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Auditoria
Auditoria
INFORMAÇÕES
GERENCIAIS
Sumário
1. Apresentação l.......................................................................05
2. Definindo o que é auditoria.....................................................06
3. Breve história do surgimento da auditoria..............................13
4. Regulamentação da profissão de auditor no brasil................19
5. Conceitos gerais de auditoria.................................................28
6. Fundamentos da auditoria......................................................34
7. Erros e ajustes nas demonstrações contábeis.......................41
8. Normas e princípios de auditoria............................................48
9. A auditoria interna..................................................................56
10. A auditoria externa.................................................................62
11. Controle de qualidade de auditoria........................................70
12. Apresentação II......................................................................77
13. Planejamento da auditoria......................................................79
14. Os riscos de auditoria.............................................................86
15. Avaliação do controle interno..................................................93
16. Papéis de auditoria................................................................99
17. Comunicação entre a auditoria e a governança da
organização.........................................................................106
18. A amostragem em auditoria...................................................112
19. Análise geral e matriz de risco.............................................118
20. Evidências de auditoria........................................................126
21. Auditoria e partes relacionadas............................................132
22. Auditoria e eventos subsequentes.......................................138
23. A auditoria e a continuidade operacional da empresa.........144
24. Relatório de auditoria – Parte I.............................................150
25. Relatório de auditoria – Parte II............................................155
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26. Apresentação III...................................................................161
27. Sobre a modificações de opinião do auditor independente.....162
28. A auditoria e as outras informações da organização...........168
29. Auditoria no balanço patrimonial..........................................174
30. Auditoria na demonstração do resultado do exercício.........181
31. Tópicos em auditoria – auditoria tributária e fiscal................187
32. Tópicos em auditoria – outras modalidades de auditoria......192
33. Auditoria: Um resumo esquemático......................................197
34. Glossário..............................................................................204
35. Referências..........................................................................206
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ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA AUDITORIA
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Todas as atividades que envolve um número grande e
diversificado de pessoas são baseadas, sobretudo, na
confiança. Assim, quando falamos em qualquer tipo de
trabalho cooperativo ou coletivo, espera-se que cada pessoa
participante desempenhe de forma eficaz a sua função.
Todavia, por diversos motivos (cansaço, irresponsabilidade,
má fé etc.) ocorrem desvios entre o que se espera das
pessoas e o que elas realmente fazem. Dependendo do
tamanho do que se está fazendo é natural que leve muito
tempo para que se possa identificar esses desvios, e isso pode
comprometer a sustentabilidade da atividade da organização.
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auditor uma opinião independente e confiável, baseada em
dados. Como afirma Attie (2010), a auditoria consiste em uma
atividade especializada da área contábil, que visa testar a
eficácia e a eficiência dos controles implantados sobre o
patrimônio das empresas.
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É fácil encontrar exemplos de grandes escândalos mundiais
envolvendo, por exemplo, manipulações contábeis que
levaram empresas a incorrer em prejuízos milionários.
Vejamos o quadro abaixo com alguns desse exemplos:
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organizações e envolve muita ética e responsabilidade.
Assim, podemos listar um conjunto de motivos que justificam a
contratação de auditores independentes nas empresas, são
eles:
• Imposição estatutária;
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Para desempenhar adequadamente suas atividades, espera-se
que o auditor reúna as seguintes condições: independência,
confiabilidade, responsabilidade e capacidade profissional.
• Auditoria Contábil;
• Auditoria Operacional;
• Auditoria de compliance;
• Auditoria de sistemas;
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• Auditoria fiscal e tributária;
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Para conhecer um pouco sobre as fraudes
contábeis que envolveram empresas como a
Enron e Worlcom, leia a monografia intitulada:
“As fraudes contábeis da Enron e Worldcom e
seus efeitos nos estados Unidos, de autoria de
Pietro Bonotto. Disponível em: https://bit.
ly/2UdWJjW
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A origem da palavra auditoria está no Latim “audire” cujo
significado é ouvir. A ideia de auditoria remonta ao período
em que vários reinos, entre eles Roma e Pérsia, se destacavam
enquanto importantes espaços de produção, onde os reis
acumulavam patrimônio, sobretudo por meio da cobrança de
impostos sobre o excedente de produção gerado pelos
súditos. Como nos lembra o Ibracon (2008, p.42) no século
XII, na França, os barões realizavam a leitura pública de suas
contas, na presença de funcionários designados pela Coroa,
o que pode ser a gênese dos auditores, pois eles ouviam e
tiravam as conclusões para os reis.
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Conforme ressalta Ibracon (2008, p 43):
“Provavelmente, a Auditoria se estabeleceu
como profissão no momento em que o
especialista em escrituração deixou de
praticar a atividade contábil para um único
usuário para assessorar os demais
especialistas e mercadores, transformando-se
em consultor.”
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Figura 1: As firmas e o surgimento da auditoria empresarial
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Figura 2: Comprando gato por lebre
Charge de Ricardo Welbert. Disponível em: https://bit.
ly/36HxEBb.
No Brasil, a figura do auditor tornou-se necessária no final do
século XIX com o avanço da entrada de investimentos
internacionais, momento de avanço na criação de
infraestrutura (portos, ferrovias, iluminação pública, etc.) com
destaque para a atuação e as parcerias estabelecidas pelo
Visconde de Mauá. Todavia, foi somente no ano de 1965,
com a Lei 4.728 quando foram lançadas normas substanciais
para o estabelecimento do mercado de capitais no Brasil,
que apareceu pela primeira vez o nome “Auditores
Independentes”. Lembremos que o Brasil passou a se
transformar em um país industrial e, portanto, apresentando
um número maior de empresas, somente após a década de
1950.
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Quadro 2: Evolução da área de Auditoria no Brasil
ANO EVENTO
A Lei 4.728 lançou normas substanciais para o
estabelecimento do mercado de capitais no Brasil,
1965
aparecendo pela primeira vez o nome “auditores
independentes”.
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Como se pode ver, as instituições brasileiras reconheceram
gradativamente a relevância do auditor dentro de suas
normatizações e a necessidade de estabelecimento de seus
padrões, tornando-a um elemento indispensável para algumas
estruturas organizacionais.
Até a próxima!
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Como vimos na unidade anterior, a profissão de Auditor
Independente foi introduzida no Brasil quando o país
recebia um alto volume de investimentos internacionais ainda
no século XIX. Dentre esses investimentos, destacam-se os
provenientes da Inglaterra, região que já contava com
instâncias sólidas para acompanhar o desenvolvimento do
mercado de investimentos empresariais, tendo em vista que
foi o berço da revolução industrial. Importante destacar,
conforme nos lembra o Ibracon (2008), que as empresas
internacionais de auditoria contribuíram muito para o
avanço do conhecimento e para a implantação de técnicas
contábeis no Brasil.
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No exercício de sua profissão, o auditor pode atuar enquanto
Auditor Externo (ou independente), Interno ou Auditor Fiscal.
Cada área de atuação possui objetivos específicos, mas de
maneira geral o nível de qualificação esperado costuma ser o
mesmo, apesar de algumas nuances nas atividades. No
quadro abaixo, podemos compreender um pouco mais sobre
cada tipo de atuação.
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Quadro 4: Diferença entre a auditoria Interna e a Externa
AUDITORIA AUDITORIA
ELEMENTOS
INTERNA EXTERNA
Exame das
Exame de processos Demonstrações
(operacionais e financeiras para
contábeis) para verificar sua
Ação e objetivo
atender às fidedignidade e
necessidades da atender às
administração. necessidades de
terceiros.
Promover o
aperfeiçoamento no
Revisar e opinar
controle da empresa
sobre a
(políticas e normas)
Finalidade conformidade das
de forma a assegurar
demonstrações
a proteção do
financeiras.
patrimônio, além de
prevenir fraudes.
Recomendações de
controle interno e Relatório do auditor
Relatório Principal
eficiência Independente.
administrativa.
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O Auditor Externo
O Auditor Interno
deve ser
deve ser
completamente
Grau de independente em
independente em
independência relação às pessoas
relação à
cujo trabalho será
administração da
auditado.
empresa auditada.
O exame das
A revisão dos demonstrações e
Continuidade do
trabalhos deve ser informações costuma
trabalho
contínua. ser periódico/
pontual*.
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Na Resolução CFC nº 945/02 foi aprovada a NBC P4 que
dispõe sobre as normas de educação profissional continuada e
regulamenta os procedimentos a serem seguidos pelos
auditores para que eles se mantenham constantemente
atualizados, a fim de evitar a suspensão do exercício
profissional.
