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JUN 1998 NBR 14111


Móveis para escritório - Mesas -
Ensaios de estabilidade, resistência e
ABNT-Associação
Brasileira de
durabilidade
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
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Rio de Janeiro - RJ
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NORMATÉCNICA

Origem: Projeto 15:300.01-011:1997


CB-15 - Comitê Brasileiro de Mobiliário
CE-15:300.01 - Comissão de Estudo de Móveis para Escritório
NBR 14111 - Office furnishings - Desks - Stability, strength and durability tests
Copyright © 1998,
Descriptors: Desk. Office. Office furnishing
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.07.1998
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Mesa. Escritório. Móvel para escritório 11 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário Esta Norma se aplica, independentemente do tipo de


Prefácio material, a todos os tipos de mesas para escritório.
1 Objetivo
2 Referências normativas Nesta Norma os resultados do ensaio valem apenas para
3 Definições o artigo ensaiado. Quando desejar-se que o resultado do
4 Amostragem ensaio seja aplicável a outros artigos similares, a amostra
5 Métodos de ensaio ensaiada deve ser representativa do produto de linha e,
ANEXOS em caso de protótipos, ter as mesmas características do
A Tipos e níveis de ensaios e cargas produto final.
B Equipamento para o ensaio de resistência de gavetas
ao impacto do fechamento
2 Referências normativas
Prefácio
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês momento desta publicação. Como toda norma está sujeita
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos
Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo com base nesta que verifiquem a conveniência de se
(CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, usarem as edições mais recentes das normas citadas a
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor
(universidades, laboratórios e outros). em um dado momento.

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito


dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os NBR 7456:1982 - Plásticos - Determinação da dure-
associados da ABNT e demais interessados. za Shore - Método de ensaio

Esta Norma inclui o anexo A, de caráter normativo, e o NBR 13960:1997 - Móveis para escritório - Termino-
anexo B, de caráter informativo. logia
1 Objetivo
ISO 554:1976 - Standard atmospheres for
Esta Norma estabelece os métodos para a determinação conditioning and/or testing - Specifications
da estabilidade, resistência e durabilidade de mesas para
escritório.
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2 NBR 14111:1998

3 Definições 5 Métodos de ensaio

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições 5.1 Ensaios de estabilidade


da NBR 13960 e as seguintes.
5.1.1 Aparelhagem
3.1 ensaios de estabilidade: Ensaios que avaliam a ca-
pacidade do corpo-de-prova de resistir às forças que 5.1.1.1 Aparelho de aplicação de força horizontal
possam provocar sua inclinação. A estabilidade é
representada pelo valor mínimo das forças horizontais
ou verticais necessário para provocar a elevação de ao Mecanismo capaz de aplicar uma força horizontal gra-
menos um ponto de apoio do móvel do plano de apoio. A duável.
força é expressa em newtons, com arredondamento à
unidade. 5.1.1.2 Aparelho de aplicação de força vertical

3.2 ensaios de resistência Mecanismo capaz de aplicar uma força vertical a um de-
terminado valor e aumentá-lo gradualmente. O mecanis-
3.2.1 ensaios estáticos: Ensaios onde são aplicadas soli- mo não deve impedir nenhum movimento do artigo em
citações intensas para um número limitado de ciclos, para ensaio.
assegurar que o móvel possui resistência suficiente para
desempenhar sua função sob condições mais críticas que 5.1.1.3 Superfície de apoio
as do uso normal.
Superfície do chão, perfeitamente horizontal graduável.
3.2.2 ensaios de impacto: Ensaios para verificação de re-
sistência e funcionamento do móvel sob o efeito rápido
5.1.1.4 Travamentos
de cargas que ocorrem ocasionalmente.

