra, é possível que haja
uma influência significativa por investidor.
As Demonstrações contábeis consolidadas são conceituadas pelo CPC 36 como
as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são
apresentados como se fossem uma única entidade econômica. Assim, elas permitem que
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os investidores e outros interessados analisem a saúde financeira da empresa como um


todo, em vez de ter que examinar as demonstrações financeiras de cada uma das
empresas individualmente.

2.2. Balanço Patrimonial Consolidado

O balanço consolidado conforme Reis (2018) é a consolidação de todos os


investimentos de uma empresa controladora. Sendo o mesmo exigido pela CVM para
que os investidores possam ter uma análise fiel da situação financeira da empresa.

Nesse contexto, a empresa em sua consolidação deve apresentar as contas de


todas as suas participações como apenas um conglomerado. Isto é muito importante
pois, muitas vezes, empresas possuem participações relevantes em outras companhias.
Dessa forma é possível ter uma noção da situação financeira de todo o grupo de
empresas. Abaixo, no Quadro 3 temos o BPC (balanço patrimonial consolidado).

Quadro 3: Balanço Patrimonial Consolidado.

Sol S.A. Lua S.A. Lançamentos Saldo


(controladora) (controlada) Eliminação Consolidado
Ativo Débito Crédito
Circulante 770.000 881.300 - 220.000 1.431.300
Caixa 20.000 50.000 70.000
Banco 150.000 180.000 330.000
c/movimento
Contas a receber 250.000 245.000 495.000
de terceiros
Dividendos a 220.000 - 220.000 -
receber da Lua
S.A.
Estoques de 100.000 378.000 478.000
produtos
acabados
Despesas 30.000 28.000 58.000
Antecipadas

Não Circulante 1.405.000 662.000 - 375.000 1.692.000


Realizável a 40.000 40.000 80.000
longo prazo
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Aplicações 40.000 40.000 80.000


financeiras
longo prazo
(RLP)
Investimentos 375.000 - 375.000 -
Investimentos 375.000 - 375.000 -
na Lua S.A.
Imobilizado 980.000 607.000 1.587.000
Móveis e 58.000 115.000 173.000
Utensílios
Máquinas e 300.000 369.000 669.000
Equipamentos
Veículos 240.000 40.000 280.000
Imóveis 300.000 50.000 350.000
Terrenos 100.000 40.000 140.000
(-) Depreciação (18.000) (7.000) (25.000)
Acumulada
Intangível 10.000 15.000 25.000
Software 10.000 15.000 25.000
Total do Ativo 2.175.000 1.543.300 - 595.000 3.123.300

Passivo/PL Débito Crédito


Circulante 558.050 968.300 220.000 - 1.306.350
Fornecedores 115.000 625.000 740.000
Impostos a 35.000 36.000 71.000
recolher
Empréstimos e 300.000 - 300.000
financiamentos
(CP)
Salários a 17.500 17.500 35.000
pagar
Contas a pagar 50.000 34.250 84.250
de terceiros
Dividendos a - 220.000 220.000 -
pagar da Sol
S.A.
Aluguéis a 40.550 35.500 76.050
pagar
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Não circulante 200.000 200.000 400.000


Empréstimos e 200.000 150.000 350.000
Financiamentos
(LP)
Outras - 50.000 50.000
obrigações (LP)

Patrimônio 1.416.950 375.000 375.000 - 1.416.950


Líquido
Capital Social 900.000 150.000 150.000 - 900.000
Reservas de 516.950 225.000 225.000 516.950
Lucro
Total de Passivo 2.175.000 1.543.300 595.000 - 3.123.300
Fonte: Próprio Autor

Diante das informações obtidas pelo BPC podemos inferir que ele fornece uma
visão abrangente do patrimônio total da companhia, bem como de seu passivo total e
capital total. Além disso, o balanço patrimonial consolidado também apresenta
informações sobre os ativos tangíveis e intangíveis da companhia.

É relevante comentar sobre patrimônio líquido (PL) visto que é um conceito


contábil imprescindível para o balanço patrimonial. Conforme Ramos (2022) afirma que
tecnicamente o PL é o resultado da diferença entre o ativo e o passivo de uma empresa.
Isso inclui ações preferenciais e ordinárias, lucros ou prejuízos acumulados, dinheiro em
caixa e bancos, imóveis ou equipamentos e qualquer outro bem que a empresa possua.

É vultuoso destacar que o patrimônio líquido serve para medir a riqueza de um


empreendimento ou a sua própria riqueza pessoal. Ou seja, mostra a saúde financeira da
empresa e seus acionistas. Uma empresa com um patrimônio líquido negativo pode
estar em dificuldades financeiras e pode ter que declarar falência.

De acordo com as informações apresentadas no Balanço Patrimonial


Consolidado o valor total do Patrimônio Líquido do Grupo Solunar é de
R$1.416.950,00.
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2.3. Mercado de Capitais-Debêntures

Inicialmente é importante comentar sobre Mercado de capitais (ou de valores


mobiliários) que conforme Nubank (2022) é um dos segmentos do sistema financeiro.
De forma resumida, ele é responsável por intermediar negociações entre quem quer
captar dinheiro, como empresas, e quem quer investir, como pessoas físicas e
investidores profissionais.