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compatíveis com o exercício da atividade, em
condições que garantam a guarda, a
segurança e o sigilo dos documentos e
informações decorrentes dessa atividade,
bem como a privacidade no relacionamento
com seus clientes;
IV - possuir conhecimento permanentemente
atualizado sobre o ramo de atividade, os
negócios e as práticas contábeis e
operacionais de seus clientes, bem como
possuir estrutura operacional adequada ao
seu número e porte; e
V – ter sido aprovado em exame de
qualificação técnica previsto no art. 30.
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O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução
CFC nº 1.328/2011, estabeleceu a Estrutura das Normas
Brasileiras de Contabilidade e trouxe as seguintes categorias
de auditoria, atendendo às normativas internacionais, vejamos:
Art. 3º - As Normas Brasileiras de
Contabilidade Profissionais se estruturam
conforme segue:
[...] II - do Auditor Independente - NBC PA -
são as Normas Brasileiras de Contabilidade
aplicadas, especificamente, aos contadores
que atuam como auditores independentes;
III - do Auditor Interno - NBC PI - são as
Normas Brasileiras de Contabilidade
aplicadas especificamente aos contadores
que atuam como auditores internos;
Art. 4º - As Normas Brasileiras de
Contabilidade Técnicas se estruturam
conforme segue:
[...] III - de Auditoria Independente de
Informação Contábil Histórica - NBC TA -
são as Normas Brasileiras de Contabilidade
aplicadas à Auditoria convergentes com as
Normas Internacionais de Auditoria
Independente emitidas pela Ifac;
[...] VII - de Auditoria Interna - NBC TI - são
as Normas Brasileiras de Contabilidade
aplicáveis aos trabalhos de Auditoria Interna;
[...] IX - Contabilidade aplicadas à Auditoria
Governamental convergentes com as Normas
Internacionais de Auditoria Governamental
emitidas pela Organização Internacional de
Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai).
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Como podemos observar trata-se de uma profissão plenamente
regulamentada, com seu escopo de atuação bem definido, e
sua relevância destacada. Nas palavras do Ibracon (2008, p.
72):
Vista como necessária ao bom funcionamento
da economia e do mundo dos negócios, a
Auditoria independente oferece ao estudante
de Ciências Contábeis um futuro altamente
promissor. Numa economia de mercado, os
profissionais de Auditoria independente têm
papel fundamental no funcionamento do
sistema econômico, já que seu trabalho pode
exercer influência sobre as decisões de
investimento, de financiamento, ou seja, nas
decisões dos agentes econômicos.
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Agora que já conhecemos um pouco mais da história da
auditoria e da regulamentação da profissão no Brasil, já
estamos aptos a avançar na construção da base técnica
necessária para a atuação nessa área. Na próxima unidade,
serão introduzidos os conceitos gerais comumente utilizados
nessa área do conhecimento. Até lá!
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Ao longo das unidades iniciais desse curso, já foi possível
compreender o que representa o trabalho da auditoria. Tratar
tecnicamente do tema é importante a fim de que a palavra
não se resuma à ideia de “fiscalização”. Para Lins (2014),
seja de qual tipo for, interna ou externa, a auditoria significa
conferência, verificação, análise e avaliação e, acima de tudo,
comunicação dos resultados dentro de um determinado
objetivo ao qual a auditoria se propõe.
• Balanço Patrimonial;
• Demonstração do Resultado do Exercício;
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
• Demonstração do Fluxo de Caixa;
• Demonstração do Valor Adicionado; e
• Notas Explicativas.
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Assim, o trabalho técnico do auditor segue um conjunto de
etapas e procedimentos sistemáticos, com método adaptável
aos vários tipos de organizações. Esse trabalho pode ser mais
bem visualizado no fluxograma apresentado a seguir.
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para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações
auditadas, abrangendo testes de observância e os testes
substantivos. Ou seja, o auditor seguirá os procedimentos
necessários para obter todos os elementos suficientes para a
emissão de suas opiniões.
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Percebe-se, assim, que o auditor deve verificar as formalidades
por meio de um Planejamento sério, seguindo as normas já
estabelecidas pelas instituições normativas. Nesse contexto, o
trabalho do auditor precisa ser autorizado, tempestivo, exato,
completo e justo.
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As técnicas para a obtenção de provas podem ser a
seguintes: Exame e contagem física; Circularização;
Conferência de cálculos; Inspeção de Documentos;
Averiguação; e Correlação.
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Ao longo desse curso já foi apresentado algumas normativas
que revelam a base sólida em que o trabalho de auditoria está
alicerçado. A Unidade 7 será dedicada à listagem e discussão
dessas várias normativas. Todavia, neste momento é
oportuno detalharmos o texto da NBC T11, que trata das
Normas de Auditoria Independente das Demonstrações
Contábeis, pois nos permite conhecer claramente todas as
etapas de um processo de auditoria. Vale lembrar que
cada um dos pontos aqui apresentados será objeto de estudo
detalhado nas próximas unidades. Assim, essa unidade serve
como guia de estudo para as outras unidades.
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Interessante notar, conforme texto da NBC T11, que o
parecer do Auditor Independente tem por limite os próprios
objetivos da auditoria das demonstrações contábeis, e não
representa, pois, garantia de viabilidade futura da entidade ou
algum tipo de atestado de eficácia da administração na gestão
dos negócios. Ou seja, a auditoria (seja ela interna ou
externa), pode ser realizada por diversas motivações e
para atender a diversos interesses, sobretudo aqueles
relacionados a proprietários, gestores e partes interessadas.
Vale lembrar, todavia, que o parecer é de exclusiva
responsabilidade de contador/auditor, registrado no Conselho
Regional de Contabilidade, o qual deverá cuidar para que sua
atividade represente fielmente a realidade da empresa.
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Para além dos procedimentos de auditoria (ou seja, as técnicas
utilizadas para testes), ao auditor é necessário organizar
adequadamente os papéis de trabalho (ou os chamados
WP – work papers). Os papéis de trabalho são o conjunto de
documentos e apontamentos com informações e provas
coligidas pelo auditor, preparados de forma manual, por
meios eletrônicos ou por outros meios, que constituem a
evidência do trabalho executado e o fundamento de sua
opinião. Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva
do auditor, responsável por sua guarda e sigilo. A figura abaixo
traz um exemplo de um papel de trabalho.
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Mais uma vez, lembramos que essas fases serão objeto de
estudo de unidades futuras.
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aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e
das Normas Brasileiras de Contabilidade; d) avaliar se
os trabalhos foram adequadamente documentados e
os objetivos dos procedimentos técnicos alcançados; e
e) avaliar se as conclusões obtidas são resultantes dos
trabalhos executados e permitem ao auditor fundamentar
sua opinião sobre as demonstrações contábeis.
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• CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA
ENTIDADE: A continuidade normal das atividades da
entidade deve merecer especial atenção do auditor,
quando do planejamento dos seus trabalhos, ao
analisar os riscos de auditoria e deve ser
complementada quando da execução de seus exames.
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• TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS: O
auditor deve obter evidências suficientes para identificar
partes relacionadas na fase de planejamento,
possibilitando detectar, no decorrer dos trabalhos,
quaisquer transações relevantes que as envolvam.
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Conforme vimos na NBC T 11, ao detectar erros relevantes ou
fraudes no decorrer dos seus trabalhos, o auditor tem a
obrigação de comunicá-los à administração da entidade e
sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis
efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas. A
responsabilidade primária na prevenção e identificação de
fraude e erros é da administração da entidade, através da
implementação e manutenção de adequado sistema
contábil e de controle interno. Entretanto, o auditor deve
planejar seu trabalho de forma a detectar fraudes e erros que
impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.
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O fraudador está sempre em busca de encontrar as falhas no
controle. Nesse contexto, ele testa a organização. Vejamos
abaixo alguns testes comuns utilizados pelos fraudadores.
