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FORMAÇÃO
Como construir um
modelo de negócios
Como construir um modelo de negócios
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
FICHA TÉCNICA
Não é permitida a utilização deste Manual, para qualquer outro fim que não
o indicado, sem autorização prévia e por escrito da Ordem dos Contabilistas
Certificados, entidade que detém os direitos de autor.
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Como construir um modelo de negócios
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
ÍNDICE
ÍNDICE ............................................................................................................................................. 3
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................................. 7
SUMÁRIO EXECUTIVO ...................................................................................................................... 8
1. MÓDULO I - ESTRUTURAÇÃO DO NEGÓCIO .............................................................................. 9
1.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 9
1.2. SEGMENTOS DE CLIENTES.............................................................................................. 10
1.2.1. SEGMENTAÇÃO GEOGRÁFICA ................................................................................... 10
1.2.2. SEGMENTAÇÃO DEMOGRÁFICA ................................................................................. 11
1.2.3. SEGMENTAÇÃO PSICOGRÁFICA ................................................................................. 11
1.2.4. SEGMENTAÇÃO COMPORTAMENTAL .......................................................................... 12
1.2.5. MERCADO DE MASSAS ............................................................................................. 12
1.2.6. NICHO DE MERCADO ............................................................................................... 13
1.2.7. SEGMENTADO ......................................................................................................... 13
1.2.8. DIVERSIFICADA ....................................................................................................... 13
1.2.9. PLATAFORMA MULTI-SIDED ..................................................................................... 13
1.3. PROPOSTA DE VALOR.................................................................................................... 14
1.3.1. NOVIDADE / INOVAÇÃO .......................................................................................... 14
1.3.2. DESEMPENHO ......................................................................................................... 14
1.3.3. CUSTOMIZAÇÃO...................................................................................................... 14
1.3.4. REALIZAÇÃO DO SERVIÇO ........................................................................................ 15
1.3.5. DESIGN .................................................................................................................. 15
1.3.6. PREÇO ................................................................................................................... 15
1.3.7. MARCA / STATUS ................................................................................................... 15
1.3.8. REDUÇÃO DE CUSTOS ............................................................................................. 15
1.3.9. REDUÇÃO DE RISCOS .............................................................................................. 15
1.3.10. ACESSIBILIDADE .................................................................................................. 16
1.3.11. CONVENIÊNCIA / USABILIDADE ............................................................................ 16
1.4. CANAIS ......................................................................................................................... 17
1.4.1. DIVULGAÇÃO.......................................................................................................... 17
1.4.2. AVALIAÇÃO ............................................................................................................ 17
1.4.3. COMPRA ................................................................................................................ 17
1.4.4. ENTREGA ............................................................................................................... 18
1.4.5. PÓS-VENDA ........................................................................................................... 18
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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
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Como construir um modelo de negócios
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SUMÁRIO EXECUTIVO
Qualquer ideia que se pretenda transformar num negócio (da mais simples à mais
complexa) ou na criação/reestruturação de novas áreas de negócio numa empresa já
existente, a falta de uma estrutura base do modelo de negócio a implementar reduz
drasticamente as probabilidades de sucesso.
Para o efeito, o presente manual faz o levantamento das variáveis que devem ser
pensadas e definidas para a construção de um modelo de negócios e dotar os
formandos de ferramentas que permitam interligar as variáveis e tangibilizar um
negócio, a sua visão estratégica e viabilidade económico-financeira.
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1.1.INTRODUÇÃO
(1) O QUÊ? O que se pretende criar (Produto ou Serviço) e qual a proposta de valor
que se propõe;
(2) PARA QUEM? Identificar e definir o público-alvo ao qual a proposta satisfará as suas
necessidades e resolverá os seus problemas, bem como definir como será entregue o
produto ou serviço ao cliente e como será o relacionamento que se deverá adotar
para a sua captação;
De acordo com o autor, o Modelo Canvas trata-se de um mapa visual com as questões
chave a responder e as principais variáveis que lhe dão resposta; o mapa tem a
seguinte estrutura:
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Neste primeiro módulo serão aprofundadas estas variáveis chave de forma a permitir
a construção de um modelo de negócios.
1.2.SEGMENTOS DE CLIENTES
Os clientes são a chave para qualquer modelo de negócios, pois são os que geram
rendimentos e permitirão o sucesso da empresa; como tal, o primeiro pilar a definir
na construção de um modelo de negócios é o público-alvo, no qual incidirá a proposta
de valor que se pretende oferecer.
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Estas características podem ser definidas tanto para um público-alvo com uma
proposta de valor direcionada para B2C, como para B2B; as variáveis demográficas
para B2B podem ser divididas por tipologia de empresa, volume de negócios, número
de trabalhadores, setor de atividade, entre outros.
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Este tipo de segmentação tem por base a classificação dos clientes pelas suas
características socioeconómicas e de compra, nomeadamente através dos atributos:
(1) Ocasião; (2) Benefícios; (3) Fidelização; (4) Grau de Utilização; e (5) Atitude.
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1.2.7. SEGMENTADO
1.2.8. DIVERSIFICADA
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1.3.PROPOSTA DE VALOR
Trata-se de uma Proposta de Valor que introduz um bem ou serviço que vem
satisfazer um conjunto totalmente novo de necessidades ou que as permita satisfazer
de forma completamente diferente e inovadora; muitas vezes esta proposta vem
criar necessidades que nem os próprios clientes não sabiam ter. Normalmente está
ligado à inovação tecnológica e à cada vez maior dependência que é criada nos mais
diversos aspetos, como é exemplo a indústria de comunicação móvel.
1.3.2. DESEMPENHO
1.3.3. CUSTOMIZAÇÃO
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1.3.5. DESIGN
1.3.6. PREÇO
Criar valor através da redução de custos para o cliente face aos produtos já
disponíveis no mercado, estando normalmente associados a características distintivas
que permitem a médio/longo prazo reduzir os custos dos utilizadores. Podem ser
exemplo os bens que têm um menor consumo energético e permitem poupança ou
eventualmente que requerem menos custos de manutenção.
