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Prof.

Arthur Lima
Nome do curso Aula 00

Aula 01 – Noções introdutórias e


estrutura conceitual da auditoria
privada no Brasil

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Auditoria para Auditor Fiscal da RFB Aula 01

Sumário
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................1

AULA 01 ....................................................................................................................................................2

NOÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE A AUDITORIA ......................................................................................3

AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA ............................................................................................................... 4


AUDITORIA PRIVADA X AUDITORIA GOVERNAMENTAL ................................................................................................... 6

NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL ........................................................................................................... 8

PRINCÍPIOS ÉTICOS E NORMAS DE CONTROLE DE QUALIDADE ....................................................................................... 10


DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO ........................................................................................................ 12
Trabalho de atestação x Trabalho direto ......................................................................................................... 14
Trabalho de asseguração razoável x Trabalho de asseguração limitada ........................................................... 16
ABRANGÊNCIA DA ESTRUTURA CONCEITUAL ............................................................................................................. 18
PRECONDIÇÕES PARA TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO .................................................................................................. 19
ELEMENTOS DO TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO .......................................................................................................... 21
Relacionamento entre três partes ................................................................................................................... 21
Objeto ........................................................................................................................................................... 24
Critérios......................................................................................................................................................... 27
Noção geral sobre as evidências de auditoria .................................................................................................. 29
Ceticismo profissional .................................................................................................................................... 30
Julgamento profissional ................................................................................................................................. 31
Evidência suficiente e apropriada.................................................................................................................... 32
Materialidade ................................................................................................................................................ 33
Risco do trabalho ........................................................................................................................................... 34
Natureza, época e extensão dos procedimentos .............................................................................................. 36
Quantidade e qualidade das evidências disponíveis ......................................................................................... 38
Relatório de asseguração ............................................................................................................................... 39
OUTRAS PARTES .................................................................................................................................................. 44
Outras responsabilidades de comunicação ...................................................................................................... 44
Documentação .............................................................................................................................................. 45
Uso inapropriado do nome do auditor independente ........................................................................................ 45

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS .....................................................................................................46

LISTA DE QUESTÕES.............................................................................................................................. 69

GABARITO .............................................................................................................................................. 83

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Aula 01
Seja muito bem-vindo ao curso de Auditoria. Este curso que é destinado tanto aos alunos que estão iniciando
os estudos nesta disciplina, quanto àqueles que já estudaram a matéria.

Inicialmente, eu gostaria de agradecer a confiança depositada no meu trabalho. Tenho absoluta certeza de que
após o curso você estará muito bem-preparado(a) para encarar as questões de auditoria cobradas nas provas
para os cargos da área fiscal e de controle.
Para isso que isso ocorra eu preciso que você faça um rígido controle de desempenho ao longo do curso.
Separe todas as questões que você errar ou tiver mais dificuldade para acertar e refaça todas elas ao fim das
aulas. Bata nestas questões pois indicam quais são seus pontos fracos.

Antes de começarmos a aula, é importante eu destacar para você que é absolutamente normal e esperado que
você tenha dificuldade no início do estudo de auditoria. Em muitos casos, este é o seu primeiro contato com a
disciplina e as dúvidas são recorrentes.
Se este for o seu caso nós podemos nos comunicar através dos canais de comunicação da Direção. Além disso,
fique à vontade para me seguir no Instagram!

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NOÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE A AUDITORIA


Para começarmos o estudo da matéria auditoria, é importante qualificarmos o que seja auditoria.

Existem inúmeras definições para auditoria, mas, nessa obra, utilizaremos a seguinte: “Auditoria é um exame
cuidadoso e sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa / entidade pública, cujo objetivo é
averiguar se elas estão de acordo com as atividades planejadas e/ou estabelecidas previamente e/ou padrões legais
ou normativos, se foram implementadas com eficácia e adequadas à consecução dos objetivos”. Veja que, segundo
tal definição, é forçoso concluir que auditoria consiste na verificação do cumprimento de padrões (critérios)
preestabelecidos.

As auditorias podem ser divisadas em dois grandes grupos, quais sejam: auditoria contábil e auditoria
procedimental (operacional) ou de conformidade.

A auditoria contábil, com o próprio nome já denota, tem por objeto a mensuração da situação econômica,
financeira e patrimonial de uma entidade pública ou privada, por meio de suas demonstrações financeiras. As
auditorias procedimentais ou de conformidade, por outro lado, tem por objetivo verificar se a entidade está
atingindo alguns parâmetros estabelecidos afetos à eficiência, eficácia, probidade da administração etc.
No quadro infra, sintetizamos a classificação exposta nos dois parágrafos anteriores:

AUDITORIA PROCEDIMENTAL
AUDITORIA CONTÁBIL (OPERACIONAL)
OU DE CONFORMIDADE
Técnica contábil, cujo objetivo precípuo
é constatar se as demonstrações Verificação dos procedimentos
contábeis foram elaboradas, em todos adotados pela entidade, de forma a se
os aspectos relevantes, em apurar a eficácia, eficiência e
conformidade com a estrutura de probidade da administração
relatório financeiro aplicável

(CESPE/CEBRASPE – TCE/MG – 2018)


Determinado trabalho de um auditor consiste em examinar as demonstrações contábeis e outros relatórios
financeiros, com o objetivo de expressar sua opinião, materializada em relatório de auditoria, acerca da
adequação desses demonstrativos em relação aos princípios de contabilidade. Nesse caso, o trabalho realizado
pelo auditor denomina-se auditoria:

a) contábil.
b) de regularidade.

c) de cumprimento legal.

d) operacional.

e) patrimonial.

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RESOLUÇÃO:

A auditoria que tem por escopo analisar a higidez de demonstrações financeiras é qualificada como auditoria
contábil. Com isso, correta a alternativa A.

RESPOSTA: A

(FGV – AL/RO – 2018)


Assinale a opção que indica o instrumento a ser adotado, quando se está avaliando a eficácia dos resultados de
uma entidade em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, assim como a economia
e a eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos públicos:

a) Auditoria de conformidade.

b) Auditoria operacional.

c) Auditoria de demonstrações contábeis.

d) Auditoria de sistemas contábeis.


e) Auditoria de obras públicas.
RESOLUÇÃO:

A auditoria que tem por escopo avaliar a eficiência e eficácia de determinada entidade é denominada “auditoria
operacional”.
Com isso, correta a alternativa B.

RESPOSTA: B

Auditoria interna x Auditoria externa


Os estudiosos da auditoria, bem como as normas técnicas e profissionais exaradas em nosso país, classificam
as auditorias em duas modalidades, quais sejam: auditoria interna e auditoria externa (também denominada
de “auditoria independente”).
No quadro infra, sintetizamos as principais diferenças entre ambas as modalidades de auditoria:

AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA

Realizada, em regra, por


Realizada por agentes
funcionários da própria
Quem faz? externos
empresa, com subordinação
(auditores independentes)
direta à Alta Administração
Avaliação de controles
Avaliação das
Escopo operacionais, inclusive
demonstrações financeiras
contábeis

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AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA

Opinar sobre as
Melhorias nos controles
Finalidade demonstrações financeiras
operacionais
(> confiabilidade)

Relatório de Auditoria
Relatório principal Recomendações internas
(antigo parecer)

Menos amplo
Independência Mais amplo
(mera autonomia?)

Interessados Própria empresa Própria empresa + terceiros

Responsabilidades Trabalhista Profissional, cível e criminal

Periodicidade Contínua Periódica ou pontual


Tipo de auditoria Contábil ou operacional Contábil
Sim, apesar de não haver
Só contador? Sim
previsão expressa...
O auditor de preocupa
incidentalmente com a
O auditor se preocupa detecção e prevenção de
Fraude? diretamente com a detecção fraudes, a não ser que haja
e prevenção de fraudes possibilidade de
substancialmente afetar as
demonstrações financeiras

(CESPE/CEBRASPE – CODEVASP – 2021)

Acerca dos conceitos e das características referentes à auditoria contábil, julgue o item subsequente.

Um dos aspectos que distingue a auditoria interna da auditoria externa é o escopo do trabalho: na primeira, ele
é determinado pela gerência; na segunda, pelo conselho de administração.

CERTO ERRADO

RESOLUÇÃO:

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A asserção está errada, pois o escopo da auditoria externa é normalmente definido em lei (como ocorre com as
auditorias sobre as demonstrações contábeis). Ademais, o escopo das auditorias internas é definido pela alta
administração da empresa (e não por seu conselho de administração)

RESPOSTA: Errado

(FCC – TCE / RS – 2014)


Os manuais, de uma maneira geral, definem auditoria como um exame analítico e pericial das operações
contábeis, desde o início até o balanço. Nos termos da NBC TA 200, o objetivo da auditoria é:

a) levantar informações suficientes e adequadas que permitam comparar as metas fixadas com os resultados
alcançados.

b) controlar os procedimentos contábeis para evitar que informações de interesse da instituição auditada sejam
divulgados.

c) aumentar o grau de confiança das demonstrações contábeis por parte dos usuários.

d) estabelecer metodologia para ação integrada de todos os setores da instituição auditada.

e) apurar e consolidar irregularidades contábeis em relatório para subsidiar eventual investigação de ilícitos
administrativos e penais.
RESOLUÇÃO:

Conforme visto no quadro supra, o objetivo da auditoria independente (externa) de demonstrações financeiras
é aumentar a confiabilidade de tais demonstrações por parte de seus usuários.
Logo, apenas a alternativa C veiculada afirmação correta.

RESPOSTA: C

Além das sociedades anônimas de capital aberto, atualmente tem o dever de contratar auditorias externas (ou
seja, auditores independentes) as seguintes instituições:

• Sociedades de grande porte (ativo total superior a R$ 240M ou receita bruta anual superior a R$ 300M);
• Instituições financeiras;
• Entidades de previdência privada;
• Seguradoras;
• Fundações públicas ou privadas consideradas de interesse público;
• Empresas subordinadas a agências reguladoras.

Auditoria privada x Auditoria governamental


As auditorias ainda podem ser classificas em “auditorias privadas” e “auditorias governamentais”. O critério
diferenciador entre ambas as modalidades de auditoria reside em quem realiza a auditoria. Caso a auditoria
seja realizada por servidores públicos, ela será qualificada como auditoria governamental; do contrário, será
enquadrada como auditoria privada.

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Os auditores privados necessariamente dever ser formados em ciências contábeis (há uma certa polêmica se
os auditores privados internos necessitam de tal formação; contudo, como as demonstrações financeiras
podem ser objeto da auditoria interna, atualmente se entende adequado que os auditores internos possuam
formação contábil).

No quadro infra, relembramos as características que diferenciam a auditoria privada das auditorias
governamentais que, frise-se, podem tanto ser qualificadas como internas quanto externas:

AUDITORIA PRIVADA AUDITORIA GOVERNAMENTAL

Exercida por funcionários da própria


Exercida por servidores públicos tanto
empresa (auditoria interna) ou por
em âmbito interno (ex.: AUDIT na RFB)
empresas de auditoria (auditoria
quanto externo (TCU)
externa)
Necessária formação em ciências
contábeis
Em regra, sem formação específica
(polêmica em relação aos auditores
internos...)
Conforme já mencionado, as auditorias governamentais podem ser exercidas tanto em âmbito interno (ou seja,
no âmbito do próprio órgão público) quanto em âmbito externo (seja pelos Tribunais de Contas, seja pelos
servidores públicos que ostentam a competência para realizar a auditoria tributária). Vamos ver os detalhes de
tal classificação na figura abaixo:

AUDITORIA GOVERNAMENTAL AUDITORIA GOVERNAMENTAL


INTERNA EXTERNA

Verificação da regularidade dos Receitas Públicas: Fisco


procedimentos adotados por órgãos
públicos e demais integrantes da Despesas públicas: TCM, TCE e TCU
administração pública Eficiência/eficácia: TCM, TCE e TCU
(estrutura interna)
Por fim, as auditorias são divididas em 4 etapas bem características, quais sejam:

1. Planejamento
2. Execução (procedimentos de auditoria destinados à obtenção de evidências de auditoria)
3. Relatório
4. Monitoramento

Na fase do planejamento, o auditor elabora as diretrizes gerais do trabalho (estratégia global) e estabelece os
procedimentos de auditoria que serem realizados (plano de auditoria).
Na fase de execução, o auditor realiza os procedimentos de auditoria planejados e, em decorrência deles,
obtém evidências de auditoria. Interessante notar que as informações obtidas pelo auditor quando da execução

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dos procedimentos de auditoria planejados podem indicar necessários ajuste no planejamento (tais ajustes
devem ser efetuados). Assim, veja: apesar de a fase de planejamento preceder lógica e cronologicamente a
etapa de execução, a execução dos procedimentos de auditoria pode ensejar alterações no planejamento.

Na fase do relatório, o auditor expõe as suas conclusões acerca da mensuração do objeto da auditoria.

Por fim, na fase do monitoramento (que não costuma existir nas auditorias externas), o auditor verifica se as
melhorias por ele sugeridas foram implementadas e quais foram os resultados obtidos.

Por fim, é importante destacar que a auditoria envolve 4 grandes fatores a serem considerados:

1. Requisitos: são a base técnica normativa que rege a auditoria (leis, normas, padrões de auditoria,
procedimentos e técnicas etc.);
2. Fontes de informação: são os dados que serão coletadas pelo auditor para conhecer o objeto da
auditoria, aprender os critérios aplicáveis ao trabalho e as situações envolvidas;
3. Recursos de transformação: são os elementos utilizados pelo auditor para transformar os dados
coletados em informações;
4. Resultados: são expressos pelo auditor em seu relatório, podendo consistir em achados de auditoria
(desconformidade entre a mensuração do objeto realizada e a que deveria ter sido feita, de acordo com
os critérios aplicáveis), conclusões de auditoria e propostas de ações corretivas.
A figura infra consolida os 4 grandes fatores acima expostos:

NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL


Ants de adentrarmos o estudo da NBC TA – Estrutura Conceitual, é relevante relembrarmos que existem 3
normas básicas de estrutura conceitual acerca da contabilidade privada ou pública, bem como da auditoria
privada (este último tema é o objeto da NBC TA – Estrutura Conceitual).

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No quadro infra, demonstramos tais normas de estrutura conceitual e seu âmbito de aplicação:

A NBC TA - Estrutura Conceitual foi emitida com o intuito de facilitar o entendimento dos elementos e objetivos
dos trabalhos de asseguração e dos trabalhos aos quais as NBC TA, NBC TR e NBC TO se aplicam. É importante
você já saber que a NBC TA - Estrutura Conceitual não é uma norma e, por isso, ela não estabelece nenhum
requisito (nem princípios básicos ou procedimentos essenciais) para a realização de auditorias, revisões ou
outros trabalhos de asseguração.

Trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente visa obter evidências apropriadas
e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de confiança dos usuários
previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios que sejam
aplicáveis

Um relatório de asseguração não pode, portanto, afirmar que o trabalho foi conduzido de acordo com NBC TA
- Estrutura Conceitual, devendo se referir às normas de asseguração aplicáveis. As normas de asseguração
possuem objetivos, requerimentos, aplicações e outros materiais explicativos, introduções e definições que são
consistentes com a NBC TA - Estrutura Conceitual e devem ser aplicados em auditorias, revisões e outros
trabalhos de asseguração.
A Estrutura estabelecida pela NBC TA – Estrutura Conceitual acaba fornecendo um quadro de referência para
os auditores independentes, outras pessoas envolvidas com trabalhos de asseguração, incluindo os usuários
previstos de relatório de asseguração e aqueles que contratam o auditor independente (parte contratante) e,
inclusive, para o Conselho federal de Contabilidade - CFC emitir normas de asseguração e outras normas
técnicas.

Antes de descermos aos detalhes do conteúdo da NBC TA – Estrutura Conceitual, é relevante você ter uma
visão geral de seu conteúdo (estudaremos a NBC TA – Estrutura Conceitual com base nos tópicos a seguir
delineados):

• Princípios éticos e normas de controle de qualidade: menção dos princípios éticos que regem a
atividade dos auditores, com a previsão de normas afetas ao controle de qualidade do trabalho
desenvolvido no âmbito de auditorias;
• Descrição dos trabalhos de asseguração: descreve os trabalhos de asseguração e distingue o trabalho
direto em relação ao trabalho de atestação, assim como o trabalho de asseguração razoável e o
trabalho de asseguração limitada.

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• Abrangência da estrutura conceitual: distingue trabalhos de asseguração de outros trabalhos, como,


por exemplo, trabalhos de consultoria.
• Precondições para trabalho de asseguração: estabelece precondições para que o auditor
independente aceite trabalho de asseguração.
• Elementos de trabalho de asseguração: identifica e discute os cinco elementos presentes em
trabalhos de asseguração: o relacionamento entre três partes, o objeto, os critérios, as evidências e o
relatório de asseguração. Ela explica, adicionalmente, as distinções importantes entre trabalhos de
asseguração razoável e trabalhos de asseguração limitada. Esta seção também discute, por exemplo, a
variação significativa no objeto dos trabalhos de asseguração, as características requeridas dos critérios
adequados, a função do risco e da relevância nos trabalhos de asseguração e como as conclusões são
expressas em trabalhos de asseguração razoável e trabalhos de asseguração limitada.
• Outros assuntos: discute as responsabilidades de outras comunicações do auditor independente que
não estejam relacionadas com o seu relatório de asseguração, a documentação e as implicações da
associação do auditor com o objeto ou com a informação do objeto.

Princípios éticos e normas de controle de qualidade


O controle de qualidade em firmas que executam trabalhos de asseguração e a conformidade com os princípios
éticos, incluindo requerimentos de independência, é amplamente reconhecido como sendo de interesse
público e parte integrante dos trabalhos de asseguração de alta qualidade. Tais trabalhos são realizados de
acordo com as normas de asseguração, que possuem como premissa a base de que:

(a) os membros da equipe e o revisor de controle de qualidade (para aqueles trabalhos em que tal revisão
foi estabelecida) estão sujeitos às normas NBC PG 100 – Aplicação Geral aos Profissionais da
Contabilidade e 200 – Contadores que Prestam Serviços (Contadores Externos) e NBC PA 290 –
Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão e 291 – Independência – Outros Trabalhos de
Asseguração, relacionadas aos trabalhos de asseguração, ou requerimentos de lei ou regulamento, que
sejam, pelo menos, tão exigentes quanto às referidas NBC; e
(b) o auditor independente é membro da firma que está sujeita à NBC PA 01 ou outros requerimentos de
lei ou regulamento sobre a responsabilidade da firma pelo seu sistema de controle de qualidade, que seja,
pelo menos, tão exigente quanto à referida NBC PA 01.
A NBC PG 100 estabelece os seguintes princípios éticos que o auditor independente é requerido a cumprir:

(a) integridade;

(b) objetividade;

(c) competência e zelo profissionais;


(d) sigilo profissional; e

(e) comportamento profissional.