Elementos posicionados na superfície de apoio, para im-


3.3 ensaios de durabilidade: Ensaios que simulam o uso
pedir que o móvel deslize, porém permitindo a inclinação
prático de longa duração. Estes ensaios prevêem a apli-
deste. Os travamentos não devem ter mais de 12 mm de
cação de solicitações normais para um número eleva-
altura, a não ser nos casos em que o desenho do móvel
do de ciclos.
exigir travamentos maiores, quando deve ser utilizada a
mínima altura capaz de impedir o deslizamento do pro-
4 Amostragem duto.

Antes do início dos ensaios, deve-se assegurar que o ar- 5.1.2 Procedimento
tigo a ser ensaiado tenha sido produzido a pelo menos
quatro semanas e mantido em condições ambientais nor-
Não é necessário submeter os corpos-de-prova a condi-
mais. Isso é para assegurar que ele já tenha atingido ple-
cionamento prévio. O corpo-de-prova deve ser sempre
nas condições de resistência, principalmente no caso de
posicionado sobre uma superfície plana e perfeitamente
possuir juntas coladas.
horizontal, dotada de travamentos que impeçam seu
deslizamento, sem impedir sua elevação. Se existirem
Se for indicada atmosfera especial para condiciona- sistemas mecânicos de fixação ou junção de partes, estes
mento das amostras, esta deve ter temperatura de devem ser bem travados antes do ínicio do ensaio. Para
(27 ± 2)°C e umidade relativa de (65 ± 5)%, conforme in- mesas com tampos auxiliares móveis, estes devem ser
dicado na ISO 554 para climas tropicais. posicionados da forma mais crítica para a realização do
ensaio. Gavetas e demais partes móveis integrantes da
As amostras devem ser escolhas aleatóreas de pro- mesa devem ser abertas. Para mesas com tampos não
dutos de linha ou, no caso de protótipos, ter o mesmo retangulares ou com estrutura de pé central, devem-se
acabamento do produto a ser comercializado. No caso seguir os mesmos princípios dos ensaios descritos em
de mesas a serem montadas pelo consumidor, devem- 5.1.2.1 e 5.1.2.2, porém o ponto menos instável para a
se utilizar as instruções do manual para montagem. Se a aplicação das forças deve ser definido por tentativa e
mesa puder ser configurada de diferentes maneiras, deve- erro. Se não especificado de outra forma, a precisão para
se escolher o arranjo mais adverso para cada ensaio. as forças deve ser de ± 5%, para as massas de ± 0,5% e
Isto se aplica também às superfícies de trabalho acoplá- para as dimensões de 0,5 mm.
veis a sistemas de estação de trabalho, que devem
ser fixadas de acordo com as instruções do fabricante. 5.1.2.1 Estabilidade com força vertical
Caso não sejam fornecidas tais instruções, o proce-
dimento de fixação adotado deve ser registrado no re-
A mesa deve ser posicionada sobre a superfície de 5.2.1.3
latório de ensaio.
com os travamentos de 5.2.1.5 encostados nos pontos
de apoio de um dos lados maiores da mesa. Deve-se
As amostras devem ser sempre inspecionadas antes e aplicar uma força vertical de 300 N, alinhada com o centro
após cada nível de ensaio, verificando-se e registrando- de gravidade da superfície de trabalho, a 50 mm da borda
se as eventuais alterações. adjacente aos travamentos (ver figura 1). A força deve
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ser aumentada até que ao menos um ponto de apoio do sob a ação dos valores das forças indicadas em cada
lado oposto se eleve do chão. Deve ser registrado se tal ensaio.
força provocou ou não a instabilidade da mesa e, em
caso negativo, deve-se aumentar a força até que o 5.1.4 Relatório de ensaio
desequilíbrio ocorra, registrando-o a tal valor. O mesmo
procedimento deve ser repetido para os outros lados da No relatório de ensaio devem ser registradas as seguintes
mesa. informações:

