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(SIND)
MANUAL DA EMPRESA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A BERNARD SISTEMAS ®
BERNARD SISTEMAS LTDA.
Junho de 2019.
Manual de uso exclusivo das simulações do Simulador Industrial – SIND. Ele pode ser fotocopiado ou
disponibilizado em meio eletrônico (versão em PDF) para distribuição aos participantes destas
simulações. Qualquer outro uso deve ser previamente autorizado, por escrito, pela Bernard Sistemas®.
ORIENTAÇÕES PARA LEITURA DESTE MANUAL
Este manual foi elaborado com o objetivo de explicar o funcionamento da empresa simulada
e o ambiente em que ela está inserida. A compreensão das explicações e definições
apresentadas nesse manual é fundamental para a participação na simulação. A empresa é
administrada por equipe de participantes, que são divididos por funções gerenciais. Portanto,
a leitura deste manual deve seguir esta divisão, conforme apresentado a seguir:
Apêndices – Quadros resumo dos Capítulos 2 a 5. Os Apêndices são para consulta rápida
dos conteúdos apresentados nestes capítulos.
Pela estrutura de leitura do manual, observa-se que a equipe ideal é de 4 participantes. Se ela
tiver menos ou mais integrantes, a leitura dos capítulos 2 a 5 deve ser ajustada com alguns
participantes assumindo mais de uma função, ou dividindo algumas funções por dois
participantes. Durante a simulação os participantes irão observar que é possível trabalhar
com várias funções. Isto é aconselhável para que aprendizado proporcione a visão sistêmica
do funcionamento da empresa.
SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................................................................... 6
2. Administração de Vendas............................................................................................................ 9
2.3 Demanda................................................................................................................................ 9
2.7 Propaganda.......................................................................................................................... 11
2.9 Sazonalidade........................................................................................................................ 12
4.2 Demissão.............................................................................................................................. 19
1. INTRODUÇÃO
1.1 PARTICIPANTES
Sugere-se que cada empresa seja formada por equipe de até quatro participantes. As equipes
representam as diretorias das empresas, devendo ser divididas nas funções de Vendas,
Produção, Recursos Humanos e Financeira. A condução da simulação fica a cargo do
“Coordenador”, que é responsável pela definição das variáveis macroeconômicas.
1.2 DINÂMICA
Introdução 6
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
As ações das empresas sofrem dois tipos de influências que determinam suas oscilações na
Bolsa de Valores. O primeiro tipo é a situação geral do mercado de capitais. As oscilações
resultantes dessa situação são reflexo de indicadores macroeconômicos. As variações de
preços das ações resultantes dessa oscilação se darão em igual intensidade entre as
empresas, não alterando a relação de preço entre as suas ações. O outro tipo de influência é
o desempenho individual das empresas. Desempenho este resultante da boa ou má gestão.
Este desempenho é avaliado pelos indicadores de Patrimônio Líquido, Margem de Lucro
Líquida, Rentabilidade do Ativo, Participação nas Vendas (em quantidade vendida no período),
Endividamento Total (em relação ao Ativo) e Capital Circulante Líquido.
Todos os indicadores possuem o mesmo peso, com exceção do Patrimônio Líquido que tem
peso 3. Caso a empresa tenha endividamento anormal (empréstimo emergencial e/ou atrasos
de pagamentos), o valor da ação será reduzido, sinalizando que o mercado percebe esta
empresa como de maior risco. A empresa que alcançar o melhor desempenho no conjunto
destes indicadores terá suas ações mais valorizadas. Em casos extremos a empresa pode não
ser listada na bolsa de valores. Isto ocorre quando ela tiver um desempenho muito ruim.
Eventualmente poderão ocorrer capitalizações feitas por meio de oferta primária de ações
lançadas no mercado. Neste caso, o valor capitalizado será deduzido do Patrimônio Líquido
para efeito de cálculo do valor das ações. Se existir a possibilidade deste tipo de capitalização,
ela será informada na Gazeta.
1.4 RELATÓRIOS
Introdução 7
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
Gazeta: É nesse documento que o coordenador divulga as suas decisões tomadas para a
simulação. As empresas encontram nesse jornal os preços de todos os fornecedores, as taxas
de juros dos bancos e de fornecedores, a taxa de imposto de renda, estimativa de importação
de produtos, o percentual de prejuízo ou lucro na venda de máquinas usadas, bem como as
demais informações macroeconômicas necessárias para o processo de tomada das decisões.
