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FINANÇAS CORPORATIVAS

Sumário
INTRODUÇÃO........................................................................................................ 5
CONCEITO -----------------------------------------------------------------------------------------7
CONCEITO HISTÓRICO ........................................................................................ 9
PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS........................................................................... 11
Ciclo Econômico ............................................................................................... 11

Ciclo Operacional .............................................................................................. 11

Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa ................................................................... 11

Giro de Caixa .................................................................................................... 11

Custos, despesas ou investimentos? ................................................................... 12


Custos ............................................................................................................... 12

Despesas .......................................................................................................... 12

Investimentos .................................................................................................... 12

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DAS FINANÇAS ........................................... 14


COMO AS FINANÇAS COPORATIVAS SÇÃO TRABALHADAS ......................... 15
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ...................................................................... 16
ANÁLISE DE RENTABILIDADE ........................................................................... 17
A importância das decisões financeiras .................................................................. 18
PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO .............................................. 19

GESTÃO DE ATIVOS E PASSIVOS .................................................................... 20


COMO MEDIR A SAÚDE FINANCEIRA DO NEGÓCIO ...................................... 21
Faturamento ...................................................................................................... 21

Recebimentos ................................................................................................... 21

Custos fixos e variáveis .................................................................................... 22

Índice de endividamento ................................................................................... 22

Ticket médio ...................................................................................................... 23

Ponto de equilíbrio ............................................................................................ 23

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Demonstração do resultado do exercício .......................................................... 24

CONCLUSÃO ....................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 26

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FACUMINAS
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um grupo
de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação.Com isso foi criado a Facuminas, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

Você já deve ter ouvido falar ou lido em algum lugar que a gestão financeira é o
coração de um empreendimento. Que é por meio dela que se fornece o suprimento
para todas as áreas, e que seu mau funcionamento pode comprometer gravemente
o desempenho dos negócios. E é muito provável que você já tenha percebido, na
prática, o quanto a analogia é verdadeira: cuidar bem das finanças corporativas da
sua empresa equivale a mantê-la sempre saudável, e pronta para os desafios que o
mercado impuser.

Sim, o assunto finanças corporativas é tão importante assim. É fundamental que


você, como o principal responsável pela gestão do seu negócio, esteja devidamente
capacitado para mantê-las em ordem. É indispensável que, na qualidade de cérebro,
você consiga promover o funcionamento perfeito do coração – ou que ao menos tenha
alguém de confiança para fazer isso. E o objetivo deste artigo é te ajudar nesta tarefa
vital.

Manter as finanças corporativas em ordem é uma tarefa importante para qualquer


negócio. Apesar dessa frase ser uma premissa básica no ambiente organizacional,
realizar uma projeção minuciosa com dados consistentes e uni-los de uma maneira
que permita uma análise completa não é algo simples.

As empresas de serviços, por exemplo, lidam com um “produto” intangível. Isso faz
com que os cálculos financeiros sejam bem diferentes de uma indústria de produtos.
Cria-se, assim, a necessidade dos serviços de um profissional com conhecimento
apurado sobre finanças corporativas, desde o seu conceito até a forma como são
feitas as medições da saúde financeira. Além disso, fornece dados e dicas que
ajudam a manter a sustentabilidade do empreendimento.

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Conhecer os principais fundamentos de finanças corporativas é essencial para
o contador se desenvolver no mercado, conseguir mais clientes e adquirir mais
conhecimento. Isso tudo não só para executar com qualidade as principais tarefas do
dia a dia. Mas também para tomar decisões estratégicas embasadas e assessorar
empresas e gestores da melhor forma possível.

Para ingressar no mundo financeiro, é preciso, antes de tudo, entender o conceito de


finanças corporativas e outros fundamentos relacionados ao assunto.

