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WBA0196_v2.

APRENDIZAGEM EM FOCO

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Fábio Konishi
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes

Olá, caro aluno! Sou o professor Fábio Konishi e acompanharei


você na disciplina de Administração Financeira.

O escopo desta disciplina é bastante amplo e, por isso, alguns


temas serão abordados em detalhes. Em suma, trataremos
os conteúdos que atenderão todos os tipos de empresas e
de negócios, independentemente do porte, do segmento ou
do regime jurídico, mas, também, considerando todas suas
respectivas especificidades.

O primeiro passo é entender o papel do administrador


financeiro ou do responsável pelas finanças da empresa, de
forma a compreender as funções para execução das tarefas de
sua responsabilidade e, eventualmente, outras atividades que
possivelmente lhe são atribuídas, pois o administrador financeiro
trabalha de forma integrada com as demais áreas. Sendo assim,
é importante entender a importância de adquirir algumas
competências e habilidades, tal como a visão sistêmica que auxilia
em decisões mais assertivas, sobretudo naquelas que estão
vinculadas à empresa, ao cenário atual e às perspectivas futuras,
para projeções de oportunidades de curto, médio e longo prazo.

Lembre-se, o propósito de qualquer empresa é a perenidade e ao


lado de cada organização coexistem os stakeholders – incluindo o
grupo de investidores e sócios, atores que mantém interesse na
eficácia e eficiência operacional e financeira.

Com as competências técnicas necessárias para um


administrador financeiro, é possível conhecer e interpretar
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os principais relatórios, como os demonstrativos gerenciais
econômico-financeiro e contábeis. Com os diversos indicadores
apurados sobre os dados gerados pela empresa é possível obter
informações importantes, o que contribui para uma gestão
financeira robusta e viável.

Dessa forma, em qualquer projeto da empresa, todos devem


considerar que as ações serão desenvolvidas em conjunto;
seja para o desenvolvimento de um novo produto ou para o
aumento da produção de um produto existente no portifólio.
Em ambos os casos, análises deverão ser prestadas para decidir
se há necessidade de investimentos e, em caso positivo, se as
propostas serão rentáveis.

Enfim, começamos aqui uma jornada de conhecimento em


finanças. Conte comigo e sucesso!

INTRODUÇÃO

Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira


direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática
profissional. Vem conosco!

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INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 1

A administração financeira
e o ambiente de negócios
______________________________________________________________
Autoria: Fábio Konishi
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
DIRETO AO PONTO

A administração financeira tem um grau de importância nos


aspectos pessoal e organizacional, salvo as devidas proporções.
As escolhas pessoais e empresariais de compra, investimento e
alocação de recursos estão relacionadas com decisões que podem
ser de imediato, como também de longo prazo. Há necessidade de
um conjunto de informações para a tomada de decisões de maneira
a minimização dos riscos, uma vez que estamos falando de dinheiro.

Um dos responsáveis pelas decisões empresariais é o administrador


financeiro, que além das competências técnicas necessárias à
função, deve ter habilidades de liderança, de interpretação e análise
e de negociação. Com esses atributos, com base na performance
de indicadores financeiros, o gestor poderá conduzir e delegar as
melhores decisões, de forma independente e racional.

Desse modo, é importante compreender os fatores que podem


afetar a empresa de forma direta ou indireta, podendo ser pela
mudança do comportamento da população visando um novo
segmento de negócio, como pela imposição de uma nova legislação
a respeito de um produto ou serviço. De fato, não há como prever
algumas situações, principalmente quando se trata de questões
relacionadas à economia ou à legislação. Assim, fatores externos
ao macroambiente empresarial são mais complexos e exigem um
monitoramento constante.

O microambiente organizacional permite o controle e o


monitoramento dos processos com baixa complexidade, uma vez
que eles estão próximos e possuem ligação direta com a empresa.
Entretanto, sejam prováveis alguns impactos, porém, com menor
intensidade.

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Já o ambiente interno da empresa exige um controle maior,
mas, também, com possibilidade de algum impacto, mesmo os
administradores tendo gestão de todos os processos. Contudo,
nesses casos, existe a possibilidade de reversão em um curto espaço
de tempo.

Outro aspecto a ser observado são os stakeholders, que cumprem


um papel mais amplo, como partes interessadas em alguma
contrapartida da empresa, seja por interesse individual ou coletivo,
para a comunidade ou governo. A empresa, por meio de seu
administrador financeiro, deve estar atenta a essas questões que
têm influência na organização.

Figura 1 - Ambiente organizacional

Fonte: elaborada pelo autor.

