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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA ISO
30500
Primeira edição
10.11.2021
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Sistemas de saneamento não ligados à rede


de esgoto — Unidades de tratamento integradas
pré-fabricadas — Requisitos gerais de segurança
e desempenho para projeto e ensaio
Non-sewered sanitation systems — Prefabricated integrated treatment units —
General safety and performance requirements for design and testing

ICS 13.020.20 ISBN 978-85-07-08758-8

Número de referência
ABNT NBR ISO 30500:2021
105 páginas

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Sumário Página

Prefácio Nacional.................................................................................................................................x
Introdução...........................................................................................................................................xii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................2
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3 Termos, definições e termos abreviados..........................................................................2


4 Requisitos gerais................................................................................................................8
4.1 Requisitos do usuário.........................................................................................................8
4.2 Sistema métrico...................................................................................................................8
4.3 Capacidade do projeto........................................................................................................8
4.3.1 Produto de entrada tratável................................................................................................8
4.3.2 Capacidade de tratamento.................................................................................................8
4.3.3 Produtos de higiene menstrual..........................................................................................9
4.3.4 Proteção contra sobrecarga...............................................................................................9
4.3.5 Operacionalidade após o não uso.....................................................................................9
4.3.6 Operacionalidade após desligamento de curta duração.................................................9
4.3.7 Operacionalidade após desligamento de longa duração................................................9
4.3.8 Uso contínuo.......................................................................................................................9
4.3.9 Estado seguro...................................................................................................................10
4.4 Requisitos de desempenho..............................................................................................10
4.4.1 Generalidades....................................................................................................................10
4.4.2 Requisitos do produto de saída sólido e efluente líquido............................................10
4.4.3 Requisitos de emissões de odor.....................................................................................10
4.4.4 Requisitos de ruído...........................................................................................................10
4.4.5 Requisitos de emissões atmosféricas............................................................................10
4.5 Vida útil esperada de projeto........................................................................................... 11
4.6 Projeto inovador e ergonômico....................................................................................... 11
4.7 Projeto de proteção........................................................................................................... 11
4.8 Condições operacionais................................................................................................... 11
4.8.1 Faixa de temperatura ambiente....................................................................................... 11
4.8.2 Umidade do ar ambiente................................................................................................... 11
4.8.3 Pressão atmosférica......................................................................................................... 11
4.9 Requisitos para componentes do sistema de saneamento.......................................... 11
4.9.1 Generalidades.................................................................................................................... 11
4.9.2 Projeto higiênico...............................................................................................................12
4.9.3 Estanqueidade...................................................................................................................12
4.9.4 Capacidade de limpeza de superfícies............................................................................12
4.9.5 Aditivos químicos e biológicos.......................................................................................12
4.10 Requisitos de material......................................................................................................13
4.10.1 Durabilidade dos materiais..............................................................................................13
4.10.2 Resistência dos materiais ao fogo..................................................................................13
4.11 Conexões e elementos de união......................................................................................13

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4.12 Requisitos gerais de projeto de segurança....................................................................14


4.12.1 Segurança de bordas, quinas e superfícies...................................................................14
4.12.2 Proteção contra incêndio e explosão..............................................................................14
4.12.3 Integridade estrutural.......................................................................................................14
4.12.4 Prevenção contra o contato com efluente líquido inseguro e reúso...........................15
4.12.5 Sistemas subterrâneos.....................................................................................................15
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4.12.6 Impactos externos.............................................................................................................15


4.13 Informações e marcações................................................................................................15
4.13.1 Informações e advertências.............................................................................................15
4.13.2 Marcação e rotulagem......................................................................................................16
4.14 Manutenção.......................................................................................................................16
4.14.1 Configurações razoáveis, ajuste e atividades de manutenção....................................16
4.14.2 Local e acesso de pontos de configuração, ajuste e manutenção..............................17
4.14.3 Descarga e limpeza...........................................................................................................17
4.14.4 Ferramentas e dispositivos..............................................................................................17
4.14.5 Manual do usuário.............................................................................................................17
4.14.6 Manuseio e transporte do sistema de saneamento.......................................................18
5 Requisitos técnicos..........................................................................................................18
5.1 Avaliação de segurança...................................................................................................18
5.2 Requisitos operacionais...................................................................................................18
5.2.1 Generalidades....................................................................................................................18
5.2.2 Inicialização intencional de operação do sistema de saneamento..............................18
5.2.3 Parada intencional de operação do sistema de saneamento.......................................19
5.2.4 Parada de emergência......................................................................................................19
5.3 Requisitos de confiabilidade e segurança da fonte de energia....................................19
5.3.1 Proteção da fonte de energia...........................................................................................19
5.3.2 Requisitos de segurança da fonte de energia elétrica..................................................19
5.3.3 Requisitos de segurança para fonte não elétrica de energia primária........................20
5.4 Requisitos mecânicos......................................................................................................20
5.4.1 Equipamento pressurizado ou a vácuo..........................................................................20
5.4.2 Tubos, mangueiras e recipientes.....................................................................................20
5.4.3 Peças móveis e rotativas..................................................................................................20
5.4.4 Prevenção de contrafluxo................................................................................................20
5.5 Requisitos para radiação..................................................................................................21
5.5.1 Altas temperaturas em peças e superfícies...................................................................21
5.5.2 Baixas temperaturas de peças e superfícies..................................................................21
5.5.3 Outras emissões de radiação..........................................................................................21
5.6 Equipamentos elétricos e eletrônicos.............................................................................21
5.6.1 Segurança e confiabilidade de equipamentos elétricos e eletrônicos........................21
5.6.2 Sistema de controle..........................................................................................................21
5.6.3 Função relacionada à segurança do sistema de controle............................................22
5.7 Confiabilidade dos dispositivos de condução...............................................................22
5.8 Transições do módulo de tratamento.............................................................................22

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6 Requisitos adicionais do módulo de interface frontal...................................................23


6.1 Generalidades....................................................................................................................23
6.2 Uso e operação..................................................................................................................23
6.2.1 Requisitos gerais de usabilidade....................................................................................23
6.2.2 Requisitos para facilidade de limpeza............................................................................24
6.2.3 Requisitos para facilidade de operação..........................................................................24
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6.2.4 Requisitos culturais..........................................................................................................24


6.3 Visibilidade das fezes.......................................................................................................24
6.4 Desempenho de descarga................................................................................................24
6.5 Integridade contra impactos externos............................................................................25
6.6 Escorregamento, tropeço ou queda................................................................................25
6.7 Selo hídrico........................................................................................................................25
7 Ensaio de desempenho....................................................................................................25
7.1 Requisitos gerais de ensaio.............................................................................................25
7.2 Ensaio controlado em laboratório...................................................................................26
7.2.1 Generalidades....................................................................................................................26
7.2.2 Montagem, instalação, operação e manutenção............................................................26
7.2.3 Documentação do produto de entrada...........................................................................27
7.2.4 Produto de saída gerado..................................................................................................27
7.2.5 Observações do ensaio....................................................................................................27
7.2.6 Condições em laboratório................................................................................................27
7.2.7 Sequência e duração do ensaio.......................................................................................27
7.2.8 Padrão de carregamento..................................................................................................29
7.2.9 Requisitos de desempenho durante o ensaio em laboratório......................................30
7.3 Verificação de desempenho em campo..........................................................................36
7.3.1 Generalidades....................................................................................................................36
7.3.2 Sistemas de saneamento de Classe 1.............................................................................37
7.3.3 Sistemas de saneamento de Classe 2 e Classe 3..........................................................37
8 Sustentabilidade................................................................................................................37
8.1 Generalidades....................................................................................................................37
8.2 Recuperação de nutrientes..............................................................................................37
8.3 Consumo de água e reúso de efluente líquido...............................................................38
8.3.1 Cálculos.............................................................................................................................38
8.3.2 Consumo de água.............................................................................................................38
8.3.3 Reúso de efluente líquido.................................................................................................38
8.4 Consumo de energia e recuperação energética............................................................38
8.4.1 Cálculos.............................................................................................................................38
8.4.2 Consumo de energia.........................................................................................................38
8.4.3 Recuperação energética direta e indireta.......................................................................38
8.5 Avaliação do ciclo de vida................................................................................................39
8.6 Requisitos operacionais recorrentes..............................................................................39
Anexo A (normativo) Métodos de ensaio e requisitos adicionais de ensaio.................................41
A.1 Generalidades....................................................................................................................41

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A.2 Ensaios de tipo..................................................................................................................41


A.2.1 Ensaios a serem realizados.............................................................................................41
A.2.2 Documentação do ensaio.................................................................................................41
A.3 Métodos de ensaio............................................................................................................45
A.3.1 Estanqueidade...................................................................................................................45
A.3.1.1 Estanqueidade à água......................................................................................................45
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A.3.1.2 Estanqueidade técnica.....................................................................................................46


A.3.2 Sistema de controle..........................................................................................................46
A.3.2.1 Requisitos gerais..............................................................................................................46
A.3.2.2 Plano e protocolo de ensaio............................................................................................46
A.3.2.3 Generalidades de casos de ensaio..................................................................................48
A.3.2.4 Requisitos adicionais para funções relacionadas à segurança...................................48
A.3.3 Mecanismo de descarga...................................................................................................48
A.3.3.1 Generalidades....................................................................................................................48
A.3.3.2 Objeto de ensaio...............................................................................................................49
A.3.3.3 Volume de descarga..........................................................................................................49
A.3.3.4 Métodos de ensaio generalizados e requisitos funcionais para vaso sanitário.........49
A.3.3.5 Requisitos funcionais e métodos de ensaio generalizados para latrina turca...........50
A.3.3.6 Ensaio de capacidade de retenção..................................................................................52
A.3.4 Método de ensaio do produto de saída sólido e efluente líquido................................52
A.3.4.1 Generalidades....................................................................................................................52
A.3.4.2 Amostragem......................................................................................................................52
A.3.4.3 Métodos de ensaio............................................................................................................53
A.3.4.4 Amostragem do pico do produto de entrada e produto de saída para ensaio
de parâmetro à saúde humana (para ensaio em laboratório).......................................54
A.3.5 Método de ensaio de odor................................................................................................57
A.3.5.1 Generalidades....................................................................................................................57
A.3.5.2 Local de ensaio.................................................................................................................58
A.3.5.3 Composição dos membros..............................................................................................58
A.3.5.4 Seleção dos participantes................................................................................................58
A.3.5.5 Triagem dos participantes................................................................................................59
A.3.5.6 Procedimentos de avaliação de emissões de odor.......................................................60
A.3.5.7 Procedimentos de avaliação de emissões de odor dentro da superestrutura
do sistema de saneamento..............................................................................................64
A.3.5.8 Procedimentos de avaliação de emissões de odor nas proximidades do sistema
de saneamento..................................................................................................................65
A.3.6 Método de ensaio de emissões atmosféricas................................................................67
A.3.6.1 Equipamento......................................................................................................................67
A.3.6.2 Procedimentos de medição de emissões atmosféricas................................................67
A.3.6.3 Pontos de amostragem.....................................................................................................69
A.3.6.4 Número de amostras e duração da amostragem...........................................................69
A.3.6.5 Procedimentos de cálculo da medição de emissões atmosféricas.............................70
A.3.6.6 Especificação da superestrutura para ensaio em laboratório......................................71

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A.3.7 Método de ensaio de ruído...............................................................................................71


A.3.7.1 Local de ensaio e superestrutura....................................................................................71
A.3.7.2 Instrumentação..................................................................................................................72
A.3.7.3 Operação do sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto durante
o ensaio..............................................................................................................................72
A.3.7.4 Procedimentos de medição de ruído..............................................................................72
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A.3.7.5 Procedimentos de cálculo de medição sonora..............................................................74


A.3.8 Procedimentos de ensaio em laboratório.......................................................................75
A.3.8.1 Interrupção, inicialização e acionamento intencionais da parada de emergência.....75
A.3.8.2 Operacionalidade após o não uso do sistema de saneamento....................................76
A.3.8.3 Operacionalidade após o desligamento de curta duração do sistema
de saneamento..................................................................................................................76
A.3.8.4 Confiabilidade e segurança da fonte de energia............................................................76
A.3.8.5 Operacionalidade após desligamento de longa duração..............................................77
A.3.8.6 Sobrecarga.........................................................................................................................77
A.3.8.7 Visibilidade das fezes.......................................................................................................77
A.3.8.8 Descarga e limpeza...........................................................................................................77
A.3.8.9 Requisitos de usabilidade................................................................................................78
A.3.8.10 Dia do ensaio de diarreia..................................................................................................78
A.3.8.11 Ensaio do selo hídrico......................................................................................................79
Anexo B (normativo) Avaliação de risco e lista de perigos significativos.....................................80
B.1 Requisitos de avaliação de risco.....................................................................................80
B.1.1 Generalidades....................................................................................................................80
B.1.2 Processo de avaliação de risco dentro do processo de projeto..................................80
B.1.3 Limites do sistema............................................................................................................82
B.1.4 Ciclo de vida pertinente....................................................................................................82
B.1.5 Princípios de mitigação de risco.....................................................................................82
B.1.6 Requisitos de documentação..........................................................................................83
B.2 Lista de perigos significativos.........................................................................................83
B.3 Ciclo de vida de segurança do produto (CVSP).............................................................85
Anexo C (normativo) Manuais do usuário.........................................................................................87
C.1 Requisitos de idioma........................................................................................................87
C.2 Fornecimento do manual..................................................................................................87
C.3 Número de documentos...................................................................................................87
C.4 Informações a serem fornecidas.....................................................................................87
Anexo D (informativo) Medidas de sustentabilidade........................................................................90
D.1 Generalidades....................................................................................................................90
D.2 Custo estimado dos cálculos de uso..............................................................................90
D.2.1 Generalidades....................................................................................................................90
D.2.2 CAPEX................................................................................................................................90
D.2.3 OPEX..................................................................................................................................91
D.3 Atividades adequadas de configuração, ajuste e manutenção....................................91
D.3.1 Generalidades....................................................................................................................91

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D.3.2 Frequência das atividades de configuração, ajuste e manutenção.............................91


