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Introdução------------------------------------------------------------------2
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INTRODUÇÃO
Constitui prova em auditoria toda documentação recolhida pelo auditor que serve de
suporte à formulação de uma opinião sobre as demonstrações financeiras.
Esta ISA é aplicável a toda a prova de auditoria obtida no decurso de uma auditoria.
Outras ISA tratam de aspectos específicos da auditoria (por exemplo, a ISA 3151), da
prova de auditoria a obter em relação a um tópico em particular (por exemplo, a ISA
5702), de procedimentos específicos para obter prova de
auditoria (por exemplo, a ISA 5203), e da avaliação sobre se foi obtida prova de
auditoria suficiente e apropriada (ISA 2004e ISA 3305).
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Grande parte do trabalho do auditor, consiste na recolha e avaliação de provas
que atestem as asserções do órgão de gestão.
O auditor deve obter prova suficiente para manter o quantidade apropriada que
lhe permita avaliar se as demonstrações financeiras apresentam, ou não, uma
imagem verdadeira e apropriada da empresa.
O auditor deve obter prova suficiente para manter o risco de auditoria num nível
baixo, pelo que quando o risco de auditoria aumenta, o auditor aumenta a extensão de
prova, ou seja, recolhe mais prova, para assim reduzir esse risco.
Esta responsabilidade leva a que esteja numa posição de controlar muita da prova que
corrobara as suas asserções. Assim, o auditor deve reforçar o seu ceticismo
profissional, isto é, encontrar um equilíbrio entre a desconfiança e a absoluta
confiança no órgão de gestão e para isso, deve sustentar a sua opinião em prova
suficiente e apropriada.
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Ao realizar o seu trabalho, deve estar em alerta para qualquer circunstâncias que
possam aumentar o seu ceticismo, como é o caso de indícios de fraude, situações que
resultarem num aumento do risco inerente (como é o caso da empresa ter intenções de
ser admitida a cotação da bolsa), prova de auditoria contradiga outra prova de
auditoria obtida, circunstancias que sugiram a necessidade de procedimentos de
auditoria adicionais e informação que ponha em causa a fiabilidade de documentos.
I- Relativas a classes de
transações
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5. Classificação e compreensibilidade – a informação financeira foi apresentada
e relatada de forma apropriada, e as divulgações no anexo encontram-se
descritas com clareza.
Assim, existe o risco das quantidades que suportam o inventário não estarem correctas
–asserções existência – bem como o risco deste não estar correctamente valorizado –
asserção valorização.
TIPOS DE PROVAS
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sociais, etc. A credibilidade da prova depende de onde esta é gerada, se dentro da
empresa (ex. Facturas de vendas) ou fora da empresa (ex. facturas de compras).
A tabela seguinte mostra os itens das demonstrações financeiras que são alvo
de confirmações:
Confirmação de terceiros
Itens Instuições financeiras e BNA
Meios líquidos financeiros Clientes e outros devedores
Terceiros que têm à sua guarda as
Contas a receber; mercadorias;
Inventários em poder de terceiros; Fornecedores e outros credores
Contas a pagar; Locadoras
Locações Advogados
Processos movidos contra a empresa
(provisões).
Como vimos na tabela acima, os pedidos de confirmação são utilizados para testar os
saldos de uma variedade de rubricas. No entanto, as confirmações não constituem
prova para todas as asserções, regra geral são mais eficientes na obtenção de prova
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para testara asserção da existência, não sendo tao eficientes para testar as asserções de
plenitude e da valorização.
Para esta informação o auditor solicita ao seu cliente que o seu advogado lhe remeta
directamente quaisquer informações sobre processos judiciais, descrevendo-os e
indicando qual a provável resolução do mesmo.
O auditor pode não ser perito na realização de tarefas técnicas, que consistam na
valorização de inventários, activos fixos e tangíveis, propriedades de investimento ou
activos não correntes detidos para venda; nesse caso, a prova de auditoria em relação
a esta matéria é mais credível se for obtida junto de um terceiro especialista na
matéria.
I. Inspecção Física: esta prova é obtida através da inspeção física dos activos,
sendo a melhor prova para confirmar a existência de inventários, edifícios, terrenos,
equipamentos de transporte, equipamento básico, caixa, etc.
No entanto, a inspeção física não é prova para testar todas as asserções. Por exemplo,
quando o auditor assiste à contagem de inventário está a reunir prova sobre a asserção
da existência, mas este procedimento não é relevante para testar por si só, a asserção
da valorização; no entanto observando o seu estado de conservação, os seus desafios e
a sua obsolescência, o auditor pode julgar se o mesmo deve ou não ser o profissional
mais adequado para determinar as condições de um determinado activo, podendo,
como já referimos, socorrer-se da ajuda de um técnico ou perito.