Outro ponto a ter um respaldo é a função que o mercado de capitais desempenha


que é conectar investidores às empresas que emitem os ativos financeiros. As principais
categorias de ativos são a renda fixa e a renda variável.

Ademais, os mercados de capitais são divididos em dois grandes grupos: os


mercados de ações e os mercados de títulos. Nos mercados de ações, os investidores
compram ações de empresas, que são pedaços de papel que representam a propriedade
dessas empresas. Nos mercados de títulos, os investidores compram títulos que
representam dívidas de empresas ou do governo.

Dessa forma, os ativos que permite a negociação de ativos de renda fixa e de


renda variável são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Assim,
nesse rol de ativos de renda fixa incluem-se as debêntures que é um título de dívida que
pode ser emitido por empresas, fundos de investimento ou até mesmo pelo Governo. O
principal objetivo de quem emite debêntures é a captação de recursos.

O investidor que opta por ativo como debênture tem acesso a um investimento
interessante, também obtém a proteção de ter seus recursos atrelados ao desempenho da
economia. Outro ponto, é que os recursos captados pelas debêntures são utilizados na
aquisição ou no financiamento de ativos, em projetos de expansão ou até mesmo para a
composição de capital de giro.

Nesse contexto, insere-se o contexto da expansão dos negócios após o processo


de fusão da Solar, em se emitiu títulos de US$ 1 cada, com um prêmio de 10%, cujo
pagamento com juros mensais de 1% poderá ser concretizado até cinco anos após a
emissão.
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O prêmio pago pelo investidor, devido à comissão que este recebe da instituição
financeira, é de aproximadamente 0,4% ao mês. Se a empresa se oferece para pagar uma
caução de 1% ao mês, como no caso da SOLAR S.A., isso significa que os retornos dos
investidores para o sistema financeiro são mais que o dobro.

Ademais, a emissão de bônus ou prêmio na hora da emissão é cada vez mais


comum nas empresas que buscam atrair investidores. Tais aspectos, como a grande
demanda pelos títulos e a estabilidade no mercado, tornam a empresa atrativa para os
investidores, causando um grande interesse. Isso gera uma boa imagem para a
companhia e aumenta o valor dos ativos, fazendo com que os investidores tenham um
maior retorno financeiro. É evidente que esse é um aspecto importante para qualquer
negócio e deve ser levado em conta na hora de tomar decisões estratégicas.

Como parte desse processo, a empresa está oferecendo um bônus de 10% sobre
o valor total da oferta, ou seja, $ 60.000. Isso será uma dívida para com os investidores
e a SOLAR S.A receberá essa receita financeira somente se cumprir suas obrigações nos
termos da oferta.

Os lançamentos contábeis referente ao registro da apropriação das Debêntures e


referente ao registro do Prêmio da Emissão de Debênture:

D - Bancos (Ativo Circulante – Disponibilidade) R$ 600.000,00.


C - Debêntures Conversíveis (Passivo Circulante – Contas a Pagar) R$120.000,00.
C - Debêntures Conversíveis (Passivo não Circulante - Contas a Pagar) R$480.000,00
R$600.000,00/60 = R$10.000,00.
Circulante: R$10.000,00*12 meses = R$120.000,00.
Não circulante: R$10.000,00*48 meses = R$480.000,00.

D – Despesas com emissão de debêntures a apropriar (Ativo não Circulante)


(R$5.000,00/60 meses*12 meses = R$1.000,00).
D – Despesas com emissão de debêntures a apropriar (Ativo não Circulante)
R$4.000,00 (R$5.000,00/60 meses * 48 meses = R$4.000,00.
C – Bancos (Ativo Circulante – Disponibilidades) R$5.000,00.
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Conversão das debêntures em ações:

D – Debêntures Conversíveis (Passivo Circulante)


C – Capital Social (Patrimônio Líquido).

Debêntures não convertidas:

D – Debêntures Conversíveis (Passivo Circulante)


C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante).

Outro ponto importante a se destacar e a contabilização da captação de recursos


de terceiros e os seus efeitos. De acordo com o CPC 08 (R1), a captação de recursos de
terceiros deve ser contabilizada da seguinte forma:
 Empréstimo de pessoas jurídicas: deve ser registrado como um passivo
ao valor total do empréstimo, contraído pelo devedor. O passivo deve ser
registrado pelo valor total do empréstimo, contraído pelo devedor, e deve
ser amortizado pelo valor total do empréstimo, contraído pelo devedor.
 Empréstimo de pessoas físicas: deve ser registrado como um passivo ao
valor total do empréstimo, contraído pelo devedor. O passivo deve ser
registrado pelo valor total do empréstimo, contraído pelo devedor, e deve
ser amortizado pelo valor total do empréstimo, contraído pelo devedor.

