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Arthur Leone
Auditoria

Relatório de auditoria
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Sumário
SUMÁRIO ................................................................................................................................................ 2

RELATÓRIO DE AUDITORIA ...................................................................................................................... 3

O NOVO RELATÓRIO DE AUDITORIA (NRA) ........................................................................................................................ 4


RELATÓRIO SEM RESSALVAS ............................................................................................................................................ 9
RELATÓRIO COM RESSALVA ........................................................................................................................................... 10
RELATÓRIO COM OPINIÃO ADVERSA ............................................................................................................................... 11
ABSTENÇÃO DE OPINIÃO ............................................................................................................................................... 12
CONTEÚDO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA ....................................................................................................................... 15
Título .................................................................................................................................................................... 15
Destinatário .......................................................................................................................................................... 15
Seção Opinião do auditor ...................................................................................................................................... 16
Seção Base para opinião ....................................................................................................................................... 16
Seção Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional ................................................................. 19
Seção Principais assuntos de auditoria - PAA ......................................................................................................... 22
Seção Outras informações..................................................................................................................................... 26
Seção Responsabilidades da administração pelas demonstrações contábeis. ......................................................... 26
Seção Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis .................................................. 27
Data ..................................................................................................................................................................... 29
Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente. .............................. 30
Seção Outras informações..................................................................................................................................... 33

OPINIÃO EM INFORMAÇÕES COMPARATIVAS (NBC TA 710) ...................................................................... 35

EFEITOS NO RELATÓRIO DE AUDITORIA............................................................................................................................ 36


Abordagem de valores correspondentes ................................................................................................................ 36
Demonstrações contábeis comparativas .................................................................................................................37

RESUMO ............................................................................................................................................... 39

QUESTÕES COMENTADAS ..................................................................................................................... 47

LISTA DE QUESTÕES .............................................................................................................................. 83

GABARITO ............................................................................................................................................ 101


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Relatório de auditoria
O relatório de auditoria é o documento escrito , impresso em papel ou formato eletrônico. onde o auditor
emite a sua opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis à estrutura de relatório financeiro aplicável.

Para o relatório, converge todo o trabalho do auditor. Todo o trabalho executado, todas as evidências
coletadas, julgamentos etc. têm por objetivo fundamentar o relatório. O auditor deve formar uma opinião sobre
as demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões alcançadas pela evidência de auditoria obtida
e expressar claramente essa opinião por meio de relatório escrito.

Já apareceu assim

“Todos os procedimentos de auditoria executados, as evidências colhidas e os pontos observados irão convergir para a
emissão do relatório final de auditoria” (Cesgranrio/ Auditor Petrobras).

Dentre outros temas, o relatório aborda implicitamente ou diretamente várias circunstâncias e conclusões,
a saber:

1- Se foi coletada evidência suficiente e adequada.

2- A conclusão do auditor, de acordo com a NBC TA 450, se as distorções não corrigidas são relevantes,
individualmente ou em conjunto.

3- Se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os


requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável, livres de tendenciosidade nos julgamentos da
administração.

4- Se as demonstrações contábeis divulgam adequadamente as práticas contábeis selecionadas e aplicadas;

5- Se as práticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de relatório financeiro
aplicável e são apropriadas;

6- Se as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis;

7- Se as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são relevantes, confiáveis, comparáveis e


compreensíveis;

8- Se as demonstrações contábeis fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários previstos
entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informações incluídas nas demonstrações;

9- Se a terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstração contábil,
é apropriada;

10- Se a apresentação é adequada, incluindo-se aí conteúdo, notas explicativas etc.

Beleza, mas eu preciso memorizar tudo isso?

Já vimos que o objetivo do auditor ao conduzir uma auditoria é formar uma opinião sobre as demonstrações
contábeis com base na avaliação das conclusões fornecidas pela evidência de auditoria obtida e transmitir essa
opinião através do relatório de auditoria.

Devemos ter em mente que essa opinião deve gerar para os usuários um “aumento na confiança” quanto ao
conteúdo das demonstrações contábeis. O “aumento da confiança” resume toda a lista de 10 itens acima não é
mesmo? O aumento da confiança pressupõe essas e outras considerações sobre o que é razoável e o que é
adequado às normas, aos princípios contábeis e eventualmente sobre o certo e errado. Assim procure assimilar
essa ideia central, pois a lista de 10 itens acima não é exaustiva. Ao opinar sobre as demonstrações contábeis o
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auditor está cobrindo uma série de afirmações da entidade como (para facilitar, A= Ativo, P=passivo e PL=
patrimônio líquido):

(i) existência – A, P e PL existem;

(ii) direitos e obrigações – a entidade detém ou controla os direitos sobre ativos e os passivos são obrigações
da entidade;

(iii) integralidade – todos os A, P e PL que deviam ser registrados foram registrados, e todas as divulgações
relacionadas que deveriam ter sido incluídas nas DC foram incluídas;

(iv) exatidão, valorização e alocação – A, P e PL estão incluídos nas DC nos valores apropriados e quaisquer
ajustes resultantes de valorização ou alocação estão adequadamente registrados, e as respectivas divulgações
estão apropriadamente mensuradas e descritas;

(v) classificação – A, P e PL foram registrados nas contas adequadas;

(vi) apresentação – A, P e PL estão adequadamente agregados ou desagregados e claramente descritos, e


respectivas divulgações são relevantes e compreensíveis no contexto dos requisitos da estrutura de relatório
financeiro aplicável.

O relatório gera para o auditor responsabilidade técnico profissional e sua opinião não depende de qualquer
autorização da entidade, isto é: o auditor não precisa de autorização da entidade para discordar das suas
demonstrações contábeis e fechar o relatório. Entretanto, conforme já cobrado em concurso...

Já apareceu assim:

“Antes do fechamento desse relatório, o auditor deve apresentar os pontos observados para os gestores responsáveis pelos
processos auditados e realizar as ponderações finais junto aos gestores e à alta administração da empresa” (Cesgranrio/
Auditor Petrobras).

Esse aspecto é importante, pois a entidade pode concordar em fazer as alterações sugeridas pelo auditor em
suas demonstrações contábeis e esse fato irá impactar na opinião do auditor.

O novo relatório de auditoria (NRA)


O relatório sofreu grandes alterações no ano de 2016, em razão da revisão das normas do grupo 700, com
vigência para as auditorias relativas a períodos encerrados a partir (inclusive) de 31/12/2016.

As mudanças introduzidas visam suprir algumas lacunas no relatório de auditoria, e atender aos reclames
por informação dos diversos usuários de demonstrações contábeis auditadas, além de atender aos próprios
auditores, que poderão detalhar o trabalho, oferecendo mais conteúdo e transparência. Era preciso evoluir, assim
como evoluem as atividades empresariais e a necessidade de informações, sobretudo em mercados cada vez mais
integrados e complexos, onde a transparência é regra de ouro. Assim, nasce o NRA, como ponto de convergência
entre a necessidade dos usuários e dos auditores.

O IAASB, ao editar as novas normas de relatório, justifica que investidores e outros usuários clamavam por
mais informações no relatório de auditoria, especialmente por ser o relatório de auditoria um documento
fundamental para influenciar na percepção de valor das DC auditadas.
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Uma das críticas que pairava sobre o relatório, é o seu caráter robotizado, padronizado, onde pouco é
explorado as especificidades da entidade. Em seu novo layout, o NRA ainda mantem o seu formato binário
pass/fail, ou algo equivalente a aprovado/reprovado em relação à opinião sobre as demonstrações contábeis,
materializando-se nas formas modificada ou não modificada, porém, traz muito mais conteúdo e grande
liberdade para o auditor explorar os assuntos da auditoria.

Em breve síntese, o NRA muda a sua estética, sua abrangência e também confere maior flexibilidade ao
auditor.

Vejamos as novidades do NRA:

✓ Nova ordem de disposição das seções (novo layout – A Opinião deve ser apresentada primeiro)

✓ Melhor descrição das responsabilidades do Auditor e da Administração.

✓ Inclusão de seção para tratar de incertezas sobre a Continuidade Operacional.

✓ Informações sobre independência e ética do auditor

✓ Inclusão de seção para tratar de outras informações que acompanham as DC

✓ Inclusão da seção Principais Assuntos de Auditoria (PAA)

Entre as mudanças contidas no NRA, destacam-se a alteração de seu layout, além da introdução das novas
seções de relatório (novos parágrafos de conteúdo).

O relatório passa a ser menos rígido quanto ao seu padrão e disposição de parágrafos. Tal flexibilidade e
abrangência do relatório, faz com que aquela “sensação” de que todos os relatórios de auditoria são iguais não
mais aconteça. No NRA, a maior quantidade de linhas de texto e de assuntos, somada a certa flexibilidade do
auditor faz com que, naturalmente, os relatórios vão se diferenciando uns dos outros, tornando-se bastante
específicos, já que o auditor irá inserir maior quantidade de conteúdo além dos tradicionais parágrafos
padronizados.

Exemplo:

O auditor ao inserir a seção “principais assuntos e auditoria” deverá relacionar todos os assuntos chaves e significativos no seu
julgamento. Assim, os parágrafos do relatório perdem aquela característica repetitiva em razão da necessidade de explicar e
divulgar tais assuntos, levando-se em conta a relação do tema ao resultado da auditoria e especificidades do cliente

Qualitativamente, podemos indicar que o NRA:

✓ Torna-se mais interessante para os investidores e demais usuários em razão do seu valor informativo.

✓ Permitem que os leitores “entrem na cabeça” do auditor e compreendam quais assuntos foram
fundamentais para seu julgamento profissional.

✓ Permite que os usuários façam a ligação entre o que a entidade fez ao longo do exercício e o resultado da
auditoria.

Para o IAASB, o NRA trará os seguintes benefícios:

✓ Melhora a comunicação entre auditores e investidores, e com a governança da entidade

✓ Aumenta a confiança no relatório de auditoria

✓ Aumenta a transparência, qualidade da auditoria e traz informação de valor.

✓ Aumenta a atenção da entidade e dos preparadores das DC quanto a sua divulgação referenciando o
relatório do auditor
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✓ Renova o foco do auditor para assuntos que podem ser relatados e podem contribuir para o ceticismo
profissional.

✓ Maior interesse público pelas DC

Para implementação do NRA, foram adotadas no Brasil, as versões revisadas das normas já existentes do
“grupo 700”, além da adoção/criação da NBC TA 701.

Mudanças

NBC TA 700 (Revisada - 2016)

NBC TA 701 ( Nova – 2016)

NBC TA 705 (Revisada – 2016

NBC TA 706 (Revisada – 2016)

NBC TA 720 (nova redação – 2016)


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Opinião do auditor
O relatório de auditoria, apesar de trazer mais conteúdo e ter novo layout, continua tendo um modelo binário
do tipo pass/fail. Equivale dizer que, embora muita informação seja apresentada no relatório, a opinião ainda será
“modificada” ou ”não modificada”.

Já apareceu assim:

“O auditor independente emite sua opinião pelo relatório de auditoria, que pode ser de duas formas: relatório sem
modificações (ou opinião não modificada) e o relatório com opinião modificada” (FMB-MPE-RS).

Esse assunto é tratado na NBC TA 700 e assim podemos definir a exigência de um ou outro tipo de opinião:

Não modificada

• quando concluir que as demonstrações contábeis são elaboradas, em


todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório
financeiro aplicável. Em outros termos, as demonstrações contábeis
representam adequadamente a situação financeira e patrimonial da
entidade

Modificada

• (a) quando concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as


demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções
relevantes; ou (b) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada
e suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em
conjunto não apresentam distorções relevantes. Então são duas
circunstâncias que remetem a este tipo de relatório: a presença de
distorções relevantes ou ausência de evidências para formar a opinião.

O relatório não modificado equivale dizer que se trata de um relatório sem ressalvas ou sem modificações.
Este tipo de relatório é, por vezes, denominado como “limpo”.

Já apareceu assim:

“Caso opte pela modalidade “sem ressalvas”, é correto afirmar que não se detectaram impropriedades relevantes ou, em caso
afirmativo, elas foram adequadamente ajustadas nas demonstrações” (FGV-SEFAZ-RJ).

“Uma opinião modificada dos auditores independentes, segundo a natureza da opinião que contém, pode ser do tipo com
ressalva, com abstenção de opinião ou adversa” (FCC – TCM-CE).

Quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório, ele deve comunicar aos responsáveis pela
governança as circunstâncias que levaram à modificação prevista e o texto proposto da modificação.

O relatório do auditor não é para “pegar de surpresa” a entidade auditada. O auditor deve discutir com a
entidade pois, muitas vezes, uma distorção é causada por um erro que pode ser corrigido por um simples
lançamento contábil.

Esquematizando os tipos de relatório/opinião temos:


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A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriado depende da:

a) natureza do assunto que deu origem à modificação, ou seja, se as demonstrações contábeis apresentam
distorção relevante ou, no caso de impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente,
podem apresentar distorção relevante

b) julgamento do auditor sobre a disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos do assunto sobre as
demonstrações contábeis.

Simplificando, para definir o modelo de relatório quando necessária opinião modificada, o auditor deve focar
dois pontos:

1-O efeito das distorções relevantes detectadas.

2- O efeito da ausência de evidência suficiente para uma conclusão.

Em ambos os casos deverá concluir se tais distorções ou possíveis distorções têm consequências
generalizadas e disseminadas pelas demonstrações contábeis (cabe opinião adversa ou abstenção) ou se referem
a circunstâncias isoladas que não chegam a tornar as demonstrações contábeis imprestáveis para uma
representação justa e verdadeira da situação patrimonial e financeira da entidade (cabe ressalva). A generalização
ou o efeito isolado dessas circunstâncias é fator crucial para determinar o tipo de modificação da opinião.

Para definir o que vem a ser “efeito generalizado” o auditor deve se balizar por alguns critérios e também
pelo seu julgamento profissional. Vejamos:
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Agora partiremos para conhecer os tipos de relatório ou tipos de opinião.

Relatório sem ressalvas


Terá cabimento quando as demonstrações contábeis espelham situação verdadeira e justa, em todos os
aspectos relevantes, conforme a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Todas as mudanças de políticas contábeis, métodos, julgamentos e seus efeitos sobre o patrimônio foram
devidamente mensurados e evidenciados nas demonstrações contábeis.

Em miúdos, é quando está tudo “certinho”!

O relatório sem ressalvas é uma indicação clara e direta do auditor quanto à adequação das demonstrações
contábeis da entidade em sua opinião. Tenha cuidado para não interpretar indevidamente o significado do
relatório sem ressalvas.

Exemplo:

Quando o auditor emite um relatório sem ressalvas significa que a entidade vai bem financeiramente?

A opinião sem ressalvas não tem relação com a boa gestão ou boa situação financeira da entidade. A opinião
sem ressalva indica que o que está evidenciado nas demonstrações contábeis representa uma visão justa e
verdadeira da situação patrimonial e financeira da entidade de acordo com as normas contábeis, não importando
se a entidade vai bem ou não, se eficiente ou não, ou outras considerações semelhantes, tampouco confere à
gestão certificação de boa conduta, integridade ou desempenho.

No mesmo sentido importante ressaltar que...

“O processo de auditoria e a emissão de relatório de auditoria sem ressalva não isenta o administrador e os agentes de
governança das responsabilidades legais e normativas” (FCC – analista TRT).

Fique atento, ainda, que o relatório de auditoria, mesmo que sem ressalvas, não pode oferecer garantia de
100% quanto à adequação das demonstrações contábeis. A garantia que o relatório oferece é uma garantia
razoável, o que é considerado um bom nível de garantia.
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Quando a opinião for do tipo não modificada, o auditor poderá utilizar expressões como:

“representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes’

“apresentam uma visão verdadeira e justa”

NBCTA 700, A25 (2016)


Quando o auditor expressa uma opinião não modificada, não é apropriado usar frases como “com a
explicação acima” ou “sujeito a” com relação à opinião, pois elas sugerem uma opinião condicionada ou
enfraquecimento ou modificação da opinião.

Relatório com ressalva


A opinião terá ressalva quando há discordância do auditor em relação ao conteúdo das demonstrações
contábeis da entidade ou há limitação do alcance no trabalho do auditor em níveis de materialidade ou extensão
que não exijam uma opinião adversa ou abstenção de opinião. Isso quer dizer que quando as circunstâncias
mencionadas forem isoladas e seus efeitos não estejam disseminados nas demonstrações contábeis a ponto de
prejudicar o seu entendimento em retratar a situação patrimonial e financeira da entidade, o auditor deverá
utilizar-se da opinião com ressalva.

NBC TA 705 (2016)


7. O auditor deve expressar uma “Opinião com ressalva” quando:
(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou
(b) não é possível para ele obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua
opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações
contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.

Tome nota:

Ao emitir um relatório com opinião com ressalva, a seção “Base para opinião” do relatório deve ser adaptada para “Base para
opinião com ressalva”.

Algumas situações podem “atrapalhar” o auditor e causar uma limitação de escopo e impedir o auditor de
coletar evidência adequada e suficiente sobre algumas afirmações. Veja algumas delas:

Circunstâncias que podem ocasionar limitação de escopo (alcance):


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Relatório com opinião adversa


A opinião adversa tem cabimento quando as discordâncias do auditor em relação às demonstrações
contábeis são tão gritantes em termos de materialidade, que a emissão de relatório com ressalva não seria
suficiente para retratar a magnitude desta(s) distorção(s) tendo em vista seu efeito generalizado.

Basicamente, as circunstâncias que levam a uma opinião com ressalva e adversa são as mesmas, diferem
apenas quanto aos efeitos das distorções: isolados ou generalizados. Cabe opinião adversa quando há distorção
ou possível distorção generalizada.

É muito fácil compreender as circunstâncias que exigem ressalva ou opinião adversa.

Imagine que você (auditor) foi solicitado a emitir sua opinião sobre duas cestas (demonstrações contábeis)
que contém em cada uma delas 20 maçãs. O produtor (entidade sob auditoria) afirma que todas as maçãs estão
em perfeito estado. Ao examinar, você constatou que na cesta 1, uma maçã está podre; na cesta 2, dezenove
maçãs estão podres.

Como seria a opinião?

Opinião Cesta 1: Concordamos em parte. Todas as maçãs estão boas, exceto uma.

Temos, então, uma opinião com ressalva!

Opinião Cesta 2: Discordamos. 19 maçãs estão podres.

Temos, então, uma opinião adversa!

Percebam que a diferença básica, para a escolha da ressalva ou adversa, é a generalização das
consequências, já que o tipo de distorção (maçãs podres) é a mesma.

Ao opinar sobre a cesta 2, seria ineficaz, dentro do propósito da auditoria que é de transmitir segurança com
objetividade, uma opinião com ressalva, pois, o tamanho da ressalva teria que ser de tal ordem, para contemplar
o efeito generalizado (19 maçãs podres) que tornaria o relatório totalmente fragilizado. Observe como seria pouco
inteligível, além de afrontar as normas:
Opinião cesta 2: Concordamos, exceto pelas 19 maçãs podres.
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Resta claro que essa opinião em nada ajuda ao usuário! Ora, se 19 maçãs estão podres, num universo de 20,
não faz sentido ressalvar essas 19, mas o correto é manifestar opinião contrária à integridade da cesta 2, pois os
efeitos são generalizados.

Importante:

Ao fazer considerações sobre se as distorções são isoladas ou generalizadas observe que o que caracteriza a generalização ou
isolamento destas distorções são as consequências dos seus efeitos nas demonstrações contábeis e não o fato de ter origem
em um ou outro elemento patrimonial ou em vários elementos patrimoniais.

Exemplo:

Uma distorção na conta Estoques pode ser relevante, mas não generalizada. Por outro lado, se o seu saldo
equivale a 90% do valor do ativo da entidade, poderíamos afirmar que tem efeitos generalizados, uma vez que
contamina as Demonstrações Contábeis como um todo.

Note, ainda, que o efeito acumulativo de diversas distorções isoladas pode resultar em uma distorção
generalizada.

Tome nota:

Ao emitir um relatório com opinião adversa, a seção “Base para opinião” do relatório deve ser adaptada para “Base para
opinião adversa’.

Abstenção de opinião
Tem cabimento quando há limitação de escopo ou presentes incertezas com consequências disseminadas e
generalizadas, que impeçam o auditor formar opinião. Não há evidências suficientes e persuasivas para emitir uma
opinião. A limitação de escopo pode surgir de circunstâncias diversas: catástrofes, ausência de um especialista,
boicote da administração, incertezas etc.

Fique atento:

Mesmo quando o auditor se abstém de emitir opinião, teremos o relatório de auditoria. Necessário esse
esclarecimento porque pode soar um pouco estranho o fato de se elaborar um relatório para afirmar que nenhuma
opinião será emitida. Mas é isso mesmo!

O relatório deverá conter ainda a seção “base para a opinião”, que será renomeada para “base para
abstenção de opinião”.

Quando relatório é de abstenção de opinião, não deve ser incluída a seção “principais assuntos de auditoria”
ou ”Outras informações”, exceto se exigido por lei.

Tome nota:

Ao emitir um relatório com abstenção de opinião:

- a seção “Base para opinião” do relatório deve ser adaptada para “Base para abstenção de opinião”.

- Não deverá ser incluída a seção “Principais assuntos de auditoria” ou a seção “Outras informações”, exceto se requerido por
lei ou regulamento.

Para fechar, vejamos no quadro resumo o tipo de modificação de opinião requerida conforme as
circunstâncias.
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Natureza do assunto que gerou Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma


modificação generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as
demonstrações contábeis

Relevante, mas não Relevante generalizado


generalizado

As demonstrações contábeis Opinião com ressalva Opinião adversa


apresentam distorções relevantes

Impossibilidade de obter evidência Opinião com ressalva Abstenção de opinião


de auditoria apropriada e suficiente

Com base nestas explicações vamos especular sobre algumas situações para fixar o tipo de relatório
requerido e que serão úteis para desenvolver o raciocínio sobre o tema.

Qual a opinião requerida se o auditor não conseguir reunir evidências sobre os estoques da entidade?

Quando o auditor não consegue reunir evidências (limitação de escopo) para concluir com razoável certeza,
há dois caminhos possíveis: opinião com ressalva ou abstenção de opinião. Nesta pergunta, como se trata de um
item isolado das demonstrações contábeis (os estoques), não generalizado, caberia a opinião com ressalva, exceto
se os estoques representassem parcela significativa do patrimônio da entidade, a ponto de uma informação
incorreta sobre essa afirmação prejudicar a íntegra das DC.

Qual a opinião requerida se o auditor não conseguir reunir evidências sobre o ativo total da entidade?