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1.3.10. ACESSIBILIDADE
Importante ainda realçar que a Proposta de Valor ao cliente deve ser clara nas
características e mais-valias que se pretende oferecer, nomeadamente:
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1.4.CANAIS
Na definição dos canais de contacto com o Cliente, deve-se: (1) conhecer como é que
os Clientes são atualmente atendidos; (2) identificar quais os hábitos e práticas de
compra dos Clientes; (3) determinar o custo/benefício de cada Canal essencial para a
viabilidade do modelo de negócios; (4) conhecer a interligação e complexidade entre
os Canais a utilizar; (5) Definir e desenvolver a cadeia logística adequada para cada
situação.
Cada tipo de Canal tem funções distintas que estão presentes em todas as interações
com os Clientes, nomeadamente nas fases de:
1.4.1. DIVULGAÇÃO
1.4.2. AVALIAÇÃO
1.4.3. COMPRA
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1.4.4. ENTREGA
1.4.5. PÓS-VENDA
Após a venda é necessário dar suporte com serviço de apoio pós-venda ao cliente,
proporcionando apoio em caso de dúvidas ou problemas que possam ter com a
utilização do produto, permitindo também fomentar a fidelização do cliente com
vista a futuras conversões com novas compras. São exemplos desta fase: (1) serviços
de assistência técnica; (2) serviços de help-desk; (3) período para trocas e
devoluções; (4) medição da satisfação do cliente – questionários/inquéritos.
Para poder chegar aos seus clientes nas diferentes fases acima mencionadas, as
empresas podem fazê-lo através de (1) canais diretos ou próprios; (2) canais
indiretos ou de parceiros; ou (3) através da utilização em conjunto de ambos em
iguais e/ou diferentes fases da cadeia de valor.
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Uma empresa, quando inicia a sua atividade com poucos recursos disponíveis,
normalmente a estratégia passa pela utilização de canais indiretos, até numa
perspetiva de testar a proposta de valor e a médio/longo prazo investir em canais
diretos. Quando uma empresa pretende expandir mas com baixo investimento, o
crescimento através de franchising são bons exemplos, como as mediadoras
imobiliárias ou mais concretamente o negócio de restauração “Macdonald’s” (cerca
de 80% dos restaurantes são franchisados); por outro lado, caso exista capacidade de
investimento podem controlar diretamente todas as lojas, como é exemplo o negócio
de pastelaria “Padaria Portuguesa”.
• Quais são os Canais mais favoráveis para atingir o segmento alvo definido?
• Quais são os hábitos de compra e práticas dos Clientes?
• Quais são os Canais que estão a ser utilizados para esse efeito?
• Quais são os Canais com melhor relação custo/benefício?
• Como funciona a interligação e complexidade entre os Canais a utilizar?
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1.6.FONTE DE RECEITAS
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1.7.RECURSOS
Para que seja possível criar uma proposta de valor, que alcance o público-alvo
definido e mantenha ativas as relações com os clientes, deve-se fazer o
levantamento das ferramentas e ativos mais importantes para que seja possível
colocar em funcionamento o modelo de negócios e atingir os seus objetivos.
Nesta categoria são definidos ativos tangíveis como infraestruturas físicas, terrenos,
fábricas, pontos de venda, equipamento de transporte, equipamento produtivo,
equipamento administrativo, redes de distribuição, bem como ativos intangíveis
como softwares de gestão e controlo, e outros sistemas informáticos.
De salientar que a escolha da localização dos recursos físicos tem uma elevada
importância na estruturação do modelo de negócios; dependendo das componentes
mais relevantes para o sucesso do negócio, a empresa na definição do espaço e
localização deve ter em conta variáveis como a proximidade com: (1) fornecedores,
(2) clientes; (3) linhas de comunicação (terrestres, marítimas, ferroviárias e/ou
aéreas); e (4) mão-de-obra (recursos humanos) especializada.
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1.8.ATIVIDADES
1.8.1. PRODUÇÃO
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1.9.PARCEIROS
Este ponto serve para determinar quais são os parceiros, fornecedores e aliados que
permitem o desenvolvimento do modelo de negócios. Num negócio é quase
impossível uma empresa deter in house toda a cadeia de valor de um produto ou
serviço e a criação de parcerias e a qualificação dos fornecedores é essencial para a
prossecução dos objetivos do modelo de negócios. Podem-se distinguir as seguintes
três motivações principais para a realização de parcerias:
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De referir que as parcerias podem não ser apenas entre empresas mas também com
entidades públicas (Estado, câmaras municipais, juntas de freguesia) ou Instituições
de ensino e pesquisa (universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento).
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realizam diferentes atividades. Os três negócios podem coexistir dentro de uma única
entidade, mas, idealmente são desagregados para evitar dispersão do objetivo
principal e níveis de eficiência baixos.
Este modelo baseia-se na venda de produtos em menores quantidades mas com maior
valor acrescentado, isto é, concentra-se em oferecer um grande número de produtos
para nichos, cada um deles com vendas relativamente reduzidas e infrequentes. Na
prática, a rentabilidade deste modelo é obtida através da venda de pequenas
quantidades de um grande número de diferentes produtos a nichos de mercado que
normalmente não têm muita concorrência e têm margens superiores dada a sua
especificidade e customização.
Modelos de negócios de cauda longa não têm necessidade de ter grandes quantidades
disponíveis em inventários, reduzindo as necessidades de fundo de maneio, bem
como de plataformas robustas de disponibilização do produto, permitindo uma
redução dos custos.
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É exemplo deste modelo a UBER Eats, que tem como proposta de valor oferecer aos
consumidores finais a possibilidade de receber em casa uma refeição de um leque de
espaços de restauração que não tinham o serviço de Food Delivery; este modelo tem
de atrair e gerir o consumidor final, ter adesão dos restaurantes e ter os motoristas
que entregam as refeições, totalmente interdependentes e que só sobrevivem com a
existência uns dos outros.
São exemplos deste modelo de negócios a maior parte das aplicações móveis que têm
um modelo de Freemium, isto é, a base do aplicativo é totalmente gratuita para
todos os utilizadores e, caso os mesmos queiram ter acesso a mais opções e a novas
características, têm um custo. Outro exemplo são os jornais e revistas gratuitos
(como o jornal Destak) que é totalmente gratuito para os leitores e consegue obter
rendimentos através de publicidade que está presente no jornal.
