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PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO E
COMPETITIVIDADE
• Organização Exponencial.
O modelo BMC, desenvolvido por Alexander Osterwalder, é
uma ferramenta baseada em questões visuais. Se você
trabalha com administração de empresas, possivelmente já
ouviu falar ou lidou com a ferramenta, que consiste
basicamente em colocar em uma folha questões que
envolvem a empresa ou a futura empresa, para que se possa
ter uma noção mais ampla de diversos pontos.
Chiavenato (2020) diz que a ferramenta pode ser considerada
um mapa visual, que realmente mostra o caminho para o
empreendedor, facilitando o modelo de negócio de um
empreendimento.
Como isso acontece? Alexander propõe dividir o negócio em
nove blocos para detalhamento do negócio:
• Segmentos de clientes;
• Proposta de valor;
• Canais;
• Fluxo de receitas;
• Recursos-chave;
• Parceiros chave;
• Estrutura de custos.
Vale lembrar que esse modelo é indicado tanto para empresas
recém- nascidas quanto para que estão estabelecidas no
mercado. Cada ponto desse
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questões de importação de materiais, por exemplo, está muito mais
propenso as alterações das leis. Como assim?
Vou pegar um exemplo meu de alguns anos atrás, mas que serve
para ilustrar bem. Muitos produtos importados podem, em algum
momento, para resguardar o mercado local, sofrer com imposições
de cotas de importação ou mesmo com sobretaxas. Já aconteceu,
quando trabalhava com importações da China, de criarem cotas
para importação de seda chinesa. Isso significava que, a partir
daquele momento, só entraria x quantidades desse produto em
solo brasileiro. Não é muito difícil de imaginar como isso pode
comprometer todo um planejamento logístico e de produção ou
mesmo inviabilizar as operações da empresa.
Outro exemplo de algo que pode ser um fator crítico de sucesso
são as variáveis tecnológicas. Essas podem afetar empresas de
algumas formas. Por exemplo, suponhamos que uma empresa
dependa de uma determinada tecnologia em sua linha de produção
ou mesmo de uma determinada tecnologia como matéria-prima do
produto, o que acontece muito com aparelhos eletrônicos e
indústria automotiva. Dependendo da velocidade do avanço da
tecnologia usada, seja produção ou como matéria-prima de
produto, sua empresa pode estar operando com algo já obsoleto ou
mesmo com um custo alto de produção em relação ao concorrente.
Nesse momento, deve estar pensando que, acontecendo isso,
basta adquirir a tecnologia que torne as operações mais
acessíveis. Porém, não é tão simples, pois envolverá certamente
um investimento, desde a tecnologia em si até treinamentos. Às
vezes, a tecnologia pode ser de uso exclusivo de um fabricante,
tornando a questão tecnologia como um dos fatores críticos de
sucesso.
Outro ponto que podemos mencionar são as forças competitivas
como um dos fatores de sucesso. Segundo Chiavenato (2020), o
posicionamento competitivo representa a posição de uma
organização em relação a seus concorrentes. Um dos objetivos
organizacionais deve indicar a posição que a organização está
tentando alcançar em relação aos concorrentes. Talvez possa
causar estranheza decidir por um posicionamento em relação ao
concorrente. Porém, quando uma empresa entra no mercado,
mesmo que a longo prazo, seu objetivo é ser o número um em
vendas ou arrecadação, os primeiros passos devem ser muito
dentro da realidade, evitando assim erros que possam levar a
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posicionar-se competitivamente de um modo a permitir vantagens
competitivas e poder de barganha.
O modelo reconstrutivista se baseia, segundo Chiavenato (2020),
no paradigma de que toda empresa é um conjunto único de
recursos, capacidades e habilidades e que esse cria condições
para um crescimento potencializado pelas estratégias adotadas
pela empresa.
Um processo de tomada de decisões pode ser baseado em
procedimentos. Segundo Chiavenato (2020), pode ser a melhor
escolha quando aplicada a problemas que aparecem de maneira
continuada, reiterada e sistemática. É um método muitas vezes
aplicado em fase de execução do plano estratégico, pois torna
previsível e uniforme de maneira pela qual a organização gerencia
os problemas comuns e recorrentes e isso aumenta a coerência e
o foco da empresa. É como se antes da decisão tivesse um
checklist a seguir, como um piloto de avião antes de ligar a
aeronave.
A tomada de decisão também pode ser baseada na experiência.
Quando se tem um problema, mesmo que inédito, a experiência da
organização poderá auxiliar e muito, encontrando semelhanças a
situações enfrentadas anteriormente. Esta abordagem possui uma
possibilidade de êxito interessante, uma vez que quem toma as
decisões tem ampla gama de experiências relevantes e não há
muito tempo para decidir.