A NBC PG 100 estabelece as seguintes nuances em relação a cada um dos princípios éticos acima
arrolados:
- Integridade: o profissional da contabilidade deve cumprir com o princípio da integridade que requer
que ele seja direto e honesto em todos os relacionamentos profissionais e comerciais. Deve-se evitar

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qualquer associação com relatórios, documentos, comunicações ou informações que o contabilista


(lembre-se que o auditor deve ser um contabilista com registro no CRC) acredita que sejam falsos,
enganosos, levianos ou incompletos dolosamente;
- Objetividade: o profissional da contabilidade deve cumprir com o princípio da objetividade que requer
que ele não comprometa seu julgamento profissional ou comercial devido a comportamento
tendencioso, a conflito de interesses ou a influência indevida de outros. Ademais, não deve realizar uma
atividade profissional se uma circunstância ou relação influenciar, de forma indevida, o seu julgamento
com relação a essa atividade;
- Competência e zelo profissional: O profissional da contabilidade deve cumprir com o princípio da
competência profissional e devido zelo que requer que ele a) obtenha e mantenha conhecimento
profissional e habilidade no nível necessário para assegurar que o cliente ou a organização empregadora
receba serviço profissional competente, com base em padrões técnicos e profissionais atuais e legislação
relevante e b) aja de forma diligente e de acordo com os padrões técnicos e profissionais aplicáveis.
Importante destacar que, ao cumprir com o princípio da competência profissional e devido zelo, o
profissional da contabilidade deve tomar as providências razoáveis para assegurar que os que estão
trabalhando na qualidade de profissional sob sua autoridade tenham o treinamento e a supervisão
adequados;
- Sigilo profissional: o profissional da contabilidade deve cumprir com o princípio de confidencialidade,
o que requer que ele respeite a confidencialidade das informações obtidas em decorrência de relações
profissionais e comerciais. Relevante apontar que a confidencialidade serve o interesse público porque
facilita o fluxo livre de informações do cliente ou organização empregadora do profissional da
contabilidade para o profissional da contabilidade, com a certeza de que essas informações não serão
divulgadas para terceiro. As informações detidas pelos contabilistas (e, por decorrência, pelos
contabilistas que exercem a função de auditores), somente podem ser divulgadas a terceiros quando
houver determinação legal nesse sentido ou quando expressamente autorizado pela empresa que
detém as informações.
- Comportamento profissional: o profissional da contabilidade deve cumprir com o princípio de
comportamento profissional que requer que ele cumpra com as leis e os regulamentos pertinentes e evite
qualquer conduta da qual ele tem conhecimento ou deveria ter conhecimento que pode desacreditar a
profissão. O profissional da contabilidade não deve, de forma consciente, envolver-se em qualquer
negócio, ocupação ou atividade que prejudique ou possa prejudicar a integridade, a objetividade ou a
boa reputação da profissão e que, como resultado, seria incompatível com os princípios fundamentais

Relevante destacar, ainda, que a NBC PG 100 também fornece uma estrutura conceitual para ser aplicada pelos
profissionais da contabilidade para identificar ameaças ao cumprimento dos princípios éticos, avaliar a
significância das ameaças identificadas e, quando necessário, aplicar salvaguardas para eliminar as ameaças ou
reduzi-las a um nível aceitável.

A NBC PG 200, por sua vez, descreve como os conceitos da NBC PG 100 se aplicam em certas situações para
profissionais da contabilidade que atuem como auditor independente, incluindo a independência. Essas
normas profissionais definem a independência como abrangendo tanto a independência de pensamento
quanto a independência na aparência. A independência garante a habilidade de formar uma conclusão de

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asseguração sem ser afetado por influências que possam comprometer essa conclusão. A independência
aprimora a habilidade de agir com integridade, ser objetivo e de manter atitude de ceticismo profissional.
Por fim, a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores
Independentes trata das responsabilidades da firma em estabelecer e manter seu sistema de controle de
qualidade para trabalhos de asseguração. O cumprimento da NBC PA 01 requer, entre outras coisas, que a firma
estabeleça e mantenha um sistema de controle de qualidade. Esse sistema deve incluir políticas e
procedimentos que abordem cada um dos elementos a seguir mencionados e que documentem suas políticas
e procedimentos e que os comuniquem ao pessoal da firma, a saber:

(a) responsabilidades da liderança pela qualidade dentro da firma;


(b) exigências éticas relevantes;

(c) aceitação e continuidade de relacionamento com clientes e para trabalhos específicos;


(d) recursos humanos;

(e) execução do trabalho; e

(f) monitoramento.

Descrição dos trabalhos de asseguração


Inicialmente, é importante relembrar que trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente
visa obter evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de
confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os
critérios que sejam aplicáveis.

O resultado da mensuração ou avaliação do objeto é a informação que resulta da aplicação do critério ao


objeto. Vamos a alguns exemplos, para você compreender bem a relação entre resultado, objeto e critério
afetos aos trabalhos de asseguração:

• Demonstrações contábeis (resultado) resultam da mensuração da posição patrimonial e financeira da


entidade, do desempenho e dos fluxos de caixa (objeto) ao aplicar a estrutura de relatórios financeiros
aplicáveis (critério).
• Conclusão sobre a eficácia do controle interno (resultado) decorre da avaliação da eficácia do processo
de controle interno da entidade (objeto) ao aplicar os critérios aplicáveis.
• Mensurações de desempenho específicas à entidade (resultado) decorrem da mensuração de vários
aspectos de desempenho (objeto) ao aplicar as metodologias de mensuração aplicáveis (critério).
• Declaração de gases de efeito estufa (resultado) decorre da mensuração das emissões de gases de
efeito estufa da entidade (objeto) ao aplicar o reconhecimento, mensuração e apresentação de
protocolos (critério).
• Declaração sobre o cumprimento (resultado) decorre da avaliação do cumprimento da entidade
(objeto) com, por exemplo, lei ou regulamento (critério).

Os trabalhos de asseguração são comumente realizados sobre as demonstrações contábeis (resultado da


mensuração da posição financeira e patrimonial da entidade, do desempenho e de seus fluxos de caixa),
mas não se limitam a elas, como podemos ver nos exemplos acima.

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Relevante apontar que a expressão “informação do objeto” é usada para significar o resultado da mensuração
ou avaliação do objeto de acordo com os critérios. É sobre a informação do objeto que o auditor
independente obtém evidências apropriadas e suficientes para a base de sua conclusão.

Os trabalhos de asseguração contábil, notadamente a auditoria independente sobre demonstrações contábeis,


não se confunde com as perícias contábeis. De fato, nos trabalhos de asseguração o auditor busca evidências
de auditoria para expressar sua opinião acerca das demonstrações financeiras, aumentando a segurança de
seus usuários acerca das informações nela constantes; a perícia contábil, por sua vez, consiste na aplicação de
um conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivos a emissão de laudos sobre questões
controversas, esclarecer a verdade, sem subjetividade, buscando elementos de prova e subsidiando
informações que servirão como base para alguma decisão.

Ademais, na auditoria contábil há o denominado risco de auditoria, ou seja, o auditor não precisa obter certeza
absoluta acerca das informações objeto da auditoria para expressar sua opinião. Na perícia contábil, por outro
lado, não há qualquer espaço para equívocos.

Outras diferenças entre a auditoria contábil e a perícia contábil residem na parte contratante do trabalho (na
auditoria, a própria empresa contrata o auditor; na perícia contábil, há designação por autoridade judiciária) e
no documento em que são expressas as conclusões (na auditoria, as opiniões são expressas no relatório de
auditoria; na perícia contábil, há expedição de laudo ou parecer pericial).

No quando infra, resumimos o acima exposto em relação às diferenças entre a auditoria contábil e a perícia
contábil:

AUDITORIA CONTÁBIL PERÍCIA CONTÁBIL

Procedimento restrito e pontual


Procedimento amplo
(questão controversa)
Opinião cobre o conjunto das Opinião sobre questões apresentadas
demonstrações contábeis pelo juiz ou pela parte
Risco de auditoria
(não há certeza absoluta sobre acerca Sem margem para erro
da opinião expressa pelo auditor)
Contratação pela empresa Designação pelo juiz
Relatório de auditoria Laudo e parecer pericial
(FGV – TCM/SP – 2015)
Ao elaborar um contrato com uma empresa de auditoria independente, a entidade que seria auditada pela
primeira vez incluiu no contrato uma cláusula acerca do trabalho a ser feito. A cláusula mencionava que, após
o trabalho, o parecer deveria assegurar de forma incontestável que as demonstrações contábeis estão livres de
distorção relevante devido a fraude ou erro. Essa cláusula é considerada inadequada em decorrência do(a):
a) limitação do escopo da auditoria;

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b) limitação inerente à auditoria;

c) risco de distorção relevante;


d) risco de controle;

e) risco inerente.

RESOLUÇÃO:

Conforme já vimos, a auditoria não trabalha com certezas, ou seja, o auditor não precisa obter certeza absoluta
para expressar a sua opinião (a existência de tal incerteza é uma limitação inerente da auditoria). Assim, a
cláusula mencionada no enunciado da questão, que exige que o auditor expresse opinião incontestável viola
uma limitação inerente à auditoria.

Com isso, correta a alternativa B.

RESPOSTA: B

(CESPE/CEBRASPE – SEFAZ/RS – 2019)


João, contador em situação regular no Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição, emitiu, após ter
sido intimado pelo Poder Judiciário, laudo e parecer técnico-contábil para subsidiar a solução de um litígio.
Nesse caso, João realizou atividade de:
a) auditoria independente.

b) auditoria interna.

c) auditoria operacional.
d) consultoria financeira.

e) perícia contábil.

RESOLUÇÃO:

A situação descrita na questão insere-se perfeitamente no conceito de perícia contábil (veja que há menção
expressa na necessária elaboração de laudo e parecer técnico contábil para subsidiar a solução de um litígio.
Com isso, correta a alternativa E.

RESPOSTA: E

Vamos, agora, abordar as duas modalidades previstas de trabalhos de asseguração, quais sejam: trabalho de
atestação e trabalho direto.

Trabalho de atestação x Trabalho direto


No trabalho de atestação, o profissional, que não seja o auditor independente, deve mensurar ou avaliar o
objeto de acordo com os critérios aplicáveis. O referido profissional também deve apresentar, frequentemente,
a informação resultante do objeto no relatório ou afirmação. A conclusão do auditor, em tal modalidade de
trabalho, deve mencionar se a informação do objeto está livre de distorções relevantes.

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Ainda em relação aos trabalhos de atestação, é importante destacar que o mensurador ou o avaliador
geralmente fornece ao auditor independente uma representação escrita sobre a informação do objeto. Em
alguns casos, o auditor pode não ser capaz de obter tal representação, por exemplo, quando a contratante não
é o mensurador ou o avaliador

A informação do objeto pode falhar em ser adequadamente expressa no contexto de determinado objeto e
dos critérios, e pode, portanto, ser distorcida, potencialmente, a uma extensão relevante. A função do
auditor independente no trabalho de atestação é obter evidências apropriadas e suficientes de forma a
expressar uma conclusão sobre se a informação do objeto, como preparada pelo mensurador ou avaliador,
está livre de distorções relevantes.

No trabalho direto, por outro lado, o auditor é quem mensura ou avalia o objeto de acordo com os critérios
aplicáveis. Em tal modalidade de trabalho, é comum que a conclusão do auditor independente seja a própria
informação do objeto decorrente de sua mensuração ou avaliação realizada pelo auditor ou seja parte da
informação do objeto. No trabalho direto, a conclusão do auditor independente deve mencionar se o resultado
reportado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios, é redigido nos termos do objeto
e dos critérios.
É possível que o auditor, em trabalho direto, ainda tenha o dever de aplicar as habilidades e técnicas de
asseguração para obter evidências apropriadas e suficientes sobre o resultado da mensuração ou avaliação do
objeto por ele realizada, de acordo com os critérios aplicáveis. Em tais casos, o auditor independente pode
obter essa evidência simultaneamente com a mensuração ou avaliação do objeto (que foi por ele próprio
realizada), mas também pode obtê-la antes ou após tal mensuração ou avaliação.

O resultado da mensuração ou avaliação no trabalho direto pode ser semelhante ao relatório ou declaração
preparada pelo mensurador ou avaliador em trabalho de atestação. Em outras circunstâncias, contudo, o
resultado, ou seja, a informação do objeto, pode ser refletido na descrição das constatações e base para a
conclusão do auditor em relatório de asseguração de formato longo. Ademais, o auditor independente pode
usar dados coletados ou compilados por outros (por exemplo, os dados podem vir do sistema de informação
mantido pela parte responsável).

O valor do trabalho direto se dá na combinação:

(a) da independência do auditor em relação ao objeto, ao contratante, aos usuários previstos e à parte
responsável, não obstante ele não seja independente da informação do objeto, porque o próprio auditor a
preparou; e
(b) das habilidades e técnicas aplicadas ao mensurar ou avaliar o objeto, que resultam na acumulação de
evidências que são de quantidade e qualidade semelhantes para um trabalho de atestação. É essa obtenção
de evidências apropriadas e suficientes que distingue um trabalho direto de uma mera compilação. Para
ilustrar este ponto, se o auditor independente estivesse compilando informação sobre uma declaração de
emissão de gases de efeito estufa da entidade, o auditor não iria, por exemplo, testar a calibração dos
dispositivos de monitoramento. No trabalho direto, contudo, o auditor independente iria, onde relevante,
calibrar os dispositivos como parte do processo de mensuração ou testar a calibração dos dispositivos de

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monitoramento realizada por outros da mesma forma que iria proceder se o trabalho fosse um trabalho de
atestação.
O quadro infra sintetiza as principais diferenças entre os trabalhos de atestação e relatório direto:

TRABALHO DE ATESTAÇÃO TRABALHO DE RELATÓRIO DIRETO

A avaliação / mensuração do objeto não A avaliação / mensuração do objeto é


é realizada pelo auditor realizada pelo auditor
Foco reside em avaliar / mensurar o
Foco reside em identificar possíveis
objeto, com preocupação em eventuais
distorções relevantes na avaliação /
distorções relevantes nos
mensuração
critérios de avaliação

Trabalho de asseguração razoável x Trabalho de asseguração limitada


Os trabalhos de asseguração, por sua vez são divisados em duas modalidades, em função do grau de
profundidade dos trabalhos realizados pelo auditor e o consequente grau diverso do risco de auditoria. Em tal
classificação, os trabalhos de asseguração são classificados em: trabalho de asseguração razoável e trabalho
de asseguração limitada.

Lembre-se que o risco de auditoria corresponde ao risco de o auditor não conseguir identificar distorção
relevante existente no resultado da mensuração do objeto da auditoria e, em decorrência disso, acabar
expressando uma opinião inadequada.

No trabalho de asseguração razoável, o auditor independente reduz o risco do trabalho para um nível
aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como base para a sua conclusão. A conclusão do auditor
independente é expressa de forma que transmita a sua opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação
de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

No trabalho de asseguração limitada, por outro lado, o auditor independente reduz o risco do trabalho para
um nível que é aceitável nas circunstâncias do trabalho, mas que ainda é maior do que para um trabalho de
asseguração razoável. Dessa forma, sua conclusão deve transmitir se, com base nos procedimentos realizados
e evidências obtidas, algum assunto chegou ao seu conhecimento de forma a levá-lo a acreditar que a
informação do objeto está relevantemente distorcida.

A natureza, a época e a extensão dos procedimentos executados no trabalho de asseguração limitada são
restritos (menos extensos), quando comparados com os que são necessários no trabalho de asseguração
razoável, mas são planejados para obter um nível de segurança que seja, no julgamento profissional do
auditor independente, significativo. Para que seja significativo, o nível de segurança obtido pelo auditor
deve ser capaz de aumentar a confiança dos usuários previstos sobre a informação do objeto em nível que
seja mais do que irrelevante.

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Em toda a gama de trabalhos de asseguração limitada, o sentido de segurança significativa pode variar de um
nível que é logo acima de asseguração que seja capaz de aumentar a confiança dos usuários previstos sobre a
informação do objeto, em nível que seja claramente maior do que irrelevante, até um nível que é logo abaixo
da segurança razoável. O que é significativo em trabalho específico é o julgamento dentro desse intervalo que
depende das circunstâncias do trabalho, incluindo as necessidades de informação pelos usuários previstos
como grupo, critérios utilizados e o objeto do trabalho. Em alguns casos, as consequências para os usuários
previstos ao receberem um tipo de asseguração inapropriada podem ser tão graves que o trabalho de
asseguração razoável seja necessário para que o auditor independente obtenha a segurança que é significativa
nas circunstâncias.
No quadro infra, são sintetizadas as principais diferenças entre os trabalhos de asseguração:

ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL ASSEGURAÇÃO LIMITADA


Nível aceitavelmente baixo do risco de Nível aceitável do risco de auditoria
auditoria (ex.: auditoria) (ex.: revisão)
Ampla possibilidade de
Menor amplitude de procedimentos a
procedimentos a serem adotados
serem adotados (testes)
(testes)
Opinião positiva Opinião negativa
(demonstrações estão livres de distorção (não chegou ao conhecimento do
relevante) auditor...)
Utilidade para os usuários Utilidade para os usuários
Ademais, a figura infra sintetiza o anteriormente exposto, no que toca aos trabalhos realizados pelo auditor
independente e as modalidades dos trabalhos de asseguração:

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Abrangência da estrutura conceitual


Nem todos os trabalhos realizados por auditores independentes são trabalhos de asseguração. Outros
trabalhos frequentemente realizados que não são de asseguração não são abrangidos pela NBC TA – Estrutura
Conceitual. Esses outros trabalhos incluem:

• Trabalhos abrangidos pelas Normas de Serviços Correlatos (NBC TSC, tais como procedimentos
previamente acordados e trabalhos de compilação);
• Elaboração de declarações de imposto de renda em que nenhuma conclusão de asseguração é
expressa;
• Trabalhos de consultoria (ou assessoria), tais como gerenciamento e consultorias tributárias.

Nos trabalhos de consultoria, o profissional aplica suas habilidades, seu conhecimento obtido em
treinamentos, observações, experiências e conhecimentos técnicos sobre o processo de consultoria.
Trabalhos de consultoria envolvem um processo analítico que tipicamente inclui alguma combinação das
atividades relacionadas com a definição de objetivos, a descoberta de fatos, as definições dos problemas
ou das oportunidades, a avaliação de alternativas, o desenvolvimento ou as recomendações, incluindo
ações, comunicação de resultados e, em alguns casos, a implementação do que foi recomendado e o seu
acompanhamento. Os relatórios (caso emitidos) geralmente são escritos em estilo narrativo (ou “formato
longo”). Geralmente o trabalho realizado é apenas para uso e benefício do cliente. A natureza e o alcance
do trabalho são determinados mediante acordo entre o profissional e o cliente. Qualquer serviço que
atenda às definições de trabalho de asseguração não é trabalho de consultoria, mas, sim, trabalho de
asseguração.

O trabalho de asseguração pode ser parte de um trabalho maior, por exemplo, quando o trabalho de consultoria
para a aquisição de negócios inclui requerimento para obter asseguração acerca da informação financeira
histórica ou prospectiva. Em tais circunstâncias, a NBC TA – Estrutura Conceitual é aplicável apenas na parte
do trabalho relacionada à asseguração.
Os trabalhos mencionados abaixo também não são considerados trabalhos de asseguração, no que toca à
aplicação da NBC TA – Estrutura Conceitual:
(a) trabalhos para prestar declarações em processos judiciais sobre contabilidade, auditoria, tributação ou
outros assuntos; e
(b) trabalhos que incluem opiniões, pontos de vista ou declarações profissionais dos quais o usuário pode extrair
alguma segurança, se todos os seguintes itens forem aplicáveis:

(i) essas opiniões, pontos de vistas ou declarações são meramente fortuitos para o trabalho como um
todo;

(ii) qualquer relatório por escrito deve ser emitido com uso expressamente restrito aos usuários
previstos especificados no relatório;

(iii) mediante acordo formal com os usuários previstos especificados, não se pretendendo que seja
trabalho de asseguração; e

(iv) o trabalho não seja relatado como trabalho de asseguração no relatório do auditor independente.

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O auditor independente ao reportar sobre trabalho, que não é de asseguração no âmbito da NBC TA – Estrutura
Conceitual, deve claramente distinguir esse relatório de relatório de asseguração. Para não confundir os
usuários, o relatório que não é de asseguração evita, por exemplo:

• mencionar adequação com esta estrutura ou norma de asseguração;


• usar inapropriadamente as palavras “asseguração,” “auditoria” ou “revisão”;
• incluir declaração que possa ser confundida com conclusão com base em evidências apropriadas e
suficientes que tenham sido desenvolvidas para aumentar o nível de confiança dos usuários previstos
sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

O auditor independente e a parte responsável pelo objeto (ex.: a administração da empresa, no que toca às
demonstrações contábeis) podem concordar sobre a aplicação dos princípios da NBC TA – Estrutura Conceitual
para o trabalho que não seja de asseguração quando não existirem outros usuários previstos além da parte
responsável e desde que todos os outros requisitos aplicáveis das normas de asseguração sejam atendidos. Em
tais casos, o relatório do auditor independente deve incluir declaração restringindo o uso do relatório à parte
responsável.