(Fonte: https://www.ibe.edu.br/financas-corporativas-como-fazer-uma-gestao-eficiente/)

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CONCEITO

A definição formal de Finanças Corporativas diz que a área é responsável por tomar
todas as decisões financeiras a respeito de um negócio, utilizando as ferramentas e
análises necessárias para isto. Tem como principais objetivos maximizar a
valorização da empresa e, simultaneamente, administrar os riscos financeiros
existentes.

Para muitas pessoas o surgimento das empresas teria ocorrido junto do nascimento
do capitalismo moderno, em meados do século XVI. No entanto, a história empresarial
começou bem antes, sendo uma criação medieval. Desde então, as finanças
corporativas fazem parte do dia a dia de empreendedores e colaboradores. Mas,
afinal, como podemos definir esse termo?

As finanças corporativas estão ligadas aos estudos realizados sobre as decisões


ligadas ao dinheiro de um negócio, o que, basicamente, envolve tudo que é decidido
dentro do empreendimento, não importa a área.

O conceito é embasado no princípio de maximização do valor de uma empresa. Por


meio das finanças corporativas, serão decididas questões como os investimentos a
serem realizados, a necessidade de financiamento de projetos por terceiros, o correto
estabelecimento dos dividendos, pagamentos de contas, separação de gastos fixos
e variáveis, entre outras ações.

Em termos corporativos, finanças representam o conjunto de atividades que definem


a destinação, o controle e a administração dos meios financeiros inerentes à empresa
a seus proprietários ou a seus investidores no âmbito do negócio. Representam os
esforços para obter o melhor proveito dos recursos de valor e seu principal objetivo é
elevar a cotação da empresa e promover o equilíbrio adequado entre rentabilidade,
risco e liquidez.

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O processo de definição da melhor alternativa de captação ou aplicação de recursos
não constitui tarefa simples se levarmos em conta, por exemplo, a complexidade e o
dinamismo do ambiente econômico-financeiro em que o negócio está imerso, questão
que se torna ainda mais decisiva ante as pressões incrementadas pelo fenômeno da
globalização dos mercados.

Em última análise, tais dificuldades e o expressivo crescimento do setor financeiro


acabam ocasionando impactos significativos na economia de modo geral quando
algumas organizações entram em colapso por recorrer a expedientes ou instrumentos
aleatórios de gestão financeira sem avaliar adequadamente a repercussão sobre seus
objetivos, estratégias e resultados. A consequência, de maneira lúdica, seria como se
uma máquina já a todo vapor por ter recebido novos componentes, de súbito, por
motivo de defeito ou inadequação dos mesmos, tivesse que reaproveitar os antigos.

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CONCEITO HISTÓRICO

Voltando ao túnel do tempo em 1929/30 tivemos um dos maiores abalos mundiais


que contaminou o mundo empresarial; naquele momento vivia-se a sede pelo rápido
crescimento industrial e o modelo desenvolvido a época foi o modelo de gestão
empresarial direcionado a captação de recursos; e assim os investidores foram os
holofotes da época; imagina que a sede ao crescimento foi tanta que o valor dos
papeis (títulos negociados) descolaram-se do real da valor de geração de riqueza da
empresa; ou seja a empresa tinha uma valor de R$ 10,00 e os seus papeis passaram
a ser negociados por R$ 100,00.

Como o ágio foi superior ao real valor de criação de riqueza da empresa; costumamos
dizer que de vez em quando a música para e aquele que estiver mais distante da
cadeira é excluído da brincadeira. A música é o mercado e em momentos de crise a
tendência é que o valor de mercado do título busque o valor real do ativo e todo aquele
ágio construído se derrete da “noite para o dia”.

Então, após o período do alto crescimento de 1919/30 tivemos a “grande depressão”


e a preocupação a época dos acadêmicos voltaram-se ao estudo da liquidez e da
solvência empresarial; e diversos indicadores da análise financeira surgiram, tais
como: Liquidez corrente, liquidez seca; liquidez imediata entre outros e permanecem
como ricas fontes de estudo até o dia de hoje.