A tomada de decisão pode ser baseada na análise no contexto.
Segundo Chiavenato (2020), nesse caso, é necessário fazer uma
análise do problema e das opções de ação, passando por etapas
como
• Definição do problema;
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sua gerará uma reação do seu concorrente e, portanto, você deve
ser capaz de entender as possíveis reações para saber quais
decisões tomar.
Vamos entender melhor isso. Reparem quando alguma loja de
algum segmento lança uma liquidação, por exemplo, uma loja de
móveis está liquidando guarda-roupas. Se ele fizer um marketing
massivo sobre isso em um final de semana, ao longo da semana
ou do final de semana seguinte, teremos alguma ação nesse
sentido por parte dos concorrentes. Por que isso ocorre?
Para entender, precisamos analisar e se questionar: para que serve
uma liquidação? Possivelmente, a primeira coisa que deve ter
vindo a sua cabeça é reduzir ou zerar o estoque para receber e
comercializar uma nova coleção. Quem pensou assim, está
correto. Porém, com uma análise incompleta, mesmo que essa
seja a meta principal em uma liquidação, está uma importante
oportunidade de levar para dentro de sua loja, como um
consumidor que as vezes nem considerava comprar lá, com isso
podendo desenvolver ainda mais a demanda sobre seu comércio.
Em outras palavras, quando fazemos uma liquidação, além de
zerar o estoque, estamos paralelamente querendo atingir a uma
fatia de mercado que muitas vezes não é a nossa e por isso será
praticamente certo que a concorrência não ficará de braços
cruzados esperando que roube a fatia de mercado pertencente a
ela. Por isso, até a decisão em torno de fazer ou não uma
liquidação envolve uma análise do que pode acontecer depois, com
a concorrência, pois dependendo da reação do mercado a
estratégia pode não ser a melhor no momento.
Por isso, a análise das informações relacionadas com os aspectos
apontados anteriormente ajuda a esboçar um perfil antecipado de
resposta ou reação para cada concorrente. Os resultados da
análise permitem entender, interpretar e prever, segundo
Chiavenato (2020), as possíveis ações e iniciativas dos
concorrentes.
Chiavenato (2020) também nos fala que a análise da concorrência
envolve uma série de círculos concêntricos de competidores, ou
seja, imaginando a sua organização, temos em uma proximidade o
que esse autor chama de concorrentes diretos em um grupo
estratégico, que são os concorrentes imediatos a sua empresa; o
próximo nível seriam as organizações de um setor motivadas a
superar as barreiras à entrada no grupo estratégico, que são
aquelas empresas que desejam entrar naquele habitat do mercado
que você pertence; e o último
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• Reinventar a si mesma;
• Sair da competição.
Os itens levantados por Chiavenato (2020) são no mínimo
desafiadores para uma organização que necessita se
reestruturar. Ele diz que é possível que se adote uma
combinação dessas escolhas para compor uma abordagem
de portfólio para criar renovação estratégica.
Porém, para cada decisão do caminho que devemos
percorrer, haverá algumas implicações. Por exemplo, se uma
das estratégias adotadas é tornar a concorrência irrelevante,
deve-se ter em mente que quem opta por esse caminho como
base para competir estabelece o objetivo estratégico de ser
líder em termos de desempenho. Podemos observar vários
exemplos se olharmos para o mercado. A Coca-Cola sempre
tenta fazer isso em algumas regiões em que sente que sua
liderança não está consolidada. Veja quantas marcas
começaram a crescer e a incomodar a posição absoluta da
empresa e de repente vira uma marca do grupo Coca-Cola?
Del Vale é um exemplo. No Nordeste, sempre existiu uma
marca de guaraná com uma liderança em vendas de uma
marca chamada Jesus. Conseguem imaginar a quem essa
marca pertence hoje? Acertou quem respondeu Coca-Cola.
Com isso, ela tenta deixar os concorrentes com uma fatia de
mercado pequena, a ponto de que para ela é irrelevante.
Quando uma empresa opta por inovar as regras com as quais
concorre, segundo Chiavenato (2020), significa que ela
investirá seus esforços na inovação e criam categorias
inteiramente novas de produtos, enquanto as mais tradicionais
investem em esforços para racionalizar sua cadeia de
suprimentos.
Quando Chiavenato (2020) fala que uma das estratégias é
reinventar-se a si mesma, é típico de organizações que
sempre estão reinventando a sua cultura
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REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, I. Planejamento Estratégico: da intenção aos
resultados. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2020.
NOGUEIRA, C. S. Planejamento Estratégico. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2014.
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