Precondições para trabalho de asseguração


A NBC TA – Estrutura Conceitual arrola as seguintes precondições para aceitação e continuidade de trabalhos
de asseguração:
(a) as funções e as responsabilidades das partes apropriadas (ou seja, parte responsável, mensurador ou
avaliador e contratante, conforme apropriado) são adequadas às circunstâncias; e
(b) o trabalho apresenta todas as seguintes características:

(i) o objeto é apropriado;


(ii) os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na elaboração da informação do
objeto são apropriados às circunstâncias do trabalho.

Os critérios a serem aplicados na elaboração da informação do objeto podem ser divisados em:
- Definidos em lei ou ato normativo (são critérios adequados por conta de definição legal ou normativa
cogente, ou seja, obrigatória);
- Escolhidos pelas partes envolvidas na auditoria, inclusive pelo auditor.
Quando o critério é escolhido pelas partes envolvidas na auditoria, tal critério somente será adequado se
detiver as seguintes características:
(a) Relevância: Critérios relevantes resultam na informação do objeto que auxilia a tomada de decisões
dos usuários previstos.
(b) Integralidade: Critérios são plenos quando a informação do objeto preparada de acordo com eles não
omite fatores relevantes que poderiam se esperar, razoavelmente, que afetem decisões dos usuários
previstos feitas com base nessa informação. Critérios plenos incluem, quando relevantes, referências para
apresentação e divulgação.
(c) Confiabilidade: Critérios confiáveis permitem a mensuração ou avaliação consistente de determinado
objeto, incluindo, se relevante, apresentação e divulgação, quando usadas em circunstâncias similares por
auditores independentes diferentes.

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(d) Neutralidade: Critérios neutros resultam em informação do objeto que está livre de tendências como
apropriado nas circunstâncias do trabalho.
(e) Compreensibilidade: Critérios compreensíveis resultam em informação do objeto que pode ser
compreendida pelos usuários previstos.

(iii) os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na elaboração da informação
do objeto estarão disponíveis aos usuários previstos;
(iv) o auditor independente espera ser capaz de obter a evidência necessária para fundamentar a sua
conclusão;

(v) a conclusão do auditor independente, na forma apropriada tanto para o trabalho de asseguração
razoável quanto para o trabalho de asseguração limitada, será incluída no relatório; e

(vi) um propósito racional incluindo, no caso de trabalho de asseguração limitada, que o auditor
independente espera ser capaz de obter nível apropriado de segurança.

Os objetos de diferentes tipos de trabalhos de asseguração podem variar muito. Alguns objetos podem
requerer conhecimentos e habilidades especializados, além daqueles que o auditor independente
normalmente possui. É importante, contudo, que o auditor esteja convencido que a equipe que irá realizar o
trabalho possua capacidade e competências apropriadas.

O trabalho não deve ser aceito se o conhecimento preliminar sobre as circunstâncias do trabalho indicar
que os requisitos éticos referentes à competência não serão cumpridos. Em alguns casos, esses requisitos
podem ser cumpridos pelo auditor independente ao utilizar o trabalho de especialista.

Quando um trabalho em potencial não pode ser aceito como trabalho de asseguração, a parte contratante pode
ser capaz de identificar um trabalho diferente que irá atender às necessidades dos usuários previstos. Por
exemplo:
(a) se os critérios que o auditor independente espera aplicar não são adequados, mas o trabalho de asseguração
atende às demais precondições estabelecidas, tal trabalho ainda pode ser realizado se:

(i) o auditor independente puder identificar um ou mais aspectos do objeto para o qual esses critérios
são adequados. Nesses casos, o auditor pode realizar o trabalho de asseguração em relação a esse
aspecto específico do objeto, e o relatório de asseguração deve esclarecer que o relatório não diz
respeito ao objeto original em sua totalidade; ou

(ii) critérios alternativos que são apropriados para o objeto podem ser selecionados ou desenvolvidos;

(b) a parte contratante pode requisitar um trabalho que não é de asseguração, tal como trabalho de consultoria
ou procedimentos previamente acordados.
Tendo sido aceito, não é apropriado alterar o trabalho de asseguração para um que não seja de asseguração,
ou o trabalho de asseguração razoável para um de asseguração limitada, sem a justificativa razoável. Uma
alteração nas circunstâncias que afetam os requerimentos dos usuários previstos, ou um mal-entendido sobre
a natureza do trabalho, pode justificar a solicitação de alteração no trabalho.

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Se a alteração mencionada no parágrafo supra for feita, as evidências que foram obtidas previamente não
devem ser descartadas. A impossibilidade de obter evidências apropriadas e suficientes para formar uma
conclusão de asseguração razoável não é razão aceitável para se alterar o trabalho de asseguração
razoável para um trabalho de asseguração limitada.

No esquema infra, sintetizamos o quanto exposto em relação às providências a serem adotadas pelo auditor
quando ausentes as precondições para a realização de trabalhos de asseguração:

Elementos do trabalho de asseguração


A NBC T A- Estrutura Conceitual estabelece os seguintes elementos dos trabalhos de asseguração:

(a) relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos;

(b) objeto apropriado;

(c) critérios aplicáveis;

(d) evidências apropriadas e suficientes; e


(e) relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de
asseguração limitada.

Relacionamento entre três partes


Todos os trabalhos de asseguração possuem pelo menos três partes: o auditor independente, a parte
responsável e os usuários previstos. Dependendo das circunstâncias do trabalho, pode haver também a função
separada de mensurador ou avaliador, ou a parte contratante.

Na figura infra, há uma relevante representação gráfica das partes envolvidas nos trabalhos de asseguração:

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A figura acima ilustra como as seguintes funções se relacionam ao trabalho de asseguração:

(a) a parte responsável é responsável pelo objeto;


(b) o mensurador ou o avaliador usa os critérios para mensurar ou avaliar o objeto, resultando na informação
do objeto;

(c) a parte contratante contrata os termos do trabalho com o auditor independente;


(d) o auditor independente obtém evidências apropriadas e suficientes de forma a poder expressar uma
conclusão desenvolvida para aumentar o grau de confiança dos usuários previstos, que não se referem à parte
responsável, sobre a informação do objeto;

(e) os usuários previstos tomam decisões com base na informação do objeto. Os usuários previstos são
indivíduos, organizações ou grupo de indivíduos e organizações que o auditor espera que utilizem o relatório
de asseguração.

A parte responsável, o mensurador ou o avaliador e os usuários previstos podem ser de entidades diferentes ou
da mesma entidade. Como exemplo do último caso, em entidade com estrutura de administração de dois
níveis, o conselho de administração pode querer obter asseguração sobre uma informação fornecida pela
diretoria executiva dessa entidade. A relação entre a parte responsável, o mensurador ou o avaliador e os
usuários previstos precisam ser observados dentro do contexto de cada trabalho específico e podem diferir das
linhas tradicionalmente definidas de responsabilidade. Por exemplo, a alta administração da entidade (usuário
previsto) pode contratar o auditor independente para executar trabalho de asseguração sobre um aspecto
específico das atividades da entidade que é de responsabilidade do nível imediatamente inferior de
administração (parte responsável) em relação à alta administração, todavia, em última instância, a alta
administração, que é a usuária prevista, é, também, a responsável final pela informação.

No trabalho de atestação, a parte responsável ou outra pessoa, que não seja o auditor independente, pode
ser o mensurador ou o avaliador. Ademais, a parte contratante que não seja também uma parte
responsável pode ser o usuário previsto.

Destaque-se que, em muitos trabalhos de atestação, a parte responsável pode ser também o mensurador ou
avaliador e a parte contratante. Por exemplo, a entidade contrata o auditor independente para executar

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trabalho de asseguração sobre o relatório que foi preparado para suas próprias práticas sustentáveis. Por outro
lado, existem situações em que a parte responsável é diferente do mensurador ou avaliador. Nesse caso, por
exemplo, o auditor é contratado para executar trabalho de asseguração sobre o relatório preparado por
organização governamental sobre as práticas de sustentabilidade da companhia.

Auditor Independente

O “auditor independente” (pessoa física ou jurídica), por sua vez, é aquele que conduz o trabalho (geralmente
o sócio responsável pelo trabalho ou outros membros da equipe, ou, conforme adequado, a firma), aplicando
habilidades e técnicas de asseguração para obter segurança razoável ou limitada, conforme adequado, sobre
se a informação do objeto está livre de distorções relevantes.
É importante destacar que o auditor independente não pode ser a parte responsável pelo objeto, a
contratante do trabalho de auditoria ou um usuário previsto.

No trabalho direto, o auditor tanto mensura quanto avalia o objeto de acordo com os critérios e aplica as
habilidades e técnicas de asseguração para obter segurança razoável ou limitada, conforme adequado, sobre
se o resultado dessa mensuração ou avaliação está livre de distorções relevantes.

A NBC TA – Estrutura Conceitual pode também ser utilizada por outros profissionais que não sejam auditores
independentes, todavia esses profissionais devem reconhecer que essas normas incluem requerimentos que
refletem as premissas nas normas profissionais e na NBC PA 01, ou outros requerimentos profissionais, ou
requerimentos em lei ou regulamento, que sejam, pelo menos, tão exigentes.

O trabalho não deve ser aceito se o conhecimento preliminar sobre as circunstâncias do trabalho indicar
que os requisitos éticos referentes à competência não serão cumpridos. Em alguns casos, esses requisitos
podem ser cumpridos pelo auditor independente ao utilizar o trabalho de especialista.
Adicionalmente, o auditor independente precisa se envolver de forma suficiente no trabalho do especialista
e de outros auditores para aceitar a responsabilidade pela conclusão da asseguração sobre a informação
do objeto e para obter a evidência necessária para concluir se o trabalho desse especialista ou do outro
auditor é apropriado para seus propósitos.

O auditor independente é o único responsável pela conclusão de asseguração emitida, e essa responsabilidade
não é reduzida pelo uso que ele faça de seu especialista ou de outros auditores. No entanto, se o auditor
independente, ao usar o trabalho de especialista, tendo seguido as normas aplicáveis, concluir que o seu
trabalho é adequado para os propósitos do auditor, este pode aceitar as constatações ou conclusões do
especialista como evidências adequadas.

Parte responsável

Parte responsável é a parte responsável pelo objeto. No trabalho de atestação, a parte responsável geralmente
também é o mensurador ou avaliador. A parte responsável pode ser, ou não, a parte que contrata o auditor
independente para realizar o trabalho de asseguração (parte contratante).

Usuários previstos

Os usuários previstos são os indivíduos, organizações ou grupos que o auditor independente espera que
utilizem o relatório de asseguração. A parte responsável pode ser um dos usuários previstos, mas não o único.

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Em alguns casos, pode haver usuários previstos além daqueles para quem o relatório de asseguração é
destinado. O auditor independente pode não ser capaz de identificar todos aqueles que lerão o relatório de
asseguração, especialmente se grande número de pessoas tiver acesso a ele. Em tais casos, especialmente em
que os possíveis usuários são propensos a possuir vasta gama de interesses no objeto, os usuários previstos
podem ser limitados aos principais interessados com interesses relevantes e comuns. Os usuários previstos
podem ser identificados de diferentes formas, por exemplo, mediante acordo entre o auditor independente e
a parte responsável ou a parte contratante, ou por lei ou regulamento.

Usuários previstos ou seus representantes podem estar diretamente envolvidos com o auditor independente e
a parte responsável (e a parte contratante, caso seja diferente) em determinar os requisitos do trabalho.
Independente do envolvimento de outros, e diferentemente de trabalhos de procedimentos previamente
acordados (que envolve relatar fatos identificados com base nos procedimentos acordados com a parte
contratante e outra parte apropriada, em vez de uma conclusão):

(a) o auditor independente é responsável pela determinação da natureza, época e extensão dos procedimentos;
e

(b) o auditor independente pode precisar realizar procedimentos adicionais se chegarem ao seu conhecimento
informações que diferem, significativamente, daquelas que foram utilizadas na determinação dos
procedimentos planejados.

Em alguns casos, os usuários previstos (bancos e reguladores, por exemplo) impõem requisito ou pedido às
partes apropriadas para que o trabalho de asseguração seja realizado para propósito específico. Quando
trabalhos usam critérios que foram desenvolvidos para um propósito específico, o relatório de asseguração
inclui declaração alertando aos leitores sobre esse fato. Adicionalmente, o auditor independente pode
considerar adequado indicar que o relatório de asseguração é destinado apenas para usuários específicos.
Dependendo das circunstâncias do trabalho, isso pode ser alcançado ao restringir a distribuição ou uso do
relatório de asseguração.
Enquanto o relatório de asseguração possa ser restrito quando for destinado apenas a usuários ou propósitos
específicos, a ausência dessa restrição não indica por si só que a responsabilidade legal é devida pelo auditor
independente em relação àquele usuário ou propósito. Se essa responsabilidade legal é devida dependerá da
circunstância de cada caso.

Objeto
O objeto do trabalho de asseguração pode ter várias formas, tais como:

• histórico de desempenho ou condição financeira (por exemplo, histórico de posição financeira,


desempenho financeiro e fluxos de caixa) para o qual a informação do objeto pode ser o
reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a divulgação representada nas demonstrações
contábeis;
• condição ou desempenho financeiro futuro (por exemplo, posição financeira, desempenho financeiro
e fluxos de caixa prospectivos) para o qual a informação do objeto pode ser o reconhecimento, a
mensuração, a apresentação e a divulgação representada na projeção ou previsão financeira;
• condições ou desempenhos não financeiros (por exemplo, desempenho da entidade) para o qual as
informações do objeto podem ser os indicadores principais de eficácia e eficiência;

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• características físicas (por exemplo, capacidade máxima de ocupação do prédio) para o qual a
informação do objeto pode ser documento de especificações;
• sistemas e processos (por exemplo, o controle interno ou o sistema de TI da entidade) para o qual a
informação do objeto deve ser declaração sobre sua efetividade;
• comportamento (por exemplo, governança corporativa, conformidade com regulamentações, políticas
de recursos humanos) para o qual a informação do objeto pode ser uma declaração de conformidade
ou declaração de efetividade.

O Apêndice 4 da NBC TA- Estrutura Conceitual estabelece alguns exemplos de possível objetos de trabalhos
de asseguração. Pela relevância de tal temática, é relevante reproduzir o teor de tal apêndice na tabela infra:

Informação sobre: Informação histórica Informação prospectiva


Fluxo de caixa previsto /
Desempenho Demonstrações contábeis
projetado
elaboradas de acordo com
Financeira
uma estrutura aceitável de
Posição financeira prevista /
Posição relatórios financeiros
projetada

Declaração de emissão de
gases de efeito estufa
Relatório de sustentabilidade Reduções de emissão
atribuídas à nova tecnologia,
Desempenho / uso Indicadores chave de
ou gases de efeito estufa a
de recursos – desempenho
serem capturados por plantio
relação custo x Declaração sobre o efetivo uso de árvores
benefício (value for de recursos
Money) Declaração de que uma ação
Declaração sobre a relação proposta fornecerá benefício
custo x benefício maior do que seu custo
Não financeira
Relatório de responsabilidade
social da corporação

Descrição do
sistema/processo como
implementado em
Condição determinado momento

Características físicas, por


exemplo, o tamanho da
propriedade arrendada

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Informação sobre: Informação histórica Informação prospectiva


Descrição do sistema de
Descrição
controle interno.

Desenvolvimento dos
Projeto de controles para uma
Sistema / Projeto controles propostos para um
organização de serviços
Processo processo futuro de produção

Eficácia operacional dos


Operação /
processos de contratação e
desempenho
treinamento de empregados

Cumprimento pela entidade


Cumprimento ou
de convênios de empréstimo,
conformidade com
requisitos legais ou
regra
regulamentários específicos

Aspectos Comportamento Avaliação da eficácia do


comportamentais
humano comitê de auditoria

Adequação do aplicativo (ou


Outros do pacote de software) à sua
finalidade

Os objetos possuem diferentes características, incluindo o grau ao qual a informação sobre eles é qualitativa
versus quantitativa, objetiva versus subjetiva, histórica versus prospectiva e se relacionam a uma determinada
data-base ou abrangem um período. Tais características afetam:
(a) a precisão na qual o objeto pode ser mensurado ou avaliado com base em critérios identificáveis; e

(b) a persuasão da evidência disponível.

O relatório de asseguração pode apresentar características que são de relevância específica aos usuários
previstos.
A adequação do objeto independe do nível de asseguração, ou seja, se o objeto não for apropriado para
trabalho de asseguração razoável, ele também não é apropriado para trabalho de asseguração limitada e
vice-versa. Um objeto apropriado é identificável e capaz de mensuração ou avaliação consistente com base em
critérios identificados de forma que a informação do objeto resultante possa ser sujeita a procedimentos para
obter evidências apropriadas e suficientes para apoiar uma conclusão de asseguração razoável ou limitada,
conforme apropriado.

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Critérios
Critérios são referências usadas para mensurar ou avaliar o objeto. Os critérios podem ser formais, por exemplo,
na elaboração das demonstrações contábeis; e os critérios podem ser as normas internacionais de relatórios
financeiros ou as normas internacionais de contabilidade do setor público.

Ao emitir relatório sobre a efetividade operacional dos controles internos, por outro lado, os critérios podem
ser baseados na estrutura estabelecida de controle interno ou objetivos de controles individuais, especialmente
desenvolvidos para o propósito; e ao emitir o relatório sobre a conformidade, os critérios podem ser
estabelecidos por leis e regulamentos ou contratos.

Um exemplo de critério menos formal seria o código de conduta desenvolvido internamente ou o nível de
desempenho acordado (tal como o número de vezes que se espera que um comitê específico se reúna no
ano).

Critérios adequados são requeridos para mensuração ou avaliação razoável consistente com o objeto dentro
do contexto do julgamento profissional. Sem a estrutura de referência fornecida pelos critérios adequados,
qualquer conclusão está sujeita a interpretação individual e a mal-entendidos.

Critérios adequados são sensíveis ao contexto, ou seja, relevantes para as circunstâncias do trabalho. Para o
mesmo objeto, podem existir critérios diferentes, que conduzirão à mensuração ou à avaliação diferente. Por
exemplo, um dos critérios que um mensurador ou avaliador pode escolher para mensuração da satisfação do
consumidor é o número de reclamações dos consumidores resolvidas de forma satisfatória para o consumidor,
enquanto outro mensurador ou avaliador pode escolher o número de compras recorrentes nos três meses
seguintes à compra inicial. Adicionalmente, os critérios podem ser adequados para um conjunto específico de
circunstâncias do trabalho. Por exemplo, reportar a governos ou reguladores pode requerer o uso de um
conjunto específico de critérios, mas esses critérios podem não ser adequados para um grupo mais amplo de
usuários.

Relembremos que a NBC TA – Estrutura Conceitual estabelece que os critérios serão qualificados como
adequados quando apresentarem as seguintes características:

(a) Relevância: Critérios relevantes resultam na informação do objeto que auxilia a tomada de decisões dos
usuários previstos.

(b) Integralidade: Critérios são plenos quando a informação do objeto preparada de acordo com eles não omite
fatores relevantes que poderiam se esperar, razoavelmente, que afetem decisões dos usuários previstos feitas
com base nessa informação. Critérios plenos incluem, quando relevantes, referências para apresentação e
divulgação.

(c) Confiabilidade: Critérios confiáveis permitem a mensuração ou avaliação consistente de determinado


objeto, incluindo, se relevante, apresentação e divulgação, quando usadas em circunstâncias similares por
auditores independentes diferentes.

(d) Neutralidade: Critérios neutros resultam em informação do objeto que está livre de tendências como
apropriado nas circunstâncias do trabalho.