5.1.2.2 Estabilidade com forças vertical e horizontal a) referência a esta Norma;

b) descrição dos dados relevantes do corpo-de-prova


O móvel deve ser posicionado sobre a superfície de
(dimensões, composição);
5.2.1.3 com os travamentos de 5.2.1.5 encostados nos
pontos de apoio de um dos lados maiores da mesa. Deve-
c) estabilidade do corpo-de-prova sob ação da força
se aplicar uma força vertical de 300 N, conforme descrito
vertical, conforme 5.2.2.1;
em 5.1.2.1. Uma força horizontal de 200 N deve ser
aplicada no mesmo ponto de aplicação da força vertical,
para fora (ver figura 1). Deve ser registrado se tal força d) estabilidade do corpo-de-prova sob ação das
provocou ou não a instabilidade da mesa e, em caso forças vertical e horizontal, conforme 5.2.2.2;
negativo, deve-se aumentar a força até que o desequilíbrio
ocorra, registrando-o a tal valor. O mesmo procedimento e) estabilidade do corpo-de-prova com partes móveis
deve ser repetido para os outros lados da mesa. (tampos auxiliares, gavetas) abertas;

f) qualquer variação eventual em relação aos méto-


5.1.3 Avaliação dos resultados dos de ensaio descritos nesta Norma;

É considerada aprovada nos ensaios a mesa que não g) nome e endereço do laboratório de ensaio;
sofrer desequilíbrio, ou seja, aquela em que nenhum
dos pontos de apoio deixar de tocar a superfície de apoio h) data do ensaio.

Dimensão em milímetros

Figura 1 - Ensaio de estabilidade com aplicação das forças


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5.2 Ensaios de resistência e durabilidade diretamente no nível de desempenho atribuído ao


produto.
5.2.1 Aparelhagem
Os ensaios devem ser executados todos sobre o mesmo
5.2.1.1 Aparelhagem para ensaio de impacto corpo-de-prova e na sucessão indicada na tabela A.1.
Caso o corpo-de-prova não tenha resistido a um deter-
O equipamento consiste em um saco cilíndrico de
minado ensaio, vindo a inutilizar-se para os demais en-
200 mm de diâmetro, com areia, com base em calota es-
saios, deverá ser substituído por novo corpo-de-prova,
férica de madeira de raio 300 mm. Tal calota é recoberta
que deverá sofrer os mesmos ensaios que o anterior. No
por uma chapa de borracha de dureza Shore A igual a
ensaio em que o corpo-de-prova não resistiu, o novo cor-
45, conforme a NBR 7456, e espessura de 10 mm. A
po-de-prova deverá ser submetido a um nível de ensaio
massa do conjunto saco de areia e calota deve ser de
anterior ao que provocou o dano no corpo sustituído. Caso
25 kg.
sejam solicitados ensaios de resistência a ciclos de umi-
5.2.1.2 Cargas dade, estes devem preceder os demais ensaios.