Na década de 40 e 50; passada a depressão de 1929 retomou-se o crescimento e


investimento; mas agora com um pouco mais de cautela e a empresa passou a ser
avaliada como uma aplicadora de recursos no objetivo de remunerar adequadamente
os seus provedores de capital e a ênfase nos investimentos e os modelo desta época
foram: Conceitos de valor presente líquido, tempo de recuperação de capital
(payback); Taxa interna de retorno de um projeto (TIR); entre outros tais como
rentabilidade dos ativos (ROI) e modelos de precificação dos ATIVOS (CAPM) na

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aplicação da teoria de Keynes com investimento agregado como a preocupação
central das nações e das organizações.

No final da década de 50, Modigliani e Miller dão início à moderna teoria de


finanças com estudos sobre a irrelevância da estrutura de capital na linha de
pensamento que o valor de um ativo não deve ser analisado pela sua estrutura de
financiamentos (participação do capital de terceiros provenientes dos Bancos em
relação ao capital dos acionistas) e sim no foco em conhecer se o ativo é bom o
suficiente para gera lucro antes das despesas financeiras; pois muitas empresas
geram prejuízo não pela falha operacional; mas decorrente de um erro de capitação
bancária a um custo superior a rentabilidade da empresa; resumindo: O ativo que
deve ser analisado não no modelo de como ele é financiado.

Na década de 90, devido a globalização o mundo passou a conviver com uma cesta
de moeda diferenciadas no seu sistema financeiro; imagina uma empresa brasileira
que compra matéria prima em dólar, produz internamente em real e vende para um
país asiático. Assim surgiram metodologias da proteção cambial tais como: Evolução
da gestão de risco com estratégias de derivativos, opções, swaps, hedges etc.

Nos nossos dias estamos vivendo o fortalecimento do mercados de capitais, onde as


empresas tem a oportunidade de buscar nas bolsa de valores recursos para financiar
o seu crescimento e alguns modelos passam a ser necessário as que almejam, tais
como: governança corporativa; avaliação do real valor de um ativo e entender o
pensamento dos acionistas.

Como verificamos os acontecimentos são cíclicos e quando comparamos os períodos


os reflexos dos acontecimentos se repetem; quando analisamos abaixo a crise de
1929 e seus efeitos verificamos uma semelhança profunda do a de 2008.

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PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS

As finanças corporativas têm algumas terminologias próprias. Para compreender os


conceitos fundamentais da área, é essencial saber quais são.

Ciclo Econômico

O ciclo econômico compreende o período em que o produto ou bem que será vendido
permanece no estoque até sua venda. É equivalente ao Prazo Médio de Estoque
(PME).

Ciclo Operacional

É o período entre a data da compra e a data do recebimento do valor obtido com a


venda do produto. Para calcular o ciclo operacional, é preciso somar o ciclo
econômico com o Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMR).

Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa

Período entre a data do pagamento de uma compra até a data do recebimento da


venda da mercadoria. Calcule o ciclo financeiro ou de caixa subtraindo o ciclo
operacional do Prazo Médio de Pagamento (PMP).

Giro de Caixa

O giro de caixa é o resultado da divisão do ciclo de caixa ou financeiro por 360 dias.
Esse é o chamado ano comercial.

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Custos, despesas ou investimentos?

Depois de conhecer o conceito e algumas das principais terminologias das finanças


corporativas, o ponto essencial para quem quer compreender o básico sobre o
assunto é saber como diferenciar o que é custo, despesa ou investimento. Apesar de,
à primeira vista, parecerem termos similares, na prática, são bem diferentes para uma
empresa. Entenda o que quer dizer cada um deles:

Custos

São considerados custos todos os gastos que são feitos pela empresa na aquisição
de bens e/ou serviços que são usados na produção de outros bens e/ou serviços. A
compra de uma matéria-prima, por exemplo, é considerada um custo para a empresa.

Também entram nesta categoria salários, encargos e benefícios pagos para o quadro
de funcionários de chão de fábrica e aluguel do espaço em que a fábrica funciona.
A depreciação de máquinas e equipamentos usados na produção também entra na
categoria custos. Tendo isso em mente, é importante entender que os gastos que não
estão diretamente relacionados à produção, não devem ser chamados de custos.