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(e) Compreensibilidade: Critérios compreensíveis resultam em informação do objeto que pode ser
compreendida pelos usuários previstos.
No quadro infra, indicamos os critérios acima arrolados, com informações mais sintéticas, para facilitar a sua
memorização:

RELEVÂNCIA Informação do objeto auxilia a tomada de decisão

INTEGRIDADE Ausência de omissão de informação relevante


CONFIABILIDADE Possibilidade de revisão, inclusive por outros auditores
NEUTRALIDADE Livre de tendências
Aptidão da informação ser compreendida por seus
COMPREENSIBILIDADE
usuários

Quando o critério é estabelecido em lei ou atos infralegais cogentes, tal critério é adequado para a
realização do trabalho.

Relevante apontar que descrições vagas de expectativas ou julgamentos das experiências de indivíduo não
constituem critérios aceitáveis.
A importância relativa de cada uma das características acima ao avaliar a adequação dos critérios para um
trabalho específico é questão de julgamento profissional.
A adequação dos critérios não é influenciada pelo nível de asseguração, ou seja, se os critérios são
inadequados para um trabalho de asseguração razoável, eles também serão inadequados para um
trabalho de asseguração limitada, e vice-versa.

Conforme já vimos, os critérios podem ser prescritos por leis e regulamentos ou emitidos por órgãos
autorizados ou reconhecidos que seguem o devido processo transparente (critério estabelecido). Outros
critérios podem ser desenvolvidos especificamente para o propósito de preparar a informação do objeto nas
circunstâncias específicas do trabalho. Se os critérios são estabelecidos ou desenvolvidos especificamente, o
procedimento necessário para avaliar a sua adequação para um trabalho específico pode ser afetado, por
exemplo, na ausência de indicações contrárias, presume-se que os critérios serão adequados se forem
relevantes para as necessidades de informação dos usuários previstos.

Os critérios precisam estar disponíveis para os usuários previstos para permitir que compreendam como o
objeto foi mensurado ou avaliado. Os critérios podem ser disponibilizados aos usuários previstos em uma ou
mais das seguintes formas:

(a) publicamente (isso ocorre quando os critérios são definidos por leis, regulamentos ou outros atos
normativos infralegais obrigatórios);

(b) por meio da inclusão, de forma clara, na apresentação da informação do objeto;


(c) por meio da inclusão, de forma clara, no relatório de asseguração;

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(d) por entendimento geral, por exemplo, o critério de mensurar o tempo em horas e minutos.

Os critérios podem também ser disponibilizados apenas aos usuários previstos específicos, por exemplo, os
termos do contrato ou os critérios emitidos por associação setorial que esteja disponível apenas aos seus
membros por serem relevantes para propósitos específicos.

Como parte do trabalho, o auditor independente estabelece se os critérios são adequados, quando tais critérios
não são definidos por leis, regulamentos ou outros atos normativos infralegais obrigatórios.

(VUNESP – ESEF/SP – 2019)

Conforme a Estrutura Conceitual para os Trabalhos de Asseguração, assinale a alternativa correta:

a) Deve ser uma base de referência somente para os auditores governamentais.

b) Em virtude de sigilo, o auditor não deve documentar por escrito as evidências encontradas.

c) Normas, leis, resoluções e boas práticas são exemplos de critérios no processo de asseguração.

d) O relatório de auditoria faz parte da fase de planejamento da auditoria, podendo ser de opinião modificada
ou não modificada.
e) Os critérios devem ser criados pelo auditor no decorrer do processo de asseguração.

RESOLUÇÃO:
Conforme já vimos, os critérios a serem adotados pelo auditor para verificar se a informação do objeto da
auditoria não contém distorção relevante podem ser definidos em normas cogentes (leis, decretos,
regulamentos etc.). Logo, correta a alternativa C.
A alternativa A veicula asserção errada, pois a NBC TA – Estrutura Conceitual estabelece as bases para a
auditoria independente privada. A alternativa B traz afirmação incorreta, pois o auditor tem o dever de
documentar por escrito todas as evidências de auditoria que impactam a formação de sua opinião. A alternativa
D alberga afirmativa errada, pois o relatório do auditor é exarado na fase denominada “relatório” (e não na fase
de planejamento). Por fim, a alternativa E veicula afirmação incorreta, pois os critérios utilizados na auditoria
normalmente são definidos em normas cogentes ou definidos previamente (apenas em situações excepcionais
é que o auditor deve definir os critérios da auditoria).

RESPOSTA: C

Noção geral sobre as evidências de auditoria


Os trabalhos de asseguração são planejados e realizados com postura de ceticismo profissional para obter
evidências apropriadas e suficientes no contexto do trabalho sobre o resultado obtido da mensuração ou
avaliação do objeto de acordo com os critérios. O julgamento profissional deve ser exercido ao considerar a
materialidade, o risco do trabalho, bem como a quantidade e a qualidade das evidências disponíveis ao planejar
e realizar o trabalho, especialmente, ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos.

Não podemos confundir os conceitos e evidência de auditoria e achados de auditoria (a expressão “achados de
auditoria” é mais utilizada em auditorias governamentais, mas seu conceito também se aplica às auditorias
privadas).

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Evidência de auditoria são as informações obtidas pelo auditor que lhe permitem conhecer o objeto da auditoria
e formar a sua convicção (ou seja, as evidências de auditoria permitem ao auditor saber as características do
objeto da auditoria, ou seja, conhecê-lo). Os achados de auditoria, por outro lado, são as desconformidades
encontradas pelo auditor ao confrontar os critérios aplicáveis na auditoria (como deveria ser o objeto) com as
evidências de auditoria obtidas (como o objeto é).

A ISSAI 3000 (norma de auditoria governamental) muito bem expressa os conceitos de critério de auditoria,
evidência de auditoria e achado de auditoria, bem como a relação entre eles, em uma famosa figura, que
reproduzimos a seguir:

Ceticismo profissional
O ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a, por exemplo:
(a) evidência inconsistente com outras evidências obtidas (lembre-se que as evidências de auditoria são em
regra persuasivas e não conclusivas);

(b) informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a indagações que serão
usadas como evidências;
(c) circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos pelas normas de
asseguração; e

(d) condições que podem indicar distorções.


Manter o ceticismo profissional durante o trabalho é necessário, por exemplo, para reduzir o risco de:

• negligenciar circunstâncias incomuns;


• generalização excessiva ao tirar conclusões a partir das observações; e
• usar premissas inapropriadas ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos e
avaliar os seus resultados.

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O ceticismo profissional é necessário para a avaliação crítica das evidências. Isso inclui questionar as
evidências inconsistentes e a confiabilidade de documentos e repostas a indagações. Também inclui a
consideração da suficiência e a adequação das evidências obtidas à luz das circunstâncias.

A menos que o trabalho envolva asseguração sobre a veracidade de documentos, registros e documentos,
podem ser aceitos como genuínos, a não ser que o auditor independente tenha razões para acreditar o
contrário. Mesmo assim, o auditor independente considera a confiabilidade da informação a ser usada como
evidência.

Não se pode esperar que o auditor independente desconsidere experiências passadas sobre a honestidade e a
integridade daqueles que fornecem evidências. Ainda assim, a crença de que aqueles que fornecem evidências
são honestos e íntegros não diminui a necessidade de o auditor manter o ceticismo profissional.

Julgamento profissional
O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada do trabalho de asseguração. Isso porque a
interpretação de requerimentos éticos e normas de asseguração relevantes e as decisões necessárias durante
o trabalho não podem ser tomadas sem a aplicação de treinamento, conhecimento e experiência necessária
aos fatos e circunstâncias. O julgamento profissional é necessário, particularmente, para decisões sobre:

• a materialidade e o risco do trabalho;

A materialidade é relevante ao planejar e realizar o trabalho de asseguração para determinar a natureza,


a época e a extensão dos procedimentos, bem como para avaliar se a informação do objeto está livre de
distorções. Os julgamentos profissionais sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias, mas não
são influenciadas pelo nível de asseguração, ou seja, para os mesmos usuários e propósitos previstos, a
materialidade do trabalho de asseguração razoável é a mesma utilizada em trabalho de asseguração
limitada, considerando que ela é determinada com base nas necessidades de informação dos usuários
previstos.

• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos usados para atender aos requerimentos das
normas de asseguração relevantes e obter evidências;
• avaliar se foram obtidas evidências apropriadas e suficientes e se algo mais precisa ser feito para
alcançar os objetivos das normas de asseguração aplicáveis. Especificamente, no caso de trabalho de
asseguração limitada, o julgamento profissional é requerido ao avaliar se um nível significativo de
asseguração foi obtido;
• no caso do trabalho direto, aplicação dos critérios ao objeto, e caso o auditor selecione ou desenvolva
o critério, a sua seleção ou seu desenvolvimento. No caso de trabalho de atestação, avaliar tais
julgamentos executados por terceiros;
• as conclusões apropriadas com base nas evidências obtidas.

A principal característica esperada do julgamento profissional do auditor independente é que ele seja exercido
por auditor cujo treinamento, conhecimento e experiência auxiliaram no desenvolvimento das competências
necessárias para alcançar julgamentos razoáveis.

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O exercício do julgamento profissional, em qualquer caso particular, é com base nos fatos e circunstâncias que
são conhecidos pelo auditor independente. A consulta em questões difíceis ou controversas durante o curso do
trabalho, quer dentro da equipe de trabalho, quer entre a equipe de trabalho e outros com nível apropriado,
dentro ou fora da firma, auxiliam o auditor independente a exercer julgamentos razoáveis.

O julgamento profissional pode ser avaliado com base se o julgamento alcançado reflete a aplicação
competente da asseguração e princípios de mensuração ou avaliação e se é adequado à luz dos, e consistente
com, fatos e circunstâncias que eram conhecidos pelo auditor independente até a data do relatório do auditor.

O julgamento profissional deve ser exercido durante todo o trabalho. O julgamento profissional não deve ser
usado como justificativa para decisões que não são, de outra forma, suportadas pelos fatos e circunstâncias do
trabalho ou por evidências apropriadas e suficientes.

Evidência suficiente e apropriada


A evidência suficiente e apropriada está correlacionada. A suficiência é a mensuração da quantidade de
evidências. A quantidade de evidência necessária é influenciada pelos riscos de a informação do objeto ser
distorcida de forma relevante (quanto maior forem os riscos, mais evidência será necessária) e também pela
qualidade dessas evidências (quanto melhor a qualidade, menos será necessária). Obter mais evidências,
contudo, pode não compensar a sua baixa qualidade.
Adequação é a mensuração da qualidade da evidência, ou seja, sua relevância e confiabilidade em fornecer
fundamentação para a conclusão do auditor independente.

A confiabilidade da evidência é influenciada por sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias
particulares sob as quais são obtidas. Generalizações sobre a confiabilidade de vários tipos de evidências
podem ser feitas; contudo, tais generalizações estão sujeitas a exceções importantes. Mesmo quando a
evidência é obtida de fontes externas, podem existir circunstâncias que poderiam afetar sua confiabilidade. Por
exemplo, evidência obtida de fonte externa pode não ser confiável se a fonte não for conhecida ou objetiva.
Enquanto se reconhece que possam existir exceções, as seguintes generalizações sobre a confiabilidade da
evidência podem ser úteis:

• a evidência é mais confiável quando é obtida de fontes externas às partes apropriadas;


• a evidência que é gerada internamente é mais confiável quando os controles relacionados são efetivos;
• a evidência obtida diretamente pelo auditor independente (por exemplo, na observação da efetividade
de controle) é mais confiável do que a evidência obtida indiretamente ou por dedução (por exemplo,
indagação sobre a efetividade do controle);
• a evidência formal é mais confiável, seja em papel, de forma eletrônica ou outra mídia (por exemplo, a
ata de reunião geralmente é mais confiável do que a representação verbal do que foi discutido).
Segurança maior é geralmente obtida de evidências consistentes de fontes ou de natureza diferentes do que
evidências consideradas individualmente (tal afirmação decorre de as evidências de auditoria serem, em regra,
persuasivas e não conclusivas). Adicionalmente, obter evidências de fontes ou de natureza diferente pode tanto
corroborar outras evidências quanto indicar que um item particular da evidência não é confiável. Quando a
evidência obtida de uma fonte é inconsistente com aquela obtida de outra, será necessário determinar quais
procedimentos adicionais devem ser executados para eliminar a inconsistência.

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A obtenção da evidência apropriada e suficiente é geralmente mais difícil na asseguração sobre a informação
do objeto, cobrindo um período de tempo, do que do objeto na data base. Adicionalmente, as conclusões
fornecidas sobre processos geralmente são limitadas ao período coberto pelo trabalho; o auditor independente
não fornece conclusão sobre se o processo irá continuar a funcionar no futuro de modo especificado.

É uma questão de julgamento profissional se evidências apropriadas e suficientes foram obtidas para
suportar a conclusão do auditor independente, o que envolve considerar a relação entre o custo e o
benefício da obtenção das evidências. O auditor utiliza o julgamento e exerce o ceticismo profissional ao
avaliar a quantidade e a qualidade das evidências e, portanto, sua suficiência e adequação para suportar
o relatório de asseguração.

(FCC – MPE/PE – 2012)

NÃO representa um requisito necessário para que o auditor possa conduzir adequadamente os trabalhos de
asseguração das demonstrações contábeis:

a) ceticismo profissional.
b) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para fundamentar seu parecer.

c) julgamento profissional.
d) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis da entidade auditada.

e) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.:


RESOLUÇÃO:

Em um trabalho de asseguração sobre demonstrações contábeis, o auditor NUNCA terá qualquer


responsabilidade pela elaboração das demonstrações financeiras (tal responsabilidade é da administração da
empresa e, em certa medida, dos responsáveis pela governança).
Com isso, apenas a alternativa D veicula um requisito não necessário (aliás, de fato, inexistente) para a
condução de trabalho de asseguração das demonstrações contábeis.

RESPOSTA: D

Materialidade
Conforme já vimos, a materialidade é relevante ao planejar e realizar o trabalho de asseguração para
determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos, bem como para avaliar se a informação do
objeto está livre de distorções.
Os julgamentos profissionais sobre materialidade devem ser feitos à luz das circunstâncias, mas não são
influenciadas pelo nível de asseguração, ou seja, para os mesmos usuários e propósitos previstos, a
materialidade do trabalho de asseguração razoável é a mesma utilizada em trabalho de asseguração limitada,
considerando que ela é determinada com base nas necessidades de informação dos usuários previstos.

Distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes se elas, individualmente ou em conjunto,


puderem, razoavelmente, influenciar as decisões relevantes dos usuários previstos tomadas com base na
informação do objeto.

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A consideração do auditor independente sobre a materialidade é um assunto de julgamento profissional, e é


influenciada pela percepção que o auditor possui sobre as necessidades comuns de informação dos usuários
previstos como um grupo. A menos que o trabalho tenha sido desenvolvido para atender às necessidades de
informações de usuários específicos, os possíveis efeitos das distorções para os usuários específicos, cuja
necessidade de informação possa variar amplamente, não são geralmente considerados.

A materialidade é considerada no contexto dos fatores qualitativos e, quando aplicável, a fatores


quantitativos. Ao considerar a materialidade em trabalho específico, a importância relativa de fatores
quantitativos e qualitativos é assunto de julgamento profissional.

A materialidade se refere à informação coberta pelo relatório de asseguração do auditor independente.


Portanto, quando o trabalho cobrir alguns, mas não todos, os aspectos da informação do objeto, a
materialidade é considerada em relação apenas àquela parte da informação que é coberta pelo trabalho.
Esquematicamente, podemos sintetizar a relevância da materialidade em cada uma das fases da auditoria:

Risco do trabalho
A informação do objeto pode não se relacionar adequadamente no contexto do objeto e dos critérios, e pode,
portanto, ser potencialmente distorcida de forma relevante. Isso ocorre quando a informação não reflete
apropriadamente a aplicação dos critérios para mensurar ou avaliar o objeto.
Risco do trabalho é o risco de o auditor independente expressar uma conclusão inadequada quando a
informação do objeto estiver distorcida de forma relevante. O risco do trabalho não se refere nem inclui os
riscos de negócio do auditor independente, tais como perdas em litígios, publicidade adversa, ou outros
eventos que surjam em conexão com a informação específica do objeto.

Eliminar totalmente o risco do trabalho é raramente alcançável ou possui um custo altíssimo em relação ao
benefício. Portanto, a “asseguração razoável” é menor do que asseguração absoluta, como resultado de
fatores, tais como:

• uso de testes seletivos;


• limitações inerentes ao controle interno;

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• fato de que muitas das evidências disponíveis ao auditor independente são persuasivas, ao invés de
conclusivas;
• uso de julgamento profissional ao obter e avaliar as evidências e formar as conclusões com base nessas
evidências;
• em alguns casos, as características do objeto quando avaliadas ou mensuradas pelos critérios.
Os riscos envolvidos no trabalho do auditor podem ser identificados em dois níveis: nível geral das
demonstrações contábeis e nível das afirmações.

Os riscos no nível geral da demonstração contábil referem-se às demonstrações contábeis como um todo e que
afetam potencialmente muitas afirmações. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação, por sua vez,
consistem em dois componentes (risco inerente e risco de controle), que estudaremos na sequência.

No quadro a seguir, sintetizamos os dois níveis de riscos envolvidos no trabalho do auditor:

RISCO NO NÍVEL GERAL RISCO NO NÍVEL


DAS DEMONSTRAÇÕES DAS AFIRMAÇÕES
Distorções relevantes potencialmente
pontuais, úteis na determinação da
Distorções relevantes potencialmente
natureza, época e extensão dos
disseminadas nas demonstrações
procedimentos adicionais de auditoria
contábeis como um todo, afetando
necessários para a obtenção de
potencialmente muitas afirmações
evidência de auditoria apropriada e
suficiente
No geral, os riscos do trabalho do auditor podem estar representados pelos seguintes componentes, apesar de
que nem todos esses componentes estarão necessariamente presentes ou serão significativos para todos os
trabalhos de asseguração:
(a) riscos, que não dependem diretamente do auditor independente, consistem em:
(i) risco inerente – a suscetibilidade da informação do objeto conter distorção relevante antes da
consideração de quaisquer controles aplicados pelas partes apropriadas; e

(ii) risco de controle – o risco de ocorrer distorção relevante na informação do objeto não seja evitado
por controle preventivo ou, detectado e corrigido, em tempo hábil, pelo controle interno
implementado pelas partes apropriadas; e

(b) riscos, que o auditor independente influencia diretamente, consistem em:


(i) risco de detecção – o risco de os procedimentos realizados pelo auditor independente não
detectarem distorção relevante; e

(ii) risco de mensuração ou avaliação – no caso de trabalho direto, o risco associado com a mensuração
ou avaliação que o auditor independente fizer do objeto pelos critérios.

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O nível pelo qual cada um desses componentes é relevante para o trabalho é influenciado pelas circunstâncias
do trabalho, em particular. A consideração de riscos é assunto de julgamento profissional, em vez de ser
passível de mensuração precisa. As circunstâncias podem estar relacionadas com:

• A natureza do objeto e a sua informação. Por exemplo, o conceito de controle de risco pode ser mais
útil quando a informação do objeto for relativa à preparação da informação sobre o desempenho da
entidade quando ele for relativo à informação sobre a eficácia de controle ou a existência de condição
física.
• O tipo de trabalho de asseguração (razoável ou limitada) que está sendo executado. Por exemplo, em
trabalhos de asseguração limitada, o auditor independente pode, frequentemente, decidir obter
evidência por outros meios que não sejam testes de controle. Neste caso, a consideração do risco de
controle pode ser menos relevante do que em trabalhos de asseguração razoável sobre a mesma
informação do objeto.
• Se for trabalho direto ou trabalho de atestação. Enquanto o conceito de risco de controle é relevante
ao trabalho de atestação, o conceito mais amplo de risco de mensuração ou avaliação é mais relevante
para trabalho direto.