Notícias também são apresentadas nesse jornal.
Introdução 8
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
2. ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS
2.1 PRODUTO
2.2 COMPRADORES
Os compradores dos produtos não são os consumidores finais, mas sim atacadistas e
varejistas. Estes canais de distribuição negociam com as indústrias (empresas) as condições
de preço, prazo e juros sobre a venda a prazo. Ao revender os produtos, eles praticam a
mesma margem de lucro, independente de quem eles compram. Assim, o preço a ser pago
pelos consumidores finais é o preço praticado em cada indústria, acrescido do markup
(percentual aplicado sobre o custo do produto na formação do preço de venda) dos
atacadistas e varejistas.
2.3 DEMANDA
As vendas são diretamente relacionadas com a demanda. A empresa deve procurar equilibrar
a demanda com as vendas para evitar desperdiçar recursos. No Relatório Operacional é
apresentada a demanda e a venda da empresa em cada região, enquanto no Relatório de
Mercado é apresentada a demanda e venda de todas as empresas em cada região.
Quando a soma das demandas de todas as regiões for superior aos produtos que a empresa
tem para vender, o departamento comercial irá priorizar as vendas na região que a empresa
está instalada, e o restante do estoque será vendido proporcionalmente à demanda em cada
região. A diferença entre a demanda e venda de cada região será a demanda não atendida.
Parte desta demanda será transferida para a concorrência e o restante será perdido. Em
função da transferência da demanda, algumas empresas poderão vender produtos acima de
sua demanda, que consta no Relatório Operacional. Quando isto ocorrer, significa que a
quantidade vendida acima da demanda em cada região se refere aos compradores que
vieram em função da falta de produtos na concorrência.
Administração de Vendas 9
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
A demanda é determinada pela influência dos fatores: região, preço, prazo (com eventuais
juros sobre vendas a prazo), propaganda, força da marca, sazonalidade, crescimento do
macrossetor e importação. Os fatores preço, prazo (incluindo juros), propaganda e força da
marca são controláveis pelas empresas. A sazonalidade, o crescimento do macrossetor e a
importação de produtos são variáveis macroeconômicas que não podem ser diretamente
controladas pelas empresas. Os próximos itens fornecem detalhes sobre cada fator que
influencia na demanda.
2.4 REGIÕES
A empresa pode influenciar diretamente a demanda por produtos de uma região utilizando
propaganda, preço e prazo de venda. As regiões são independentes em relação a essas três
variáveis, ou seja, as decisões de quanto aplicar em propaganda, preço e prazo de venda
praticado em uma região somente influenciarão nessa região. Se o comercial não quiser
vender em determinada região, ele deve colocar o preço igual a zero nesta região.
Administração de Vendas 10
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
Detalhes de como calcular o valor das parcelas a receber, quando da venda parcelada,
são dados no item Prestações, do capitulo Administração Financeira.
2.7 PROPAGANDA
A propaganda é realizada por agências e tem por objetivo atingir o consumidor final. Os
canais de distribuição (atacadistas e varejistas) apenas expressam os desejos dos
consumidores, buscando comprar em maior quantidade os produtos daquelas empresas que
estão aplicando mais em propaganda. Para cada período as agências de propaganda têm
condições de realizar até 9 campanhas em cada região, por empresa.
A força da marca é definida como forte, média ou fraca. A marca é forte quando a empresa
tiver vendas acumuladas acima da média do mercado e, no período, o erro médio entre
demanda e venda nas regiões em que ela atua for inferior a 20%. Ou seja, a empresa está
conseguindo atender a sua demanda com uma baixa margem de erro. A marca é fraca
Administração de Vendas 11
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
A marca forte aumenta o potencial de demanda em 20%, enquanto a fraca reduz em 20%. O
percentual efetivo de variação da demanda depende de outros fatores que a afetam, e da
força da marca dos concorrentes (forte e fraca). Associado ao conceito de força da marca está
a venda acumulada. Quanto mais venda, maior tende ser a fidelização dos clientes.
