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Fundo de Investimento em Participações em

Infraestrutura XP Omega I
CNPJ: 17.709.881/0001-17
Administrado pela Vórtx Distribuidora de Títulos e
Valores Mobiliários Ltda.

Demonstrações Contábeis em 28 de
fevereiro de 2019 e 2018
Fundo de Investimento em Participações em
Infraestrutura XP Omega I
CNPJ: 17.709.881/0001-17
Administrado pela Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
CNPJ: 22.610.500/0001-88

Demonstrações Financeiras no exercício findo em 28 de fevereiro de 2019

Conteúdo

Relatório do auditor independente sobre as demonstrações


contábeis

Demonstração da posição financeira

Demonstração do resultado

Demonstração do resultado abrangente

Demonstração das mutações no patrimônio líquido

Demonstração dos fluxos de caixa - método indireto

Notas explicativas às demonstrações contábeis

2
São Paulo Corporate Towers
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Vila Nova Conceição
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Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras


Aos Cotistas e à Administradora do
Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura XP Omega I
(Administrado pela Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.)
São Paulo – SP

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras do Fundo de Investimento em Participações em


Infraestrutura XP Omega I (“Fundo”) que compreendem a demonstração da posição financeira
em 28 de fevereiro de 2019 e as respectivas demonstrações do resultado e resultado
abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo
nessa data, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente,


em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, do Fundo de Investimento
em Participações em Infraestrutura XP Omega I em 28 de fevereiro de 2019, o desempenho
das operações e os fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil aplicáveis aos Fundos de Investimento em Participações.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de


auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na
seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações
financeiras”. Somos independentes em relação ao Fundo, de acordo com os princípios éticos
relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais
emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais
responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de
auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Principais assuntos de auditoria

Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os
mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no
contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras como um todo e na formação de
nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras e, portanto, não expressamos uma
opinião separada sobre esses assuntos. Para o assunto abaixo, a descrição de como nossa
auditoria tratou o assunto, incluindo quaisquer comentários sobre os resultados de nossos
procedimentos, é apresentado no contexto das demonstrações financeiras tomadas em
conjunto.
Nós cumprimos as responsabilidades descritas na seção intitulada “Responsabilidades do auditor
do Fundo pelas demonstrações financeiras”, incluindo aquelas em relação a esse principal assunto
de auditoria. Dessa forma, nossa auditoria incluiu a condução de procedimentos planejados para
responder a nossa avaliação de riscos de distorções significativas nas demonstrações financeiras.
Os resultados de nossos procedimentos, incluindo aqueles executados para tratar o assunto abaixo,
fornecem a base para nossa opinião de auditoria sobre as demonstrações financeiras do Fundo.

Avaliação de ações de companhias fechadas

Conforme apresentado na demonstração da posição financeira, o saldo de ações de companhias


fechadas representa aproximadamente 99,86% do patrimônio líquido do Fundo. Em nossa visão,
pelo impacto direto na mensuração do valor das cotas do Fundo e devido à materialidade no
contexto das demonstrações financeiras tomadas em conjunto, o investimento em ações de
companhias fechadas é considerado como área de foco em nossa auditoria.

Como nossa auditoria conduziu o assunto

Nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros, o envolvimento de especialistas em


avaliação para auxiliar na revisão da metodologia e dos modelos utilizados na mensuração do
valor justo das ações de companhias fechadas, incluindo a razoabilidade das premissas utilizadas,
analisando também a exatidão dos dados sobre as empresas fornecidos pela Administradora do
Fundo. Analisamos informações que pudessem contradizer às premissas mais significativas e às
metodologias selecionadas, além de avaliar a objetividade e competência da Administradora do
Fundo. Também analisamos a sensibilidade sobre tais premissas, para avaliar o comportamento
do valor justo registrado, considerando outros cenários e premissas, com base em dados
verificados no mercado. Adicionalmente, avaliamos a adequação das divulgações da Companhia
sobre o assunto, incluídas na nota explicativa n° 4.

Baseados no resultado dos procedimentos de auditoria efetuados sobre as ações de companhias


fechadas, que está consistente com a avaliação da Administradora do Fundo, consideramos que
os critérios e premissas adotados pela Administradora do Fundo são aceitáveis, no contexto das
demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Outros assuntos

As demonstrações contábeis do Fundo do exercício findo em 28 de fevereiro de 2018 foram


examinadas por outro auditor independente que emitiu relatório datado de 27 de julho de 2018, sem
modificação.

Responsabilidade da Administradora do Fundo sobre as demonstrações financeiras

A Administradora do Fundo é responsável pela elaboração e adequada apresentação das


demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis aos
Fundos de Investimentos em Participações e pelos controles internos que ela determinou como
necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras, a Administradora do Fundo é responsável pela
avaliação da capacidade de o Fundo continuar operando, divulgando, quando aplicável, os
assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na
elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administradora do Fundo pretenda
liquidar o Fundo ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para
evitar o encerramento das operações.

A responsável pela governança do Fundo é a Administradora do Fundo, aquela com


responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas
em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível
de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas
brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes
existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas
relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma
perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de


auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da
auditoria. Além disso:

· Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações


financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos
procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de
auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção
de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a
fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou
representações falsas intencionais.

· Obtivemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para


planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o
objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos do Fundo.

· Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das


estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administradora do Fundo.
· Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administradora do Fundo, da base contábil
de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe
incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida
significativa em relação à capacidade de continuidade operacional do Fundo. Se concluirmos
que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria
para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em
nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão
fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia,
eventos ou condições futuras podem levar o Fundo a não mais se manter em continuidade
operacional.

· Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações


financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as
correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de
apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do


alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria,
inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos
durante nossos trabalhos.

Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,
determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das
demonstrações financeiras do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os
principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria,
a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em
circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado
em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de
uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.

São Paulo, 30 de julho de 2019.

ERNST & YOUNG


Auditores Independentes S.S.
CRC 2SP034519/O-6

Emerson Morelli
Contador CRC-1SP249401/O-4
Fundo de Investimento em Participações em
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Demonstrações Financeiras no exercício findo em 28 de fevereiro de 2019

Demonstração da posição financeira


em 28 de fevereiro de 2019

Em milhares de Reais
(%) sobre (%) sobre
APLICAÇÕES - ESPECIFICAÇÕES 28.02.2019 o PL 28.02.2018 o PL

Disponibilidades 3 - 440 0,36

Títulos e valores mobiliários 122.084 100,26 128.621 105,63

Cotas de fundos de investimento: 486 0,40 50 0,04

Renda fixa: 486 0,40 50 0,04


Cash Blue FI RF Referenciado DI - - 50 0,04
Bradesco FI RF Referenciado DI Federal Extra 486 0,40 - -

Titulos de renda variável 121.598 99,86 128.571 105,59

Ações de companhias fechadas 121.598 99,86 128.571 105,59

Total do ativo 122.087 100,26 129.061 105,99

Valores a pagar 317 0,26 82 0,07


Taxa de administração 165 0,14 82 0,07
Despesa com consultoria 151 0,12 - -
Outros 1 - - -