Com massa de acordo com as tabelas A.2 e A.3, a serem As cargas podem ser concentradas ou uniformemente
distribuídas sobre as partes do móvel durante os ensaios. distribuídas e devem simular, quando possível, as condi-
No caso de serem utilizados sacos preenchidos com partí- ções de uso prático. A carga aplicada sobre a parte a ser
culas (chumbo, por exemplo), estes devem possuir divi- submetida a ensaio não deve reforçar a estrutura e deve
sões internas, para evitar que as partículas se concentrem ser disposta de modo a evitar seu deslocamento durante
devido aos movimentos ocorridos durante o ensaio. Nos a prova ou a sua concentração em um ponto específico.
ensaios de gavetas de 5.2.2.3.1, 5.2.2.3.2 e 5.2.2.3.3, ao
contrário, é importante permitir que a carga, inicialmente Durante os ensaios o móvel deve ser assim carregado:
distribuída, se concentre conforme o movimento da gave-
ta, pois isto simula a situação real de uso. Sendo assim, a) sobre todas as partes não diretamente submetidas
a ensaio: com cargas, de acordo com a tabela A.2,
nestes ensaios a carga deve ser constituída de um saco
que simulem a carga média total do móvel durante o
flexível sem divisões internas, preenchido com bolas de
gude de 10 mm a 15 mm de diâmetro até atingir a carga uso normal;
indicada nas tabelas A.2 e A.3.
b) sobre a parte diretamente submetida a ensaio:
5.2.1.3 Superfície de apoio com cargas, de acordo com a tabela A.3, que simulem
a solicitação máxima da parte em ensaio.
Superfície do chão, perfeitamente horizontal e plana.
Em qualquer ensaio de durabilidade, o número de ciclos
5.2.1.4 Superfície de carregamento de um determinado nível de ensaio se acumula aos ciclos
realizados no nível anterior. Por exemplo, se ao nível N1
Objeto cilíndrico rígido com 100 mm de diâmetro (ou correspondem 10 000 ciclos e ao N2 correspondem
50 mm se o espaço for limitado), com face plana de 20 000 ciclos, isto significa que, se o ensaio atingiu o
borda arredondada, com 12 mm de raio. nível N1, devem-se realizar mais 10 000 ciclos para que
o nível N2 seja atingido.
5.2.1.5 Travamentos
5.2.2.1 Resistência da estrutura
Elementos posicionados na superfície de apoio, para im-
pedir que o móvel deslize, porém permitindo a inclinação A mesa deve ser posicionada sobre a superfície horizontal
deste. Os travamentos não devem ter mais de 12 mm de de 5.2.1.3 com os travamentos de 5.2.1.5 encostados
altura, a não ser nos casos em que o desenho do móvel nos pontos de apoio opostos ao sentido de aplicação da
exigir travamentos maiores, quando deve ser utilizada a força, de modo a evitar o deslocamento da mesa durante
mínima altura capaz de impedir o deslizamento do pro- o ensaio, sem impedir sua inclinação. Pés reguláveis
duto. devem ser posicionados de forma que todos toquem a
superfície de apoio. Todas as partes do móvel utilizáveis
5.2.2 Procedimento
para estocagem devem receber a carga uniformemente
Os ensaios dependem da correta aplicação das cargas, distribuída indicada na tabela A.2. Devem ser fechadas
independentemente do tipo de equipamento utilizado para gavetas e demais partes móveis. Uma força horizontal,
tal fim. Quanto às tolerâncias, todas as forças devem ter de intensidade indicada na tabela A.1, deve ser aplicada
uma tolerância de ± 5%, as massas de ± 0,5% e as dimen- perpendicularmente à borda lateral do tampo, no ponto
sões de ± 0,5 mm, salvo indicações específicas. Os en- A, a 50 mm a partir da borda frontal (ver figura 2). Aplicar
saios devem ser executados na ordem indicada na tabe- a força 100 vezes, mantendo-a por 10 s em cada apli-
la A.1. Os ensaios relativos a um mesmo produto devem cação. Repetir o procedimento para os pontos B, C e D.
ser executados sobre o mesmo corpo-de-prova. Deve ser medido o deslocamento horizontal da aresta
vertical mais próxima do ponto de aplicação da força. A
Existem dois tipos de procedimento de ensaio: medição, com exatidão de 0,1 mm, deve ser efetuada:

a) para determinar o nível de durabilidade e resis- a) antes da aplicação da força;


