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2012/2013
Licenciatura em Economia
Qual o efeito do fator “tempo” na gestão das organizações? Porque é que se diz que
entrar tarde num negócio custa caro?
O fator tempo é essencial para a gestão das organizações. Os objetivos de uma empresa
deve ter um período de tempo fixo para que sejam alcançados. A indefinição deste período torna-
os ineficazes e leva a instalação de um clima de descrédito dentro da organização. É também
possível afirmar que “entrar tarde num negócio custa caro” pois se o negócio não é novo e já
existe no mercado diversos competidores, as margens de lucro já se encontram reduzidas devido
ao efeito da concorrência. As dificuldades de entrada são maiores e os riscos de insucesso
aumentam.
O que entende por “os gestores de topo devem ter uma visão do futuro da empresa”?
É vulgar que os gestores de topo efectuem planos com um duração de cinco a dez anos,
contudo, devido a volatilidade da actual economia a elaboração de um plano deve prever a
possibilidade de alterações, de modo a aproveitar as oportunidades de negócio que possam
aparecer, dai se afirmar que os gestores de topo devem ter um visão do futuro da empresa.
Caracterize as fases do ciclo de vida da empresa. Qual o interesse para a empresa em
localizar a fase em que se encontra inserida?
Existem quatro fases no ciclo de vida de uma empresa. A Fase Embrionária, que
corresponde a fase em que se introduzem novos produtos, há como é óbvio o aparecimento da
ideia, a sua concepção e o desenvolvimento do produto, existem um estudo de mercado com a
vista a viabilidade do produto, escolhe-se a localização da empresa com base em diversos
factores, ocorre a definição jurídica e das fontes de financiamento, existem um risco reduzido
onde se recorre ao financiamento próprio ou recurso a subsídios públicos. A Fase de Crescimento,
é a fase em que ocorre primeiro um crescimento lento seguido de um rápido, no início há um
elevado risco, receitas de valor reduzido e recorre-se a sociedades de capital de risco ou a joint
ventures. Numa fase posterior há o lançamento propriamente dito do produto e a empresa
começa a libertar meios que deverão ser imediatamente reinvestidos de modo a suportar o
aumento rápido do número de clientes, há um aumento ainda maior do risco uma vez que há a
necessidade de continuar a injectar capital, há ainda a massificação do produto. Nesta fase é
necessário ter em atenção que deve ocorrer um forte investimento e recorre-se a um marketing
criativo. A Fase de Maturidade que corresponde a fase em que há a entrada e proliferação de
concorrentes, há um crescimento lento, a receptividade do mercado ao novo produto, faz com
que apareçam novos concorrentes, diminuído o crescimento das vendas do produto até se atingir
uma fase de consolidação do mercado. Esta fase persiste até ao aparecimento de produtos
substitutos. A empresa recorre a diversas estratégias fundamente nesta etapa, retira desse
produto o máximo de lucro e devia esse mesmo capital para o financiamento de outros recursos
necessários para os novos produtos, reduz a despesa com o marketing, com os custos de
produção e limita o produto oferecido. Por fim dá-se a Fase de Declínio, onde há o declínio do
consumo do produto e consequentemente dos lucros, há a necessidade nesta fase de minimizar o
investimento no produto ou até mesmo desinvestir e reduz-se a variedade de produtos
oferecidos.
O que é que distingue uma empresa das demais organizações com fins não lucrativos?
É uma unidade que, embora constituída tal como as outras por recursos materiais,
humanos e monetários, procura alcançar objectivos de autos-sustentação e de rentabilidade,
através da produção de bens ou serviços, tendo em consideração as leis do mercado ou do plano e
é condicionada por variáveis ambientais que interagem com o seu desenvolvimento. É objecto de
controlo sistemático por parte do governo, nomeadamente no que diz respeito aos seus
processos de fabrico e de prestação de contas para efeitos de tributação.
Quais as tendências que se verificam na forma de gerir uma empresa e que se vão
acentuar no futuro próximo?