ÁREA DA TIPOS
FRAUDE
Fraudes contra a ordem tributária
Planejamento tributário
Escrita e declaração errada
Suprimentos ao caixa
Exigível fictício
FISCAL Imobilizado convertido em gasto
Recibos frios
Omissão de registros
Brindes, Bonificações e Doações
Estoques em valores irreais
Vendas a sócios
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Retiradas de dinheiro e vales no fundo fixo
de caixa
Controle de Cheques (frios)
Vendas a dinheiro transformadas em faturas
Caixa dois e suprimentos de caixa
CAIXA Empregados fantasmas
Compras de emergência
Guias fiscais duplicadas
Receita não operacional desviada
Reforço de caixa
Desvios em comissões sobre vendas
Notas Fiscais de operações não verídicas
Transferência de Mercadorias entre Filiais
Internação de Notas Fiscais a Zona Franca
de Manaus
Redução em valor de estoques
Aumento em valor de estoques
ESTOQUES
Estoque desviado
Manobra em inventário
Falsidade em faturamento
Fraudes tangendo a qualidade de estoques
Preços de transferência e omissões em
custos de estoques
Investimentos fictícios
Desvio de custos
Redução de valor e venda
ATIVO Reavaliações fraudulentas
PERMANENTE Amortização de Gastos Iniciais indevidos
Imobilizado obsoleto
Aplicações de ativo fixo como gastos
Bem usado
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BRASIL, 2000):
• Demissão voluntária: 77%
• Investigação pela auditoria interna: 39%
• Queixa criminal: 34%
• Pedido de indenização: 13%
• Outros: 9%
• Acordo sigiloso: 8%
• Auditoria independente: 6%
• Comunicação à seguradora: 4%
Ação Descrição
Estabelece a independência para as
Segregações funções. Ninguém deve ter sob sua inteira
de funções responsabilidade todas as fases inerentes a
uma operação.
Compreende o controle das operações
Sistema de
através de métodos de aprovações, de
autorização e
acordo com as responsabilidades e os
aprovação
riscos envolvidos.
Determina para cada funcionário a noção
Determinações de exata das suas funções. A existência de
funções e organogramas claros determina a linha de
responsabilidades responsabilidades e autoridades definidas
por toda a linha hierárquica.
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Corresponde no rodízio dos funcionários
designados para cada trabalho; possibilita
Rotação de
reduzir as oportunidades de fraudes e
funcionários
resulta, geralmente, em novas ideias de
trabalho para as funções.
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Aqui, evoca-se a prerrogativa do ceticismo profissional. O
auditor tem a responsabilidade de manter uma atitude de
ceticismo profissional durante a auditoria, considerando o
potencial de se burlar os controles da administração, e de
reconhecer o fato de que procedimentos de auditoria
eficazes na detecção de erros podem não ser eficazes na
detecção de fraude.
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Até essa fase do estudo, pode-se perceber que as Normas
Brasileiras de Contabilidade (NBC) regem adequadamente o
trabalho do auditor e são ricas no que tange a apontar
conceitos, procedimentos, técnicas e direcionamentos que
fazem da auditoria uma área consolidada no Brasil.
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No âmbito profissional, listamos no quadro abaixo um
conjunto de normas que se encontram em vigor e direcionam
tecnicamente o profissional.
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NORMA TEMA OBJETIVO
Disciplina o Exame de
Qualificação Técnica para o
Exame de
Registro no Cadastro Nacional
NBC PA 13 qualificação
de Auditores Independentes
Técnica
(CNAI) do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC).
Esta Norma trata dos
requisitos de independência
para trabalhos de auditoria e
Independência
trabalhos de revisão limitada
NBC PA – Trabalhos de
ou especial, que são trabalhos
290 auditoria e
de asseguração em que o
revisão
auditor expressa conclusão
sobre as demonstrações
contábeis.
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NBC TA 505 Confirmações Externas
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Considerações Especiais – Auditorias de
Demonstrações Contábeis
NBC TA 800 Elaboradas de Acordo com Estruturas
Conceituais de Contabilidade para Propósitos
Especiais
Considerações Especiais – Auditoria de Quadros
Isolados das Demonstrações Contábeis e de
NBC TA 805
Elementos, Contas ou Itens Específicos das
Demonstrações Contábeis
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atribuições, interessa-se pela regulamentação da auditoria no
Brasil, pois ela é um instrumento de controle e verificação
dos atos dos gestores.
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Como explica Cordeiro (2012), a Auditoria Interna surge
porque a Auditoria Externa traz como objetivo
exclusivamente a emissão de um parecer acerca da
fidedignidade das demonstrações contábeis da empresa.
Assim, coube à Auditoria Interna a tarefa de analisar
detalhadamente as políticas e procedimentos internos. Além
disso, ao passo em que a Auditoria Externa é ocasional ou
periódica, a Auditoria Interna é um processo contínuo.
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Figura 5: Organograma real do Grupo Ultra.
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A NBC PI 01 destaca que o Contador, na função de Auditor
Interno, deve manter o seu nível de competência profissional
pelo conhecimento atualizado das Normas Brasileiras de
Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na
área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos
conceitos e técnicas administrativas e da legislação aplicável à
entidade. Em relação à responsabilidade do Auditor Interno, a
norma estabelece que o Auditor Interno deve ter o máximo de
cuidado, imparcialidade e zelo na realização dos trabalhos e na
exposição das conclusões. Lembra também que a amplitude do
trabalho do Auditor Interno e sua responsabilidade estão
limitadas à sua área de atuação, e que cabe também ao
Auditor Interno, quando solicitado, prestar assessoria ao
Conselho Fiscal ou órgãos equivalentes, além de disponibilizar
seus papéis ao Auditor Independente, quando solicitado.
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Lins (2014, p. 6) destaca as características gerais da
Auditoria Interna conforme podemos verificar no quadro a
seguir:
b) A metodologia adotada;
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e) A descrição dos fatos constatados e as evidências
encontradas;
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A Auditoria Externa, também conhecida como Auditoria
Independente, tem como objetivo gerar maior confiança aos
usuários das informações contábeis-financeiras ao emitir uma
opinião baseada em princípios contábeis e técnicas de
observação sólidas. Lins (2014, p. 10) apresenta as
características gerais da Auditoria Externa, vejamos:
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Figura 6: Área de atuação do Auditor Independente.
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(b) exigências éticas relevantes;
(c) aceitação e continuidade de relacionamento com
clientes e para trabalhos específicos;
(d) recursos humanos;
(e) execução do trabalho; e
(f) monitoramento.
A Instrução Normativa CVM 308/99 também normatiza o
aspecto da qualidade, destacando em seu Artigo 33, que os
Auditores Independentes deverão, a cada ciclo de quatro
anos, submeter-se à revisão do seu controle de qualidade,
segundo as diretrizes emanadas do Conselho Federal de
Contabilidade - CFC, que será realizada por outro Auditor
Independente, também registrado na Comissão de Valores
Mobiliários.
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Figura 7: Diagrama das partes envolvida nos trabalhos de
asseguração
Fonte: NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL
Assim, temos a seguinte interrelação entres as partes:
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(e) os usuários previstos tomam decisões com base na
informação do objeto. Os usuários previstos são indivíduos,
organizações ou grupo de indivíduos e organizações que o
auditor espera que utilizem o relatório de asseguração.
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Quadro 10: Diferenças entre a Auditoria Interna e a Externa
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O sistema de controle interno é
O sistema de controle interno é
base para a definição do
permanentemente avaliado,
escopo da auditoria,
possibilitando assim a revisão
possibilitando a avaliação da
e aperfeiçoamento das rotinas
necessidade de um maior ou
da empresa.
menor aprofundamento.
O acompanhamento posterior
Possibilita maior
à auditoria somente é possível
acompanhamento posterior à
quando da realização de nova
auditoria, evidenciando se as
auditoria, revisando os pontos
áreas/processos foram
falhos que foram detectados
corrigidas.
anteriormente.
O produto final da auditoria é a
emissão de um parecer sobre
O produto final da Auditoria
as demonstrações financeiras,
Interna é um relatório
acompanhado de um relatório
detalhado com as observações
com as observações e
e sugestões de melhorias com
sugestões de melhorias,
maior grau de detalhamento.
todavia normalmente com
menor grau de detalhamento.
Envolvendo auditoria sobre
demonstrações financeiras há
Há a necessidade de afiliação
a necessidade de afiliação ao
ao CRC e ao Ibracon.
CRC, sendo desejável a
afiliação junto ao Audibra.
Fonte: Cordeiro (2012, p. 26)
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Na próxima unidade, abordaremos a necessidade de se
manter um controle de qualidade rígido para os trabalhos de
auditoria. Até lá!
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Ao longo das unidades anteriores, o tema “Qualidade” foi
tocado várias vezes, por ser um aspecto relevante para o
sucesso do trabalho do auditor e para que as partes
interessadas tenham garantias dos resultados alcançados
pela auditoria. Esses resultados são a base para a tomada de
várias decisões estratégicas que podem afetar os rumos da
empresa.