Total do passivo 317 0,26 82 0,07

Patrimônio líquido 121.770 100,00 128.979 100,00

Total do passivo e patrimônio Líquido 122.087 100,26 129.061 100,07

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

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Demonstrações Financeiras no exercício findo em 28 de fevereiro de 2019

Composição do resultado do exercício


em 28 de fevereiro de 2019

Em milhares de Reais

2019 2018

Cotas de fundos de investimento 28 32


Resultado com cotas de fundos 28 32

Ações de companhias fechadas 9.110 17.513


Ajuste a valor justo (6.973) 6.990
Dividendos 16.083 10.523

Demais despesas (748) (665)


Auditoria e consultoria jurídica (302) (214)
Taxa de adninistração (353) (316)
Taxa de fiscalização (24) (23)
Custódia de títulos (27) (28)
Despesas com serviço de avaliação - (82)
Despesas diversas (42) (2)

Resultado do exercício pertencente aos detentores de cotas classificadas no PL 8.390 16.880

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

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Demonstração do resultado abrangente


em 28 de fevereiro de 2019

Em milhares de Reais

2019 2018

Lucro líquido do exercício 8.390 16.880

Outros resultados abrangentes - -

(=) Resultado abrangente total no exercício 8.390 16.880

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

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Demonstrações Financeiras no exercício findo em 28 de fevereiro de 2019

Demonstração das mutações do patrimônio líquido


em 28 de fevereiro de 2019

Em milhares de Reais

2019 2018

Patrimônio líquido no início do exercício


Representado por 1.102.400 cotas a R$ 97,585000 cada - 107.578
Representado por 1.102.400 cotas a R$ 116,998610 cada 128.979 -

o
Ajuste de adoção inicial das novas práticas (NE n 2) - 14.476

Patrimônio líquido ajustado no início do exercício 128.979 122.054

Resultado do exercício pertencente aos detentores de cotas classificadas no PL 8.390 16.880

Amortização de cotas (15.599) (9.955)

Patrimônio líquido no final do exercício


Representado por 1.102.400 cotas a R$ 116,998610 cada - 128.979
Representado por 1.102.400 cotas a R$ 110,459419 cada 121.770 -

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

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Demonstrações Financeiras no exercício findo em 28 de fevereiro de 2019

Demonstração dos fluxos de caixa - método indireto


em 28 de fevereiro de 2019

Em milhares de Reais

2019 2018

Lucro líquido do período 8.390 16.880


Ajuste a valor justo 6.973 (6.990)

Lucro líquido ajustado 15.363 9.890

Variações de ativos e passivos


Aumento de valores a pagar 235 6
Aumento das aplicações em cotas de fundos (436) 489

Caixa líquido das atividades operacionais 15.162 10.385

Fluxo de caixa das atividades de financiamento


Amortização de cotas (15.599) (9.955)

Caixa líquido das atividades de financiamento (437) 430

Variação líquida de caixa e equivalentes de caixa (437) 430

Caixa e equivalentes de caixa no início do período 440 10


Caixa e equivalentes de caixa no final do período 3 440

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

6
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Notas explicativas às demonstrações contábeis


(Em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Contexto operacional

O Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura XP Omega I iniciou


suas atividades em 19 de junho de 2013, é um Fundo de investimento em
participações, sob a forma de condomínio fechado, com prazo indeterminado de
duração. As cotas do Fundo serão destinadas a investidores qualificados, assim
entendidas as pessoas naturais ou jurídicas brasileiras ou estrangeiras que se
enquadrem no conceito de investidor qualificado.

O Fundo visa proporcionar aos seus cotistas rendimentos através da aquisição de


ações preferenciais emitidas pela Asteri Energia S.A. (“Companhia Investida”),
sociedade por ações com sede na cidade de São Paulo, acionista majoritária da
Hidrelétrica Pipoca S.A. e acionista integral da Gargaú Energética S.A. (“SPEs”),
sociedades de propósito específico constituídas exclusivamente para a operação de
projetos de geração de energia elétrica. O Fundo exerce efetiva governança na
companhia investida de 1 (um) membro do conselho de administração da
Companhia Investida, observada a política de investimento com base no
regulamento do Fundo.

Os investimentos do Fundo estão sujeitos a riscos inerentes à concentração de


carteira e de liquidez, bem como à natureza do negócio desenvolvido pela
Companhia Investida em que serão realizados os investimentos. Considerando esses
fatores, os investimentos a serem feitos pelo Fundo estão sujeitos a um alto grau de
risco quando comparados com outras alternativas existentes no mercado de capitais
brasileiro. Consequentemente, o investidor que decidir investir no Fundo deverá
estar totalmente ciente de que está aceitando os riscos envolvidos nos
investimentos, conforme descrito na nota explicativa 6 “Fatores de Risco”.

As aplicações realizadas no Fundo não contam com garantia da Administradora, da


gestora, do consultor técnico, do comitê de investimentos ou do Fundo Garantidor
de Créditos - FGC. Não obstante a diligência da Administradora no gerenciamento
dos recursos do Fundo, a política de investimento coloca em risco o patrimônio
deste, pelas características dos papéis que o compõem, os quais se sujeitam às
oscilações do mercado e aos riscos de crédito inerentes a tais investimentos,
podendo, inclusive, ocorrer perda do capital investido.

O Fundo foi qualificado como entidade de investimento pois cumulativamente:

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Fundo de Investimento em Participações em
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/I – obtém recursos de um ou mais investidores com o propósito de atribuir o


desenvolvimento e a gestão de uma carteira de investimento a um gestor qualificado
que possui plena discricionariedade na representação e na tomada de decisão junto
às entidades investidas, não sendo obrigado a consultar os cotistas para essas
decisões e tampouco indicar os cotistas ou partes a eles ligadas como representantes
nas entidades investidas;

II – se compromete com os investidores com o objetivo de investir os recursos


unicamente com o propósito de retorno através de apreciação do capital investido,
renda ou ambos;

III – substancialmente mensura e avalia o desempenho de seus investimentos, para


fins de modelo de gestão, com base no valor justo; e

IV – define nos seus regulamentos estratégias objetivas e claras a serem utilizadas


para o desinvestimento, assim como a atribuição do gestor de propor e realizar,
dentro do prazo estabelecido na estratégia, o desinvestimento, de forma a
maximizar o retorno para os cotistas.

2. Apresentação e elaboração das demonstrações contábeis

As demonstrações contábeis do Fundo foram elaboradas e estão apresentadas de


acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis aos Fundos de
investimento em participações, as quais se configuram em diretrizes contábeis
emanadas da legislação societária brasileira, considerando inclusive aspectos
contábeis que são específicos para os diferentes segmentos do mercado, conforme
disciplinado pelas normas previstas, especificamente Instrução nº 579 e demais
orientações demandadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Na elaboração dessas demonstrações contábeis foram utilizadas premissas e


estimativas de preços para a contabilização e determinação dos valores dos ativos e
instrumentos financeiros integrantes da carteira do Fundo. Dessa forma, quando da
efetiva liquidação financeira desses ativos e instrumentos financeiros, os resultados
auferidos poderão vir a ser diferentes dos estimados.