tência, o ensaio pode ser executado seqüencial-
mente até a ocorrência de uma falha; b) com a força aplicada, na última repetição para
cada ponto;
b) para checar a veracidade da qualidade do produto
atestada pelo fabricante, pode-se executar o ensaio c) após a remoção da força para cada ponto.
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Os resultados devem ser avaliados conforme descrito em deve ser maior que 0,5% da distância entre os
5.2.3, além de atender às seguintes condições especí- suportes do tampo (ou, no caso de mesas com pé
ficas: central, 0,5% da distância entre o ponto de apoio do
tampo e a borda deste);
- a deformação sob efeito da força, resultado da
diferença entre as medições das alíneas a) e b), não - a deformação permanente, resultado da diferença
deve ser maior que 1,0% da altura do ponto de entre as medições das alíneas a) e c), não deve ser
aplicação da força em relação à superfície de apoio; maior que 0,1% da distância entre os suportes do
tampo (ou, no caso de mesas com pé central, 0,5%
- a deformação permanente, resultado da diferen-
da distância entre o ponto de apoio do tampo e a
ça entre as medições das alíneas a) e c), não de-
borda deste).
ve ser maior que 0,5% da altura do ponto de aplica-
ção da força em relação à superfície de apoio.
5.2.2.2.2 Resistência dos tampos à carga concentrada:
5.2.2.2 Tampos sobre a região menos resistente do tampo em ensaio
deve ser definida uma área quadrada de 100 mm de lado
Excluindo-se o tampo em ensaio, as demais partes da (ver figura 4). Sobre ela deve ser aplicada uma carga ver-
mesa devem ser carregadas de acordo com a tabela A.2. tical indicada na tabela A.1 por 10 s, através da superfície
de carregamento de 5.2.1.4. Deve-se repetir a aplicação
5.2.2.2.1 Flexão dos tampos: o tampo a ser ensaiado deve por 10 vezes. Deve ser medida a deformação vertical no
ser carregado com a carga máxima uniformemente dis- ponto de aplicação da força. A medida, com exatidão de
tribuída indicada na tabela A.3 (ver figura 3) por 1 h. Deve 0,1 mm, deve ser efetuada:
ser medida a deflexão máxima do tampo. A medição,
com exatidão de 0,1 mm, deve ser efetuada:
a) antes da aplicação da carga;
a) antes da aplicação da carga;
b) depois da remoção da carga.
b) com o tampo carregado, quando a deformação
estiver estabilizada ou após 1 h; Os resultados devem ser avaliados conforme descrito em
5.2.3, além de atender à seguinte condição específica:
c) depois da remoção da carga.

Os resultados devem ser avaliados conforme descrito em - a deformação permanente dos tampos, resultado
5.2.3, além de atender às seguintes condições especí- da diferença entre as medições das alíneas a) e b),
ficas: não deve ser maior que 0,1% da distância entre os
suportes do tampo (ou, no caso de mesas com pé
- a deformação sob efeito da carga, resultado da di- central, 0,5% da distância entre o ponto de apoio do
ferença entre as medições das alíneas a) e b), não tampo e a borda deste).

Dimensões em milímetros

Figura 2 - Ensaio de resistência da estrutura com aplicação das forças


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Figura 3 - Ensaio de resistência do tampo