Nos quadros infra, sintetizamos os riscos de distorção relevante (com seus elementos determinantes: risco
inerente e risco de controle) e o riso de detecção / mensuração (lembrando que o risco de auditoria é mensurado
em função dos riscos de distorção relevante e de detecção / mensuração:

RISCO INERENTE RISCO DE CONTROLE


Risco de que uma distorção relevante
Risco de que uma distorção relevante
não seja prevenida, detectada e corrigida
seja objeto de registro nas
tempestivamente pelos controles
demonstrações financeiras da entidade,
internos da entidade
antes de qualquer controle da entidade
(falha nos controles internos)

RISCO DE DISTORÇÃO RELEVANTE RISCO DE DETECÇÃO / MENSURAÇÃO

Demonstrações contábeis com Procedimentos de auditoria acabam não


distorção relevante antes da auditoria detectando uma distorção relevante
(risco inerente + risco de controle) (risco sob controle do auditor)

Natureza, época e extensão dos procedimentos


A combinação de procedimentos é tipicamente utilizada para obter tanto a asseguração razoável como a
asseguração limitada. Os procedimentos podem incluir:

• inspeção;
• observação;
• confirmação;
• recálculo;

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• reexecução;
• procedimentos analíticos; e
• indagação.

A exata natureza, a época e a extensão dos procedimentos variam de um trabalho para outro. Em teoria,
para muitos trabalhos de asseguração, são possíveis variações infinitas dos procedimentos. Na prática,
contudo, elas são difíceis de comunicar de forma clara e inequívoca.

Os procedimentos de auditoria, que são realizados na fase de sua execução, têm a finalidade de o auditor obter
evidências de auditoria apropriadas e suficientes que lhe permitam formar sua convicção acerca da mensuração
do objeto da auditoria. Graficamente, podemos sintetizar a relação entre os procedimentos de auditoria e a
obtenção de evidências na forma da figura infra:

Para a compreensão do objeto e de outras circunstâncias, tanto os trabalhos de asseguração razoável como de
asseguração limitada requerem a aplicação de habilidades e técnicas, bem como a obtenção de evidências
apropriadas e suficientes como parte do processo de trabalho iterativo e sistemático.
Segundo a NBC TA – Estrutura conceitual, o trabalho de asseguração razoável (aquele que tem o menor risco
de auditoria) deve considerar:
(a) identificar e avaliar o risco de distorção relevante na informação do objeto, com base na compreensão da
informação do objeto e de outras circunstâncias do trabalho;

(b) desenvolver e realizar procedimentos para responder aos ricos avaliados e obter asseguração razoável para
suportar a conclusão do auditor independente; e

(c) avaliar a suficiência e a adequação das evidências obtidas no contexto do trabalho e, se necessário nas
circunstâncias, tentar obter evidências adicionais.

A natureza, a época e a extensão dos procedimentos, para obterem evidências apropriadas e suficientes
em trabalho de asseguração limitada, são, por definição, limitadas se comparados com os necessários para
o trabalho de asseguração razoável.

Uma norma de asseguração específica para um objeto pode estabelecer que, por exemplo, as evidências
apropriadas e suficientes para um tipo específico de trabalho de asseguração limitada são obtidas

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primariamente por meio de procedimentos analíticos e indagações. Na ausência de normas de asseguração


para objetos específicos para outros tipos de asseguração limitada, os procedimentos analíticos e indagações
podem variar com as circunstâncias do trabalho, em particular, com o objeto e a necessidade de informações
dos usuários previstos e da contratante, incluindo restrições relevantes de tempo e custo. A determinação da
natureza, da época e da extensão dos procedimentos depende de julgamento profissional e varia de um
trabalho para outro.

O trabalho de asseguração limitada (aquele que tem um maior risco de auditoria) deve considerar:

(a) identificar as áreas em que uma distorção relevante da informação do objeto é capaz de surgir, com base na
compreensão do objeto e outras circunstâncias do trabalho;
(b) desenvolver e realizar procedimentos para abordar essas áreas e obter a asseguração limitada para suportar
a conclusão do auditor independente; e

(c) desenvolver e executar procedimentos adicionais para obter evidências, se o auditor independente tomar
conhecimento de assuntos que o levem a acreditar que a informação do objeto possa estar distorcida de forma
relevante.

Quantidade e qualidade das evidências disponíveis


Normalmente, a evidência disponível é persuasiva em vez de conclusiva. A quantidade ou a qualidade das
evidências disponíveis são influenciadas por:

(a) características do objeto ou da informação. Por exemplo, evidências menos objetivas podem ser esperadas
quando a informação for prospectiva ao invés de histórica (ver o item 40); e

(b) outras circunstâncias, como quando as evidências que possam ser razoavelmente esperadas não estiverem
disponíveis devido, por exemplo, à data de nomeação do auditor independente, à política de retenção de
documentos da entidade, a sistemas de informação inadequados, ou à restrição imposta pela parte
responsável.

No quadro infra, sintetizamos as informações relativas às evidências conclusivas e persuasivas:

EVIDÊNCIAS CONCLUSIVAS EVIDÊNCIAS PERSUASIVAS

Acúmulo de evidências permite a


Obtenção da certeza sobre algo expressão da opinião com risco
(incomum na auditoria externa) razoavelmente baixo
(segurança razoável)
Uma conclusão não modificada (aquele em que o auditor aponta não haver distorção relevante na mensuração
do objeto) não é apropriada tanto para o trabalho de asseguração razoável como para o trabalho de
asseguração limitada quando:

(a) as circunstâncias impedem que o auditor independente obtenha as evidências necessárias para reduzir os
riscos de trabalho ao nível apropriado; ou
(b) uma das partes envolvidas com o trabalho impõe uma restrição que impede o auditor independente de obter
as evidências necessárias para reduzir o risco de trabalho ao nível apropriado.

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Após estudarmos as temáticas afetas á materialidade, risco de auditoria, procedimentos de auditoria e


evidência de auditoria, é relevante apresentamos uma representação gráfica da relação entre tais temas:

Veja que:
- A materialidade definida pelo auditor afeta diretamente o risco de auditoria (quanto maior a materialidade,
maior o risco de auditoria, pois o auditor concentrará suas preocupações apenas em questões com importes
mais elevados; quanto menor a materialidade, maior a preocupação do auditor com distorções (potenciais ou
efetivas) de pequena monta;

- O risco de auditoria suportado pelo auditor impacta os procedimentos de auditoria planejados e


posteriormente executados. Quanto maior o risco de auditoria aceito pelo auditor, menos procedimentos de
auditoria serão realizados e a profundidade de tais procedimentos será menor; por outro lado, quando menor
o risco de auditoria aceito pelo auditor, há uma tendência de serem realizados mais procedimentos de auditoria
e com maior profundidade;

- Por fim, os procedimentos de auditoria são a principal fonte de obtenção de evidências pelo auditor.

Relatório de asseguração
O auditor independente forma sua conclusão com base nas evidências obtidas e emite o relatório escrito
contendo uma expressão clara dessa conclusão de asseguração. As normas de asseguração estabelecem
elementos básicos para os relatórios de asseguração.

No trabalho de asseguração razoável, a conclusão do auditor independente é expressa na forma positiva para
transmitir a sua opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto.

Exemplos de conclusões emitidas de forma apropriada em trabalhos de asseguração razoável incluem:

• quando expressas nos termos de determinado assunto e das normas, leis ou regulamentos aplicáveis,
“Em nossa opinião, a entidade cumpriu, em todos os aspectos relevantes, a lei XYZ”;
• quando expressas nos termos da informação do objeto e dos critérios aplicáveis “Em nossa opinião, as
demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição
patrimonial e financeira da entidade em [data], o desempenho de suas operações e seus fluxos de caixa
para o exercício findo naquela data de acordo com a estrutura XYZ”; ou

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• quando expressa nos termos de uma declaração feita pela parte responsável, “Em nossa opinião, a
declaração da [parte responsável] de que a entidade cumpriu com a lei XYZ está, em todos os aspectos
relevantes, adequadamente apresentada” ou “Em nossa opinião, a declaração da [parte responsável]
de que os principais indicadores de desempenho estão apresentados de acordo com os critérios XYZ
está, em todos os aspectos relevantes, adequadamente apresentada.” Por outro lado, no trabalho
direto, a conclusão do auditor independente é escrita nos termos de determinado objeto e critérios.

No trabalho de asseguração limitada, a conclusão do auditor independente é expressa de forma a transmitir se,
com base no trabalho realizado, algum fato chegou ao seu conhecimento que o levasse a acreditar que a
informação do objeto esteja distorcida de forma relevante, como por exemplo, “Com base nos procedimentos
realizados e nas evidências obtidas, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que a
entidade não tenha cumprido, em todos os aspectos relevantes, com a lei XYZ.”.

Vamos a duas figuras relativas aos relatórios exarados em trabalhos de asseguração razoável e limitada:

O auditor independente pode escolher o modelo de relatório de “forma curta” ou de “forma longa” para facilitar
a efetividade da comunicação com os usuários previstos. Relatórios de “forma curta” geralmente incluem
apenas os elementos básicos. Os relatórios de “forma longa” incluem outras informações e explicações que não
afetam a conclusão do auditor independente.

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Os relatórios em forma longa podem descrever com detalhe os termos do trabalho, os critérios usados, as
constatações relativas aos aspectos específicos do trabalho, os detalhes sobre as qualificações e a experiência
do auditor independente e de outros envolvidos com o trabalho, a divulgação dos níveis de materialidade e, em
alguns casos, as recomendações. A inclusão de qualquer dessas informações depende da sua relevância para
os usuários previstos.

No quadro infra, sintetizamos os modelos de relatórios de asseguração:

A conclusão do auditor independente é claramente separada das outras informações ou explicações que não
pretendem afetar a sua conclusão, incluindo quaisquer Ênfases, Outros Assuntos, constatações relativas a
aspectos específicos do trabalho, recomendações ou informações adicionais incluídas no relatório de
asseguração. A redação utilizada deixa bem claro que uma Ênfase, Outros Assuntos, constatações,
recomendações ou informações adicionais não pretendem afetar a conclusão do auditor.

A NBC TA 700 estabelece a estrutura do relatório do auditor independente, quando a mensuração do objeto da
auditoria são as demonstrações contábeis da empresa. Vamos relembrar tal estrutura, com destaque para a
seção em que é expressa a opinião do auditor:

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O auditor deve expressar uma opinião modificada nas seguintes circunstâncias:

(a) quando, no julgamento profissional do auditor independente, existe uma limitação de escopo, cujo efeito
do assunto pode ser relevante. Em tais casos, o auditor independente expressa uma conclusão com ressalva,
ou se abstém de uma conclusão. Em alguns casos, o auditor pode considerar se retirar do trabalho;

(b) quando, no julgamento profissional do auditor independente, a informação do objeto está relevantemente
distorcida. Em tais casos, o auditor expressa uma conclusão com ressalva ou adversa. No caso de trabalho
direto em que a informação do objeto é a conclusão do auditor independente, se ele concluir que parte, ou
todos os objetos, não está de acordo, em todos os aspectos relevantes, com os critérios, tal conclusão também
deve ser expressa com ressalvas (ou adversa, conforme o caso).
A conclusão com ressalvas é expressa quando os efeitos, ou possíveis efeitos, de um assunto das distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizados a ponto de requerer uma conclusão
adversa ou a abstenção de conclusão.

As figuras infra bem ilustram as modalidades de opinião do auditor independente, inclusive no que toca ao
cabimento de cada qual:

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(CESPE/CEBRASPE – TCE/PR – 2016)

As normas brasileiras de auditoria definem e descrevem elementos, objetivos e outros aspectos dos trabalhos
de asseguração. A respeito desse assunto, assinale a opção correta:
a) Ao conduzir os trabalhos de auditoria, o auditor deve procurar obter asseguração razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes e em conformidade com a estrutura do relatório
financeiro, bem como deve apresentar o relatório de auditoria em conformidade com as suas constatações.
b) As normas brasileiras de auditoria estabelecem dois tipos de trabalhos de asseguração: razoável e limitado.
O objetivo do primeiro tipo é reduzir o risco de trabalho de asseguração a um nível aceitável e o do segundo
tipo é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo.

c) No planejamento da auditoria, devem-se considerar aspectos como: procedimentos analíticos a serem


aplicados, como, por exemplo, os de avaliação de risco; entendimento global da estrutura jurídica e do
ambiente regulatório da entidade e como ela cumpre com os requerimentos dessa estrutura; a determinação
da materialidade, independentemente da relevância, bem como o envolvimento de especialistas e a aplicação
de outros procedimentos de avaliação de risco.
d) A estrutura conceitual estabelece normas próprias e exigências relativas a procedimentos para a execução
de trabalhos de asseguração.

e) A documentação de auditoria deve fornecer evidências do cumprimento dos objetivos específicos para os
quais a auditoria foi contratada. Entre esses objetivos inclui-se evitar fraudes nas informações contábeis
decorrentes da gestão.

RESOLUÇÃO:

A alternativa A veicula afirmação correta, pois corresponde exatamente os escopo e objetivo da auditoria de
demonstrações contábeis. Com isso, correta a alternativa A.

A alternativa B traz asserção errada, pois, é nos trabalhos de asseguração razoável que o risco de auditoria é
reduzido a um nível aceitavelmente baixo (nos trabalhos de asseguração limitada, o risco de auditoria é
reduzido a um nível aceitável.

A alternativa C veicula afirmação incorreta, pois, no planejamento da auditoria, a materialidade é definida em


função de relevância (e não independentemente dela, conforme consta da alternativa).

A alternativa D alberga asserção errada, pois a NBC TA – Estrutura Conceitual não estabelece nenhuma norma.
A alternativa E traz afirmação incorreta, pois o auditor independente não é responsável pela prevenção de
fraudes (tal responsabilidade é da administração da empresa.

RESPOSTA: A

Se, após o trabalho ter sido aceito, for descoberto que uma ou mais precondições para o trabalho de
asseguração não estão presentes, o auditor independente discute a questão com as partes apropriadas e
estabelece:

(a) se o assunto pode ser resolvido de modo a satisfazer o auditor independente;

(b) se é apropriado dar continuidade ao trabalho; e

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(c) em caso afirmativo, como comunicar o assunto no relatório de asseguração.

Segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, “se, após a aceitação do trabalho, for descoberto que parte ou todos
os critérios são inadequados ou que parte ou todos os objetos não são apropriados para o trabalho de asseguração,
o auditor independente pode considerar retirar-se do trabalho, caso seja possível de acordo com lei ou regulamento.
Se o auditor der continuidade ao trabalho, ele expressa:

(a) conclusão com ressalvas ou adversa dependendo de quanto o assunto for relevante e generalizado, quando, no
julgamento profissional do auditor, o critério inadequado ou objeto inapropriado estiver propenso a induzir os
usuários previstos ao erro; ou

(b) conclusão com ressalvas ou abstenção da conclusão, dependendo do julgamento profissional do auditor
independente de quanto o assunto for relevante e generalizado, em outros casos”.

(CESPE/CEBRASPE – CGE/PI – 2015)


Com relação a elaboração, divulgação, auditoria de relatórios contábil-financeiros e trabalhos de auditoria
independente em geral, julgue o item que se segue:

Se um auditor independente constatar que, após o trabalho ter sido aceito, o objeto não é apropriado para o
trabalho de asseguração, ele deverá emitir uma conclusão com ressalvas, independentemente de quão
relevante lhe parecer o fato.

é determinado pela gerência; na segunda, pelo conselho de administração.


CERTO ERRADO

RESOLUÇÃO:

Conforme vimos acima, não é cabível sempre a expressão de opinião com ressalva na situação relatada, sendo
relevante transcrevermos o competente excerto da NBC TA – Estrutura Conceitual:
“Se, após a aceitação do trabalho, for descoberto que parte ou todos os critérios são inadequados ou que parte ou
todos os objetos não são apropriados para o trabalho de asseguração, o auditor independente pode considerar
retirar-se do trabalho, caso seja possível de acordo com lei ou regulamento. Se o auditor der continuidade ao
trabalho, ele expressa:

(a) conclusão com ressalvas ou adversa dependendo de quanto o assunto for relevante e generalizado, quando, no
julgamento profissional do auditor, o critério inadequado ou objeto inapropriado estiver propenso a induzir os
usuários previstos ao erro; ou
(b) conclusão com ressalvas ou abstenção da conclusão, dependendo do julgamento profissional do auditor
independente de quanto o assunto for relevante e generalizado, em outros casos”.

RESPOSTA: Errado

Outras partes
Outras responsabilidades de comunicação
O auditor considera, nos termos do trabalho e de outras circunstâncias do trabalho, se algum assunto que
chegou ao seu conhecimento deve ser comunicado à parte responsável, ao mensurador ou avaliador, à parte
contratante, aos responsáveis pela governança ou a outros.

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Documentação
A documentação do trabalho fornece o registro da base para o relatório de asseguração quando preparada em
tempo hábil e for apropriada e suficiente para permitir que um auditor independente experiente, sem conexão
prévia com o trabalho, compreenda:

(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos realizados para cumprir com as normas de asseguração
relevantes e requerimentos de leis e regulamentos;

(b) o resultado dos procedimentos realizados e as evidências obtidas; e

(c) os assuntos relevantes que surgirem durante o trabalho, as conclusões alcançadas e os julgamentos
profissionais significativos exercidos para se chegar a tais conclusões.

A documentação do trabalho inclui como o auditor endereçou qualquer inconsistência entre as informações
por ele identificadas e a sua conclusão final relacionada com um assunto relevante.

Uso inapropriado do nome do auditor independente


O auditor independente está associado com o objeto ou com a informação do objeto relacionada, quando o
auditor reporta informações sobre o objeto ou consente com o uso de seu nome em conexão profissional com
esse objeto ou com a informação do objeto relacionada. Se o auditor não estiver associado dessa maneira,
terceiros não podem assumir a responsabilidade do auditor. Se o auditor independente descobrir que uma
parte está usando o seu nome indevidamente em associação com o objeto ou com a informação do objeto
relacionada, ele deve exigir que essa parte cesse essa ação. O auditor também deve considerar quais outras
ações podem ser necessárias, como informar quaisquer terceiros conhecidos do uso inapropriado do seu nome
ou procurar assistência legal.

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Questões de prova comentadas


1. (FGV – Auditor de Controle Externo – TCE/PI – 2021)

De acordo com as especificidades do objeto e do escopo do trabalho de auditoria, essa pode ser classificada em
diversos tipos.
A atividade de auditoria definida como um processo de avaliação do desempenho real, em confronto com o
esperado, seguida da apresentação de recomendações para melhoria do desempenho da organização, é
classificada como auditoria:

a) de compliance;

b) de regularidade;

c) de sistemas;

d) especial;

e) operacional.

RESOLUÇÃO:

A auditoria operacional, também denominada auditoria de conformidade ou procedimental, consiste na


revisão sistemática de programas, atividades ou segmentos operacionais, com a finalidade de avaliar se a
organização está atingindo os objetivos operacionais estabelecidos. Assim, pode-se entender que a auditoria
operacional é o processo de avaliação do desempenho real, em confronto com o esperado. Como
consequência, é natural que em seguida haja apresentação de recomendações para melhoria do desempenho
da organização.

Portanto, correta a alternativa E.


RESPOSTA: E

2. (Instituto AOCP – Auditor – UFOB – 2020)

A auditoria externa é realizada por profissionais empregados da própria entidade auditada que, além das
informações contábeis e financeiras, se preocupa com os aspectos operacionais.
CERTO ERRADO
RESOLUÇÃO:

A auditoria externa é realizada por auditores independentes, os quais são necessariamente contadores
externos à entidade auditada. A independência está vinculada à objetividade e integridade, compreendendo:
a) independência de pensamento, a qual permite a apresentação de conclusão que não sofra efeitos de
influências que comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa atue com integridade,
objetividade e ceticismo profissional; b) aparência de independência, de forma a evitar fatos e circunstâncias
que possam levar a conclusão que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da firma, ou de
membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos. Diante desses fatores, percebe-se a

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incompatibilidade entre a necessidade de independência e eventual relação de emprego entre membro da


equipe de auditoria e a empresa auditada.
Portanto, incorreta a assertiva.

RESPOSTA: E

3. (CESPE/CEBRASPE – Auditor Conselheiro Substituto – TC-DF – 2021)

O nível de independência dos auditores externos é maior que o dos auditores internos.