Temos algo generalizado, pois o auditor não conseguiu formar sua opinião sobre todo o grupo do Ativo, ou
seja, afeta uma parcela extremamente significativa do Balanço Patrimonial da entidade. Neste caso, cabe a
abstenção de opinião. É fácil perceber isso intuitivamente, já que se não conseguiu evidências sobre todo o ativo
da entidade, seria temerário emitir uma opinião, seja ela qual for não é mesmo? Não há elementos para afirmar
que está certo ou errado, se há distorções ou não.

Qual a opinião requerida se o auditor encontrou distorções não relevantes?

Esse caso não requer modificação de opinião. O relatório apropriado é do tipo não modificado - opinião sem
ressalvas. O auditor interessa-se apenas pelo que for relevante individualmente ou em conjunto.

Qual a opinião requerida se o auditor constatar que a entidade não vem observando reiteradamente os
princípios de contabilidade?

Se a inobservância tem consequências disseminadas pelas demonstrações contábeis e gerou distorções


relevantes cabe opinião adversa. Se a inobservância afetou poucos elementos, em medida que não torne
imprestável as demonstrações contábeis, caberia opinião com ressalva. A relevância e a materialidade devem
sempre ser consideradas pelo auditor, pois se as distorções não são relevantes caberia relatório sem ressalvas.

Qual a opinião requerida se a entidade não colaborar com auditor fornecendo os registros contábeis e
informações para execução da auditoria?

Cabe-nos verificar, de praxe, se as consequências são generalizadas ou não, se prejudicou a reunião de


evidências sobre uma ou outra afirmação ou sobre muitas afirmações de forma disseminada pelas demonstrações
contábeis. Se generalizado cabe abstenção de opinião; se isolado caberia ressalva.
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Fique atento que nessa questão e nas demais, o auditor deverá levar em conta, sempre, a materialidade da
distorção ou possível distorção. Não é porque o chefe do almoxarifado foi rude com o auditor e recusou-se a
fornecer o estoque de resmas de papel disponíveis para servir a área administrativa que o auditor deve aplicar uma
ressalva em seu relatório indicando que não conseguiu confirmar o saldo contábil da conta almoxarifado. Então,
observem sempre a relevância para decidir sobre o tipo de opinião requerida. O auditor não se preocupa com o
que não é material individualmente ou coletivamente.

Num caso extremo de boicote ao auditor pela administração da entidade seria mais indicada a renúncia do
trabalho, se possível.

Quando por qualquer motivo o auditor não tem acesso a informações e documentos necessários para
executar a auditoria temos uma limitação de escopo ou de extensão. Quando acontece de a administração impor
limitações para auditor há uma “limitação de escopo” causada pela administração.

Se a administração impõe limitação ao auditor, o trabalho de auditoria não deve ser aceito. Mas o mais
provável é que tais limitações sejam impostas após a aceitação do trabalho pelo auditor. Assim, o auditor deve
solicitar à entidade que retire a limitação imposta; se não for retirada, deve comunicar ao nível de governança da
entidade adequado, a menos que este nível também seja responsável pelas limitações impostas. Se não forem
eliminadas as limitações, o auditor deve tentar executar procedimentos de auditoria alternativos para contornar a
limitação imposta e conseguir evidência adequada e suficiente. Não sendo possível teremos a opinião modificada
com ressalva ou abstenção de opinião.

Qual a opinião requerida se o auditor discorda de uma política contábil da administração da entidade
que se recusa a modificá-la?

Mas uma vez vamos ao seguinte ponto: a consequência é uma distorção ou possível distorção generalizada
ou um caso isolado? O auditor emitirá opinião com ressalva (se isolado) ou adversa (se generalizada).

Qual a opinião requerida se uma enchente destruiu todos os livros contábeis da entidade e o auditor não
encontra material para executar os seus testes?

Teremos a limitação de escopo. Não é possível reunir evidências e com efeito generalizado. Cabe a
abstenção de opinião.
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Conteúdo do relatório de auditoria

É obrigatório que a primeira seção seja a que contém a opinião e a segunda seção seja a que contém a base
para opinião.

Título

21. O relatório do auditor independente deve ter título que indique claramente que é o relatório do auditor
independente.

O título deve remeter o usuário imediatamente ao tipo de relatório a que se refere. Os auditores podem ser
contratados para executar uma gama variada de relatórios, por isso é importante e se encontra normatizado, a
necessidade de utilizar uma nomenclatura adequada, que o distinga imediatamente de outros tipos de relatórios,
por exemplo: “RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS”.
Assim o usuário determina de imediato o propósito do relatório e que se trata de auditores independentes.

Destinatário

22. O relatório do auditor independente deve ser endereçado conforme exigido pelas circunstâncias do
trabalho.
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Normalmente o relatório é dirigido aos acionistas, conselho e diretoria, mas a lei ou regulamento podem
especificar para quem o relatório é endereçado em jurisdições específicas. Isso não significa que o relatório atende
apenas a esse grupo de usuários. Na realidade, há um grande interesse público pelos relatórios de auditoria a
exemplo dos órgãos de controle e fiscalização como CVM, Agências reguladoras, Fisco, sociedade civil,
investidores etc.

Seção Opinião do auditor

23. A primeira seção do relatório do auditor deve incluir a opinião do auditor independente e deve ter
“Opinião” como título.
24. A seção “Opinião” do relatório do auditor também deve:
identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas;
afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas;
identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis;
fazer referência às notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis; e
especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis

Essa é uma das inovações do NRA. A seção que contém a opinião do auditor é a primeira a ser apresentada
no novo layout de relatório. Trata-se de assunto importante para os concursos, pois é inovação publicada em
junho/2016, portanto ainda pouco explorada nos certames.

Vejamos um exemplo de redação desta seção:

Opinião
Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia ABC (Companhia), que compreendem o balanço
patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado
abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data,
bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia ABC em 31 de dezembro de 20X1, o
desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Seção Base para opinião


Como seu título sugere, o conteúdo dessa seção trará o fundamento da opinião do auditor. O parágrafo ou
seção Base para opinião não é novidade no relatório de auditoria, entretanto temos algumas mudanças relevantes
no NRA.

Sob o layout de relatório vigente até 2016, só havia necessidade de incluir a seção base para opinião se
houvesse uma opinião não modificada (ressalva, adversa, abstenção). No novo relatório de auditoria deverá ser
incluída sempre a seção Base para opinião, seja ela modificada ou não.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

No NRA, há uma ordem de precedência das seções no relatório. A primeira seção será obrigatoriamente a
que contém a opinião e a segunda será, também obrigatoriamente, a base para opinião já que esta fornece
contexto importante para a opinião do auditor.

Nas demais seções, há flexibilidade para o auditor estabelecer a sua localização no relatório, de modo a
melhor contextualizar sua auditoria e torná-la inteligível.

Não esqueça:

1ª Seção... OPINIÃO

2ª Seção....BASE PARA OPINIÃO

3ª seção...... Liberdade para o auditor decidir daqui por diante

4ª seção (...)

Na “Base para Opinião” além de fundamentar as circunstâncias que justificam a opinião contida na seção
“Opinião”, serão abordados ainda pelo auditor considerações sobre a ética e independência profissional.

28. O relatório do auditor deve incluir uma seção, logo após a seção “Opinião”, com o título “Base para
opinião”, que (ver item A32):
declare que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas de auditoria (ver item A33);
referencie a seção que descreve as responsabilidades do auditor, segundo as normas de auditoria;
inclua a declaração de que o auditor é independente da entidade de acordo com as exigências éticas
relevantes relacionadas com a auditoria e que ele atendeu às outras responsabilidades éticas do auditor de
acordo com essas exigências. A declaração deve identificar a jurisdição de origem das exigências éticas
relevantes ou referir-se ao Código de Ética do International Ethics Standards Board for Accountants (Iesba)
da Federação Internacional de Contadores (Ifac) (ver itens A34 a A39); e
declare se o auditor acredita que a evidência de auditoria obtida por ele é suficiente e apropriada para
fundamentar sua opinião.

Importante:

No layout anterior de relatório, o parágrafo Base para Opinião não era exigido no caso de a opinião ser limpa (sem
modificações). No NRA, obrigatoriamente teremos a seção “base para Opinião”, seja a opinião modificada ou não modificada
(limpa).

NBC TA 705, 27
Mesmo que o auditor tenha emitido uma “Opinião adversa” ou tenha se abstido de expressar uma opinião
sobre as demonstrações contábeis, ele deve descrever na seção “Base para opinião” as razões para
quaisquer outros assuntos que ele está ciente que teriam requerido uma modificação da opinião, assim
como os seus respectivos efeitos (ver item A24).

Nesta seção, além de fundamentar os motivos determinantes da opinião, deverá detalhar quantitativamente
e qualitativamente as distorções relevantes (DR) encontradas e que condicionaram a opinião.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

É importante guardar algumas exigências quanto ao conteúdo desta seção. Intuitivamente, por ter uma
denominação autoexplicativa, sabemos que a seção apresentará os elementos que fornecem base e sustentação
da opinião. Mas devemos guardar que isso envolve certas divulgações, inclusive de valores das distorções ou
mesmo de fatos ou circunstâncias qualitativas. Veja:

✓ Se houver DR relacionada a valores específicos deve ser incluída a menção a tais valores, exceto se
impraticável.

✓ Se houver DR relacionadas com divulgações qualitativas, deve ser explicado como as divulgações estão
distorcidas.

deve ser mencionado


Quantitativas tais valores, exceto se
impraticável
DR
deve ser explicado
Qualitativas como as divulgações
estão distorcidas

Fique atento:

Quando há abstenção de opinião haverá a seção “base para opinião” no relatório?

Sempre teremos a “Base para opinião”, seja a opinião modificada ou não modificada. Não podemos esquecer
que a opinião modificada compreende também a abstenção de opinião. Isso se torna relevante porque não
podemos ser levados ao equivocado raciocínio de que uma vez que há a abstenção da opinião (ou seja, não há
opinião), não haverá a “base para Opinião”.

Portanto, jamais esqueça que teremos também a base para opinião mesmo nos casos em que há a abstenção
a opinião, assim como na opinião com ressalvas, sem ressalvas e adversa.

O detalhe é que o título da seção deverá ser complementado (em vermelho) conforme seja a opinião:

Base para opinião...

Base para opinião com ressalvas


Base para opinião adversa

Base para abstenção de opinião

Devemos fazer uma reflexão importante para a compreensão do assunto, que é o comportamento da “base
para opinião” no caso de Abstenção de opinião. A seção precisa ter seu conteúdo ajustado:

✓ Não deve indicar que as evidências são apropriadas e suficientes para formar opinião

✓ Não deve fazer referência a seção “responsabilidade do auditor”

Lógico não é mesmo? Observe que se as evidências fossem adequadas e suficientes, o auditor teria que
emitir uma opinião; em igual modo, abstendo-se de emitir sua opinião, não deve fazer referência a
responsabilidade do auditor, que é, justamente, emitir a opinião.

Dica:
Prof. Arthur Leone
Auditoria

É obrigatório que a seção de opinião seja primeira a ser apresentada. Em seguida, teremos a “base para a
opinião”. Para as demais seções, a norma não estabelece exigências para ordenar os elementos do relatório, fixa
apenas os títulos de cada seção.

Era comum, em provas, aparecerem questionamentos sobre a localização de determinados parágrafos do


relatório de auditoria. A partir desta nova regulamentação devemos lembrar daquilo que é mais importante ou
que é o núcleo do relatório de auditoria para matar essas questões: a opinião. A opinião será sempre a 1ª seção.
Depois devemos lembrar daquilo que contextualiza a opinião, pois é natural que venha na sequência para que
tenhamos um texto inteligível: a base para opinião. A partir daí, o auditor é livre para definir a localização das
seções.

Tome nota:

No caso de abstenção de opinião, o relatório não terá a seção “Principais assuntos de auditoria” e “outras informações” exceto
se exigido por lei ou regulamento.

Vejamos um exemplo de Base para opinião

Base para opinião


Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas
responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada
“Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em
relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética
Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e
cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a
evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Seção Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional


O auditor deverá avaliar a base contábil de continuidade operacional - BCCO utilizada pela administração. A
base contábil de continuidade operacional são as premissas e considerações utilizadas pela entidade para definir
se há risco de continuidade operacional e assim avaliar adequadamente seu patrimônio divulgado nas
demonstrações contábeis. É preciso ressaltar que quem define a base contábil de continuidade operacional é a
entidade e sua administração. Ao auditor cabe avaliá-la se é apropriada.

A inserção da seção específica “Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional” no relatório
se presta para detalhar a situação que causa incerteza. Observe com atenção que o auditor irá utilizar essa seção
para detalhar a incerteza sobre a continuidade e de que modo a Continuidade operacional afetará o relatório de
auditoria. Para isso, o auditor parte da BCCO (definida pelo cliente) e avalia se apropriada ou não.

No NRA, tivemos uma significativa mudança em relação ao tratamento das incertezas sobre a continuidade
operacional. No layout antigo de relatório utilizávamos o parágrafo de ênfase para tratar do assunto, quando era
divulgado pela entidade. Agora, sob nova regulamentação, é requerido pelas normas uma seção específica e
exclusiva para tratar das incertezas sobre a CO.

Exemplo:

A empresa X está em vias de ser descontinuada em razão de possuir elevado passivo a descoberto.
Entretanto, a entidade faz tal divulgação de forma clara e fidedigna nas suas DC, utilizando a base contábil de
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Auditoria

continuidade operacional apropriada. Como a empresa divulgou corretamente suas DC, já devemos saber que não
cabe a opinião adversa por parte do auditor. Bom lembrar desse detalhe porque a opinião adversa não se refere
ao bom desempenho da entidade, se é lucrativa ou não, mas apenas a fidedignidade das suas divulgações.

Muito bem, feita essa observação, como ficaria o relatório do auditor na situação descrita?

No “velho” layout de relatório, teríamos a opinião sem ressalvas e seria adicionado um parágrafo de ênfase.

No NRA, não utilizaremos o parágrafo de ênfase, pois uma das novidades do novo layout de relatório foi a
criação de seções específicas para tratar de determinados temas como o PAAS e CO. Então, as considerações
devem ser incluídas na seção específica sobre incertezas sobre a continuidade operacional. Quanto à opinião, nada
muda, pois foi adequadamente divulgada a BCCO e as incertezas pertinentes. Veja como fica a opinião conforme
o caso:

incerteza Sem ressalvas +


significativa seção espcífica
divulgada CO
Apropriada
incerteza
Ressalva/adverso
significativa não
cf efeitos nas DC
BCCO divulgada

Inapropriada adversa

A seção deverá detalhar também a responsabilidade do auditor e da administração da entidade na definição


e avaliação da BCCO. É muito importante que se tenha claro que não é o auditor quem define a BCCO. Ao auditor
cabe, com base na evidência disponível, concluir sobre sua adequação.

A seção deve detalhar a responsabilidade

do Auditor da Administração

Concluir que a BCCO é


Definir a BCCO
apropriada

A seção “incertezas significativas sobre CO” não modifica a opinião. Apenas traz detalhamento sobre o
assunto. A modificação da opinião se faz na seção “opinião” e o seu fundamento na seção “base para opinião”

Vejamos como ficará a seção no NRA comparativamente com a situação prevista anteriormente, quando há
uma incerteza sobre a continuidade operacional e está situação foi descrita e divulgada apropriadamente pela
entidade:

Relatório de auditoria tradicional Novo relatório de auditoria

Até 30/12/2016 A partir de 31/12/2016


Prof. Arthur Leone
Auditoria

Opinião sem ressalva Opinião sem ressalva

+ +

Parágrafo de ênfase Seção específica “incertezas


significativas sobre a CO”

Tome nota:

O que descreveríamos antes num parágrafo de ênfase, faremos agora na seção específica sobre incertezas referentes a CO.

Dica:

Com a criação de novas seções do relatório, devemos sempre buscar aquela mais específica para trabalhar
um tema. Um assunto que gere incerteza sobre a continuidade, mas divulgado, poderá ser realçado
adequadamente na seção específica sobre continuidade operacional no relatório. Por outro lado, se a incerteza
gera distorção relevante a ponto de modificar a opinião, devemos abordar o assunto na “opinião” e base para
“opinião”.
As seções “Opinião” e “Base para opinião” são as mais “poderosas” do relatório. Eles atraem para si os
conteúdos que afetam a opinião, que deixarão de ser abordados nas seções específicas, sendo atraídos por
aquelas. Veja outro exemplo:

Um “principal assunto de auditoria - PA” que gera distorção e afete a opinião, será detalhado e terá seus
impactos na auditoria relatados na seção “Base para opinião”. Por outro lado, se o assunto não gera modificação,
mas é um PAA, permanecerá na seção “Principais assuntos de auditoria”.

Vamos refletir...

Um assunto que verse sobre Continuidade operacional discutido com a administração poderia ser um
“principal assunto de auditoria” em alguns casos; pode ser ainda o motivo determinante da “opinião modificada’
e poderá merecer ser relatado na seção “incertezas significativas sobre a CO”. Em alguns momentos poderá surgir
a dúvida onde inseri-lo. Vamos eliminar qualquer possibilidade de dúvida agora:

Quando os assuntos relativos à continuidade operacional merecerão ser abordados nas seções PAA e
incertezas sobre continuidade operacional?

✓ Quando são identificados pelo auditor assuntos que podem gerar dúvidas sobre a continuidade
operacional, mas o auditor conclui que tal assunto não é capaz de afetar a CO, o assunto será tratado como
PAA.

✓ Quando existe de fato uma incerteza sobre a CO, mas a entidade faz a divulgação adequada, o assunto
será informado na seção incertezas sobre a CO.

E se a entidade não fizer a divulgação adequada sobre uma incerteza significativa sobre a CO nas suas
DC?

Observe que nesse caso, não estamos diante de uma situação que merece apenas um destaque nas seções
específicas, mas é uma situação de tamanha gravidade que impacta na própria opinião. Logo, o assunto será
apresentado na “base para opinião” já que fundamentará a Opinião. Lembre-se da ideia de que a opinião e base
para opinião são as seções mais “poderosas” do relatório que atraem os assuntos para si quando estes afetam a
opinião. Um assunto que dá causa a modificação da opinião só terá destaque e valor informativo se
contextualizado com a opinião. Logo, nesse caso, o objetivo é alcançado com a “base para opinião”.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Seção Principais assuntos de auditoria - PAA


Sem dúvida, a principal mudança no relatório de auditoria fica por conta da nova norma NBC TA 701. Ao
contrário das demais normas, que sofreram revisão, está é inovação. Esta norma, sem similar anterior, cria uma
nova seção a ser introduzida no relatório de auditoria denominada “Principais assuntos de auditoria”, tradução do
“Key audit Matters” da língua inglesa.

Principais assuntos de auditoria são assuntos que, segundo o julgamento profissional do auditor, foram os
mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do período corrente. Os principais assuntos de
auditoria são selecionados entre os assuntos comunicados aos responsáveis pela governança

Obs.: Nas discussões técnicas em livros na língua inglesa, vem se utilizando da notação “KAM”, em alusão ao
“Key audit matters” para simplificar. Como se trata de assunto muito recente, ainda pouco explorado nos
concursos, é preciso ficar atento às possíveis variações de nomenclaturas utilizadas pelas bancas. Por exemplo:
em uma tradução literal, Key Audit Matters poderia ser traduzido como “Assuntos chaves da Auditoria”. De um
ponto de vista doutrinário, estaria correto, porém não coincidiria com a tradução adotada pela norma brasileira:
“Principais assuntos de auditoria”. Há referências também em língua estrangeira à Critical matters, de modo que
qualquer referência a “assuntos críticos de auditoria” seria igualmente válida em termos doutrinários.

Um dos benefícios da inserção do PAA no relatório é o fato de que melhora a comunicação entre o auditor e
a governança da entidade, além de aumentar a atenção da Administração da entidade às DC sobre as quais é feita
referência no relatório dos auditores.

Para o usuário das DC, o PAA permite entender como certo assunto se aplica à entidade. Esta nova seção
passa valorizar a informação específica em detrimento da informação genérica.

Esclarecendo:

A partir de uma informação genérica como a situação da economia, pode-se fazer as devidas vinculações à
entidade, identificando de que modo as DC e a auditoria são impactadas. Por exemplo: não basta saber que o Dólar
está custando R$ 4,00. Para o usuário, interessa saber como essa situação influencia nos títulos ou dívidas da
entidade, a ponto de influenciar nas classificações e valorações contábeis efetuadas.

A determinação de quais assuntos serão comunicados, ou quais assuntos são significativos é questão de
julgamento do auditor e será objeto de discussão com a administração da entidade desde a fase de planejamento
da auditoria. A significância é a importância relativa dentro de um contexto, podendo levar em conta aspectos
qualitativos ou quantitativos.

Fique atento:

A seção “Principais assuntos de auditoria - PAA” é obrigatória para as auditorias de entidades listadas em
bolsa. Para as demais, fica a critério do julgamento do auditor.

Seu objetivo é agregar mais valor ao relatório, gerando informações aos usuários para que sejam capazes de
entender certos assuntos, julgamentos, áreas significativas da entidade etc.

A seção “principais assuntos de auditoria” não tem o objetivo de suplantar a opinião do auditor. Deve-se ficar
atento a este detalhe, pois quando há necessidade de emitir opinião com ressalva ou adversa, o assunto que dá
origem a modificação deve estar apresentado na seção “base para opinião (com ressalva ou adversa)” e não na
seção dos “principais assuntos de auditoria”. Devemos lembrar que a “Opinião” e “Base para opinião” atraem os
assuntos relacionados à opinião, ainda que versem sobre temas em que são previstas seções específicas. É a estória
que já contamos, que tais seções são as mais “poderosas” do relatório, e exercem sua força atraindo certos
assuntos.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Assim, consegue-se dar o destaque adequado ao fato que fundamenta a modificação da opinião. De forma
resumida, o que se pretende é não se misturar a “base para opinião”, que sem dúvida é um assunto significativo de
auditoria, com a seção “principais assuntos de auditoria” propriamente dita.

Agora façamos uma reflexão...

Poderá acontecer, no caso de uma opinião adversa, que não haja outro “principal assunto de auditoria” além
daquele que será descrito na seção “base para opinião adversa”. Como o auditor trata a seção de “principais
assuntos nesse caso”?

Entende-se que comunicar os principais assuntos da auditoria continua relevante mesmo quando há emissão
de opinião com ressalva ou adversa, de modo que o auditor deve identificar tais assuntos para divulgação. Mas, no
caso de uma opinião adversa o auditor pode determinar:

1- que nenhum outro assunto é principal assunto de auditoria.