Em 30 de agosto de 2016 a CVM publicou a Instrução CVM Nº 579 que dispõe sobre
a elaboração e divulgação das demonstrações contábeis dos Fundos de Investimento
em Participações, aplicando-se aos períodos contábeis iniciados em ou após 1º de
janeiro de 2017. Nessa instrução, ficou vedada a apresentação de período
comparativo na adoção inicial.

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Os instrumentos financeiros presentes nos Fundos até 28 de fevereiro de 2017,


foram avaliados pelo custo histórico de aquisição e ajustado, quando aplicável, por
provisão para perdas (impairment). Conforme Instrução CVM º 579, a partir de 1º
de março de 2017, esses ativos passaram a ser avaliados ao valor justo, devido ao
Fundo ter sido classificado como entidade de investimento. Para reconhecimento
inicial foi apurado o resultado da avaliação da Asteri Energia S.A., que resultou em
um ajuste a valor justo no montante de R$ 14.476 com impacto direto no patrimônio
líquido do Fundo.

3. Descrição das principais práticas contábeis


a. Apropriação de receitas e despesas

As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência.

b. Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalente de caixa são representados por disponibilidades em moeda


nacional e investimentos de curto prazo de alta liquidez, com risco insignificante de
mudanças de valor e limites e com prazo original de vencimento igual ou inferior a
90 dias.

c. Cotas de fundos de investimento

Os investimentos em cotas de Fundos de investimento são atualizados, diariamente,


pelos respectivos valores das cotas divulgados por seus administradores. As
valorizações e as desvalorizações dos investimentos em cotas de Fundo de
investimento foram registradas na demonstração do resultado do exercício em
“Cotas de Fundos de investimento - ICVM 555 -Reconhecimento de ganhos”.

Os títulos e valores mobiliários das carteiras de aplicações dos Fundos de


Investimento nos quais o Fundo de Investimento em Participações em
Infraestrutura XP Omega I efetua aplicações são classificados de acordo com a
intenção de negociação pela administração nas categorias “títulos para negociação”
e “títulos mantidos até o vencimento”, sendo observadas as condições estabelecidas
na legislação vigente.

d. Ações de companhias fechadas

As ações com cotação em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado são


avaliadas a valor justo com base em laudo de avaliação elaborado por uma empresa
especializada.

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e. Outros ativos e passivos

Demonstrado pelos valores conhecidos ou calculáveis acrescidos, quando


aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias.

f. Apuração do resultado

As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência.

4. Títulos e valores mobiliários

a. Ações de companhias fechadas

Asteri Energia S.A.:

A Asteri Energia S.A. (“Asteri”) é uma sociedade por ações de capital fechado sediada
em São Paulo, na Avenida Juscelino Kubitschek, nº. 1830, 6º. Andar, conjunto 62.
Fundada em 2011, a Asteri Energia S.A é controlada pela Omega Geração S.A. e
detém participação em ativos de geração de energia elétrica com foco em energia
limpa e renovável, que atuam, exclusivamente, na produção e comercialização de
energia elétrica. As atividades da Companhia são regulamentadas e fiscalizadas pela
ANEEL. Qualquer alteração no ambiente regulatório poderá exercer impacto sobre
as atividades do Grupo.

A Administradora contratou uma empresa especializada para realização dos


serviços de avaliação da companhia Asteri Energia S.A. Com base nas informações
recebidas e no trabalho realizado, a avaliação resultou em uma estimativa de valor
justo conforme demonstrado abaixo:

Valor contábil Ajuste a Valor contábil


Participação em 28.02.2018 valor justo em 28.02.2019
Asteri Energia S.A. 34,65% 128.571 (6.973) 121.598

As avaliações contidas no laudo, datado de 17 de julho de 2019, contemplaram As


avaliações contidas no laudo, datado de 17 de julho de 2019, contemplaram
procedimentos e metodologias utilizadas, bem como as premissas mercadológicas e
operacionais que envolveram o cálculo da estimativa do valor de mercado do capital
social da Asteri.

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Demonstrações financeiras no exercício findo em 28 de fevereiro de 2019

Para a avaliação do valor de 100% do capital preferencial da Asteri, foi utilizado a


abordagem de fluxo de caixa descontado (“FDC”) dos dividendos da soma das partes
onde as empresas operacionaisdistribuídos pela Companhia, que por sua vez são
oriundos de fluxos recebidos pelas empresas operacionais (Gargaú Energética S.A. e
Hidroelétrica Pipoca S.A.) foram avaliadas pela Abordagem da Renda,
especificamente o Fluxo de Caixa Descontado (“FCD”), utilizando o Fluxo de Caixa
Livre do Acionista. Utilizou-se como data-base 28 de fevereiro de 2019 e usou-se
como base de partida os balanços auditados das empresas investidas na data-base
de 31 de dezembro de 2018. e ainda considerando Após concluído o cálculo de
valuation, foi aplicado ainda o percentual referido ao equivalente às ações
preferenciais que resultou em um montante uma avaliação a valor justo no
montante de R$ 121.598. Conforme previsto no estatuto social da Asteri, os
acionistas detentores de ações preferenciais possuem prioridade no pagamento de
dividendos a uma rentabilidade de IPCA + 7,5% ao ano até out/2032. No caso de não
ser possível a distribuição nos períodos em determinado períodos, o saldo devido
com base na remuneração deverá corrigido a esta mesma taxa e pago quando não
mais houver a eventual restituição. Por este motivo, as projeções de fluxo de caixa
tendem a ser maiores para os preferencialistas e em proporção superior à sua
participação no capital total até que os valores em aberto sejam quitados. Este
mecanismo é válido até outubro de 2032, mês a partir do qual o compromisso cessa
de existir e distribuições passam a ser realizadas na proporção do capital total. O
Fundo possui 69,10% das ações preferenciais. A Administração entende que o valor
justo registrado em 28 de fevereiro de 2019 é a melhor estimativa.

5. Gerenciamento dos riscos

A Administradora e o Gestor utilizam, no gerenciamento de riscos, análises que


levam em consideração os fundamentos econômicos e de mercado com influência
no desempenho dos ativos que compõem a Carteira e modelos de gestão de ativos
que se traduzem em processos de investimento e de avaliação dos riscos financeiros,
apoiados em sistemas informatizados e procedimentos formais de decisão.

Além disso, em virtude dos investimentos do Fundo em participações ou


investimentos relacionados a participação em Companhia que, por sua natureza,
envolvem riscos do negócio, financeiros, do mercado e/ou legais, a administração
do risco dos investimentos, neste caso, se dá também por meio do monitoramento
das informações das empresas investidas.