2.9 SAZONALIDADE
No quarto trimestre de cada ano (períodos 4, 8 e 12) a demanda total pelo produto aumenta
50%, se forem mantidas todas as condições que influenciam na demanda. O percentual exato
depende da política geral do setor em relação a preço, prazo e propaganda, além de
eventuais variações no crescimento do macrossetor e das importações. O efeito da
sazonalidade é restrito ao último período de cada ano, retornando ao seu nível normal
quando este período termina.
Administração de Vendas 12
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
A área comercial tem por objetivo vender os produtos fabricados pela empresa. As decisões a
serem tomadas são relativas a: preço de venda, prazo de recebimento, propaganda e taxa de
juros sobre venda a prazo. As decisões de preço, prazo e propaganda são independentes por
região. Já a taxa de juros é única para todas as regiões que a empresa estiver vendendo a
prazo. As decisões de prazo de recebimento e taxa de juros devem ser tomadas em conjunto
com a área financeira, pois têm impacto significativo nesta área.
Administração de Vendas 13
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
3. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
A administração da produção é responsável pela fabricação dos produtos que são destinados
à venda. Para tanto, ela deverá manter a produção balanceada e com custos de produção
mais baixos possíveis. Os itens a seguir apresentam detalhes sobre a programação de
produção, produtividade, tipos de máquinas disponíveis, compra e venda destas máquinas,
compra de matérias-primas, sistema de custeio, gastos com estocagem, depreciação de
máquinas, prédios e instalações e as decisões da área de produção.
A empresa produz somente um tipo de bem de consumo durável. Para a sua produção são
necessárias 3 unidades da matéria-prima A e 2 unidades da matéria-prima B. A capacidade de
produção depende do número e produtividade dos empregados da produção, da quantidade
e tipo de máquinas utilizadas, do nível de atividade e de uma eventual produção extra
(lembrando que a greve pode diminuir a produção planejada).
Para fins de simplificação, cada processo produtivo é tratado como uma “máquina”. No início
do período 1 a empresa tem apenas máquinas do tipo Alfa, com diferentes idades. Estas
máquinas, em número de 5, proporcionam uma capacidade total de produção de 10.000
unidades ao período.
Administração da Produção 14
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
Caso a empresa deseje atualizar, ou ampliar, a sua capacidade de produção, ela pode optar
pelas máquinas Alfa, Beta ou Gama. Detalhes sobre cada tipo de máquina são descritos no
quadro a seguir:
Produção: esta produção considera nível de atividade igual a 100%, sem produção extra
(hora extra) e que exista empregados suficientes e com produtividade em 1,0.
A empresa adota a manutenção preditiva das máquinas, que indica as reais condições
de desgaste permitindo um menor tempo de parada na produção. Esta manutenção é
mais eficiente que as manutenções corretiva e preventiva. Na manutenção corretiva
ocorre uma interrupção abrupta da produção, gerando altos custos. Já na manutenção
preventiva existem paradas programadas e, eventualmente, troca de peças que ainda
não atingiram a sua vida útil.
Administração da Produção 15
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
DICA: O custo de manutenção pode ser calculado por tipo de máquina. Para tanto,
toma-se a idade média disponível no Relatório Operacional (acrescentar 1 período se
for projetar para P+1) e multiplica-se este valor pelo número de máquinas deste tipo,
pelo fator de manutenção, pelo preço de uma máquina nova e por eventuais ajustes
(produção extra, nível de atividade e falta de empregados).
A compra de máquinas pode ser realizada a cada período, respeitando a capacidade máxima
das instalações, que é de produzir 36.000 unidades por período (sem considerar produção
extra e o aumento de produtividade dos empregados). As máquinas adquiridas no período P
chegam ao final deste período e ainda passam por um período de ajustes para iniciar a
produção. Assim, elas somente começarão a produzir no período seguinte. Quando da
compra de máquinas, a empresa recebe um financiamento automático do Banco de
Desenvolvimento Industrial (BDI).
Fornecedor programado: exige que a matéria-prima seja solicitada no início do período para
ser entregue ao final deste período. Assim, a compra estará disponível para a produção
apenas no período seguinte. A quantidade máxima que o fornecedor programado pode
vender por período, para cada empresa, é de 150.000 para a matéria-prima A e de 99.999
para a matéria-prima B. A compra pode ser feita à vista ou a prazo (1+1 ou 1+2). Para compra
a prazo este fornecedor acrescenta uma taxa de juros. O preço à vista das matérias-primas,
assim como a taxa de juros cobrada são divulgados na Gazeta.