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Referências bibliográficas
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo:
Pearson, 2010.
ROCHA, T.; GOLDSCHIMIDT, A. (Coord.). Gestão dos stakeholders: como
gerenciar o relacionamento e a comunicação entre a empresa e seus
públicos de interesse. São Paulo: Saraiva, 2010.

PARA SABER MAIS

As montadoras de automóveis estão à frente das empresas de


outros segmentos e negócios, principalmente quando tratamos
de aspectos comportamentais, de legislação e de tecnologia.
Isso porque são capazes de se adaptar as mudanças com certa
facilidade, ainda que pareça difícil quando se considera o porte da
empresa e os aspectos regionais de cada país.

Nesse sentido, um exemplo é a obrigatoriedade do uso de


equipamentos suplementares de segurança, especificamente o
airbag, a partir de 1º de janeiro de 2014. A resolução CONTRAN,
publicada em 2009, e as montadoras tiveram um período de
adaptação, pelo que a inclusão deste dispositivo foi gradual, a partir
de 2010, com percentuais gradativos de produção, chegando a
100%, a partir de 2014.

Assim, o macroambiente exerceu, por força de lei, a obrigatoriedade


de inclusão de um equipamento de segurança. Se por um lado, há
uma preocupação com os ocupantes do veículo pela preservação da
vida, por outro, nas empresas ocorreu um aumento dos custos de
seu produto e que, naturalmente, foi repassado ao consumidor final.

No caso do airbag, as empresas tiveram um período de quatro anos


para se adaptarem, seja na questão dos custos de produção com
uma nova peça como na adaptação da linha de produção, o que

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impactou diretamente na administração financeira, como nas áreas
que têm participação indireta no processo produtivo.

Para a produção de automóveis, o art. 3º, inciso II, da resolução


estabeleceu um percentual gradativo nas seguintes condições:
2010 – 8%; 2011 – 15%; 2012 – 30%; 2013 – 60% e 2014 – 100% da
produção de automóveis.

Nesse contexto, é importante destacar que, a administração


financeira deve trabalhar de forma integrada com as demais áreas
da empresa, bem como estar atenta ao ambiente de negócios para
que sejam tomadas as decisões mais assertivas, minimizando os
riscos do negócio.

Referências

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo:


Pearson, 2010.
ROCHA, T.; GOLDSCHIMIDT, A. (Coord.). Gestão dos stakeholders: como
gerenciar o relacionamento e a comunicação entre a empresa e seus públicos
de interesse. São Paulo: Saraiva, 2010.

TEORIA EM PRÁTICA

Falar sobre tecnologia é algo diretamente relacionado a automação


de processos, tecnologia computacional, aplicativos e tudo aquilo
que se relaciona com a vanguarda do mundo digital. Nos dias de
hoje, quando falamos de imagem vem à mente a palavra selfie, que
é o autorretrato com finalidade de publicação nas redes sociais.
Diga-se de passagem, a palavra já está incorporada aos dicionários
da língua portuguesa.

Mas antes do mundo das selfies, era muito comum tirar fotos
utilizando de máquinas fotográficas com filme, que posteriormente
eram revelados. Nesse negócio, a Eastman Kodak Company foi a
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pioneira, sendo fundada em 1888 por George Eastman, inventor do
filme fotográfico. Aliás, você já ouviu falar da Kodak? Você sabia que
ela criou o conceito de fotografia digital?

Reflita um pouco sobre as influências do ambiente organizacional


sobre a empresa Kodak e o que aconteceu com esse segmento de
negócio.

Quando falamos da influência no ambiente empresarial, há diversas


forças que, de alguma forma, são capazes de mudar o rumo de
um negócio ou, em alguns casos, ser responsável pelo processo de
extinção do negócio. Como visto anteriormente, a administração
financeira não está limitada a análise de balanços, números,
índices e gestão de recursos, há todo um conjunto de processos,
procedimentos, ferramentas e informações que integram todos
esses indicadores.

Dessa forma, reflita sobre algumas influências do ambiente


empresarial, pontuando o que pode ser uma oportunidade de
negócio e uma ameaça; estabeleça uma relação dessa influência e
um dos stakeholders.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em

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sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

A proposta deste artigo é apresentar como são divulgadas as


informações aos stakeholders (partes interessadas) de um Relato
Integrado (RI) por duas grandes instituições financeiras. Apesar da
divulgação do RI não ser obrigatória, atualmente, 62 países aderiram
a ela e, com isso, mais de 1.600 empresas realizam suas publicações;
no Brasil, 120 empresas também aderiram a essa prática. O Relato
Integrado se trata de uma comunicação coesa acerca de como as
empresas se relacionam com seus recursos e o meio ambiente nos
quais estão inseridas.