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Não obstante a diligência da Administradora e do Gestor em colocar em prática a


política de investimento delineada, os investimentos do Fundo estão, por sua
natureza, sujeitos a flutuações típicas do mercado, risco de crédito, risco sistêmico,
condições adversas de liquidez e negociação atípica nos mercados de atuação e desta
forma, apesar de a Administradora e o Gestor manterem sistema de gerenciamento
de riscos não há garantia de completa eliminação da possibilidade de perdas para o
Fundo e seus cotistas.

6. Fatores de risco

Os investimentos do Fundo sujeitam-se aos riscos inerentes à concentração da


carteira e de liquidez e à natureza dos negócios desenvolvidos pelas empresas em
que serão realizados os investimentos. Tendo em vista estes fatores, os
investimentos a serem realizados pelo Fundo apresentam um nível de risco elevado
quando comparado com alternativas existentes no mercado de capitais brasileiro,
devendo o investidor que decidir aplicar recursos no Fundo estar ciente e de pleno
conhecimento que assumirá por sua própria conta os riscos envolvidos nas
aplicações.

Não será devida pelo Fundo, pela Administradora, pelo Coordenador Líder ou pelo
Consultor Técnico qualquer indenização, multa ou penalidade de qualquer natureza,
caso os Cotistas não alcancem a remuneração esperada com o investimento no
Fundo ou caso os Cotistas sofram qualquer prejuízo resultante de seu investimento
no Fundo em decorrência de quaisquer dos eventos descritos abaixo.

O Cotista assume todos os riscos decorrentes da política de investimento adotada


pelo Fundo, ciente da possibilidade de realização de operações que coloquem em
risco o patrimônio do Fundo e, ao ingressar no Fundo, declara expressamente que
tem ciência destes riscos, inclusive a possibilidade de perda total dos investimentos
e da existência de patrimônio negativo do Fundo e, nesse caso, a necessidade de
realizar aportes adicionais de recursos no Fundo.

Os principais riscos a que o Fundo está sujeito, pelas características dos mercados
em que investe, são:

I. Riscos Relativos à Companhia Investida e às SPEs.


a) Por ser um investimento caracterizado pela participação na Companhia Investida,
e, indiretamente, nas SPEs, todos os riscos operacionais que a Companhia Investida
e as SPEs incorrerem, no decorrer da existência do Fundo, são também riscos
operacionais do Fundo, uma vez que o desempenho do mesmo decorre do resultado
obtido nas atividades das referidas sociedades.

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b) Os investimentos do Fundo serão feitos em uma companhia fechada, a qual,


embora tenha de adotar as práticas de governança indicadas no Regulamento, não
está obrigada a observar as mesmas regras aplicáveis às companhias abertas
relativamente à divulgação de suas informações ao mercado e a seus acionistas, o
que pode representar uma dificuldade para o Fundo quanto (i) ao bom
acompanhamento das atividades e resultados da Companhia Investida e (ii) a
correta decisão sobre a liquidação do investimento, o que pode afetar o Fundo e o
valor das Cotas.
c) A carteira de investimentos do Fundo esta concentrada em ações da Companhia
Investida. Considerando que a Companhia Investida consiste em uma holding, sua
capacidade de distribuir dividendos dependerá do fluxo de caixa e do lucro
verificado nas SPEs, bem como da distribuição de tais lucros sob a forma de
dividendos à Companhia Investida. Embora o Fundo tenha sempre participação no
processo decisório da respectiva companhia, não há garantias de (i) bom
desempenho da Companhia Investida e das SPEs; (ii) solvência da Companhia
Investida e das SPEs; e (iii) continuidade das atividades da Companhia Investida e
das SPEs. Tais riscos, se materializados, podem impactar negativa e
significativamente os resultados da carteira de investimentos do Fundo e o valor das
Cotas.

d) Não obstante a diligência e o cuidado da Gestora, os pagamentos relativos ao


investimento na Companhia Investida, como dividendos, juros e outras formas de
remuneração/bonificação, podem vir a se frustrar em razão da insolvência, falência,
mau desempenho operacional da respectiva companhia, ou, ainda, de outros fatores.
Em tais ocorrências, o Fundo e os seus Cotistas poderão experimentar perdas, não
havendo qualquer garantia ou certeza quanto à possibilidade de eliminação de tais
riscos.

e) Os investimentos na Companhia Investida e nas SPEs envolvem riscos relativos


ao setor em que atuam. Ainda que o desempenho das mencionadas companhias
acompanhe o desempenho das demais empresas do seu setor de atuação, não há
garantia de que o Fundo e os seus Cotistas não experimentarão perdas, nem há
certeza quanto à possibilidade de eliminação de tais riscos.

f) Os resultados futuros da Companhia Investida e das SPEs estão sujeitos a


incertezas, contingências e riscos no âmbito econômico, concorrencial, regulatório
e operacional, muitos dos quais estão fora de controle do Fundo. Essas incertezas
decorrem, dentre outros fatores, do caráter cíclico de preços de (i) insumos típicos
da atividade de geração de energia; e (ii) bens de capital necessários para os
projetos. Assim, a Companhia Investida e as SPEs podem enfrentar fatores e
circunstâncias imprevisíveis que gerem um efeito adverso sobre o Fundo e o valor
das Cotas.

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g) A Companhia Investida e as SPEs podem ser responsabilizadas por perdas e danos


causados a terceiros. O Fundo não pode garantir que as apólices de seguro, quando
contratadas, serão suficientes em todas as circunstâncias ou contra todos os riscos.
A ocorrência de um sinistro significativo não segurado ou indenizável, parcial ou
integralmente, ou a não observância dos subcontratados em cumprir obrigações
indenizatórias assumidas perante a Companhia Investida e as SPEs ou em contratar
seguros pode ter um efeito adverso para o Fundo. Além disso, o Fundo não pode
assegurar que a Companhia Investida e as SPEs serão capazes de manter apólices de
seguro a taxas comerciais razoáveis ou em termos aceitáveis no futuro. Esses fatores
podem gerar um efeito adverso sobre o Fundo e sobre o valor das Cotas.

h) As atividades do setor de energia podem causar significativos impactos e danos


ao meio ambiente. A legislação federal impõe responsabilidade objetiva àquele que
direta ou indiretamente causar degradação ambiental. Portanto, o dever de reparar
ou indenizar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados independe
de dolo ou culpa. O pagamento de indenizações ambientais substanciais ou despesas
relevantes incorridas para custear a recuperação do meio ambiente ou o pagamento
de indenização a terceiros afetados poderá impedir ou levar a Companhia Investida
e as SPEs a retardar ou redirecionar planos de investimento em outras áreas, o que
poderá ter um efeito adverso sobre o Fundo.