O modelo de negócios aberto pode ser utilizado para criar e capturar valor através da
colaboração com parceiros externos. Esta colaboração pode acontecer de "fora para
dentro", em que a empresa explora internamente ideias externas, ou de "dentro para
fora", em que a empresa fornece a grupos externos ideias ou recursos internos. Este
modelo tem por base o crescimento através da colaboração entre as valências
internas e externas para exponenciar o negócio.
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forma mais rápida e com menos custos o software final que vai estar presente nas
suas consolas.
O objetivo do autor deste modelo foi criar uma ferramenta que permita identificar as
diferentes variáveis chave que envolvem a criação de um negócio, e ao mesmo que
pudesse ser prático, dinâmico e visual para permitir ao empreendedor/empresa ter
uma visão holística de como o negócio deve funcionar para captar e atrair valor para
o cliente.
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Pretende-se que esta ferramenta forneça uma visão ampla e sistémica do modelo de
negócios e, tratando-se de um processo dinâmico pela necessidade de testar o
mercado, ele deve ser revisto e atualizado regularmente para se adaptar às
mudanças de forma a otimizar o modelo.
O modelo também determina a estrutura de: (1) rendimentos que são definidos a
partir da Proposta de Valor, da Segmentação de Clientes, dos Canais e do
Relacionamento com o Cliente; e (2) de custos que são definidos a partir dos
Recursos, Atividades e Parceiros que são precisos para o desenvolvimento do negócio.
Neste primeiro módulo, foram abordadas apenas as componentes qualitativas,
enquanto que o terceiro módulo é dedicado às variáveis económico-financeiras do
modelo de negócios.
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2.1.INTRODUÇÃO
O levantamento das variáveis definidas nos pontos anteriores, permite criar e definir
a Missão, Visão e Valores da empresa ou área de negócio, que são a base estratégica
e operacional pela qual se regerá para alcançar os objetivos definidos.
2.2.1. MISSÃO
2.2.2. VISÃO
Deve representar, de uma forma prática e realista, onde a empresa quer chegar e
estar no futuro, o que pretende ser e quais são os seus objetivos de longo prazo.
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2.2.3. VALORES
2.3.ANÁLISE PEST
Análise PEST é um acrónimo na língua inglesa que analisa os fatores “P” de Political
(Política), “E” Economic (Económica), “S” de Social (Social) e “T” de Technological
(Tecnológica) e consiste num enquadramento de fatores macro que influenciam a
atividade da empresa.
2.3.1. POLÍTICA
Neste ponto deve-se compreender quais são as tendências políticas, bem como o
posicionamento do Governo e das entidades estatais que podem influenciar a
atividade económica da empresa quer através da criação de políticas, quer do poder
de regulação que pode exercer sobre a atividade.
Neste tema, uma das coisas fundamentais e que dá confiança aos gestores é a
estabilidade política de um país. Na prática, um Estado que dê estabilidade à
atividade empresarial e que não mude constantemente de políticas para não
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destabilizar a visão estratégica das empresas a médio e longo prazo, criar um clima
de confiança e credibilidade junto dos empregadores e investidores.
2.3.2. ECONÓMICA
Os fatores económicos analisados nesta variável têm elevado impacto na forma como
as empresas operam e tomam decisões, podendo ser:
TAXAS DE JURO - O aumento das taxas de juro afeta o custo do capital de uma
empresa influenciando as decisões de investimento e estratégias de crescimento e de
expansão. As taxas de juro altas também influenciam negativamente o consumo dos
potenciais clientes, já que há determinados bens que só são adquiridos através da
utilização de linhas de financiamento (Aquisição de um automóvel ou um imóvel).
Estas variáveis acima indicadas estão interligadas e são influenciadas umas pelas
outras. Resumidamente, o estado da economia na qual uma empresa atua é um dos
fatores mais importantes na análise do ambiente externo de forma a entrar numa
fase do ciclo económico positivo e favorável para a atividade da empresa. De referir
que não se deve apenas olhar apenas para a economia nacional/local, mas sim fazer
uma avaliação global do estado económico dos países ou regiões que mais
influenciam a atividade económica no país, já que as economias são hoje globais.
2.3.3. SOCIAL
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2.3.4. TECNOLOGIA
O gestor deve analisar diversos fatores tecnológicos que afetam ou possam vir a
afetar a atividade na qual pretende implementar o seu negócio. Deve conhecer a
evolução histórica e as tendências das inovações tecnológicas tanto a nível de
hardware como de software que influenciam as suas atividades principais, a
existência de inovações nos processos produtivos (automatização), melhorias nas
ferramentas ou equipamentos que são utilizados, bem como as inovações dos serviços
de apoio necessários à atividade, nomeadamente a nível de processos que permita
tornar a atividade da empresa mais eficiente. De referir ainda que devem ser
analisados fatores relacionados com investigação e desenvolvimento (I&D) e a
importância que o investimento nesta área tem para o desenvolvimento da atividade.
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A análise PEST ou PESTAL é uma ferramenta que se baseia na análise dos fatores
externos à organização e que podem influenciar direta ou indiretamente a sua
atividade, sendo crucial a análise destes fatores na decisão de criação de um negócio
e da respetiva estruturação do modelo, bem como na reanálise do posicionamento
das empresas já existentes e das suas áreas de negócio.
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Podem existir diversos fatores que influenciam o nível de rivalidade entre empresas,
nomeadamente:
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• CUSTOS FIXOS - Setores com elevados custos fixos precisam de ter um maior
volume de negócios para conseguir obter rentabilidade, necessitando de
quotas de mercado superiores.