D.3.3 Complexidade das atividades de configuração, ajuste e manutenção........................91
D.4 Considerações culturais...................................................................................................91
Anexo E (informativo) Considerações de projeto.............................................................................93
E.1 Generalidades....................................................................................................................93
E.2 Recursos para aspectos orientados ao usuário............................................................93
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E.2.1 Generalidades....................................................................................................................93
E.2.2 Normas...............................................................................................................................93
E.2.3 Organizações e associações...........................................................................................93
E.2.4 Artigos................................................................................................................................94
E.3 Recursos para aspectos de engenharia.........................................................................94
E.3.1 Generalidades....................................................................................................................94
E.3.2 Normas de símbolos gráficos..........................................................................................94
E.3.3 Energia renovável.............................................................................................................95
E.3.3.1 Comitês IEC.......................................................................................................................95
E.3.3.2 Determinação dos limites de máquinas .........................................................................95
E.3.3.3 Adequação de materiais...................................................................................................95
E.4 Recursos para higiene menstrual....................................................................................95
E.4.1 Generalidades....................................................................................................................95
E.4.2 Organizações.....................................................................................................................95
E.4.3 Artigos................................................................................................................................96
Anexo F (informativo) Parâmetros de saúde e ambientais – Notas e referências.........................97
F.1 Tempo de passagem de líquidos em um sistema (T95L)..............................................97
F.2 Tempo de passagem de sólidos em um sistema (T95S)...............................................97
F.3 Recursos pertinentes para a adição do produto de entrada de ensaio
(ensaio de parâmetro da saúde)......................................................................................98
Bibliografia........................................................................................................................................100

Figuras
Figura 1 – Conceito de um sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto......................xv
Figura A.1 – Amostra da folha de relatório de avaliação de odor..................................................61
Figura A.2 – Pontos de medição da unidade de ensaio (obtidos da referência [53] – modificada)....... 73
Figura B.1 – Fluxograma de avaliação de risco iterativa...............................................................81
Figura B.2 – Fluxograma de um processo de CVSP genérico.......................................................86

Tabelas
Tabela 1 – Exemplos de normas aplicáveis para mecanismos de descarga................................25
Tabela 2 – Classificação de sistemas de saneamento não ligados à rede de esgoto.................26
Tabela 3 – Sequência dos procedimentos de ensaios pertinentes...............................................28
Tabela 4 – Limites de validação do produto de saída sólido e valores de redução logarítmica
(LRV) para a proteção da saúde humana........................................................................31

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Tabela 5 – Limites de validação de efluente líquido e valores de redução logarítmica (LRV)


para a proteção da saúde humana..................................................................................32
Tabela 6 – Limites de desempenho de efluente líquido para parâmetros ambientais.................33
Tabela 7 – Porcentagem da redução de carga de desempenho de efluente líquido
para nutrientes (Requisito ambiental).............................................................................33
Tabela 8 – Faixa de desempenho de pH para efluente líquido (Requisito ambiental).................33
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Tabela 9 – Porcentagem máxima permissível de observações que indicam odores dentro


da superestrutura do sistema como desagradável ou inaceitável...............................34
Tabela 10 – Porcentagem máxima permissível de observações indicando odores
nas proximidades do sistema como desagradável ou inaceitável...............................34
Tabela 11 – Limites de emissões atmosféricas em ambiente fechado.........................................35
Tabela 12 – Limites de emissões atmosféricas de exaustão ou respiro ao ar livre.....................35
Tabela 13 – Verificação em campo dos limites de desempenho do produto de saída sólido e
efluente líquido..................................................................................................................36
Tabela 14 – Configuração, ajuste e atividades de manutenção recomendadas
pelo fabricante...................................................................................................................39
Tabela 15 – Complexidade de configuração, ajuste e atividades de manutenção.......................39
Tabela A.1 – Meios de obtenção dos resultados do ensaio de tipo..............................................42
Tabela A.2 – Tipo e frequência de amostragem...............................................................................52
Tabela A.3 – Métodos de ensaio recomendados para produto de saída sólido
e efluente líquido...............................................................................................................53
Tabela A.4 – Adição de produto de entrada com indicadores de agente patogênico entérico
de humanos.......................................................................................................................54
Tabela A.5 – Tempos de adição e amostragem e duração para fluxos de líquidos e sólidos.....55
Tabela A.6 – Ajustes nos métodos de ensaio de odor para sistemas de Classe 3 e
sem superestrutura...........................................................................................................58
Tabela A.7 – Resultados da avaliação de triagem requeridos para a seleção dos membros.....59
Tabela A.8 – Frequência e tempo para avaliação de odor para ensaio do dia de odor normal
dentro da superestrutura do sistema de saneamento...................................................64
Tabela A.9 – Frequência e tempo para avaliação de odor para ensaio do dia de odor simulado
dentro da superestrutura do sistema de saneamento...................................................65
Tabela A.10 – Frequência e tempo para avaliação de odor para ensaio do dia de odor normal
nas proximidades do sistema de saneamento...............................................................66
Tabela A.11 – Frequência e tempo para avaliação de odor para ensaio do dia de odor simulado
nas proximidades do sistema de saneamento...............................................................66
Tabela A.12 – Métodos de ensaio recomendados para análise de emissões atmosféricas
em ambiente fechado........................................................................................................68
Tabela A.13 – Métodos de ensaio recomendados para análise de emissões atmosféricas
de exaustão ou ventilação na parte externa...................................................................68
Tabela B.1 – Perigos significativos indicados.................................................................................83
Tabela F.1 – Recursos pertinentes para a adição do produto de entrada de ensaio
(ensaio de parâmetro da saúde)......................................................................................98

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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
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da normalização.

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substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR ISO 30500 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Saneamento Básico (ABNT/CB-177),
pela Comissão de Estudo de Projetos para Sistemas de Saneamento (CE-177:001.001). O Projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 09, de 09.09.2021 a 13.10.2021.

A ABNT NBR ISO 30500 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à
ISO  30500:2018, que foi elaborada pelo Project Committee Sustainable Non-Sewered Sanitation
Systems (ISO/PC 305).

O Escopo em inglês da ABNT NBR ISO 30500 é o seguinte:

Scope
This document specifies general safety and performance requirements for design and testing as well
as sustainability considerations for non-sewered sanitation systems (NSSS). A NSSS, for the purposes
of this document, is a prefabricated integrated treatment unit, comprising frontend [toilet facility) and
backend (treatment facility) components that

 a) collects, conveys, and fully treats the specific input within the system, to allow for safe reuse or
disposal of the generated solid, liquid, and gaseous output, and

 b) is not connected to a networked sewer or networked drainage systems.

This document is applicable to sanitation systems that are either manufactured as one package, or
manufactured as a set of prefabricated elements designed to be assembled in one location without
further fabrication or modification that influences the system function. The plane or surface [e.g. flooring,
concrete pad] upon which a fully assembled NSSS is situated is beyond the scope of this document.
This document is not applicable to sanitation systems constructed in situ.

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ABNT NBR ISO 30500:2021

This document also covers NSSS backend components that are designed to be integrated with one
or more specified frontends.

Although this document is primarily applicable to the development of sanitation systems that are not
connected to water and electricity networks, it can also be applied to systems that can utilize water
mains and/or electricity.
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This document defines the basic treatable input as primarily human excreta and gives options for
extending the range of input substances. Requirements for the quality of the outputs from the sanitation
system are given for solid and liquid discharges as well as odour, air, and noise emissions.

It contains criteria for the safety, functionality, usability, reliability, and maintainability of the system, as well
as its compatibility with environmental protection goals.

This document does not encompass the following aspects:

— guidelines for selection, installation, operation and maintenance, and management of sanitation
systems;

— transportation of treated output outside of the sanitation system [e.g. manual transport, transportation
by truck or trunk pipes) for further processing, reuse, or disposal;

— treatment processes taking place at another location separate from that of the frontend and backend
components;

— reuse and disposal of sanitation system output.

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Introdução

Estima-se que 2,3 bilhões de pessoas não têm acesso aos sistemas de saneamento básico. As
consequências devastadoras da falta de instalações sanitárias incluem uma estimativa de 1,8 bilhão
de pessoas em todo o mundo que utilizam uma fonte de água potável que está contaminada por fezes,
e 361 000 crianças menores de 5 anos de idade morrem a cada ano, principalmente de doenças diarreicas
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similares à disenteria.

Em março de 2013, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou uma campanha global de ação
para eliminar a prática de defecação a céu aberto até 2025. A ONU e os líderes regionais responsáveis
por saneamento concluíram que as áreas onde a defecação a céu aberto é comum contêm os níveis
mais altos de mortalidade e doenças infantis, como resultado da ingestão de matéria fecal humana
que tenha entrado no sistema de abastecimento de água ou alimentos. A falta de saneamento seguro
e privado também está associada aos mais altos níveis gerais de desnutrição, pobreza e disparidade
entre ricos e pobres, e torna as mulheres e meninas mais vulneráveis à violência.

Em 1º de janeiro de 2016, foram lançados os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da


ONU, incluindo o ODS 6: assegurar o acesso à água e ao saneamento para todos. Os ODS são um
conjunto de objetivos para erradicar a pobreza, proteger o planeta e assegurar a prosperidade para
todos, como parte da nova agenda de desenvolvimento sustentável da ONU.

As metas 6.2 e 6.3 do ODS 6 declaram:

— até 2030, obter acesso ao saneamento e à higiene adequados e equitativos para todos e acabar
com a defecação a céu aberto, focando especialmente nas necessidades das mulheres e meninas
e daquelas pessoas em situação de vulnerabilidade;

— até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando o despejo e minimizando
a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo pela metade a proporção de
águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e o reúso seguro em
todo o mundo.

Neste contexto, o propósito deste documento é apoiar o desenvolvimento de sistemas de saneamento


autônomos projetados para atender as necessidades de saneamento básico e promover a sustentabilidade
econômica, social e ambiental por meio de estratégias que incluem a minimização do consumo de recursos
(por exemplo, água, energia) e a conversão de excrementos humanos em produto de saída seguro.

Este documento se destina a promover a implementação de sistemas de saneamento onde se deseja


maior sustentabilidade, ou onde os sistemas de esgoto sanitário tradicionais não estão disponíveis
ou são impraticáveis e, portanto, para assegurar a saúde e a segurança humana, bem como proteger
o meio ambiente.

Entretanto, este documento não tenta abordar exaustivamente as preocupações com a sustentabilidade
em relação a sistemas de saneamento não ligados à rede de esgoto (NSSS). Existem muitos aspectos
da sustentabilidade que não são abrangidos neste documento.

NOTA BRASILEIRA A sigla NSSS = Non-Sewered Sanitation System foi mantida em inglês, pois no Brasil
não existe uma sigla para sistemas de saneamento não ligados à rede de esgoto.

O conceito de um NSSS é indicado na Figura 1, que mostra a integração do módulo de interface frontal
e do módulo de tratamento juntamente com o produto de entrada e de saída. As substâncias que entram

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(produto de entrada) no NSSS consistem principalmente em fezes e urina humanas, sangue menstrual,
bílis, água de descarga, água de limpeza anal, papel higiênico e outros fluidos/sólidos corporais.
As substâncias que saem (produto de saída) do NSSS incluem os produtos do processo de tratamento
do módulo de tratamento, como produto de saída sólido e efluente líquido, bem como emissões de
ruído, atmosféricas e de odor.

Por projeto, esses sistemas de saneamento operam sem conexão com qualquer rede de esgoto ou
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drenagem. O NSSS pode ser fabricado como um conjunto único ou fabricado como um grupo de
elementos pré-fabricados, projetados para serem montados sem fabricação ou modificação adicional
que influencie no funcionamento do sistema. Os componentes pré-fabricados do NSSS se destinam
a requerer trabalho mínimo a ser integrado e fornecer rapidamente sistemas de saneamento totalmente
funcionais.

DESCARGA
OU REÚSO
SEGURO DE
SÓLIDOS

DESCARGA
OU REÚSO
SEGURO DE
EFLUENTES
LÍQUIDO

MÓDULO DE MÓDULO DE
INTERFACE FRONTAL TRATAMENTO

EMISSÃO
SAÍDA

ENTRADA
PARA A
ATMOSFERA

COLETA/CONDUÇÃO

ODOR

RUÍDO

Figura 1 – Conceito de um sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto

No NSSS, o módulo de interface frontal inclui interfaces com o usuário, como um mictório, latrina turca
ou vaso sanitário, que podem aplicar mecanismos de descarga que variam desde descarga convencional,
descarga manual e sanitários secos até novos mecanismos de descarga, como aqueles que utilizam
forças mecânicas que requerem pouca ou nenhuma água. Os mecanismos de descarga convencionais
e novos podem ser combinados com aplicações de separação da urina (por exemplo, sanitário de
descarga com separação da urina, sanitário seco com separação da urina). As tecnologias e processos
de tratamento do módulo de tratamento do NSSS variam desde processos unitários biológicos ou
químicos até físicos (por exemplo, digestão anaeróbica e aeróbica, combustão, desinfecção eletroquímica,
membranas). Alguns sistemas utilizam somente uma dessas tecnologias ou processos, enquanto
outros aplicam vários processos unitários combinados por meio de várias unidades de tratamento.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR ISO 30500:2021

Sistemas de saneamento não ligados à rede de esgoto — Unidades de


tratamento integradas pré-fabricadas — Requisitos gerais de segurança e
desempenho para projeto e ensaio
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1 Escopo
Este documento especifica os requisitos gerais de segurança e desempenho para projeto e ensaio,
bem como as considerações de sustentabilidade, para sistemas de saneamento não ligados à rede
de esgoto (NSSS). Um NSSS, para os propósitos deste documento, é uma unidade de tratamento
integrada pré-fabricada, que inclui componentes de módulo de interface frontal (instalação sanitária) e
módulo de tratamento (instalação de tratamento) que

 a) coletam, conduzem e tratam totalmente o produto de entrada específico dentro do sistema, para
permitir o reúso ou descarte seguro do produto de saída sólido, efluente líquido e gasoso gerado, e

 b) não estão ligados a sistemas de rede de esgoto ou rede de drenagem.

Este documento é aplicável aos sistemas de saneamento que são fabricados como um conjunto
único ou fabricados como um grupo de elementos pré-fabricados, projetados para serem montados no
local, sem fabricação in loco ou modificação adicional que influencie no funcionamento do sistema.
O plano ou superfície (por exemplo, piso, estrutura de concreto) em que um NSSS totalmente montado
se situado está além do escopo deste documento. Este documento não é aplicável a sistemas de
saneamento construídos in loco (no próprio local).

Este documento também abrange componentes do módulo de tratamento do NSSS que são projetados
para serem integrados com um ou mais módulos de interface frontal especificados.

Embora este documento seja aplicável principalmente no desenvolvimento de sistemas de saneamento


que não estejam ligados a redes de água e eletricidade, ele também pode ser aplicado a sistemas que
podem utilizar redes de água e/ou eletricidade.

Este documento define o produto de entrada básico tratável, principalmente excrementos humanos,
e fornece opções para estender a faixa de substâncias de produto de entrada. Os requisitos para
a qualidade dos produtos de saída do sistema de saneamento são fornecidos para descargas de sólidos
e líquidos, bem como emissões de odor, atmosféricas e de ruído.