i) A Companhia Investida e as SPEs dependem altamente dos serviços de pessoal


técnico na execução de suas atividades. Se a Companhia Investida e as SPEs
perderem os principais integrantes desse quadro de pessoal, terão de atrair e treinar
pessoal adicional para a área técnica, o qual pode não estar disponível no momento
da necessidade ou, se disponível, pode ter um custo elevado para a Companhia
Investida e as SPEs. Pessoal técnico vem sendo muito demandado e a Companhia
Investida e as SPEs disputam esse tipo de mão de obra em um mercado global desses
serviços. Oportunidades atraentes no Brasil e em outros países poderão afetar a
capacidade da Companhia Investida e das SPEs de contratar ou de manter os
talentos que precisam reter. Se não conseguirem atrair e manter o pessoal essencial
de que precisam para expansão das operações, poderão ser incapazes de
administrar os seus negócios de modo eficiente, o que pode ter um efeito adverso
sobre o Fundo.

j) A operação e manutenção das instalações e equipamentos para a geração de


energia envolvem vários riscos, tais como interferências meteorológicas e
hidrológicas, problemas inesperados de engenharia e de natureza ambiental, e
paradas na operação ou, ainda, custos excedentes não previstos. A Companhia
Investida e as SPEs não contratam seguros, tampouco há apólices disponíveis contra
alguns dos referidos riscos, como no caso dos riscos meteorológicos. A ocorrência
desses ou de outros problemas poderá ocasionar um efeito adverso sobre o Fundo.

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k) As SPEs podem não ser capazes de gerar a quantidade de energia necessária para
honrar os contratos de compra e venda de energia, em razão, dentre outros fatores,
de variação das condições e eólicas verificadas.

l) As autorizações detidas pelas SPEs para projetos registrados perante a ANEEL não
conferem qualquer garantia, presente ou futura, de mercado consumidor para a
energia elétrica produzida, estando sua venda, portanto, sujeita à demanda do
mercado consumidor. Os investimentos em projetos de geração de energia das SPEs
são e serão baseados na expectativa de aumento da demanda no Brasil. É possível
que tal aumento de demanda não ocorra ou, ainda, que ocorra em patamar inferior,
igual ou superior ao projetado, hipótese em que tal demanda poderá ser atendida
por concorrentes e/ou outros projetos de geração de energia elétrica, como geração
térmica, hidrelétricas em operação ou que venham a entrar em operação no futuro.

m) As SPEs estão sujeitas à inadimplência de seus clientes quanto às obrigações por


eles assumidas nos respectivos contratos de compra e venda de energia elétrica, o
que pode impactar negativamente sua situação financeira.

n) As terras nas quais estão instalados os aerogeradores da Central Geradora Eólica


Gargaú são objeto de arrendamento. Caso algum proprietário decida encerrar o
arrendamento de sua respectiva terra à Gargaú Energética S.A., as multas e
indenizações aplicáveis nos termos do respectivo contrato de arrendamento
poderão não ser suficientes para ressarcir as perdas e prejuízos que a Gargaú
Energética S.A. eventualmente venha a incorrer.

o) As SPEs utilizam prestadores de serviços terceirizados para a operação e


manutenção dos projetos de energia elétrica. Caso os serviços não sejam prestados
com a qualidade prevista nos contratos, pode haver redução na receita de vendas e
incidência de penalidades decorrentes dos contratos de venda e compra de energia
celebrados pelas SPEs. Adicionalmente, a rescisão de referidos contratos, a
incapacidade das SPEs em renová-los ou negociar novos contratos com outros
prestadores de serviço igualmente qualificados, tempestivamente, e em condições
favoráveis, poderá causar um efeito adverso na receita das SPEs e,
consequentemente, no Fundo.

p) Os contratos de financiamento celebrados pela Omega contêm restrições com


relação ao pagamento de dividendos, ou juros sobre o capital próprio e reduções de
capital pelas SPEs, o que pode comprometer a capacidade das SPEs de realizar
distribuição de proventos para a Companhia Investida, circunstância que pode
afetar, adversamente, o Fundo.

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II. Riscos Relativos aos Setores de Atuação.

a) A Companhia Investida e as SPEs atuam em um ambiente altamente regulado e


podem ser afetadas adversamente por medidas governamentais, como (i)
descontinuidade e/ou mudanças nos critérios para concessão de autorizações para
exploração de potenciais hidrelétricos e/ou eólicos, (ii) descontinuidade e/ou
mudanças nos critérios para concessão de licenças ambientais por parte dos
governos federal e/ou estadual, (iii) descontinuidade e/ou mudanças nos critérios
para aquisição de energia elétrica no Ambiente de Contratação Regulada, dentre
outras alterações de natureza regulatória, e (iv) alteração a outras normas aplicáveis
aos negócios da Companhia Investida e das SPEs.

b) Qualquer incapacidade da Companhia Investida e das SPEs de cumprir com as


disposições de leis e regulamentos atualmente aplicáveis às suas atividades poderá
sujeitá-las à imposição de penalidades, desde advertências até sanções relevantes,
ao pagamento de indenizações em valores significativos, à revogação de licenças
ambientais ou suspensão da atividade comercial de usinas geradoras, o que poderá
causar um efeito adverso sobre o Fundo. Além disso, o governo federal e os governos
dos estados onde as SPEs atuam podem adotar regras mais estritas aplicáveis às
suas atividades. Por exemplo, essas regras poderão exigir investimentos adicionais
na mitigação do impacto ambiental de suas atividades, bem como na recomposição
de elementos dos meios bióticos e físicos das regiões onde atuam, levando as SPEs a
incorrer em custos significativos para cumprir com tais regras, podendo causar um
efeito adverso sobre as SPEs, e consequentemente, sobre o Fundo.

c) O Fundo não pode assegurar as ações que serão tomadas pelos governos federal
e estaduais no futuro com relação ao desenvolvimento do sistema energético
brasileiro, e em que medida tais ações poderão afetar adversamente as SPEs. As
atividades das SPEs são regulamentadas e supervisionadas principalmente pela
ANEEL e pelo Ministério de Minas e Energia (“MME”). A ANEEL, o MME e outros
órgãos fiscalizadores têm, historicamente, exercido um grau substancial de
influência sobre os negócios das SPEs, inclusive sobre as modalidades e os termos e
condições dos contratos de venda de energia que estão autorizados a celebrar, bem
como sobre os níveis de produção de energia. Qualquer medida regulatória
significativa adotada pelas autoridades competentes poderá impor um ônus
relevante sobre as atividades das SPEs e causar um efeito adverso sobre o Fundo.
Ademais, reformas futuras na regulamentação do setor elétrico e seus efeitos são
difíceis de prever. Na medida em que as SPEs não forem capazes de repassar aos
clientes os custos decorrentes do cumprimento de novas leis e regulamentos, seus
resultados operacionais poderão ser adversamente afetados.