Despesas

Se os custos estão relacionados à produção, as despesas são aqueles gastos que a


empresa tem para manter sua estrutura organizacional e, também, para ter receitas.
Aluguel do escritório; seguro do escritório; salário, encargos e benefícios pagos para
os funcionários administrativos; comissões de venda e luz, água e gás consumidos
pelo escritório. Todos esses, por exemplo, são considerados despesas.

Investimentos

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São considerados investimentos todos os gastos ou aplicações de recursos que são
feitos com a expectativa de, no futuro, ter algum retorno financeiro. Os gastos que a
empresa tem com a aquisição de bens patrimoniais, como instalações e máquinas,
por exemplo são considerados investimentos. A compra de um imóvel para ser a sede
da empresa também é considerada investimento.

Tenha em mente que custos, despesas e investimentos são tipos de gastos.


Conceitualmente, para as finanças corporativas, pode ser considerado um gasto toda
a compra de produto ou serviço que gere sacrifício financeiro para a empresa
(desembolso). Esse sacrifício é feito por conta da entrega – ou, então, da promessa
de entrega – de ativos, geralmente dinheiro.

É muito importante não confundir gasto com desembolso, que é toda saída de
dinheiro do caixa corporativo ou das contas bancárias do negócio. São exemplos de
desembolso: pagamentos feitos a fornecedores; pagamentos de contas de consumo,
como água, luz, gás etc. Como exemplos de gastos pode-se citar as matérias-primas
que são usadas no processo produtivo, a água utilizada na área de produção de bens
que serão vendidos etc.

Além de custo, despesa e investimento, há, ainda, a perda, que é o gasto que a
companhia realiza quando um serviço ou bem tem consumo que foge do normal. Por
exemplo, em casos de incêndios, greves, inundações, desmoronamentos e similares.

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A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DAS FINANÇAS

Ao controlar as finanças, a empresa tem consciência sobre a sua real situação


financeira. Ou seja, sabe exatamente quanto tem em caixa, os valores que podem ser
investidos, entre outras variáveis.

Ter esse tipo de administração de recursos também é importante para os estudos da


viabilidade de projetos, a necessidade de fontes de crédito, estabelecimento de
estratégias para captar a confiança de credores, além da promoção do uso eficaz e
racional dos recursos disponíveis.

Enfim, conhecer os pormenores financeiros ajuda no processo de sinergia entre os


setores. Assim, a organização tem controle sobre as necessidades financeiras de
cada um, alocando os recursos de acordo com as demandas.

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COMO AS FINANÇAS COPORATIVAS SÇÃO TRABALHADAS

Como foi visto até aqui, as finanças são muito mais do que uma conceitualização que
envolve o pagamento de contas e investimentos. Dada a explicação do tópico
anterior, agora, é preciso saber como trabalhá-las corretamente como um serviço.

Vale lembrar que uma empresa de produtos e uma de serviços se diferenciam em


alguns pontos. Um deles é na abrangência de sua atuação. Por exemplo, um negócio
de serviços atua de maneira mais local. Dessa maneira, os empreendedores precisam
atentar para a realidade econômica local, como formação de preços.

Assim, as dicas serão úteis e ajudarão você a trabalhar com maior consistência nos
diferentes tipos de negócio.

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O primeiro aspecto trabalhado quando se fala sobre finanças corporativas é o


planejamento estratégico. Ele compreende uma série de etapas, como orçamento,
estratégias, cenários, políticas diversas e ferramentas de controle orçamentário.

No caso do orçamento, serão projetados receitas, despesas, custos e investimentos


de cada um dos setores da empresa. O ideal é que ele seja realizado anualmente,
sempre projetando os custos obtidos, para alinhar as estratégias da empresa.