SILVA, R. C.; SANTOS, F. A.; SANTOS, N. M. B. F. A atuação do relato


integrado nas empresas brasileiras: um estudo comparativo sobre
a forma de divulgação do ri entre os dois maiores bancos privados
nacionais. Revista Metropolitana de Sustentabilidade, São Paulo,
v. 9, ed. 2, p. 86-101, maio/ago. 2019.

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Indicação 2

O livro Princípios de Administração Financeira é considerado um


clássico para quem deseja se aprofundar em finanças empresariais.
Embora sua última atualização seja de 2010, ele aborda temas que
permanecem atuais e com uma linguagem de fácil entendimento.
Assim, recomenda-se a leitura do Capítulo 1, itens 1.1 finanças e
empresa e 1.2 A função de administração financeira.

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São


Paulo: Pearson, 2010.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. O Magazine Luiza iniciou sua história na cidade de Franca, estado


de São Paulo, em 1957, com uma pequena loja de presentes,
e hoje atua fortemente no segmento de varejo em várias
plataformas e canais. Em 1992, ela foi uma das pioneiras no
conceito de loja virtual, com lojas que não possuíam produtos
físicos com vendas efetuadas por catálogos em terminais
eletrônicos, assim podemos afirmar que:

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a. Ela se adaptou a realidade daquele mercado.
b. A empresa inovou nesse ambiente de negócio.
c. A companhia acompanhou os concorrentes.
d. Ela reduziu custos de estoques.
e. A empresa ignorou as tendências de mercado.

2. Segundo a ABIQUIFI (Associação Brasileira da Indústria de


Insumos Farmacêuticos), o Brasil é o principal mercado
farmacêutico da América Latina, porém, ele produz apenas
5% de insumos farmacêutico ativos. Entre os grandes
fornecedores, a China e a Índia representam mais de 70%
das importações. Considerando este cenário em relação ao
câmbio, podemos afirmar que:

a. É um fator econômico controlável.


b. É um fator político incontrolável.
c. Pertence ao ambiente organizacional.
d. Pertence ao microambiente organizacional.
e. É um fator tecnológico.

GABARITO

Questão 1 - Resposta B
Resolução: O fato de ser pioneiro no conceito de loja virtual
demonstra inovação no negócio.
Questão 2 - Resposta C
Resolução: O câmbio pertence ao ambiente organizacional,
uma vez que a política cambial está pertence ao
macroambiente empresarial e, na condição de fornecedor,
pertence ao microambiente organizacional.

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INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 2

Os indicadores de desempenho
financeiro e as relações com o
mercado
______________________________________________________________
Autoria: Fábio Konishi
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
DIRETO AO PONTO

Os objetivos empresariais expressam, de uma forma abrangente,


a lucratividade, o retorno sobre o capital investido e a perenidade
do negócio. Toda empresa almeja prosperar, conquistar mercados,
ter lucros e manter boa relação com todas as partes interessadas.
Porém, para que tudo isso ocorra, a empresa precisa de integração
total de seus planos entre os seus departamentos.

De maneira geral, o início de qualquer projeto de investimento


deve partir do princípio de que a empresa precisa se alinhar
internamente, com objetivos comuns, como: redução de
custos, produtividade, qualidade de seus produtos e/ou
serviços, possibilitando que se tenha um norte a ser seguido.
Independentemente do segmento e do porte, cada empresa
possui características próprias, mas a missão, os valores e a cultura
organizacional deve ser perseguida com determinação e obediência.

Parte da macroeconomia, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) é


composto por órgão normativos, fiscalizadores e executores ou
operadores que, juntos, constituem uma rede de participantes
interdependentes e que influenciam o andamento das empresas
e o mercado financeiro por diversos fatores, tais como legislação,
mercado, economia e política.

O mercado financeiro é regulado pela Comissão de Valores


Mobiliários (CVM) e as operações são supervisionadas pelo Banco
Central do Brasil (BACEN), cuja estrutura é composta pelos mercados
de capitais, de câmbio, de crédito e monetário. As operações são
realizadas na B3, que é popularmente chamada de bolsa de valores.
Contudo, a partir de 2005, o pregão deixou de ser na modalidade
viva voz para se transformar em digital, abrindo espaço para
qualquer pessoa física fazer operações em ações.