Nesse caso, a redação da seção seria:

Com exceção do assunto descrito na seção Base para opinião com ressalva (adversa ou incerteza relevante
quanto à continuidade operacional), não existem [outros] principais assuntos de auditoria a comunicar em nosso
relatório.

2 – que há mais assuntos principais além daquele que fundamenta a opinião adversa.

Nesse caso, o auditor poderá incluir tais principais assuntos, mas desde que a descrição desses outros
principais assuntos de auditoria não implique que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto sejam mais
fidedignas com relação a esses assuntos do que seria apropriado às circunstâncias, tendo em conta a opinião
adversa.

O auditor deverá determinar o que são assuntos principais assuntos da auditoria. As normas não os fixarão,
apenas fornecerá os critérios balizadores para que o auditor, mediante julgamento profissional, os identifique,
levando em consideração:

✓ Áreas de maior risco de distorção relevante ou riscos identificados

✓ Julgamentos significativos do auditor sobre áreas de grande incerteza como estimativas feitas pela
administração.

✓ Efeito sobre a auditoria de eventos ou transações significativos ocorridos durante o período

O Item A9 da NBC TA 701 esclarece o caminho para identificar tais assuntos. O auditor deverá filtrar entre os
assuntos comunicados com a governança da entidade, aqueles principais:

NBC TA 701, A9
O processo de decisão do auditor para determinar os principais assuntos de auditoria visa selecionar um
número menor de assuntos entre aqueles comunicados aos responsáveis pela governança e tem por base
o julgamento do auditor sobre quais assuntos foram os de maior importância na auditoria das
demonstrações contábeis do período corrente.

Esclarecendo:

A partir de todos os assuntos comunicados com a governança, o auditor seleciona aqueles que são
significativos e, dentre estes, aqueles que serão divulgados como principais assuntos de auditoria.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Principais assuntos da
auditoria

Assuntos significativos

Assuntos comunicados
com a governança

Como são reportados no NRA os PAAs?

É preciso fazer a vinculação dos assuntos à entidade. Um usuário não quer saber que, por exemplo, a taxa de
juros é 15% (informação genérica). O que ele precisa saber é de que forma essa taxa de juros impacta nas DC, seja
no valor das dívidas da empresa, nos seus investimentos, na auditoria etc.

A seção PAA deve ser informativa em relação à auditoria que foi executada, esclarecendo os seguintes
pontos (Como e por quê?):

Por quê?

• Porque o assunto é considerado um Principal assunto de


auditoria

Como?

• De que modo o assunto foi tratado na auditoria

Uma dúvida pertinente seria....

Há casos em que um PAA não deve ser divulgado?

Sim, em algumas circunstâncias como:

✓ Lei proíbe

✓ Casos raros em que a divulgação poderá superar os benefícios da não comunicação.

Importante:

O auditor deve ter cuidado especial ao descrever os PAAs em relação às informações consideradas Originais,
isto é, aquelas informações não divulgadas, essenciais e estratégicas da entidade, cuja divulgação facilitaria a vida
dos concorrentes ou o alcance dos objetivos. São aquelas informações que não aparecem com as demonstrações
contábeis e demais informes divulgados em conjunto com essas demonstrações.

NBC TA 701, A1
O auditor deve evitar descrever de forma inapropriada um principal assunto de auditoria, fornecendo
informações originais sobre a entidade. A descrição de um principal assunto de auditoria geralmente não
é, por si mesma, uma informação original sobre a entidade, já que descreve o assunto no contexto da
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Auditoria

auditoria. No entanto, o auditor pode considerar necessário incluir informações adicionais para explicar por
que o assunto foi considerado de maior importância na auditoria e, dessa forma, considerado como
principal assunto de auditoria, e como ele foi abordado na auditoria, desde que a divulgação dessas
informações não seja proibida por lei ou regulamento. Se o auditor determinar que essas informações são
necessárias, ele pode recomendar que a administração ou os responsáveis pela governança divulguem mais
informações, em vez de ele fornecer informações originais em seu relatório.

Vejamos exemplos de informação original/ não original

Tome nota:

Quando relatório é de abstenção de opinião, não deve ser incluída a seção “principais assuntos de auditoria” ou ”Outras
informações” exceto se exigido por lei.

Vejamos um exemplo de redação desta seção:

Principais assuntos de auditoria


Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais
significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa
auditoria das demonstrações contábeis como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas
demonstrações contábeis e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.
(...)
(Descrição de cada um dos principais assuntos de auditoria, de acordo com a NBC TA 701).

Tome nota:

O auditor deve iniciar a discussão sobre o PAAs na fase de planejamento.

Sobre o tema, três questões são fundamentais em prova:

O que são PAAs?

Principais assuntos de auditoria são assuntos que, segundo o julgamento profissional do auditor, foram os
mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do período corrente. Os principais assuntos de
auditoria são selecionados entre os assuntos comunicados aos responsáveis pela governança.
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Auditoria

Para que serve?

A comunicação dos principais assuntos de auditoria visa tornar o relatório de auditoria mais informativo, ao
dar maior transparência sobre a auditoria realizada. A comunicação dos principais assuntos de auditoria fornece
informações adicionais aos usuários previstos das demonstrações contábeis, para auxiliá-los a entender os
assuntos que, segundo o julgamento profissional do auditor, foram os de maior importância na auditoria das
demonstrações contábeis do período corrente. A comunicação dos principais assuntos de auditoria também pode
ajudar os usuários previstos das demonstrações contábeis a entender a entidade e as áreas que envolveram
julgamento significativo da administração nas demonstrações contábeis auditadas

Como o auditor define quais são os PAAs?

O auditor deve determinar quais assuntos, entre aqueles comunicados aos responsáveis pela governança,
exigiram atenção significativa na realização da auditoria. Para fazer tal determinação, o auditor deve levar em
consideração o seguinte:

(a) áreas avaliadas como de maior risco de distorção relevante ou riscos significativos identificados;

(b) julgamentos significativos do auditor relativos às áreas das demonstrações contábeis que também
envolveram julgamento significativo por parte da administração, inclusive estimativas contábeis
identificadas que apresentam alto grau de incerteza na estimativa;

(c) efeito sobre a auditoria de fatos ou transações significativos ocorridos durante o período.

Entre tais assuntos, deve determinar quais foram mais significativos na auditoria para serem relatados como
PAAs.

Seção Outras informações


Outras informações são aquelas informações divulgadas pela entidade juntamente com as DC, e que passam
a ser abordadas, quando aplicável, no relatório de auditoria.

Por exemplo:

Além das DC, a entidade pode divulgar um relatório anual qualquer acompanhando o conjunto obrigatório
de demonstrações.

Seção Responsabilidades da administração pelas demonstrações contábeis.


Nós já vimos que a responsabilidade do auditor é restrita à emissão a opinião sobre as demonstrações
contábeis, o que é feito conforme estabelece as NBCs. Obrigações diversas como criar e manter o controle interno
da entidade, elaborar as demonstrações contábeis, responsabilidade primária por detectar fraudes e erros etc. são
responsabilidades da administração da entidade. Os itens 34 a 36 da NBC TA 700 reiteram essa observação.

34. Essa seção do relatório do auditor deve explicar a responsabilidade da administração pela (ver itens
A45 a A48):
elaboração das demonstrações contábeis, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e
pelos controles internos que a administração determinar que sejam necessários para permitir a elaboração
de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro; e
avaliação da capacidade da entidade de manter a continuidade operacional (ver item 2 da NBC TA 570), e
se o uso da base contábil de continuidade operacional é apropriado, assim como divulgar, se aplicável,
Prof. Arthur Leone
Auditoria

questões relacionadas com a continuidade operacional. A explicação da responsabilidade da administração


por essa avaliação deve incluir uma descrição de quando o uso da base contábil de continuidade
operacional é apropriado (ver item A48).

O parágrafo de responsabilidade da administração pelas DC já era utilizado no relatório de auditoria, mas


por ocasião da revisão da NBCTA 700, a seção é encorpada com mais informações e detalhamentos. Em geral,
temos a menção das atividades que não são responsabilidade do auditor. Grosso modo, todas as atividades
executivas referentes a conformidade ou desempenho são de responsabilidade da administração. Não cabe ao
auditor atestar boa gestão, implantar melhorias em controles etc.

Merece destaque a informação que a administração é responsável por definir a Base Contábil de
Continuidade Operacional.

35. Essa seção do relatório do auditor também deve identificar os responsáveis pela supervisão do
processo de apresentação de relatórios financeiros quando os responsáveis por essa supervisão forem
diferentes daqueles que cumprem com as responsabilidades descritas no item 34. Nesse caso, o título dessa
seção também deve se referir aos “Responsáveis pela governança” ou a outro termo que seja apropriado
no contexto da estrutura legal da jurisdição em particular (ver item A49).
36. Quando as demonstrações contábeis forem elaboradas de acordo com uma estrutura de apresentação
adequada, a descrição das responsabilidades da administração pelas demonstrações contábeis no relatório
do auditor deve se referir à “elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis”, ou
“elaboração de demonstrações contábeis que apresentam uma visão verdadeira e justa”, conforme
apropriado nas circunstâncias.

Vejamos o exemplo de redação desta seção:

Responsabilidade da Administração
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como
necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da capacidade
de a companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua
continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não
ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma
alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do
processo de elaboração das demonstrações contábeis.

Seção Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis


A seção que descreve a responsabilidade do auditor foi sensivelmente encorpada em seu nível e
detalhamento no NRA, comparativamente ao layout antigo de relatório.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Buscando o conhecimento que já adquirimos sobre auditoria até aqui, nós conseguimos identificar
minimamente o que o auditor deve descrever nesta seção, sem precisar recorrer apenas às normas.

Observe que muitos usuários tendem a associar a auditoria a um atestado de regularidade, a ausência de
fraudes ou certificado de boa gestão. Já verificamos essas atividades e já concluímos anteriormente que não são
esses os objetivos de uma auditoria. Sendo assim o auditor deve esclarecer para que não fique dúvidas sobre os
limites de uma auditoria e de sua responsabilidade:

O auditor deve declarar que seu objetivo:

✓ é obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de
distorção relevante, independentemente de ser causada por fraude ou erro

✓ emitir um relatório que inclua a opinião do auditor.

✓ A opinião não garante a Continuidade operacional.

✓ Observe as palavras em negrito. São conceitos importantes que já dominamos no estudo da auditoria,
mas o auditor deve esclarecer no relatório que razoável é um bom nível de segurança, mas não 100% de
segurança; deve esclarecer também os critérios de relevância e materialidade.

Veja um exemplo de redação desta seção. Note que pode ser bastante extensa. Vale a pena ler, pois se trata
de um belo resumo sobre as responsabilidades do auditor.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis


Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto,
estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de
auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma
garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria
sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de
fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar,
dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações contábeis.
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria,
exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:
Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis,
independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria
em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para
fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior
do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio,
falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.
Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos
opinião sobre a eficácia dos controles internos da companhia.
Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e
respectivas divulgações feitas pela administração.
Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional
e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou
condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional
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da companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório
de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa
opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de
auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a
Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.
Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as
divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de
maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance
planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais
deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências
éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais
relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo,
quando aplicável, as respectivas salvaguardas.
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos
aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do
exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses
assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação
pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não
deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem,
dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação

Data

49. O relatório do auditor não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria
apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis, incluindo
evidência de que (ver itens A66 a A69):
todas as demonstrações e divulgações que compõem as demonstrações contábeis foram elaboradas e
divulgadas; e
as pessoas com autoridade reconhecida afirmam que assumem a responsabilidade sobre essas
demonstrações contábeis.

Isso significa que a data do relatório deve ser o último dia dos trabalhos de campo do auditor. Deve ainda ser
indicado a localidade de emissão do relatório e ser assinado pelo auditor.

Local e data

Nome do auditor

CRC

Assinatura do auditor
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Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente.


O NRA não interferiu significativamente nos parágrafos de ênfase e de outros assuntos. Deste modo,
podemos dizer que as circunstâncias que os exigem permanecem as mesmas para auditorias de períodos até
31/12/2016 e também para aquelas pós 2016. Entretanto, devemos ficar atentos a pelo menos uma circunstância
resultante do NRA

1 – Não há local específico para colocação do PE e do POA no relatório (por exemplo: no início, meio ou fim
do relatório). Isto significa que o auditor deve procurar localizá-lo onde melhor entendimento e contexto produza.

Parágrafos de Ênfase - PE

Se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apresentado ou divulgado
nas demonstrações contábeis que, segundo seu julgamento, tem tal importância e é fundamental para o
entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis, ele deve incluir parágrafo de ênfase no relatório,
desde que tenha obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada, de que não houve distorção relevante do
assunto nas demonstrações contábeis. Tal parágrafo deve referir-se apenas a informações apresentadas ou
divulgadas nas demonstrações contábeis.
Observe que o parágrafo de ênfase não se confunde com a opinião com ressalva nem adversa. O parágrafo
de ênfase como o nome sugere, enfatiza algo que já está divulgado nas demonstrações contábeis ou relatório de
auditoria, ele é um complemento ou facilitador do entendimento. Não é o parágrafo de ênfase que define se o
relatório é com modificação ou sem modificação.

Trata-se de uma sinalização do auditor, de forma clara, para algum assunto que é de tal importância, para o
entendimento da auditoria ou das demonstrações contábeis. Ressalte-se, porém, que se tal assunto é um PAA, ele
será trabalhado na seção específica “Principais assuntos de auditoria” e se for sobre incerteza sobre continuidade
operacional será tratado na seção específica sobre Continuidade operacional.

Não é recomendável o uso de muitos parágrafos de ênfase, pois transparece que o assunto não foi suficiente
tratado na auditoria.

O NRA criou seções específicas sobre alguns temas, de modo que devemos privilegiar a especialização da
seção quando possível. Sempre que houver uma seção específica, deveremos optar por incluir o assunto nesta
seção e não em PE.

Esclarecendo:

De forma simples, o PE podia reunir informações diversas. Agora iremos “encaixar” as informações na seção
específica. Uma incerteza significativa sobre a continuidade operacional, por exemplo, nas regras antigas poderia
ser divulgada no PE. Porém, agora, no NRA, trataremos da Continuidade Operacional na seção específica sobre o
tema, assim damos o destaque necessário.

Tome nota:

Assuntos tratados na seção PAA, não aparecem no PE.

O parágrafo de ênfase não substitui a seção Principais assuntos de auditoria. Se um assunto é, por sua natureza, um principal
assunto de auditoria, deve ser trabalhado na seção PAA, não no PE.

Fique atento:

Apesar de mantido o PE no NRA, nas mesmas condições de exigibilidade das normas revogadas, devemos
ficar atentos ao fato de que não se deve divulgar os assuntos já tratados nas seções PAA ou incertezas sobre a CO.
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Como o NRA criou novas seções de relatório como aquela destinada aos “Principais assuntos de Auditoria”
e “incertezas sobre a Continuidade operacional”, deixaremos de discorrer sobre tais temas no PE como fazíamos
antes, de modo a tratar desses assuntos específicos nas novas seções criadas.

Parágrafo de ênfase
até 31/12/2016 2017...
O PE deve vir logo após o parágrafo
Não há local definido ( auditor deve
de opinião e não afeta a opinião do
buscar melhor contextualização).
auditor.

Não afeta a opinião Não afeta a opinião

Poderia tratar de questões afetas a Incertezas divulgadas sobre CO


incertezas relativas a continuidade devem ser tratadas na seção
operacional (CO) divulgadas específica

Poderia tratar de outros assuntos Assuntos chaves da auditoria são


chavs da auditoria, se divulgados tratados em seção específica

Localização do PE:

Uma novidade importante é localização do PE no NRA. Apenas as seções “Opinião” e “Base para Opinião”
possuem ordem de precedência definida, sendo a primeira e segunda seções do relatório, respectivamente e
obrigatoriamente. Para as demais seções, o auditor deve buscar onde melhor se localize, buscando a
inteligibilidade e contextualização da auditoria.

Desde modo, onde localizamos o PE no NRA?

No antigo layout de relatório, ele aparecia logo após o parágrafo de opinião. Agora mudou! Ele pode
aparecer em qualquer lugar do relatório.

Exemplo:

✓ Quando o PE se refere à estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo circunstâncias em que o


auditor determina que a estrutura prescrita em lei seria de outra forma inaceitável, pode considerar
localizá-lo logo após a “base para opinião’ para dar o contexto apropriado.

✓ Quando os PAAs são apresentados, um PE poderia ser localizado antes ou depois dessa seção.

Circunstâncias em que um PE pode ser necessário:

✓ quando a estrutura de relatório financeiro aplicável prevista por lei ou regulamento seria inaceitável
exceto pelo fato de ser prevista por lei ou regulamento;

✓ alertar os usuários de que as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com estrutura de
relatório financeiro para propósitos especiais;
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✓ quando fatos chegam ao conhecimento do auditor após a data do seu relatório e o auditor fornece um
relatório novo ou modificado (ou seja, eventos subsequentes).

Exemplo:

✓ existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória;

✓ evento subsequente significativo ocorrido entre a data das demonstrações contábeis e a data do
relatório do auditor (NBC TA 560, item 6);

✓ aplicação antecipada (quando permitida) de nova norma contábil com efeito relevante sobre as
demonstrações contábeis;

✓ grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a posição patrimonial e
financeira da entidade.

Parágrafos de Outros Assuntos - POA

O auditor pode considerar, ainda, adicionar um parágrafo de outros assuntos para tratar de um assunto não
apresentado ou não divulgado nas demonstrações contábeis e que, de acordo com o julgamento do auditor, é
relevante para os usuários entenderem a auditoria, a responsabilidade do auditor ou o relatório de auditoria.

Circunstâncias que podem requerer um POA:

Em geral, teremos assuntos não divulgados e que são relevantes para o entendimento da auditoria.
Entretanto, tal parágrafo não se presta para modificar a opinião, tampouco para tratar de assuntos que também
sejam PAAs ou assuntos que dispõem de seções específicas e normatizadas no layout do NRA, como os relativos
à Continuidade operacional, por exemplo.

Uma possibilidade de incluir um POA é para tratar, por exemplo, um assunto que tenha sido discutido com a
governança da entidade, mas tal assunto não se materializou como um principal assunto de auditoria, de modo a
requerer divulgação específica na seção PAA, mas tem relevância em função de lei ou regulamento. Ou ainda, por
outros motivos, o auditor considera importante divulgá-los. Assim, poderia ser o caso de utilizar um POA. Observe
que se trata de assunto não divulgado, porém importante, a juízo do auditor ou exigida divulgação por lei ou
regulamento.

Importante:

Não deve ser utilizado o POA para modificar a opinião. Se o assunto não divulgado fundamenta a opinião
adversa, por exemplo, não deve o auditor abordá-lo no POA, mas no parágrafo “Base para opinião”.

Devemos ficar atentos as novas seções criadas no NRA, pois devemos tratar de determinados assuntos
sempre que possível na seção específica, de modo a dar o destaque adequado.

A NBC TA 706 apresenta algumas situações em que podem ser necessário a inclusão do POA, vejamos:

Assuntos relevantes para o entendimento pelos usuários das responsabilidades do auditor ou do seu
relatório.
A11. Lei, regulamento ou prática geralmente aceita pode exigir ou permitir que o auditor detalhe assuntos
que forneçam explicação adicional de suas responsabilidades na auditoria das demonstrações contábeis
ou do respectivo relatório do auditor. Quando a seção “Outros assuntos” inclui mais de um assunto que, de
acordo com o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, as
responsabilidades do auditor ou o seu relatório, pode ser útil usar subtítulos diferentes para cada assunto.
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A12.O parágrafo de outros assuntos não trata de circunstâncias em que o auditor tem outras
responsabilidades além da sua responsabilidade segundo as normas de auditoria (...), ou em que o auditor
foi solicitado a executar e a apresentar relatório sobre procedimentos adicionais específicos, ou expressar
uma opinião sobre assuntos específicos.

Localização do POA

Nas regras válidas até 31/12/2016, este parágrafo deveria ser introduzido após a opinião do auditor ou do
parágrafo de ênfase, se houver. Conforme o NRA, assim como acontece com o PE, caberá ao auditor decidir onde
localizá-lo, de modo a dar melhor entendimento ao relatório.

Exemplo

✓ O POA pode ser inserido na seção “relatório sobre outras exigências legais e regulatórias” quando
referente a outras responsabilidades do auditor.

✓ Quando relevante para todas as responsabilidades ou para o entendimento do relatório do auditor, o POA
pode ser incluído como seção separada após as seções ‘responsabilidade do auditor sobre as DC” e
responsabilidade sobre outros requisitos legais e regulatórios”

Assim como acontece com o PE, esta seção não deve conter assuntos que teriam melhor destaque nas
seções específicas como é o caso dos PAAs.

Seção Outras informações


A seção “Outras informações” é mais uma das novidades do novo relatório de auditoria. Precisamos saber,
de antemão, que ‘outras informações” não são as Demonstrações contábeis. São outras espécies de relatórios e
demonstrativos elaborados pela administração da entidade.

Esclarecendo:

O relatório da administração que é divulgado juntamente com as DC é considerado “outras informações”.


O relatório da administração não é uma peça contábil, embora seja divulgada conjuntamente com as DC, o que
acaba por influenciar no entendimento destas DC.

Bom, ao auditor cabe auditar as DC, não as outras informações. Entretanto, o auditor deve ler tais
informações para verificar se tais declarações são inconsistentes com as DC divulgadas.

A redação desta seção deverá deixar claro que a responsabilidade do auditor é LER tais relatórios e
documentos e verificar se são compatíveis com as DC, mas não executar auditoria em tal relatório.

NBC TA 720 (2016)


16. Se o auditor identificar que parece existir inconsistência relevante (ou tomar conhecimento de que as
outras informações parecem apresentar distorção relevante), o auditor deve discutir a questão com a
administração e, se necessário, realizar outros procedimentos para concluir se (ver itens A39 a A43):
(a) existe distorção relevante nas outras informações;
(b) existe distorção relevante nas demonstrações contábeis; ou
(c) o entendimento do auditor sobre a entidade e seu ambiente precisa ser atualizado.
Ao concluir que há distorções nas informações, a administração da entidade deve ser comunicada para
fazer as correções. Se a administração concordar em fazer as correções, o auditor apenas confirma se foram
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de fato feitas. No caso de recusa da administração, o auditor deve comunicar à governança da entidade
solicitando a correção.

E se todas as instâncias da entidade não concordarem em fazer as correções?