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Esta norma disciplina a atividade
de “Revisão pelos Pares”, que
Revisão
se constitui em processo de
Externa da
NBC PA 11 acompanhamento do controle de
Qualidade
qualidade dos trabalhos
pelos Pares
realizados pelos Auditores
Independentes.
Esta Norma trata das
responsabilidades específicas
do auditor em relação aos
Controle de
procedimentos de controle de
Qualidade da
qualidade da auditoria de
NBC TA 220 Auditoria de
demonstrações contábeis. Esta
Demonstrações
Norma trata também, quando
Contábeis
aplicável, das responsabilidades
do revisor do controle de
qualidade do trabalho.
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A cadeia de responsabilidades de uma equipe de auditoria é
apresentada na figura abaixo:
(f) Monitoramento.
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No que tange às responsabilidades da liderança pela qualidade
na firma, o que se requer é o desenvolvimento de uma
cultura da qualidade, onde os diretores assumam a
responsabilidade final pelo sistema de controle de qualidade
da firma. O objetivo é que qualquer pessoa que for delegada
para assumir a responsabilidade pelo sistema de controle de
qualidade tenha experiência e capacidade suficiente e
apropriada, além de autoridade necessária para assumi-la.
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firma e o sócio encarregado do trabalho emitem relatórios de
auditoria ou outros relatórios apropriados nas circunstâncias.
Além disso, deve garantir que o trabalho dos membros menos
experientes da equipe seja revisado por membros da equipe
mais experientes.
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A Revisão pelos Pares, que garante a qualidade, é o exame
realizado por Auditor Independente nos trabalhos de auditoria
executados por outro Auditor Independente, visando verificar se:
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(b) em decorrência de problemas específicos relatados
pelo Revisor na última revisão, o Comitê revisor pode
decidir por determinar períodos menores para a revisão
nos trabalhos do Revisado;
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ROTINAS DO TRABALHO DE AUDITORIA
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Comunicação da Auditoria e a Governança da
15
organização
16 Amostragem em auditoria
17 Análise geral e matriz de risco
18 Evidência de Auditoria
19 Auditoria e partes relacionadas
20 Eventos Subsequentes
21 A auditoria e a continuidade operacional da empresa
22 Relatório de Auditoria - Parte I
23 Relatório de Auditoria - Parte II
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Planejar é um aspecto essencial de qualquer trabalho a ser
realizado. No caso da auditoria, o Planejamento é uma fase
obrigatória, sem a qual é impossível a realização de um
trabalho sério, ordenado e suficientemente eficaz no que tange
aos seus objetivos. Na figura abaixo, percebe-se a relevância
do planejamento enquanto fase crucial do processo de
auditoria, vejamos:
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A NBC T 11 - IT – 07, que trata do Planejamento da Auditoria,
destaca como principais objetivos:
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De acordo com Perez Junior (2012) e Lins (2014), a fase de
Planejamento deve contemplar as seguintes etapas:
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No que se refere às considerações gerais sobre a empresa, o
que se busca é compreender o modelo de gestão que a
empresa se utiliza, suas rotinas, sua estrutura hierárquica,
tecnologias de informação utilizados no processo de
gerenciamento das informações contábeis- financeiras,
processos de trabalho e planejamento de operações,
sistemas de gestão orçamentária, de controle interno, além da
análise das normatizações específicas, dependendo do ramo de
atuação, e dos sistemas de compliance. Aqui, é fundamental o
exame de auditores anteriores (se existentes), e outras fontes
de informações que revelam a complexidade do trabalho.
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Por fim, deve-se planejar o escopo de todo o trabalho, os
pontos de atenção, o lapso temporal enfocado e organizar a
equipe e todo o material do trabalho. Essa etapa do
planejamento pode ser visualizada na figura a seguir:
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Em suma, o conteúdo completo de um Planejamento de
Auditoria não deve prescindir das seguintes informações:
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f) Informação sobre a oportunidade temporal para a
realização do trabalho (período mais conveniente);
Até lá!
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No processo de auditoria contábil, existe o risco de o auditor
emitir uma opinião inadequada acerca da realidade da
empresa, ou mesmo incorreta. Isso vai depender de alguns
fatores ligados aos números apresentados, suas formas de
registro, ou mesmo dos procedimentos de auditoria planejados.
A NBC TA 315 trata da responsabilidade do auditor na
identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante nas
demonstrações contábeis por meio do entendimento da
entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da
entidade. O objetivo dessa identificação é permitir a criação de
uma base sólida para o planejamento e a implementação das
respostas aos riscos identificados de distorção relevante.
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• A ocorrência de não conformidade com leis e
regulamentos (Ver NBC TA 250 – Consideração de Leis e
Regulamentos na Auditoria de Demonstrações Contábeis,
para discussão adicional); e
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emitir uma opinião tecnicamente inadequada ou mesmo
incorreta sobre as demonstrações contábeis.
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Nesse caso, os trabalhos de auditoria já serão suficientemente
preparados para lidar com essa situação, assim naturalmente
será reduzido o risco de detecção (LUNKES, 2010).
• Procedimentos analíticos; e
• Observação e inspeção;
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com as normas de auditoria. Portanto, a descoberta posterior
de uma distorção relevante das demonstrações contábeis,
resultante de fraude ou erro, não indica por si só, uma falha na
condução de uma auditoria em conformidade com as normas
de auditoria. Contudo, os limites inerentes de uma auditoria
não são justificativas para que o auditor se satisfaça com
evidências de auditoria, mesmo que persuasivas. Se o auditor
executou ou não uma auditoria em conformidade com as
normas de auditoria é determinado pelos procedimentos de
auditoria executados nas circunstâncias, pela suficiência e
adequação das evidências de auditoria obtidas como resultado
desses procedimentos e pela adequação do relatório do
auditor com base na avaliação dessas evidências,
considerando os objetivos gerais do auditor.
Para reforçar o que foi dito até aqui, vale discutir um pouco a
NBC TA 330, que trata da responsabilidade do auditor ao
planejar e implementar respostas aos riscos de distorção
relevante, identificados e avaliados. Aqui, cabe lançarmos mão
de alguns termos importantes que serão retomados em
unidades futuras. O Primeiro deles é o de Procedimento
substantivo. Conforme a norma citada, Procedimento
substantivo é o procedimento de auditoria planejado para
detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os
procedimentos substantivos incluem: a) testes de detalhes (de
classes de transações, de saldos de contas e de
divulgações); e b) procedimentos analíticos substantivos. O
outro é o de Teste de Controle, que é o procedimento de
auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções
relevantes no nível de afirmações.
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Assim, conforme orienta a norma, o auditor deve planejar e
realizar testes de controle para obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente quanto à efetividade operacional dos
controles relevantes se:
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Ao longo desse curso, temos visto que as normas de auditoria
são claras acerca da necessidade de o auditor avaliar os
mecanismos de controle interno. Inclusive, ao estudar a
Unidade 11, vimos a necessidade de o auditor enfocar o
controle interno como parte importante do planejamento da
auditoria. Já na Unidade 12, que versou sobre os riscos de
auditoria, aprendemos que parte dos riscos somente podem ser
mensurados a partir do exame minucioso dos mecanismos de
controle internos.
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data e extensão dos procedimentos de
auditoria; emitir relatório-comentário dando
sugestões para o aprimoramento do sistema
de controle interno da empresa.”
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Vejamos que os trabalhos começam com o levantamento do
ambiente de controle onde se faz o mapeamento de toda a
organização, evidencia-se como ela se organiza
hierarquicamente, estrutura a validação dos processos
decisórios, e chega às especificações de transações por
produto/serviço.
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Ao longo do processo de avaliação, é fundamental que os
auditores tenham a clareza acerca das responsabilidades e
atribuições de cada funcionário/área/setor da empresa.
Somente dessa forma será possível identificar os autores de
erros, omissões ou mesmo de fraudes na realização das
transações da empresa.
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As informações obtidas ao longo do processo de avaliação
são registradas pelo Auditor Externo por meio das seguintes
formas: Memorandos narrativos; Questionários padronizados; e
Fluxogramas.
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Requisitos
7. O auditor deve determinar se, com base no trabalho de auditoria executado,
ele identificou uma ou mais deficiências de controle interno (ver itens A1 a
A4).
8. Se o auditor identificou uma ou mais deficiências de controle interno, o
auditor deve determinar, com base no trabalho de auditoria executado, se
elas constituem, individualmente ou em conjunto, deficiência significativa
(ver itens A5 a A11).
9. O auditor deve comunicar tempestivamente por escrito as deficiências
significativas de controle interno identificadas durante a auditoria aos
responsáveis pela governança (ver itens A12 a A18 e A27).