Na fase de elaboração de estratégias, a organização deverá alinhar as suas metas e


objetivos. Para isso, será preciso levar em consideração a projeção de vendas dos
serviços, custos que eles terão, investimentos e a situação financeira. Assim, será
possível ter um cenário base para que o orçamento seja o mais fiel possível.

Já no processo de elaboração de cenários, deverão ser considerados os cenários


otimista, neutro e pessimista. Em cada um deles, deve ser feita uma projeção
financeira, levando em consideração relatórios financeiros anteriores de operação e
considerando percentuais de inflação, mercado, entre outros detalhes.

O planejamento financeiro de empresas de serviços também precisa considerar


algumas políticas, como recebimento (quais os meios de pagamento serão aceitos,
prazos, entre outros), mas também de pagamento, formas de quitação dos seus
fornecedores etc.

Por último, o plano considera as ferramentas de controle que farão com que todas as
atividades citadas sejam realizadas com eficácia, ou seja, softwares e planilhas, que
ajudarão a manter as finanças em dia.

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ANÁLISE DE RENTABILIDADE

Saber qual é a viabilidade econômica e financeira de um negócio ajuda a delimitar o


valor cobrado pelo produto ou serviço, equilibrando as finanças, a fim de entender se
o retorno sobre o investimento será algo positivo. Com isso,
os empreendedores conseguem eliminar aqueles serviços ou produtos que não são
vantajosos para a empresa, ou até mesmo reformulá-los para que se tornem mais
atraentes para os consumidores.

Para que essa análise seja eficaz, é preciso atentar a alguns passos, como:

 projeção de vendas para cada um dos serviços oferecidos;


 projeção de custos, despesas e investimentos;
 projeção de fluxo de caixa mensal.

Após as projeções de custos e vendas, o que ajuda na obtenção do fluxo de caixa,


entra uma nova fase do processo: a análise de indicadores, que colabora com
o processo de definição da viabilidade dos serviços oferecidos.

Entre eles, está a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que representa o retorno
mínimo esperado do investimento em um projeto, por exemplo. Para isso, leva em
consideração variáveis como o capital disponível e a margem de lucro esperada.

Outro indicador é o payback, referente ao tempo que o projeto levará para ser pago.
Por exemplo, se foram investidos R$ 200 mil no negócio e, mensalmente, ele tem um
retorno de R$ 20 mil, o payback será de 10 meses.

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A importância das decisões financeiras

Tomar decisões financeiras acertadas deve ser um dos principais objetivos de


qualquer profissional que trabalhe na área. Toda pessoa envolvida com a
administração financeira de uma empresa deve entender que as decisões tomadas
pelos gestores das finanças corporativas não são só importantes como, até mesmo,
capitais para a sobrevivência da empresa, independentemente do setor de atuação.

O processo de tomada de decisão nas finanças corporativas, a cada ano ganha risco
e complexidade cada vez maiores no ambiente empresarial. São vários os pontos que
devem ser considerados pelos profissionais que atuam na gestão das finanças.
Dentre eles: taxas de juros cobradas, carga tributária, volume de crédito de longo
prazo e variações inflacionárias. Além de possíveis alterações nas regras do
mercado, que exigem flexibilidade dos contadores.

Para tomar as melhores decisões financeiras, é fundamental entender as funções de


um administrador das finanças e como executá-las da melhor forma. Confira:

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PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO

O gestor das finanças deve ser apto para identificar quais são os desafios e problemas
futuros, Além de selecionar quais são os ativos realmente rentáveis da empresa e
estabelecer uma rentabilidade mínima para cada ativo. Ele também deve saber como
evidenciar a necessidade de crescimento do negócio com base em dados e
informações contábeis.

Tomar as melhores decisões financeiras passa também por acompanhar e avaliar o


desempenho das finanças do negócio. Fazer uma análise de possíveis desvios dos
indicadores financeiros, realizando uma comparação do que foi previsto no
planejamento e do que foi efetivamente realizado. Também é responsabilidade do
profissional que atua ligado às finanças corporativas definir medidas corretivas,
implementá-las e verificar se elas atingiram o resultado esperado.