O auditor deve informar de que forma as distorções serão endereçadas no relatório e seus efeitos
(possivelmente teremos uma opinião modificada). O auditor pode considerar ainda a renúncia ao trabalho se
possível.
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Opinião em informações comparativas (NBC TA 710)


É comum, e muitas vezes decorre de lei, a divulgação das demonstrações contábeis com informações
comparativas. Isto é: as demonstrações contábeis do ano corrente apresentam informações de anos anteriores
para efeitos comparativos. O efeito prático disso são as demonstrações contábeis divulgadas lado a lado, em uma
coluna temos os saldos do período X0 e em outra coluna os saldos de X1. Simples assim! As informações
comparativas contêm os valores e as divulgações incluídas nas demonstrações contábeis referentes a um ou mais
períodos anteriores de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Vejam um exemplo:

Notas R$ milhões

ATIVO

31.12.2012 31.12.2011

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 7 11.918 6.593

Investimentos Financeiros 8 506 -

Derivativos a valor justo 25 575 1.112

Contas a Receber 9 13.885 15.889

Partes Relacionadas 30 786 154

Estoques 10 10.320 9.833

Tributos a recuperar ou compensar 12 4.620 4.190

Adiantamento a fornecedores 523 733

Outros 1.973 1.647

45.106 40.151

Observe que há uma coluna para 2011 e uma para 2012.

E a opinião do auditor como é que fica? Cobre 2011 e 2012?

Existem duas abordagens diferentes para a responsabilidade do auditor em relação ao relatório referente a
essas informações comparativas: (1) valores correspondentes e (2) demonstrações contábeis comparativas.

Valores correspondentes são informações comparativas onde os valores e outras divulgações do período
anterior são parte integrante das demonstrações contábeis do período corrente e devem ser lidas somente em
relação aos valores e outras divulgações relacionados ao período corrente (denominados “valores do período
corrente”). O nível de detalhes dos valores e das divulgações correspondentes apresentados é determinado
principalmente por sua relevância em relação aos valores do período corrente.
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Demonstrações contábeis comparativas são informações comparativas onde os valores e outras divulgações
do período anterior estão incluídos para fins de comparação com as demonstrações contábeis do período corrente,
mas, se auditadas, são mencionadas na opinião do auditor.

A abordagem a ser adotada é frequentemente especificada por lei ou regulamentação, mas também pode
ser especificada nos termos do trabalho. No Brasil, o item 42 da NBC T1 assim dispõe:

42. Tendo em vista que os usuários desejam comparar a posição patrimonial e financeira, o desempenho e
as mutações na posição financeira ao longo do tempo, é importante que as demonstrações contábeis
apresentem as correspondentes informações de períodos anteriores.

A norma destaca a importância de que as informações contábeis do ano corrente apresentem as


correspondentes informações de períodos anteriores, de forma consistente com a Lei das Sociedades Anônimas,
que requer a apresentação dos valores correspondentes do exercício anterior.

Desta forma, no Brasil, a opinião do auditor seguirá a abordagem de valores correspondentes, ou seja: a
opinião é sobre o ano corrente.

Quando as demonstrações contábeis incluem informações comparativas o auditor precisa assegurar-se que
estão corretamente classificadas, se houve retificações no período anterior e se as políticas são consistentes com
a auditoria atual.

Caso o auditor atual seja o mesmo do ano anterior ele poderá determinar facilmente esses assuntos.

Efeitos no relatório de auditoria


Abordagem de valores correspondentes
Se o relatório do ano anterior é sem ressalvas, o auditor atual não deve mencionar os valores
correspondentes.

Se o relatório do ano anterior contém modificação de opinião (ressalva, adversa, abstenção) e o assunto que
gerou a modificação não está resolvido o auditor deve incluir modificação em sua opinião sobre as demonstrações
contábeis do período corrente e:
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(a) mencionar os valores do período corrente e os valores correspondentes na descrição do assunto que
gerou a modificação quando os efeitos ou possíveis efeitos do assunto sobre os valores do período corrente são
relevantes; ou

(b) em outros casos, explicar que a opinião da auditoria contém modificação em decorrência dos efeitos ou
possíveis efeitos do assunto não resolvido sobre a comparabilidade dos valores do período corrente e dos valores
correspondentes.

E se o assunto que gerou a modificação de opinião no ano anterior está resolvido?

Se o assunto está resolvido e adequadamente tratado nas demonstrações contábeis, a opinião na auditoria
corrente não precisa mencionar a modificação de opinião anterior.

Você já viu que em algumas situações o auditor não precisa mencionar os valores correspondentes, é possível
que você se pergunte. Ora, se o auditor não mencionar como vou saber se foi o mesmo auditor que executou
a auditoria em X0 e em X1?

É uma dúvida pertinente. Se o auditor nada fizer a esse respeito indicará implicitamente que foi ele mesmo
que auditou as demonstrações contábeis do ano anterior. Na hipótese de terem sido outros auditores deverá fazer
essa indicação em parágrafo de outros assuntos.

E por que não parágrafo de ênfase?


O parágrafo de ênfase só deve ser utilizado, em qualquer condição, para assuntos que estão divulgados nas
demonstrações contábeis. Serve apenas para clarear o que está divulgado não para inovar!

Seguindo...

Pode acontecer de o relatório anterior (X0) não conter ressalvas, mas o auditor atual (X1) constatou a
presença de distorções relevantes no ano anterior (X0) não adequadamente tratadas.

E agora?

Vamos cair na regra geral para emissão de opinião. Se o auditor discorda da divulgação deverá manifestar
essa discordância com ressalva ou opinião adversa conforme os efeitos dessa distorção (isolado ou disseminado).
Até aqui nenhuma novidade não é mesmo? Já vimos esse raciocínio antes.

Vamos recapitular a questão para chegarmos às novidades...

O auditor está auditando X1, mas, verificou que em X0 há distorções não resolvidas. Aplica uma ressalva ou
opinião adversa no relatório emitido em X1.
Qual a abrangência dessa ressalva ou opinião adversa?

É sobre o efeito na comparação de valores correspondentes nela incluídos. Percebeu o detalhe? O auditor
aplica modificação de opinião sobre os efeitos de valores correspondentes e não num sentido amplo sobre as
demonstrações contábeis de X0. Lógico, não é? Perceba que o auditor não está auditando novamente X0, pois
nem teria condições de fazê-lo. A discordância do auditor é quanto aos efeitos comparativos dos valores
correspondentes.

Demonstrações contábeis comparativas


Quando se tratar de Demonstrações contábeis comparativas o auditor deve emitir opinião cobrindo cada
período, X0 e X1.
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Auditoria

Ao emitir relatório sobre demonstrações contábeis cobrindo, também o período anterior, em conexão com
a auditoria do período corrente, se a opinião atual (do mesmo auditor) sobre as demonstrações do período anterior
for diferente da opinião expressa anteriormente, o auditor deve divulgar as razões substanciais para a opinião
diferente em um no parágrafo de Outros Assuntos.

E se o auditor de X0 não foi o mesmo de X1?

A menos que o auditor de X0 reemita os relatórios juntamente com as demonstrações contábeis, o auditor
atual (X1) deverá expressar opinião sobre o período corrente e especificar com um parágrafo de outros assuntos
que:

• As demonstrações contábeis de X0 foram auditadas por outro auditor.

• O tipo de opinião expressa pelo auditor de X0, se conteve modificação de opinião e as razões da modificação.

• A data desse relatório.

Quando o auditor atual constatar distorção relevante nas demonstrações contábeis do ano anterior
auditadas por outros auditores, deverá comunicar ao nível apropriado da entidade para que decida sobre a
divulgação de demonstrações contábeis alteradas; e ao auditor antecessor para que decida sobre a emissão de
novo relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis alteradas. Se o auditor antecessor concordar, o
auditor atual emite sua opinião apenas sobre o ano corrente.

Se o auditor antecessor não concordar em emitir novo relatório sobre as demonstrações contábeis alteradas
do ano anterior. O auditor atual poderá fazer indicação em parágrafo de outros assuntos que o auditor do ano
anterior emitiu sua opinião antes dessas alterações.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Resumo
Relatório de auditoria
O relatório de auditoria é o documento escrito , impresso em papel ou formato eletrônico. onde o auditor
emite a sua opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis à estrutura de relatório financeiro aplicável.

Tipos de opinião:

Natureza do assunto que gerou Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma


modificação generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as
demonstrações contábeis

Relevante, mas não Relevante generalizado


generalizado

As demonstrações contábeis Opinião com ressalva Opinião adversa


apresentam distorções relevantes

Impossibilidade de obter evidência Opinião com ressalva Abstenção de opinião


de auditoria apropriada e suficiente

Conteúdo do relatório de auditoria


Prof. Arthur Leone
Auditoria

É obrigatório que a primeira seção seja a que contém a opinião e a segunda seção seja a que contém a base
para opinião.

Título

21. O relatório do auditor independente deve ter título que indique claramente que é o relatório do auditor
independente.

Destinatário

22. O relatório do auditor independente deve ser endereçado conforme exigido pelas circunstâncias do
trabalho.

Seção Opinião do auditor

23. A primeira seção do relatório do auditor deve incluir a opinião do auditor independente e deve ter
“Opinião” como título.
24. A seção “Opinião” do relatório do auditor também deve:
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identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas;


afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas;
identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis;
fazer referência às notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis; e
especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis

Seção Base para opinião

28. O relatório do auditor deve incluir uma seção, logo após a seção “Opinião”, com o título “Base para
opinião”, que (ver item A32):
declare que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas de auditoria (ver item A33);
referencie a seção que descreve as responsabilidades do auditor, segundo as normas de auditoria;
inclua a declaração de que o auditor é independente da entidade de acordo com as exigências éticas
relevantes relacionadas com a auditoria e que ele atendeu às outras responsabilidades éticas do auditor de
acordo com essas exigências. A declaração deve identificar a jurisdição de origem das exigências éticas
relevantes ou referir-se ao Código de Ética do International Ethics Standards Board for Accountants (Iesba)
da Federação Internacional de Contadores (Ifac) (ver itens A34 a A39); e
declare se o auditor acredita que a evidência de auditoria obtida por ele é suficiente e apropriada para
fundamentar sua opinião.

Importante:

No layout anterior de relatório, o parágrafo Base para Opinião não era exigido no caso de a opinião ser limpa (sem
modificações). No NRA, obrigatoriamente teremos a seção “base para Opinião”, seja a opinião modificada ou não modificada
(limpa).

NBC TA 705, 27
Mesmo que o auditor tenha emitido uma “Opinião adversa” ou tenha se abstido de expressar uma opinião
sobre as demonstrações contábeis, ele deve descrever na seção “Base para opinião” as razões para
quaisquer outros assuntos que ele está ciente que teriam requerido uma modificação da opinião, assim
como os seus respectivos efeitos (ver item A24).

Nesta seção, além de fundamentar os motivos determinantes da opinião, deverá detalhar quantitativamente
e qualitativamente as distorções relevantes (DR) encontradas e que condicionaram a opinião.
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Auditoria

deve ser mencionado


Quantitativas tais valores, exceto se
impraticável
DR
deve ser explicado
Qualitativas como as divulgações
estão distorcidas

Fique atento:

Sempre teremos a “Base para opinião”, seja a opinião modificada ou não modificada.

O detalhe é que o título da seção deverá ser complementado (em vermelho) conforme seja a opinião:

Base para opinião...

Base para opinião com ressalvas

Base para opinião adversa

Base para abstenção de opinião

Tome nota:

No caso de abstenção de opinião, o relatório não terá a seção “Principais assuntos de auditoria” e “outras informações” exceto
se exigido por lei ou regulamento.

Seção Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional

incerteza Sem ressalvas +


significativa seção espcífica
divulgada CO
Apropriada
incerteza
Ressalva/adverso
significativa não
cf efeitos nas DC
BCCO divulgada

Inapropriada adversa
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Auditoria

A seção deve detalhar a responsabilidade

do Auditor da Administração

Concluir que a BCCO é


Definir a BCCO
apropriada

Seção Principais assuntos de auditoria - PAA


O que são PAAs?

Principais assuntos de auditoria são assuntos que, segundo o julgamento profissional do auditor, foram os
mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do período corrente. Os principais assuntos de
auditoria são selecionados entre os assuntos comunicados aos responsáveis pela governança.

Para que serve?

A comunicação dos principais assuntos de auditoria visa tornar o relatório de auditoria mais informativo, ao
dar maior transparência sobre a auditoria realizada. A comunicação dos principais assuntos de auditoria fornece
informações adicionais aos usuários previstos das demonstrações contábeis, para auxiliá-los a entender os
assuntos que, segundo o julgamento profissional do auditor, foram os de maior importância na auditoria das
demonstrações contábeis do período corrente. A comunicação dos principais assuntos de auditoria também pode
ajudar os usuários previstos das demonstrações contábeis a entender a entidade e as áreas que envolveram
julgamento significativo da administração nas demonstrações contábeis auditadas

Como o auditor define quais são os PAAs?

O auditor deve determinar quais assuntos, entre aqueles comunicados aos responsáveis pela governança,
exigiram atenção significativa na realização da auditoria. Para fazer tal determinação, o auditor deve levar em
consideração o seguinte:

(d) áreas avaliadas como de maior risco de distorção relevante ou riscos significativos identificados;

(e) julgamentos significativos do auditor relativos às áreas das demonstrações contábeis que também
envolveram julgamento significativo por parte da administração, inclusive estimativas contábeis
identificadas que apresentam alto grau de incerteza na estimativa;

(f) efeito sobre a auditoria de fatos ou transações significativos ocorridos durante o período.

Entre tais assuntos, deve determinar quais foram mais significativos na auditoria para serem relatados como
PAAs.

Seção Outras informações

Outras informações são aquelas informações divulgadas pela entidade juntamente com as DC, e que passam
a ser abordadas, quando aplicável, no relatório de auditoria.

Seção Responsabilidades da administração pelas demonstrações contábeis.


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34. Essa seção do relatório do auditor deve explicar a responsabilidade da administração pela (ver itens
A45 a A48):
elaboração das demonstrações contábeis, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e
pelos controles internos que a administração determinar que sejam necessários para permitir a elaboração
de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro; e
avaliação da capacidade da entidade de manter a continuidade operacional (ver item 2 da NBC TA 570), e
se o uso da base contábil de continuidade operacional é apropriado, assim como divulgar, se aplicável,
questões relacionadas com a continuidade operacional. A explicação da responsabilidade da administração
por essa avaliação deve incluir uma descrição de quando o uso da base contábil de continuidade
operacional é apropriado (ver item A48).

Merece destaque a informação que a administração é responsável por definir a Base Contábil de
Continuidade Operacional.

35. Essa seção do relatório do auditor também deve identificar os responsáveis pela supervisão do
processo de apresentação de relatórios financeiros quando os responsáveis por essa supervisão forem
diferentes daqueles que cumprem com as responsabilidades descritas no item 34. Nesse caso, o título dessa
seção também deve se referir aos “Responsáveis pela governança” ou a outro termo que seja apropriado
no contexto da estrutura legal da jurisdição em particular (ver item A49).
36. Quando as demonstrações contábeis forem elaboradas de acordo com uma estrutura de apresentação
adequada, a descrição das responsabilidades da administração pelas demonstrações contábeis no relatório
do auditor deve se referir à “elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis”, ou
“elaboração de demonstrações contábeis que apresentam uma visão verdadeira e justa”, conforme
apropriado nas circunstâncias.

Seção Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações


contábeis
O auditor deve declarar que seu objetivo:

✓ é obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de
distorção relevante, independentemente de ser causada por fraude ou erro

✓ emitir um relatório que inclua a opinião do auditor.

✓ A opinião não garante a Continuidade operacional.

✓ Observe as palavras em negrito. São conceitos importantes que já dominamos no estudo da auditoria,
mas o auditor deve esclarecer no relatório que razoável é um bom nível de segurança, mas não 100% de
segurança; deve esclarecer também os critérios de relevância e materialidade.

Parágrafos de Ênfase - PE
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apresentado ou divulgado
nas demonstrações contábeis que, segundo seu julgamento, tem tal importância e é fundamental para o
entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis, ele deve incluir parágrafo de ênfase no relatório,
desde que tenha obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada, de que não houve distorção relevante do
assunto nas demonstrações contábeis.

Observe que o parágrafo de ênfase não se confunde com a opinião com ressalva nem adversa.

Tome nota:

Assuntos tratados na seção PAA, não aparecem no PE.

O parágrafo de ênfase não substitui a seção Principais assuntos de auditoria. Se um assunto é, por sua natureza, um principal
assunto de auditoria, deve ser trabalhado na seção PAA, não no PE.

Parágrafo de ênfase
até 31/12/2016 2017...
O PE deve vir logo após o parágrafo
Não há local definido ( auditor deve
de opinião e não afeta a opinião do
buscar melhor contextualização).
auditor.

Não afeta a opinião Não afeta a opinião

Poderia tratar de questões afetas a Incertezas divulgadas sobre CO


incertezas relativas a continuidade devem ser tratadas na seção
operacional (CO) divulgadas específica

Poderia tratar de outros assuntos Assuntos chaves da auditoria são


chavs da auditoria, se divulgados tratados em seção específica

Onde localizamos o PE no NRA?

No antigo layout de relatório, ele aparecia logo após o parágrafo de opinião. Agora mudou! Ele pode
aparecer em qualquer lugar do relatório.

Circunstâncias em que um PE pode ser necessário:

✓ quando a estrutura de relatório financeiro aplicável prevista por lei ou regulamento seria inaceitável
exceto pelo fato de ser prevista por lei ou regulamento;

✓ alertar os usuários de que as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com estrutura de
relatório financeiro para propósitos especiais;

✓ quando fatos chegam ao conhecimento do auditor após a data do seu relatório e o auditor fornece um
relatório novo ou modificado (ou seja, eventos subsequentes).
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Parágrafos de Outros Assuntos - POA


Circunstâncias que podem requerer um POA:

Em geral, teremos assuntos não divulgados e que são relevantes para o entendimento da auditoria.
Entretanto, tal parágrafo não se presta para modificar a opinião, tampouco para tratar de assuntos que também
sejam PAAs ou assuntos que dispõem de seções específicas e normatizadas no layout do NRA, como os relativos
à Continuidade operacional, por exemplo.

Assuntos relevantes para o entendimento pelos usuários das responsabilidades do auditor ou do seu
relatório.
A11. Lei, regulamento ou prática geralmente aceita pode exigir ou permitir que o auditor detalhe assuntos
que forneçam explicação adicional de suas responsabilidades na auditoria das demonstrações contábeis
ou do respectivo relatório do auditor. Quando a seção “Outros assuntos” inclui mais de um assunto que, de
acordo com o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, as
responsabilidades do auditor ou o seu relatório, pode ser útil usar subtítulos diferentes para cada assunto.
A12.O parágrafo de outros assuntos não trata de circunstâncias em que o auditor tem outras
responsabilidades além da sua responsabilidade segundo as normas de auditoria (...), ou em que o auditor
foi solicitado a executar e a apresentar relatório sobre procedimentos adicionais específicos, ou expressar
uma opinião sobre assuntos específicos.

Localização do POA

Não há regra.

Exemplo

✓ O POA pode ser inserido na seção “relatório sobre outras exigências legais e regulatórias” quando
referente a outras responsabilidades do auditor.

✓ Quando relevante para todas as responsabilidades ou para o entendimento do relatório do auditor, o POA
pode ser incluído como seção separada após as seções ‘responsabilidade do auditor sobre as DC” e
responsabilidade sobre outros requisitos legais e regulatórios”

Assim como acontece com o PE, esta seção não deve conter assuntos que teriam melhor destaque nas
seções específicas como é o caso dos PAAs.

Seção Outras informações


“Outras informações” não são as Demonstrações contábeis. São outras espécies de relatórios e
demonstrativos elaborados pela administração da entidade como um relatório da Administração. O auditor
informa nesta seção que sua responsabilidade é apenas “ler” as outras informações.
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Questões comentadas
1. FCC – ACE – TCM-GO/2015

O auditor, quando obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis, deve
expressar-se por meio de

(A) opinião sem ressalva.

(B) renúncia do trabalho.

(C) opinião com parágrafo de ênfase.

(D) abstenção de opinião.

(E) opinião adversa.

Resolução:

Vejamos os relatórios exigidos conforme às circunstâncias:

Resposta E

2. FCC-TCE-PR-Analista Controle/2011

Quando as demonstrações financeiras representam adequadamente a posição patrimonial e financeira, o


auditor emite um parecer

(A) conclusivo.

(B) sem especificações.

(C) extroverso.

(D) finalístico.

(E) sem ressalva.

Resolução: Apenas a letra E é um tipo de parecer (relatório). O resto é “invenção”.


Resposta: E
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com
ressalva

Modificada adversa

abstenção
OPINIÃO
de opinião
Não sem
modificada ressalvas

Resposta E

3. FCC-TRE-SP-Analista Jud.-contabilidade/2012

Não havendo evidências suficientes para formar uma opinião acerca da fidedignidade das demonstrações
contábeis, o parecer apropriado a ser emitido é do tipo
(A) com negativa de opinião.

(B) limpo.

(C) qualificado.

(D) adverso.

(E) com ressalvas do tipo “sujeito a”.

Resolução:

Cabe a abstenção de opinião (negativa de opinião) quando há limitação de escopo ou presentes incertezas
com consequências potenciais disseminadas e generalizadas, que impeçam o auditor de formar a opinião.

Resposta A

4. FCC – DPE-SP – Contador/2013

Com relação aos tipos de Parecer de Auditoria, considere:

I. Na impossibilidade de manifestar-se sobre os conjuntos das demonstrações financeiras examinadas, nada


impede que o Auditor emita seu parecer apenas sobre uma parte delas, desde que sobre essa parte tenha ele
obtido as comprovações necessárias.

II. Quando o Auditor não obtém comprovação suficiente para fundamentar seu parecer sobre as
demonstrações financeiras em conjunto, deve ele declarar expressamente que está impossibilitado de emitir
parecer sobre essas demonstrações.

III. Quando o Auditor verificar efeitos que, no seu julgamento, comprometem substancialmente as
demonstrações financeiras por ele examinadas, deve declarar expressamente que as referidas demonstrações não
representam, adequadamente e em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira ou os
resultados das operações da entidade.

Os trechos I, II e III, respectivamente, referem-se a pareceres


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(A) com negativa de opinião, com ressalva e adverso.

(B) com ressalva, com negativa de opinião e adverso.

(C) adverso, parcial e com ressalva.

(D) parcial, com negativa de opinião e adverso.

(E) adverso, com negativa de opinião e com ressalva.

Resolução:

Item I – O relatório parcial pode ser utilizado no âmbito da auditoria interna. O item não descreve o tipo de
auditoria envolvida e ainda coloca uma situação de limitação de escopo que, em se tratando da auditoria externa,
ensejaria um relatório com abstenção ou adverso.