Este documento contém critérios de segurança, funcionalidade, usabilidade, confiabilidade e capacidade


de manutenção do sistema, bem como sua compatibilidade com os objetivos de proteção ambiental.

Este documento não abrange os seguintes aspectos:

— diretrizes para seleção, instalação, operação, manutenção e gestão de sistemas de saneamento;

— transporte do produto de saída tratado para fora do sistema de saneamento (por exemplo, transporte
manual, transporte por caminhão ou tubulação) para processamento, reúso ou descarte posterior;

— processos de tratamento que ocorrem em outro local, separadamente dos componentes de módulo
de interface frontal e módulo de tratamento;

— reúso e descarte da saída do sistema de saneamento.

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ABNT NBR ISO 30500:2021

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
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ISO 20816-1, Mechanical vibration – Measurement and evaluation of machine vibration – Part 1:
General guidelines

ABNT NBR ISO/IEC 17065:2012, Avaliação da conformidade – Requisitos para organismos de


certificação de produtos, processos e serviços

IEC 60942:2017, Electroacoustics – Sound calibrators

IEC 61260-1:2014, Electroacoustics – Octave-band and fractional-octave-band filters – Part 1: Specifications

IEC 61672-1:2013, Electroacoustics – Sound level meters – Part 1: Specifications

EN 997:2012, WC pans and WC suites with integral trap

EN 13725:2003, Air quality – Determination of odour concentration by dynamic olfactometry

EPA Method 1A, Sample and Velocity Traverses for Stationary Sources with Small Stacks or Ducts

NSF/ANSI 41:2011, Non-liquid saturated treatment systems

WHO Guidelines for Drinking Water Quality, 4th edition

3 Termos, definições e termos abreviados


3.1 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

A ISO e a IEC mantêm as bases de dados terminológicos para uso na normalização nos seguintes
endereços:

— Plataforma de navegação online ISO: disponível em http://www.iso.org/obp

— IEC Electropedia: disponível em http://www.electropedia.org/

3.1.1 Estrutura do sistema

3.1.1.1
sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto
NSSS
sistema que não é conectado a uma rede de esgoto, e que coleta, conduz e trata totalmente o produto
de entrada (3.1.2.1), específico para permitir o reúso ou descarte seguro dos sólidos e/ou efluente
líquido (3.1.2.7) gerados na saída (3.1.2.2)

Nota 1 de entrada: Para os propósitos deste documento, um NSSS que trata totalmente o produto de entrada
específico é um NSSS que atende aos requisitos de ensaios de desempenho especificados na Seção 7.

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3.1.1.2
mecanismo de descarga
mecanismo que fornece energia/movimento para conduzir o produto de entrada (3.1.2.1) do módulo
de interface frontal (3.1.1.3) até o módulo de tratamento (3.1.1.4) do sistema de saneamento não
ligado à rede de esgoto (3.1.1.1), como mecanismos de descarga convencional, descarga manual,
sanitários secos e novos mecanismos
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3.1.1.3
módulo de interface frontal
qualquer interface com o usuário, como mictório, latrina turca ou vaso sanitário, de um sistema de
saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1), utilizado para defecação e micção humanas,
incluindo o mecanismo de descarga (3.1.1.2) e todos os componentes do sistema que sejam claramente
visíveis ao usuário

NOTA BRASILEIRA O termo “módulo de interface frontal” foi a tradução utilizada para o termo original
“frontend”.

3.1.1.4
módulo de tratamento
conjunto combinado de componentes do sistema que abrange os ativos físicos utilizados para tratar
o produto de entrada (3.1.2.1) no sistema por meio do módulo de interface frontal (3.1.1.3), a fim de
permitir o reúso ou descarte seguro do produto de saída (3.1.2.2) gerado

NOTA BRASILEIRA O termo “módulo de tratamento” foi a tradução utilizada para o termo original “backend”.

3.1.1.5
superestrutura
estrutura adicional conectada ou integrada ao sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto
(3.1.1.1), a fim de fornecer abrigo ou privacidade aos usuários

3.1.2 Produtos de entradas e produtos de saídas do sistema

3.1.2.1
produto de entrada
substâncias que entram no sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1), que consistem
principalmente em fezes (3.1.2.4) e urina (3.1.2.3) humanas, sangue menstrual, bílis, água de descarga,
água de limpeza anal, papel higiênico e outros fluidos/sólidos corporais e, em alguns sistemas, entrada
adicional, conforme definido pelo fabricante

EXEMPLO Exemplos de produtos de entradas adicionais podem incluir água para lavagem das mãos,
produtos de higiene menstrual, resíduo orgânico doméstico.

3.1.2.2
produto de saída
substâncias que saem do sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1), que incluem
os produtos do processo de tratamento do módulo de tratamento [produto de saída sólido e efluente
líquido (3.1.2.7)], bem como emissões de ruído, ar e odor

Nota 1 de entrada: O produto de saída pode ser um produto reutilizável, um produto de saída direta para
o meio ambiente ou um resíduo descartável.

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ABNT NBR ISO 30500:2021

3.1.2.3
urina
produto líquido do sistema excretor humano produzido pelos rins e expelido pela uretra por meio da
micção (isto é, micturição)

3.1.2.4
fezes
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produtos de excrementos do sistema digestivo humano, incluindo micro-organismos

3.1.2.5
excrementos
produtos residuais do metabolismo humano, na forma sólida ou líquida, geralmente urina (3.1.2.3)
e/ou fezes (3.1.2.4)

[FONTE: ISO 24521:2016, 3.3]

3.1.2.6
diarreia
fezes (3.1.2.4) soltas e aquosas, muitas vezes resultantes de infecção viral, parasitária, protozoária,
bacteriana ou helmítica

3.1.2.7
efluente líquido
líquido tratado descartado do módulo de tratamento (3.1.1.4)

3.1.2.8
aditivos químicos e biológicos
substâncias adicionadas no sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1), para apoiar
o processo de tratamento ou limpar o sistema, incluindo, mas não limitado a, substâncias químicas
e/ou agentes biológicos

EXEMPLO Desodorizantes, bactericidas, bacteriostáticos, microbiocidas, reagentes químicos, surfactantes


ou agentes enzimáticos.

3.1.2.9
fonte de energia
energia da rede elétrica, fotovoltaica ou outras fontes (por exemplo, armazenamentos mecânicos,
reservatórios de ar pressurizado ou moinhos de vento), que alimenta o sistema de saneamento não
ligado à rede de esgoto (3.1.1.1)

3.1.2.10
energia elétrica
energia derivada de uma corrente elétrica que pode ser fornecida por uma variedade de meios, como
conexão à rede de energia elétrica, baterias ou sistemas fotovoltaicos

3.1.3 Segurança e integridade do sistema

3.1.3.1
perigo
fonte ou situação com potencial de causar dano ao ser humano (a curto e longo prazos), em termos
de lesão ou problema de saúde, à propriedade, ao meio ambiente, ao solo e à vegetação, ou uma
combinação destes

[FONTE: ISO 30000:2009, 3.4, modificada – “ao solo e à vegetação” foi adicionado.]

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3.1.3.2
risco
combinação da probabilidade de ocorrência de um dano e da severidade deste

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.12]

3.1.3.3
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análise de risco
uso sistemático das informações disponíveis para identificar perigos (3.1.3.1) e estimar o risco (3.1.3.2)

[FONTE: ISO/IEC Guia 51:2014, 3.10]

3.1.3.4
avaliação de risco
julgamento, com base na análise de risco (3.1.3.3), do quanto os objetivos de redução de risco foram
atingidos

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.16]

3.1.3.5
apreciação de risco
processo completo que compreende a análise de risco (3.1.3.3) e a avaliação de risco (3.1.3.4)

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.17]

3.1.3.6
proteção
barreira física projetada como parte de um sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto
(3.1.1.1), para oferecer proteção

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.27, modificada – A palavra “máquina” foi substituída por
“sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto”.]

3.1.3.7
estado seguro
modo de operação de um sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1) com um nível
de risco (3.1.3.2) aceitável para usuários e pessoal de serviço qualificado

Nota 1 de entrada: O modo de estado seguro protege o usuário ou o pessoal de serviço qualificado, evitando
condições potencialmente perigosas (por exemplo, no caso de um mau funcionamento ou após uma parada
involuntária).

[FONTE: ABNT NBR ISO 25119-1:2020, 3.43, modificada – A palavra “sistema” foi substituída por
“sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto”, “para usuários e pessoal de serviço qualificado”
e a nota 1 de entrada foi adicionada.]

3.1.3.8
material exposto
material utilizado dentro do sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1), que entra
em contato com a urina (3.1.2.3) ou fezes (3.1.2.4) humanas, ou produtos intermediários e resíduos
no curso da operação do sistema

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ABNT NBR ISO 30500:2021

3.1.3.9
estanqueidade à água
capacidade de o sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1) fechado em resistir
à infiltração de água e impedir vazamentos

[FONTE: ISO 15821:2007, 3.6, modificada – O termo “corpo de prova” foi substituído por “sistema
de saneamento não ligado à rede de esgoto” e “e impedir vazamentos” foi adicionado.]
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3.1.3.10
estanqueidade técnica
características inerentes de um sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1) que
evitam que fluidos, gases ou partículas em suspensão perigosos passem do ambiente externo para
o ambiente interno de processamento/tratamento, ou do ambiente interno de processamento/tratamento
para o ambiente externo, ou ambos

Nota 1 de entrada: O sistema de saneamento ou seus componentes são considerados tecnicamente estanques,
se a taxa de vazamento não exceder 0,001 Pa·L/s.

Nota 2 de entrada: Subsistemas, componentes ou limites que requerem estanqueidade técnica são identificados
na avaliação de segurança (ver 5.1).

3.1.3.11
fator de segurança de resistência
razão entre o limite de carga ou pressão na resistência ao escoamento do material e a carga-limite
(ou pressão-limite)

Nota 1 de entrada: O fator de segurança de resistência evita que estruturas sofram fraturas, deformação
e fadiga.

3.1.3.12
comprovado
demonstrado, por meio de ensaio e validação, análise sistemática da experiência operacional ou
outros métodos de qualificação adequados, que é seguro, eficaz e confiável para o uso previsto

3.1.4 Uso e impacto do sistema

3.1.4.1
uso previsto
uso de um sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1) de acordo com as informações
de uso fornecidas nas instruções e nos limites de projeto do fabricante

3.1.4.2
uso inadequado
uso de um sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto (3.1.1.1) de uma forma não prevista
pelo fornecedor, mas que pode resultar do comportamento humano prontamente previsível

Nota 1 de entrada: Comportamentos de interesse incluem operação incorreta do sistema, como uso excessivo,
acionamento inapropriado de controles mecânicos e elétricos, manutenção inadequada e depósito de materiais
inapropriados no módulo de interface frontal.

[FONTE: ISO/IEC Guia 51:2014, modificado – O termo “produto ou sistema” foi substituído por “sistema
de saneamento não ligado à rede de esgoto”, as Notas foram excluídas e uma nova Nota 1 de entrada
foi adicionada.]

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ABNT NBR ISO 30500:2021

3.1.4.3
sustentabilidade
estado do sistema global, incluindo aspectos ambientais, sociais e econômicos, em que as necessidades
do presente são atendidas sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atender às suas
próprias necessidades

[FONTE: ISO Guia 82:2014, 3.1]


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3.2 Termos abreviados

BL Batch liquid
(Líquido da batelada)
BS Batch solid
(Sólido da batelada)
CAPEX Capital expenditure
(Despesas de capital)
UFC Unidades formadoras de colônias
DQO Demanda química de oxigênio
EMC Electromagnetic compatibility
(Compatibilidade eletromagnética)
EPA US Environmental Protection Agency
GEE Gases do efeito estufa
HACCP Hazard analysis and critical control point
(Análise de perigo e ponto crítico de controle)
HAZOP Hazard and operability study
(Estudo do perigo e operacionalidade)
IP Ingress protection
(Grau de proteção)
VRL Valores de redução logarítmica
PMO Pressão máxima de operação
NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health
(Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional)
VPL Valor presente líquido
OPEX Operating expense
(Despesa operacional)
OSHA Occupational Safety and Health Administration
(Administração de Segurança e Saúde Ocupacional)
UFP Unidades formadoras de placas
PL Periodic liquid
(Líquido periódico)

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ABNT NBR ISO 30500:2021

PS Periodic solid
(Sólido periódico)
CVSP Ciclo de vida de segurança do produto
SSF Fatores de segurança de resistência
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SST Sólidos suspensos totais


ONU Organização das Nações Unidas
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância
VOC Volatile organic compound
(Composto orgânico volátil)
OMS Organização Mundial da Saúde

4 Requisitos gerais
4.1 Requisitos do usuário
O NSSS deve ser projetado de forma a assegurar que os usuários possam utilizar o sistema com
segurança e da maneira prevista pelo fabricante. O projeto e a implementação do sistema devem
assegurar que os usuários com pouca ou nenhuma instrução ou aqueles que não possuem
conhecimento técnico sejam capazes de utilizar, com segurança e de forma eficaz, o módulo de interface
frontal do sistema e realizar a manutenção de rotina pelo usuário, conforme previsto pelo fabricante.

NOTA Requisitos adicionais para usuários específicos, como pessoas com necessidades especiais e
crianças pequenas, são fornecidos, por exemplo, na Referência [26], Referência [33] e Referência [40].

4.2 Sistema métrico


O projeto e a construção do NSSS devem ser especificados no Sistema Internacional de Unidades.

4.3 Capacidade do projeto


4.3.1 Produto de entrada tratável

O NSSS deve ser capaz de tratar no mínimo fezes e urina humanas, sangue menstrual, bílis, água
de descarga, água de limpeza anal, papel higiênico e outros fluidos/sólidos corporais. Os fabricantes
podem identificar categorias adicionais de produto de entrada como aceitáveis para tratamento, como
água para lavagem das mãos, produtos de higiene menstrual e/ou resíduo orgânico doméstico.

4.3.2 Capacidade de tratamento

A capacidade de projeto em relação às fezes e urina humanas deve ser indicada como usos esperados
por dia (usos fecais/dia e usos de urina/dia). A quantidade média de fezes (kg/uso) e urina (L/uso)
por uso deve ser determinada como a base para os cálculos da capacidade e deve ser claramente
indicada. Além disso, a capacidade diária prevista para outros produtos de entrada (como água,
produtos de higiene menstrual e resíduo orgânico) deve ser indicada pelo fabricante (em unidades
como kg/dia ou L/dia).