Figura 4 - Ensaio de resistência do tampo com carga concentrada

5.2.2.2.3 Durabilidade do mecanismo de ajuste de tampos ciclo é o trajeto da posicão mais inferior para a mais
para teclado: a superfície de trabalho que suporta a su- superior e o retorno à posição inicial;
perfície do teclado deve estar colocada na posição nor-
mal de operação e fixada. A freqüência do ensaio não c) ajuste de rotação: deve-se submeter o mecanismo
deve exceder 6 ciclos por minuto. A superfície deve ser ao número de ciclos especificado na tabela A.1. O
ensaiada na posição horizontal aparentemente mais fra- ciclo é o trajeto da posição de fechamento sob a
ca. O método atual deve incluir todos os passos que um superfície de trabalho até a posição de uso e retorno
indivíduo tem que realizar para ajustar a superfície. Uma à posição inicial.
carga de 4,5 kg deve ser uniformemente distribuída na
5.2.2.3 Gavetas
região junto a uma das bordas laterais da superfície do
teclado, até 300 mm das bordas frontal e lateral, conforme
A mesa deve ser posicionada sobre a superfície horizontal
a figura 5. De acordo com os mecanismos de ajuste dis-
de 5.2.1.3 com os travamentos de 5.2.1.5 encostados nos
poníveis, devem ser realizados os seguintes ensaios:
pontos de apoio, de modo a evitar seu deslocamento du-
a) ajuste horizontal: deve-se submeter o mecanismo rante o ensaio. Todas as partes da mesa, exceto a gave-
ao número de ciclos especificado na tabela A.1. O ta em ensaio, devem receber a carga uniformemente
ciclo é o trajeto da posição mais interna para a mais distribuída indicada na tabela A.2.
externa e o retorno à posição inicial;
5.2.2.3.1 Resistência de gavetas e trilhos: a gaveta em
b) ajuste vertical: deve-se submeter o mecanismo ensaio deve ser aberta a 2/3 de seu comprimento interno,
ao número de ciclos especificado na tabela A.1. O observando que esta permaneça no trilho por um com-
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primento de ao menos 100 mm. A força vertical indicada caso de dois puxadores, no ponto médio entre eles. Em
na tabela A.1 deve ser aplicada em um dos cantos da gavetas sem puxadores, aplicar a força no mesmo nível
frente da gaveta, por 10 vezes, mantendo-se por 10 s. dos trilhos. O trecho de abertura do ensaio só deve ser
Deve-se aplicar a força até a ocorrência de falha ou até executado em gavetas com bloqueador no final do
que ocorra uma deflexão de 100 mm do ponto de apli- movimento de abertura. O equipamento utilizado para a
cação da carga em relação ao plano horizontal. Se a ga- realização deste ensaio é descrito no anexo B. Os
veta for forçada para fora do corpo do armário, ela deve resultados devem ser avaliados conforme descrito em
ser reposicionada e deve-se registrar a ocorrência no 5.2.3.
relatório (ver figura 6). Os resultados devem ser avaliados
conforme descrito em 5.2.3. 5.2.2.4 Impacto contra os pés

5.2.2.3.2 Durabilidade de gavetas e trilhos: a gaveta em Este ensaio se aplica a todos os tipos de mesa, exceto
ensaio deve ser carregada de acordo com a tabela A.3, àquelas com pé central. A mesa deve ser posicionada
com a carga descrita em 5.2.1.2. Abrir e fechar a gaveta sobre a superfície horizontal de 5.2.1.3 com os trava-
pelo número de ciclos especificado na tabela A.1, a 2/3 mentos de 5.2.1.5 posicionados contra os apoios que não
de seu comprimento interno, observando que essa per- estiverem sendo ensaiados, a fim de impedir seu desliza-
maneça no trilho por um comprimento de ao menos mento. O pé a ser ensaiado deve ser aquele que se de-
100 mm. Para gavetas e trilhos equipados com qualquer monstrar o menos resistente deles ao impacto. Caso a
tipo de batente na posição aberta, abrir a gaveta sem estrutura da mesa seja de painéis laterais, deve ser
atingir tal batente. Aplicar a força no puxador ou, no caso submetido ao ensaio o menos resistente deles. O ponto
de dois puxadores, no ponto médio entre eles. Em gavetas de aplicação da força de impacto deve estar a 25 mm
sem puxadores, aplicar a força no mesmo nível dos trilhos. acima do ponto de apoio do pé ou painel e localizado no
Os resultados devem ser avaliados conforme descrito em eixo vertical deste (ver figura 7). O aparelho para execução
5.2.3. do ensaio constitui-se de um cabo de aço que, através de
um sistema de polias, transmite ao pé da mesa uma força
5.2.2.3.3 Resistência de gavetas ao impacto do fechamento/ horizontal de 50 N, provocada por um corpo preso à sua
abertura: posicionar a gaveta em ensaio nos trilhos e extremidade. Tal corpo deve ter queda livre de uma altura
aplicar-lhe a carga indicada na tabela A.3, conforme es- h, indicada na tabela A.1, por cinco vezes, evitando-se a
pecificado em 5.2.1.2. Abrir e fechar a gaveta por 10 ve- oscilação do cabo. O ensaio deve ser repetido em duas
zes, utilizando-se as velocidades indicadas na tabe- direções para o mesmo pé ou painel, conforme indicado
la A.1. A força aplicada deve ser removida a 10 mm antes na figura 7. Os resultados devem ser avaliados conforme
do fim do movimento. Aplicar a força no puxador ou, no descrito em 5.2.3.