Podem existir diversos fatores que influenciam o nível do poder de negociação dos
clientes, nomeadamente:
DIMENSÃO DOS CLIENTES - Quanto maior a dimensão de um cliente, maior será o volume
de compras que efetua, podendo conseguir algum poder negocial devido à sua
importância e dependência que cria junto do fornecedor. Empresas de retalho como
o Continente ou o Pingo Doce, têm um elevado poder de negociação sob os seus
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Podem existir diversos fatores que influenciam o nível do poder de negociação dos
fornecedores, nomeadamente:
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A entrada de uma nova empresa num novo mercado pode ter diferentes níveis de
dificuldade que podem depender de diversos fatores, nomeadamente com a
existência de barreiras à entrada. A entrada de novos concorrentes reduzirá a quota
e a margem da globalidade das empresas, contudo, caso existam barreiras à entrada,
torna-se mais difícil a entrada de novas empresas e consequentemente a perda de
quota de mercado.
Podem existir diversos fatores que influenciam a ameaça de entrada de novos
concorrentes ou, por oposição, barreiras que impeçam a entrada com menor
facilidade e esforço, nomeadamente:
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valências. Por exemplo, a comparação entre sapatos de pele e outros fabricados com
materiais sintéticos, em que os primeiros conferem maior qualidade e durabilidade,
mesmo sendo mais caros.
2.5.ANÁLISE SWOT
Este modelo propõe uma abordagem de análise estratégica que procura auxiliar na
formulação de planos e objetivos estratégicos através da sistematização das forças e
fraquezas da empresa (análise interna) e das oportunidades e ameaças do mercado
com as quais a sociedade se depara (ambiente externo). A utilização desta
metodologia é recorrente na estruturação de novos negócios e na reestruturação de
atividades já existentes.
Esta análise pode ser feita para uma empresa, para um setor de atividade ou até
mesmo a nível individual para um promotor.
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Tal como a maior parte dos modelos, a análise SWOT (FOFA) deve ser visualizado
numa matriz para uma melhor compreensão de todos os fatores e variáveis
identificadas.
São os fatores positivos externos à organização e fora do seu controlo que podem
estar a ocorrer ou que podem vir a acontecer no futuro; na prática trata-se da
identificação das oportunidades do mercado que ofereçam vantagens competitivas
para a empresa e para o desenvolvimento do seu negócio. Variáveis como aumento
do poder de compra dos consumidores, mudanças legais ou fiscais mais favoráveis,
novo segmento de mercado, surgimento de uma nova tecnologia, ou redução dos
custos de financiamento ou incentivos ao investimento são exemplos de
oportunidades que a organização pode aproveitar.
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São variáveis negativas externas à organização e fora do seu controlo que podem
estar a ocorrer ou que podem vir a acontecer no futuro; na prática trata-se da
identificação de possíveis ameaças externa que possam influenciar negativamente a
empresa e o desenvolvimento do seu negócio. Fatores como recessão económica,
aumento dos custos de financiamento, aumento dos impostos, concorrência, escassez
de matéria-prima, escassez de mão-de-obra qualificada ou greves são exemplos de
ameaças das quais a organização deve tomar medidas para a sua prevenção.
Ambiente Geral
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Ambiente Interno
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2.5.7. APOSTAS
2.5.8. AVISOS
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2.5.9. RESTRIÇÕES
2.5.10. RISCOS
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2.6.OBJETIVOS SMART
O método S.M.A.R.T é uma ferramenta útil que ajuda a definir metas. Funciona como
uma espécie de checklist, na qual cada objetivo é verificado e avaliado. São,
portanto, objetivos quantitativos que devem ser definidos na empresa, nas
estratégias de marketing, no plano de redes sociais e em qualquer outra área.
A descrição dos objetivos deve ser o mais detalhado e especifico possível para que
estejam claros e sejam compreendidos por todos os envolventes. Objetivos definidos
de forma mais genérica tornam-se demasiado vagos e ambíguos e naturalmente mais
vulneráveis ao seu não cumprimento e ineficazes no seu propósito.
Para que seja possível controlar e monitorizar os objetivos para aferir se os mesmos
são alcançados é muito importante definir métricas. Tal como a realização de um
orçamento, definir objetivos mensuráveis permite analisar desvios, as suas causas e
adaptar ou reajustar face a acontecimentos inesperados ou novas realidades. Na
prática, a não criação de métricas mensuráveis nos objetivos não permite de forma
sustentada indicar se o objetivo foi ou não alcançado.
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Como construir um modelo de negócios
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um objetivo tem por base o volume de negócios por produto, segmento de mercado,
canal de venda, entre outros.
Um objetivo deve ter um carácter realista de acordo com as condições e recursos que
a empresa dispõe, não devendo ser demasiado otimista e agressivo ao ponto em que
se torna inalcançável. Um objetivo que seja desproporcionado da realidade
desmotiva e cria o sentimento de negatividade junto dos recursos humanos
responsáveis.
As metas para as quais a empresa se propõe devem ser relevantes, isto é, devem ser
objetivos que tenham impacto direto na atividade da empresa e em todos os
envolvidos, e que sejam determinantes para o seu sucesso.
Todos os objetivos devem ter um prazo limite para serem alcançados, de forma a
estabelecer um compromisso com o período de tempo definido e consequentemente
uma maximização dos esforços de todos para o atingir. As outras características dos
objetivos devem ter sempre associadas um cronograma, levando à necessidade e
tomar as ações necessárias para tangibilizar as metas nesse período; sem um
cronograma as ações nunca teriam urgência na sua aplicação.
O objetivo “aumentar o número de leads”, deverá ter um prazo limite para ser
alcançável, como por exemplo “o número de leads provenientes do website deve
representar pelo menos 50% do total de leads durante os próximos 12 meses”.
Deste modo, os objetivos S.M.A.R.T. são essenciais para definir metas e guiar a
empresa na prossecução do seu plano de crescimento e desenvolvimento, bem como
para medir os resultados e comparar face ao estimado. Este instrumento também
permite tornar claro o que a empresa pretende atingir e assim conseguir a motivação
da equipa para atingir cada objetivo específico.