EXEMPLO A referência [75] mediu a taxa média de produção fecal como 250 g/pessoa/dia a 350 g/
pessoa/dia para países de baixa renda, 250 g/pessoa/dia para ambientes urbanos de baixa renda e 350 g/pessoa/dia

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para ambientes rurais de baixa renda, e descobriram que as taxas gerais de produção de urina para adultos
são de 1,0 L/pessoa/dia a 1,3 L/pessoa/dia.

4.3.3 Produtos de higiene menstrual

Se o sistema for previsto a aceitar produtos de higiene menstrual separadamente de outros produtos de
entrada do sistema, devem ser fornecidas as prescrições e instruções para a operação e manutenção
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seguras do mecanismo ou dispositivo de descarte. Devem ser consideradas normas culturais, práticas
existentes e aspirações em relação ao descarte de produtos de higiene menstrual (ver D.4 e E.4).

4.3.4 Proteção contra sobrecarga

Um fator de segurança razoável deve ser incorporado ao projeto e indicado pelo fabricante para evitar
sobrecarga. Para indicar quando o sistema está se aproximando da capacidade máxima (capacidade
de projeto mais fator de segurança), o sistema deve ser equipado com um mecanismo visual e/ou
sonoro indicando ao usuário que o sistema está sobrecarregado e, portanto, não está utilizável. Caso
ocorra sobrecarga, o sistema deve entrar em um estado seguro que evite quaisquer perigos devido
à sobrecarga (ver A.3.8.6).

4.3.5 Operacionalidade após o não uso

O sistema deve permanecer operável após um período sem uso do sistema de 60 h, sem provocar
mau funcionamento ou requerer esforços adicionais para retomar a operação que excedam aos
procedimentos normais de operação.

O não uso ocorre quando não há desligamento intencional do sistema pelo usuário. Além disso,
o sistema não é usado e não tem qualquer interação humana por um período de 60 h.

4.3.6 Operacionalidade após desligamento de curta duração

Depois da reinicialização após um desligamento de curta duração (isto é, 60 h ou menos) especificado


pelo fabricante, o sistema deve ser capaz de aceitar imediatamente a contribuição de entrada e retornar
ao estado normal de operação.

4.3.7 Operacionalidade após desligamento de longa duração

O fabricante do sistema de saneamento deve fornecer instruções precisas para preparar o sistema
para o desligamento de longa duração (isto é, mais de 60 h). As instruções devem descrever os
procedimentos para alcançar condições seguras e estáveis de desligamento do sistema.

O fabricante deve indicar claramente a duração de tempo necessário para completar o processo de
desligamento de longa duração. Não convém que o processo de desligamento de longa duração
requeira mais de 10 h para ser concluído. Convém que a interação requerida ao usuário durante
o desligamento seja minimizada.

Depois da reinicialização após um desligamento de longa duração, o sistema de saneamento deve


ser capaz de aceitar imediatamente a contribuição de entrada e deve ser capaz de retornar ao estado
normal de operação dentro do tempo especificado pelo fabricante.

4.3.8 Uso contínuo

O sistema de saneamento deve permitir o uso contínuo sem períodos de espera excessivos entre
os usos. O fabricante deve especificar o período mínimo de espera entre usos no manual do usuário
ou como parte do rótulo ou placa de dados do equipamento.

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4.3.9 Estado seguro

Os meios de indicação (visuais ou sonoros) ou instruções para determinar se o sistema está em


um estado seguro (ver 3.1.3.7) devem ser fornecidos pelo fabricante.

4.4 Requisitos de desempenho


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4.4.1 Generalidades

O sistema de saneamento deve ser de tal forma que, quando operado, mantido e usado, os requisitos
em 4.4.2 a 4.4.5 sejam atendidos em todas as condições de operação (ver 4.8).

4.4.2 Requisitos do produto de saída sólido e efluente líquido

Os produtos de saída sólido e o efluente líquido devem ser totalmente tratados dentro do sistema de
saneamento permitindo o reúso ou descarte seguro. O produto de saída sólido e o efluente líquido
devem atender aos requisitos especificados em 7.2.9.3 e 7.2.9.4, em todos os momentos, incluindo
o período de inicialização quando ensaiado de acordo com A.3.4.

4.4.3 Requisitos de emissões de odor

Para minimizar as emissões de odor do sistema de saneamento, os requisitos em 7.2.9.5 devem


ser atendidos quando ensaiados de acordo com A.3.5.

NOTA As origens potenciais das emissões de odor do sistema de saneamento incluem odores fecais
(fezes e urina e o envelhecimento das fezes e urina) e odores do processo, como aqueles que surgem
durante a secagem, pirólise, combustão e descarga do produto de saída.

4.4.4 Requisitos de ruído

As emissões de ruído do NSSS não podem representar riscos à saúde e ao bem-estar psicológico do
usuário. Quando ensaiado de acordo com A.3.7, o sistema de saneamento deve atender aos requisitos
especificados em 7.2.9.6.

4.4.5 Requisitos de emissões atmosféricas

As emissões potenciais atmosféricas do NSSS podem ser classificadas como gases poluentes ou
explosivos. O monitoramento de gases explosivos durante a operação é abordado em 4.12.2. Os
poluentes atmosféricos do NSSS liberados em ambientes fechados e ao ar livre não podem exceder
a um nível que represente riscos à saúde do usuário. Quando ensaiado de acordo com A.3.6,
o sistema de saneamento deve atender aos requisitos especificados em 7.2.9.7.

O projeto do NSSS (módulo de interface frontal e módulo de tratamento) deve ser tal que as emissões
de bioaerossóis e endotoxinas sejam minimizadas. Para NSSS com um módulo de tratamento que
descarrega diretamente no ambiente fechado, e quando o bioaerossol e/ou endotoxinas puderem ser
razoavelmente previstos, o ensaio para bioaerossóis e para endotoxinas patogênicos é recomendado.

Até o momento da publicação deste documento, nenhum requisito de desempenho foi especificado
para bioaerossóis ou endotoxinas. Isto pode mudar no futuro, por exemplo, à medida que forem sendo
estabelecidas normas de saúde ocupacional para esses perigos.

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4.5 Vida útil esperada de projeto


O NSSS deve ser projetado para uma vida útil em operação de no mínimo 10 anos, nas taxas ou
frequência de carregamento estipuladas pelo fabricante, presumindo o uso e a manutenção de acordo
com as especificações do fabricante. Os requisitos de manutenção são especificados em 4.14 e
os requisitos do manual do usuário são especificados no Anexo C.
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4.6 Projeto inovador e ergonômico


Convém que o NSSS seja projetado não somente para funcionalidade, mas também para conforto.
Convém que o NSSS também seja projetado para satisfação estética e apelo sensorial. Convém que
os projetistas se esforcem para propiciar uma sensação de limpeza na experiência do usuário e no
aspecto do módulo de interface frontal (ver E.2).

4.7 Projeto de proteção


Para evitar roubos ou adulteração, os componentes críticos acessíveis do NSSS devem ser montados
ou afixados de forma a impedir a remoção ou desmontagem por pessoas não autorizadas.

NOTA O projeto que requerer o uso de ferramentas para remoção ou desmontagem de quaisquer
componentes pode auxiliar a evitar roubos.

4.8 Condições operacionais


4.8.1 Faixa de temperatura ambiente

O NSSS deve operar com segurança e confiabilidade em ambientes com temperatura ambiente em
uma faixa mínima de 5 °C a 50 °C, que deve ser entendida como a faixa principal requerida para
todos os sistemas que estejam em conformidade com este documento. As tecnologias projetadas para
uso em ambientes com temperaturas ambientes fora desta faixa devem demonstrar, adicionalmente,
sua capacidade de operar com segurança e confiabilidade nessas faixas expandidas de temperatura
ambiente.

4.8.2 Umidade do ar ambiente

O NSSS deve operar com segurança e confiabilidade em condições de umidade do ar ambiente em


uma faixa mínima de 20 % a 100 %. As tecnologias projetadas para uso em ambientes com umidade
do ar ambiente abaixo de 20 % devem demonstrar, adicionalmente, sua capacidade de operar com
segurança e confiabilidade nessas faixas expandidas de umidade do ar ambiente.

4.8.3 Pressão atmosférica

O NSSS deve operar com segurança e confiabilidade em condições de pressão atmosférica em uma
faixa mínima do nível do mar (101 kPa) a 2 500 m de altitude (76 kPa). As tecnologias projetadas
para uso em ambientes com pressão atmosférica fora desta faixa devem demonstrar, adicionalmente,
sua capacidade de operar com segurança e confiabilidade nessas faixas expandidas de pressão
atmosférica.

4.9 Requisitos para componentes do sistema de saneamento

4.9.1 Generalidades

Os materiais, equipamentos, componentes, conexões e elementos de união críticos do NSSS que


forem indispensáveis para a operação apropriada do sistema devem ser selecionados com base na
sua adequação para aplicações de saneamento.

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Documentação da adequação de desempenho deve ser fornecida para quaisquer materiais,


equipamentos, componentes, conexões ou elementos de união essenciais que não sejam explicitamente
projetados, comumente utilizados ou aprovados para uso em sistemas de saneamento. A adequação de
desempenho pode ser demonstrada por meio de apreciações de risco ou outros métodos comumente
aceitos (por exemplo, análise dos modos e efeitos de falha (FMEA), ensaio do material, ficha de
segurança do material).
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Quando o ensaio é realizado como parte do processo de certificação do produto, o laboratório que
realiza o ensaio do material deve atender aos requisitos de A.1.

4.9.2 Projeto higiênico

O NSSS deve ser projetado de forma a mitigar qualquer risco de infecção devido a agentes patogênicos
potenciais da urina ou fezes humanas ou produtos intermediários e residuais do sistema de saneamento.

O NSSS deve minimizar a entrada de insetos e vermes nos subsistemas.

4.9.3 Estanqueidade

Todas as instalações que contêm, transportam ou armazenam líquidos devem alcançar no mínimo
a estanqueidade à água. Nos casos em que os resultados de uma avaliação de segurança (ver 5.1)
indicarem perigos que requerem mitigação por meio de um grau mais elevado de estanqueidade do
sistema (por exemplo, gases potencialmente perigosos), a estanqueidade técnica deve ser alcançada.

NOTA A resistência aos efeitos de enchentes, como inundação e força lateral da água de enchente,
é uma consideração adicional para NSSS em áreas propensas a enchentes.

Os procedimentos de ensaio relacionados são fornecidos em A.3.1.

4.9.4 Capacidade de limpeza de superfícies

Os materiais visivelmente expostos e os elementos de união, reservatórios e tubulação relacionados


devem ser lisos e de fácil limpeza. Consequentemente, as superfícies devem ser:

 a) livres de cavitações e oclusões e não podem ter fissuras ou fendas onde materiais orgânicos possam
se acumular;

 b) projetadas de forma a minimizar saliências, bordas e reentrâncias.

Os materiais visivelmente expostos devem ser projetados de forma a assegurar que as fezes e
as substâncias residuais possam ser removidas por métodos de limpeza doméstica e sem requerer
o uso de produtos especializados de limpeza química. Convém que a capacidade de limpeza total
tenha um valor mínimo equivalente ao de um acabamento com granulometria de Nº 3, 100 a 120, em
aço inoxidável.

NOTA O aço com granulometria de N° 3, 100 a 120, é um aço inoxidável com linhas de polimento paralelas
curtas, relativamente grossas, que se estendem uniformemente ao longo do comprimento da bobina, obtido
com lixas abrasivas 100 a 120.

4.9.5 Aditivos químicos e biológicos

Convém que o NSSS minimize o uso de aditivos químicos e/ou biológicos. Os sistemas que requerem
esses aditivos não podem requerer seu uso de uma maneira ou em um grau que exceda aos riscos
aceitáveis à saúde ou ao meio ambiente. O fabricante do sistema de saneamento deve fornecer

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documentação relativa aos riscos e instruções sobre o uso apropriado, manuseio e armazenamento
de quaisquer aditivos necessários para o funcionamento do sistema (por exemplo, ficha de segurança
do fabricante dos aditivos pertinentes) (ver Anexo C).

4.10 Requisitos de material

4.10.1 Durabilidade dos materiais


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Os materiais usados para o NSSS devem ser estruturalmente estáveis, duráveis e, quando pertinente,
estanques à água, e devem ser resistentes aos efeitos das condições locais para o uso previsto
(ver 3.1.4.1) e uso inadequado (ver 3.1.4.2).

A durabilidade deve ser alcançada por meio do uso de materiais inerentemente resistentes à corrosão
ou por meio da aplicação de um revestimento adequado. Sempre que possível, proteção anticorrosiva
deve ser integrada no processo de fabricação do sistema.

Se dois ou mais materiais diferentes forem conectados dentro do sistema de saneamento, a corrosão
galvânica prejudicial deve ser evitada. Se os componentes que suportam cargas mecânicas forem
fabricados de material plástico, os efeitos prejudiciais do ambiente (por exemplo, radiação ultravioleta,
temperatura) nesses componentes devem ser evitados (ver E.3.3.3).

4.10.2 Resistência dos materiais ao fogo

O NSSS deve ser resistente ao fogo. Os materiais não podem entrar em combustão, não podem
ficar incandescentes progressivamente, não podem queimar lentamente ou não podem apresentar
evidências de estarem funcionalmente prejudicados quando expostos a uma fonte de ignição. Convém
que os materiais estejam de acordo com a ISO 10295 (todas as partes) ou equivalente.

4.11 Conexões e elementos de união

As conexões (por exemplo, soldas, juntas) dentro do NSSS devem ser duráveis e capazes de resistir
às tensões e ao desgaste durante o transporte, montagem, instalação, operação e manutenção.
As conexões devem resistir à corrosão. Os elementos de união aplicados (por exemplo, porcas,
parafusos, arruelas), que estejam em contato com ambientes de saneamento, como aqueles que
envolvem águas residuais ou lodo, devem ser resistentes à corrosão (por exemplo, aço inoxidável de
classe A2 ou A4; para mais informações, ver ISO 3506-1, ISO 3506-2 e ISO 3506-3).

Os métodos de conexão aplicados devem estar em conformidade com abordagens comprovadas do


estado da arte (tecnologia de ponta). As conexões identificadas como essenciais à operação segura
ou confiabilidade do processo por meio da avaliação de segurança (ver 5.1) não podem requerer
atividade de manutenção regular. A localização, o tipo e a especificação dessas conexões devem ser
claramente indicados pelo fabricante em diagramas esquemáticos fornecidos com o sistema.

Erros razoavelmente previsíveis na aplicação de conexões e elementos de união que possam ser
uma fonte de risco devem ser evitados, principalmente pela seleção e combinação desses elementos,
assim como pelo seu projeto e concepção. O sentido de movimento ou o transporte de peças móveis
e componentes de transição do sistema de saneamento deve ser claramente indicado pelo fabricante em
diagramas esquemáticos. Quando uma ligação equivocada (por exemplo, fiação elétrica ou tubulação)
puder representar um risco, essas ligações incorretas devem ser tornadas impossíveis por projeto (por
exemplo, por meio de codificação mecânica).