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d) As autorizações para exploração de potenciais hidrelétricos adequados à


operação de empreendimentos de geração, bem como para exploração de parques
eólicos, são outorgadas a título precário pela União Federal em caráter não oneroso.
Atualmente, essas autorizações concedem o direito de exploração de potenciais
eólicos ou hidráulicos por prazo determinado, bem como estabelecem direitos e
obrigações do autorizatário, como o dever de o beneficiário observar os prazos para
a execução das obras e implementação da usina, incluindo a realização dos estudos
ambientais, obtenção das licenças ambientais, construção e operação da usina. Além
disso, a autorização estabelece a obrigação do autorizatário de se sujeitar à
fiscalização da ANEEL, pagando taxa por tal fiscalização e outros possíveis encargos
setoriais definidos em regulamentação específica, além de se sujeitar a
regulamentações futuras da ANEEL e de autoridades responsáveis pelos
licenciamentos ambientais. Essas características do ato de outorga permitem algum
nível de discricionariedade para alterar unilateralmente certas condições das
autorizações concedidas, incluindo custos de fiscalização, regras para
comercialização futura da energia elétrica, aplicação de custos e encargos, despesas
relacionadas a temas ambientais, inclusive o valor das tarifas que pode ser cobrado.
Os custos das SPEs poderão aumentar como resultado de alteração unilateral dos
termos de autorização, afetando o Fundo adversamente.

e) As autorizações das SPEs poderão ser revogadas a qualquer tempo pelo Poder
Concedente quando o interesse público assim o exigir, sem que haja obrigatoriedade
do Poder Concedente indenizar as SPEs pelos ativos utilizados na prestação dos
serviços de geração de energia elétrica. A reversão dos ativos de geração de energia
elétrica ao Poder Concedente é mera faculdade deste, podendo ser exercida a seu
exclusivo critério. Caso o Poder Concedente decida revogar unilateral e
antecipadamente autorizações das SPEs sem a correspondente reversão dos ativos
a seu patrimônio, as SPEs podem não ser capazes de recuperar seus investimentos,
prejudicando sensivelmente sua situação financeira. Ademais, em determinadas
circunstâncias, as autorizações estarão sujeitas à extinção pela ANEEL antes do
vencimento dos respectivos prazos. A ANEEL poderá extinguir tais autorizações (a)
se as SPEs deixarem de prestar serviços por mais de 30 dias consecutivos, não tendo
apresentado uma alternativa aceitável pela ANEEL e pelo Operador Nacional do
Sistema Elétrico ou, ainda; e (ii) caso seja decretada falência ou dissolução das SPEs.
Caso os termos de autorizações sejam extintos pela ANEEL, as SPEs terão direito de
receber indenização pela parcela não amortizada de seus investimentos, mas essa
indenização poderá não ser suficiente para recuperarem o valor integral dos
investimentos. A extinção ou revogação antecipada pela ANEEL das autorizações e,
ainda, o eventual não recebimento de indenização suficiente pelos investimentos
realizados poderão causar um efeito adverso para as SPEs e, consequentemente,
para o Fundo.

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f) Atualmente, a estrutura do setor elétrico no Brasil concentra-se em geração


hidrelétrica, a qual está sujeita a uma limitação natural de capacidade de geração
diretamente relacionada ao volume de recursos hídricos disponíveis. O ONS realiza
o controle dos reservatórios naturais com vistas a otimizar os níveis de recursos
hídricos disponíveis para a geração de energia, e pode decidir a respeito do aumento
da geração de energia por meio de outras fontes, como termelétricas, ou, ainda,
alterar a quantidade de energia assegurada ou garantia física de uma determinada
central hidrelétrica na hipótese de desabastecimento.

III. Risco Legal.

Interferências legais na Companhia Investida e nas SPEs que impactem


negativamente na
performance de cada uma delas podem refletir negativamente no patrimônio do
Fundo. Além disso, as demandas administrativas e judiciais que porventura venham
a ser formuladas contra a Companhia Investida e as SPEs podem resultar em
responsabilidade pelo pagamento de indenizações por desapropriações, prejuízos a
propriedades particulares e danos ambientais, dentre outros.

IV. Risco de Mercado.

A possibilidade da variação da taxa de juros ou do preço dos ativos do Fundo pode


ser repassada ao valor da Cota e consequentemente à rentabilidade do Fundo,
podendo gerar baixa valorização ou supervalorização do patrimônio. Além disso, as
condições econômicas gerais, tanto nacionais como internacionais podem afetar
tanto o nível das taxas de câmbio e de juros quanto os preços dos papéis em geral.
Tais sobressaltos nas condições de mercado podem impactar as expectativas dos
agentes econômicos, podendo gerar consequências sobre os ativos que compõem a
carteira de títulos do Fundo.

V. Riscos de Liquidez.

a) Os ativos que compõem, e que venham a compor, a carteira do Fundo podem


passar por períodos de menor volume de negócios em seus mercados, dificultando
a execução de ordens de compra/venda, impactando a formação dos preços desses
ativos.

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b) As aplicações do Fundo na Companhia Investida apresentam peculiaridades em


relação às aplicações usuais da maioria dos Fundos de investimento brasileiros, já
que não existe, no Brasil, mercado secundário com liquidez garantida. Caso o Fundo
precise vender as ações da Companhia Investida, poderá não haver comprador ou o
preço de negociação obtido poderá ser bastante reduzido, causando perda de
patrimônio do Fundo, e, consequentemente, do capital, parcial ou total, investido
pelos Cotistas.

c) O Fundo é constituído sob a forma de condomínio fechado e, portanto, só admite


o resgate de suas cotas na hipótese de liquidação. Caso os Cotistas queiram se
desfazer de seus investimentos no Fundo, poderão realizar a venda de suas cotas no
mercado secundário, devendo ser observado, para tanto, os termos e condições do
Regulamento. Considerando que o investimento em cotas de Fundos de
investimento em participações é um produto novo, o mercado secundário para
negociação de tais cotas apresenta baixa liquidez, e não há garantia que os cotistas
conseguirão alienar suas cotas pelo preço e no momento desejado.

VI. Risco de Crédito.

Os ativos integrantes da carteira do Fundo podem estar sujeitos à capacidade de


seus emissores em honrar os compromissos de pagamento de juros e principal ou
gerar e distribuir rendimentos inclusive dividendos e juros sobre capital próprio
referentes a tais ativos. Alterações nas condições financeiras dos emissores dos
ativos e/ou na percepção que os investidores têm sobre tais condições, bem como
alterações nas condições econômicas e políticas que possam comprometer a sua
capacidade de pagamento, podem trazer impactos significativos nos preços e na
liquidez dos ativos.

VII. Risco de Concentração.

A política de investimento do Fundo não exige que o Fundo diversifique seus


investimentos. Tendo em vista que até 100% (cem por cento) do Patrimônio Líquido
do Fundo poderá ser investido em uma única companhia, qualquer perda isolada
poderá ter um impacto adverso significativo sobre o Fundo. Desta forma, os ativos
do Fundo podem estar sujeitos a maiores riscos de perdas do que se estivessem mais
diversificados, pois o insucesso de um ou de um número limitado de investimentos
pode ter um efeito adverso relevante sobre o Fundo.

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VIII. Propriedade das Cotas versus a Propriedade dos Valores Mobiliários.