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Para as empresas acompanharem as performances de suas
operações, existem os índices financeiros que são indicadores
que apresentam informações das empresas em um determinado
exercício fiscal ou um determinado período, tendo como fonte
de informação o Balanço Patrimonial e a DRE, entre outros
diversos demonstrativos. Além desses relatórios obrigatórios, a
administração pode gerar outros que expandem os subsídios de
informações importantes para a organização.

Nesse contexto, há quatro principais indicadores financeiros:


de liquidez, que mede a capacidade da empresa em pagar suas
obrigações de curto prazo; de atividade, que mede a rapidez que
as contas são convertidas em vendas ou caixa; de endividamento,
que representa o quanto de dinheiro de terceiros é utilizado para
geração de lucros; e o índice de rentabilidade, que permite o grau de
rendimento de um determinado investimento.

Em suma, esse tema tem como proposta avaliar uma empresa, com
base nos resultados dos indicadores financeiros, a relação com o
mercado e o segmento específico do negócio, considerando sempre
os objetivos da empresa.

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Figura 1 – Exemplo de ferramentas de seleção

Fonte: elaborada pelo autor.

Referências
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo:
Pearson, 2010.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro: exercícios e prática. 2. ed. São
Paulo: Gen/Atlas, 2019.

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PARA SABER MAIS

Uma ação é um título de propriedade de uma empresa que


representa uma parte dela, ou seja, é uma parcela do capital social
de uma companhia, que é classificada como sociedade anônima
de capital aberto. A aquisição de uma ação indica que o comprador
passa a ser sócio de uma empresa. Por exemplo, imagine ser sócio
da Magazine Luiza ou da Microsoft? Sim, isso é possível!

A negociação de uma ação é realizada exclusivamente em uma


bolsa de valores, que são instituições que têm como objetivo a
comercialização de títulos e valores mobiliários, entre eles, as ações
das companhias abertas, com preço fixado pelo mercado de acordo
com a lei econômica de oferta e procura. Naturalmente, existem
diversos fatores que precificam uma ação e, entre eles, os índices
financeiros de uma empresa (análise dos fundamentos).

Os índices financeiros têm como objetivo refletir a situação


financeira e econômica da empresa; seus resultados podem
apresentar uma situação em um determinado período podendo ser
mensal, trimestral, etc. ou após um exercício fiscal. Se a empresa
apresenta muito endividamento ou está com o giro baixo de
estoque, como investidor, é um sinal preocupante.

Já se os indicadores financeiros apresentarem uma situação


favorável, essa condição deixará os demais stakeholders satisfeitos
com os resultados da empresa.

Dessa forma, é importante ressaltar que todo negócio possui


um certo risco. Os índices financeiros, apesar de evidenciarem a
condição da empresa em um específico período, auxiliam a antever
situações, possibilitando atuação. Por outro lado, os riscos não estão

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limitados a performance da empresa; as interações de agentes
externos, por sua vez, são capazes de influenciar o negócio.

Agora que você conhece alguns índices financeiros e sabe efetuar


análises preliminares da situação de uma companhia aberta, você
conseguirá decidir sobre qual ação comprar, tornando-se sócio
desta empresa. Contudo, antes disso, procure mais informações a
respeito e, quando decidir, procure um intermediário financeiro,
uma corretora autorizada pela CVM. Bons negócios!

Referências

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo:


Pearson, 2010.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro: exercícios e prática. 2. ed. São Paulo:
Gen/Atlas, 2019.

TEORIA EM PRÁTICA

Com certeza, os índices financeiros são ótimos indicadores que, ao


serem bem analisados, auxiliam nas decisões de investimento, seja
de curto ou de longo prazo, pelas empresas e seus investidores.
Além disso, eles possibilitam, uma formação aos stakeholders.

A seguir, apresentamos os indicadores do último exercício, da


empresa Sigma S/A do segmento de cosméticos:

A empresa tem suas ações negociada na bolsa de valores desde


2004 e atua no mercado há mais de 50 anos. Com base nas
informações listadas a seguir, é possível tomar uma decisão de
compra de ações da empresa?

• Margem Bruta = 65,37%.

• Margem Operacional = 2,71%.


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• Margem Líquida = -2,59%.

• Retorno sobre o Investimento = -2,5%.

• Liquidez Seca = 0,84.

• Liquidez Corrente = 1.14.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

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Indicação 1

Este estudo apresenta, de forma sucinta, a relação de alguns


indicadores de desempenho e o valor de mercado das companhias
listadas na B3. O artigo exibe algumas variáveis de desempenho de 88
empresas, no período de 2009 a 2014, e apresenta os resultados dos
indicadores mais relevantes.