As empresas, hoje em dia, vivem num ambiente cada vez mais competitivo. A inexistência
de fronteiras veio originar uma maior facilidade nas relações empresariais e aumentar o espaço de
concorrência. As transformações tecnológicas e as exigências ambienteis vão obrigando as
empresas a produzir produtos limpos. Assim na fixação dos seus objectivos, estes novos factores
que condicionam a produção deverão ser tomados em conta pelos seus responsáveis. A
massificação da produção tradicional da década de setenta deu lugar ao fabrico de produtos por
medida de modo a ir ao entro de uma clientela mais bem informada e conhecedora do produto
que quer comprar. A flexibilização do processo de fabrico e a necessidade de formação dos
recursos humanos de modo a poderem trabalhar eficientemente em novos ambientes passaram a
ser uma condição necessária para a sobrevivência da empresa. Os ciclos de vida dos produtos são
cada vez mais curtos obrigando a empresa a maior integração das suas áreas funcionais. Para o
futuro que se avizinha, estas características irão acentuar-se não existindo qualquer dúvida de que
irão influenciar os métodos de gestão da generalidade das organizações.
Quais as características que a empresa terá que introduzir no seu processo produtivo
de modo a satisfazer uma clientela cada vez mais exigente?
A flexibilização do processo de fabrico e a necessidade de formação dos recursos humanos
de modo a poderem trabalhar eficientemente em novos ambientes passaram a ser uma condição
necessária para a sobrevivência da empresa. Irá existir uma necessidade de fabricar produtos para
clientes cada vez mais exigentes e com características específicas e diversificadas, com um
sistema de produção flexível, com custos de alteração de produção - set-up costs - baixos e stocks
reduzidos.
Quais foram os estudos realizados por Hawthorne no ramo dos movimentos das
relações humanas?
Os famosos estudos de Hawthorne foram conduzidos na General Electrics Company e
abrangeram um horizonte temporal de quase uma década.
A questão que esteve na base dos estudos pode-se considerar como puramente clássica:
investigar os efeitos da iluminação na produtividade, com o objectivo de melhorar esta última. Os
resultados pouco conclusivos das primeiras experiências levaram a que Elton Mayo, conhecido
cientista da Escola de Havard, em 1924, chamado a participar nos estudos.
Para investigar a relação entre as condições de iluminação e a produtividade foram
constituídos dois grupos, o grupo de controlo a iluminação não foi alterada durante toda a
experiência, enquanto o grupo do teste foi sujeito a alterações várias no nível de iluminação.
Tal como seria expectável, quando a iluminação aumentou de intensidade a produtividade
no grupo de teste cresceu. Bem menos previsível foi o aumento da produtividade no grupo de
controlo, onde as condições se mantiveram as mesmas. É a produtividade continuou a crescer
mesmo com a diminuição dos níveis de iluminação.
Impunha-se, portanto, identificar outros factores que pudessem explicar o fenómeno.
Idênticas experiências foram realizadas para avaliar o impacto de alterações noutras condições de
trabalho (pausas, diminuição do horário semanal, alimentação) com resultados não menos
paradoxais.
Foi deste modo inevitável reconhecer que as atitudes face ao trabalho tinham um papel a
desempenhar e as entrevistas realizadas junto de vários membros dos grupos de teste e controlo
assim o comprovaram. O ambiente amistoso, a satisfação no trabalho. Por outro lado, os grupos
que se formaram impunham os seus valores e regras próprias, estabeleciam padrões de
produção, práticas de punição específicas e líderes informais, determinando o comportamento
dos seus elementos e assegurando a coesão das equipas.
Retiram-se então a principais conclusões: O nível de produção é resultante da integração
social e, portanto, determinado pelas normas e pelas expectativas que o envolvem. Existem
necessidades de reconhecimento do indivíduo face ao grupo a que pertence. Consequentemente,
o comportamento do trabalhador individual apoia-se no grupo e é por ele condicionado. Os
grupos informais e o contexto social têm implicações na sua produtividade.