CERTO ERRADO

RESOLUÇÃO:

A auditoria externa é realizado por auditores independentes, os quais são necessariamente contadores
externos à entidade auditada. Já os auditores internos, em regra, são empregados da entidade auditada, com
subordinação à alta administração, fato esse que limita sua independência, quando comparados aos auditores
externos.
Com isso, correta a assertiva.

RESPOSTA: C

4. (Instituto AOCP – Auditor – UFOB – 2020)

É uma técnica que visa, após aplicação de procedimentos específicos, com base em normas profissionais e de
forma independente, à emissão de opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis ou financeiras.
Surge, dessa forma, o conceito de auditoria. Em relação à auditoria, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o
item a seguir.
A auditoria externa tem como objetivo atender as necessidades da administração.
Logo, a extensão (escopo) dos seus trabalhos será sempre definida em função dos anseios da alta direção.

CERTO ERRADO

RESOLUÇÃO:

A auditoria independente de demonstrações contábeis tem por objetivo aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários, mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se
as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável. Logo, a auditoria externa é independente, não tendo como objetivo
atender as necessidades da administração. Tampouco o escopo é sempre definido em função dos anseios da
alta direção.

Com isso, incorreta a assertiva.


RESPOSTA: E

5. (CESPE – Especialista em Regulação – ANAC – 2012)

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A auditoria interna se distingue da auditoria externa, entre outros aspectos, por ser responsável pelo exame
dos processos operacionais, contábeis e sistêmicos.
CERTO ERRADO

RESOLUÇÃO:

A auditoria interna tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para
o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções
para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

Com isso, correta a assertiva.

RESPOSTA: C

6. (VUNESP – Contador Judiciário – TJ-SP – 2015)

Quanto às diferenças entre auditoria externa e interna, é correto afirmar:

a) o auditor externo não pode ter vínculo empregatício com a empresa.


b) enquanto a auditoria externa deve ser realizada por contador com registro no CRC, o Conselho Federal de
Contabilidade não exige o mesmo na auditoria interna.

c) o objetivo da auditoria externa é assistir à administração no cumprimento dos seus objetivos.


d) a auditoria externa é desenvolvida continuamente ao longo do tempo.
d) a auditoria interna é feita, necessariamente, por um empregado da empresa.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as alternativas apresentadas!


a) Correta. A auditoria externa é realizado por auditores independentes, os quais são necessariamente
contadores externos à entidade auditada.

b) Incorreta. A auditoria externa deve ser exercida por contadores com registro em Conselho Regional de
Contabilidade (CRC). Embora exista alguma controvérsia quanto à extensão dessa obrigatoriedade aos
auditores internos, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) incluiu a auditoria interna e operacional entre as
atribuições privativas dos profissionais da contabilidade, conforme art. 3º da Resolução CFC nº 1.640/2021.

c) Incorreta. A auditoria externa (trabalho de asseguração) é o trabalho no qual o auditor independente visa
obter evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de
confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os
critérios que sejam aplicáveis. Assim, a auditoria externa não tem como objetivo assistir à administração no
cumprimento dos seus objetivos.

d) Incorreta. Em regra, a auditoria externa é contratada a cada período. Ainda que seja possível não haver um
novo acordo por período em uma auditoria recorrente, o trabalho, em regra, abrange o período das
demonstrações contábeis.

e) Incorreta. Em regra, a auditoria é realizada por empregados da empresa. Porém não há impedimento que
um profissional externo à empresa seja contratado para realizar a auditoria interna.

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RESPOSTA: A

7. (FUNCAB – Auditor de Tributos Fiscais – Prefeitura de Vassouras – 2013)


Assinale a característica da auditoria interna que a difere da auditoria externa.

a) O alto grau de autonomia e de objetividade da função.


b) Os meios utilizados para alcançar seus respectivos objetivos.

c) Os objetivos da função determinados pelos responsáveis pela governança.

d) A responsabilidade pela opinião expressa a respeito dos resultados da auditoria.

e) A definição clara da natureza, da época e da extensão dos procedimentos de auditoria.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as alternativas apresentadas!

a) Incorreta. A auditoria interna dispõe de menor autonomia, visto que há subordinação entre o auditor interno,
normalmente empregado da empresa, e a alta administração.

b) Incorreta. Os meios utilizados pela auditoria interna para atingir seus objetivos não diferem, em essência,
daqueles utilizados pela auditoria externa.

c) Correta. A auditoria interna tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando
subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da
recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. Já a auditoria externa visa
obter evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de
confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os
critérios que sejam aplicáveis. Assim, ao contrário da auditoria interna, a auditoria externa não tem como
objetivo assistir à administração no cumprimento dos seus objetivos.

d) Incorreta. O auditor interno, em regra, tem responsabilidade trabalhista pelo resultado dos seus trabalhos
expressos no relatório. Já o auditor externo tem responsabilidade pela conclusão emitida no relatório, podendo
responder, conforme o caso, nas esferas cível e criminal

e) Incorreta. O auditor interno está vinculado às diretrizes estabelecidas pela administração da entidade.

RESPOSTA: C

8. (Instituto AOCP – Auditor – UFPB – 2018)

Em relação aos procedimentos de auditoria, é correto afirmar que

a) tratam de operações realizadas somente na área dos estoques de uma empresa.

b) representam um conjunto de técnicas aplicadas sobre as demonstrações financeiras ou contábeis.


c) apresentam, ao final dos trabalhos, um saldo positivo da conta “Caixa” da empresa auditada.

d) o procedimento da conferência de cálculos é o único permitido pela legislação vigente.

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e) a conferência de contas a receber de clientes é facultativa, desde que não haja operações com o mercado
internacional.
RESOLUÇÃO:

Os procedimentos de auditoria representam um conjunto de técnicas, realizados na fase de sua execução, com
a finalidade de fornecer ao auditor evidências de auditoria apropriadas e suficientes que lhe permitam formar
sua convicção acerca da mensuração do objeto da auditoria. Assim, correta a alternativa B.

As alternativas A e C veiculam definições incorretas de procedimentos de auditoria.

A alternativa D está incorreta, pois há vários outros procedimentos de auditoria previstos, como inspeção,
observação, confirmação, recálculo, reexecução, procedimentos analíticos e indagação.
A alternativa E trata de uma relação inexistente, pois a conferência de contas não está condicionada a
operações com o mercado internacional.
RESPOSTA: B

9. (CESPE/CEBRASPE – Analista em Desenvolvimento Regional – CODEVASF – 2021)

O auditor independente é responsável pela prevenção de fraudes ou erros e deve conduzir seus trabalhos para
auxiliar a entidade auditada a identificar exposições significativas aos riscos.
CERTO ERRADO
RESOLUÇÃO:

O auditor independente não é responsável pela prevenção de fraudes e erros. Na verdade, sua preocupação
com a detecção e a prevenção de fraudes ocorre apenas de forma incidental, a menos que haja possibilidade
de substancialmente afetar as demonstrações financeiras.
Portanto, incorreta a assertiva.

RESPOSTA: E

10. (Instituto AOCP – Perito Oficial Criminal – PC-ES – 2019)

A respeito da auditoria, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.

II. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua administração com
supervisão geral dos responsáveis pela governança.

III. É função precípua da auditoria a detecção de erros e fraudes nas entidades, com base nos registros contábeis
existentes.

a) Apenas II.
b) I, II e III.

c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.

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e) Apenas I.

RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada uma das afirmativas:

I. Correta. A auditoria independente de demonstrações contábeis tem por objetivo aumentar o grau de
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários, mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

II. Correta. A responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis sujeitas à auditoria é da
administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança.
III. Incorreta. A preocupação do auditor com a detecção de fraudes e erros ocorre apenas de forma incidental,
a menos que haja possibilidade de substancialmente afetar as demonstrações financeiras.
Assim, correta a alternativa C.

RESPOSTA: C

11.(CESPE/CEBRASPE – Auditor Fiscal – SEFAZ-DF – 2020)


A opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis assegura a viabilidade futura da entidade, assim como
assegura a eficiência da administração na condução dos negócios dessa entidade.
CERTO ERRADO
RESOLUÇÃO:

A opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis trata de determinar se as demonstrações contábeis são
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro
aplicável. No entanto, a opinião do auditor, não assegura, por exemplo, a viabilidade futura da entidade nem a
eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade.
Sendo assim, incorreta a assertiva.
RESPOSTA: E

12. (FGV – Auditor Administrativo – FUNSAUDE – 2021)

Os princípios fundamentais de ética profissional para o auditor, quando da condução de auditoria de


demonstrações contábeis, estão listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

a) Agilidade.

b) Integridade.

c) Objetividade
d) Confidencialidade.

e) Conduta profissional.
RESOLUÇÃO:

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Conforme a NBC PG 100, o auditor independente deve cumprir os seguintes princípios éticos: integridade,
objetividade, competência e zelo profissionais, sigilo profissional e comportamento profissional.
Assim, a agilidade (alternativa A) é a única que não faz parte dentre os princípios éticos listados acima.

RESPOSTA: A

13.(Instituto AOCP – Fiscal de Tributos Municipais – Prefeitura de Cariacica – 2020)

Em consonância com a estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, o auditor independente é


requerido a cumprir os seguintes princípios éticos:

a) integridade, objetividade, competência, zelo profissional, sigilo profissional e comportamento profissional.

b) integridade, apreço, objetividade, competência, honestidade, sigilo profissional e comportamento


profissional.

c) integridade, apreço, imparcialidade, honestidade, competência, solidariedade, harmonia com a classe.

d) integridade, objetividade, competência, tempestividade, probidade profissional e sigilo profissional.


RESOLUÇÃO:

Conforme a NBC PG 100, o auditor independente deve cumprir os seguintes princípios éticos: integridade,
objetividade, competência e zelo profissionais, sigilo profissional e comportamento profissional. No Código de
Ética Profissional do Contador consta a honestidade como um dos deveres do contador, tratando-a como
sinônimo de integridade. Entretanto, a maioria das questões de prova costuma cobrar a literalidade do texto
veiculado em NBC TA, de forma a não considerar a honestidade como um equivalente da integridade.

Assim, correta a alternativa A.


RESPOSTA: A

14. (FGV – Agente de Fiscalização – TCM/SP – 2015)

De acordo com a NBC TA que trata da estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, nesses trabalhos o
auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros
usuários previstos acerca do resultado de avaliações ou mensurações efetuadas. O trabalho de asseguração
requer a consideração de alguns elementos. Das opções a seguir, a que NÃO constitui um dos elementos do
trabalho de asseguração é:
a) critérios adequados;

b) evidências apropriadas e suficientes;

c) objeto apropriado;

d) relatório de asseguração escrito na forma apropriada;


e) relacionamento entre, pelo menos, duas partes (contratante e auditor).

RESOLUÇÃO:
Os elementos do trabalho de asseguração são os seguintes:

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(a) relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos;

(b) objeto apropriado;

(c) critérios aplicáveis;

(d) evidências apropriadas e suficientes; e

(e) relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de


asseguração limitada.

A alternativa E é a única em desacordo com a norma, visto que o relacionamento envolve três partes: o auditor
independente, a parte responsável e os usuários previstos.

RESPOSTA: E

15. (FGV – Auditor de Finanças e Controle do Tesouro Estadual – SEFAZ/AM – 2022)


Os auditores devem preparar documentação de auditoria suficientemente detalhada para permitir que a
natureza, a época, o escopo e os resultados dos procedimentos executados, a evidência de auditoria
obtida para fundamentar as conclusões e as recomendações da auditoria, o raciocínio por trás de todas as
questões relevantes que exigiram o exercício de julgamento profissional e as respectivas conclusões sejam
entendidos pelos /por
a) diretores da entidade, que não estão diretamente envolvidos com as atividades auditadas.
b) um estudante de contabilidade, que ainda não estudou as normas de auditoria.
c) um auditor experiente, sem nenhum conhecimento prévio da auditoria.

d) um usuário que tem conhecimento razoável das atividades da entidade e que revisam e analisam as
informações de modo detalhado.
e) órgãos reguladores que acompanham e fiscalizam a entidade auditada.

RESOLUÇÃO:
A documentação do trabalho de auditoria deve ser apropriada e suficiente para permitir que um auditor
experiente, sem relação prévia com o trabalho, compreenda:

(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos realizados para cumprir com as normas de asseguração
relevantes e requerimentos de leis e regulamentos;

(b) o resultado dos procedimentos realizados e as evidências obtidas; e


(c) os assuntos relevantes que surgirem durante o trabalho, as conclusões alcançadas e os julgamentos
profissionais significativos exercidos para se chegar a tais conclusões.

Portanto, correta a alternativa C.

RESPOSTA: C

16. (VUNESP – Controlador Interno – Pauliprev – 2018)

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Sobre o objetivo e o alcance da auditoria de demonstrações contábeis, é correto afirmar que

a) o objetivo da auditoria é confirmar que as informações apresentadas pelos administradores nas


demonstrações financeiras são verdadeiras, sem espaço para dúvidas.

b) o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários,
mediante a expressão de uma opinião pelo auditor.

c) a auditoria das demonstrações contábeis exime de responsabilidades a administração ou os responsáveis


pela governança da entidade auditada.

d) as normas brasileiras aplicáveis aos trabalhos de auditoria exigem, como base para a opinião do auditor, que
ele obtenha segurança absoluta de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção
relevante.

e) a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião é de natureza
conclusiva e não persuasiva.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as alternativas apresentadas!


a) Incorreta. Na auditoria contábil há o denominado risco de auditoria, ou seja, o auditor não precisa obter
certeza absoluta acerca das informações objeto da auditoria para expressar sua opinião.
b) Correta. A auditoria independente de demonstrações contábeis tem por objetivo aumentar o grau de
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários, mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

c) Incorreta. A responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis sujeitas à auditoria é da


administração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela governança, não sendo eximida pela auditoria.
d) Incorreta. O auditor independente forma sua conclusão com base nas evidências obtidas, as quais são em
geral persuasivas e não conclusivas. Assim, o auditor não precisa obter certeza absoluta acerca das informações
objeto da auditoria para expressar sua opinião.

e) Incorreta. Em regra, a evidência disponível é persuasiva em vez de conclusiva.


RESPOSTA: B

17.(FEPESE – Controlador Interno – Prefeitura de São Carlos – 2021)


O objetivo da auditoria das demonstrações contábeis é:

a) examinar o grau de importância das demonstrações contábeis de que foram elaboradas, em alguns aspectos
relevantes, de acordo com normas brasileiras e internacionais de contabilidade.

b) contribuir com a relevância das informações contábeis e gerenciais para órgãos reguladores de mercado,
como por exemplo o Banco Central (BACEN), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Receita Federal do
Brasil (RFB).

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c) verificar a relevância do conjunto das demonstrações contábeis para órgãos reguladores contábeis nacionais
e internacionais, como por exemplo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), o International Accounting Standards Board (IASB).

d) certificar a qualidade das informações contábeis e gerenciais para os órgãos reguladores contábeis em geral,
como por exemplo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Instituto Brasileiro de Auditores
Independentes (IBRACON) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

e) aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis de que foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

RESOLUÇÃO:
A auditoria independente de demonstrações contábeis tem por objetivo aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários, mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se
as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável.

Assim, correta a alternativa E.

RESPOSTA: E

18. (VUNESP – Controlador Interno – Pauliprev – 2018)


“Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em consideração as circunstâncias
envolvidas e são afetados pela percepção que o auditor tem das necessidades dos usuários das demonstrações
contábeis e pelo tamanho ou natureza de uma distorção, ou por uma combinação de ambos.”
(NBC-TA 200 (R1))

Esse texto está ligado ao conceito fundamental de materialidade, a respeito do qual é correto afirmar que
a) em geral, as distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável esperar que,
individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas
demonstrações contábeis.
b) a opinião do auditor considera as demonstrações contábeis em todas as suas partes e, portanto, o auditor é
responsável pela detecção de distorções, ainda que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis
como um todo.
c) é aplicado pelo auditor apenas no planejamento da auditoria, pois, na fase de execução, deve vigorar o
princípio do conservadorismo, o qual determina que qualquer distorção nas demonstrações contábeis deve
conduzir a uma opinião negativa.
d) julgamentos sobre materialidade são feitos em termos abstratos, apartados das circunstâncias concretas
envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou pela combinação de ambos.
e) na avaliação da materialidade, é considerado o possível efeito de distorções sobre usuários individuais
específicos, visto que suas necessidades podem variar significativamente.
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar as alternativas apresentadas!

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a) Correta.
b) Incorreta. O auditor deve obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção relevante.
c) Incorreta. A materialidade é relevante ao planejar e ao realizar o trabalho de auditoria para determinar a
natureza, a época e a extensão dos procedimentos, bem como para avaliar se a informação do objeto está livre
de distorções.
d) Incorreta. Os julgamentos profissionais sobre materialidade devem ser feitos à luz das circunstâncias.
e) Incorreta. A consideração do auditor independente sobre a materialidade é um assunto de julgamento
profissional, e é influenciada pela percepção que o auditor possui sobre as necessidades comuns de informação
dos usuários previstos como um grupo. A menos que o trabalho tenha sido desenvolvido para atender às
necessidades de informações de usuários específicos, os possíveis efeitos das distorções para os usuários
específicos, cuja necessidade de informação possa variar amplamente, não são geralmente considerados.

RESPOSTA: A

19. (CESPE/CEBRASPE – Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-AL – 2021)


A asseguração da auditoria do balanço patrimonial não permite distorções; assim, o auditor não pode
estabelecer um valor abaixo do qual as distorções de valores de demonstração contábil seriam consideradas
triviais e aceitáveis.
CERTO ERRADO

RESOLUÇÃO:

Distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente esperado que essas
possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base
nas demonstrações contábeis. Assim, é incorreta a informação de que a asseguração da auditoria do balanço
patrimonial não permite distorções.

RESPOSTA: E

20. (FCC – Analista Judiciário – TRT 23ª Região – 2016)

Nos termos da NBC TA 200, um dos objetivos gerais do auditor ao conduzir a auditoria de demonstrações
contábeis é obter segurança razoável de que essas demonstrações

a) estão corrigidas monetariamente.


b) atendem a estrutura orgânica da entidade.

c) passaram por processo de revisão.

d) foram examinadas por órgãos de controle externo.

e) estão livres de distorções relevantes, como um todo.

RESOLUÇÃO:

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O auditor deve obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante.

Assim, correta a alternativa E.

RESPOSTA: E

21. (FEPESE – Controlador Interno – Prefeitura de São Carlos – 2021)

As evidências de auditoria são informações utilizadas para fundamentar as conclusões e a opinião do auditor.

As evidências de auditoria devem contemplar os seguintes aspectos:

a) a adequação, que consiste na medida da quantidade da informação, e a suficiência que consiste na medida
da qualidade da informação.

b) a confiabilidade, que consiste na medida da quantidade da informação, e a relevância, que consiste na


medida da qualidade da informação.

c) a suficiência, que consiste na medida da qualidade da informação, e a veracidade, que consiste na medida da
quantidade da informação.

d) a suficiência, que consiste na medida da quantidade da informação, e a adequação que consiste na medida
da qualidade da informação.
e) a adequação, que consiste na medida da qualidade da informação, e a oportunidade, que consiste na medida
da quantidade da informação.

RESOLUÇÃO:

A suficiência é a medida da quantidade de evidências.

A adequação é a medida da qualidade da evidência, ou seja, sua relevância e confiabilidade em fornecer


fundamentação para a conclusão do auditor independente.
Portanto, correta a alternativa D.

RESPOSTA: D

22. (UFCG – Auditor – UFCG – 2019)

As Evidências de auditoria constituem os achados e informações utilizadas pelo auditor para obter conclusões
que irão fundamentar sua opinião. Dentre os atributos de qualidade das evidências encontra-se a suficiência,
que é definida como:

a) Refere-se ao grau de relação entre os critérios e objetivos da auditoria.

b) Representa a força ou credibilidade da evidência em dar suporte às conclusões do auditor, sendo pertinente
e relevante ao achado de auditoria.

c) Envolve a medida da quantidade de evidência, em que o auditor é levado a um grau razoável de


convencimento a respeito da veracidade dos fatos examinados.
d) Garantia de que serão obtidos os mesmos resultados caso a auditoria seja repetida.