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Este modelo tem subjacente o conceito de que tal como a vida de um Ser Vivo, os
produtos também nascem, crescem, amadurecem e acabam por desaparecer,
acabando por ser descontinuado ou substituído por outro. Desta forma, em 1967
Philip Kotler e Kevi L. Keller, com o livro Administração de Marketing, criaram este
modelo, definindo as seguintes fases da vida de um produto/serviço:
2.7.1. INTRODUÇÃO
2.7.2. CRESCIMENTO
2.7.3. MATURIDADE
2.7.4. DECLÍNIO
Um produto que pode ser exemplo por já ter passado pelas 4 fases é o Walkaman
(leitor de cassetes portátil). Surgiu no final da década de 70 pelas mãos da empresa
Sony com o conceito de mobilidade na experiência de ouvir música de forma
massificada e acessível a todos. O lançamento (fase de introdução) do produto para o
mercado teve muita aceitação por parte do consumidor e rapidamente aumentou a
procura (fase de crescimento) e estava disponível para venda em diversas partes do
globo. Nesta fase começaram a surgir inúmeras opções de outros concorrentes como
a Panasonic, Philips ou a Toshiba que introduziram no mercado produtos similares.
Após este período de forte crescimento, a procura no mercado foi estabilizando (fase
de maturidade) já que são produtos com um longo período de utilização; nesta fase
as empresas foram introduzindo novos modelos com melhorias na qualidade, design e
utilização. Cerca de 10 anos após a sua introdução no mercado surgem de forma mais
massificada os leitores de Compact Disc (CD) como consequência da difusão deste
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Como construir um modelo de negócios
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
formato áudio, levando à redução das vendas (fase de declínio) dos leitores de
cassetes e à maior aposta dos fabricantes no novo formato. Os leitores de CDs
acabariam por substituir os leitores de cassete que pouco mais de 10 anos depois
(novo ciclo) viriam a ser substituídos por leitores digitais de áudio (IPod da Apple).
Ilustração 8 - Efeitos em cada fase do Ciclo de Vida do Produto (Kotler et al, 2013)1
1
Matriz BCG desenvolvida por Bruce Henderson em 1970 para a Boston Consulting Group (BCG) analisa o portfólio de
produtos ou serviços de uma empresa baseada no conceito de Ciclo de Vida do Produto. Determina que existem
quatro tipos de produtos/serviços: (1) “Interrogações” produtos que precisam de se afirmar no mercado; (2)
“Estrelas” produtos com elevada rentabilidade num mercado em crescimento; (3) “Vacas Gordas” produtos com uma
elevada quota num mercado maduro com níveis de rentabilidade significativos face ao investimento; e (4) ”Cães
Rafeiros” produtos que já tiveram sucesso ou nunca chegaram a ter e estão a consumir mais recursos do que aqueles
que geram.
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Como construir um modelo de negócios
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Torna-se assim claro que para cada fase do ciclo de vida do produto, a estratégia de
implementação do modelo de negócios difere. Desta forma é possível identificar o
nível de risco inerente a cada uma das fases e ao seu comportamento, permitindo ao
gestor definir diferentes níveis de investimento, de estrutura operacional, de
atividades ou de ações a realizar para operacionalizar o negócio.
2.8.MARKETING MIX
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Como construir um modelo de negócios
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A definição do preço não implica necessariamente que deva ser o mais barato
disponível no mercado mas estar de acordo com o conjunto de benefícios que
concede.
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Como construir um modelo de negócios
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Ilustração 10 - Exemplos de variáveis para análise dos 4 P’s (Kotler et al, 2013)
Com o avançar do tempo e com a própria evolução dos negócios e das empresas,
surge em 1981, por Booms & Bitner, um modelo de Marketing Mix com três novos P’s
que vêm acrescentar uma análise mais detalhada na caracterização dos serviços,
sendo contudo transversais. Os três novos fatores são: (1) People (Pessoas); (2)
Process (Processos); e Physical Evidences (Evidências Físicas). Mais tarde, noutras
esferas de pensamento, foi acrescentado ainda um último elemento, a Productivity &
Quality (Produtividade e Qualidade).
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Nesta análise inclui-se os espaços físicos onde o serviço ocorre e onde se interage
com os clientes, as características visuais que podem influenciar a perceção do
cliente sobre a qualidade do serviço (estado das instalações, localização, decoração
e layout, equipamentos, vestuário dos colaboradores), ou a existência de elementos
que criam evidências de qualidade do desempenho de um serviço como a entrega de
uma fatura, cartão, de um contrato, ou ainda de ofertas ou lembranças.
Normalmente os serviços são valorizados pelo número de horas necessárias para a sua
execução multiplicado pela valor hora-homem dos colaboradores que executam o
serviço, contudo devido fatores externos e internos, por vezes pode existir
discrepância entre o timing de entrega definido previamente e o prazo real. Fatores
como a experiência, know-how, a utilização de ferramentas tecnológicas que
permitam ser mais eficiente, concedem à empresa maiores garantias de
produtividade.
Ilustração 11 - Exemplos de variáveis para análise dos 4 P’s adicionais (Kotler et al, 2013)
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Como podemos observar no Módulo I, as atividades de uma empresa são uma das
variáveis a definir na construção de um modelo de negócios e como tal é relevante
abordarmos o conceito de Cadeia de Valor introduzido por Michael Porter em 1985.
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A Cadeia de Valor identifica nove atividades comuns a todos os negócios, cinco das
quais primárias e quatro de suporte, que permitem criar valor para a empresa,
conforme representadas na ilustração abaixo.
Qualquer uma das atividades primárias acima mencionadas podem ser executadas
interna ou externamente, contudo a empresa deve avaliar o nível de controlo que
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Como pudemos ver, este modelo de análise estratégica relaciona a integração das
atividades principais com as atividades de apoio e não podem estar dissociadas
devido à sua complementaridade. É através desta associação entre atividades
principais e de suporte que é possível a empresa criar vantagens competitivas de
forma a gerar valor para o cliente e obter maior margem para o seu negócio.
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Este modelo foi desenvolvido por Harry Igor Ansoff e foi publicada pela primeira vez
na Harvard Business Review em 1957.
Esta estratégia deve ser usada principalmente quando o gestor considera que os
produtos ou serviços que a empresa oferece têm valor (qualidade superior,
reconhecimento da marca, excelentes canais de distribuição e venda) para crescer
junto do segmento de mercado que definiu.