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4.12 Requisitos gerais de projeto de segurança

4.12.1 Segurança de bordas, quinas e superfícies

As superfícies e peças do NSSS com as quais os usuários ou pessoal de serviço podem entrar em
contato devem estar livres de bordas vivas e cantos vivos ou pontos desnecessariamente afiados
não necessários.
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4.12.2 Proteção contra incêndio e explosão

O NSSS deve ser projetado de forma a evitar qualquer risco de incêndio ou superaquecimento causado
pela operação ou mau funcionamento do próprio NSSS, ou por gases, líquidos, poeira, vapores ou
outras substâncias geradas ou utilizadas no processo de operação do sistema.

O NSSS deve ser projetado de forma a evitar qualquer risco de explosão causado por atmosferas
explosivas ou substâncias geradas pelas tecnologias e processos de tratamento do módulo de
tratamento, incluindo gases, líquidos, poeira, vapores ou outras substâncias produzidas. Acúmulos
perigosos de gases, líquidos, poeira, vapores ou outras substâncias potencialmente explosivas devem
ser monitorados de maneira confiável, e medidas de mitigação apropriadas devem ser tomadas pelo
fabricante, considerando no mínimo o limite explosivo inferior e a avaliação das fontes de ignição
potenciais. Essa proteção pode ser realizada por meio do projeto apropriado do sistema de saneamento
que torna a segurança inerente ou por meio da incorporação de instalações e equipamentos relacionados
à segurança que controlam qualquer risco de explosão.

Em sistemas nos quais processos de combustão/incineração são aplicados, perigos pertinentes


de incêndio e explosão devem ser controlados por meio de funções relacionadas à segurança com
confiabilidade comprovada (ver 5.6.3).

NOTA As fontes de perigos potenciais incluem escória, bloqueio da exaustão e qualidade inferior do
material combustível.

4.12.3 Integridade estrutural

Os materiais, equipamentos, componentes, conexões e elementos de união dentro do sistema de


saneamento devem ser capazes de resistir às tensões estáticas e dinâmicas da operação esperada.

Quando um risco de ruptura ou desintegração permanecer, a despeito das medidas de proteção, as


partes afetadas devem ser instaladas, posicionadas e/ou protegidas de forma a conter quaisquer
perigos. As instalações e tubulações, rígidas ou flexíveis, que transportam fluidos e/ou gases devem
ser capazes de resistir às tensões internas e externas definidas, e devem ser firmemente fixadas
e/ou protegidas para assegurar que não haja risco de ruptura.

Os fatores de segurança de resistência (SSF) devem ser comprovados para alcançar os seguintes
níveis (ver ABNT NBR ISO 14622 para mais informações):

— para perigos que possam provocar lesões e mortes, SSF ≥ 3;

— para perigos que interrompam as operações do módulo de tratamento, SSF ≥ 2;

— para perigos que causem transtornos, SSF ≥ 1,5.

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4.12.4 Prevenção contra o contato com efluente líquido inseguro e reúso

Os sistemas de saneamento que não atendem aos requisitos de descarga ou lavagem das mãos
(ver 7.2.9.4) devem evitar esse tipo de reúso interno (ou dentro do sistema) no projeto do sistema por
meios razoavelmente praticáveis.

Os sistemas de saneamento que são projetados para reúso intencional de efluente líquido (em vez do
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descarte seguro no meio ambiente) devem atender aos requisitos necessários para o tipo de reúso
(por exemplo, irrigação, descarga, lavagem das mãos) (ver 7.2.9.4).

4.12.5 Sistemas subterrâneos

Os componentes do NSSS que são projetados para serem posicionados abaixo do nível do solo (por
exemplo, para proteção contra temperaturas extremamente baixas)

— devem ser capazes de resistir à exposição a impactos geotécnicos, como pressões do solo e
hidrostáticas, no decorrer da operação sem perda da integridade estrutural; e

— devem permitir um monitoramento fácil para evitar vazamentos e poluição de águas subterrâneas
e/ou solo.

4.12.6 Impactos externos

O NSSS e seus componentes e conexões devem ser estáveis o suficiente para evitar inclinação,
tombamento, queda ou movimentos descontrolados. Se a forma ou a estrutura do sistema não oferecer
estabilidade de inclinação suficiente e estabilidade de inclinação sob carga mecânica, meios apropriados
de ancoragem devem ser incorporados no produto fabricado, e seu uso deve ser especificado no manual
do usuário (ver 4.14.5). O sistema deve resistir de maneira confiável a impactos mecânicos externos
razoavelmente esperados sujeitos durante o transporte, instalação, operação normal e manutenção.

4.13 Informações e marcações

4.13.1 Informações e advertências

As informações e advertências no NSSS devem ser fornecidas por meio de símbolos ou pictogramas
claros e inequívocos para assegurar a compreensão do usuário (ver E.3.2). Além disso, as informações
e advertências sobre o NSSS também devem considerar os requisitos do usuário (ver 4.1).

Uma plaqueta de dados informativos ou rótulo visíveis ao usuário nas proximidades do módulo de
interface frontal e próximos do indicadores de falha devem incluir no mínimo:

 a) o número esperado de usuários e usos por dia (usuários/dia e usos/dia) (ver 4.3.2) e o período
de espera definido pelo fabricante entre os usos (ver 4.3.8);

 b) a capacidade diária esperada para produto de entrada adicional, como água, produtos de higiene
menstrual e resíduos orgânicos (kg/dia ou L/dia) (ver 4.3.2);

 c) os itens comuns que não podem ser adicionados no sistema;

 d) as instruções para obter informações de serviço e contato;

 e) a temperatura de operações mínima e máxima.

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Quando um módulo de tratamento for fornecido sem um módulo de interface frontal, uma plaqueta de
dados informativos ou rótulo, consistindo das informações listadas em a) até e), devem ser fornecidos
pelo fabricante de modo que possam ser colocados bem fixados nas proximidades do módulo de
interface frontal pelo proprietário ou operador no local.

Se o efluente líquido do sistema não atender aos requisitos de água potável (ver 7.2.9.4), uma plaqueta
de dados informativos ou rótulo devem ser colocados em um local visível ao usuário nas proximidades
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do módulo de tratamento, alertando o usuário de que o efluente líquido não é potável.

Adicionalmente, se o sistema for projetado para produzir produto de saída tratado adequado para
reúso, o fabricante deve:

— especificar o propósito ou aplicação prevista do produto de saída sólido, efluente líquido e/ou
gás residual;

— fornecer informações sobre a qualidade do produto de saída reutilizável (por exemplo, teor de
nutrientes).

Essas informações devem estar na forma de uma plaqueta de dados informativos ou rótulo colocados
em um local visível ao usuário nas proximidades do módulo de tratamento.

As plaquetas e rótulos devem estar permanente e claramente legíveis.

As informações e advertências escritas devem ser redigidas no nível de leitura dos usuários e devem
incorporar todas as informações especificadas no Anexo C. As informações devem ser fornecidas
no(s) idioma(s) oficial(ais) do país de uso. As advertências devem indicar claramente a extensão do
risco de segurança.

4.13.2 Marcação e rotulagem

O NSSS deve ter plaquetas de dados informativos permanentes e legíveis. As informações devem
ser fornecidas no(s) idioma(s) oficial(ais) do país de uso.

As plaquetas de dados informativos devem incluir no mínimo:

 a) nome e endereço do fabricante;

 b) número do modelo;

 c) número de série;

 d) data de fabricação;

 e) massa total da unidade quando estiver operacional;

 f) parâmetros de circuitos elétricos primários, incluindo tensão e amperagem.

4.14 Manutenção
4.14.1 Configurações razoáveis, ajuste e atividades de manutenção

O NSSS deve ser projetado de forma que a frequência e a complexidade de configuração, os ajustes
e as atividades de manutenção a serem realizadas pelo usuário e pelo pessoal de serviço profissional
sejam razoáveis em relação às expectativas, à tecnologia e ao nível de treinamento profissional presentes
no ambiente dos usuários.

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Ver D.3 para determinar a adequação de um sistema de saneamento para um determinado local e
usuários em relação à frequência e complexidade de configuração, ajuste e atividades de manutenção.

4.14.2 Local e acesso de pontos de configuração, ajuste e manutenção

Para evitar contaminação e minimizar o risco de infecção, convém que os pontos de configuração, ajuste
e manutenção estejam localizados separados de quaisquer áreas perigosas. Convém que a remoção
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de obstruções do sistema, quando necessário, seja processada fora do sistema de saneamento e não
convém que necessite de qualquer desmontagem.

O NSSS deve ser projetado de forma a assegurar que os componentes que requerem operações de
serviço possam ser acessados e se o acesso ao sistema de saneamento for requerido, a reconfiguração
possa ser realizada com segurança. Convém que a configuração, o ajuste e a manutenção não envolvam
o contato desnecessário com materiais de produto de entrada, produtos de processo intermediários
ou produtos residuais.

4.14.3 Descarga e limpeza

As atividades de limpeza e manutenção regular realizadas pelo usuário não podem requerer a
descarga de materiais parcialmente tratados. A descarga de materiais parcialmente tratados pode ser
necessária para atividades de manutenção realizadas pelo pessoal de serviço. Se as atividades de
manutenção requererem a descarga de materiais parcialmente tratados, sejam eles sólidos, líquidos
ou gasosos, esses materiais parcialmente tratados não precisam atender aos requisitos para produtos
de saída ao ambiente especificados neste documento. O pessoal de serviço deve ser responsável pelo
descarte apropriado do material parcialmente tratado. A descarga de material parcialmente tratado
para manutenção não pode ser uma substituta para tratamento pelo sistema.

Entende-se que o volume de material em processo ou parcialmente tratado remanescente após


o desligamento para um intervalo de serviço irá variar devido às condições de carregamento anteriores,
abordagem de tratamento (lote, contínuo, outro) e tempo do procedimento de desligamento. O objetivo
é assegurar que os sistemas forneçam tratamento completo no local (na medida do possível) e, como
tal, convém que os materiais parcialmente tratados que precisam ser descartados sejam minimizados.

Convém que o fabricante forneça instruções claras ao pessoal de serviço para depositar o material
descarregado parcialmente tratado de uma forma que minimize o risco para a saúde, segurança e
meio ambiente.

4.14.4 Ferramentas e dispositivos

Se ferramentas especializadas forem requeridas para esvaziar e realizar manutenção no NSSS, essas
ferramentas especializadas devem ser descritas no manual do usuário (ver 4.14.5) e fornecidas com
o sistema.

4.14.5 Manual do usuário

Deve ser fornecido um manual do usuário com instruções claras e definitivas aos usuários e ao pessoal
de serviço para configuração, ajuste e manutenção do NSSS. No mínimo, o manual do usuário deve
definir claramente todos os procedimentos, atividades e cronogramas necessários para configuração,
ajuste e manutenção que são essenciais para manter o sistema seguro e operacional. Os requisitos
detalhados para manuais do usuário são especificados no Anexo C.

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4.14.6 Manuseio e transporte do sistema de saneamento

O NSSS, incluindo principalmente os sistemas móveis, deve ser capaz de resistir com segurança
ao manuseio e transporte para outro local e, se requerido, resistir com segurança ao armazenamento
e sem provocar danos. O fabricante deve indicar claramente a quais condições ambientais o sistema
de saneamento pode resistir durante o manuseio e o transporte apropriadamente seguro se os valores
diferirem dos especificados em 4.8.1.
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Quando transportados, os sistemas não podem produzir movimentos súbitos ou descarga involuntária
de recipientes, tubos ou quaisquer perigos relacionados à instabilidade. Se requerido, fixações apropriadas
para equipamentos de içamento ou pontos de fixação devem ser fornecidos para assegurar o transporte
seguro do sistema.

5 Requisitos técnicos
5.1 Avaliação de segurança
O fabricante de um NSSS deve realizar uma apreciação de risco iterativa ou uma apreciação igualmente
eficaz, capaz de demonstrar a segurança comprovada dos sistemas de saneamento. A avaliação de
segurança deve:

 a) determinar os requisitos específicos de saúde e segurança que se aplicam ao produto;

 b) determinar as medidas de mitigação de risco a serem tomadas;

 c) demonstrar a segurança do produto documentando os resultados da avaliação de segurança.

Convém que essa avaliação seja realizada durante o processo de projeto; entretanto, a avaliação
pode ser realizada após o processo de projeto. A avaliação deve abranger o ciclo de vida pertinente
do sistema de saneamento, considerando o uso esperado e o uso inadequado.

Os requisitos adicionais para apreciações de risco são especificados no Anexo B.

Convém que um ciclo de vida de segurança do produto (CVSP) seja implementado como parte de um
processo de gestão de riscos que considere todas as progressões pertinentes dentro do processo geral
de desenvolvimento do produto (por exemplo, pesquisa e desenvolvimento, aquisição e produção,
qualidade assegurada, gestão da qualidade). Se um CVSP for realizado, os requisitos especificados
em B.3 se aplicam.

5.2 Requisitos operacionais


5.2.1 Generalidades

O sistema de saneamento deve atender aos requisitos básicos de funcionalidade, como inicialização
da operação do sistema de saneamento, interrupção da operação de saneamento e acionamento de
uma parada de emergência.

5.2.2 Inicialização intencional de operação do sistema de saneamento

A inicialização e a reinicialização do sistema por meio de acionamento voluntário, incluindo a reinicialização


após uma parada, devem ser acionadas por meio de um único dispositivo de controle dedicado ou, em
sistemas em que os processos de tratamento do módulo de tratamento impedirem o uso de um único
dispositivo dedicado, devem ser acionadas por meio de uma sequência lógica de ações de controle
que seja claramente indicada pelo fabricante.

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Se a inicialização da operação do sistema de saneamento requerer força mecânica a ser aplicada


pelos usuários, esta força não pode ser superior a 25 N.

5.2.3 Parada intencional de operação do sistema de saneamento

O NSSS deve ser equipado com um dispositivo de controle ou uma sequência claramente indicada de
ações de controle que forneçam processos e operações pertinentes com segurança para uma parada
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completa e um estado seguro. Se um estado seguro não puder ser alcançado imediatamente após
o acionamento do dispositivo/sequência de controle e requerer um período de transição após o início
do(s) controle(s) de parada, a duração deste período de transição deve ser claramente indicada
pelo fabricante. A segurança do sistema durante este período de transição deve ser assegurada por
uma função relacionada à segurança (ver 5.6.3). O controle de parada deve reter a prioridade sobre
os controles de inicialização e operacionais.