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e) Quando ocorre coerência com as observações, conclusões e as recomendações de auditoria.

RESOLUÇÃO:

A suficiência é a medida da quantidade de evidências. O auditor avalia a quantidade e a qualidade das


evidências e, portanto, sua suficiência e adequação para suportar o relatório de asseguração.

Portanto, correta a alternativa C.

RESPOSTA: C

23.(CESPE/CEBRASPE – Analista de Processos Contábeis – Apex-Brasil – 2021)


Assinale a opção que, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, corresponde às características
que compõem a medida da qualidade da evidência de auditoria, as quais fornecem suporte às conclusões em
que se fundamenta a opinião do auditor.

a) relevância e confiabilidade

b) suficiência e precisão
c) suficiência e confiabilidade

d) exatidão.

e) objetividade e tempestividade.
RESOLUÇÃO:
Adequação é a medida da qualidade da evidência, ou seja, sua relevância e confiabilidade em fornecer
fundamentação para a conclusão do auditor independente.

Portanto, correta a alternativa A.


RESPOSTA: A

24. (CESPE/CEBRASPE – Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ/RS – 2019)

A emissão de opinião inadequada do auditor sobre demonstrações contábeis finais que contenham distorção
relevante caracteriza o risco
a) de auditoria.
b) de controle.
c) de detecção.
d) de distorção relevante.
e) inerente.
RESOLUÇÃO:
Risco de auditoria é o risco de que o auditor não consiga identificar distorção relevante existente no resultado
da mensuração do objeto da auditoria e, em decorrência disso, acabar expressando uma opinião inadequada.
Assim, correta a alternativa.

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RESPOSTA: A

25.(FGV – Auditor Administrativo – FUNSAUDE – 2021)


Leia o fragmento a seguir:
Risco de _____________ é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. É uma função dos riscos de _________________ e
do risco de _____________.
Assinale a opção cujos termos completam corretamente as lacunas do fragmento acima.
a) auditoria - de distorção relevante - de detecção
b) detecção – inerente - de controle
c) detecção - de distorção relevante - de auditoria
d) distorção relevante – inerente - de controle
e) distorção relevante - de auditoria - de detecção
RESOLUÇÃO:
Risco de auditoria é o risco de que o auditor não consiga identificar distorção relevante existente no resultado
da mensuração do objeto da auditoria e, em decorrência disso, acabar expressando uma opinião inadequada.
O risco de auditoria é medido em função dos riscos de distorção relevante (risco inerente + risco de controle)
e o risco de detecção/mensuração.
Assim, a alternativa A é a que contém os termos adequados para completar as lacunas.

RESPOSTA: A

26. (CESPE/CEBRASPE – Analista Legislativo – AL/CE – 2021)


A possibilidade de o auditor não detectar distorção relevante existente em demonstrações contábeis
caracteriza o risco
a) inerente.

b) de auditoria.
c) de detecção.

d) de distorção relevante.

e) de controle.

RESOLUÇÃO:
O risco de detecção é o risco de os procedimentos realizados pelo auditor independente não detectarem
distorção relevante.

Portanto correta a alternativa C.

REPOSTA: C

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27.(CESPE/CEBRASPE – Analista Legislativo – AL/CE – 2021)


Com referência aos riscos envolvidos em uma auditoria, assinale a opção correspondente àqueles que não são
afetados pelo trabalho do auditor.

a) risco residual e risco de detecção


b) risco de auditoria e risco de amostragem
c) risco de auditoria e risco de detecção
d) risco de distorção relevante e risco de amostragem
e) risco inerente e risco de controle
RESOLUÇÃO:
Os riscos que não são afetados pelo trabalho do auditor são:
(i) risco inerente: a suscetibilidade da informação do objeto conter distorção relevante antes da consideração
de quaisquer controles aplicados pelas partes apropriadas; e
(ii) risco de controle: o risco de ocorrer distorção relevante na informação do objeto não seja evitado por
controle preventivo ou, detectado e corrigido, em tempo hábil, pelo controle interno implementado pelas
partes apropriadas.
Portanto, correta a alternativa E.

RESPOSTA: E

28. (FGV – Auditor Administrativo – FUNSAUDE – 2021)


Um relatório de auditoria com opinião modificada compreende um relatório com opinião

a) com ressalva, somente.

b) com ressalva ou adversa, somente.

c) adversa ou abstenção de opinião, somente.

d) com ressalva ou abstenção de opinião, somente.


e) com ressalva, adversa ou abstenção de opinião.

RESOLUÇÃO:

A opinião modificada pode ser: opinião com ressalva, opinião adversa e abstenção de opinião.
Assim, correta a alternativa E.

GABARITO: E

29. (FEPESE – Controlador Interno – Prefeitura de São Carlos – 2021)

A opinião do auditor independente sobre o conjunto das demonstrações contábeis, bem como sobre as
transações de um exercício social de uma entidade, classifica-se em:

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a) Opinião sem ressalva, Opinião com ressalva, Opinião com ênfase e Opinião integral.

b) Opinião sem ênfase, Opinião com ênfase, Opinião adversa e Opinião limpa.
c) Opinião limpa, Opinião sem ênfase, Opinião limitada e Opinião integral.

d) Abstenção de opinião, Opinião adversa, Opinião com ressalva e Opinião sem ressalva.

e) Opinião sem ressalva, Negativa de opinião, Opinião circunstanciada, Opinião limitada.

RESOLUÇÃO:

A opinião do auditor pode ser:

(i) Opinião não modificada (sem ressalva)

(ii) Opinião modificada, que por sua vez pode ser de três tipos: opinião com ressalva, opinião adversa e
abstenção de opinião.

Assim, correta a alternativa D


RESPOSTA: D

30. (FGV – Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFIN/RO – 2018)

Ao auditar uma sociedade empresária, o auditor independente concluiu que os estoques estão superavaliados.
A distorção é considerada relevante, no entanto não é generalizada para as demonstrações contábeis.
Nesse caso, o auditor independente deve emitir um relatório com
a) opinião sem ressalva.

b) opinião com ressalva.

c) opinião adversa.
d) abstenção de opinião.

e) parágrafo de ênfase.

RESOLUÇÃO:
O auditor deve expressar uma “opinião com ressalva” quando não é possível para ele obter evidência
apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de
distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não
generalizados.

Portanto, correta a alternativa B.


RESPOSTA: B

31.(FEPESE – Contador – CIASC – 2017)


Qual é o parecer emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância ou restrição na
extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de opinião?
a) Parecer adverso

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b) Parecer sem ressalva

c) Parecer com ressalva


d) Parecer inadequado

e) Parecer incorreto

RESOLUÇÃO:

O auditor deve expressar uma “Opinião com ressalva” quando:

(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente
ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou

(b) não é possível para ele obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião,
mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se
houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.
Portanto, são situações em que as distorções, embora relevantes, não são generalizadas. Caso as distorções
fossem generalizadas ensejariam uma opinião adversa ou abstenção de opinião, conforme o caso.

Assim, correta a alternativa C.

RESPOSTA: C

32.(FGV – Auditor Fiscal Tributário – Prefeitura de Paulínia – 2021)


Assinale a opção que indica a situação em que o auditor deve expressar uma opinião adversa em seu relatório.

a) O auditor obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente e concluiu que as distorções são relevantes,
mas não generalizadas para as demonstrações contábeis.
b) O auditor obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente e concluiu que as distorções são relevantes
e generalizadas para as demonstrações contábeis.

c) O auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião,
mas conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se
houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.

d) O auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião
e conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver,
poderiam ser relevantes e generalizados.

e) Independentemente de ter obtido evidência de auditoria suficiente sobre cada uma das incertezas, não é
possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e
seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis.

RESOLUÇÃO:

O auditor deve expressar uma “opinião adversa” quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e
suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as
demonstrações contábeis.
Assim, correta a alternativa B.

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GABARITO: B

33.(VUNESP – Controlador Interno – Pauliprev – 2018 – Modificada)


A respeito do relatório do auditor independente, assinale a alternativa correta.

a) São formas de expressão da opinião do auditor independente no relatório de auditoria: (i) opinião não
modificada; (ii) opinião com ressalva; (iii) opinião adversativa nominal; (iv) abstenção de opinião; e (v) opinião
de ênfase.

b) O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e
suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas
para as demonstrações contábeis.

c) O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando não é possível obter evidência apropriada e
suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não
detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.
d) O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando não consegue obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião e ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não
detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes e generalizados.
e) A conclusão do auditor independente é claramente separada das outras informações ou explicações que não
pretendem afetar a sua conclusão, incluindo quaisquer Ênfases, Outros Assuntos, constatações relativas a
aspectos específicos do trabalho, recomendações ou informações adicionais incluídas no relatório de
asseguração.

RESOLUÇÃO:
Vamos analisar as alternativas apresentadas!

a) Incorreta. São formas de expressão: opinião não modificada, opinião com ressalva, opinião adversa e
abstenção de opinião.
b) Incorreta. O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria
apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e
generalizadas para as demonstrações contábeis.

c) Incorreta. O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião e ele concluir que os possíveis efeitos de
distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes e
generalizados.

d) Incorreta. O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando: (i) ele, tendo obtido evidência de
auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes,
mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou (ii) não é possível para ele obter evidência apropriada
e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções
não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.
e) Correta.

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RESPOSTA: B

34. (FCC – Analista Judiciário – TRE-CE – 2012)


Um auditor externo ao proceder a auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase pré-
operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$ 18.000.000,00 relativos à terraplanagem do
terreno da fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de serviços de terraplanagem foi
realizado com empresa devidamente constituída juridicamente e em atividade normal. O pagamento do
serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico
constante do extrato bancário. O auditor em procedimento complementar e diante da expressividade dos
valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o serviço de
terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia.
Os funcionários também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da
empresa de terraplanagem contratada.
O procedimento do auditor mostra uma postura de

a) falta de ética profissional por desconfiar da administração.

b) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.


c) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de auditores.
d) representante da Governança no processo de identificação de todas as fraudes.
e) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.

RESOLUÇÃO:

O auditor deve expressar uma “Opinião com ressalva” quando:


(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente
ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou
(b) não é possível para ele obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião,
mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se
houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.

Portanto, são situações em que as distorções, embora relevantes, não são generalizadas. Caso as distorções
fossem generalizadas ensejariam uma opinião adversa ou abstenção de opinião, conforme o caso.

Assim, correta a alternativa C.

GABARITO: C

35.(FUNIVERSA – Auditor de Controle Interno – SEAP-DF – 2014)


Ao tratar dos objetivos gerais do auditor independente e da condução da auditoria em conformidade com
normas de auditoria, o Conselho Federal de Contabilidade menciona como necessária a manutenção do
ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria. Nesse sentido, importa estar alerta

a) a evidências de auditoria que reforcem outras evidências obtidas.

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b) à conveniência de adotar procedimentos não exigidos pelas normas convencionais de auditoria.

c) para condições que não apresentem indícios de fraude.


d) no sentido de reduzir os riscos por ignorar circunstâncias usuais.

e) e generalizar as conclusões acerca de todas as observações colhidas durante a realização dos trabalhos de
auditoria.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar cada uma das alternativas:

a) Incorreta. O auditor deve estar atento para as evidências inconsistente com outras evidências obtidas.

b) Correta. O auditor deve estar alerta a circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais
àqueles requeridos pelas normas de auditoria.

c) Incorreta. A atenção deve se voltar para condições que indiquem distorções.


d) Incorreta. O ceticismo deve reduzir o risco de ignorar as circunstâncias não usuais.

e) Incorreta. O ceticismo deve reduzir o risco de generalização excessiva, ao tirar conclusões das observações.
RESPOSTA: B

36. (FEPESE – Contador – CIASC – 2017)


O julgamento profissional deve ser exercido ao considerar a materialidade, o risco do trabalho, bem como a
quantidade e a qualidade das evidências disponíveis ao planejar e realizar o trabalho, especialmente, ao
determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos.

O ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a:


1. condições que podem indicar distorções.
2. evidência inconsistente com outras evidências obtidas.

3. circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos pelas normas de
asseguração.
4. informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a indagações que serão
usadas como evidências.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.


b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.

c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.

d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.


RESOLUÇÃO:

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O ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a, por exemplo:

(a) evidência inconsistente com outras evidências obtidas (lembre-se que as evidências de auditoria são em
regra persuasivas e não conclusivas);

(b) informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a indagações que serão
usadas como evidências;

(c) circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos pelas normas de
asseguração; e

(d) condições que podem indicar distorções.

Todas as afirmativas correspondem aos exemplos listados acima. Portanto correta a alternativa E.

RESPOSTA: E

37.(FGV – Auditor Administrativo – FUNSAUDE – 2021)

Ao longo do processo de auditoria, é necessário que o auditor mantenha o ceticismo profissional para que haja
redução de determinados riscos.

Em relação a estes riscos, analise as afirmações a seguir:

I. Ignorar as circunstâncias não usuais.


II. Generalização excessiva, ao tirar conclusões das observações.
III. O uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de
auditoria e ao avaliar seus resultados.

São riscos reduzidos pela manutenção do ceticismo profissional pelo auditor, o que se afirma em
a) I, somente.
b) I e II, somente.

c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

RESOLUÇÃO:

Manter o ceticismo profissional durante o trabalho é necessário, por exemplo, para reduzir o risco de:

• negligenciar circunstâncias incomuns;


• generalização excessiva ao tirar conclusões a partir das observações; e

• usar premissas inapropriadas ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos e avaliar
os seus resultados.

As três assertivas da questão correspondem aos riscos enumerados acima.


Assim, correta a alternativa E.

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RESPOSTA: E

38. (VUNESP – Controlador Interno – Pauliprev – 2018 – Modificada)


Conforme as normas brasileiras aplicáveis ao trabalho dos auditores independentes, assinale a alternativa que
apresenta a definição correta.
a) Evidências de auditoria – são a representação estruturada de informações financeiras históricas, incluindo
divulgações, com a finalidade de informar os recursos econômicos ou as obrigações da entidade em
determinada data no tempo.

b) Informação contábil histórica – é a informação utilizada pelo auditor para fundamentar suas conclusões e na
qual se baseia a sua opinião.

c) risco inerente – é a suscetibilidade da informação do objeto conter distorção relevante antes da consideração
de quaisquer controles aplicados pelas partes apropriadas.

d) Ceticismo profissional – é a aplicação de treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro do


contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito
dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.

e) Auditor – é a pessoa ou a organização com a responsabilidade de supervisionar, de forma geral, a direção


estratégica da entidade e as obrigações relacionadas com a responsabilidade da entidade.
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar as alternativas apresentadas!

a) Incorreta. A definição corresponde à informação contábil histórica.


b) Incorreta. A alternativa traz a definição de evidências de auditoria.
c) Correta.

d) Incorreta. A definição corresponde ao julgamento profissional.


e) Incorreta. A definição descrita na alternativa refere-se aos responsáveis pela governança.
RESPOSTA: C

39. (FEPESE – Contador – CIASC – 2017)

Os registros dos procedimentos de auditoria executados, as evidências de auditoria relevantes obtidas e as


conclusões alcançadas pelo auditor são registradas no documento denominado:

a) Documentação de Auditoria.

b) Relato integrado de Auditoria.

c) Relatório de Auditoria.
d) Arquivo de Auditoria.

e) Parecer de Auditoria.
RESOLUÇÃO:

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A documentação de auditoria fornece o registro da base para o relatório de auditoria, incluindo as evidências
de auditoria obtidas, os resultados dos procedimentos realizados, os assuntos relevantes que surgirem durante
o trabalho, as conclusões alcançadas e os julgamentos profissionais significativos exercidos para se chegar a
tais conclusões.

Portanto, correta a alternativa A.

RESPOSTA: A

40. (FUNDATEC – Auditor – UFSC – 2019)

Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria, das evidências de auditoria e


conclusões alcançadas. Acerca desse assunto, abordado pela Norma Brasileira de Contabilidade NBC TA 230
(R1), o auditor deve preparar tempestivamente a documentação de auditoria, a fim de que seja suficiente para
permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda:

I. a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as normas de
auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.

II. os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida.

III. as discussões de assuntos insignificantes tratados com a administração e responsáveis pela governança.
IV. os assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e os
julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
a) Somente os itens I e II estão corretos.

b) Somente os itens I, II e IV estão corretos.


c) Somente os itens I, III e IV estão corretos.
d) Somente os itens II e IV estão corretos.

e) Somente os itens II e III estão corretos.


RESOLUÇÃO:
A documentação do trabalho fornece o registro da base para o relatório de asseguração quando preparada em
tempo hábil e for apropriada e suficiente para permitir que um auditor independente experiente, sem conexão
prévia com o trabalho, compreenda:
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos realizados para cumprir com as normas de asseguração
relevantes e requerimentos de leis e regulamentos;

(b) o resultado dos procedimentos realizados e as evidências obtidas; e

(c) os assuntos relevantes que surgirem durante o trabalho, as conclusões alcançadas e os julgamentos
profissionais significativos exercidos para se chegar a tais conclusões.

Assim, afirmativa III é a única que não corresponde a um item dentre os listados acima.

Portanto, correta a alternativa B.


RESPOSTA: B

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Lista de questões
1. (FGV – Auditor de Controle Externo – TCE/PI – 2021)

De acordo com as especificidades do objeto e do escopo do trabalho de auditoria, essa pode ser classificada em
diversos tipos.

A atividade de auditoria definida como um processo de avaliação do desempenho real, em confronto com o
esperado, seguida da apresentação de recomendações para melhoria do desempenho da organização, é
classificada como auditoria:

a) de compliance;

b) de regularidade;

c) de sistemas;

d) especial;

e) operacional.

2. (Instituto AOCP – Auditor – UFOB – 2020)

A auditoria externa é realizada por profissionais empregados da própria entidade auditada que, além das
informações contábeis e financeiras, se preocupa com os aspectos operacionais.

CERTO ERRADO

3. (CESPE/CEBRASPE – Auditor Conselheiro Substituto – TC-DF – 2021)


O nível de independência dos auditores externos é maior que o dos auditores internos.
CERTO ERRADO

4. (Instituto AOCP – Auditor – UFOB – 2020)

É uma técnica que visa, após aplicação de procedimentos específicos, com base em normas profissionais e de
forma independente, à emissão de opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis ou financeiras.
Surge, dessa forma, o conceito de auditoria. Em relação à auditoria, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o
item a seguir.

A auditoria externa tem como objetivo atender as necessidades da administração.

Logo, a extensão (escopo) dos seus trabalhos será sempre definida em função dos anseios da alta direção.

CERTO ERRADO

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5. (CESPE – Especialista em Regulação – ANAC – 2012)

A auditoria interna se distingue da auditoria externa, entre outros aspectos, por ser responsável pelo exame
dos processos operacionais, contábeis e sistêmicos.

CERTO ERRADO

6. (VUNESP – Contador Judiciário – TJ-SP – 2015)

Quanto às diferenças entre auditoria externa e interna, é correto afirmar:

a) o auditor externo não pode ter vínculo empregatício com a empresa.

b) enquanto a auditoria externa deve ser realizada por contador com registro no CRC, o Conselho Federal de
Contabilidade não exige o mesmo na auditoria interna.

c) o objetivo da auditoria externa é assistir à administração no cumprimento dos seus objetivos.


d) a auditoria externa é desenvolvida continuamente ao longo do tempo.

d) a auditoria interna é feita, necessariamente, por um empregado da empresa.