10. O auditor também deve comunicar tempestivamente à administração no
nível apropriado de responsabilidade (ver itens A19 e A27):
(a) por escrito, as deficiências significativas de controle interno que o
auditor comunicou ou pretende comunicar aos responsáveis pela
governança, a menos que não seja apropriado nas circunstâncias
comunicar diretamente à administração (ver itens A14, A20 e A21); e
(b) outras deficiências de controle interno identificadas durante a
auditoria que não foram comunicadas à administração ou a outras
partes e que, no julgamento profissional do auditor, são de
importância suficiente para merecer a atenção da administração (ver
itens A22 a A26).
11. O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências
significativas de controle interno:
(a) descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos (ver
item A28); e
(b) informações suficientes para permitir que os responsáveis pela
governança e a administração entendam o contexto da comunicação.
O auditor deve especificamente explicar que (ver itens A29 e A30):
(i) o objetivo da auditoria era o de expressar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis;
(ii) a auditoria incluiu a consideração do controle interno relevante
para a elaboração das demonstrações contábeis com a
finalidade de planejar procedimentos de auditoria que são
apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar
uma opinião sobre a eficácia do controle interno; e
(iii) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o
auditor identificou durante a auditoria e concluiu serem de
importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela
governança.
Até a próxima!
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Quando o trabalho de avaliação e análise de auditoria
começa, inclusive na fase de avaliação dos riscos, um
conjunto de documentos começa a ser coletado e produzido
pela equipe de trabalho. Isso porque o auditor tem a obrigação
(conforme NBC T11 – IT – 02) de documentar todos os detalhes
que serão considerados evidências que sustentarão as suas
opiniões. Além disso, essas evidências devem ser suficientes
para mostrar que todo o trabalho foi realizado de acordo
com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações
Contábeis.
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A figura abaixo revela o papel desempenhado pelos papéis de
trabalho, vejamos:
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(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos
de auditoria executados para cumprir com as normas
de auditoria e exigências legais e regulamentares;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria
executados e a evidência de auditoria obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a
auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e os
julgamentos profissionais significativos exercidos para
chegar a essas conclusões.
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Utilizando-se de uma linguagem mais técnica, a NBC T 230
(R1) destaca que a documentação de auditoria serve para
várias finalidades adicionais, que incluem:
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Os papéis de trabalho devem passar por revisão de forma a
garantir que o serviço foi executado de acordo com as
normas de auditoria geralmente aceitas, conforme já
destacado. Essa revisão ocorre em três fases, a primeira
pelo sênior, de forma mais detalhada; a segunda pelo
gerente; e a terceira pelo sócio, de forma mais resumida.
Até a próxima!
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Uma boa leitura para conhecer modelos e
exemplos de aplicação de papéis de
trabalho é o capítulo “Papéis de Trabalho:
conceito, objetivo e elaboração” do livro
Auditoria e Governança Corporativa, de
Cláudio Marcelo Rodrigues Cordeiro, editado
pela IESDE Brasil S.A. Além disso, não
deixe de ler as normas pertinentes destacadas
ao longo da Unidade 14.
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A comunicação é um processo fundamental para o
desenvolvimento de qualquer trabalho. Especialmente na
auditoria, é importante que o nível de comunicação seja
eficaz no sentido de buscar e levar as informações
necessárias para a efetivação do trabalho.
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Nesse processo de comunicação, o auditor busca os
seguintes objetivos, conforme a figura a seguir:
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administração ou órgão equivalente. É importante destacar que
existem diversos atores com diversas funções administrativas
e/ou de governança. É comum, em pequenas empresas, que
muitos responsáveis pela governança tenham também funções
administrativas. O fato é que o auditor deve ter a garantir de
que os responsáveis pela governança estão sendo comunicados.
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Em relação ao Processo de Comunicação, o auditor deve
comunicar aos responsáveis pela governança, a forma,
época e o conteúdo geral previsto das comunicações. A
forma de comunicação pode ser escrita ou verbal e dependerá
do julgamento do auditor acerca da forma adequada. Mas a
declaração de independência deve ser obrigatoriamente por
escrito. Em relação à época das comunicações, o que se
espera é uma comunicação tempestiva. Por fim, no que tange a
adequação, a norma destaca que o auditor deve avaliar se a
comunicação recíproca entre o auditor e os responsáveis pela
governança foi adequada para fins da auditoria. Em caso
negativo, o auditor deve considerar tal aspecto em sua
avaliação de riscos e na sua capacidade de obter evidência
de auditoria apropriada e suficiente, tomando as medidas
apropriadas.
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Sendo considerada inadequada a comunicação, e caso não se
chegue a uma solução para o imbróglio, a norma estabelece as
seguintes ações que podem ser adotadas pela auditoria:
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É importante destacar que em caso de comunicação verbal é
necessário que o auditor elabore papéis de trabalho que
registrem quando e para quem foi feita a comunicação. Ela
pode incluir também cópias de atas onde se registram as
falas. Em caso de comunicação por escrito, o auditor manterá
em sua carga cópias dos documentos, os quais também
constarão em seus papéis de trabalho.
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O tema amostragem já é conhecido dos estudantes. Quando
trabalhamos com estatísticas, vimos que uma das grandes
dificuldades de se fazer alguma pesquisa é o enorme volume de
dados e documentos aos quais se tem acesso, o que pode
inviabilizar materialmente e temporalmente um trabalho. Por
essa razão, as ciências estatísticas desenvolveram os métodos
de amostragem, ou seja, um conjunto de técnicas que apoia o
pesquisador na determinação do volume necessário de
coleta de dados que sejam representativos de um universo
(ou de uma população).
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Para orientar o auditor na determinação e nos procedimentos
de amostragem em auditoria, o CFC aprovou no final do ano de
2009 a NBC TA 530, a qual passamos a estudar agora. Vale
lembrar, desde já, que a decisão de se utilizar ou não
procedimentos de amostragem está a cargo do auditor, que
pode utilizá-la para seleção de documentos, execução de
testes de controle ou de detalhes e na avaliação de resultados.
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conclusões equivocadas, afetando tanto a eficácia quanto a
eficiência da auditoria, conforme figura a seguir.
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Existem alguns casos em que não é aconselhável o uso de
amostragem, entre eles podemos citar: a) Auditorias em que o
tamanho da população é muito pequeno, e isso levaria a uma
amostragem muito grande; b) Quando se é possível mensurar
facilmente as características da população, mesmo que ela
seja grande; e c) quando se busca a precisão de informações,
momento em que é aconselhável a realização do censo.
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Em relação à projeção de distorções, é importante ter em
mente que para os testes de detalhes, o auditor deve projetar,
para a população, as distorções encontradas na amostra a
fim de ter uma noção mais clara acerca da efetividade da
distorção. Todavia, essa projeção pode não ser suficiente para
determinar o valor a ser registrado. Quando a distorção tiver
sido estabelecida como uma anomalia, ela pode ser excluída
da projeção das distorções para a população.
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Assim, fechamos mais uma unidade. Não deixe de fazer os
exercícios e praticar o que foi discutido até aqui. Nos vemos
na próxima unidade. Até lá!
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Ao longo da Unidade 12 estudamos os conceitos fundamentais
relacionados aos riscos em auditoria. Vimos que é
fundamental ele se utilizar de técnicas e procedimentos
adequados a fim de se resguardar de emitir uma opinião
equivocada acerca da realidade da organização.
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As Normas Brasileiras de Auditoria não tratam da elaboração
de Matrizes de Riscos para o trabalho do Auditor. Todavia, tem
sido cada vez mais comum o uso dessa metodologia, pois
organiza o trabalho e fornece uma clara visão sobre os
elementos materiais que afetam o julgamento do auditor.
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A seguir apresentamos o modelo de Matriz de Riscos
apresentado pelo CGU e que é perfeitamente adaptável a qualquer
tipo de processo de auditoria.
MAPA DE RISCOS E CONTROLES
Risco Avaliação Preliminar dos Controle e do Risco Risco Conclusão Questão de
Objetivo-Chave Risco-Chave Impacto Probabilidade Inerente (RI) de Controle (RC) Residual Tipo de Teste do Auditor Auditoria
Controle não existe, não Realizar testes apenas se
funciona ou não está o auditor julgar
Objetivo 1 Risco 1 2 1 2 Baixo Inexistente implementado. 1 2 Baixo necessário.