Figura 5 - Durabilidade do mecanismo de ajuste de tampos para o teclado


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Dimensão em milímetros

10
0
m
ín
.

Figura 6 - Resistência de gaveta e trilho


Dimensões em milímetros

Figura 7 - Ensaio de impacto contra os pés com aplicação das forças


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5.2.2.5 Impacto contra o tampo b) afrouxamento aparentemente permanente, de-


tectado pela pressão manual, de componentes ou
Este ensaio aplica-se a todos os tampos de mesas, sejam junções que devam ser rígidas;
as superfícies de trabalho ou tampos auxiliares. A mesa
deve ser disposta sobre a superfície de 5.2.1.3. Pés c) deformações ou rupturas de qualquer parte ou
reguláveis devem ser ajustados de modo a se obter apoio componente que venham a afetar sua funcionalidade;
sobre todos os pés. Todos os tampos devem estar sem
d) afrouxamento de qualquer elemento de fixação
carga e as gavetas vazias e fechadas. O aparelho de
de componentes ao móvel;
5.2.1.1 deve ser solto em queda livre de uma altura h,
indicada na tabela A.1, primeiramente no ponto mais pró- e) qualquer parte móvel que deixe de abrir ou fechar
ximo possível de um dos pés e depois tangente à borda livremente.
no ponto médio entre dois pés consecutivos. Os resul-
tados devem ser avaliados conforme descrito em 5.2.3. 5.2.4 Relatório de ensaio

5.2.2.6 Ensaio de queda No relatório de ensaio devem ser registradas as seguintes


informações:
A mesa deve ser colocada sobre a superfície de 5.2.1.3,
revestida por uma camada de borracha lisa de 2 mm de a) referência a esta Norma e às normas específicas
espessura e dureza Shore A igual a 85, conforme a utilizadas;
NBR 7456. Pés reguláveis devem ser ajustados de modo
a se obter apoio sobre todos os pés. Todos os tampos b) descrição detalhada da amostra de ensaio;
devem estar sem carga e as gavetas vazias e fechadas.
Um dos lados da mesa deve ser elevado a uma altura h, c) qualquer defeito observado antes do início do
indicada na tabela A.1, e solto em queda livre sobre a ensaio;
superfície de apoio (ver figura 8). Em mesas com ga-
d) indicações dos resultados obtidos conforme
veteiros, deve-se elevar o lado mais próximo do gaveteiro
descrito na norma específica;
mais pesado. Deve-se repetir a queda por duas vezes
para o mesmo lado. Os resultados devem ser avaliados e) qualquer eventual variação nos métodos de ensaio
conforme descrito em 5.2.3. descritos nas normas adotadas para sua realização;
5.2.3 Avaliação dos resultados
f) nome e endereço do laboratório de ensaio;
Imediatamente antes do início de cada ensaio, deve-se
g) data do ensaio.
inspecionar detalhadamente cada item da amostra.
Qualquer defeito em componentes, juntas ou encaixes 5.2.5 Níveis de ensaio
deve ser registrado, para que não seja atribuído aos
resultados do ensaio. Quando especificado, executar as O nível de solicitação do ensaio é variável em função do
medições apropriadas. Imediatamente após a execução número de aplicações ou da grandeza das cargas
de cada nível de ensaio deve ocorrer nova inspeção. aplicadas.
Qualquer alteração em relação às condições iniciais deve
ser registrada, incluindo: São estabelecidos cinco níveis de desempenho para cada
ensaio, de acordo com o uso final pretendido para o
a) ruptura de qualquer componente; produto.