OLIVEIRA, J. F. da R. et al. Indicadores de desempenho e valor de


mercado: uma análise nas empresas listadas na BM&FBOVESPA.
Revista Ambiente Contábil, Natal, v. 9, ed. 2, p. 240-258, jul./dez. 2017.

Indicação 2

O livro Princípios de Administração Financeira, de Gitman, é


considerado um livro clássico para quem deseja se aprofundar
em finanças empresariais. Embora sua última atualização seja de
2010, os temas estudados na obra, se mantém atuais e com uma
linguagem de fácil entendimento. Assim, recomendamos a leitura do
Capítulo 2, itens 2.2. Aplicações de índices financeiros, 2.3. Índices de
liquidez, 2.4. Índices de atividade, 2.5. Índices de endividamento e 2.6.
Índices de rentabilidade.

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São


Paulo: Pearson, 2010.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

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Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. A empresa Peixes Ltda. atua no segmento de pescados,


mantendo viveiros de peixes de água doce, e o produto mais
procurado é a tilápia. Ela possui o índice de liquidez seca de
3,5, enquanto a média do segmento é de 2,8. Nessa situação,
podemos afirmar que:

a. Não é um valor aceitável para o tipo de negócio.


b. É um valor aceitável, pois está acima da média do tipo de
negócio.
c. É um valor aceitável, porque está acima de 1.
d. Não é um valor aceitável, porque está abaixo de 4.
e. Não é um valor aceitável, porque deveria estar abaixo de 1.

2. A B3 é classificada como uma das principais empresas de


infraestrutura de mercado no Brasil, configurando entre
as principais bolsas do mundo. Assinale a alternativa que
apresenta os principais negócios da B3:

a. Seguros, ações e mercadorias.


b. Valores mobiliários, seguros e câmbio.
c. Valores mobiliários, câmbio e mercadorias.
d. Ações, petróleo e ouro, milho e soja.
e. Valores mobiliários, seguros e carne.

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GABARITO

Questão 1 - Resposta B
Resolução: A análise da liquidez seca deve considerar a média
do segmento de negócio e, nesse caso, está acima dela.
Questão 2 - Resposta C
Resolução: Valores mobiliários representam ações, títulos
e investimentos; câmbio se refere a todas as moedas
estrangeiras; mercadoria são produtos agrícolas, petróleo e
ouro, além de índices e mini-índices.

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INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 3

Planejamento financeiro e
administração do capital
______________________________________________________________
Autoria: Fábio Konishi
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
DIRETO AO PONTO

O planejamento financeiro tem como proposta a sistematização e


a estruturação de um ou mais objetivos empresariais sob a ótica
financeira. Por sua vez, essa ótima é baseada nos demonstrativos
financeiros, nos orçamentos de caixa e nos relatórios das demais
áreas da empresa, que auxiliam no desenvolvimento completo da
organização.

Não obstante, o planejamento financeiro envolve aspectos de


sustentabilidade financeira da empresa, o que permite o avanço e
realização dos objetivos de curto e longo prazo.

Então, o ponto de partida para a construção de um plano financeiro


são as ações de curto prazo estabelecidas pela área de vendas
(receitas), que na maioria das empresas está subordinada ao setor
de marketing. Desse modo, parte-se de uma previsão de vendas e,
consequentemente, aos planos de produção, pelos quais a área de
finanças será capaz de provisionar os recursos necessários para as
atividades da empresa.

Logo, o planejamento financeiro só é possível com a administração


dos ativos e dos passivos de curto prazo (circulantes), uma vez que eles
são reconhecidos como contas que possuem liquidez rápida; ou seja,
se transformam em dinheiro rapidamente e que, do outro lado, temos
as obrigações de curto e curtíssimo prazo que a empresa necessita
honrar.

Um dos indicadores é o Capital de Giro (ou circulante) líquido, que é a


diferença entre Ativo Circulante e Passivo Circulante. Ao apurar o capital
de giro, o gestor financeiro pode analisar se os recursos disponíveis
serão suficientes para quitar as obrigações. Caso o resultado dessa
conta seja positivo, a empresa tem capital para fazer “girar” suas
operações; caso contrário, ela não tendo dinheiro, os gestores terão
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de buscar outros recursos para não comprometer os pagamentos
de suas obrigações. Nesse contexto, os gestores podem optar por
alavancar as receitas, vendendo produtos com promoções ou optar por
financiamentos com pagamento a longo prazo; ou ainda, negociar com
fornecedores e outros credores.