Administração da Produção 16
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
Administração da Produção 17
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
3.7 DEPRECIAÇÃO
A área de produção tem por objetivo fabricar os produtos demandados pelo mercado. Para
tanto, ela deve definir o nível de atividade da produção e eventual produção extra. A área de
produção deve ainda se preparar para a produção do período seguinte. Para tanto ela deve
realizar compras programadas de matérias-primas (a forma de pagamento deve ser
negociada com o financeiro) e atualização do parque fabril. Isto requer a compra e/ou venda
de máquinas, seja para ajustar à demanda ou substituir máquinas velhas, que encarecem o
custo de produção em função do custo de manutenção crescente.
Administração da Produção 18
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
4.1 CONTRATAÇÃO
4.2 DEMISSÃO
4.3 SALÁRIO
O salário a ser pago deve ser baseado no salário pago no período anterior. Eventuais
reajustes devem ser dados considerando a inflação e a média salarial do setor. A produção
extra eleva a folha de pagamento dos empregados da produção. Além do valor da hora
normal, haverá adicional de 50% por hora extra trabalhada. Por exemplo, para um aumento
de 10% da produção, em virtude de horas extras, haverá um aumento de 15% da folha de
pagamento dos empregados da produção. O limite das horas extras é de 25%, que equivale a
2 horas por dia de um turno normal de 8 horas. Redução no nível de atividade não reduz o
salário a ser pago.
4.4 TREINAMENTO
O treinamento é dado aos empregados da produção. Os gastos com treinamento devem ser
realizados com base em um percentual da folha de pagamento dos empregados da produção
(desconsiderando horas extras e despesas de demissão). O treinamento é realizado tanto
para empregados existentes, quanto para recém-contratados. O efeito do treinamento é
maior para novos empregados, pois estes devem conhecer bem a rotina da empresa para ter
uma maior produtividade no trabalho. A vantagem de investir em treinamento dos
empregados da produção é aumentar a motivação e a produtividade destes empregados. O
percentual ideal a ser aplicado em treinamento não é conhecido. Entretanto, a empresa pode
verificar o aumento da produtividade em função do percentual investido, desde que ela
consiga isolar os outros fatores que afetam a produtividade.
Os empregados da produção podem receber, além dos salários, uma participação nos lucros
como remuneração variável. Esta participação, segundo o estatuto da empresa, pode ser de
no máximo 10% do lucro líquido após o imposto de renda. A participação nos lucros tem por
objetivo aumentar a motivação dos empregados da produção, e por consequência, aumentar
sua produtividade. Esta participação é paga no período seguinte ao da apuração do lucro.
4.6 MOTIVAÇÃO
estiverem com empregados em níveis de motivação péssimo ou ruim não terão aumentos de
produtividade pela produção repetitiva.
4.7 PRODUTIVIDADE
empresa, por empregado, com a produção média por homem do setor industrial em que a
empresa está inserida. A variável Produção média / homem do setor, apresentada no Relatório
de Mercado, não leva em consideração eventuais horas extras realizadas. Portanto, se a
empresa estiver praticando produção extra, ela deve desconsiderá-la da sua produção média
para comparar com a produtividade média do setor.
4.8 GREVE
Dentro de cada empresa existe um movimento sindical que acompanha o nível de motivação
dos empregados. Este movimento inicia uma greve quando a motivação dos empregados
atingir o nível Péssimo, ou quando, por dois períodos consecutivos, a motivação estiver no
nível Ruim. A greve começa no próprio período em que for verificada uma destas duas
situações. A intensidade da greve será determinada pelo grau de defasagem salarial e
eventuais atrasos no pagamento dos salários e intensidade de demissões efetivadas pela
empresa. A greve somente irá terminar quando a motivação dos empregados sair do nível
Ruim ou Péssimo, conforme o caso.
No período em que a empresa estiver admitindo empregados, poderá haver greve mesmo
que o Relatório Operacional não apresente uma das duas situações citadas anteriormente.
Este fato ocorre porque a motivação mostrada nesse relatório é a média ponderada entre
empregados existentes e admitidos. Logo, a motivação dos existentes pode resultar em
greve, apesar do Relatório Operacional não mostrar o nível de motivação necessária para tal.
5. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
O empréstimo programado de curto prazo deve ser pago no próximo período, acrescido da
respectiva taxa de juros que constar na Gazeta no período da solicitação. O limite deste tipo
de empréstimo corresponde ao valor de empréstimos totais que a empresa pode solicitar no
período. Este valor consta do Relatório Operacional do período passado.
O empréstimo programado de longo prazo deve ser pago pelo Sistema de Amortização
Constante (SAC) em 4 parcelas, sem período de carência. A taxa de juros cobrada é a que
constar na Gazeta no período da solicitação do empréstimo e incide sobre o saldo devedor. O
limite para este empréstimo segue a mesma sistemática do empréstimo de curto prazo,
sendo que somente poderá ser solicitado um tipo de empréstimo programado por período.
Administração Financeira 23
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
5.2 FINANCIAMENTO
Os recebíveis possíveis de serem antecipados são os relativos à segunda parcela das vendas a
prazo, ocorridas no período anterior, bem como as parcelas a prazo das vendas a serem
realizadas no próprio período. Os primeiros recebíveis a serem antecipados são relativos às
vendas do período anterior, seguidos da primeira parcela das vendas do período, e por fim da
segunda parcela das vendas do período. Sobre os recebíveis antecipados incide uma taxa fixa
de 3%, que corresponde ao seguro inadimplência. Este seguro significa que a instituição
financeira que fará a antecipação dos recebíveis assume a inadimplência dos devedores.
Além disto, ainda incidem juros simples (taxa do empréstimo programado) para recebíveis
com vencimento em um período e juros compostos para vencimento em dois períodos. O
valor de recebíveis antecipados a ser apresentado no Fluxo de Caixa será o valor líquido, ou
seja, o valor solicitado deduzido do seguro inadimplência e dos juros da operação. Se o valor
líquido recebido for diferente do valor previsto, indica que a empresa, não tinha recebíveis
suficientes para antecipar os recursos solicitados, pois alguns recebíveis podem depender das
vendas a prazo a serem efetuadas no período.
5.4 APLICAÇÃO
Administração Financeira 24
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
resgatada no mesmo período, a menos que a empresa entre em atrasos. Neste caso, a
aplicação é reduzida, ou mesmo zerada, caso o atraso seja superior ao valor a ser aplicado.
Sobre o lucro líquido incide o imposto de renda, que deve ser pago no período seguinte ao da
apuração do resultado do trimestre (período). A alíquota do imposto de renda é informada na
Gazeta a cada período.
5.6 DIVIDENDOS
5.7 ATRASOS
O pagamento das contas respeita a seguinte prioridade: contas gerais em atraso (contas que
seriam pagas à vista no período anterior, acrescidas de juros e multas), atrasos com
fornecedores (inclusive juros e multas), atrasos bancários (primeiro são pagos os juros e
multas, depois a amortização) e pagamentos das contas do período (primeiro as contas à
vista, depois fornecedores e, por último, bancos). Caso a empresa não tenha recursos
suficientes para pagar todas essas contas e estiver sem limite de empréstimos, haverá
atrasos de pagamento. Sobre estes atrasos incide uma multa de 2% mais uma taxa de juros,
que é a mesma do empréstimo emergencial.
5.8 PRESTAÇÕES
Parcelamento: à vista.
1+1 = 1 entrada + 1 prestação para P+1.
1+2 = 1 entrada + 2 prestações para P+1 e P+2.
i × (1 + i)n −1
Valor das parcelas: P=$ × (1 + i)n − 1
Administração Financeira 25
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
Se o cálculo for para compra de matérias-primas, o preço à vista se refere ao preço que
consta na Gazeta, multiplicado pela quantidade a comprar. Se o cálculo for para a venda do
produto, o preço à vista é o próprio preço unitário definido pela área comercial. Assim, para
calcular o valor total a receber em cada parcela deve-se multiplicar o valor da parcela unitária
(com duas casas decimais) pelo número de produtos vendidos.
O cálculo do valor das parcelas também pode ser feito utilizando calculadoras
financeiras, como a HP 12C, ou planilhas eletrônicas como o software Excel da
Microsoft©. Na HP 12C deve seguir a sequência de teclas: PV (preço à vista), i
(percentual de juros), n (nº de prestações) e PMT (parcela). No Excel deve ser utilizada a
função PGTO (taxa, nper, va, [tipo]), onde taxa = % taxa de juros, nper = número de
períodos, va = valor à vista, tipo = 1.