Apesar da carteira do Fundo ser constituída, predominantemente, pelas ações de


emissão da Companhia Investida, a propriedade das Cotas não confere aos Cotistas
a propriedade direta sobre ações. Os direitos dos Cotistas são exercidos sobre todos
os ativos da carteira de modo não individualizado, proporcionalmente ao número
de Cotas que detém no Fundo.

IX. Risco de Descontinuidade.

O Regulamento estabelece a possibilidade de a Assembleia Geral de Cotistas optar


pela liquidação antecipada do Fundo. Nesse caso, os Cotistas terão seu horizonte
original de investimento reduzido e poderão não conseguir reinvestir os recursos
recebidos com a mesma remuneração proporcionada pelo Fundo, não sendo devida
pelo Fundo, pela Gestora ou pela Administradora nenhuma multa ou penalidade, a
qualquer título, em decorrência desse fato.

X. Inexistência de Garantia de Rentabilidade.

A verificação de rentabilidade passada em qualquer Fundo de investimento em


participações no mercado ou no próprio Fundo não representa garantia de
rentabilidade futura. Adicionalmente, a aplicação dos recursos do Fundo na
Companhia Investida que apresente riscos relacionados à capacidade de geração de
receitas e pagamento de suas obrigações não permite que seja determinado
qualquer parâmetro de rentabilidade seguro para o Fundo.

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XI. Risco Relacionado a Fatores Macroeconômicos.

O Fundo está sujeito aos efeitos da política econômica praticada pelo Governo
Federal e demais variáveis exógenas, tais como a ocorrência, no Brasil ou no
exterior, de fatos extraordinários ou de situações especiais de mercado ou, ainda, de
eventos de natureza política, econômica, financeira ou regulatória que influenciem
de forma relevante os mercados financeiro e de mercado de capitais brasileiro.
Medidas do governo brasileiro para controlar a inflação e implementar suas
políticas econômica e monetária envolveram, no passado recente, alterações nas
taxas de juros, desvalorização da moeda, controle de câmbio, controle de tarifas,
mudanças legislativas, entre outras. Essas políticas, bem como outras condições
macroeconômicas, têm impactado significativamente a economia e o mercado de
capitais nacional. A adoção de medidas que possam resultar na flutuação da moeda,
indexação da economia, instabilidade de preços, elevação de taxas de juros ou
influenciar a política fiscal vigente poderão impactar os negócios do Fundo. Além
disso, o Governo Federal, o Banco Central do Brasil e demais órgãos competentes
poderão realizar alterações na regulamentação dos setores de atuação das
Companhias Investidas e das SPEs ou nos ativos financeiros e títulos integrantes da
carteira do Fundo ou, ainda, outros relacionados ao próprio Fundo, o que poderá
afetar a rentabilidade do Fundo. Há ainda o risco de mudanças nas políticas do
Governo que possam afetar os fluxos financeiros, como: proibição, atrasos,
interrupção e embargo; mudança de prioridades de governo e de Estado; pressões
políticas; cassação de licenças; medidas unilaterais (e.g. quebra de contrato);
encampação.

XII. Risco Financeiro - câmbio, inflacionário, flutuação nas taxas de juros.

Os riscos de câmbio e inflacionário estão relacionados à diferença de moedas e


índice de reajustes entre o fluxo de entradas e o de saídas, cujo descasamento podem
fazer com que a geração de caixa não seja suficiente para honrar todos os
compromissos financeiros do Fundo e das SPEs. Complementando-se o risco
financeiro, elevações das taxas de juros acima de um determinado patamar, podem
também afetar a capacidade do Fundo e das SPEs em honrar seus compromissos.

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XIV. O Consultor Técnico Pertence ao Mesmo Grupo Econômico da Companhia


Investida e das SPEs.

Tendo em vista que o Consultor Técnico pertence ao mesmo grupo econômico da


Companhia Investida e das SPEs, poderá haver conflito de interesses entre os
interesses do Consultor Técnico (ou da Companhia Investida e/ou das SPEs, que
pertencem ao mesmo grupo econômico) e do Fundo. Nesse sentido, as análises do
Consultor Técnico relativas à Companhia Investida e/ou às SPEs podem não ser
totalmente isentas, considerando o vínculo societário entre as partes.

7. Emissão, resgate e amortização de cotas

As Cotas do Fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, emitidas em


uma única classe.

O valor das Cotas do Fundo será calculado diariamente pela Administradora e


corresponderá à divisão do valor do Patrimônio Líquido do Fundo pelo número de
Cotas do Fundo.

Novas emissões e distribuições de cotas dependerão de deliberação da Assembleia


Geral de Cotistas.

Não haverá amortização do principal investido ou resgate das cotas antes do prazo
de liquidação do Fundo e não será admitida a utilização de bens e direitos, inclusive
valores mobiliários, do Fundo na amortização das cotas.

Os valores recebido a título de dividendos da Companhia investida serão repassados


diretamente aos cotistas. No exercício houve distribuição, a títulos de amortização,
de dividendos recebidos no montante de R$ 15.599 (R$ 9.955 em 2018).

8. Negociação das cotas

O Fundo possui cotas negociadas B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão, nomeadas por
“XPOM11”, sendo que a última negociação ocorrida no exercício foi realizada em 26
de fevereiro de 2019 com valor da cota de fechamento de R$ 105,00.

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9. Serviços de gestão, custódia, tesouraria e outros serviços


contratados

Administração: Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda


Gestão: XP Vista Asset Management Ltda
Custódia: Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda
Tesouraria: Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda
Escrituração de cotas: Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda
Controladoria: Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda

Custódia dos títulos e valores mobiliários

As cotas de fundos de investimento são escriturais e seu controle é mantido pelos


administradores dos respectivos fundos investidos.

10. Taxa de administração e custódia

Taxa de Administração:
Pela prestação de serviços de administração do Fundo, a Administradora fará jus a
uma taxa de administração equivalente a uma das porcentagens abaixo
mencionadas, conforme aplicável, calculadas sobre o patrimônio líquido do Fundo.

A Taxa de Administração não poderá ser inferior ao valor mínimo mensal de R$ 10,
a ser corrigido anualmente pela variação do índice de Preços ao Consumidor Amplo
- IPCA.

Patrimônio Líquido do Fundo Taxa de Administração


Até R$ 100.000 0,14% a.a.
Acima de R$ 100.000 0,12% a.a.

No exercício a despesa com taxa de administração foi de R$ 353 (R$ 316 em 2018).

Pela prestação de serviços de gestão do Fundo, a Gestora fará jus a uma taxa de
gestão equivalente a 0,15% ao ano, calculada sobre o Patrimônio Líquido do Fundo.

A Taxa de Administração e a Taxa de Gestão acima indicadas serão apropriadas


diariamente, a base de 1/252 (um inteiro e duzentos e cinquenta e dois avos), como
despesa do Fundo e será paga mensalmente pelo Fundo diretamente à
Administradora e ao Gestor, até o 5º (quinto) dia útil do mês seguinte ao vencido.

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Infraestrutura XP Omega I
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CNPJ: 22.610.500/0001-88

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A despesa correspondente à taxa de administração está apresentada na


demonstração do resultado do exercício em “Demais despesas – Remuneração da
Instituição administradora”.