Controle institucionalizado
e embora passível de
aperfeiçoamento, é
sustentado por ferramentas
adequadas e mitiga o risco
Objetivo 2 Risco 2 2 5 10 Médio Satisfatório razoavelmente. 0,4 4 Baixo + Testes de controle
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Escala de Impacto (eixo y do Risco Inerente)
Magnitude Descrição Impacto
Degradação de operações ou
atividades de processos, projetos
ou programas da organização,
porém causando impactos mínimos
nos objetivos de prazo, custo,
Muito baixo qualidade, escopo, imagem ou 1
relacionados ao atendimento de
metas, padrões ou à capacidade de
entrega de produtos/serviços às
partes interessadas (clientes
internos/externos, beneficiários).
Degradação de operações ou
atividades de processos, projetos
Baixo ou programas da organização, 2
causando impactos pequenos nos
objetivos.
Interrupção de operações ou
atividades de processos, projetos
Médio ou programas, causando impactos 5
significativos nos objetivos, porém
recuperáveis.
Interrupção de operações ou
atividades de processos, projetos
Alto ou programas da organização, 8
causando impactos de reversão
muito difícil nos objetivos.
Paralisação de operações ou
atividades de processos, projetos
Muito alto ou programas da organização, 10
causando impactos irreversíveis/
catastróficos nos objetivos.
Fonte: Brasil. Tribunal de Contas da União. Roteiro de
Auditoria de Gestão de Riscos. Brasília: TCU, Secretaria de
Métodos e Suporte ao Controle Externo, 2017. (adaptada)
www.esab.edu.br 121
Após ponderar os impactos de cada risco, deve-se analisar a
probabilidade de ocorrência do risco com base nos critérios de
probabilidade, conforme quadro abaixo.
Escala de Probabilidade (eixo X do Risco Inerente)
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Incialmente avalia-se a eficácia dos controles desenhados
para o respectivo risco, em seguida descreve-se a avaliação do
controle e, por fim, pondera-se o risco de que um erro ou
classificação indevida de materiais, que possam constar de
uma afirmação, não sejam evitados ou detectados
tempestivamente pelos controles internos da entidade.
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Figura 9: Mapa de Riscos
Fonte: Brasil. Tribunal de Contas da União. Roteiro de
Auditoria de Gestão de Riscos. Brasília: TCU, Secretaria de
Métodos e Suporte ao Controle Externo, 2017. (adaptada)
Duas áreas do mapa são curiosas. A primeira delas é a
caracterizada como “Cisne Negro”. Trata-se de resultados que
representam riscos com baixa probabilidade de ocorrências,
mas que possuem alto impacto caso ocorram, portanto,
merecem atenção. A segunda área é conhecida como
“Comedor de Recursos”, pois existe alta probabilidade de
ocorrências, mas seu impacto é baixo. Vejam que mesmo
sendo de baixo impacto, não podem ser negligenciadas.
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Assim, chegamos ao fim dessa unidade. Até a próxima!
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Na Unidade 14 estudamos os papéis de auditoria, onde foi
possível conhecer um pouco mais sobre a operacionalização
da organização e construção de toda a documentação do
trabalho de auditoria por meio das evidências encontradas.
www.esab.edu.br 126
A NBC 500 (R1) define o que constitui evidência de auditoria
na Auditoria de Demonstrações Contábeis e trata da
responsabilidade do auditor na definição e execução de
procedimentos de auditoria para a obtenção de evidência de
auditoria apropriada e suficiente que permita a obtenção de
conclusões razoáveis para fundamentar a opinião do auditor.
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• Dados históricos de crédito;
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Assim, em caso de contratação desses especialistas, o auditor
deve, necessariamente, conforme item 8 da NBC TA 500 (R1):
www.esab.edu.br 129
São as seguintes possibilidades de tipos de confirmações
externas, vejamos:
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Por fim, cabe chamarmos a atenção para alguns itens
selecionados de evidências tratados pela NBC TA 501, são
eles: (a) existência e condições do estoque; (b) totalidade dos
litígios e reclamações envolvendo a entidade; e (c)
apresentação e divulgação de informações por segmentos em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
www.esab.edu.br 131
As empresas que fazem parte de um grupo podem, em muitos
casos, relacionar-se de diversas maneiras: compartilhando
clientes, fornecedores, capitais, infraestrutura, entre outras
possibilidades. Do ponto de vista contábil, conforme
estabelece a NBC TSP 20, que trata da divulgação sobre
Partes Relacionadas, temos que:
[...]são consideradas relacionadas se uma
parte tiver o poder de controlar a outra
parte ou exercer influência significativa
sobre a outra parte nas decisões financeiras e
operacionais, ou se a entidade considerada
parte relacionada e outra entidade estão
sujeitas ao controle comum.
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É comum, em grandes empresas, encontrarmos políticas
específicas para transações com Partes Relacionadas e
Conflito de interesses. Essas políticas têm como objetivo
apresentar aos sócios/acionistas maior transparência sobre as
ações da empresa, buscando evitar movimentos que possam
comprometer o patrimônio global em benefício dos interesses de
poucos. O Pronunciamento Técnico CPC nº 05 define
transações com partes relacionadas como sendo aquela
em que há “transferência de recursos, serviços ou obrigações
entre partes relacionadas independentemente de haver ou não
um valor alocado à transação”.
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1
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É interessante destacar que o conhecimento adequado sobre as
partes relacionadas já deve estar presente na fase de
Planejamento do Trabalho de Auditoria, sobretudo porque
comporá a avaliação de riscos, inclusive o de fraudes. Existe
uma premissa de que as fraudes podem ocorrer mais facilmente
em transações com partes relacionadas, isso porque se
conhece todos os caminhos e fragilidades dos controles
internos.
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Na figura abaixo, apresenta-se um conjunto de documentos de
auditoria que podem ser a chave para indicações da
existência de relacionamentos ou transações com partes
relacionadas que a administração não tenha anteriormente
identificado ou divulgado para o auditor.
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Chegamos ao final de mais uma unidade! Esperamos que você
tenha compreendido o conceito de partes relacionadas, as
transações existentes e a relevância de o auditor conhecer
todas as estruturas do relacionamento.
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Antes de iniciar essa discussão, vale à pena relembrarmos o
conceito de evento subsequente, conforme nos apresenta a
NBC TSP 14: “Evento subsequente é aquele evento, favorável
ou desfavorável, que ocorre entre a data das demonstrações
contábeis e a data na qual é autorizada a emissão dessas
demonstrações”. Dois tipos de eventos podem ser identificados:
www.esab.edu.br 138
quais o auditor tornou-se ciente e que ocorreram até a data da
publicação do relatório.
www.esab.edu.br 139
Assim, entre a data das demonstrações contábeis, a data da
emissão da opinião do auditor e a data da publicação das
demonstrações contábeis podem ocorrer diversos eventos.
Considerando essas colocações e o contexto dos eventos
subsequentes, a NBC TA 560 traz os seguintes objetivos
para o auditor, conforme ilustrado na figura a seguir:
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O auditor deve solicitar uma representação formal (ver NBC TA
580) dos administradores (e se apropriado, à governança
também) de que todos os eventos subsequentes à data das
demonstrações contábeis e que, segundo a estrutura de
relatório financeiro aplicável, requerem ajuste ou divulgação,
foram ajustados ou divulgados.
b) Fatos que chegaram ao conhecimento do Auditor
Independente após a data do seu relatório, mas antes
da data de divulgação das demonstrações contábeis
Nesse caso, não há responsabilidade para o Auditor no que
tange à execução de novos procedimentos de auditoria.
Todavia, se após a data do seu relatório, mas antes da
data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor
tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu
conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o
auditor a alterar seu relatório, ele deve, segundo a NBC TA
560 (R1), seguir o seguinte fluxo:
www.esab.edu.br 141
Vale destacar que não havendo requerimento legal para
reapresentação das Demonstrações, mas caso os
administradores não façam as alterações dos fatos que
chegaram ao conhecimento do auditor, é dever dele: ou
modificar o relatório de auditoria ainda não entregue ou
notificar a administração em caso de relatórios já entregues
sobre a necessidade de se realizarem as alterações necessárias
antes da divulgação das demonstrações contábeis.
c) Fatos que chegaram ao conhecimento do Auditor
Independente após a divulgação das demonstrações
contábeis
Nesse caso, o auditor também não tem obrigação de
executar nenhum procedimento de auditoria em relação às
demonstrações contábeis. Todavia, caso tome conhecimento
dos fatos e caso elas sejam relevantes a ponto de oportunizar a
alteração do relatório de auditoria, ele deve seguir o mesmo
fluxo já apontado no item b acima.
www.esab.edu.br 142
alteração das demonstrações contábeis emitidas
anteriormente, e do relatório anterior fornecido pelo Auditor
Independente.