Figura 8 - Ensaio de queda

/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Tipos e níveis de ensaios e cargas

Tabela A.1 - Tipos e níveis de ensaios

Item Ensaio para determinação Unidades N1 N2 N3 N4 N5


da estabilidade

5.2.2.1 Resistência da estrutura N 100 150 200 300 400

5.2.2.2.1 Flexão dos tampos g/cm2 10,0 10,0 15,0 20,0 25,0

5.2.2.2.2 Resistência dos tampos à carga kg 20 50 75 100 125


concentrada

5.2.2.2.3 Durabilidade do mecanismo de ajuste de Ciclos


tampos para teclado

Ajuste vertical 500 1 000 1 500 2 500 5 000


Ajuste horizontal 500 1 000 1 500 2 500 5 000
Rotação 500 1 000 1 500 2 500 5 000

5.2.2.3.1 Resistência de gavetas e trilhos N 150 200 250 350 500

5.2.2.3.2 Durabilidade de gavetas e trilhos Ciclos 10 000 20 000 40 000 60 000 80 000

5.2.2.3.3 Resistência de gavetas ao impacto do (5 kg) m/s 0,9 1,3 1,5 1,8 2,0
fechamento/abertura (35 kg) m/s 0,7 0,9 1,0 1,2 1,4

5.2.2.4 Impacto contra os pés (altura h) mm - 100 200 300 500


(energia) J - 5 10 15 25

5.2.2.5 Impacto contra o tampo (altura h) mm 30 50 100 200 300

5.2.2.6 Ensaio de queda (altura h) mm 50 100 150 200 300

Tabela A.2 - Cargas para todas as partes não diretamente submetidas a ensaio

Componentes Unidade Valor

Superfícies horizontais planas, cestos de porta (exceto em vidro) g/cm2 10,0


2
Superfícies horizontais planas (em vidro) g/cm 2,5
3
Gavetas g/cm 0,25 (máx., 5 kg)
Porta-pastas suspensas g/cm* 125

*Carga referida à unidade de comprimento da peça.

Tabela A.3 - Cargas para partes submetidas a ensaio

Componentes Unidade N1 N2 N3 N4 N5

Superfícies horizontais planas, cestos de portas g/cm2 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
3
Gavetas g/cm 0,15 0,25 0,35 0,50 0,75
Porta-pastas suspensas g/cm* 250 250 350 500 750

*Carga referida à unidade de comprimento da peça.

/ANEXO B
Cópia não autorizada

NBR 14111:1998 11

Anexo B (informativo)
Equipamento para o ensaio de resistência de gavetas ao impacto do fechamento

B.1 Princípios que pelo menos 100 mm do seu comprimento permane-


çam dentro do corpo do móvel.
Gavetas vazias são fechadas a velocidades consideravel-
mente maiores que gavetas cheias, mas o atrito não afeta
significativamente a velocidade de fechamento. Fechar a gaveta a 300 mm da sua posição de total abertura,
ou fechá-la totalmente caso o curso de abertura seja me-
Adota-se um padrão de gaveta vazia (5 kg) e de gaveta nor que 300 mm.
cheia (35 kg) com o mínimo de atrito para simular as con-
dições reais de uso (ver ensaio 5.2.2.3.3). Com estas ga- B.3 Calibração
vetas é possível calibrar a velocidade do equipamento
de abertura e fechamento das gavetas.
Usando as duas gavetas padrão, de 5 kg e 35 kg, e uma
B.2 Método força de atrito nos trilhos de no máximo 10 N, calibrar o
aparelho para produzir as velocidades de fechamento e
Abrir no máximo 300 mm da gaveta, ou até que 2/3 do abertura indicadas na tabela A.1 para os vários níveis.
seu comprimento fiquem para fora do corpo do móvel, ou

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