5.2.4 Parada de emergência

Se for apropriado e pertinente, o NSSS deve ser equipado com um ou mais dispositivos de parada
de emergência que interrompam com segurança todos os processos mecânicos e elétricos, assim
como as operações, e cortem a fonte de energia. Convém que os fabricantes de NSSS consultem a
ISO 13850 para orientações adicionais referentes às funções de parada de emergência.

5.3 Requisitos de confiabilidade e segurança da fonte de energia

5.3.1 Proteção da fonte de energia

Uma falha da fonte de energia primária (por exemplo, por deficiência, ausência ou falhas no retorno de
energia) não pode desencadear condições perigosas do sistema. Esta prevenção de perigo pode ser
realizada por meio da transição automática do sistema para um estado seguro ou pelo fornecimento de
uma fonte de energia de reserva apropriada. Convém que a capacidade mínima da fonte redundante
de energia seja suficiente para permitir a preparação segura do sistema para um desligamento de
longa duração (ver 4.3.7). A quantidade de energia fornecida pela fonte redundante deve ser indicada
ao usuário.

5.3.2 Requisitos de segurança da fonte de energia elétrica

5.3.2.1 Separação e isolamento

A fonte de energia deve ser separável e isolável do sistema de saneamento por meio de dispositivos
de segurança de última geração, como interruptores de circuito, fusíveis ou outros dispositivos de
travamento comprovados. Os isoladores devem ser claramente perceptíveis por marcação e disposição
e devem ser capazes de serem travados se a reconexão puder colocar as pessoas em perigo (por
exemplo, durante a configuração, ajuste e manutenção).

Se o NSSS for ligado a uma tomada elétrica, a remoção do plugue pode ser suficiente para atender
a esses requisitos de separação e isolamento da fonte de energia, desde que o operador possa verificar
de qualquer um dos pontos que ele tenha acesso de que o plugue permaneça removido.

5.3.2.2 Descarga de energia

O NSSS deve ser equipado com um meio de descarregar qualquer energia remanescente ou armazenada
no sistema após o isolamento da fonte de energia (ver 5.3.2.1) para alcançar um estado seguro e
evitar perigos.

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Os subsistemas do sistema de saneamento que fornecem ou armazenam energia não precisam ser
descarregados se esses subsistemas puderem ser separados do sistema (por exemplo, por meio de
interruptores de separação) de forma a assegurar que o estado seguro do sistema não seja afetado
e os perigos não surjam do subsistema.

5.3.3 Requisitos de segurança para fonte não elétrica de energia primária


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O NSSS que obtém energia de outras fontes diferentes da energia elétrica deve ser projetado, concebido
e equipado de forma a assegurar que os perigos associados à fonte de energia sejam evitados. Se
aplicável, os requisitos fornecidos em 5.3.2 devem ser atendidos para sistemas que obtêm sua fonte
de energia primária de fontes não elétricas.

5.4 Requisitos mecânicos

5.4.1 Equipamento pressurizado ou a vácuo

O equipamento pressurizado com uma pressão manométrica nominal de operação superior a 50 kPa
ou equipamento a vácuo com uma pressão manométrica nominal de operação inferior a 50 kPa de
vácuo deve ser projetado de modo a resistir à pressão de carga mecânica a qual o equipamento é
submetido, incluindo fatores de segurança de resistência estrutural apropriados.

As sobrepressões devem ser controladas por válvulas de alívio apropriadas e com segurança comprovada.

5.4.2 Tubos, mangueiras e recipientes

Os tubos e mangueiras devem ser posicionados e restringidos para minimizar a deterioração resultante
do contato com outros elementos do sistema (por exemplo, superfícies quentes, arestas cortantes).
Os tubos, mangueiras e conexões devem ser acessíveis, com segurança para inspeção visual.

Os recipientes e outros recipientes de armazenamento devem ser capazes de resistir às tensões de


acondicionamento prolongado das substâncias pertinentes sem ruptura ou outros danos ou deformação
estruturais.

Os recipientes de armazenamento devem ser fornecidos com meios para determinar seus níveis de
fluido (por exemplo, indicadores de nível de fluido). A pressão excessiva em recipientes de armazenamento
que excedam a PMO deve ser compensada automaticamente por meio de um dispositivo adequado
(por exemplo, respiro, válvula de segurança).

5.4.3 Peças móveis e rotativas

Os riscos associados às peças móveis e rotativas do sistema de saneamento devem ser minimizados
por meio de projeto que impeça o contato humano com essas peças ou por meio da aplicação de
sistemas de segurança apropriados ou dispositivo de proteção.

O NSSS deve ser projetado de forma a evitar o bloqueio acidental das peças móveis.

5.4.4 Prevenção de contrafluxo

Se o sistema de saneamento for ligado ao sistema de abastecimento de água, o contrafluxo deve ser
evitado. O método de ensaio deve estar de acordo com a ASME A112.1.2 ou uma norma nacional
ou internacional equivalente.

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5.5 Requisitos para radiação

5.5.1 Altas temperaturas em peças e superfícies

As peças ou superfícies acessíveis do sistema de saneamento que excedam à temperatura de 60 °C


devem ser equipadas com medidas de proteção ou proteções fixas suficientes para evitar queimaduras.
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5.5.2 Baixas temperaturas de peças e superfícies

As peças ou superfícies acessíveis do sistema de saneamento que estiverem com temperatura abaixo
de –20 °C devem ser equipadas com medidas de proteção ou proteções fixas suficientes para evitar
lesões devido às baixas temperaturas.

5.5.3 Outras emissões de radiação

As emissões de radiação indesejáveis do sistema de saneamento devem ser adequadas para atender
a níveis seguros.

5.6 Equipamentos elétricos e eletrônicos

5.6.1 Segurança e confiabilidade de equipamentos elétricos e eletrônicos

Os equipamentos elétricos, como bombas, acionadores, ventiladores ou sistemas de controle, devem


ser duráveis, requererem manutenção mínima, estarem adequadamente protegidos de qualquer
ambiente agressivo e terem fácil manutenção. Esses requisitos de segurança devem ser alcançados
por dispositivos de segurança apropriados, como disjuntores e fusíveis. Convém que os requisitos
de normas de equipamentos aplicáveis (como as partes aplicáveis da IEC 60335) sejam atendidos.

Os requisitos de segurança devem incluir no mínimo:

 a) o isolamento e a proteção adequados contra os perigos de peças energizadas diretas e indiretas,
e medidas de proteção apropriadas contra curtos-circuitos e arcos elétricos;

 b) a proteção elétrica apropriada às condições de operação, no mínimo que esteja em conformidade
com IP44 quando requerido (informações adicionais sobre classes de proteção elétrica podem
ser encontradas na IEC 61140);

 c) o compliance com os requisitos de compatibilidade eletromagnética (EMC), isto é, a operação


do sistema de saneamento não pode ser perturbada por qualquer fonte externa de um campo
eletromagnético pertinente e nem o campo eletromagnético do sistema de saneamento pode
perturbar a operação de equipamentos elétricos externos (informações adicionais sobre EMC e
limites apropriados podem ser encontradas nas IEC 61000-6-1 e IEC 61000-6-3).

5.6.2 Sistema de controle

Convém que o NSSS incorpore um sistema de controle que sirva para adquirir e processar dados
e informações relativos à operação segura, confiável e eficiente do sistema. Informações sobre os
requisitos de segurança pertinentes podem ser encontradas na ISO 13849-1.

As ações de controle necessárias e as medições requeridas devem ser especificadas no estágio inicial
de projeto e devem refletir as condições de operação e instalação e os resultados da avaliação descrita
em 5.1.

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Se um sistema de controle for incorporado, ele deve assegurar que:

 a) os dispositivos de transporte e processamento de tratamento não possam inicializar inesperadamente


se, ao fazê-lo, representarem um perigo ao usuário ou para o pessoal de serviço profissional;
além disso, sua inicialização deve ser indicada no monitor de controle;

 b) a parada automática ou manual das peças móveis controladas do sistema de saneamento deve
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ser desimpedida;

 c) os dispositivos de proteção identificados como necessários a partir da avaliação de segurança


(ver 5.1) devem permanecer totalmente eficazes ou emitir um comando de parada;

 d) o sistema de sinalização deve indicar o status e incluir modos de falha para informar ao usuário
da disponibilidade ou falha operacional do sistema (por exemplo, falha elétrica, mecânica ou
hidráulica) do sistema; o fabricante deve indicar o tipo de falha correspondente a cada alarme.

Se existir um sistema de controle, ele deve ser capaz de detectar no mínimo:

— falha de componentes elétricos e mecânicos críticos aos processos de tratamento e deve fornecer
um sinal de falha visível e sonoro ao usuário;

— a disponibilidade total para uso, e deve fornecer um sinal visível e sonoro para alertar o usuário
da indisponibilidade do sistema.

Convém que pontos de controle adicionais sejam definidos com base em HACCP, HAZOP ou um
método comparável comprovado. Os sistemas de controle devem ser projetados de forma a assegurar
robustez funcional em relação a impactos externos, falha de componentes (materiais, máquinas,
ferramentas e software) e interface homem-máquina. A falha deve colocar o sistema de forma confiável
no modo de estado seguro.

5.6.3 Função relacionada à segurança do sistema de controle

Se a avaliação de segurança (ver 5.1) revelar a necessidade de funções adicionais relacionadas


à segurança dentro do sistema de controle, convém que essas funções de controle sejam desenvolvidas,
projetadas, verificadas e validadas considerando os princípios contidos nas ISO 13849-1 e ISO 13849-2.

As funções relacionadas à segurança devem ser projetadas de forma a atender aos requisitos de
integridade de segurança e mitigar efetivamente os riscos identificados na avaliação de segurança
(ver 5.1).

NOTA Os requisitos de integridade de segurança são relativos à arquitetura, capacidade de diagnóstico


e confiabilidade da função relacionada à segurança.

5.7 Confiabilidade dos dispositivos de condução


Os projetos mecânico e hidráulico dos dispositivos de condução (por exemplo, tubulação interna,
conexões e parafuso transportador) devem evitar contrafluxos, obstruções e sobrecarga durante a
operação normal. Os dispositivos de condução devem ser projetados de modo que a capacidade e
o desempenho de transporte atendam aos requisitos em 4.3.2.

5.8 Transições do módulo de tratamento


As transições de processo produzidas pelo módulo de tratamento não podem provocar sensações
de desconforto ao usuário nem resultar em perigos à integridade do sistema.

NOTA Os fenômenos de transição típicos incluem vibração, impacto, frio ou calor.

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Quando ensaiado de acordo com a ISO 20816-1, o nível de vibração no eixo-XYZ em qualquer área
possível da interface do usuário no módulo de interface frontal do NSSS não pode exceder 0,5 m/s2.

6 Requisitos adicionais do módulo de interface frontal


6.1 Generalidades
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Requisitos específicos ao módulo de interface frontal se aplicam ao NSSS no qual os componentes


do módulo de interface frontal são incluídos como parte do produto fabricado.

6.2 Uso e operação

6.2.1 Requisitos gerais de usabilidade

O projeto do módulo de interface frontal deve atender aos requisitos ergonômicos dos usuários.
Convém que os dados antropométricos dos usuários sejam utilizados para o projeto de todas as
áreas e peças acessadas pelos usuários, de acordo com as ABNT NBR ISO 7250-1, ISO/TR 7250-2 e
ISO 7250-3.

O sistema de saneamento deve ser fácil de usar. O módulo de interface frontal deve atender às
necessidades de usabilidade dos usuários. Os projetistas devem assegurar que:

 a) os usuários considerem os controles do sistema como intuitivos;

 b) as ações requeridas para controlar as operações seguem uma sequência lógica;

 c) a complexidade seja minimizada em relação aos sinais do painel de controle.

O sistema deve alcançar as seguintes condições de usabilidade:

— autodescrição e projeto intuitivo (olhar e fazer);

— controlabilidade;

— conformidade com as expectativas do usuário;

— tolerância a erros do usuário ou de manutenção.

Os elementos de controle manual (por exemplo, alavancas manuais, pedais, interruptores) e indicadores
devem ser escolhidos, projetados, concebidos e dispostos, de modo que:

— sejam de fácil acesso e localização de acordo com as expectativas do usuário;

— as posições neutras dos elementos de controle manual sejam reestabelecidas automaticamente


após o acionamento;

— o movimento dos elementos de controle manual para acionar as funções de descarga corresponda
ao efeito previsto ou à prática comum, sempre que possível;

— as forças de acionamento sejam confortáveis para os usuários.

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6.2.2 Requisitos para facilidade de limpeza

O módulo de interface frontal e as instalações conectadas que são acessíveis ao usuário (por exemplo,
tubos e calhas) devem ser projetados de forma a assegurar que o grau de limpeza necessário após
o uso não seja maior do que o de vasos sanitários convencionais.

As superfícies do módulo de interface frontal devem ter curvas com um raio suficiente para permitir
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uma limpeza completa com métodos de limpeza comuns e sem requerer o uso de agentes químicos
especializados para limpeza. Se ferramentas especializadas de limpeza forem requeridas, elas devem
ser abordadas no manual do usuário (ver 4.14.5) e fornecidas com o sistema.

6.2.3 Requisitos para facilidade de operação

O projeto e a concepção do NSSS devem minimizar as demandas do usuário em relação ao desempenho


de atividades operacionais periodicamente recorrentes (por exemplo, uso de rastelo, adição de
bactérias) necessárias para manter o sistema de saneamento seguro e operacional. Essas atividades
operacionais devem atender aos requisitos de usabilidade definidos em 6.2.1. Se pertinente, instruções
claras para a realização de atividades operacionais devem ser abordadas no manual do usuário (ver
4.14.5 e Anexo C).

6.2.4 Requisitos culturais

O projeto do módulo de interface frontal deve prever e refletir preferências culturais e práticas comuns.
Convém que o projeto do módulo de interface frontal tenha como objetivo acomodar preferências
e práticas predominantes no ambiente cultural para o qual o sistema de saneamento foi projetado,
incluindo:

 a) modo de operação (uso de água, uso a seco);

 b) posição sentada/agachada;

 c) material de limpeza pessoal (duchas higiênicas/papel higiênico ou similares).

Se modificações nas práticas comuns dos usuários forem inevitáveis a fim de assegurar um melhor
saneamento, convém que essas demandas do usuário não excedam aos níveis razoáveis e convém
que sejam explicadas claramente nos manuais do usuário fornecidos pelo fabricante (ver Anexo C).
Detalhes adicionais podem ser encontrados em D.4.