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Um evento adverso (acidente, desastre, sabotagem, desvios de
recursos, etc.) que pode ocorrer, naturalmente, de forma
inesperada tende a comprometer as operações da empresa
gerando uma série de fatores negativos. Isso tende a levar ao
comprometimento das receitas devido à interrupção da
produção e/ou oferta de serviços. Nesse contexto, faz muito
sentido pensar em um Plano de Continuidade Operacional.
www.esab.edu.br 144
Assim, conforme destacado na NBC TA 570: “Quando o uso da
base contábil de continuidade operacional é apropriado,
ativos e passivos são registrados considerando que a entidade
será capaz de realizar seus ativos e liquidar seus passivos no
curso normal dos negócios.”
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A NBC TA 570 lembra que a administração tem a obrigação de
julgar adequadamente os resultados futuros considerando os
seguintes parâmetros:
www.esab.edu.br 146
Ao longo do processo de auditoria, é requerido do auditor, no
que tange à continuidade operacional, proceder um
conjunto de tarefas a fim de garantir a acurácia das
informações. Na figura abaixo, essas tarefas são destacadas:
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(a) no caso em que a administração ainda não realizou a avaliação da
capacidade de continuidade operacional da entidade, solicitar que a
administração faça essa avaliação;
www.esab.edu.br 149
Como já apresentado em outras unidades, as normas que
regem o trabalho do auditor são cristalinas em destacar que os
objetivos desse profissional são: a) formar uma opinião
sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das
conclusões alcançadas pela evidência de auditoria obtida; e b)
expressar claramente essa opinião por meio de relatório por
escrito.
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Auditoria. A opinião do auditor, expressa no relatório, deve ser
capaz de assegurar a propriedade das demonstrações
contábeis (DC’s); destacando que elas representam
adequadamente a posição patrimonial e financeira; e que o
resultado das operações e as origens e aplicações de
recursos correspondentes ao período em exame, estão de
acordo com os princípios de contabilidade.
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Para tanto, é necessário que ele tenha clareza de que a
conclusão foi obtida a partir de evidência de auditoria
apropriada e suficiente, e que não sofreu distorção
relevante não corrigida. Assim, será elaborado um relatório
único para cada auditoria e deverá conter os resultados dos
exames efetuados, dependendo da forma ou tipo de auditoria
(Interna ou Independente)
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Já nas Auditorias Independentes, tem-se o relatório na forma
curta, que antes da NBC TA 700, formação da opinião e
emissão do relatório do Auditor Independente sobre
Demonstrações Contábeis, era chamado de Parecer de
Auditoria.
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Como já indicado, o relatório na forma longa, emitido pela
Auditoria Independente, é normatizado pela NBC TA 700. Vale
ressaltar que o relatório somente pode ser emitido pelo
Auditor Independente, ou seja, pessoa que não está ligada à
empresa auditada.
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Ao final da unidade anterior, vimos que para o caso de relatório
de auditoria referente à empresas que possuem negociação em
bolsa de valores, sua publicação em jornal de grande
circulação é obrigatória. Vejamos abaixo um exemplo desse
tipo de publicação:
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• Balanço Patrimonial;
• Notas Explicativas.
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CARACTERÍSTICA DETALHAMENTO
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• Principais assuntos de auditoria: o auditor
independente deve comunicar os principais assuntos de
auditoria no seu relatório de acordo com a NBC TA 701;
• Assinatura do auditor
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Opinião não modificada ou sem modificações (parecer
sem ressalva ou parecer limpo): é a opinião expressa pelo
auditor quando ele conclui que as demonstrações contábeis
são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
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(b) não consegue obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente para concluir que as demonstrações contábeis,
como um todo, não apresentam distorções relevantes.
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TÓPICOS EM AUDITORIA
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Ao longo das Unidades 22 e 23, tratamos da organização do
relatório de auditoria, momento e espaço em que os auditores
consolidam e expressam sua opinião acerca das
demonstrações financeiras. Vimos, portanto, que as formas de
opinião do auditor podem ser as seguintes.
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A NBC TA 705, que dispõe sobre modificações na opinião do
Auditor Independente, destaca claramente que a decisão sobre
qual tipo de opinião depende de dois fatores, a saber:
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Vale à pena lembrar, conforme o que determina a NBC TA
450, que as distorções são relevantes quando os desvios em
relação aos requerimentos de estrutura de relatório financeiro
aplicável são relevantes, considerando o valor, a classificação, a
apresentação ou a divulgação de item informado nas
demonstrações contábeis. Assim, os desvios podem ocorrer em
relação à:
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• Especificar que, devido à relevância dos assuntos
descritos na seção “Base para abstenção de opinião”, o
auditor não conseguiu obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião de
auditoria sobre as demonstrações contábeis; e
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• o auditor comunique aos responsáveis pela governança as
modificações pretendidas e as razões (ou circunstâncias)
para as modificações;
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O exemplo da Caixa revela bem a condução do trabalho de
auditoria em consonância com as Normas Brasileiras de
Contabilidade.
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A Auditoria Contábil possui uma finalidade específica, a qual foi
devidamente apresentada nas primeiras unidades de nosso
curso, onde vimos que seu objetivo é a emissão de parecer
sobre a adequação das demonstrações contábeis, utilizando-se
de procedimentos técnicos normatizados.
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informações quando elas estão apresentadas de maneira
incorreta ou são, de outra forma, enganosas (inclusive
porque omitem ou ocultam informações necessárias para o
entendimento adequado de questão divulgada nas outras
informações)”.
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comparação de valores, além de checar se as informações são
consistentes com os conhecimentos que adquiriu ao longo do
processo. Assim, o que está no foco do trabalho são as
possíveis distorções relevantes.
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Percebemos, então, que ao concluir que existe distorção
relevante, é papel do auditor solicitar correções e comunicar à
governança. Caso as correções sejam solicitadas antes da
publicação do relatório de auditoria e não forem efetuadas, o
auditor possui duas possibilidades de ação: I) considerar as
implicações no seu relatório e comunicar aos responsáveis
pela governança sobre como planeja endereçar essa distorção
relevante em seu relatório; ou II) se retirar do trabalho, quando
permitido por lei ou regulamento aplicável.
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O exemplo do relatório da KPMG traz as responsabilidades do
auditor e mostra que no caso específico, após leitura do
relatório da administração, não há nada o que se relatar.
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Assim, finalizamos mais uma unidade de aprendizado.
Até a próxima!
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O Balanço Patrimonial faz parte da estrutura obrigatória das
demonstrações contábeis normatizada pelo artigo 176 da Lei
6.404/76. Conforme estudado ao longo do curso de Ciências
Contábeis, o Balanço Patrimonial (BP) tem como objetivo
evidenciar a situação patrimonial e financeira da empresa em
determinado período, representando, assim, a situação
estática da organização.
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ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Passivo não-circulante
Ativo não-circulante Patrimônio Líquido
Realizável a Longo Prazo Capital Social
Investimentos Reservas de Capital
Imobilizado Ajustes de Avaliação Patrimonial
Intangível Reserva de Lucros
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados
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O item de Caixas e Bancos do BP deve passar um por um
volume alto de testes, pois trata-se de uma área sensível,
sujeita a vários descontroles, ou mesmo fraudes. Aqui, vale à
pena relembrar o que estudamos na Unidade 13, que trata de
Auditoria de Controle Interno, onde se apresenta a
necessidade de separação de funções. No caso específico, é
importante que exista separação entre aquele que faz a
Tesouraria e o que faz a Contabilidade. Cordeiro (2012, p.
203), lembra que em relação ao dinheiro movimentado
através do Caixa, o auditor deve ter clareza sobre: a)
adequação de medidas de segurança e proteção; b)
restrição no acesso ao local onde se guardam os fundos; c)
contagem periódica dos fundos em caixa por pessoa
independente das funções de caixa; d) existência de limite de
valor a ser pago pelo caixa; e) existência de sistema de
fundo fixo de caixa; e f) existência de normas claras a
respeito do funcionamento do fundo fixo.
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Cordeiro (2012) também chama a atenção para um conjunto de
cuidados, observações e controles por parte do auditor. No
quadro a seguir, sumarizamos informações para os
Subgrupos de Contas do Ativo, vejamos:
SUBGRUPO DE
CUIDADOS E CONTROLES
CONTA AUDITADO
• Atenção no exame dos saldos da
conta;
• Outras.