NBC TI 01, 12.3.4


A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de constatar
impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da
entidade, e que não possam aguardar o final dos exames, considerando o disposto no item 12.1.3.1.

Diante disso, consideramos que a assertiva não colabora muito com o estudo da disciplina, portanto, em que
pese ter a banca indicado que se trata do relatório “parcial”, entendemos que essa não é a melhor resposta.

Item II – Corresponde ao relatório com abstenção de opinião, também conhecido como “negativa de
opinião”.

Item III – A discordância do auditor quanto às demonstrações contábeis se materializa com o relatório
contendo opinião adversa. A opinião adversa tem cabimento quando as discordâncias do auditor em relação às
demonstrações contábeis são de tal monta em termos de materialidade ou relevância que a emissão de relatório
com ressalva não seria suficiente para retratar a magnitude desta(s) distorção(ões), tendo em vista seu efeito
generalizado.
Resposta D

5. FCC – DPE-RR – contador/2015

A firma de auditoria UAXM − Auditores Independentes foi contratada para realizar a auditoria das
demonstrações contábeis referente ao exercício de 2014, de determinada empresa estatal do Estado. Finalizados
os trabalhos de auditoria, o Auditor deve formar uma opinião e emitir o relatório. O Auditor expressa uma opinião
não modificada quando

(A) obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em
conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis.

(B) não obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião, mas conclui que os
possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser
relevantes e generalizadas.

(C) conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com
a estrutura do relatório financeiro aplicável.
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(D) obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em
conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.

(E) não obtém evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas conclui que os
possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser
relevantes, mas não generalizados.

Resolução:

Letra A – Errado. Esse é o caso de opinião modificada (com ressalvas)

Letra B – Errado. Esse é o caso de opinião modificada (abstenção)

Letra C – Certo. Opinião não modificada é o mesmo que opinião sem ressalvas. Isso significa que, na opinião
do auditor, as demonstrações contábeis representam adequadamente a situação patrimonial e financeira da
entidade.

Letra D – Errado. Esse é o caso de opinião modificada (adversa)

Letra E – Errado. Esse é o caso de opinião modificada (ressalva)

Resposta C

6. FCC – DPE-SP – Contador/2015

Nas auditorias realizadas das demonstrações contábeis, conforme as evidências de auditoria obtidas, o
auditor independente deve expressar a seguinte opinião, EXCETO:

(A) opinião adversa.

(B) opinião sem ressalvas.

(C) abstenção de opinião.

(D) opinião com ressalva.

(E) opinião pela irregularidade.

Resolução:

A opinião pode ser modificada (ressalva, abstenção e adverso); ou poderá ser não modificada ( sem
ressalvas). As nomenclaturas “certificado de regularidade” ou de “irregularidade” são utilizadas no âmbito das
auditorias do setor público, não se relacionam à auditoria de demonstrações contábeis.

Resposta E

7. FCC-TRT 12-Analista jud./2013

Quando o auditor encontra evidência relevante, mas não generalizada, deve emitir uma opinião

(A) adversa.

(B) com abstenção.

(C) inconclusiva.
(D) com ressalva.

(E) relativizada.
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Resolução: Vamos fazer a “vontade” do examinador e supor que as evidências confirmam uma distorção.
Havendo distorções materiais nas demonstrações contábeis e o auditor reuniu evidências adequadas e suficientes
que confirmam tal circunstância, a opinião requerida é do tipo modificada (ressalva ou adversa). Não cabe a
abstenção de opinião pois as evidências foram colhidas e são adequadas e suficientes, então deve haver uma
opinião do auditor.

Resta-nos saber qual o tipo: ressalva ou adversa? Quando as distorções são isoladas cabe uma ressalva,
quando as distorções estão disseminadas e prejudicam o entendimento das demonstrações contábeis cabe a
opinião adversa.
Resposta D

8. FCC- AFTM São Paulo/2012

A empresa brasileira Torucha S.A. elaborou as demonstrações contábeis de 2011, consolidadas e individuais,
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas,
coligadas, usando o método de equivalência patrimonial. Dessa forma, o auditor ao emitir seu relatório de
auditoria sobre as demonstrações contábeis deve
(A) emitir um parecer adverso, ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas
internacionais de contabilidade: IFRS, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

(B) elaborar parágrafo de ênfase, evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram
elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, ressalvando que neste aspecto não atendem
às normas internacionais de contabilidade: IFRS.

(C) emitir parecer sem ressalva, uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil; como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC − Comitê de
Pronunciamentos Contábeis, estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS.

(D) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria, uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem
dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS.

(E) emitir um relatório de auditoria, com limitação de escopo, uma vez que as práticas contábeis adotadas
no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS.

Resolução: Vejamos a situação posta. O auditor conseguiu formar uma opinião sobre os investimentos
avaliados pelo MEP. Conseguiu ainda assegurar que os saldos estão de acordo com as práticas contábeis adotadas
no Brasil e não sofreu nenhuma espécie de embaraço ou limitação de escopo por parte da entidade.

De plano, chegamos as seguintes conclusões sumárias:

Se conseguiu obter evidências para emitir uma opinião, não cabe abster-se ou alegar a limitação de escopo.
Eliminamos a letras D e E.

Se os investimentos estão avaliados corretamente conforme o critério utilizado, qual seja, as práticas
contábeis do Brasil, devemos concordar que estão sem distorções conforme o critério utilizado (embora possam
existir uma diversidade de critérios). Logo, não caberia a modificação de opinião para adversa ou ressalva.
Eliminamos a letra A.

Vamos nos concentrar sobre as letras C e B...


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Letra C- É provável que a opinião seja sem ressalva. Entretanto, a adoção de critérios adotados no Brasil não
significa necessariamente a obediência dos critérios IFRS. Eliminamos a letra C.

Atualmente, ainda não existe uma única estrutura conceitual de contabilidade para fins gerais,
que seja universalmente reconhecida. Na ausência dessa estrutura, presume-se que as normas de
contabilidade estabelecidas por organizações que são autorizadas ou reconhecidas para editar normas
a serem usadas por certos tipos de entidades são aceitáveis para demonstrações contábeis para fins
gerais elaboradas pelas referidas entidades, desde que as organizações sigam um processo
estabelecido e transparente, envolvendo a deliberação e consideração da visão de ampla gama de
partes interessadas. Exemplos dessas normas de contabilidade incluem:

Normas internacionais de contabilidade (IFRS) editadas pelo Conselho de Normas Internacionais de


Contabilidade (IASB);
Normas internacionais de contabilidade do setor público (IPSASs) editadas pelo Conselho de Normas
Internacionais de Contabilidade do Setor Público; e
Princípios contábeis editados por organização normativa autorizada ou reconhecida, que siga um
processo estabelecido e transparente envolvendo a deliberação e consideração da visão de ampla gama de
partes interessadas. Como é o caso das práticas contábeis adotadas no Brasil.

Letra B- Considerando que não há divergências ou distorções, e o relatório do auditor exterioriza essa
normalidade conforme a estrutura de relatório financeiro aplicável que é baseada nas práticas brasileiras a opinião
será, concluímos, sem modificações. O auditor deverá incluir parágrafo de ênfase-PE (lembre-se que o PE não
modifica a opinião!!) apenas para enfatizar e clarificar que se considerarmos outros critérios (IFRS) poderíamos
concluir de forma diferente.

Atenção: não confunda o verbo utilizado no gerúndio “ressalvando” utilizado na assertiva com a ressalva
propriamente dita ou com opinião com ressalva. Para evitar confusões substitua mentalmente “ressalvando” por
“explicando” ou “esclarecendo” para entender o sentido.

Resposta B

9. FCC- AFTM São Paulo/2012

A empresa Terceserv S.A. possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos
dois anos no valor de R$ 1.000.000,00. Opera em mercado extremamente competitivo e não há por parte da
administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos. A empresa aposta na qualidade dos serviços
prestados para superar a concorrência e começar a gerar lucro. Como não há prescrição do crédito tributário, a
empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito. Nesse caso, o auditor externo deve

(A) abster-se de emitir o relatório de auditoria, em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis
vigentes.

(B) solicitar que a empresa reverta o lançamento, caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de
auditoria.

(C) manter o lançamento, uma vez que o crédito é devido, e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou
ênfase.
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(D) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período, uma vez que o benefício já é devido,
e emitir relatório de auditoria sem ressalva.

(E) ressalvar o relatório de auditoria, mesmo que o valor seja irrelevante, uma vez que a empresa infringe
regra contábil e fiscal.

Resolução: Vamos entender a questão...

A empresa tem prejuízos fiscais, isto é, ao apurar seu IRPJ apurou um resultado negativo. Essa base negativa
de IRPJ pode ser compensada com lucros futuros.

Esse saldo de prejuízos a compensar poderia ser compensado para reduzir o IRPJ a pagar apurado em
períodos subsequentes. Entretanto, como não há expectativa de lucros, não há expectativa de compensação. O
que torna o lançamento efetuado pela empresa bastante frágil em termos de base para seu fundamento. O auditor
deve recomendar o ajuste. Se a empresa fizer, seu relatório será sem ressalvas. Se não o fizer, com modificação
de opinião.

Resposta B

10. FCC- Auditor- Jaboatão dos Guararapes-PE/2006


Ao auditar as demonstrações contábeis de uma empresa, o auditor constata que o saldo da conta outros
créditos, no ativo circulante, representa mais de 10% do total deste grupo. Ao discutir o ponto relevante com a
administração da empresa, seus diretores afirmam que é prática da empresa divulgar desta forma e que não
realizará as modificações solicitadas pela auditoria. Desta forma a auditoria deverá

(A) recusar-se a emitir parecer pois evidencia uma limitação de escopo.

(B) emitir parecer sem ressalva, pois não passa de uma formalidade.

(C) emitir parecer com negativa de opinião, por não conseguir concluir seus trabalhos.

(D) emitir parecer adverso por evidenciar que as demonstrações contábeis não representam a situação
econômico-financeira da empresa.

(E) emitir parecer com ressalva, por haver discordância com a administração da entidade a respeito de
conteúdo e forma de apresentação.

Resolução:

O auditor entende que a divulgação não está adequada e o agrupamento de contas em “outros” de valor
significativo pode confundir os usuários das demonstrações contábeis. É importante salientar que o auditor busca
eliminar distorções não apenas de valor, mas de classificação e divulgação. Sendo assim, como se trata de um item
isolado das demonstrações contábeis uma ressalva é suficiente para isolar o assunto e chamar a atenção dos
usuários para a discordância do auditor. Se essa distorção de classificação estivesse disseminada pelas DC seria
exigido um a opinião adversa.

Resposta E

11. FCC- AFTM-São Paulo/2007


Um auditor independente foi contratado pela Cia. Metalúrgica ABC, em 10.01.2006, para examinar as
demonstrações contábeis da sociedade relativas ao exercício findo em 31.12.2005. Em virtude do atraso de sua
contratação, ele não pôde acompanhar o inventário físico dos estoques de matérias-primas, de produtos em
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elaboração e dos produtos acabados da companhia. Essa limitação na extensão de seu trabalho, que ele
considerou bastante relevante, deve conduzir à emissão de um parecer

(A) sem ressalva.

(B) adverso.

(C) com abstenção de opinião.

(D) com ressalva.

(E) com parágrafo de ênfase.

Resolução:

A questão indica que a possibilidade de distorção que poderia ser gerada a partir da não confirmação dos
estoques é “bastante relevante”, o que nos força a entender que o examinador está se referindo no contexto das
demonstrações contábeis como um todo ou a algo generalizado e disseminado. Isto é, o saldo contábil de estoques
é tão relevante que tem um impacto substancial no valor do patrimônio. Sendo assim, como o auditor não reuniu
evidências por não ter acompanhado o inventário, deve se abster de opinar. Se, por hipótese, o valor envolvido
não fosse “bastante relevante”, uma ressalva seria suficiente.
Resposta C

12. FCC-AFTE-RO/2010
Considere as seguintes afirmações:

I. O auditor deve planejar seu trabalho de forma a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantes
nas demonstrações contábeis.

II. Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre
demonstrações contábeis significativamente incorretas.

III. O parecer dos auditores independentes classifica-se, segundo a natureza da opinião que contém, em
parecer sem ressalva, parecer com ressalva, parecer adverso e parecer com parágrafo de ênfase.

IV. Na determinação da amostra, o auditor deve levar em consideração somente a população objeto a
estratificação e o tamanho da amostra.

Está correto o que se afirma em

(A) III e IV, apenas.

(B) II e IV, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, II, III e IV.

(E) I e II, apenas.

Resolução

Item I- Verdadeiro. Devemos saber que o auditor não é um “investigador de fraudes”. A responsabilidade
primária pela detecção de fraudes é da administração da entidade. O auditor se assemelha a um “investigador de
distorções”. E nesse ponto, pouco importa se a distorção é causada por fraude ou erro. A questão está correta
porque fixou que tais erros e fraudes tem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis, isto é, distorcem-na de
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forma significativa. Na hipótese contrária, qual seja, de distorções não relevantes, o auditor não estaria obrigado
a identificá-las.

NBC TA 200, 5
Como base para a opinião do auditor, as NBC TAs exigem que ele obtenha segurança razoável de que as
demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se
causadas por fraude ou erro.

Item II- Verdadeiro. Entretanto, a atuais normas de auditoria deram uma reformulada na definição de risco
de auditoria substituindo o “DC significativamente incorretas” para DC com “distorções relevantes”. Então fica
assim:

Risco de auditoria é o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes.

Item III-Falso. Classifica-se em: sem ressalva, com ressalva, abstenção, adverso.

Resposta E

13. FCC-TRT 6-Analista Jud./2012


Quando um objetivo em uma norma NBC TA relevante não puder ser cumprido e referido fato impedir que
o auditor cumpra com os objetivos gerais de auditoria e faça com que o auditor modifique sua opinião ou renuncie
ao trabalho, tal fato ensejará a emissão de relatório

(A) adverso ou com ressalva.

(B) com abstenção de opinião ou sem ressalvas.

(C) com negativa de opinião ou com limitação de escopo.

(D) sem ressalva ou adverso.

(E) sem ressalvas ou com ênfases.

Resolução:

Se o auditor vai modificar a opinião como afirma a questão, a opinião será com ressalva ou adversa (tipos de
relatório modificado).

Entretanto há algumas impropriedades na questão. Se o auditor vai renunciar o trabalho como afirma a
questão, não teríamos um relatório.
Resposta A

14. FCC-TRT 6-Analista Jud./2012

A empresa Jaú S.A. de capital aberto, por problemas administrativos e financeiros, não efetuou a auditoria
externa de suas demonstrações financeiras nos anos de 2009, 2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi
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solicitada a apresentar as auditorias de todo o período, senão teria seu registro cancelado. A empresa precisando
manter essa forma de capitação de recursos, contratou auditoria para emitir

(A) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante
aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.

(B) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.

(C) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até
2009, e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a
partir de 2010.

(D) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria
vigentes até 2009.

(E) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até
2009 e parecer de auditoria, para os anos de 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes
a partir de 2010.

Resolução:

Essa questão exigiu que o candidato diferenciasse a nomenclatura utilizada nas antigas normas e nas atuais.

As novas normas não utilizam o termo “parecer” (até 2009). Agora é “relatório” (a partir de 2010).
Resposta C

15. FCC-SERGIPEGAS-contador/2010
A introdução de parágrafo de ênfase no parecer de auditoria, o classifica como um parecer

(A) com ressalva.

(B) sem ressalva.

(C) adverso.
(D) com abstenção de opinião.

(E) com limitação de escopo.

Resolução:

O parágrafo de ênfase não modifica a opinião, que continua sendo sem ressalvas. Tampouco, o parágrafo de
ênfase se confunde com a opinião com ressalva ou adversa.

NBC TA 706, 9
Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no seu relatório, ele deve:
(a) incluir o parágrafo em seção separada do relatório do auditor, com título apropriado que inclua o termo
“Ênfase”;
(b) incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que descreva de
forma completa o assunto nas demonstrações contábeis. Tal parágrafo deve referir-se apenas a
informações apresentadas ou divulgadas nas demonstrações contábeis; e
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(c) indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado.

Resposta B

16. FCC-TJ-PI-Analista Jud /2009 (adaptada para 2018)

Quando ocorrer incerteza em relação a fato relevante, cujo desfecho poderá afetar significativamente a
posição patrimonial e financeira da entidade, bem como o resultado das suas operações, se o auditor
independente concluir que a matéria será adequadamente divulgada nas notas explicativas às demonstrações
contábeis, seu parecer deve conter

(A) parágrafo de ênfase após o parágrafo de opinião.

(B) ressalva ou negativa de opinião.

(C) ressalva ou opinião adversa.

(D) parágrafo de ênfase ou opinião adversa.

(E) abstenção de opinião ou opinião adversa.

Resolução:

Atenção: essa é uma questão foi atingida pela nova regulamentação do relatório, logo não teremos um
gabarito correto. Mas vamos explorar a questão porque deve ser uma tendência nas provas de 2017 em diante, a
abordagem dessa mudança normativa:

Se está adequadamente divulgado o assunto, não cabe a ressalva, tampouco a opinião adversa, muito
menos a abstenção (Essa parte não é novidade!)

Se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apresentado ou divulgado
nas demonstrações contábeis que, segundo seu julgamento, tem tal importância e é fundamental para o
entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis, ele normalmente incluía um parágrafo de ênfase (Isso
mudou!). Entretanto, com as novas normas de relatório foi criada uma seção denominada “incerteza relevante
sobre a continuidade operacional – IRCO”. Essa seção, “atrai” os assuntos relativos à Continuidade operacional.
Logo, o que antes fazíamos num parágrafo de ênfase, agora usamos essa seção específica. Assim, assuntos afetos
à continuidade devem ser tratados nesta seção quando estão adequadamente divulgados.

Assim, a resposta correta para essa questão em 2018 seria:

O auditor deve emitir relatório sem ressalvas e incluir a seção IRCO.

Resposta 2018: Nula


Resposta válido até 2016: A

17. FCC-TRT 20-Analista Jud.-contabilidade/2006


Quando há uma limitação significativa imposta pela entidade, à extensão do trabalho do auditor
independente, esse deve emitir um parecer

(A) com ressalva ou com abstenção de opinião.

(B) adverso ou com abstenção de opinião.

(C) adverso.
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(D) sem ressalva.

(E) sem ressalva, mas com parágrafo de ênfase.

Resolução:

É preciso verificar a extensão dessa limitação. Se a limitação impede a obtenção de evidências sobre uma
conta específica, por exemplo, a ponto de não prejudicar o entendimento do conjunto de DC, o auditor pode
avaliar emitir opinião com ressalva.

Por exemplo: “As DC representam adequadamente a situação patrimonial e financeira da entidade, exceto
pelo saldo de estoques, os quais não conseguimos validar”

Por outro lado, o auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não
detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas.

O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras
envolvendo diversas incertezas, o auditor conclui que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria
apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas
demonstrações.
Fique atento para mudança recente no texto normativo em relação às representações formais:

Temos duas importantes representações formais que devem ser solicitadas, são as previstas nos itens 10 e
11 da NBC TA 580

NBC TA 580
10. O auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua
responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório
financeiro aplicável, incluindo quando relevante a adequada apresentação (...)
11. O auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal no sentido de que:
(a) forneceu ao auditor todas as informações e permitiu os acessos necessários conforme entendimentos
nos termos do trabalho (...); e
(b) todas as transações foram registradas e estão refletidas nas demonstrações contábeis.

Quando houver dúvida suficiente sobre a integridade da Administração ou confiança destas representações
formais citadas, segundo a versão revisada da NBC TA 580, o auditor deve abster-se de emitir opinião. O texto
antigo indicava que o auditor “pode abster-se”.
Resposta A

18. FCC- INFRAERO-Anal.Sup.II-Auditor/2009 - adaptada

De acordo com as NBC TAs quando houver limitação na extensão do trabalho do auditor, seja ela imposta
pela administração da entidade ou circunstancial, o profissional pode ser obrigado a emitir um parecer

(A) com ressalva ou abstenção de opinião, dependendo da extensão da limitação.

(B) adverso, qualquer que seja a extensão da limitação.


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(C) sem ressalva, mas com um parágrafo intermediário indicando como a limitação pode ter distorcido as
demonstrações contábeis da entidade auditada.

(D) sem ressalva, desde que baseado nas informações do auditor interno, que lhe afirma que a limitação não
terá efeito relevante nas demonstrações contábeis.

(E) com abstenção de opinião, mesmo que a limitação tenha ocorrido em item das demonstrações contábeis
de pouca relevância.

Resolução:

Vamos responder com base nas novas normas de auditoria....

NBC TA 705, 11
Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração impôs uma limitação
ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade de resultar na necessidade de expressar uma
opinião com ressalva ou abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, o auditor
deve solicitar que a administração retire a limitação.

O auditor independente expressa uma conclusão com ressalva ou uma abstenção de conclusão, dependendo
de quão relevante ou disseminada seja a limitação. Em alguns casos, o auditor independente considera retirar-se
do trabalho; (...)
Resposta A

19. FCC-TCE-RS-Auditor público externo/2013

Acerca do relatório de auditoria, não se pode afirmar que:

(A) no caso do relatório do auditor independente, necessariamente deve ser por escrito.
(B) o relatório do auditor independente deve incluir uma seção com o título Responsabilidade da
administração pelas demonstrações contábeis.
(C) o relatório de auditoria interna poderá ser emitido de forma parcial, na hipótese de constatar
impropriedades/irregularidades/ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da
entidade, e que não possam aguardar o final dos exames.
(D) no relatório de auditoria interna, o auditor necessita evidenciar, entre outros aspectos, os riscos
associados aos fatos constatados.
(E) o auditor deverá deixar de elaborar o relatório, caso não tenha razoável segurança das evidências
encontradas.
Resolução:

Estão corretas as letras A, B, C e D. O equívoco se encontra na letra E, já que não conseguindo obter
evidências, deverá abster-se de emitir a opinião, contudo o relatório é emitido. Temos, portanto, o relatório do
tipo modificado, com abstenção de opinião.
Resposta E
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20. FCC- Assembleia Legislativa-PE-Analista Leg./2014


Quando o auditor conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, deverá expressar uma opinião

(A) conclusiva.

(B) favorável.

(C) não modificada.

(D) modificada.

(E) idônea.