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Neste contexto, vender para novos clientes pode significar expandir para novas áreas
geográficas ou novos segmentos de clientes, contudo, para que a empresa seja bem-
sucedida deve estudar e compreender os novos consumidores, percebendo se têm o
perfil para adquirir os seus produtos. Cliente com perfis muito diferentes dos quais a
empresa já alcança com os seus produtos pode levar ao insucesso da estratégia.
2.10.4. DIVERSIFICAÇÃO
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mercado. A marca Lego, por exemplo, para alcançar um público mais adulto
introduziu no mercado uma nova submarca designada “Lego Technic” com a criação
de modelos mais complexos e com recursos a blocos mais sofisticados
comparativamente aos produtos básicos oferecidos da linha Lego.
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• Marketing e publicidade
• Serviço Pós-Venda
• Atendimento ao público
• Qualificação dos trabalhadores
• Infraestruturas
• Qualidade dos produtos e serviços
• Controlo de custos
• Parcerias
• Certificação de qualidade
• Capacidade de inovação
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3.1.INTRODUÇÃO
Pretende-se com este módulo dar ao formador os conceitos principais para que
consiga estruturar os pressupostos económico-financeiros do modelo de negócios
(Investimentos, Fluxo de Receitas e Estrutura de Custos) e possa analisar a sua
viabilidade económico-financeira.
• Investimentos
• Fontes de Rendimento
• Estrutura de Custos
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3.2.1. INVESTIMENTOS
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Assim, podemos considerar que o capital investido tem duas componentes principais:
CAPITAL FÍSICO - Montante atribuído à aquisição ou construção dos bens de ativos fixos
tangíveis (por exemplo: edifícios e outras construções, equipamento básico,
equipamento de transporte, equipamento administrativo) e Ativos Intangíveis (por
exemplo: licenças, certificações, softwares, registo de marcas).
2
De referir que o ciclo operacional é também influenciado por outras variáveis como os pagamentos/recebimentos
ao Estado, outras contas a pagar ou receber de exploração, bem como o adiantamento a fornecedores ou de
clientes.
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RECEITA ÚNICA
RECEITA RECORRENTE
Definido o tipo de fluxo de receita, deve-se determinar a forma como o fluxo vai ser
gerado:
VENDA DE ATIVOS/RECURSOS
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TAXA DE UTILIZAÇÃO
TAXA DE ASSINATURA
EMPRÉSTIMOS/JUROS
O fluxo de receitas resulta da cobrança de uma taxa juro sobre o capital emprestado
durante um determinado período de tempo. Parte das receitas das instituições de
crédito provem da cobrança de juros sobre os financiamentos concedidos.
ALUGUER/ARRENDAMENTO
LICENCIAMENTO
COMISSIONAMENTO
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PUBLICIDADE DIGITAL
O fluxo de receitas resulta de taxas que são cobradas por clique ou conjunto de
cliques para anunciar digitalmente determinado produto, serviço ou marca. A Google
ou o Facebook cobram aos anunciantes cada vez que os utilizadores clicam uma vez
ou um conjunto de vezes nos anúncios que colocam.
Cada fluxo de receitas pode ter diferentes mecanismos de preços; existem dois
principais tipos de mecanismo: (1) Preço Fixo; e (2) Preço Dinâmico:
PREÇO FIXO
PREÇO DINÂMICO
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PREÇO – Representa o preço pelo qual o cliente paga pelo produto ou serviço. Num
negócio com a oferta de diferentes produtos a preços distintos, deve-se apurar uma
média ponderada para simplificar as estimativas. Num hotel estão disponíveis quartos
de diferentes tipologias e preços, contudo deve ser determinado um Preço de Venda
Médio por Quarto (PVMQ) para que possamos trabalhar apenas com uma variável; por
outro lado um restaurante tem uma lista de inúmeros produtos a preços diferentes,
sendo por isso necessário calcular um preço médio por refeição para que possa ser
aplicado ao modelo.
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De referir que o preço médio por quarto ou refeição, bem como as taxas de
ocupação, devem ser estimados com razoabilidade, tendo em conta a oferta já
existente (benchmarking) de forma a ser o mais aproximado da realidade.
Custo relacionado com o valor dos recursos materiais necessários para a realização
das atividades, nomeadamente matérias-primas ou peças indispensáveis para a
produção do produto final ou mercadorias para a respetiva revenda.
Esta rubrica abrange diversas despesas, das quais podemos destacar as mais comuns
em todos os setores de atividade:
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A empresa no cálculo da projeção do custo da sua massa salarial deve ter em conta
diversas componentes adicionais ao vencimento bruto de um colaborador. Nos custos
com pessoal a empresa deve considerar:
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Após a exemplificação de diferentes custos que uma empresa deve ter em conta na
estruturação do seu modelo de negócios, analisamos as características que estes
mesmos custos podem ter, nomeadamente serem fixos e variáveis:
CUSTOS FIXOS
CUSTOS VARIÁVEIS
Tal como o próprio nome indica, estes custos variam proporcionalmente à evolução
do volume de bens produzidos ou serviços prestados. Os custos com matérias-primas
ou mercadorias são variáveis já que a empresa adquire mais quantidade com o
aumento da atividade e reduz a quantidade comprada quando a venda de bens
produzidos contrai; outros exemplos como os custos com transporte de mercadorias
ou matérias-primas e custos energéticos são considerados variáveis, já que se a
empresa produz menos tem menos necessidade de transportar matérias-primas e
reduz o nível de produção, trabalhando menos horas ou diminuindo o número de
máquinas em funcionamento, levando a uma poupança energética (e vice versa).
ECONOMIAS DE ESCALA
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ECONOMIAS DE GAMA
BASEADO NO CUSTO
BASEADO NO VALOR
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De referir que estas técnicas são baseadas na metodologia dos Fluxos de Caixa
Descontados ou Discounted Cash-Flow (DCF), na terminologia anglo-saxónica, que
estima o valor do projeto ou negócio pela capacidade futura do mesmo em gerar
fluxos de caixa futuros.