Atenção: A 1ª parcela é dada como entrada, então deve ser utilizada a função BEG
(início) na HP 12C ou Tipo 1 no Excel.
Teste: utilize uma das 3 formas para calcular o valor da prestação, considerando preço
à vista = $ 460,0, taxa de juros = 5,0% e prazo = 1+2. O valor de cada uma das
prestações dever ser: $ 160,87.
As vendas a prazo têm como inconveniente a inadimplência por parte de alguns clientes.
Neste caso os recebimentos são irrecuperáveis, mesmo depois de adotadas todas as medidas
para realizar a cobrança. Esta inadimplência acarreta em prejuízo para a empresa e deve ser
considerada como um ônus por vender a prazo. A empresa deve comparar a sua
inadimplência (Relatório Operacional) com a média do setor (Relatório de Mercado). A
redução das vendas a prazo e das taxas de juros são medidas para reduzir a inadimplência.
Entretanto, estas medidas têm impacto na demanda e no financeiro.
A função básica da área financeira é realizar o fluxo de caixa a cada período (veja estrutura no
Relatório Contábil). Se faltar dinheiro, é possível realizar o seguinte: contrair um empréstimo
programado de curto ou longo prazo, antecipar recebíveis, alongar prazo de pagamento junto
aos fornecedores de matérias-primas ou negociar com a área comercial a redução do prazo
de pagamento dos produtos. Esta última opção deve ser analisada com cautela, pois reduz a
demanda pelo produto. Caso o saldo final do caixa fique positivo, deve ser aplicado no
mercado financeiro. Entretanto, é prudente deixar uma reserva para evitar falta de dinheiro.
O financeiro deve negociar com o comercial a definição da política de prazo de recebimento.
Administração Financeira 26
Bernard Simulação Gerencial Manual da Empresa – SIND
Regiões
Número de Regiões Número de empresas + 1.
A empresa está localizada na região que tenha o seu número.
Localização da Empresa
Ex: Empresa 3 = Região 3.
Na região em que a empresa está localizada, a despesa com
distribuição é 50% inferior.
Benefícios
Na última região não existem empresas instaladas e o
mercado é maior.
Preço de Venda
O preço é inversamente proporcional à demanda. Maior o preço, menor a demanda.
O preço da concorrência também influencia na demanda da empresa.
Prazo de Venda
A empresa pode vender a prazo para aumentar a sua demanda em determinadas regiões. Nesse
caso, ela estipulará uma taxa de juros sobre estas vendas. Os prazos de recebimento são: à vista,
1+1 ou 1+2.
Propaganda
Aplicação A aplicação é realizada por região.
De 0 a 9 campanhas por período.
Campanhas por Período Quanto maior o número de campanhas, maior a demanda,
até o ponto de saturação.
P, P + 1 e P + 2
Benefícios P = Período da Aplicação (alto benefício); P+1 (médio
benefício); P+2 (baixo benefício).
Preço de Campanha O preço de cada campanha é informado na Gazeta.
Sazonalidade
Períodos do Ano 1º Período 2º Período 3º Período 4º Período
Sazonalidade* - - - Aumenta 50%
* Se constantes todos os fatores que influenciaram na demanda do 3º período. No período seguinte
(1º período do ano) a demanda volta ao seu nível normal.
Crescimento do Macrossetor
A demanda é proporcional ao índice de crescimento do macrossetor. Quanto maior o índice, maior
a demanda (considerando constantes os demais fatores).
Importação de Produtos
Os produtos importados se caracterizam por uma concorrência indireta. O percentual de produtos
a serem importados é dado na Gazeta. A quantidade de produtos importados é dada no item
“Indicadores Macroeconômicos” do Relatório de Mercado.
Características do Produto
Produto Único
Tipo Durável
Composição 3 matérias-primas A + 2 matérias-primas B
Características da Produção
Empregados, índice de produtividade, máquinas (quantidade
Fatores Determinantes
e tipo), nível de atividade e produção extra.
Limitação Nº de empregados ou nº máquinas (o menor entre eles).
Aumenta em função de treinamento, produção repetitiva,
aumento da motivação e contratação de novos empregados
com produtividade superior à dos já empregados.
Produtividade
Diminui em função de queda da motivação e contratação de
novos empregados com produtividade inferior à dos já
empregados.