7. (FUNCAB – Auditor de Tributos Fiscais – Prefeitura de Vassouras – 2013)


Assinale a característica da auditoria interna que a difere da auditoria externa.
a) O alto grau de autonomia e de objetividade da função.

b) Os meios utilizados para alcançar seus respectivos objetivos.


c) Os objetivos da função determinados pelos responsáveis pela governança.
d) A responsabilidade pela opinião expressa a respeito dos resultados da auditoria.

e) A definição clara da natureza, da época e da extensão dos procedimentos de auditoria.

8. (Instituto AOCP – Auditor – UFPB – 2018)

Em relação aos procedimentos de auditoria, é correto afirmar que

a) tratam de operações realizadas somente na área dos estoques de uma empresa.

b) representam um conjunto de técnicas aplicadas sobre as demonstrações financeiras ou contábeis.

c) apresentam, ao final dos trabalhos, um saldo positivo da conta “Caixa” da empresa auditada.
d) o procedimento da conferência de cálculos é o único permitido pela legislação vigente.

e) a conferência de contas a receber de clientes é facultativa, desde que não haja operações com o mercado
internacional.

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9. (CESPE/CEBRASPE – Analista em Desenvolvimento Regional – CODEVASF – 2021)

O auditor independente é responsável pela prevenção de fraudes ou erros e deve conduzir seus trabalhos para
auxiliar a entidade auditada a identificar exposições significativas aos riscos.

CERTO ERRADO

10. (Instituto AOCP – Perito Oficial Criminal – PC-ES – 2019)

A respeito da auditoria, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).

I. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.

II. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua administração com
supervisão geral dos responsáveis pela governança.

III. É função precípua da auditoria a detecção de erros e fraudes nas entidades, com base nos registros contábeis
existentes.

a) Apenas II.
b) I, II e III.

c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) Apenas I.

11. (CESPE/CEBRASPE – Auditor Fiscal – SEFAZ-DF – 2020)


A opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis assegura a viabilidade futura da entidade, assim como
assegura a eficiência da administração na condução dos negócios dessa entidade.

CERTO ERRADO

12. (FGV – Auditor Administrativo – FUNSAUDE – 2021)


Os princípios fundamentais de ética profissional para o auditor, quando da condução de auditoria de
demonstrações contábeis, estão listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

a) Agilidade.
b) Integridade.

c) Objetividade

d) Confidencialidade.
e) Conduta profissional.

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13. (Instituto AOCP – Fiscal de Tributos Municipais – Prefeitura de Cariacica – 2020)

Em consonância com a estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, o auditor independente é requerido
a cumprir os seguintes princípios éticos:

a) integridade, objetividade, competência, zelo profissional, sigilo profissional e comportamento profissional.

b) integridade, apreço, objetividade, competência, honestidade, sigilo profissional e comportamento


profissional.

c) integridade, apreço, imparcialidade, honestidade, competência, solidariedade, harmonia com a classe.

d) integridade, objetividade, competência, tempestividade, probidade profissional e sigilo profissional.

14. (FGV – Agente de Fiscalização – TCM/SP – 2015)

De acordo com a NBC TA que trata da estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, nesses trabalhos o
auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros
usuários previstos acerca do resultado de avaliações ou mensurações efetuadas. O trabalho de asseguração
requer a consideração de alguns elementos. Das opções a seguir, a que NÃO constitui um dos elementos do
trabalho de asseguração é:
a) critérios adequados;
b) evidências apropriadas e suficientes;

c) objeto apropriado;

d) relatório de asseguração escrito na forma apropriada;


e) relacionamento entre, pelo menos, duas partes (contratante e auditor).

15. (FGV – Auditor de Finanças e Controle do Tesouro Estadual – SEFAZ/AM – 2022)

Os auditores devem preparar documentação de auditoria suficientemente detalhada para permitir que a
natureza, a época, o escopo e os resultados dos procedimentos executados, a evidência de auditoria obtida
para fundamentar as conclusões e as recomendações da auditoria, o raciocínio por trás de todas as questões
relevantes que exigiram o exercício de julgamento profissional e as respectivas conclusões sejam entendidos
pelos /por

a) diretores da entidade, que não estão diretamente envolvidos com as atividades auditadas.

b) um estudante de contabilidade, que ainda não estudou as normas de auditoria.

c) um auditor experiente, sem nenhum conhecimento prévio da auditoria.


d) um usuário que tem conhecimento razoável das atividades da entidade e que revisam e analisam as
informações de modo detalhado.

e) órgãos reguladores que acompanham e fiscalizam a entidade auditada.

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16. (VUNESP – Controlador Interno – Pauliprev – 2018)

Sobre o objetivo e o alcance da auditoria de demonstrações contábeis, é correto afirmar que


a) o objetivo da auditoria é confirmar que as informações apresentadas pelos administradores nas
demonstrações financeiras são verdadeiras, sem espaço para dúvidas.

b) o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários,
mediante a expressão de uma opinião pelo auditor.

c) a auditoria das demonstrações contábeis exime de responsabilidades a administração ou os responsáveis


pela governança da entidade auditada.

d) as normas brasileiras aplicáveis aos trabalhos de auditoria exigem, como base para a opinião do auditor, que
ele obtenha segurança absoluta de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção
relevante.
e) a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião é de natureza
conclusiva e não persuasiva.

17. (FEPESE – Controlador Interno – Prefeitura de São Carlos – 2021)


O objetivo da auditoria das demonstrações contábeis é:
a) examinar o grau de importância das demonstrações contábeis de que foram elaboradas, em alguns aspectos
relevantes, de acordo com normas brasileiras e internacionais de contabilidade.

b) contribuir com a relevância das informações contábeis e gerenciais para órgãos reguladores de mercado,
como por exemplo o Banco Central (BACEN), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Receita Federal do
Brasil (RFB).

c) verificar a relevância do conjunto das demonstrações contábeis para órgãos reguladores contábeis nacionais
e internacionais, como por exemplo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), o International Accounting Standards Board (IASB).
d) certificar a qualidade das informações contábeis e gerenciais para os órgãos reguladores contábeis em geral,
como por exemplo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Instituto Brasileiro de Auditores
Independentes (IBRACON) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

e) aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis de que foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

18. (VUNESP – Controlador Interno – Pauliprev – 2018)

“Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em consideração as circunstâncias


envolvidas e são afetados pela percepção que o auditor tem das necessidades dos usuários das demonstrações
contábeis e pelo tamanho ou natureza de uma distorção, ou por uma combinação de ambos.”
(NBC-TA 200 (R1))
Esse texto está ligado ao conceito fundamental de materialidade, a respeito do qual é correto afirmar que

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a) em geral, as distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável esperar que,
individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas
demonstrações contábeis.
b) a opinião do auditor considera as demonstrações contábeis em todas as suas partes e, portanto, o auditor é
responsável pela detecção de distorções, ainda que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis
como um todo.
c) é aplicado pelo auditor apenas no planejamento da auditoria, pois, na fase de execução, deve vigorar o
princípio do conservadorismo, o qual determina que qualquer distorção nas demonstrações contábeis deve
conduzir a uma opinião negativa.
d) julgamentos sobre materialidade são feitos em termos abstratos, apartados das circunstâncias concretas
envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou pela combinação de ambos.
e) na avaliação da materialidade, é considerado o possível efeito de distorções sobre usuários individuais
específicos, visto que suas necessidades podem variar significativamente.

19. (CESPE/CEBRASPE – Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-AL – 2021)


A asseguração da auditoria do balanço patrimonial não permite distorções; assim, o auditor não pode
estabelecer um valor abaixo do qual as distorções de valores de demonstração contábil seriam consideradas
triviais e aceitáveis.
CERTO ERRADO

20. (FCC – Analista Judiciário – TRT 23ª Região – 2016)


Nos termos da NBC TA 200, um dos objetivos gerais do auditor ao conduzir a auditoria de demonstrações
contábeis é obter segurança razoável de que essas demonstrações

a) estão corrigidas monetariamente.

b) atendem a estrutura orgânica da entidade.

c) passaram por processo de revisão.


d) foram examinadas por órgãos de controle externo.

e) estão livres de distorções relevantes, como um todo.

21. (FEPESE – Controlador Interno – Prefeitura de São Carlos – 2021)

As evidências de auditoria são informações utilizadas para fundamentar as conclusões e a opinião do auditor.

As evidências de auditoria devem contemplar os seguintes aspectos:

a) a adequação, que consiste na medida da quantidade da informação, e a suficiência que consiste na medida
da qualidade da informação.

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b) a confiabilidade, que consiste na medida da quantidade da informação, e a relevância, que consiste na


medida da qualidade da informação.
c) a suficiência, que consiste na medida da qualidade da informação, e a veracidade, que consiste na medida da
quantidade da informação.

d) a suficiência, que consiste na medida da quantidade da informação, e a adequação que consiste na medida
da qualidade da informação.

e) a adequação, que consiste na medida da qualidade da informação, e a oportunidade, que consiste na medida
da quantidade da informação.

22. (UFCG – Auditor – UFCG – 2019)

As Evidências de auditoria constituem os achados e informações utilizadas pelo auditor para obter conclusões
que irão fundamentar sua opinião. Dentre os atributos de qualidade das evidências encontra-se a suficiência,
que é definida como:

a) Refere-se ao grau de relação entre os critérios e objetivos da auditoria.

b) Representa a força ou credibilidade da evidência em dar suporte às conclusões do auditor, sendo pertinente
e relevante ao achado de auditoria.
c) Envolve a medida da quantidade de evidência, em que o auditor é levado a um grau razoável de
convencimento a respeito da veracidade dos fatos examinados.

d) Garantia de que serão obtidos os mesmos resultados caso a auditoria seja repetida.

e) Quando ocorre coerência com as observações, conclusões e as recomendações de auditoria.

23. (CESPE/CEBRASPE – Analista de Processos Contábeis – Apex-Brasil – 2021)


Assinale a opção que, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, corresponde às características
que compõem a medida da qualidade da evidência de auditoria, as quais fornecem suporte às conclusões em
que se fundamenta a opinião do auditor.

a) relevância e confiabilidade
b) suficiência e precisão

c) suficiência e confiabilidade

d) exatidão.

e) objetividade e tempestividade.

24. (CESPE/CEBRASPE – Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ/RS – 2019)

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A emissão de opinião inadequada do auditor sobre demonstrações contábeis finais que contenham distorção
relevante caracteriza o risco
a) de auditoria.
b) de controle.
c) de detecção.
d) de distorção relevante.
e) inerente.

25. (FGV – Auditor Administrativo – FUNSAUDE – 2021)

Leia o fragmento a seguir:


Risco de _____________ é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. É uma função dos riscos de _________________ e
do risco de _____________.
Assinale a opção cujos termos completam corretamente as lacunas do fragmento acima.
a) auditoria - de distorção relevante - de detecção
b) detecção – inerente - de controle
c) detecção - de distorção relevante - de auditoria
d) distorção relevante – inerente - de controle
e) distorção relevante - de auditoria - de detecção

26. (CESPE/CEBRASPE – Analista Legislativo – AL/CE – 2021)

A possibilidade de o auditor não detectar distorção relevante existente em demonstrações contábeis


caracteriza o risco
a) inerente.
b) de auditoria.

c) de detecção.

d) de distorção relevante.

e) de controle.

27. (CESPE/CEBRASPE – Analista Legislativo – AL/CE – 2021)

Com referência aos riscos envolvidos em uma auditoria, assinale a opção correspondente àqueles que não são
afetados pelo trabalho do auditor.
a) risco residual e risco de detecção

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b) risco de auditoria e risco de amostragem


c) risco de auditoria e risco de detecção
d) risco de distorção relevante e risco de amostragem
e) risco inerente e risco de controle

28. (FGV – Auditor Administrativo – FUNSAUDE – 2021)

Um relatório de auditoria com opinião modificada compreende um relatório com opinião

a) com ressalva, somente.

b) com ressalva ou adversa, somente.

c) adversa ou abstenção de opinião, somente.

d) com ressalva ou abstenção de opinião, somente.

e) com ressalva, adversa ou abstenção de opinião.

29. (FEPESE – Controlador Interno – Prefeitura de São Carlos – 2021)

A opinião do auditor independente sobre o conjunto das demonstrações contábeis, bem como sobre as
transações de um exercício social de uma entidade, classifica-se em:
a) Opinião sem ressalva, Opinião com ressalva, Opinião com ênfase e Opinião integral.

b) Opinião sem ênfase, Opinião com ênfase, Opinião adversa e Opinião limpa.

c) Opinião limpa, Opinião sem ênfase, Opinião limitada e Opinião integral.

d) Abstenção de opinião, Opinião adversa, Opinião com ressalva e Opinião sem ressalva.
e) Opinião sem ressalva, Negativa de opinião, Opinião circunstanciada, Opinião limitada.

30. (FGV – Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFIN/RO – 2018)


Ao auditar uma sociedade empresária, o auditor independente concluiu que os estoques estão superavaliados.
A distorção é considerada relevante, no entanto não é generalizada para as demonstrações contábeis.

Nesse caso, o auditor independente deve emitir um relatório com

a) opinião sem ressalva.

b) opinião com ressalva.


c) opinião adversa.

d) abstenção de opinião.
e) parágrafo de ênfase.

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31. (FEPESE – Contador – CIASC – 2017)


Qual é o parecer emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância ou restrição na
extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de opinião?

a) Parecer adverso

b) Parecer sem ressalva

c) Parecer com ressalva

d) Parecer inadequado

e) Parecer incorreto

32. (FGV – Auditor Fiscal Tributário – Prefeitura de Paulínia – 2021)


Assinale a opção que indica a situação em que o auditor deve expressar uma opinião adversa em seu relatório.
a) O auditor obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente e concluiu que as distorções são relevantes,
mas não generalizadas para as demonstrações contábeis.

b) O auditor obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente e concluiu que as distorções são relevantes
e generalizadas para as demonstrações contábeis.
c) O auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião,
mas conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se
houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.
d) O auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião
e conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver,
poderiam ser relevantes e generalizados.

e) Independentemente de ter obtido evidência de auditoria suficiente sobre cada uma das incertezas, não é
possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e
seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis.

33. (VUNESP – Controlador Interno – Pauliprev – 2018 – Modificada)


A respeito do relatório do auditor independente, assinale a alternativa correta.

a) São formas de expressão da opinião do auditor independente no relatório de auditoria: (i) opinião não
modificada; (ii) opinião com ressalva; (iii) opinião adversativa nominal; (iv) abstenção de opinião; e (v) opinião
de ênfase.

b) O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e
suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas
para as demonstrações contábeis.c) O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando não é possível

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obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os
possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser
relevantes, mas não generalizados.

d) O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando não consegue obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião e ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não
detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes e generalizados.

e) A conclusão do auditor independente é claramente separada das outras informações ou explicações que não
pretendem afetar a sua conclusão, incluindo quaisquer Ênfases, Outros Assuntos, constatações relativas a
aspectos específicos do trabalho, recomendações ou informações adicionais incluídas no relatório de
asseguração.

34. (FCC – Analista Judiciário – TRE-CE – 2012)

Um auditor externo ao proceder a auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase pré-
operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$ 18.000.000,00 relativos à terraplanagem do
terreno da fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de serviços de terraplanagem foi
realizado com empresa devidamente constituída juridicamente e em atividade normal. O pagamento do
serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico
constante do extrato bancário. O auditor em procedimento complementar e diante da expressividade dos
valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o serviço de
terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia.
Os funcionários também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da
empresa de terraplanagem contratada.
O procedimento do auditor mostra uma postura de

a) falta de ética profissional por desconfiar da administração.


b) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.

c) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de auditores.


d) representante da Governança no processo de identificação de todas as fraudes.

e) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.

35. (FUNIVERSA – Auditor de Controle Interno – SEAP-DF – 2014)


Ao tratar dos objetivos gerais do auditor independente e da condução da auditoria em conformidade com
normas de auditoria, o Conselho Federal de Contabilidade menciona como necessária a manutenção do
ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria. Nesse sentido, importa estar alerta

a) a evidências de auditoria que reforcem outras evidências obtidas.

b) à conveniência de adotar procedimentos não exigidos pelas normas convencionais de auditoria.

c) para condições que não apresentem indícios de fraude.

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d) no sentido de reduzir os riscos por ignorar circunstâncias usuais.

e) e generalizar as conclusões acerca de todas as observações colhidas durante a realização dos trabalhos de
auditoria.

36. (FEPESE – Contador – CIASC – 2017)

O julgamento profissional deve ser exercido ao considerar a materialidade, o risco do trabalho, bem como a
quantidade e a qualidade das evidências disponíveis ao planejar e realizar o trabalho, especialmente, ao
determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos.

O ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a:

1. condições que podem indicar distorções.

2. evidência inconsistente com outras evidências obtidas.


3. circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos pelas normas de
asseguração.

4. informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a indagações que serão
usadas como evidências.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.

b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.

c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.


d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

37. (FGV – Auditor Administrativo – FUNSAUDE – 2021)

Ao longo do processo de auditoria, é necessário que o auditor mantenha o ceticismo profissional para que haja
redução de determinados riscos.

Em relação a estes riscos, analise as afirmações a seguir:

I. Ignorar as circunstâncias não usuais.


II. Generalização excessiva, ao tirar conclusões das observações.

III. O uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de
auditoria e ao avaliar seus resultados.
São riscos reduzidos pela manutenção do ceticismo profissional pelo auditor, o que se afirma em

a) I, somente.

b) I e II, somente.

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c) I e III, somente.

d) II e III, somente.
e) I, II e III.

38. (VUNESP – Controlador Interno – Pauliprev – 2018 – Modificada)

Conforme as normas brasileiras aplicáveis ao trabalho dos auditores independentes, assinale a alternativa que
apresenta a definição correta.

a) Evidências de auditoria – são a representação estruturada de informações financeiras históricas, incluindo


divulgações, com a finalidade de informar os recursos econômicos ou as obrigações da entidade em
determinada data no tempo.

b) Informação contábil histórica – é a informação utilizada pelo auditor para fundamentar suas conclusões e na
qual se baseia a sua opinião.

c) risco inerente – é a suscetibilidade da informação do objeto conter distorção relevante antes da consideração
de quaisquer controles aplicados pelas partes apropriadas.

d) Ceticismo profissional – é a aplicação de treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro do


contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito
dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.

e) Auditor – é a pessoa ou a organização com a responsabilidade de supervisionar, de forma geral, a direção


estratégica da entidade e as obrigações relacionadas com a responsabilidade da entidade.

39. (FEPESE – Contador – CIASC – 2017)

Os registros dos procedimentos de auditoria executados, as evidências de auditoria relevantes obtidas e as


conclusões alcançadas pelo auditor são registradas no documento denominado:

a) Documentação de Auditoria.
b) Relato integrado de Auditoria.

c) Relatório de Auditoria.
d) Arquivo de Auditoria.

e) Parecer de Auditoria.

40. (FUNDATEC – Auditor – UFSC – 2019)


Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria, das evidências de auditoria e
conclusões alcançadas. Acerca desse assunto, abordado pela Norma Brasileira de Contabilidade NBC TA 230
(R1), o auditor deve preparar tempestivamente a documentação de auditoria, a fim de que seja suficiente para
permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda:

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Prof. Eduardo Newman
Auditoria para Auditor Fiscal da RFB Aula 01

I. a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as normas de
auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
II. os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida.

III. as discussões de assuntos insignificantes tratados com a administração e responsáveis pela governança.

IV. os assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e os
julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.

a) Somente os itens I e II estão corretos.

b) Somente os itens I, II e IV estão corretos.

c) Somente os itens I, III e IV estão corretos.

d) Somente os itens II e IV estão corretos.

e) Somente os itens II e III estão corretos.

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Gabarito

1.E 11.E 21.D 31.C

2.E 12.A 22.C 32.B

3.C 13.A 23.A 33.B

4.E 14.E 24.A 34.C

5.C 15.C 25.A 35.B

6.A 16.B 26.C 36.E

7.C 17.E 27.E 37.E

8.B 18.A 28.E 38.C

9.E 19.E 29.D 39.A

10.C 20.E 30.B 40.B

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