O Ciclo de Conversão de Caixa, ou Ciclo de Caixa, apresenta


informações de forma detalhada sobre os prazos de pagamento e
de recebimento integrantes do Ciclo Operacional, e compreende as
seguintes etapas: compra e entrega da matéria-prima em estoque,
pagamento de compras, venda de produtos acabados e recebimento
de vendas. Para uma boa gestão, o administrador financeiro deve
alcançar reduzir o ciclo operacional, considerando o segmento de
negócio, de forma e reduzir os recursos (dinheiro) na cadeia produtiva.

Figura 1 - Base do planejamento financeiro

Fonte: elaborada pelo autor.

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Referências

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Gen/Atlas,


2021.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo:
Pearson, 2010.

PARA SABER MAIS

Para o processo de planejamento financeiro, temos como base


a previsão de vendas da empresa, que, na maioria dos casos, é
elaborada pelo setor de marketing, que pode estimar a quantidade e
os valores, com base em um conjunto de informações.

Essas informações auxiliam o administrador financeiro a estabelecer


uma estimativa do fluxo de caixa, pelo qual será possível planejar
os desembolsos necessários gastos em toda cadeia produtiva até as
vendas.

A previsão de vendas é uma combinação de análises de previsões


internas e externas, considerando que esse conjunto de dados são
confiáveis e poderão sustentar o nível previsto de produção e de
vendas.

As previsões internas, por sua vez, se baseiam na expectativa de


vendas da empresa advindas da equipe de vendas e da possibilidade
de crescimento. Essas previsões são coletadas e analisadas com
base em indicadores do mercado que o administrador da área tem
acesso e, a partir delas, pode tomar decisões.

Já as previsões externas estão baseadas em indicadores econômicos,


comportamento do consumidor, disponibilidade de renda e outros
elementos que possam favorecer ou não o consumo. Com base
nessas informações, agora, podemos analisar um plano financeiro e

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decidir acerca de sua viabilidade, além de opinar nas decisões sob a
ótica financeira e com base nas análises prévias.

Nesse sentido, procure relatórios financeiros de empresas de capital


aberto e faça a sua análise pessoal a respeito da importância do
planejamento financeiro. Boa sorte!

Referências

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo:


Pearson, 2010.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro: exercícios e prática. 2. ed. São Paulo,
Gen/Atlas, 2019.

TEORIA EM PRÁTICA

Uma empresa apresenta as seguintes informações sobre sua


operação:

• IME= 50 dias.

• PMP= 30 dias.

• PMR= 50 dias.

Diante dessas informações, calcule o Ciclo Operacional, o Ciclo


Financeiro e analise os resultados.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

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LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

Este artigo apresenta uma situação real da empresa Biscoitos Santa


Cruz (estudo de caso), instalada no município de Santa Cruz do Sul,
localizado no estado do Rio Grande do Sul, e administrada pela
família e atuação local e regional. Nesse estudo de caso, o autor
parte de uma situação da gestão do caixa da empresa e dos recursos
utilizados em investimentos de longo prazo que impactaram no
curto prazo. Ele desenvolve um conjunto de informações para a
tomada de decisões, em que você poderá analisar e refletir sobre as
decisões de investimento.

WEGNER, D.; FERASSO, M.; FRACASSO, E. M. Decisões financeiras


na empresa Biscoitos Santa Cruz. Revista de Administração
28
Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 13, ed. 3, p. 504-519, jul./set.
2009.

Indicação 2

O livro Finanças Corporativas e Valor apresenta uma realidade


brasileira em relação aos conceitos, métricas e indicadores de
desempenho financeiro. O professor Alexandre Assaf Neto possui
outras obras que valem a pena a leitura se desejar aprofundar no
tema, conhecendo melhor a realidade das empresas nacionais.
Recomenda-se a leitura do Capítulo 26, Capital de Giro.

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo:


Gen/Atlas, 2021.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. Para iniciar a construção de um planejamento financeiro, a


projeção inicial, além dos relatórios financeiros, é proveniente
da área de vendas e, posteriormente, dos planos de produção.

29
Dessa forma, podemos afirmar que os relatórios que compõe
o planejamento financeiro são:

a. Projeção do Demonstrativo de Resultado do Exercício e as


notas explicativas.
b. Projeção do Balanço Patrimonial e os índices de liquidez.
c. Projeção do Demonstrativo de Resultado do Exercício e o
Balanço Patrimonial.
d. Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultado do
Exercício corrente.
e. Demonstrativo de Resultado de Exercício corrente e Projeção
do Balanço Patrimonial.