6.3 Visibilidade das fezes

O módulo de interface frontal deve assegurar uma barreira visual para evitar que o usuário veja o
acúmulo de fezes depositadas de usuários anteriores ao olhar diretamente na latrina turca ou no vaso
sanitário do módulo de interface frontal com um ângulo de visão perpendicular ao piso.

NOTA Este requisito se refere à visibilidade das fezes coletadas que se acumularam no sistema como
parte de sua operação normal, e não às manchas ou vestígios dentro da latrina turca ou vaso sanitário.

6.4 Desempenho de descarga

Os mictórios, latrinas turcas ou vasos sanitários aplicados como parte do módulo de interface frontal
do NSSS podem usar mecanismos de descarga que variam desde a descarga convencional (caixa/
válvula de descarga), descarga manual e sanitários secos até novos mecanismos de descarga, como
aqueles que usam forças mecânicas.

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Os mecanismos de descarga que atendem às normas internacionais ou nacionais pertinentes são


considerados em conformidade com os requisitos especificados em A.3.3.

Exemplos de normas aplicáveis são fornecidos na Tabela 1.

Quando não houver normas internacionais ou nacionais pertinentes para o mecanismo de descarga,
os requisitos especificados em A.3.3 devem ser atendidos. Após a montagem do NSSS, o mecanismo
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de descarga deve atender aos requisitos para os ensaios de descarga adaptados especificados
em A.3.3.

Tabela 1 – Exemplos de normas aplicáveis para mecanismos de descarga

Interface do Mecanismo de descarga


usuário com Mecanismos de
o módulo Novos
descarga convencionais Descarga
de interface A seco mecanismos
(caixa/reservatório/válvula manual
frontal de descarga
de descarga)
Vaso sanitário EN 997 Ver A.3.3.4 e A.3.3.6
Latrina turca IS 2556-3 Ver A.3.3.5 e A.3.3.6
Mictório EN 13407 – ASME A112.19.19 –

6.5 Integridade contra impactos externos

O módulo de interface frontal deve resistir de forma confiável às cargas mecânicas sujeitas durante
o transporte, instalação, operação normal e manutenção. Um ensaio de carga estática deve ser realizado
com base nos requisitos da NSF/ANSI 41:2011, 5.2.1.

6.6 Escorregamento, tropeço ou queda

As áreas do módulo de interface frontal do NSSS nas quais se espera que os usuários e/ou pessoal
de serviço se movimentem, fiquem em pé ou se sentem devem ser projetadas de forma a evitar
escorregamento, tropeço ou queda nessas áreas ou fora delas. Quando apropriado, essas áreas
devem ser instaladas com barras de apoio.

6.7 Selo hídrico

Se o produto de entrada for evacuado do módulo de interface frontal através de um sifão com um selo
hídrico, este selo deve ter uma profundidade mínima de 20 mm.

7 Ensaio de desempenho
7.1 Requisitos gerais de ensaio

O NSSS deve ser ensaiado quanto ao desempenho de acordo com as classificações fornecidas na
Tabela 2.

Os métodos de ensaio e os requisitos de ensaio adicionais listados no Anexo A devem ser seguidos
para assegurar conformidade com este documento.

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Se o produto a ser ensaiado for limitado a um componente de módulo de tratamento, o módulo de


tratamento deve ser instalado para fins de ensaio com o número e o tipo de módulos de interface
frontal especificados para vazão média e de pico declaradas pelo fabricante. A distância entre o(s)
módulo de interface frontal e o módulo de tratamento deve ser a distância mínima especificada pelo
fabricante. O sistema instalado deve ser classificado como Classe 1, Classe 2 ou Classe 3 de acordo
com a Tabela 2. Os ensaios relacionados aos requisitos específicos ao módulo de interface frontal
(Seção 6) não precisam ser realizados para produtos somente de módulo de tratamento.
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Tabela 2 – Classificação de sistemas de saneamento não ligados à rede de esgoto


Classe Requisitos de ensaio
Classe 1: NSSS – um módulo Ensaio controlado em laboratório conforme descrito em 7.2
de interface frontal – o módulo e ensaio em campo de acordo com 7.3.2.
de tratamento não biológico
Classe 2: NSSS – um módulo Ensaio controlado em laboratório conforme descrito em 7.2
de interface frontal – o módulo e ensaio em campo de acordo com 7.3.3.
de tratamento inclui um ou
mais processos de tratamento
biológico
Classe 3: NSSS – mais de um Ensaio controlado em laboratório conforme descrito em 7.2
módulo de interface frontal (pode ser modificado considerando o ambiente de ensaio
alternativo se o sistema não puder ser instalado em um
laboratório) e ensaio em campo de acordo com 7.3.3. Para
sistemas com 2 a 5 módulos de interface frontal, um mínimo
de 2 módulos de interface frontal (escolhidos aleatoriamente)
devem ser ensaiados para todos os requisitos que envolvam
o módulo de interface frontal, incluindo os da Seção 6 e
as emissões de odor (7.2.9.5), de ruído (7.2.9.6) e
atmosféricas (7.2.9.7).
Para sistemas com mais de 5 módulos de interface frontal,
um mínimo de 3 módulos de interface frontal (escolhidos
aleatoriamente) devem ser ensaiados para todos os requisitos
que envolvam o módulo de interface frontal, incluindo os da
Seção 6 e as emissões de odor (7.2.9.5), de ruído (7.2.9.6)
e atmosféricas (7.2.9.7).

7.2 Ensaio controlado em laboratório

7.2.1 Generalidades

Os sistemas de Classe 1, Classe 2 e Classe 3 que podem ser instalados em um laboratório (ver
Tabela 2) devem ser submetidos a ensaio controlado em um laboratório. Os requisitos para ensaio em
laboratório como parte do processo de certificação do produto são especificados em A.1.

7.2.2 Montagem, instalação, operação e manutenção

A montagem e a instalação do NSSS devem ser realizadas de acordo com as instruções do fabricante.
Os sistemas de saneamento devem ser inicializados, carregados, operados e mantidos de acordo com
as instruções do fabricante.

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Se o fabricante não fornecer uma superestrutura como parte do produto fabricado, uma superestrutura
deve ser instalada de acordo com as recomendações do fabricante (por exemplo, em relação ao
tamanho e materiais) antes do ensaio. Convém que a superestrutura atenda aos requisitos de A.3.6.6.
As especificações da superestrutura devem ser claramente indicadas no relatório de ensaio. Para
sistemas de saneamento que não incluem superestruturas como parte do produto fabricado, a
superestrutura adicionada deve ser removida antes do ensaio de ruído (ver A.3.7). Os ensaios devem
ser adaptados conforme descrito em A.3.7. A presença ou ausência de uma superestrutura durante
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o ensaio de ruído deve ser claramente indicada no relatório de ensaio.

7.2.3 Documentação do produto de entrada

Os ensaios devem ser realizados com urina e fezes humanas reais, quando especificado. Para adição
de helmintos (ver A.3.4.4.1), se as fezes humanas adequadas forem insuficientes para adição, fezes de
porco e culturas microbianas, requeridas para alcançar a concentração mínima requerida, podem ser
utilizadas. As fezes e a urina devem ser depositadas diretamente pelos usuários que defecam e urinam
no sistema ou devem ser coletadas separadamente e depositadas subsequentemente no sistema. Se
os usuários usarem diretamente o sistema durante o ensaio, convém que esses usuários documentem
os eventos fecais e urinários após cada uso do sistema de saneamento. Para a privacidade desses
usuários, convém que o documento de registro seja mantido dentro da área fechada do módulo de
interface frontal ou quando requerido pelo conselho de ética das instalações de ensaio ou do país
onde o ensaio é realizado.

7.2.4 Produto de saída gerado

Durante os ensaios, o produto de saída gerado deve atender aos requisitos do produto de saída sólido
e efluente líquido para o reúso ou descarte previsto definido em 7.2.9.3 e 7.2.9.4, e aos requisitos de
emissões de odor, atmosféricas e de ruído definidos em 7.2.9.5, 7.2.9.6 e 7.2.9.7. O fabricante deve
indicar a finalidade prevista do produto de saída sólido e efluente líquido designados para reúso.

7.2.5 Observações do ensaio

Durante e após o ensaio, os seguintes elementos devem ser observados e registrados:

 a) quaisquer fraturas, trincas ou deformações permanentes do sistema de saneamento;

 b) quaisquer contrafluxos, obstruções ou sobrecarga dos dispositivos de transporte (ver 5.7);

 c) quaisquer rupturas ou vazamentos;

 d) todos os desligamentos de segurança ou sobrecarga e mau funcionamento do processo.

7.2.6 Condições em laboratório

As temperaturas de laboratório devem estar entre 15 °C e 30 °C. O laboratório deve reportar a umidade
e pressão atmosférica de acordo com as boas práticas de laboratório.

7.2.7 Sequência e duração do ensaio

O sistema deve ser ensaiado de acordo com a sequência de ensaio fornecida na Tabela 3, colunas 1
(procedimento de ensaio) e 2 (padrão). A duração do período de ensaio não pode ser inferior a 32 dias,
e pode se estender além do cronograma sugerido de 32 dias para acomodar processos do módulo de
tratamento que requerem mais tempo. Devido aos métodos de ensaio e à adição de agente patogênico
requerido para os parâmetros à saúde humana, convém que fatores como tempo de residência, ciclos

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de tratamento, avanços técnicos etc. sejam considerados no cronograma de ensaios. O cronograma


de ensaio deve ser determinado antes do início do ensaio.

Os ensaios especificados em 6.4, 6.5, 6.6, A.3.1, A.3.2 e A.3.3 devem ser realizados antes do início
da sequência de ensaio da Tabela 3.

As especificações para os procedimentos de ensaio listados na Tabela 3 podem ser encontradas


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em A.3.8.

Tabela 3 – Sequência dos procedimentos de ensaios pertinentes (continua)


Procedimento de ensaio Padrão Cronograma Intervalo de
sugerido tempo sugerido
Inicialização: Seguir o procedimento Duração da O intervalo de tempo
de inicialização de acordo com inicialização depende da duração
as instruções do fabricante especificada pelo do período de
fabricante inicialização requerido
para alcançar
a operacionalidade
e estabilidade do
sistema. Esta duração
deve ser especificada
pelo fabricante.
— Parada intencional da operação do Normal Dia 1 e Dia 2 2 dias
NSSS
— Inicialização intencional da operação
do NSSS
— Parada de emergência
— Reinicialização
[nenhum] Normal Dia 3 1 dia
— Produto de saída sólido e efluente Normal Dia 4 1 dia
líquido (parâmetros de saúde
e ambientais)
[nenhum] Diarreia Dia 5 1 dia
— Produto de saída sólido e efluente Diarreia Dia 6 1 dia
líquido (parâmetros de saúde
e ambientais)
[nenhum] Normal Dia 7 1 dia
— Não uso do NSSS Sem carga Dia 8 a Dia 10 3 dias
[nenhum] Normal Dia 11 1 dia
— Desligamento de curta duração Sem carga Dia 12 a Dia 14 3 dias
do NSSS
[nenhum] Normal Dia 15 1 dia

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Tabela 3 (conclusão)
Procedimento de ensaio Padrão Cronograma Intervalo de
sugerido tempo sugerido
— Produto de saída sólido e efluente Normal Dia 16 1 dia
líquido (parâmetros de saúde
e ambientais)
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— Separação e isolamento das fontes Sem carga Dia 17 1 dia


de energia
— Descarga de energia (confiabilidade
e segurança da fonte de energia,
A.3.8.4)
[nenhum] Normal Dia 18 1 dia
— Desligamento de longa duração Sem carga Dia 19 a Dia 21 3 dias
do NSSS
[nenhum] Normal Dia 22 1 dia
— Produto de saída sólido e efluente Normal Dia 23 1 dia
líquido (parâmetros de saúde
e ambientais)
— Visibilidade das fezes Normal Dia 24 1 dia
— Ensaio do dia de odor normal Normal Dia 25 1 dia
— Ensaio do dia de odor simulado Fezes Dia 26 1 dia
simuladas
— Emissões de ruído e atmosférica Normal Dia 27 1 dia
— Ensaio do dia de odor normal Normal Dia 28 1 dia
— Proteção contra sobrecarga e uso Sobrecarga Dia 29 1 dia
contínuo (uso aceitável
de fezes
simuladas,
ver A.3.8.6)
— Emissões de ruído e atmosférica Tensão Dia 30 1 dia
— Ensaio do dia de odor normal Tensão Dia 31 1 dia
— Produto de saída sólido e efluente
líquido (parâmetros de saúde
e ambientais)
— Descarga e limpeza Sem carga Dia 32 1 dia

7.2.8 Padrão de carregamento

7.2.8.1 Padrão de carregamento normal

Quando o cronograma de ensaio (Tabela 3) indicar uma carga normal, deve ser assegurado que o
sistema de saneamento seja carregado de acordo com sua capacidade de tratamento especificada
com todo o produto de entrada adicional no sistema especificado pelo fabricante.

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O carregamento do sistema deve ser realizado como uma porcentagem da carga diária (kg/dia de
fezes, L/dia de urina), derivada dos cálculos de capacidade conforme declarado em 4.3.2.

A carga diária é determinada multiplicando:

 a) os usos por dia (usos fecais/dia e usos de urina/dia); pela


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 b) quantidade média de fezes (kg/uso) e urina (L/uso).

O carregamento deve ser realizado no horário correspondente:

— 35 % de 6 h da manhã a 9 h da manhã;

— 25 % de 11 h da manhã a 2 h da tarde;

— 40 % de 5 h da tarde a 8 h da noite.

7.2.8.2 Padrão de carregamento sob tensão

Quando o cronograma de ensaio (Tabela 3) indicar “tensão”, deve ser assegurado que o sistema de
saneamento esteja carregado com a capacidade de tratamento (ver 4.3.2) + “Sn”, onde Sn é 80 % da
diferença entre a capacidade máxima (ver 4.3.4) e capacidade de tratamento (ver 4.3.2).

O carregamento deve ser realizado no horário correspondente:

— 35 % de 6 h da manhã a 9 h da manhã;

— 25 % de 11 h da manhã a 2 h da tarde;

— 40 % de 5 h da tarde a 8 h da noite.

7.2.9 Requisitos de desempenho durante o ensaio em laboratório

7.2.9.1 Ensaio de produtos de entrada e de saída

Os ensaios devem ser realizados na sequência fornecida na Tabela 3 usando o padrão de carga
correspondente. Se o projeto do sistema limitar a frequência de saída do produto sólido de maneira
que os ensaios do produto de saída sólido não possam ser realizados com a frequência fornecida
na Tabela 3 (por exemplo, o sistema somente produz produto de saída sólido uma vez a cada vários
meses), o número de ensaios do produto de saída sólido pode ser reduzido a um mínimo de uma
ocorrência abrangendo todos os parâmetros de saúde e ambientais. Se essa redução for considerada
necessária, as razões para esta redução devem ser explicadas e documentadas.