De acordo com diferentes autores (Ferreira, 2002; Neves et al, 2009; Soares et al,
2015) a metodologia do Valor Atualizado Líquido (VAL) ou Net Presente Value (NPV),
na terminologia anglo-saxónica, é dos critérios de avaliação mais utilizados na análise
da viabilidade económico-financeira de projetos de investimento, já que considera os
investimentos a realizar, a criação de valor futuro do negócio (diferença entre
receitas e despesas), o conceito de valor temporal do dinheiro e o custo de
oportunidade de capital. Resumidamente, o VAL não é mais que o somatório dos
fluxos de caixa atualizados do projeto líquido do investimento necessário.
FLUXO DE CAIXA
O Fluxo de Caixa com um saldo negativo, significa que a empresa tem mais gastos do
que receitas nesse período; por outro lado, quando tem um saldo positivo, o modelo
de negócios está a criar valor que permite desenvolver o negócio, recuperar o
investimento realizado e realizar novos investimentos.
Existem diversas variantes para o cálculo dos Fluxos de Caixa, contudo na formação é
calculado de forma simplificada, já que se pretende que o conceito seja interiorizado
e que, mesmo de uma forma mais simples, seja possível utilizar este e os restantes
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O cálculo desta taxa constitui um fator crítico para a análise do projeto, pois
influencia a tomada de decisão do gestor na aceitação ou rejeição do plano de
investimentos e modelo de negócios: (1) quanto maior a taxa de atualização aplicada
(representa maior risco do negócio/setor/economia), menor é o valor dos fluxos de
caixa no presente (Ano 0); (2) quanto menor a taxa de atualização aplicada, maior é
o valor dos fluxos de caixa no ano zero. Trata-se de um fator que influência a decisão
de aceitar ou rejeitar.
LEGENDA:
Rf - corresponde à taxa de juro de um ativo sem risco (por exemplo obrigações de tesouro de um país) que
representa a taxa mínimo que o investidor pode receber na aplicação num investimento de risco muito reduzido ou
nulo.
PR - corresponde ao prémio anual de risco que é representada pela taxa de rentabilidade exigida pelos investidores
pelo risco e incerteza que o tipo de empresa ou de projeto em causa têm. Muitas vezes representado como o
diferencial entre a rentabilidade de mercado em causa e o ativo sem risco.
Tx. Inflação - corresponde à taxa de inflação do período (apenas utilizado quando os valores dos fluxos de caixa são
correntes5).
3
Apenas para referir que para o cálculo mais preciso e real do fluxo de caixa é necessário utilizar o resultado
operacional líquido de impostos, incluir a variação das necessidades em fundo de maneio (NFM) e somar
amortizações/depreciações, provisões e ajustamentos do período.
4
A taxa de atualização pode ser calculada através do método do CAPM (Capital Asset Pricing Model) que representa
o custo do capital Próprio dos investidores ou através do WACC (Weighted Average Cost of Capital) que representa o
custo médio ponderado entre o custo do capital próprio e o custo do capital alheio, tendo em conta a estrutura de
financiamento da empresa.
5
Preços Correntes quando é aplicada aos fluxos de caixa a taxa de inflação ao longo do horizonte temporal estimado;
Preços Constantes em que não incide sobre os fluxos de caixa a taxa de inflação.
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LEGENDA:
VAL - Valor Atualizado Líquido.
FCGt - corresponde ao fluxo de caixa global (FC = -Investimento + Receitas - Custos) para cada um dos períodos
considerados no horizonte temporal estimado6.
k - Taxa de Atualização (Custo de oportunidade de Capital).
t - representa o número do período.
n – Vida útil do projeto.
6
A estimativa do horizonte temporal faz-se normalmente de 5 a 10 anos; contudo pode variar devido a vários fatores:
(1) Período até a atividade estabilizar e sem crescimentos significativos; (2) Período necessário para o reembolso de
financiamentos; (3) quando o projeto tem uma vida útil já definida e termina após esse período.
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nesse período ou através do valor líquido de amortizações (Nota: podem existir áreas
de negócio com elevadas barreiras à saída, o que poderá resultar custos no fim de
vida útil do investimento); e (2) o valor pelo que se tem a receber ou a liquidar das
NFM no fim de vida útil do investimento (pela venda das existências em armazém,
recebimento de cliente, deduzido da dívida a fornecedores). Portanto, o último fluxo
de caixa do período do projeto pode ser representado por FCGt + VRt.
VAL < 0 - Com um VAL inferior a 0, o projeto não apresenta viabilidade económico-
financeira e deve ser rejeitado.
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De referir ainda que este método pode ser calculado na folha de cálculo do Excel,
através da fórmula VAL (ou NPV na versão inglesa).
7 1
Calculou-se o fator de atualização .
(1+𝑘𝑘)𝑡𝑡
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LEGENDA:
0 - Valor Atualizado Líquido (VAL).
FCGt - corresponde ao fluxo de caixa global (FC = -Investimento + Receitas - Custos) para cada um dos períodos
considerados no horizonte temporal estimado.
TIR – Taxa Interna de Rendibilidade.
t - representa o número do período.
n – Vida útil do projeto.
8
De acordo com Neves (2009) um investimento convencional ocorre quando inicia o horizonte temporal do projeto
com fluxo de caixa negativo no ano 0 (correspondente ao investimento) e nos anos seguintes apresenta fluxos de
caixa positivos. Os não convencionais apresentam mudanças de sinal nos fluxos de caixa ao logo do horizonte
temporal, podendo o primeiro ser positivo e o seguinte negativo e voltar a ser positivo outra vez.
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O cálculo da TIR pode ser feito numa folha de cálculo do Excel, através da fórmula
TIR (ou IRR na versão inglesa – acrónimo de Internal Rate Return) que é bastante
mais simples e preciso, nomeadamente quando se tem um período temporal muito
extenso.
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Em suma, deve-se aceitar um projeto que apresente uma TIR superior à taxa de
atualização e deve-se rejeitar caso a TIR seja inferior. De referir ainda que
normalmente a TIR é um método complementar do VAL na análise de projetos e, na
maior parte das vezes, ambos indicam o mesmo resultado; contudo, no caso de
darem informações opostas (investir / não investir) a tomada de decisão deverá ter
por base o resultado do VAL9 (Ferreira, 2002).