2. Se a empresa apresenta um Capital de Giro Líquido negativo,


podemos afirmar que:

a. A empresa está insolvente.


b. A empresa tem dinheiro no caixa.
c. A empresa tem obrigações de longo prazo.
d. A empresa conseguira pagar as dívidas.
e. A empresa tem crédito na praça.

GABARITO

Questão 1 - Resposta C
Resolução: A Projeção do Demonstrativo de Resultado do
Exercício e do Balanço Patrimonial auxiliam na análise para a
construção do planejamento financeiro.

Questão 2 - Resposta A
Resolução: O CGL negativo significa que a empresa está com
o capital de giro tomado e necessita desse saldo para pagar as
obrigações faltantes.
30
INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4

TEMA 4

Demonstrações financeiras e
indicadores de desempenho
______________________________________________________________
Autoria: Fábio Konishi
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
DIRETO AO PONTO

As demonstrações contábeis ou financeiras são relatórios


obrigatórios e regulamentados pela Lei nº 11.638 (BRASIL, 2007)
e Lei nº 11.941 (BRASIL, 2009), que estabelecem critérios, normas
e procedimentos para sua apresentação; compõe-se por cinco
demonstrativos mais as notas explicativas, além de outros relatórios
não obrigatórios, que auxiliam na compreensão da situação
financeira da empresa em relação ao seu negócio.

O Balanço Patrimonial (BP) demonstra a movimentação dos saldos


das contas contábeis patrimoniais relativas aos bens e direitos
(Ativo) e às obrigações (Passivo), além do patrimônio líquido. Ele
é considerado um dos mais importantes relatórios gerenciais
estruturado pelas normas contábeis.

Nesse sentido, uma parte dos demais relatórios são derivados


do balanço patrimonial, incluindo informações específicas e/ou
pontuais de movimentações em um determinado exercício social
ou período. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
(DMPL) é um desses relatórios que apresenta as movimentações
ocorridas em um determinado exercício social, especificamente
sobra as contas do Patrimônio Líquido.

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) acompanha as


movimentações da contabilidade, tal como o BP. Contudo, nesse
caso, os saldos das contas são aqueles que afetam o resultado
(receitas e despesas). Ademais, ela apresenta, de forma sucinta,
a apuração dos lucros e prejuízos de um exercício social. Já a
Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) tem como finalidade
possibilitar a avaliação das disponibilidades de recursos financeiros,
com base no fluxo de movimentações de contas do ativo e passivo
circulante.

32
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), por sua vez, evidencia
o quanto a empresa gerou de riqueza e como esse patrimônio foi
distribuído entre os diversos setores que têm algum interesse para
empresa.

Para o cálculo dos indicadores de rentabilidade e os índices de


valor de mercado, a base de informações são provenientes dos
demonstrativos financeiros. Assim, administrador e investidor
utilizam os resultados apresentados conseguem avaliar os lucros
ou os prejuízos da empresa em um determinado período e, dessa
forma, tomar decisões em relação aos rumos da empresa. De olho
no passado, os gestores conseguem prever, planejar e decidir.

Figura 1 - Relatórios e indicadores financeiros

Fonte: elaborada pelo autor.


33
Referências
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Gen/Atlas,
2021.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga
dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de
7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições
relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Brasília, DF:
Presidência da República, [2007]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm. Acesso em: 20 maio 2021.
BRASIL. Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária
federal relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários; concede
remissão nos casos em que especifica; institui regime tributário de transição,
alterando o Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972 [...]. Brasília, DF:
Presidência da República, [2009]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm. Acesso em: 20 maio 2021.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo:
Pearson, 2010.

PARA SABER MAIS

Compreender e interpretar os demonstrativos financeiros faz parte


do escopo de conhecimento dos administradores financeiros e dos
investidores, auxiliando-os nas decisões importantes sobre valores
patrimoniais, financeiros e econômicos. Além deles, há outros tantos
interessados pelo bom desempenho da empresa ou sobre o que
ela pode proporcionar, por isso, também, têm interesse nesses
relatórios.

Todas as empresas de capital aberto, ou seja, aquelas que possuem


ações negociadas em bolsa de valores, por determinação legal,
devem incluir em seus organogramas uma área ou departamento
chamado de Relações com os Investidores, popularmente conhecido
como RI.

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Esse setor tem como objetivo estabelecer um conjunto de atividades
desde o processo de comunicação com o mercado e os investidores,
o cumprimento das obrigações legais sob o aspecto de integridade e
lisura de suas operações, até o papel de inteligência do mercado na
coleta de informações dos acionistas, do mercado e do negócio em
que atua.