Resolução:

Se representam adequadamente a situação patrimonial e financeira da entidade, em razão da ausência de


distorções relevantes, cabe a opinião sem ressalvas, também denominada opinião não modificada ou não
qualificada.
Resposta C

21. FCC-AFTE-PE/2014
O relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis deve especificar que a auditoria foi
conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. O relatório deve explicar, também,
que essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que

(A) a aprovação e a divulgação das demonstrações contábeis sejam de responsabilidade do sistema de


controle interno da entidade.

(B) a avaliação do controle interno seja executada pela auditoria interna.

(C) os procedimentos de auditoria sejam elaborados com o objetivo de solucionar e prevenir fraudes e erros.

(D) o programa de auditoria seja aprovado pela administração da entidade.

(E) a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.

Resolução:

Letra A- Falso. A responsabilidade é da administração

Letra B- Falso. O auditor independente deve avaliar o controle interno para melhor desenvolver sua
auditoria.

Letra C- Falso. A responsabilidade primária na prevenção de erros a e fraudes é da administração.

Letra D- Falso. A administração da entidade não deve interferir no trabalho do auditor.

Letra E- Verdadeiro. Normalmente, esta é a redação do parágrafo que define a responsabilidade do auditor
no relatório de auditoria.

Exemplo da seção “responsabilidade da administração”:

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações


contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela
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determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção
relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da


capacidade de a companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados
com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações
contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou
não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão
do processo de elaboração das demonstrações contábeis.
Resposta E

22. FCC-AFTE-PE/2014
Bartolomeu Guimarães, auditor independente, na realização de auditoria das demonstrações contábeis da
empresa Baratão do Norte S/A, tendo obtido evidências de auditoria apropriadas e suficientes, concluiu que as
distorções detectadas, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações
contábeis. Nestas condições, o auditor deve
(A) abster-se de opinar.

(B) emitir uma opinião pela irregularidade.

(C) emitir uma opinião adversa.

(D) emitir uma opinião sem ressalva.

(E) emitir uma opinião com ressalvas.

Resolução:

Obtendo evidências adequadas e suficientes, não é o caso de abstenção de opinião. Resta-nos verificar a
extensão das distorções. Se generalizadas cabe a opinião adversa; se isoladas cabe a opinião com ressalva.

Resposta C

23.SBARIT FCC – TCM-GO - Conselheiro substituto/2015


Cabe ao Auditor independente julgar e avaliar a necessidade de contratação do trabalho de pessoa ou
organização em área de especialização, que não contabilidade ou auditoria, quando esse trabalho é utilizado para
ajudar o Auditor a obter evidência de auditoria suficiente e apropriada, bem como a utilização do trabalho de
auditores internos do auditado. Contudo, o Auditor independente é o único responsável por expressar opinião de
auditoria e a responsabilidade não é reduzida pela contratação de especialistas, sendo que a referência ao
especialista do Auditor será feita no relatório de auditoria se houver

(A) opinião não modificada.

(B) negativa de opinião.

(C) algum regulamento requerendo a referência do especialista da administração.

(D) abstenção de opinião.

(E) opinião modificada devido a evidência do especialista do auditor.


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Resolução:

NBC TA 620
A41. Em alguns casos no setor público, a legislação ou a regulamentação pode requerer uma referência ao
trabalho de especialista do auditor, por exemplo, para fins de transparência.
A42. Pode ser apropriado em algumas circunstâncias fazer referência ao especialista no relatório que
contém uma opinião modificada para explicar a natureza da modificação. Nessas circunstâncias, o auditor
pode precisar da permissão do especialista do auditor antes de fazer essa referência.

Resposta E

24. FCC – TCM-GO - Conselheiro substituto/2015

O Auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. O Auditor deve concluir que as
demonstrações contábeis não apresentam distorções relevantes. Essa conclusão deve considerar, se

(A) foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente.

(B) as demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, representam as transações e eventos de


modo a revelar uma apresentação exata.

(C) a terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstração contábil, é
padronizada.

(D) as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são importantes, fidedignas e inteligíveis.

(E) as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes ajustadas, com
base em evidência de auditoria obtida.

Resolução:

NBC TA 700
11. Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve segurança razoável sobre se as
demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes,
independentemente se causadas por fraude ou erro. Essa conclusão deve levar em consideração:
(a) a conclusão do auditor, de acordo com a NBC TA 330, sobre se foi obtida evidência de auditoria
apropriada e suficiente (item 26);
(b) a conclusão do auditor, de acordo com a NBC TA 450, sobre se as distorções não corrigidas são
relevantes, individualmente ou em conjunto (item 11); e
(c) as avaliações requeridas pelos itens 12 a 15.(*)

(*)NBC 700
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12. O auditor deve avaliar se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
de acordo com os requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável. Essa avaliação deve incluir a
consideração dos aspectos qualitativos das práticas contábeis da entidade, incluindo indicadores de
possível tendenciosidade nos julgamentos da administração (ver itens A1 a A3).

13. O auditor especificamente deve avaliar se, segundo os requisitos da estrutura de relatório financeiro
aplicável:
(a) as demonstrações contábeis divulgam adequadamente as práticas contábeis selecionadas e aplicadas;
(b) as práticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de relatório financeiro
aplicável e são apropriadas;
(c) as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis;
(d) as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são relevantes, confiáveis, comparáveis e
compreensíveis;
(e) as demonstrações contábeis fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários previstos
entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informações incluídas nas demonstrações
contábeis (ver item A4); e
(f) a terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstração contábil,
é apropriada.

14. Quando as demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com a estrutura de apresentação
adequada, a avaliação requerida pelos itens 12 e 13 deve incluir, também, se as demonstrações contábeis
propiciam uma apresentação adequada. A avaliação do auditor sobre se as demonstrações contábeis
propiciam uma apresentação adequada deve incluir considerações sobre:
(a) a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis; e
(b) se as demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, representam as transações e eventos
subjacentes de modo a alcançar uma apresentação adequada.

15. O auditor deve avaliar se as demonstrações contábeis fazem referência ou descrevem adequadamente
a estrutura de relatório financeiro aplicável (ver itens A5 a A10).

Resposta A

25. FCC – TCM-GO - Conselheiro substituto/2015


O Auditor, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis, deve
expressar-se por meio de

(A) opinião sem ressalva.

(B) opinião com ressalva.

(C) opinião adversa.

(D) abstenção de opinião.

(E) renúncia do trabalho.

Resolução:
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NBC TA 705
7. O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando:
(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou
(b) ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas
ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados.

Resposta B

26. FCC- TCM-GO- Auditor Controle externo/2015

O auditor, quando obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis, deve
expressar-se por meio de

(A) opinião sem ressalva.

(B) renúncia do trabalho.

(C) opinião com parágrafo de ênfase.

(D) abstenção de opinião.

(E) opinião adversa.

Resolução:

NBC TA 705,8
O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e
suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para
as demonstrações contábeis.

Resposta E

27. FCC- SEFAZ-PI – Auditor/2015


O auditor, quando, não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua
opinião, concluindo que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas, deverá expressar sua opinião por meio de

(A) Relatório com Abstenção de opinião.

(B) Certificado de Regularidade com Ressalva.

(C) Parecer Adverso.

(D) Parecer Limpo com parágrafo de ênfase.

(E) Certificado de Regularidade.


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Resolução:

A questão é bem interessante porque quando há evidências de distorções relevantes e generalizadas cabe a
opinião adversa. Entretanto, aqui, o auditor não “consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para
suportar sua opinião”. Logo, em sendo assim, não pode opinar, seja pela presença de distorções ou pela adequação
das demonstrações contábeis.
Resposta A

28. FCC – ACE – TCM-GO/2015

O auditor, quando obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis, deve
expressar-se por meio de

(A) opinião sem ressalva.

(B) renúncia do trabalho.

(C) opinião com parágrafo de ênfase.

(D) abstenção de opinião.

(E) opinião adversa.

Resolução:

Resposta E

29. FCC – ACE- TCE-CE/2015

Na auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2014 da Companhia de Distribuição de Águas e


Limpeza de Mananciais do Estado, o auditor constatou diversas distorções. Tendo o auditor obtido evidência de
auditoria apropriada e suficiente, concluiu que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas
não generalizadas nas demonstrações contábeis. Nestas condições, de acordo com as Normas de Auditoria NBC
TAs, deve o auditor

(A) considerar as demonstrações contábeis irregulares.

(B) expressar uma opinião adversa.

(C) considerar as demonstrações contábeis regulares, com ressalvas.

(D) expressar uma opinião sem ressalva, mas com recomendação.

(E) expressar uma opinião com ressalva.


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Resolução:

Resposta E

30. FCC - ANALISTA DO CNMP/2015


Na realização dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2014 da Indústria de
Calças e Camisas do Sul S/A, o auditor não conseguiu obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para
suportar sua opinião, mas concluiu que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as
demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados. Nestas condições, o auditor deve

(A) expressar uma opinião sem ressalvas, apenas para os itens examinados.

(B) comunicar ao conselho fiscal da empresa e adotar novos procedimentos de auditoria.

(C) abster-se de expressar uma opinião.

(D) considerar as demonstrações contábeis irregulares.

(E) expressar uma opinião, com ressalvas.

Resolução:

Resposta E

31. FCC – ALMS – Contador/2016


Concluída a auditoria das demonstrações contábeis, caso o auditor não esteja convencido de que a entidade
elaborou as demonstrações contábeis de acordo com as normas de auditoria aplicável, na emissão do relatório
deverá expressar uma opinião modificada. Segundo a NBC TA 705, a opinião modificada compreende:
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a) opinião com ressalva, opinião adversa ou abstenção de opinião.

b) opinião sem ressalva, opinião com ressalva ou opinião adversa.

c) opinião com ressalva, opinião pela irregularidade com recomendação ou abstenção de opinião.

d) opinião com recomendação, opinião pela irregularidade ou abstenção de opinião.

e) opinião com ressalva, opinião adversa ou opinião pela irregularidade.

Resolução:

com ressalva

Modificada adversa

abstenção de
OPINIÃO
opinião

Não
sem ressalvas
modificada

Resposta: A

32. FCC-TRT 20-Analista Jud.- contabilidade/2016


Contratado para realizar a auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2015, da Companhia de
Limpeza Urbana e Higienização, o auditor independente deve expressar uma opinião não modificada quando

a) tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou
em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.

b) concluir com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis tomadas em
conjunto apresentam distorções relevantes.
c) tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou
em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis.

d) concluir que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com
a estrutura de relatório financeiro aplicável.

e) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações
contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes.

Resolução:
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Resposta: D

33. FCC – Copergás - Analista Contador/2016


Na auditoria independente das demonstrações contábeis do exercício de 2015 de determinada empresa
estatal do Governo do Estado, o auditor constatou que na conta de “Duplicatas a Receber”, há uma diferença de
R$ 2.596.000,00 a maior no saldo contábil. A diferença refere-se a duas duplicatas pagas, mediante cheques, por
determinado cliente no mês de dezembro e depositado no mês fevereiro do ano subsequente. Em seu julgamento
o Auditor considerou que as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes, mas não generalizadas.
Assim, segundo as NBC 705, deve o Auditor

a) emitir uma opinião adversa.

b) abster-se de emitir uma opinião.

c) emitir uma opinião pela regularidade, com recomendação.

d) emitir uma opinião com ressalva.

e) considerar o saldo da conta “Duplicatas a Receber” irregular no exercício de 2015.

Resolução:

Quando há distorções relevantes cabe a modificação de opinião. Se são disseminados os efeitos das
distorções, caberá a opinião adversa; se não estão disseminados, utilizaremos a ressalva. Observe que não é
necessário considerar o valor monetário citado na questão, apenas o fato de ser relevante ou não; generalizado ou
não.
Resposta: D

34. FCC - Auditor Fiscal - Sefaz-MA/2016


O auditor considerou que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não
generalizadas nas demonstrações contábeis. Nestas condições, o auditor deve
a) considerar as demonstrações contábeis regulares, com recomendação.
b) expressar uma opinião com ressalvas.
c) expressar uma opinião pela regularidade, com ressalvas.
d) considerar as demonstrações contábeis regulares, após ajustes.
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e) expressar uma opinião adversa.

Natureza do assunto que


gerou modificação Efeitos

Relevante mas não Relevante


generalizado generalizado

As DC's apresentam Opinião com Opinião


distorções relevantes ressalva adversa

Impossibilidade de obter
Opinião com Abstenção de
evidências apropriada e
ressalva opinião
suficiente

Resposta: B

35. FCC - PGE-MT - Contador/2016


De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade do Trabalho de Auditoria (NBC TA 701), os principais
assuntos de auditoria são aqueles que

a) foram abordados no contexto da auditoria das demonstrações contábeis tomadas em conjunto e, ao


formar sua opinião sobre elas, o auditor não fornece uma opinião separada sobre os referidos assuntos.

b) devem ser destacados no relatório final de seu trabalho, indicando aos acionistas da empresa auditada se
devem ou não continuar investindo em seu capital, segundo a formação profissional do auditor.

c) devem ser tratados de forma extraordinária nos relatórios da empresa de auditoria, impondo os riscos ao
Estado em permitir que as empresas continuem operando, em conformidade com a Legislação Societária em
vigor.

d) devem ser considerados no relatório do auditor por terem tomado mais o seu tempo de trabalho ou
aqueles que lhes exigiram maior grau de conhecimento técnico na identificação e elaboração das provas de
auditoria.

e) permitem aos gestores da companhia avaliar os riscos econômicos do negócio que gerenciam e permitem
fazer a melhor escolha quanto aos caminhos estratégicos que devem empreender.

Resolução:

Principais assuntos de auditoria (PAA) são assuntos que, segundo o julgamento profissional do auditor,
foram os mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do período corrente. Os principais
assuntos de auditoria são selecionados entre os assuntos comunicados aos responsáveis pela governança.

Os PAA’s serão descritos numa seção específica do relatório do auditor com o mesmo nome (PAA). Isso não
modifica a opinião, apenas permite que o usuário entenda como o auditor tratou certos assuntos ditos “principais”.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

O relatório poderá ter outras seções como a seção denominada “incerteza relevante sobre as DC’s”, ou um
parágrafo de ênfase também, por exemplo. Nada disso, igualmente, se comunica com a opinião a ponto de
modificá-la. São seções que possuem outras finalidades.

Acrescente-se que o auditor não emite sugestões subjetivas sobre investir ou não, na entidade etc. o relatório
é objetivo e destina-se aos usuários, que tomarão suas decisões de forma autônima.
Resposta: A

36. FCC – ARSETE – Assistente - Pref Teresina/2016

O Auditor se concluir que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções


relevantes, deve modificar a opinião em seu relatório de auditoria. A NBC TA 705 estabelece os tipos de opinião
modificada na seguinte ordem:

a) opinião sem ressalva, opinião com ressalva e opinião adversa.

b) opinião com ressalva, opinião adversa e abstenção de opinião.

c) opinião sem ressalva, opinião com recomendação e opinião pela irregularidade.

d) opinião pela regularidade, opinião com ressalva e opinião pela irregularidade.

e) opinião com ressalva, opinião pela irregularidade e abstenção de opinião.

Resolução:

São três tipos de opinião modificada:

com ressalva

Modificada adversa

abstenção de
OPINIÃO
opinião

Não
sem ressalvas
modificada

Resposta: B

37. FCC – TRF 3 – Analista – contador/2016


A NBC TA 200 dita que o auditor deve emitir opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes. Todavia, a forma que essa opinião será emitida depende

(A) da estrutura de relatório financeiro e de lei ou regulamento aplicáveis.

(B) do organograma da entidade auditada.

(C) da experiência do auditor.

(D) do contrato de trabalho celebrado entre o auditor independente e a entidade auditada.

(E) das evidências de auditoria encontradas.


Prof. Arthur Leone
Auditoria

Resolução:

NBC TA 200, A14


A opinião expressa pelo auditor é se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. A forma da opinião do
auditor, porém, depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e de lei ou regulamento, que sejam
aplicáveis. Grande parte das estruturas de relatório financeiro inclui exigências relativas à apresentação
das demonstrações contábeis. Para tais estruturas, a elaboração das demonstrações contábeis em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável inclui a apresentação.

Resposta A

38. FCC - DPE-RS – Analista/2017

Durante os trabalhos, um auditor independente concluiu que não seria possível obter segurança razoável,
bem como que uma opinião com ressalva no relatório seria insuficiente nas circunstâncias para atender aos
usuários previstos nas demonstrações contábeis. Nesse caso, a NBC TA 200 requer que o auditor

(A) amplie a amostragem inicial.

(B) interrompa os trabalhos e faça um novo planejamento da auditoria.

(C) faça uma revisão das anotações dos papéis de trabalho.

(D) solicite mais auditores para auxiliar os trabalhos.

(E) se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com
lei ou regulamentação aplicável.

Resolução:

Estamos diante da seguinte situação: o auditor não conseguiu evidências para emitir uma opinião.
Tampouco conseguiu superar essa limitação, seja executando novos procedimentos, seja ampliando o escopo dos
trabalhos, seja efetuando procedimentos alternativos. Seria o caso, por exemplo, em que um incêndio destruiu o
setor contábil e todos os documentos. Neste caso, não pode o auditor “chutar” uma opinião sem a devida base.
Logo, cabe a abstenção de opinião. Em alguns casos, poderemos ter a renúncia quando a lei ou circunstâncias
permitem. A

Vejamos em termos normativos:

NBC TA 200 (2016), 12.


Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva no relatório
do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários previstos das demonstrações
contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho,
quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

NBC TA 705 (2016), 13.


Se o auditor não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, ele deve determinar as
implicações como segue: (a) se concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as
demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados, o auditor deve
emitir uma “Opinião com ressalva”; ou (b) se concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas
sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes e generalizados de modo que uma
ressalva na opinião seria inadequada para comunicar a gravidade da situação, o auditor deve: (i) renunciar
ao trabalho de auditoria, quando praticável e possível de acordo com leis ou regulamentos aplicáveis (ver
item A13); ou (ii) se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório não for praticável
ou possível, abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis (ver item A14).

Resposta E

39. FCC- AFAP- Analista de Fomento – Contador/2019

A empresa Controla tudo S.A., detentora de 100% do total das ações da empresa Controlada S.A., decidiu
por publicar somente as demonstrações individuais das empresas. Nesse caso, o Auditor

A. está obrigado a não emitir opinião, exigindo que o conglomerado publique as demonstrações
consolidadas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

B. deve emitir relatório de auditoria com opinião restrita e exigindo a publicação das demonstrações
consolidadas.

C. deve emitir relatório de auditoria sem ressalvas, identificando que as demonstrações que estão sendo
apresentadas referem-se a demonstrações separadas e que estão em conformidade com as normas contábeis
brasileiras.

D. fica impossibilitado de emitir uma opinião sem ressalvas sobre as demonstrações individuais, de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

E. estabelece limite de escopo e emite relatório de auditoria sem ressalvas, identificando que as
demonstrações contábeis não atendem às normas contábeis brasileiras vigentes.

Resolução:

A controlada deve consolidar as demonstrações contábeis. Ao não fazer isso, acaba divulgando uma
informação incompleta e que pode afetar sobremaneira a decisão dos usuários dessas demonstrações. Assim,
poderia ser o caso de o auditor é emitir uma opinião modificada ( abstenção, com ressalvas, ou adversa) conforme
seja o efeito dessa potencial distorção.

Assim já conseguiríamos resolver, apenas com o conhecimento básico de contabilidade + o conhecimento


básico de auditoria quando há ausência de evidências ou inadequação em relação a uma situação qualquer.

Fundamenta e corrobora esse entendimento prático, o Comunicado técnico 12 do CFC que assim diz:

9. ... a não apresentação de demonstrações contábeis consolidadas por grupo econômico de entidades sob
o controle da controladora que não se enquadra na exceção prevista pelo item 10 da NBC TG 36, lado a lado com
as demonstrações individuais ou em conjunto separado, impossibilita, ao auditor, emitir uma opinião sem
ressalvas sobre as demonstrações individuais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com
as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS).
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Resposta: D

40. CESPE- CGE – CE- 2019

Auditor independente considera necessário destacar em seu relatório assunto que tenha sido divulgado ou
apresentado nas demonstrações contábeis e que seja relevante para o melhor entendimento da auditoria pelos
usuários. Caso o tópico não tenha sido destacado como principal assunto de auditoria nem se tenha exigido
modificação de opinião, o auditor deverá incluir em seu relatório um(a)

A. parágrafo de outros assuntos.

B. parágrafo de ênfase.

C. parágrafo de opinião.

D. seção de incerteza relevante.

E. seção de responsabilidade do auditor.

Resolução:

Para destacar um assunto adequadamente divulgado, usamos o parágrafo de ênfase, exceto se o assunto
merecer reporte na seção Principais assuntos de auditoria ou outra seção específica. A seção específica “atrai” o
assunto específico. Sendo assim, na hipótese de o assunto ser um PAA, deve ser mencionado na seção PAA. Sendo
um fundamento para opinião, deve ser mencionado na seção “base para opinião” e assim sucessivamente. Não
sendo um PAA e nem base para opinião ou não se encaixa em uma seção específica, poderemos recorrer ao
parágrafo de ênfase.

Resposta: B

41. Cespe - TCE-PR - Analista Controle/2016

No relatório, o auditor deverá especificar, em determinada seção, que a auditoria foi conduzida em
conformidade com as normas vigentes e indicar a origem dessas normas. Essa declaração de conformidade
normativa deverá constar da seção do relatório de auditoria intitulada

a) outras responsabilidades.

b) responsabilidades do auditor.
c) parágrafo introdutório.

d) responsabilidades da administração.

e) parágrafo de opinião.

Resolução:

Na seção “responsabilidade do auditor”, descrita no tópico 4.9 deste capítulo, encontramos o seguinte
fragmento de redação: “(...) Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais
de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria (...).”
Resposta: D

42. CESPE – AFCE – TCU/2015


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Auditoria

Situação hipotética: Um auditor independente verificou que as taxas de depreciação utilizadas por uma
empresa foram calculadas pelo método das somas dos dígitos. Além disso, o auditor verificou que tal
procedimento diferia daquele realizado no último exercício, quando foi adotado o método das quotas constantes,
sem evidenciar em notas explicativas.

Assertiva: Diante desses fatos, por se tratar apenas de uma mudança de política contábil, a conduta
adequada do auditor independente seria considerar como não relevante a alteração descrita.

Resolução:

Mudanças de políticas contábeis podem introduzir distorções e ensejar modificação na opinião do auditor.