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GESTÃO DE ATIVOS E PASSIVOS

A gestão de ativos e passivos também faz parte do dia a dia das empresas, e é
importante que você esteja atento quando for oferecer esse serviço em seu portfólio.
Os ativos são os bens em posse da organização, como caixa, estoque e valores a
receber. Podemos defini-los como os valores que poderão ser investidos e gerar fluxo
de caixa.

Enquanto isso, os passivos são as dívidas, ou seja, valores que precisam pagar ao
longo do tempo. A administração desses bens prevê o uso de ferramentas que
ajudem o investidor (empreendedor) a tomar decisões, criando a consciência sobre
os riscos, o que aumenta as chances de sucesso.

Para isso, é utilizada a técnica de Asset Liability Management (ALM), que auxilia no
gerenciamento de riscos, evitando que haja a desintegração dos ativos e passivos.
Ela permitirá ao empreendedor variar seu portfólio de investimentos, por exemplo.

O trabalho da sua parte será administrar como isso será feito, visando à rentabilidade
máxima e considerando variáveis. Algumas dessas são os fundos de pensão e
também investimentos de acordo com as instituições financeiras.

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COMO MEDIR A SAÚDE FINANCEIRA DO NEGÓCIO

O controle financeiro empresarial é imprescindível, como pudemos ver até aqui. Logo,
é preciso aprender a medir a saúde financeira do negócio. No tópico anterior, até
mencionamos os indicadores de desempenho. A seguir, mostraremos mais alguns
que podem ter um impacto significativo nas finanças, sendo essenciais para o seu
trabalho.

Faturamento

O faturamento é o resultado da soma das vendas realizadas pelas empresas em


determinado período, tanto de produtos quanto de serviços. Ele pode (e deve) ser
feito mensalmente e anualmente.

Esse aspecto ajuda a ter um panorama sobre o desempenho financeiro do


empreendimento. Vale lembrar que é preciso considerar não só o faturamento bruto,
como também o líquido. Enquanto o primeiro leva em conta todo o montante recebido,
o segundo, por sua vez, considera o total recebido menos os impostos pagos em cada
venda.

Recebimentos

É preciso destacar que recebimento e faturamento não são a mesma coisa. Imagine
que a empresa está vendendo uma grande quantidade de produtos, mas pode não
ter recebimentos proporcionais. Isso se dá quando a opção de parcelamento e vendas
a prazo é mais comum.

O recebimento precisa estar próximo do faturamento — esse é o ideal. Por isso, é


importante medir o índice de recebimentos, a fim de avaliar se há inadimplência alta,
as principais causas, bem como o estabelecimento de estratégias para fazer

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as cobranças. No último caso, como o serviço é oferecido por você, é importante estar
atento aos tipos de ações ideais para os diferentes negócios.

Custos fixos e variáveis

Os custos podem ser classificados de diferentes maneiras, como você já deve saber.
Para medir a saúde financeira de uma empresa, um dos primeiros passos ao qual
você deve ter atenção é o custo fixo. Esse tipo de despesa não muda, mesmo que a
produção aumente ou diminua, e está ligado diretamente à manutenção estrutural e
operacional do negócio, como aluguel, serviços de segurança e limpeza, entre outros.

Apesar da mudança constante, o conhecimento sobre os custos variáveis é


igualmente importante. Eles variam de acordo com o aumento ou diminuição da
produção. No caso de empresas de serviços, elas dependem da demanda por eles,
abrangendo desde a matéria-prima, energia elétrica até as comissões por vendas
realizadas.

Ambos são essenciais para elaborar o planejamento financeiro, principalmente, no


que diz respeito às políticas de descontos, como redução de preço final cobrado do
cliente, além de serem cruciais para manter um registro de contas e categorizá-las, o
que contribui para o processo de sustentabilidade do empreendimento.