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auditor acompanha uma transação desde que o seu inicio até que esteja refletida as
demonstrações financeiras, verificando se um determinado controlo está ou não a ser
efectuado pela a empresa, observando os empregados que são responsáveis por
efectuar esse controlo.
III. Oral: durante o trabalho de uma auditoria, são muitas vezes colocadas
questões a funcionários, a responsáveis departamentais e ao órgão de gestão. Apesar
de ser uma prova mais persuasiva do que conclusiva, tem vantagem de direcionar o
auditor para outras formas de obtenção de provas, corrobarar provas anteriormente
obtidas e orientar o auditor para questões que possam ter impacto nas demonstrações
financeiras.
Quando a prova oral assume um papel-chave na decisão do auditor, ele deve ser
documentada nos seus papeis de trabalho, indicando a fonte, a natureza e a data em
que foi obtida. Quando obtida pelo órgão de gestão essa prova deve ser reafirmada
por escrito na declaração do órgão de gestão.
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Estas comparações são realizadas para testar a apresentação verdadeira e apropriada
de determinadas rubricas do balanço relacionadas com as asserções da existência,
plenitude e valorização.
VII. Inquéritos: os inquéritos são uma fonte de informação que pode ser
corroborada através de outras provas. A força desta prova está dependente da
integridade do órgão de gestão e do risco de negócio. Esta prova é relevante quando
se está a testar as asserções da plenitude e dos direitos e obrigações (Ex: inquéritos ao
advogado da empresa e ao próprio cliente), bem como obter uma segurança relativa
sobre a valorização (Ex: discutir possíveis obsolescências dos inventários com o
órgão de gestão).
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
O auditor executa procedimentos de auditoria de modo a obter prova que lhe permita,
com uma certeza razoável, pronunciar-se sobre as demonstrações financeiras estão
apresentadas de uma forma verdadeira e apropriada tendo em atenção os princípios
contabilísticos geralmente aceites.
Os testes de detalhes aos saldos são orientados para verificar se os saldos finais
possuem ou não distorções materialmente relevantes; os testes de detalhes às
transações destinam-se a verificar se as transações ocorridas ao longo do ano foram
adequadamente contabilizadas; por último, os testes de detalhes à apresentação e
divulgação destinam-se a verificar se as demonstrações financeiras estão
correctamente apresentadas, bem como verificar se todas as divulgações estão
espelhadas de forma apropriada.
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Os procedimentos substantivos podem ser realizados ao longo do ano (interinos) ou
após a data das demonstrações financeiras. A realização de procedimentos
substantivos interinos aumenta o risco de auditoria, uma vez que distorções
materialmente relevantes podem ocorrer entre a data de trabalho interino e o final do
ano. Este risco pode ser diminuído através da realização de mais procedimentos
substantivos durante o período remanescente ou pelo facto do auditor ter confiança de
que o controlo interno previne e/ou detecta distorções materiais e que este continua
em funcionamento nesse período.
Apesar do custo não ser o principal factor de decisão relativamente ao tipo de prova
que o auditor deve obter é um importante aspecto a ter em consideração.
Segundo Hayes et al. (2005), a análise de tendências é mais precisa quando estão em
causa dados desagregados, nomeadamente, por segmento ou produto, assim como é
mais precisa em relação a períodos mensais ou trimestrais do que anuais.
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perspectivas dos utilizadores da informação financeira, permitindo orientar o auditor
para procedimentos substantivos adicionais em áreas consideradas de risco.
Como por exemplo, podemos referir que o auditor pode aferir da razoabilidade do
quantitativo global das contribuições para a segurança social, multiplicando as taxas
de segurança social pelo total de remunerações sujeitas a essa taxa, ou multiplicando o
número de unidades vendidas pelo preço unitário podemos aferir da razoabilidade do
saldo de vendas.
Em relação aos restantes métodos o teste de regressão tem como principal vantagem o
facto de utilizar várias variáveis para testar as rubricas das demonstrações financeiras.
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Conclusão
Pôdemos então ver que a prova de auditoria constitui grande importância para se
chegar a veracidade das demonstrações financeiras, já que toda documentação
recolhida pelo auditor que serve de suporte à formulação de uma opinião sobre as
mesmas.
O auditor deve então conceber e executar procedimentos de auditoria de tal forma que
possa obter prova de auditoria suficiente e apropriada para o habilitar a extrair
conclusões razoáveis sobre as quais baseia a sua opinião.
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Bibliografia
ALMEIDA, Bruno José Machado de – Auditoria Financeira, 3ª edição, 2019.
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://ifrs.ocpcangola.or
g/ifrs/wp-content/uploads/2017/07/A023-2012-IAASB-Handbook-ISA-500-
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AhVWgVwKHSxxCWQQFnoECBAQBg&usg=AOvVaw2JHGfDfCd9D-
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