NBC TA 705
A4. Em relação à adequação das políticas contábeis selecionadas pela administração, podem surgir
distorções relevantes nas demonstrações contábeis quando:
(a) as políticas contábeis selecionadas não são consistentes com a estrutura de relatório financeiro
aplicável; ou
(b) as demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, não representam as transações e eventos
subjacentes de modo a alcançar uma apresentação adequada.
A5. As estruturas de relatórios financeiros incluem frequentemente requisitos para a contabilização e a
divulgação de mudanças nas políticas contábeis. Se a entidade mudou políticas contábeis significativas,
uma distorção relevante nas demonstrações contábeis pode surgir quando a entidade não cumpriu esses
requisitos.

Resposta errado

43. Cespe – CAGE-RS - Auditor do Estado/2018

Opinião adversa aplica-se


a) quando a obtenção de auditoria apropriada e suficiente for possível.
b) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas não generalizadas.
c) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas generalizadas.
d) às demonstrações contábeis que apresentam distorções generalizadas, mas não relevantes.
e) quando a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente for impossível.
Resolução:
Alternativa A –Errada. Não é possível tirar conclusões.
Alternativa B – Errada. Cabe ressalva.
Alternativa C – Certa.
Alternativa D – Errada. O auditor leva em conta apenas distorções relevantes. Nesse caso, apesar de
esdrúxulo, teríamos uma opinião sem modificação.
Alternativa E – Errada. Cabe a abstenção de opinião.
Resposta: C

44. CESPE - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - 2019


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Auditoria

Considerando que, no relatório de auditoria, o auditor independente deve emitir opinião acerca da análise
realizada das demonstrações contábeis, assinale a opção que apresenta situação que, encontrada durante
auditoria independente em sociedade anônima, permita ao auditor manter o relatório de auditoria sem mudança
de opinião.

A. existência de nota explicativa às demonstrações financeiras que descreva incerteza relacionada ao


resultado de ação judicial trabalhista movida contra a empresa auditada

B. avaliação de investimento relevante em sociedade controlada pelo custo histórico de aquisição

C. adoção do método de avaliação de estoques último que entra primeiro que sai (UEPS)

D. impossibilidade de obtenção de evidência de auditoria acerca das contas a pagar e a receber da entidade
examinada, com efeitos generalizados nas demonstrações financeiras

E. existência de registro de item de despesa como ativo, cujo impacto tenha sido considerado em parcela
substancial das demonstrações financeiras

Resolução:

“Sem mudança de opinião” é uma referência à opinião não modificada, isto é, sem ressalva. Assim,
precisamos identificar uma situação em que não há distorção relevante nas DCs, efetiva ou potencial.

Letra A - Normal. Situação normal, todas as DC possuem notas explicativas.

Letra B – Anormal. A avaliação deveria ser pelo método da equivalência patrimonial.

Letra C – Anormal. Há distorção potencial.

Letra D – Anormal. Reconhecer uma despesa como Ativo é uma distorção.

Resposta: A

45. CESPE - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - 2019

Situação hipotética 3A7-I

Determinada entidade, no exercício de 20X7, passou por duas gestões: uma no período de janeiro a maio, e
a outra no restante do exercício financeiro. Na auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 20X7, o
auditor independente aplicou os procedimentos de auditoria na extensão julgada necessária e não encontrou fatos
que implicassem modificação de opinião. Entretanto, a administração responsável pelo período de janeiro a maio
negou-se a fornecer representação formal, declarando que haviam sido fornecidas todas as informações e
permitidos os acessos necessários, bem como que todas as transações tinham sido registradas e estavam
refletidas nas demonstrações contábeis.

Na situação hipotética 3A7-I, o relatório de auditoria, conforme as normas de auditoria vigentes, deverá ser
registrado com

A. opinião adversa.

B. opinião não modificada.

C. abstenção de opinião.

D. opinião com ressalva.

E. opinião limpa e parágrafo de ênfase.


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Resolução:

A representação formal é uma evidência. A falta de uma evidência importante leva o auditor à
impossibilidade de opinar. Afinal, não é possível afirmar-se que está “certo” ou que está “errado” pela falta da
evidência.

Resposta: C

46. CESPE - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - 2019


Assinale a opção que apresenta circunstância que justifique a inclusão de um parágrafo de ênfase no relatório
de determinado auditor.

A. sinistro em uma das unidades de armazenamento da empresa auditada que já tenha sido relatado em
notas explicativas e que tenha ocasionado perda de estoques

B. apreensão, por autoridade governamental, de todos os registros contábeis objeto dos exames da
auditoria, por tempo indeterminado

C. negativa, pela administração, de acesso aos relatórios de auditoria referentes a investimentos realizados
em controlada e não consolidados nas demonstrações contábeis

D. ausência de registro a valor presente de parcela relevante da conta fornecedores, com consequente efeito
generalizado nas demonstrações contábeis

E. aplicação antecipada e sem autorização legal — já relatada em notas explicativas — de nova norma
contábil, com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis

Resolução:

Precisamos de um PE para destacar algo que está corretamente divulgado. O PE não se confunde com a
opinião. Se há distorção relevante (efetiva ou potencial), a informação deve constar na seção opinião do relatório.
Essa é a situação das letras B a E.

Resposta: A

47. CESPE – Auditor – CAGE-RS-2018


Opinião adversa aplica-se

A) quando a obtenção de auditoria apropriada e suficiente for possível.


B) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas não generalizadas.

C) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas generalizadas.


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D) às demonstrações contábeis que apresentam distorções generalizadas, mas não relevantes.

E) quando a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente for impossível.

Resolução:

Letra A – Errada. Essa é a situação ideal para formar a opinião, mas não diz respeito a “qual” opinião.

Letra B – Errada. Nesse caso cabe a opinião com ressalva.

Letra C – Certo

Letra D -Errado. Se não é relevante, não interessa à auditoria. Opinião sem ressalvas.

Letra E – Errada. É provável que exija a abstenção de opinião, mas poderá ser caso de ressalva se a potencial
distorção for isolada.

Resposta: C

48. CESPE - FUNPRESP-JUD – ACI/2016

Se a evidência obtida pelo auditor for apropriada e suficiente, mas as demonstrações contábeis
apresentarem distorções relevantes, o julgamento em relação à disseminação generalizada dos efeitos ou
possíveis efeitos dessas distorções definirá se a opinião a ser emitida pelo auditor será adversa ou com ressalva.
Resolução:
Vamos passo a passo...
Há evidências adequadas e suficientes: logo, uma opinião será emitida. Não cabe a abstenção de opinião.
Há distorções relevantes: logo, a opinião será modificada (ressalva ou adversa).
Se as distorções estão generalizadas caberia a opinião adversa. Se estão isoladas de modo que não
prejudiquem o entendimento das DC, caberia a ressalva.
Resposta: Certo

49. CESPE- STM-Analista Judiciário - 2018

À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do auditor
independente e da auditoria independente de informação contábil histórica, julgue o item subsequente.

O relatório do auditor deve conter seção em que fiquem registradas as suas responsabilidades, indicando,
entre outros, que o termo segurança razoável não significa que auditoria executada segundo as normas irá sempre
detectar distorção relevante.

Resolução:

Estrutura de relatório:
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37. O relatório do auditor deve incluir uma seção com o título “Responsabilidades do auditor pela
auditoria das demonstrações contábeis”.
38. Essa seção do relatório do auditor deve declarar que (ver item A50):
(a) os objetivos do auditor são:
(i) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de
distorção relevante, independentemente de se causada por fraude ou erro; e
(ii) emitir um relatório que inclua a opinião do auditor (ver item A51);
(b) Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não é uma garantia de que uma auditoria
conduzida de acordo com as normas de auditoria sempre detectará uma distorção relevante quando
ela existir;

Resposta: Certo

50. CESPE-STM - Analista Judiciário - 2018

O relatório do auditor deve conter seção em que fiquem registradas as suas responsabilidades, indicando,
entre outros, que o termo segurança razoável não significa que auditoria executada segundo as normas irá sempre
detectar distorção relevante.

Resolução:

Estrutura do relatório:
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Resposta: Certo

51.CESPE-TCE-MG- Analista de Controle Externo – 2018


O auditor independente que, ao realizar trabalho de asseguração em determinada entidade, verificar que os
efeitos ou possíveis efeitos de distorções são relevantes, mas não generalizados, deverá emitir conclusão

A. com ressalvas.

B. pela abstenção.

C. adversa.

D. favorável.

E. pela retirada do trabalho.

Resolução:

Resposta: A

52.CESPE-CAGE-RS- 2018
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Auditoria

No relatório de auditoria, o parágrafo de ênfase deve ser incluído quando o auditor

A. identificar limitação do escopo na fase de execução ou planejamento da auditoria.

B. emitir opinião adversa ou abstiver-se de emitir opinião em função das evidências.

C. considerar necessário complementar as informações da nota explicativa.

D. identificar distorção relevante e generalizada nas demonstrações financeiras.

E. estiver satisfeito com seu trabalho e não identificar qualquer limitação a ele.

Resolução:
Letra A – Errado. A limitação de escopo impede a obtenção de evidência, o que normalmente conduz para
a modificação da opinião.
Letra B – Errado. O parágrafo de ênfase (PE) não guarda qualquer relação com a opinião.
Letra C – Errado. Só é possível o PE para assuntos adequadamente divulgados. Se um assunto depende
de complemento, supõe-se que não fora divulgado adequadamente.
Letra D – Errado. Ao fazer tal identificação, seremos conduzidos para uma opinião modificada.
Letra E - “Certo”. Como as demais estão visivelmente erradas, escolhemos a “E”, mas a premissa do
parágrafo de ênfase é usá-lo quando um assunto mereça destaque e esteja devidamente divulgado pela
entidade. Isso não significa, necessariamente, que o auditor não sofreu limitação no seu trabalho. O
auditor poderia, por exemplo, ter uma limitação quanto a um pequeno saldo, de modo que emitiu opinião
com ressalva em função desta limitação. Porém, mesmo assim, adicionou um PE relativamente a outra
divulgação qualquer da entidade. Assim, apesar de “A”, “B”, “C” e “D” estarem flagrantemente erradas, a
“E” não deve ser considerada como verdade absoluta.

Resposta E (oficial)

53.CESPE- TCE-MG - Analista de Controle Externo - 2018


O auditor independente que, ao realizar trabalho de asseguração em determinada entidade, verificar que os
efeitos ou possíveis efeitos de distorções são relevantes, mas não generalizados, deverá emitir conclusão

A. com ressalvas.

B. pela abstenção.

C. adversa.

D. favorável.

E. pela retirada do trabalho.

Resolução:
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Resposta: A

54. ESAF-AFRFB/2014

No relatório de auditoria, deve ser divulgado que os procedimentos selecionados dependem do julgamento
do auditor, incluindo a:

a) avaliação dos riscos de não conformidades nas demonstrações contábeis, sempre causadas por fraudes.

b) estimativa dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, exclusivamente causadas por
erro, sendo de responsabilidade da administração a ocorrência de fraudes.

c) identificação de todos os riscos de distorção nas demonstrações contábeis e no relatório da administração,


independentemente se causada por fraude ou erro, determinando sua materialidade.

d) gestão dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, identificadas na matriz de riscos,
causada exclusivamente por erro.

e) avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada
por fraude ou erro.

Resolução:

Letra A- Falso. O auditor está interessado na avaliação dos riscos de distorções relevantes,
independentemente de serem decorrentes de fraudes e erros.

Letra B- Falso. O auditor está interessado na avaliação dos riscos de distorções relevantes,
independentemente de serem decorrentes de fraudes ou erros, mas não faz estimativas de risco no relatório. A
responsabilidade primária pela detecção de fraudes é da administração. A responsabilidade (autoria) pela fraude
não é, necessariamente, da administração.

Letra C-Falso. Apenas distorções relevantes.

Letra D-Falso. O relatório indica que o auditor cumpriu as exigências éticas e que a auditoria foi planejada e
executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de
distorção relevante.
O planejamento pressupõe a identificação das áreas de maior risco, o que podemos considerar como uma
espécie gestão de risco, com o auditor concentrando mais ou menos procedimentos em determinadas áreas.
Entretanto, se há distorções, interessam ao auditor independentemente de serem causadas por fraude ou erros.

Letra E- Verdadeiro

Resposta E

55.ESAF – ANAC – especialista/2015


Indique, entre as opções abaixo, aquela que não se qualifica como requisito de qualidade necessário ao se
elaborarem os Relatórios de Auditoria.

a) Concisão.

b) Subjetividade.

c) Convicção.

d) Relevância.
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e) Completude.

Resolução: O auditor analisa objetivamente as condições encontradas comparando com os critérios para
firmar sua opinião. Logo, o relatório tem caráter objetivo, não havendo que se falar em subjetividade.

Resposta B
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Lista de questões
1. FCC – ACE – TCM-GO/2015

O auditor, quando obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis, deve
expressar-se por meio de

(A) opinião sem ressalva.

(B) renúncia do trabalho.

(C) opinião com parágrafo de ênfase.

(D) abstenção de opinião.

(E) opinião adversa.

2. FCC-TCE-PR-Analista Controle/2011

Quando as demonstrações financeiras representam adequadamente a posição patrimonial e financeira, o


auditor emite um parecer

(A) conclusivo.

(B) sem especificações.

(C) extroverso.

(D) finalístico.

(E) sem ressalva.

3. FCC-TRE-SP-Analista Jud.-contabilidade/2012

Não havendo evidências suficientes para formar uma opinião acerca da fidedignidade das demonstrações
contábeis, o parecer apropriado a ser emitido é do tipo

(A) com negativa de opinião.

(B) limpo.

(C) qualificado.

(D) adverso.

(E) com ressalvas do tipo “sujeito a”.

4. FCC – DPE-SP – Contador/2013

Com relação aos tipos de Parecer de Auditoria, considere:

I. Na impossibilidade de manifestar-se sobre os conjuntos das demonstrações financeiras examinadas, nada


impede que o Auditor emita seu parecer apenas sobre uma parte delas, desde que sobre essa parte tenha ele
obtido as comprovações necessárias.
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II. Quando o Auditor não obtém comprovação suficiente para fundamentar seu parecer sobre as
demonstrações financeiras em conjunto, deve ele declarar expressamente que está impossibilitado de emitir
parecer sobre essas demonstrações.

III. Quando o Auditor verificar efeitos que, no seu julgamento, comprometem substancialmente as
demonstrações financeiras por ele examinadas, deve declarar expressamente que as referidas demonstrações não
representam, adequadamente e em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira ou os
resultados das operações da entidade.

Os trechos I, II e III, respectivamente, referem-se a pareceres

(A) com negativa de opinião, com ressalva e adverso.

(B) com ressalva, com negativa de opinião e adverso.

(C) adverso, parcial e com ressalva.

(D) parcial, com negativa de opinião e adverso.

(E) adverso, com negativa de opinião e com ressalva.

5. FCC – DPE-RR – contador/2015


A firma de auditoria UAXM − Auditores Independentes foi contratada para realizar a auditoria das
demonstrações contábeis referente ao exercício de 2014, de determinada empresa estatal do Estado. Finalizados
os trabalhos de auditoria, o Auditor deve formar uma opinião e emitir o relatório. O Auditor expressa uma opinião
não modificada quando

(A) obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em
conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis.

(B) não obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião, mas conclui que os
possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser
relevantes e generalizadas.

(C) conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com
a estrutura do relatório financeiro aplicável.

(D) obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em
conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.

(E) não obtém evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas conclui que os
possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser
relevantes, mas não generalizados.

6. FCC – DPE-SP – Contador/2015

Nas auditorias realizadas das demonstrações contábeis, conforme as evidências de auditoria obtidas, o
auditor independente deve expressar a seguinte opinião, EXCETO:

(A) opinião adversa.

(B) opinião sem ressalvas.

(C) abstenção de opinião.

(D) opinião com ressalva.


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(E) opinião pela irregularidade.

7. FCC-TRT 12-Analista jud./2013

Quando o auditor encontra evidência relevante, mas não generalizada, deve emitir uma opinião

(A) adversa.

(B) com abstenção.

(C) inconclusiva.

(D) com ressalva.

(E) relativizada.

8. FCC- AFTM São Paulo/2012

A empresa brasileira Torucha S.A. elaborou as demonstrações contábeis de 2011, consolidadas e individuais,
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas,
coligadas, usando o método de equivalência patrimonial. Dessa forma, o auditor ao emitir seu relatório de
auditoria sobre as demonstrações contábeis deve

(A) emitir um parecer adverso, ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas
internacionais de contabilidade: IFRS, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

(B) elaborar parágrafo de ênfase, evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram
elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, ressalvando que neste aspecto não atendem
às normas internacionais de contabilidade: IFRS.

(C) emitir parecer sem ressalva, uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil; como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC − Comitê de
Pronunciamentos Contábeis, estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS.

(D) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria, uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem
dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS.

(E) emitir um relatório de auditoria, com limitação de escopo, uma vez que as práticas contábeis adotadas
no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS.

9. FCC- AFTM São Paulo/2012

A empresa Terceserv S.A. possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos
dois anos no valor de R$ 1.000.000,00. Opera em mercado extremamente competitivo e não há por parte da
administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos. A empresa aposta na qualidade dos serviços
prestados para superar a concorrência e começar a gerar lucro. Como não há prescrição do crédito tributário, a
empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito. Nesse caso, o auditor externo deve

(A) abster-se de emitir o relatório de auditoria, em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis
vigentes.

(B) solicitar que a empresa reverta o lançamento, caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de
auditoria.

(C) manter o lançamento, uma vez que o crédito é devido, e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou
ênfase.
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(D) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período, uma vez que o benefício já é devido,
e emitir relatório de auditoria sem ressalva.

(E) ressalvar o relatório de auditoria, mesmo que o valor seja irrelevante, uma vez que a empresa infringe
regra contábil e fiscal.

10.FCC- Auditor- Jaboatão dos Guararapes-PE/2006


Ao auditar as demonstrações contábeis de uma empresa, o auditor constata que o saldo da conta outros
créditos, no ativo circulante, representa mais de 10% do total deste grupo. Ao discutir o ponto relevante com a
administração da empresa, seus diretores afirmam que é prática da empresa divulgar desta forma e que não
realizará as modificações solicitadas pela auditoria. Desta forma a auditoria deverá

(A) recusar-se a emitir parecer pois evidencia uma limitação de escopo.

(B) emitir parecer sem ressalva, pois não passa de uma formalidade.

(C) emitir parecer com negativa de opinião, por não conseguir concluir seus trabalhos.

(D) emitir parecer adverso por evidenciar que as demonstrações contábeis não representam a situação
econômico-financeira da empresa.

(E) emitir parecer com ressalva, por haver discordância com a administração da entidade a respeito de
conteúdo e forma de apresentação.

11.FCC- AFTM-São Paulo/2007


Um auditor independente foi contratado pela Cia. Metalúrgica ABC, em 10.01.2006, para examinar as
demonstrações contábeis da sociedade relativas ao exercício findo em 31.12.2005. Em virtude do atraso de sua
contratação, ele não pôde acompanhar o inventário físico dos estoques de matérias-primas, de produtos em
elaboração e dos produtos acabados da companhia. Essa limitação na extensão de seu trabalho, que ele
considerou bastante relevante, deve conduzir à emissão de um parecer

(A) sem ressalva.

(B) adverso.

(C) com abstenção de opinião.

(D) com ressalva.

(E) com parágrafo de ênfase.

12.FCC-AFTE-RO/2010
Considere as seguintes afirmações:

I. O auditor deve planejar seu trabalho de forma a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantes
nas demonstrações contábeis.

II. Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre
demonstrações contábeis significativamente incorretas.

III. O parecer dos auditores independentes classifica-se, segundo a natureza da opinião que contém, em
parecer sem ressalva, parecer com ressalva, parecer adverso e parecer com parágrafo de ênfase.
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IV. Na determinação da amostra, o auditor deve levar em consideração somente a população objeto a
estratificação e o tamanho da amostra.

Está correto o que se afirma em

(A) III e IV, apenas.

(B) II e IV, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, II, III e IV.

(E) I e II, apenas.

13.FCC-TRT 6-Analista Jud./2012


Quando um objetivo em uma norma NBC TA relevante não puder ser cumprido e referido fato impedir que
o auditor cumpra com os objetivos gerais de auditoria e faça com que o auditor modifique sua opinião ou renuncie
ao trabalho, tal fato ensejará a emissão de relatório

(A) adverso ou com ressalva.

(B) com abstenção de opinião ou sem ressalvas.

(C) com negativa de opinião ou com limitação de escopo.

(D) sem ressalva ou adverso.

(E) sem ressalvas ou com ênfases.

14. FCC-TRT 6-Analista Jud./2012

A empresa Jaú S.A. de capital aberto, por problemas administrativos e financeiros, não efetuou a auditoria
externa de suas demonstrações financeiras nos anos de 2009, 2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi
solicitada a apresentar as auditorias de todo o período, senão teria seu registro cancelado. A empresa precisando
manter essa forma de capitação de recursos, contratou auditoria para emitir

(A) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante
aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.

(B) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.

(C) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até
2009, e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a
partir de 2010.

(D) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria
vigentes até 2009.

(E) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até
2009 e parecer de auditoria, para os anos de 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes
a partir de 2010.

15.FCC-SERGIPEGAS-contador/2010
A introdução de parágrafo de ênfase no parecer de auditoria, o classifica como um parecer
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Auditoria

(A) com ressalva.

(B) sem ressalva.

(C) adverso.

(D) com abstenção de opinião.

(E) com limitação de escopo.

16. FCC-TJ-PI-Analista Jud /2009 (adaptada para 2018)

Quando ocorrer incerteza em relação a fato relevante, cujo desfecho poderá afetar significativamente a
posição patrimonial e financeira da entidade, bem como o resultado das suas operações, se o auditor
independente concluir que a matéria será adequadamente divulgada nas notas explicativas às demonstrações
contábeis, seu parecer deve conter

(A) parágrafo de ênfase após o parágrafo de opinião.

(B) ressalva ou negativa de opinião.

(C) ressalva ou opinião adversa.

(D) parágrafo de ênfase ou opinião adversa.

(E) abstenção de opinião ou opinião adversa.

17.FCC-TRT 20-Analista Jud.-contabilidade/2006


Quando há uma limitação significativa imposta pela entidade, à extensão do trabalho do auditor
independente, esse deve emitir um parecer

(A) com ressalva ou com abstenção de opinião.

(B) adverso ou com abstenção de opinião.

(C) adverso.

(D) sem ressalva.

(E) sem ressalva, mas com parágrafo de ênfase.

Resolução:

É preciso verificar a extensão dessa limitação. Se a limitação impede a obtenção de evidências sobre uma
conta específica, por exemplo, a ponto de não prejudicar o entendimento do conjunto de DC, o auditor pode
avaliar emitir opinião com ressalva.