Conforme o CPC 08 em seu Pronunciamento Técnico a contabilização da


captação de recursos de terceiros deve ser feita em duas etapas: na primeira, ocorre o
registro do empréstimo ou aumento do capital social, conforme o caso, e, na segunda, a
contabilização do pagamento das parcelas dos juros e amortizações da dívida.
Além disso, a contabilização do empréstimo, considera que a captação de
recursos de terceiros de longo prazo deve ser registrada pelo valor total que será pago,
considerando os juros, mesmo que as parcelas de amortização sejam iguais e, portanto,
não haja reduções no saldo.
A mesma norma técnica relata que também é possível verificar que a captação
de recursos de terceiros de curto prazo deve ser registrada pelo valor total que será pago,
considerando os juros, mesmo que as parcelas de amortização sejam iguais e, portanto,
não haja reduções no saldo. Ademais, a CPC 08 apresenta as seguintes recomendações:
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 A captação de recursos de curto prazo deve ser registrada pelo valor total
que será pago, considerando os juros, mesmo que as parcelas de
amortização sejam iguais e, portanto, não haja reduções no saldo;
 O registro do empréstimo ou aumento do capital social deve ser feito
pelo valor total que será pago, considerando os juros, mesmo que as
parcelas de amortização sejam iguais e, portanto, não haja reduções no
saldo.

No caso de capitalização de despesas financeiras, em relação aos recursos


captados para formação de ativos elegíveis, é permitido a capitalização de despesas
financeiras em que ocorra a integração entre o item de capitalização e o ativo adquirido,
devendo então ser apurada a depreciação do ativo. Este tratamento é permitido para fins
de depreciação.
Em relação a capitalização de despesas de mão-de-obra, essa capitalização deve
ser feita na mesma conta do ativo, devendo a depreciação ser apurada sobre o total dos
custos adicionados, incluindo mão-de-obra e despesas financeiras. Caso a capitalização
de despesas seja para fins de depreciação as despesas de mão-de-obra e despesas
financeiras devem ser capitalizadas na mesma conta do ativo, devendo a depreciação ser
apurada sobre o total dos custos adicionados.
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3.0. CONCLUSÃO

Portanto, para as empresas a Contabilidade é fundamental para o processo de


administração e tem papel fundamental na tomada de decisões. Por meio de registros e
demonstrações de resultados, ela controla os atos e fatos do patrimônio das
organizações.

E por conta da contabilidade também é possível ajudar a empresa a se adequar


ao formato mais vantajoso em relação ao pagamento de impostos, o que pode reduzir
custos significativamente. Essa gestão tributária inteligente, que consegue diminuir o
pagamento de impostos de forma legal, chama-se elisão fiscal e é uma prática contábil.

Abordou-se também sobre a sociedade associada que pode ser um tipo de


sociedade de participação, que é uma sociedade de capital aberto que tem pelo menos
um acionista que detém ações suficientes para impedir qualquer alteração substancial na
composição do seu conselho de administração. Também falou-se sobre debêntures que
tem como finalidade principal a captação de recursos

Assim, notou-se que a situação-problema teve o objetivo de solucionar as


problemáticas e desafios do Grupo Econômico SOLUNAR S.A. com base nas análises
de seus principais indicadores de desempenho financeiro e de sua de estrutura de
capital, por meio de ações de reestruturação para maximizar o valor da empresa. Como
principal objetivo, almejou-se aumentar o retorno sobre o patrimônio líquido, aumentar
o retorno sobre o capital próprio e aumentar o retorno sobre o capital investido. Para
atingir este objetivo, foi analisada a estrutura de capital, que foi considerada elevada
devido aos níveis elevados de capital próprio não remunerado, muito além do desejado.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 11.638/07, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da


Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976,
e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação
de demonstrações financeiras.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento
Conceitual Básico: CPC 08 (R1) – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de
Títulos e Valores Mobiliários.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento
Conceitual Básico: CPC 36(R3) - Demonstrações Consolidadas.
GELBCKE. E. R.; SANTOS, A.; IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E. Manual de
contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades: de acordo com as normas
internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
INFOMONEY. Tudo sobre debêntures: entenda por que e como investir nesses
papéis. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/guias/debentures/ Acesso em:
31 set. 2022.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; Ernesto Rubens, GELBCKE. Manual de
Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável às demais sociedades. 2003. 48p.
São Paulo: Atlas, 2003.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS,
Ariovaldo dos. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010.
NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade avançada e
análise das demonstrações financeiras. 11. ed. São Paulo: Frase, 2002.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral Básica. 3ª. ed. São Paulo: Saraiva.1999.
SANTOS, D. Debêntures: um instrumento moderno de aplicação e captação de
recursos. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 13, n. 26, p. 35-54, dez. 2006.

MATSUMOTO, G. S.; BARALDI, G. P.; JUCÁ, M. N. Estudo de Eventos sobre o


Anúncio da Emissão de Debêntures. Revista Brasileira de Finanças, v. 16, n. 3, p.
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RIOS, R. P. MARION, J. C. Contabilidade avançada: de acordo com as normas
brasileiras de contabilidade (NBC) e normas internacionais de contabilidade
(IFRS). 2. ed. São Paulo: Atlas, 2020
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