• Existência de segregação de funções
registros contábeis e custódia dos
estoques;
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SUBGRUPO DE
CUIDADOS E CONTROLES
CONTA AUDITADO
• Adequação dos comprovantes e
contabilização em relação às
aplicações financeiras;
• Outras.
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SUBGRUPO DE
CUIDADOS E CONTROLES
CONTA AUDITADO
• Existência de documentos idôneos
que geraram a classificação dos
valores;
Intangível
• Controles adequados e comprovantes
de registros dos intangíveis;
• Outras.
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O exemplo acima revela a dimensão da relevância do trabalho
dos Auditores Independentes. No caso específico, eles foram
chamados a emitir uma opinião sobre o valor do Patrimônio
Líquido.
Até breve!
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Ao estudarmos a disciplina que tratou da Estrutura das
Demonstrações Contábeis, o aluno de contabilidade
conheceu as determinações do Pronunciamento Técnico
CPC 26 (R1), o qual estabelece que as companhias devem
apresentar em duas demonstrações todas as mutações do
patrimônio líquido reconhecidas em cada exercício que não
representem transações entre a empresa e seus sócios, entre
elas está a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
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Como vemos, a DRE mostra todas as mudanças ocorridas no
Patrimônio da organização relacionadas às suas atividades
operacionais. Somente essa característica já nos mostra a
relevância e a responsabilidade direcionadas ao trabalho do
auditor.
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O quadro acima fornece uma grande lista de contas que
deverão ser auditadas, as quais estão bem interconectadas.
Lins (2014, p 189), lembra que:
quando auditamos as contas salários a
pagar, provisão para devedores duvidosos
ou empréstimos a pagar, estamos verificando
também uma parte das despesas de salários,
despesas com perdas em vendas e as
despesas com os encargos financeiros no
período.
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subfaturamento de vendas. E como praxe, deverá ser
verificada a existência de segregação de funções,
principalmente na área de vendas, compras e folhas de
pagamento (conforme estudamos nas unidades anteriores.
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PROCEDIMENTO DE AUDITORIA Executado
por:
1. Fazer testes de Receitas e Despesas para apurar
Lançamentos indevidos. Critérios:
1.1 Selecionar contas com lançamento a débito.
1.1.1 Contas com saldos devedores c/ lançamento de
parcelas a crédito.
1.1.2 Contas com saldos credores c/ lançamento de
parcelas a débito.
1.2 Fazer amostragem do item 1.1 e ver se há superavaliação
de somas débito/crédito
1.3 Comprar débitos do 1.2 (custos) com os créditos do
estoque
1.4 Comparar outros lançamentos selecionados em 1.2 com
os registros finais.
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Assim, vemos que ao se estabelecer os procedimentos
adequados, utilizando-se de amostragem, testes de
observância e organização adequada de papéis de trabalho, o
auditor terá a segurança de produzir um relatório que seja
representativo da verdadeira realidade da empresa, cumprindo o
objetivo da auditoria.
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Os tributos são uma realidade para as organizações
empresariais. É uma obrigação das empresas por lhe serem
concedidas a possibilidade de explorar alguma atividade
produtiva e comercial e nela auferirem lucros. Todavia,
todos nós já ouvimos falar que a carga tributária no Brasil é
demasiadamente alta e que o sistema tributário é por demais
complexo.
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que as empresas incorram em altos custos financeiros e
tendem a causar insegurança aos empresários, sobretudo
pela possibilidade de incorrerem em erros e deixarem de
cumprir as obrigações com o fisco.
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Podemos falar então, tanto em Auditoria Fiscal, quanto em
Auditoria Tributária. Trata-se de diferentes aspectos, todavia
complementares, da Gestão Fiscal e Tributária, conforme
podemos verificar na figura abaixo.
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complexidade do sistema tributário brasileiro que dá margem
para condutas que fogem à normalidade e correção. A NBC TA
230 (R1) lembra que os componentes do controle interno são
deficientes como resultado de diversos fatores, entre eles
está o interesse da administração em empregar meios
inadequados para diminuir indevidamente o resultado por
motivações tributárias.
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Há também casos em que o governo solicita Auditoria Fiscal
em alguma empresa quando existem indícios de infrações, ou
seja, busca-se alguma prova material de que a empresa
está descumprindo suas obrigações fiscais. No fragmento da
reportagem abaixo, percebemos como o papel do auditor é
fundamental para coibir fraudes fiscais.
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Ao longo desse curso, nós aprendemos que a Auditoria
Contábil é uma atividade exclusiva do contador, sendo este o
profissional dotado dos conhecimentos técnicos e habilitações
para lidar com o desafio de analisar a conformidade das
demonstrações financeiras apresentadas pelas organizações.
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Lembremos, por exemplo, o caso recente e trágico
envolvendo a empresa Vale, cuja barragem de Brumadinho
se rompeu e acabou matando mais de trezentas pessoas.
Nesse caso, a empresa havia contratado uma empresa de
auditoria para atestar a segurança da barragem. Ou seja,
trata-se de uma auditoria especial com um fim específico. O
fato é que houve um imbróglio envolvendo o relatório de
auditoria, onde a promotoria acusa a empresa Vale de
distorcer informações e utilizar um relatório favorável da
auditoria para solicitar o encerramento de inquérito aberto
pelo Ministério Público para apurar as condições de segurança
da barragem. Esse caso revela o quão relevante é o trabalho
do auditor em qualquer tipo de auditoria.
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A Auditoria de Sistemas está relacionado ao trabalho de auditor
para analisar o funcionamento, a adequação e a conformidade
legal dos sistemas e softwares de gestão utilizados pelas
empresas. Além disso, o auditor tem como função avaliar os
riscos tecnológicos inerentes a essas atividades, já que são
muito os casos de invasões de softwares para roubo de dados
sigilosos de empresas.
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certificados de qualidade, que requerem auditorias
certificadoras, como é o caso da ISO 9.000. Vejamos a
seguinte chamada de reportagem abaixo.
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ou as informações relacionadas a estes estão
em conformidade com os critérios de
auditoria, e para comunicar os resultados
deste processo ao cliente.”
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Assim, chegamos a um profissional que traz as seguintes
características:
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O planejamento é o coração da auditoria, é onde todas as
estratégias são organizadas, já se inicia na fase de avaliação
para a contratação dos serviços. Vejamos as possibilidades:
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Em relação ao risco, vale destacar a regra geral que revela a
existência de uma relação inversa entre o risco de detecção e o
risco de distorção relevante. Assim, quanto maior for o risco de
detecção, menor será o risco de distorção relevante aceito
pelo auditor, e vice-versa. Explica-se essa relação com o
seguinte exemplo: foram encontradas falhas relevantes nos
sistemas de controle da empresa que elevaram muito o
risco da entidade. Assim, os trabalhos de auditoria serão
suficientemente preparados para lidar com essa situação, isso
reduzirá naturalmente o risco de detecção, pois os auditores
delinearão estratégias solidas para lidar com esses riscos.
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Já a fraude, trata-se de um ato completamente intencional,
exercido por alguém com interesses alheios ao da
organização. O responsável pela fraude pode se utilizar dos
seguintes expedientes:
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Lembremos que os papéis de trabalho constituem a
documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este
na execução da auditoria. Eles integram um processo
organizado de registro de evidências da auditoria, por
intermédio de informações em papel, filmes, meios
eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se
destinam. A figura abaixo destaca os objetivos dos papéis de
trabalho:
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Após planejar adequadamente a auditoria, avaliar os
riscos e os controles internos, realizar testes, gerar toda a
documentação, o auditor chegará a uma opinião sobre a
entidade avaliada.
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Accontability: termo que remete à obrigação, à transparência,
de membros de um órgão administrativo ou representativo
de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus
representados. R
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Macroeconômicos: refere-se a dados de emprego, inflação,
taxa de juros e Produto Interno Bruto. R
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ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e
completo. Rio de Janeiro: Atlas, 2010.
BAZI, Samir (org.) Gestão Tributária, ed. Casa das Ideias, ed.
Assistente Marcos Guimarães, 2015.
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CORDEIRO, Cláudio Marcelo Rodrigues. Papéis de
Trabalho: a gênese da atividade diária do auditor. Publicado
em: 2008. Disponível em: <www.crcpr.org.br/publicacoes/
downloads/revista152.pdf>. Acesso em: 29 jan. 2020.
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SÁ, Antônio Lopes de. Curso de Auditoria, Curso de Auditoria,
10ªedição. São Paulo, Atlas, 2002.
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