Por exemplo: “As DC representam adequadamente a situação patrimonial e financeira da entidade, exceto
pelo saldo de estoques, os quais não conseguimos validar”

Por outro lado, o auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não
detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas.

O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras
envolvendo diversas incertezas, o auditor conclui que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria
apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as
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demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas
demonstrações.

Fique atento para mudança recente no texto normativo em relação às representações formais:

Temos duas importantes representações formais que devem ser solicitadas, são as previstas nos itens 10 e
11 da NBC TA 580

NBC TA 580
10. O auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua
responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório
financeiro aplicável, incluindo quando relevante a adequada apresentação (...)
11. O auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal no sentido de que:
(a) forneceu ao auditor todas as informações e permitiu os acessos necessários conforme entendimentos
nos termos do trabalho (...); e
(b) todas as transações foram registradas e estão refletidas nas demonstrações contábeis.

Quando houver dúvida suficiente sobre a integridade da Administração ou confiança destas representações
formais citadas, segundo a versão revisada da NBC TA 580, o auditor deve abster-se de emitir opinião. O texto
antigo indicava que o auditor “pode abster-se”.
Resposta A

18. FCC- INFRAERO-Anal.Sup.II-Auditor/2009 - adaptada

De acordo com as NBC TAs quando houver limitação na extensão do trabalho do auditor, seja ela imposta
pela administração da entidade ou circunstancial, o profissional pode ser obrigado a emitir um parecer

(A) com ressalva ou abstenção de opinião, dependendo da extensão da limitação.

(B) adverso, qualquer que seja a extensão da limitação.

(C) sem ressalva, mas com um parágrafo intermediário indicando como a limitação pode ter distorcido as
demonstrações contábeis da entidade auditada.

(D) sem ressalva, desde que baseado nas informações do auditor interno, que lhe afirma que a limitação não
terá efeito relevante nas demonstrações contábeis.

(E) com abstenção de opinião, mesmo que a limitação tenha ocorrido em item das demonstrações contábeis
de pouca relevância.

19. FCC-TCE-RS-Auditor público externo/2013


Acerca do relatório de auditoria, não se pode afirmar que:

(A) no caso do relatório do auditor independente, necessariamente deve ser por escrito.
(B) o relatório do auditor independente deve incluir uma seção com o título Responsabilidade da
administração pelas demonstrações contábeis.
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(C) o relatório de auditoria interna poderá ser emitido de forma parcial, na hipótese de constatar
impropriedades/irregularidades/ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da
entidade, e que não possam aguardar o final dos exames.
(D) no relatório de auditoria interna, o auditor necessita evidenciar, entre outros aspectos, os riscos
associados aos fatos constatados.
(E) o auditor deverá deixar de elaborar o relatório, caso não tenha razoável segurança das evidências
encontradas.

20.FCC- Assembleia Legislativa-PE-Analista Leg./2014


Quando o auditor conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, deverá expressar uma opinião

(A) conclusiva.

(B) favorável.

(C) não modificada.

(D) modificada.

(E) idônea.

21.FCC-AFTE-PE/2014
O relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis deve especificar que a auditoria foi
conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. O relatório deve explicar, também,
que essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que

(A) a aprovação e a divulgação das demonstrações contábeis sejam de responsabilidade do sistema de


controle interno da entidade.

(B) a avaliação do controle interno seja executada pela auditoria interna.

(C) os procedimentos de auditoria sejam elaborados com o objetivo de solucionar e prevenir fraudes e erros.

(D) o programa de auditoria seja aprovado pela administração da entidade.

(E) a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.

22.FCC-AFTE-PE/2014
Bartolomeu Guimarães, auditor independente, na realização de auditoria das demonstrações contábeis da
empresa Baratão do Norte S/A, tendo obtido evidências de auditoria apropriadas e suficientes, concluiu que as
distorções detectadas, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações
contábeis. Nestas condições, o auditor deve

(A) abster-se de opinar.

(B) emitir uma opinião pela irregularidade.


(C) emitir uma opinião adversa.

(D) emitir uma opinião sem ressalva.


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(E) emitir uma opinião com ressalvas.

23.SBARIT FCC – TCM-GO - Conselheiro substituto/2015


Cabe ao Auditor independente julgar e avaliar a necessidade de contratação do trabalho de pessoa ou
organização em área de especialização, que não contabilidade ou auditoria, quando esse trabalho é utilizado para
ajudar o Auditor a obter evidência de auditoria suficiente e apropriada, bem como a utilização do trabalho de
auditores internos do auditado. Contudo, o Auditor independente é o único responsável por expressar opinião de
auditoria e a responsabilidade não é reduzida pela contratação de especialistas, sendo que a referência ao
especialista do Auditor será feita no relatório de auditoria se houver

(A) opinião não modificada.

(B) negativa de opinião.

(C) algum regulamento requerendo a referência do especialista da administração.

(D) abstenção de opinião.

(E) opinião modificada devido a evidência do especialista do auditor.

24. FCC – TCM-GO - Conselheiro substituto/2015

O Auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. O Auditor deve concluir que as
demonstrações contábeis não apresentam distorções relevantes. Essa conclusão deve considerar, se

(A) foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente.

(B) as demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, representam as transações e eventos de


modo a revelar uma apresentação exata.

(C) a terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstração contábil, é
padronizada.

(D) as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são importantes, fidedignas e inteligíveis.

(E) as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes ajustadas, com
base em evidência de auditoria obtida.

25.FCC – TCM-GO - Conselheiro substituto/2015


O Auditor, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis, deve
expressar-se por meio de

(A) opinião sem ressalva.

(B) opinião com ressalva.

(C) opinião adversa.

(D) abstenção de opinião.


(E) renúncia do trabalho.

26. FCC- TCM-GO- Auditor Controle externo/2015


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Auditoria

O auditor, quando obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis, deve
expressar-se por meio de

(A) opinião sem ressalva.

(B) renúncia do trabalho.

(C) opinião com parágrafo de ênfase.

(D) abstenção de opinião.

(E) opinião adversa.

27.FCC- SEFAZ-PI – Auditor/2015


O auditor, quando, não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua
opinião, concluindo que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas, deverá expressar sua opinião por meio de

(A) Relatório com Abstenção de opinião.

(B) Certificado de Regularidade com Ressalva.

(C) Parecer Adverso.

(D) Parecer Limpo com parágrafo de ênfase.

(E) Certificado de Regularidade.

28. FCC – ACE – TCM-GO/2015

O auditor, quando obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis, deve
expressar-se por meio de

(A) opinião sem ressalva.

(B) renúncia do trabalho.

(C) opinião com parágrafo de ênfase.

(D) abstenção de opinião.

(E) opinião adversa.

29. FCC – ACE- TCE-CE/2015

Na auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2014 da Companhia de Distribuição de Águas e


Limpeza de Mananciais do Estado, o auditor constatou diversas distorções. Tendo o auditor obtido evidência de
auditoria apropriada e suficiente, concluiu que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas
não generalizadas nas demonstrações contábeis. Nestas condições, de acordo com as Normas de Auditoria NBC
TAs, deve o auditor

(A) considerar as demonstrações contábeis irregulares.

(B) expressar uma opinião adversa.

(C) considerar as demonstrações contábeis regulares, com ressalvas.


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(D) expressar uma opinião sem ressalva, mas com recomendação.

(E) expressar uma opinião com ressalva.

30.FCC - ANALISTA DO CNMP/2015


Na realização dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2014 da Indústria de
Calças e Camisas do Sul S/A, o auditor não conseguiu obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para
suportar sua opinião, mas concluiu que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as
demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados. Nestas condições, o auditor deve

(A) expressar uma opinião sem ressalvas, apenas para os itens examinados.

(B) comunicar ao conselho fiscal da empresa e adotar novos procedimentos de auditoria.

(C) abster-se de expressar uma opinião.

(D) considerar as demonstrações contábeis irregulares.

(E) expressar uma opinião, com ressalvas.

31.FCC – ALMS – Contador/2016


Concluída a auditoria das demonstrações contábeis, caso o auditor não esteja convencido de que a entidade
elaborou as demonstrações contábeis de acordo com as normas de auditoria aplicável, na emissão do relatório
deverá expressar uma opinião modificada. Segundo a NBC TA 705, a opinião modificada compreende:

a) opinião com ressalva, opinião adversa ou abstenção de opinião.

b) opinião sem ressalva, opinião com ressalva ou opinião adversa.

c) opinião com ressalva, opinião pela irregularidade com recomendação ou abstenção de opinião.

d) opinião com recomendação, opinião pela irregularidade ou abstenção de opinião.

e) opinião com ressalva, opinião adversa ou opinião pela irregularidade.

32.FCC-TRT 20-Analista Jud.- contabilidade/2016


Contratado para realizar a auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2015, da Companhia de
Limpeza Urbana e Higienização, o auditor independente deve expressar uma opinião não modificada quando

a) tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou
em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.

b) concluir com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis tomadas em
conjunto apresentam distorções relevantes.

c) tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou
em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis.

d) concluir que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com
a estrutura de relatório financeiro aplicável.

e) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações
contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes.

33.FCC – Copergás - Analista Contador/2016


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Auditoria

Na auditoria independente das demonstrações contábeis do exercício de 2015 de determinada empresa


estatal do Governo do Estado, o auditor constatou que na conta de “Duplicatas a Receber”, há uma diferença de
R$ 2.596.000,00 a maior no saldo contábil. A diferença refere-se a duas duplicatas pagas, mediante cheques, por
determinado cliente no mês de dezembro e depositado no mês fevereiro do ano subsequente. Em seu julgamento
o Auditor considerou que as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes, mas não generalizadas.
Assim, segundo as NBC 705, deve o Auditor

a) emitir uma opinião adversa.

b) abster-se de emitir uma opinião.

c) emitir uma opinião pela regularidade, com recomendação.

d) emitir uma opinião com ressalva.

e) considerar o saldo da conta “Duplicatas a Receber” irregular no exercício de 2015.

34.FCC - Auditor Fiscal - Sefaz-MA/2016


O auditor considerou que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não
generalizadas nas demonstrações contábeis. Nestas condições, o auditor deve
a) considerar as demonstrações contábeis regulares, com recomendação.
b) expressar uma opinião com ressalvas.
c) expressar uma opinião pela regularidade, com ressalvas.
d) considerar as demonstrações contábeis regulares, após ajustes.
e) expressar uma opinião adversa.

35.FCC - PGE-MT - Contador/2016


De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade do Trabalho de Auditoria (NBC TA 701), os principais
assuntos de auditoria são aqueles que

a) foram abordados no contexto da auditoria das demonstrações contábeis tomadas em conjunto e, ao


formar sua opinião sobre elas, o auditor não fornece uma opinião separada sobre os referidos assuntos.

b) devem ser destacados no relatório final de seu trabalho, indicando aos acionistas da empresa auditada se
devem ou não continuar investindo em seu capital, segundo a formação profissional do auditor.

c) devem ser tratados de forma extraordinária nos relatórios da empresa de auditoria, impondo os riscos ao
Estado em permitir que as empresas continuem operando, em conformidade com a Legislação Societária em
vigor.

d) devem ser considerados no relatório do auditor por terem tomado mais o seu tempo de trabalho ou
aqueles que lhes exigiram maior grau de conhecimento técnico na identificação e elaboração das provas de
auditoria.

e) permitem aos gestores da companhia avaliar os riscos econômicos do negócio que gerenciam e permitem
fazer a melhor escolha quanto aos caminhos estratégicos que devem empreender.

36. FCC – ARSETE – Assistente - Pref Teresina/2016


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Auditoria

O Auditor se concluir que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções


relevantes, deve modificar a opinião em seu relatório de auditoria. A NBC TA 705 estabelece os tipos de opinião
modificada na seguinte ordem:

a) opinião sem ressalva, opinião com ressalva e opinião adversa.

b) opinião com ressalva, opinião adversa e abstenção de opinião.

c) opinião sem ressalva, opinião com recomendação e opinião pela irregularidade.

d) opinião pela regularidade, opinião com ressalva e opinião pela irregularidade.

e) opinião com ressalva, opinião pela irregularidade e abstenção de opinião.

37.FCC – TRF 3 – Analista – contador/2016


A NBC TA 200 dita que o auditor deve emitir opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes. Todavia, a forma que essa opinião será emitida depende

(A) da estrutura de relatório financeiro e de lei ou regulamento aplicáveis.

(B) do organograma da entidade auditada.

(C) da experiência do auditor.

(D) do contrato de trabalho celebrado entre o auditor independente e a entidade auditada.

(E) das evidências de auditoria encontradas.

38. FCC - DPE-RS – Analista/2017

Durante os trabalhos, um auditor independente concluiu que não seria possível obter segurança razoável,
bem como que uma opinião com ressalva no relatório seria insuficiente nas circunstâncias para atender aos
usuários previstos nas demonstrações contábeis. Nesse caso, a NBC TA 200 requer que o auditor

(A) amplie a amostragem inicial.

(B) interrompa os trabalhos e faça um novo planejamento da auditoria.

(C) faça uma revisão das anotações dos papéis de trabalho.

(D) solicite mais auditores para auxiliar os trabalhos.

(E) se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com
lei ou regulamentação aplicável.

39. FCC- AFAP- Analista de Fomento – Contador/2019

A empresa Controla tudo S.A., detentora de 100% do total das ações da empresa Controlada S.A., decidiu
por publicar somente as demonstrações individuais das empresas. Nesse caso, o Auditor

A. está obrigado a não emitir opinião, exigindo que o conglomerado publique as demonstrações
consolidadas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

B. deve emitir relatório de auditoria com opinião restrita e exigindo a publicação das demonstrações
consolidadas.
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C. deve emitir relatório de auditoria sem ressalvas, identificando que as demonstrações que estão sendo
apresentadas referem-se a demonstrações separadas e que estão em conformidade com as normas contábeis
brasileiras.

D. fica impossibilitado de emitir uma opinião sem ressalvas sobre as demonstrações individuais, de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

E. estabelece limite de escopo e emite relatório de auditoria sem ressalvas, identificando que as
demonstrações contábeis não atendem às normas contábeis brasileiras vigentes.

40. CESPE- CGE – CE- 2019

Auditor independente considera necessário destacar em seu relatório assunto que tenha sido divulgado ou
apresentado nas demonstrações contábeis e que seja relevante para o melhor entendimento da auditoria pelos
usuários. Caso o tópico não tenha sido destacado como principal assunto de auditoria nem se tenha exigido
modificação de opinião, o auditor deverá incluir em seu relatório um(a)

A. parágrafo de outros assuntos.

B. parágrafo de ênfase.

C. parágrafo de opinião.

D. seção de incerteza relevante.

E. seção de responsabilidade do auditor.

41. Cespe - TCE-PR - Analista Controle/2016

No relatório, o auditor deverá especificar, em determinada seção, que a auditoria foi conduzida em
conformidade com as normas vigentes e indicar a origem dessas normas. Essa declaração de conformidade
normativa deverá constar da seção do relatório de auditoria intitulada

a) outras responsabilidades.

b) responsabilidades do auditor.

c) parágrafo introdutório.

d) responsabilidades da administração.

e) parágrafo de opinião.

42. CESPE – AFCE – TCU/2015


Situação hipotética: Um auditor independente verificou que as taxas de depreciação utilizadas por uma
empresa foram calculadas pelo método das somas dos dígitos. Além disso, o auditor verificou que tal
procedimento diferia daquele realizado no último exercício, quando foi adotado o método das quotas constantes,
sem evidenciar em notas explicativas.

Assertiva: Diante desses fatos, por se tratar apenas de uma mudança de política contábil, a conduta
adequada do auditor independente seria considerar como não relevante a alteração descrita.

43. Cespe – CAGE-RS - Auditor do Estado/2018

Opinião adversa aplica-se


a) quando a obtenção de auditoria apropriada e suficiente for possível.
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b) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas não generalizadas.


c) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas generalizadas.
d) às demonstrações contábeis que apresentam distorções generalizadas, mas não relevantes.
e) quando a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente for impossível.

44. CESPE - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - 2019

Considerando que, no relatório de auditoria, o auditor independente deve emitir opinião acerca da análise
realizada das demonstrações contábeis, assinale a opção que apresenta situação que, encontrada durante
auditoria independente em sociedade anônima, permita ao auditor manter o relatório de auditoria sem mudança
de opinião.

A. existência de nota explicativa às demonstrações financeiras que descreva incerteza relacionada ao


resultado de ação judicial trabalhista movida contra a empresa auditada

B. avaliação de investimento relevante em sociedade controlada pelo custo histórico de aquisição

C. adoção do método de avaliação de estoques último que entra primeiro que sai (UEPS)

D. impossibilidade de obtenção de evidência de auditoria acerca das contas a pagar e a receber da entidade
examinada, com efeitos generalizados nas demonstrações financeiras
E. existência de registro de item de despesa como ativo, cujo impacto tenha sido considerado em parcela
substancial das demonstrações financeiras

45. CESPE - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - 2019

Situação hipotética 3A7-I

Determinada entidade, no exercício de 20X7, passou por duas gestões: uma no período de janeiro a maio, e
a outra no restante do exercício financeiro. Na auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 20X7, o
auditor independente aplicou os procedimentos de auditoria na extensão julgada necessária e não encontrou fatos
que implicassem modificação de opinião. Entretanto, a administração responsável pelo período de janeiro a maio
negou-se a fornecer representação formal, declarando que haviam sido fornecidas todas as informações e
permitidos os acessos necessários, bem como que todas as transações tinham sido registradas e estavam
refletidas nas demonstrações contábeis.

Na situação hipotética 3A7-I, o relatório de auditoria, conforme as normas de auditoria vigentes, deverá ser
registrado com

A. opinião adversa.

B. opinião não modificada.

C. abstenção de opinião.

D. opinião com ressalva.

E. opinião limpa e parágrafo de ênfase.

46. CESPE - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - 2019


Assinale a opção que apresenta circunstância que justifique a inclusão de um parágrafo de ênfase no relatório
de determinado auditor.
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A. sinistro em uma das unidades de armazenamento da empresa auditada que já tenha sido relatado em
notas explicativas e que tenha ocasionado perda de estoques

B. apreensão, por autoridade governamental, de todos os registros contábeis objeto dos exames da
auditoria, por tempo indeterminado

C. negativa, pela administração, de acesso aos relatórios de auditoria referentes a investimentos realizados
em controlada e não consolidados nas demonstrações contábeis

D. ausência de registro a valor presente de parcela relevante da conta fornecedores, com consequente efeito
generalizado nas demonstrações contábeis

E. aplicação antecipada e sem autorização legal — já relatada em notas explicativas — de nova norma
contábil, com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis

47. CESPE – Auditor – CAGE-RS-2018


Opinião adversa aplica-se

A) quando a obtenção de auditoria apropriada e suficiente for possível.

B) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas não generalizadas.


C) às demonstrações contábeis que apresentam distorções relevantes, mas generalizadas.

D) às demonstrações contábeis que apresentam distorções generalizadas, mas não relevantes.

E) quando a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente for impossível.

48. CESPE - FUNPRESP-JUD – ACI/2016

Se a evidência obtida pelo auditor for apropriada e suficiente, mas as demonstrações contábeis
apresentarem distorções relevantes, o julgamento em relação à disseminação generalizada dos efeitos ou
possíveis efeitos dessas distorções definirá se a opinião a ser emitida pelo auditor será adversa ou com ressalva.

49. CESPE- STM-Analista Judiciário - 2018

À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do auditor
independente e da auditoria independente de informação contábil histórica, julgue o item subsequente.

50. CESPE-STM - Analista Judiciário - 2018

O relatório do auditor deve conter seção em que fiquem registradas as suas responsabilidades, indicando,
entre outros, que o termo segurança razoável não significa que auditoria executada segundo as normas irá sempre
detectar distorção relevante.

51.CESPE-TCE-MG- Analista de Controle Externo – 2018


O auditor independente que, ao realizar trabalho de asseguração em determinada entidade, verificar que os
efeitos ou possíveis efeitos de distorções são relevantes, mas não generalizados, deverá emitir conclusão

A. com ressalvas.

B. pela abstenção.

C. adversa.

D. favorável.
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E. pela retirada do trabalho.

52.CESPE-CAGE-RS- 2018
No relatório de auditoria, o parágrafo de ênfase deve ser incluído quando o auditor

A. identificar limitação do escopo na fase de execução ou planejamento da auditoria.

B. emitir opinião adversa ou abstiver-se de emitir opinião em função das evidências.

C. considerar necessário complementar as informações da nota explicativa.

D. identificar distorção relevante e generalizada nas demonstrações financeiras.

E. estiver satisfeito com seu trabalho e não identificar qualquer limitação a ele.

53.CESPE- TCE-MG - Analista de Controle Externo - 2018


O auditor independente que, ao realizar trabalho de asseguração em determinada entidade, verificar que os
efeitos ou possíveis efeitos de distorções são relevantes, mas não generalizados, deverá emitir conclusão

A. com ressalvas.

B. pela abstenção.

C. adversa.

D. favorável.

E. pela retirada do trabalho.

54. ESAF-AFRFB/2014

No relatório de auditoria, deve ser divulgado que os procedimentos selecionados dependem do julgamento
do auditor, incluindo a:

a) avaliação dos riscos de não conformidades nas demonstrações contábeis, sempre causadas por fraudes.

b) estimativa dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, exclusivamente causadas por
erro, sendo de responsabilidade da administração a ocorrência de fraudes.

c) identificação de todos os riscos de distorção nas demonstrações contábeis e no relatório da administração,


independentemente se causada por fraude ou erro, determinando sua materialidade.

d) gestão dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, identificadas na matriz de riscos,
causada exclusivamente por erro.

e) avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada
por fraude ou erro.

55.ESAF – ANAC – especialista/2015


Indique, entre as opções abaixo, aquela que não se qualifica como requisito de qualidade necessário ao se
elaborarem os Relatórios de Auditoria.

a) Concisão.

b) Subjetividade.

c) Convicção.
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d) Relevância.

e) Completude.
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Gabarito
1. E 31. A

2. E 32. D

3. A 33. D

4. D 34. B

5. C 35. A

6. E 36. B

7. D 37. A

8. B 38. E

9. B 39. D

10. E 40. B

11. C 41. D

12. E 42. E

13. A 43. C

14. C 44. A

15. B 45. C

16. NULA 46. A

17. A 47. C

18. A 48. C

19. E 49. C

20. C 50. C

21. E 51. A

22. C 52. E*

23. E 53. A

24. A 54. E

25. B 55. B

26. E

27. A

28. E

29. E

30. E
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