Índice de endividamento

Outro indicador que ajuda na verificação da saúde financeira de uma empresa é o


seu índice de endividamento. Esse parâmetro deve ser utilizado na identificação da
proporção de ativos da empresa que foram financiados por recursos de terceiros. Em
outras palavras, aquelas dívidas que precisam ser liquidadas pelo negócio no futuro.

É fundamental que seja feito o acompanhamento desse índice quando a empresa


começa a contrair dívidas de financiamento. Entender sobre a evolução desse
montante ajudará a garantir que as contas estejam sob controle.

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O cálculo é simples: o total de capital oriundo de terceiros (passivos de curto e longo
prazos) é somado, e o número obtido é dividido pelo total de ativos em posse da
empresa. Vale lembrar que um índice de endividamento insatisfatório não significa
que o empreendimento não é sustentável e nem o contrário, sendo preciso considerar
outras variáveis nesse cálculo.

Ticket médio

O ticket médio tem um grande impacto sobre as finanças de um negócio. Ele é um


indicador que corresponde ao valor médio das vendas, sendo embasado no volume
de vendas realizadas em um período.

O cálculo ajuda na identificação das necessidades de adaptação estratégica, reforço


nos investimentos e também na equipe de vendas. Além disso, mostra o quanto a
empresa vende, o impacto dos custos de produção e interferências na escolha de
compra.

Ponto de equilíbrio

O chamado Break Even Point ou ponto de equilíbrio financeiro (PEF) é um ponto que
diz respeito à paridade financeira de receitas totais e despesas em um período
determinado. Esse indicador permite um cálculo sobre o faturamento mínimo mensal
necessário para um negócio cobrir os gastos. Portanto, esse valor serve tanto para
gastos fixos quanto variáveis, além de quanto é necessário para começar a lucrar.

Para avaliá-lo, é necessário considerar as atividades desenvolvidas e o setor de


atuação do empreendimento. Por meio dele, também será possível definir as
necessidades de um capital de giro maior, mas também a possibilidade de
investimento dos recursos que sobram, para evitar paradas de caixa.

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Demonstração do resultado do exercício

Uma das melhores maneiras de entender sobre as finanças de um negócio é por meio
de sua DRE. Esse relatório financeiro conta com dados sobre receita bruta
operacional, custos de vendas, despesas e lucro líquido. Tudo isso serve de base
para que você possa trabalhar nas finanças de um negócio, tendo a correta visão
sobre como ele investe o seu dinheiro, mas também como e quais são os custos
embutidos nele, bem como o que pode ser feito para diminui-los.

Aliás, por ser um documento obrigatório e oficial, os dados precisam estar indicados
com o máximo de fidelidade. Logo, essa será a base de todo o seu trabalho, visto
que, para fazer o uso de qualquer indicador acima, é preciso ter informações
consistentes.

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CONCLUSÃO

Dominar os principais fundamentos de finanças corporativas é muito importante para


contadores se destacarem no mercado. Ter o conhecimento necessário para elaborar
estratégias e planos para o negócio faz toda a diferença e valoriza o
profissional perante às empresas.

Para evoluir ainda mais na profissão, não deixe de conhecer as principais


terminologias das finanças corporativas. Sempre se atualize em relação aos principais
conceitos da área que, assim como o mercado, está em constante evolução.

Procure não ficar restrito apenas aos aspectos contábeis. Busque sempre
informações também sobre finanças corporativas para conseguir prestar o melhor
serviço possível aos seus clientes. Aliada às finanças corporativas, a contabilidade se
torna estratégica para negócios de todos os portes e segmentos. Capacite-se, sempre
leia sobre o assunto e os resultados não demorarão a aparecer.

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REFERÊNCIAS

https://gerencianet.com.br/blog/entenda-sobre-financas-corporativas/

https://endeavor.org.br/financas/financas-corporativas/

https://www.blbbrasil.com.br/blog/financas-corporativas/

http://www.gecompany.com.br/educacional/financas/financas-corporativas-o-que-e/

https://www.infoescola.com/administracao_/financas-corporativas/

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