9 De acordo com Ferreira (2002), “O conflito que existe entre o VAL e a TIR advém do facto de apresentarem
pressupostos diferentes quanto ao reinvestimento dos fundos que vão sendo gerados” ao longo do horizonte
temporal. “O critério do VAL assume que todos os fluxos intermédios do projeto são reinvestidos à taxa do custo de
capital, enquanto que o critério do VAL assume esse reinvestimento à taxa TIR” pressionando mais o modelo.
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Face aos resultados obtidos, aplica-se a regra de 3 simples, para se determinar a taxa
que torna o VAL = 0.
(3,0% ∗ 44,8€)
∆𝑥𝑥 = (=) ∆𝑥𝑥 = 𝟐𝟐, 𝟏𝟏𝟏𝟏%
63,7€
10
O cálculo da TIR através de uma folha de cálculo (Excel) é ligeiramente diferente (27,08%) face ao calculado
manualmente (27,11%); a amplitude entre elas a acontecer deve ser muito reduzida e resulta da interpolação ser
linear e na realidade a curva não tem um comportamento linear como se pode verificar na ilustração 19.
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𝐹𝐹𝐶𝐶𝑡𝑡
∑𝑛𝑛𝑡𝑡=0
𝑉𝑉𝑉𝑉 (1 + 𝑘𝑘)𝑡𝑡
𝐼𝐼𝐼𝐼 = =
𝐼𝐼 𝐼𝐼𝑡𝑡
∑𝑛𝑛𝑡𝑡=0
(1 + 𝑘𝑘)𝑡𝑡
LEGENDA:
VA - Valor Atualizado dos fluxos de caixa (não líquido do valor do Investimento).
𝐼𝐼 - Investimento realizado.
FCt - corresponde ao fluxo de caixa sem investimento (FC = Receitas - Custos) para cada um dos períodos
considerados no horizonte temporal estimado.
k – Taxa de atualização.
t - representa o número do período.
n – Vida útil do projeto.
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1483,3 €
𝐼𝐼𝐼𝐼 = = 1,48
1000,0 €
Este resultado indica que o valor total dos fluxos de caixa são 1,48 vezes superiores
ao investimento realizado, criando 48,0% de valor face ao investimento. Na prática,
cada euro investido tem um retorno de 1,48 € (excedente de 0,48 €). Como o
resultado deste método é superior a 1, tal como nas técnicas de análise anteriores,
trata-se de um projeto que apresenta viabilidade económico-financeira.
De acordo com este modelo de análise, um investimento pode ser aceite pelo gestor
quando o período de recuperação do capital é inferior ao número de períodos
considerados na projeção financeira; entre investimentos alternativos deve-se
escolher aquele cujo prazo de recuperação é menor. Na prática quanto menor for o
período de recuperação do investimento mais rapidamente o projeto cria valor para o
gestor, enquanto que, quanto maior for o período de retorno, maior é o risco
associado ao negócio. É um modelo com uma regra de decisão que privilegia
investimentos com elevada liquidez nos primeiros períodos.
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De forma a consolidar este conceito e observar a sua aplicação, utilizamos mais uma
vez o nosso exemplo, calculamos o período de recuperação do investimento no
projeto da empresa XPTO:
Como se pode observar pelo quadro, a partir do quarto ano de atividade (Ano 4) o
fluxo de caixa global acumulado é positivo, representando o excedente de monetário
criado. Desta forma determina-se que o investimento é recuperado em 3 anos e mais
alguns meses; para o cálculo dos meses que decorreram durante o 3.º ano, e
assumindo-se que o fluxo de caixa é linear ao longo do ano (não existe sazonalidade
nos fluxos de caixa mensais durante o ano), divide-se o último valor negativo
acumulado (Ano 3: -28,9 €) pelo fluxo de caixa gerado no ano seguinte (Ano 4: 512,3
€) e multiplica-se pelo número de meses do ano (12 meses).
−28,9 €
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 = ( ∗ 12) = 0,68 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚
512,3 €
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É então necessário identificar as variáveis críticas que criam mais valor para o
negócio e que influenciam a atividade; as variáveis podem ser:
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• O VAL reduziu de 483,3 € (cenário base), para 182,2 € (mantém VAL > 0);
• A TIR reduziu de 27,11% (cenário base) para 16,9% (mantém VAL > TA);
• O PRI reduziu de 3 anos e 1 mês (cenário base) para 3 anos e 6 meses;
• O IR reduziu de 1,48 (cenário base) para 1,18 (mantém IR > 1).
De referir que, no nosso exemplo, os custos mantiveram-se iguais (são todos custos
fixos), contudo normalmente existem custos variáveis que estariam interligados com
o volume de negócios e que reduziriam na mesma medida.
11
De referir que no nosso exemplo os custos mantiveram-se iguais (considerámos que são todos custos fixos) contudo
nos modelos de negócios normalmente existem custos variáveis que estariam interligados a o volume de negócios e
automaticamente também reduziriam na mesma medida.
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De acordo com Soares (et al 2015), a análise de cenários num negócio ou projeto
trata-se de uma variante mais avançada da análise de sensibilidade multivariada.
Cada cenário corresponderá a uma combinação mais concertada de variáveis,
determinadas pela possibilidade de ocorrência de potenciais fatores externos que
tenham impacto significativo nas estimativas futuras definidas no cenário base.
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3.4.NOTAS FINAIS
Tal como o modelo de Canvas indica, é necessário definir as fontes de receitas que
resultam da venda da proposta de valor ao segmento de clientes definido e a
estrutura de custos que é necessária para que seja possível produzir, divulgar e
entregar a respetiva proposta de valor.
Para que o gestor possa perceber se o modelo que idealiza é sustentável, deve
definir todos os pressupostos da forma mais precisa possível, desde os investimentos
necessários para a implementação do projeto, os fluxos de receitas que permitirão
sustentar o modelo e a estrutura de custos operacionais que garantem possível a
operacionalização de todos os processos. O fraco rigor nos pressupostos não permite
obter resultados robustos que auxiliem de forma efetiva a tomada de decisão.
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BIBLIOGRAFIA
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Trabalhadoresdeindependentes
Consolidação - Enquadramento
contas e método de equivalênciacontributivo
patrimonial
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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