Nível de Atividade 0 a 100%
Caso o nível de atividade seja 100%, a empresa pode ter uma
Produção Extra produção adicional de 1 a 25%. Nesse caso, a hora extra dos
empregados da produção é 50% mais cara.
Compra de Matérias-Primas
Fornecedor Solicitação Pagamento*1 Preço Entrega Quant.
150.000 e
Programado Pedido À vista, 1+1 ou 1+2 Gazeta Final de P *2
99.999
*3
Emergencial Automático À vista 30% superior Instantânea X
*1 1+1 = Entrada + 1 prestação para P+1 (parcelas iguais, com juros do fornecedor).
1+2 = Entrada + 2 prestações para P+1 e P+2 (parcelas iguais, com juros do fornecedor).
*2 Quantidade máxima (em unidades) por tipo de matéria-prima (A e B, respectivamente).
*3 X = Quantidade necessária para cumprir o planejamento de produção do período.
Sistema de Custeio
O sistema de custeio utilizado para os estoques de matérias-primas e produtos acabados da
empresa é o custo médio ponderado. Para o período 1 o custo unitário utilizado na produção é $
20,00 para a matéria-prima A e $ 40,00 para a matéria-prima B.
Depreciação
Base de Cálculo %
Valor de prédios e instalações 1,0*1
Valor das máquinas 2,5*2
*1 A depreciação dos prédios e instalações é rateada em 70% para o departamento de produção, 20%
para o departamento administrativo e 10% para o departamento de vendas.
*2 A depreciação de máquinas é 100% absorvida pelo departamento de produção, sendo este
percentual constante independentemente do nível de atividade ou de produção extra.
Rotatividade
Tipo Limite Efetivação Salário
*
Contratação 1.470 empregados Início do período 100%
Demissão Todos os empregados da produção Início do período 60%
* Todos os empregados contratados chegam no início do período. A produtividade destes empregados
varia de 90 % a 110% da produtividade média dos empregados existentes. Esta variação depende do
número de empregados a ser contratado, nível de disponibilidade de mão de obra no mercado, benefícios
pagos pela empresa (salário e participações nos lucros) e treinamento inicial dos novos empregados.
Salários
Variável a cada período. Reajuste deve ser baseado na
Empregados da Produção
inflação e na média salarial do setor.
Empregados Administrativos e Recebem em média 4 vezes o salário dos empregados da
Vendedores produção.
Exclusiva para os empregados da produção e são 50% mais
Hora Extra
caras do que a hora do salário normal.
Níveis de Motivação
Péssima Ruim Regular Boa Ótima
Fatores Motivacionais
Empregados Quantidade Efeito Monetário Efeito Não Monetário
Administrativos e Vendedores 30 (fixos) - -
*1 Participação nos Treinamento, Atraso de
Produção Variável *2
Lucros e Salário Salário e Demissão
*1 As variações de motivação irão resultar mudança na produtividade, assim como na intensidade de
aumento da produtividade via treinamento e aprendizado (produção repetitiva). As empresas que
estiverem com empregados em níveis de motivação Péssimo ou Ruim não terão aumentos de
produtividade pela produção repetitiva.
*2 Atrasos no pagamento de salário e demissão impactam negativamente no nível de motivação.
Greve
Início % de Paralisação Término
Quando motivação estiver Depende da defasagem Quando a motivação sair do
Péssima ou Ruim por dois salarial, do atraso de salários e nível Ruim ou Péssimo,
períodos consecutivos. de demissões. conforme o caso.
Aplicação
Valor Aplicado Rentabilidade Resgate
Definido pela empresa TBJ pré-fixada + 1% P+1
Antecipação de Recebíveis
Valor a Antecipar Limite Encargos*
2ª parcela a prazo das vendas
3% + Taxa de juros do
do período P-1 e a 1ª parcela a
empréstimo programado
prazo das vendas do período P
Definido pela empresa
3% + Taxa de juros do
2ª parcela a prazo das vendas
empréstimo programado com
do período P
juros compostos
* Nos encargos tem 3% referente ao seguro contra inadimplência, mais juros simples para recebimento
em P+1 e juros compostos para recebimento em P+2.
Atrasos
Tipo Encargos Pagamento
Atrasos Bancários
2% de multa + Taxa de juros
Atrasos de Fornecedores P+1
apresentada na Gazeta
Atrasos das demais contas