11. Evolução do valor da cota e rentabilidade

A rentabilidade calculada com base relação entre o resultado do Fundo e o


patrimônio líquido médio no período foram os seguintes:

Patrimônio Rentabilidade Rentabilidade


Exercícios findos em Líquido médio do Fundo (%) teórica (%)

28.02.2019 130.229 6,50% 11,91%


28.02.2018 109.229 19,89% 20,60%

O valor da cota teórica é calculado desconsiderando o efeito das amortizações.

A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros.

12. Custódia dos títulos em carteira

As ações da Companhia Investida fechada encontram-se registradas nos livros das


respectivas companhias e as cotas de fundos de investimento na B3 S.A. - Brasil,
Bolsa, Balcão ou com os administradores.

13. Divulgação de informações

A Administradora deve divulgar a todos os cotistas e à CVM, qualquer ato ou fato


relevante atinente ao Fundo, desde que não sejam informações sigilosas referentes
às companhias alvo e às companhias investidas que tenham sido obtidas pela
Administradora sob compromisso de confidencialidade e/ou em razão de suas
funções regulares enquanto membro ou participante dos órgãos de administração
ou consultivos de qualquer companhia investida.

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Fundo de Investimento em Participações em
Infraestrutura XP Omega I
CNPJ: 17.709.881/0001-17
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A Administradora deve remeter aos cotistas e à CVM: (i) trimestralmente o valor do


Patrimônio Líquido, número de cotas, valor unitário das cotas, e número de cotistas;
(ii) semestralmente a composição da carteira, as demonstrações contábeis do fundo,
os encargos debitados do fundo e a relação das instituições encarregadas da
prestação dos serviços de custódia dos valores mobiliários integrantes da Carteira;
e (iii) anualmente as demonstrações contábeis do respectivo exercício social
acompanhadas de parecer do auditor independente, o valor patrimonial da cota na
data do fechamento do balanço e sua rentabilidade no exercício e os encargos
debitados ao fundo.

14. Principais encargos debitados do Fundo

Os principais encargos debitados do Fundo e sua representação percentual em


relação ao patrimônio líquido médio do Fundo estão assim apresentados:

Encargos 28.02.2019 28.02.2018


R$ Mil % PL Médio R$ Mil % PL Médio
Auditoria e consultoria jurídica 302 0,23 214 0,20
Taxa de adninistração 353 0,27 316 0,29
Taxa de fiscalização 24 0,02 23 0,02
Custódia de títulos 27 0,02 28 0,03
Despesas com serviço de avaliação - - 82 0,08
Despesas diversas 42 0,03 2 -
Total 748 0,57 665 0,62

15. Tributação

Nas amortizações e/ou alienação de cotas, como também no resgate de cotas pelo
término de prazo ou liquidação do Fundo, a base de cálculo do imposto de renda
será a diferença positiva entre o valor da amortização ou resgate e o valor de
aquisição, sendo aplicada alíquota de 15% (quinze por cento), à exceção de
investidores pessoa física, que conforme lei 11.478/2012 são isentos em ganhos de
capital e distribuição de rendimentos pela característica do Fundo como FIP-IE.

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Sem prejuízo da regulamentação estabelecida pela Comissão de Valores Mobiliários,


e de acordo com o § 4º e 5º do artigo 25 e artigo 6º da Instrução Normativa RFB
1.022 de 05 de abril de 2010, os fundos deverão ter a carteira composta de, no
mínimo, 67% (sessenta e sete por cento) de ações de sociedades anônimas,
debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, sob pena dos rendimentos
distribuídos aos cotistas, sujeitarem-se ao imposto sobre a renda na fonte às
alíquotas prevista para os regimes de curto e longo prazo (tabela regressiva),
mantida a contagem do prazo da aplicação.

A regra tributária acima descrita não se aplica aos cotistas sujeitos a regras de
tributação específicas na forma da legislação em vigor.

16. Política de distribuição de resultados

Com exceção do pagamento de dividendos citados abaixo, todos os demais direitos


e valores oriundos dos ativos da carteira do Fundo (já descontados das despesas
ordinárias do Fundo), serão distribuídos aos Cotistas, a título de rendimentos, com
as devidas retenções de imposto, conforme o caso, semestralmente, sempre no
último dia útil dos meses de maio e novembro de cada ano, sendo certo que a
distribuição de resultados poderá ser antecipada se, a critério dos acionistas da
Companhia Investida, houver qualquer evento que resulte no pagamento
antecipado ao Fundo de referidos direitos e valores. Vale ressaltar que tais
distribuições estão sujeitas à disponibilidade de caixa, resultado e eventuais
anuências necessárias (incluindo, mas não se limitando, a credores), conforme o
caso.

Os valores distribuídos pela Companhia Investida a título de dividendos, os quais


também ocorrerão semestralmente, sempre no último dia útil dos meses de maio e
novembro de cada ano, serão repassados diretamente pela Administradora aos
Cotistas.

No exercício findo em 28 de fevereiro de 2019, foram distribuídos rendimentos aos


cotistas no montante de R$ 15.599 (R$ 9.955 em 2018), conforme as amortizações
ocorridas no Fundo, referentes ao recebimento de dividendos da Asteri Energia S.A.

Farão jus aos rendimentos os titulares de Cotas do Fundo no fechamento do décimo


dia útil do mês antecedente a cada semestre, de acordo com as contas de depósito
mantidas pelo escriturador das Cotas do Fundo.

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Demonstrações financeiras no exercício findo em 28 de fevereiro de 2019

17. Demandas judiciais

Não há registro de demandas judiciais, quer na defesa dos direitos dos cotistas, quer
desses contra a administração do Fundo.

18. Transações com partes relacionadas

Os serviços de distribuição de cotas foram prestados por empresas relacionadas à


Gestora do fundo. No período não houve transações realizadas pelo fundo com
partes relacionadas

19. Alterações estatutárias

Conforme Assembleia Geral de Cotista realizada em 9 de maio de 2018 os Cotistas


detentores de 99,908% das Cotas subscritas aprovaram a substituição, a partir do
fechamento do dia 18 de maio de 2018 (“Data da Transferência”), da Citibank DTVM
S.A. pela Nova Administradora, Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários
Ltda.

20. Outros serviços prestados pelos auditores independentes

a. Em atendimento à Instrução nº 381/03 da Comissão de Valores Mobiliários


(CVM), registre-se que a administradora, no exercício, não contratou nem
teve serviços prestados pela Ernst & Young Auditores Independentes S.S.
relacionados ao Fundo que não aos serviços de auditoria externa. A política,
adotada atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de
acordo com os critérios internacionalmente aceitos, quais sejam, o auditor
não deve auditar seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais no seu
cliente ou promover os interesses deste.

b. Diretor e contador

Marcos Wanderley Pereira Sylvio Luiz Depiné


Diretor Contador CRC PR-045.612/O-7 S-SP

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