No mercado existem profissionais que atuam nessa função,


mediando e aproximando a empresa dos investidores com
transparência. Para conhecer melhor essa função e setor, acesse
o portal de uma empresa sociedade anônima de capital aberto,
procure o ícone RI ou Relação com os Investidores. Faça uma
pesquisa das informações geradas pelo RI; quais informações
são relevantes; quais são as mais comuns, e se existe algum
procedimento para a captação de novos investidores. Boa sorte!

Referências
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo:
Pearson, 2010.
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro: exercícios e prática. 2. ed. São Paulo,
Gen/Atlas, 2019.

TEORIA EM PRÁTICA

A Magazine Luiza foi fundada em 1957, na cidade de Franca, interior


do estado de São Paulo e é uma empresa que atua no segmento de
varejo. Ela possui mais de 1.000 lojas e está presente em 18 estados
da federação, com atuação em lojas físicas e plataformas digitais.

Em seu último balanço trimestral (4º. Trimestre de 2020), a empresa


apresentou as seguintes informações:

35
Cotação e valor:

• Quantidade de ações: 190.591.464.

• Cotação ON: R$ 20,05.

Indicadores fundamentalistas:

• Lucro por Ação: R$ 2,06.

• Valor Patrimonial por Ação: R$ 0,52.

• Margem Bruta: 25,77%.

• Margem Líquida: 1,34%.

• Liquidez Corrente: 1,25.

• Liquidez Imediata: 0,22.

Com base nessas informações, apresente um parecer a respeito da


situação financeira da empresa.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
36
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

As demonstrações financeiras são regulamentadas por lei e, como


podemos observar, coube ao Conselho Federal de Contabilidade
(CFC) a normatização sob o aspecto brasileiro e internacional.
A Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade está
regulamentada pela Resolução CFC nº 1.328/11, e trata sobre as
suas classificações, revisões, vigências e normas técnicas. Para saber
um pouco mais a respeito do tema, acesse o portal do CFC, clique
na aba Legislação e conheça um pouco mais sobre a legislação que
envolve as demonstrações financeiras, especificamente o CPC 26
(R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis.

CFC. Conselho Federal de Contabilidade. Legislação. Brasília, 2021.

Indicação 2

O livro Finanças Corporativas e Valor apresenta uma realidade brasileira


em relação aos conceitos, métricas e indicadores de desempenho
financeiro. O professor Assaf Neto possui outras obras que valem
a leitura se desejar aprofundar seus conhecimentos no tema.
37
Recomenda-se a leitura do Capítulo 5, Estrutura das Demonstrações
Contábeis Brasileiras, e Capítulo 6, Análise das Demonstrações Contábeis.

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Gen/


Atlas, 2021.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da
questão.

1. O Balanço Patrimonial é o relatório financeiro de maior


relevância e que serve de base para os demais demonstrativos,
sendo normatizado pela Lei nº 11.638, de 2007. Dessa forma,
podemos afirmar que sua estrutura básica é composta por:

a. Ativo e passivo circulante, ativo e passivo não circulante e


patrimônio líquido.
b. Ativo circulante, ativo e passivo não circulante e patrimônio
líquido.
c. Ativo e passivo circulante, passivo não circulante e patrimônio
líquido.
d. Ativo e passivo circulante, ativo não circulante e patrimônio
líquido.

38
e. Ativo e passivo circulante, ativo e passivo não circulante e capital
social.

2. O Balanço Social é um relatório em que a empresa presta


contas de suas atividades sociais junto a todos os interessados
pela empresa. Um dos focos desse balanço está em sua
responsabilidade social. Nesse sentido, podemos afirmar que o
maior interessado nessas informações é a:

a. Acionistas.
b. Comunidade.
c. Empresários.
d. Concorrentes.
e. Auditores.

GABARITO

Questão 1 - Resposta A
Resolução: O Balanço Patrimonial (BP) é composto por: Ativo
circulante, passivo circulante, ativo não circulante e passivo não
circulante e patrimônio líquido. A projeção do Demonstrativo
de Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial auxiliam na
análise para a construção do planejamento financeiro.
Questão 2 - Resposta B
Resolução: Como a questão coloca como foco a
responsabilidade social, o maior interessado é a comunidade.
O CGL negativo significa que a empresa está com o capital de
giro tomado e necessita desse saldo para pagar as obrigações
faltantes.

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BONS ESTUDOS!

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