Todo NSSS deve ser carregado usando um padrão de produto de entrada de uma maneira representativa
dos hábitos típicos do usuário e padrões de carregamento do sistema (ver 7.2.8). Ele deve ser uma
representação razoável de uso típico pelos padrões do produto de entrada do usuário. Os produtos de
entrada devem ser medidos conforme necessário.

Os padrões do produto de saída ou de descarga dependem da natureza do sistema e podem ser em


lote, intermitentes ou contínuos. Os sistemas em lote são aqueles nos quais o produto de entrada é
coletado por um período de tempo especificado, tratado e completamente descarregado do sistema.
Os sistemas intermitentes são aqueles nos quais uma fração do conteúdo do sistema é descarregada
do sistema em períodos de tempo especificados. Os sistemas contínuos são aqueles nos quais a
descarga do sistema ocorre continuamente.

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7.2.9.2 Produto de saída sólido e efluente líquido

Os métodos de ensaio para produto de saída sólido e efluente líquido fornecidos em A.3.4 devem ser
seguidos.

Os requisitos ambientais para efluente líquido devem estar de acordo com todos os limites indicados
na Tabela 6, Tabela 7 e Tabela 8 em pelo menos 4 de 5 eventos de ensaio, com não mais que 20 %
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de variação do limite para qualquer parâmetro não atendido. Os resultados não podem ser calculados
como média.

Os requisitos à saúde humana para produto de saída sólido e efluente líquido devem estar de acordo
com todos os limites indicados na Tabela 4 e Tabela 5 em cada um dos eventos de ensaio.

7.2.9.3 Requisitos do produto de saída sólido

Os limites de desempenho do produto de saída sólido que abordam parâmetros à saúde humana para
descarte seguro e todos os fins de reúso são fornecidos na Tabela 4.

Tabela 4 – Limites de validação do produto de saída sólido e valores de redução logarítmica (LRV)
para a proteção da saúde humana
Parâmetro Agentes Vírus entéricos Helmintos Protozoários
(Classe do agente patogênicos de humanos entéricos entéricos
patogênico) bacterianos de humanos de humanos
entéricos
de humanos
Indicador usando usando Colifago usando ovos usando esporos
Escherichia coli b MS2 como viáveis de viáveis de
como indicador, indicador, Ascaris suum Clostridium
medido em UFC medido em UFP como indicador perfringens como
ou NMP indicadores,
medidos
em UFC
Concentração máxima 100 10 < 1 < 1
em sólidos [número/g,
(sólidos secos)]
LRV total para sólidos a ≥ 6 ≥ 7 ≥ 4 ≥ 6
a Os valores de redução logarítmica (LRV) foram derivados de uma apreciação de risco microbiano quantitativa
(QMRA), conforme descrito pela WHO 2016, presumindo que 1 g de sólidos fecais contém aproximadamente
a mesma faixa de agentes patogênicos de referência como em 1 L de efluente líquido (para LRV derivados
na Tabela 5). Para informações adicionais, ver Referência [61] e Referência [72].
b A variedade de Escherichia coli KO11 (ATCC 55124) foi selecionada porque é resistente ao cloranfenicol.
Portanto, este antibiótico pode ser adicionado ao meio das placas para suprimir o crescimento de outras
bactérias que possam interferir neste meio.

NOTA BRASILEIRA No documento original, a sigla MNP não foi inserida na lista de Termos Abreviados,
mas foi notada a necessidade de identificação desta, para facilitar o seu entendimento, sendo traduzida como
NMP (número mais provável).

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A predominância de ovos de Helmintos (usando ovos viáveis de Ascaris suum como indicadores)
na amostra deve ser determinada de acordo com o método especificado na Tabela A.3. Se ovos de
Helmintos < 1 (usando ovos viáveis de Ascaris suum como indicadores) forem encontrados por g de
sólidos totais, o limite pode ser considerado atendido.

Se ovos de Helmintos ≥ 1 (usando ovos viáveis de Ascaris suum como indicadores) forem encontrados
por g de sólidos totais, pode ser decidido ensaiar a viabilidade dos ovos usando um método de ensaio
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comprovado. Se não puder ser demonstrado que os ovos de Helmintos (usando ovos viáveis de Ascaris
suum como indicadores) na amostra não são viáveis, o limite pode não ser considerado atendido.

7.2.9.4 Requisitos de efluente líquido

Os limites de desempenho de efluente líquido são fornecidos na Tabela 5, Tabela 6, Tabela 7 e Tabela 8.

Se o efluente líquido do sistema de saneamento for destinado para lavagem das mãos ou limpeza
anal, a água deve atender aos requisitos das Diretrizes da WHO para a Qualidade da Água Potável,
4ª Edição, Seções 7 a 10.

Não é necessário medir os ovos de Helmintos (usando ovos viáveis de Ascaris suum como indicadores)
se o limite de TSS (ver Tabela 6) não for atendido. Se o limite de TSS não for atendido em pelo menos 4
de 5 casos de ensaio, o sistema falhou em atender aos parâmetros de efluente líquido.

Tabela 5 – Limites de validação de efluente líquido e valores de redução logarítmica (LRV)


para a proteção da saúde humana
Parâmetro Agentes Vírus entéricos Helmintos Protozoários
(Classe do agente patogênicos de humanos entéricos entéricos
patogênico) bacterianos de humanos de humanos
entéricos de
humanos
Indicador usando usando Colifago usando usando esporos
Escherichia coli b MS2 como ovos viáveis viáveis de
como indicador, indicador, de Ascaris Clostridium
medida em UFC medido em UFP suum como perfringens como
ou NMP indicadores indicadores,
medidos em
UFC
Concentração máxima 100 10 < 1 < 1
em líquidos (número/L)
LRV total para líquidos a ≥ 6 ≥ 7 ≥ 4 ≥ 6
a Os valores de redução logarítmica (LRV) foram derivados de uma apreciação quantitativa de risco microbiano
(QMRA), conforme descrito pela WHO 2016. Para informações adicionais, ver Referência [61] e Referência [72].
b A variedade de Escherichia coli KO11 (ATCC 55124) foi selecionada porque é resistente ao cloranfenicol.
Portanto, este antibiótico pode ser adicionado ao meio das placas para suprimir o crescimento de outras
bactérias que possam interferir neste meio.

A predominância de ovos de Helmintos (usando ovos viáveis de Ascaris suum como indicadores)
na amostra deve ser determinada de acordo com o método especificado na Tabela A.3. Se ovos de
Helmintos < 1 (usando ovos viáveis de Ascaris suum como indicadores) forem encontrados por litro,
o limite pode ser considerado atendido.

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Se ovos de Helmintos ≥ 1 (usando ovos viáveis de Ascaris suum como indicadores) forem encontrados
por litro, pode ser decidido ensaiar a viabilidade dos ovos usando um método de ensaio comprovado.
Se não puder ser demonstrado que os ovos de Helmintos (usando ovos viáveis de Ascaris suum como
indicadores) na amostra não são viáveis, o limite não pode ser considerado atendido.

Tabela 6 – Limites de desempenho de efluente líquido para parâmetros ambientais


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Uso da categoria A: Uso da categoria B:


Limite para usos Limite para descarga em águas superficiais
urbanos irrestritos ou outros usos urbanos restritos
DQO (mg/L) ≤ 50 ≤ 150
TSS (mg/L) ≤ 10 ≤ 30
NOTA 1 De acordo com a Referência [81], o uso da Categoria A se refere a usos urbanos irrestritos que
abrangem todos os usos onde o acesso público não é restrito (por exemplo, irrigação paisagística, descarga
de vasos sanitários).
NOTA 2 De acordo com a Referência [81], o uso da Categoria B se refere à descarga em águas superficiais
e outros usos urbanos restritos que abrangem todos os usos onde o acesso público é controlado ou restrito
por barreiras físicas ou institucionais (por exemplo, cercas, restrição temporária de acesso).
NOTA 3 DQO se refere ao DQO total não filtrado.

Tabela 7 – Porcentagem da redução de carga de desempenho de efluente líquido


para nutrientes (Requisito ambiental)
Porcentagem mínima
de redução de carga
%
Nitrogênio total 70
Fósforo total 80

Tabela 8 – Faixa de desempenho de pH para efluente líquido (Requisito ambiental)


  Faixa para todas as finalidades de reúso
pH 6a9

7.2.9.5 Requisitos de emissões de odor

Os sistemas de saneamento de Classes 1, 2 e 3 devem atender aos requisitos especificados na


Tabela 9 e Tabela 10. Os sistemas de saneamento para os quais uma superestrutura não faz parte do
produto fabricado devem ser ensaiados com uma superestrutura que atenda aos requisitos de A.3.6.6.

Dentro da superestrutura do sistema de saneamento, quando ensaiada de acordo com A.3.5,


a porcentagem de observações para as quais o odor é indicado como desagradável ou inaceitável
deve ser menor ou igual às porcentagens máximas indicadas na Tabela 9.

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Tabela 9 – Porcentagem máxima permissível de observações que indicam odores dentro


da superestrutura do sistema como desagradável ou inaceitável
Porcentagem máxima de Porcentagem máxima de
observações indicadas como observações indicadas como
“desagradáveis” “inaceitáveis”
% %
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Dia de odor normal 10 2


Dia de odor simulado 10 2

Nas proximidades do sistema de saneamento, quando ensaiado de acordo com A.3.5, a porcentagem
de observações durante as quais o odor é indicado como desagradável ou inaceitável deve ser menor
ou igual aos percentuais máximos indicados na Tabela 10.

Tabela 10 – Porcentagem máxima permissível de observações indicando odores


nas proximidades do sistema como desagradável ou inaceitável
Porcentagem máxima de Porcentagem máxima de
observações indicadas como observações indicadas como
“desagradáveis” “inaceitáveis”
% %
Dia de odor normal 10 2
Dia de odor simulado 10 2

NOTA 1 Desagradável se refere ao odor que não é agradável e é levemente ofensivo, porém não atende
aos critérios de inaceitável.

NOTA 2 Inaceitável se refere ao odor que é severamente ofensivo, nauseante e/ou suficientemente repulsivo,
fazendo com que alguém evite usar o sistema de saneamento.

7.2.9.6 Requisitos de ruído

Quando instalado de acordo com as instruções do fabricante, em um local de ensaio que atenda
aos requisitos de A.3.7.1, nenhuma fonte de ruído associada à operação do sistema (como tratamento,
mecanismo de descarga ou componentes mecânicos), medida a 1 m do sistema de acordo com
A.3.7.4, pode exceder uma média de 60 dBA (LEX,24h) no decorrer de 24 h, e não pode em nenhum
momento exceder a 85 dBA (LpA,máx.) durante o ensaio de acordo com A.3.7.3.

NOTA 1 LEX,24h representa os níveis diários de ruído do sistema, equivalente ao nível médio de ruído do
sistema em um período de 24 h.

NOTA 2 LpA,máx. representa o nível máximo de pressão sonora ponderado A.

7.2.9.7 Requisitos de emissões atmosféricas

As emissões atmosféricas potenciais do NSSS podem ser classificadas como poluentes ou gases
explosivos. O monitoramento de gases explosivos durante a operação é abordado em 4.12.2. O NSSS
deve ser projetado de forma a assegurar que os poluentes atmosféricos liberados em ambientes
fechados e ao ar livre não excedam aos limites definidos na Tabela 11 e Tabela 12 quando ensaiados
de acordo com A.3.6.

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CO e CO2 devem ser ensaiados se o NSSS aplicar combustão em seus processos de tratamento e
não precisam ser ensaiados em outras formas de processos.
O fabricante deve documentar as emissões de GEE (CO2, metano e N2O).

Tabela 11 – Limites de emissões atmosféricas em ambiente fechado


Limites de emissões
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Parâmetro
(níveis médios ao longo do intervalo de tempo indicado)
CO (ppmv) 1 h: 28
NOx (ppbv) 1 h: 99
SO2 (ppbv) 1 h: 6,8
CO2 (ppmv) 1 h: 1 000
H2S (ppbv) 30 min: 4,6
VOCs (ppbv) 1 h: 187
MP2,5 (μg/m3) 1 h: 25
NH3 (ppmv) 1 h: 25
NOTA 1 NOx é a soma de NO e NO2. Os valores de medição são fornecidos como NO2.
NOTA 2 ppmv significa partes por milhão em volume, ppbv significa partes por bilhão em volume.

NOTA BRASILEIRA A sigla MP2,5 é a tradução utilizada para a sigla PM2,5 do documento original e
se refere a material particulado. Trata se de partículas de material sólido ou líquido, suspensas no ar, na
forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente de corte de
2,5 micrômetros.

Tabela 12 – Limites de emissões atmosféricas de exaustão ou respiro ao ar livre


Parâmetro Limites de emissões (1 h em média)
CO (ppmv) 80
SO2 (ppmv) 68
NOx (ppmv) 195
VOC (ppmv) 12
H2S (ppmv) 1,9
HPA (ppmv) 0,001
MP2,5 (mg/m3) 10
NH3 (ppmv) 50
NOTA 1 NOx é a soma de NO e NO2. Os valores de medição são fornecidos como NO2.
NOTA 2 Não existe um valor-limite internacionalmente reconhecido para MP2,5 no ambiente. A porcentagem
reconhecida do MP total que é composta pelo MP2,5 é de aproximadamente 15 % (para processos de
combustão sem o uso de uma tecnologia de filtragem de poeira).
NOTA 3 Ver Tabela 11 para o significado de ppmv.

NOTA BRASILEIRA A sigla HPA é a tradução utilizada para a sigla PAH do documento original e se refere
a hidrocarboneto policíclico aromático.

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7.3 Verificação de desempenho em campo


7.3.1 Generalidades

Durante o ensaio em campo, o sistema deve estar em uso pelos usuários na sua capacidade de
tratamento especificada (4.3.2). Para ser aprovado nos requisitos de ensaio em campo, pelo menos
75 % de todos os resultados do ensaio para parâmetros ambientais (Ver Tabela 6, Tabela 7, Tabela 8)
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e 100 % de todos os resultados do ensaio para os parâmetros máximos relativos a bactérias, vírus,
helmintos e protozoários relacionados à saúde humana (concentrações máximas em produto de saída
sólido e efluente líquido, ver Tabela 13), usando indicadores (Escherichia coli, colifagos somático e
esporos de Clostridium perfringens, respectivamente) devem atender aos requisitos definidos. Os
resultados não podem ser calculados como média.

A redução percentual da carga (ver Tabela 7) pode ser obtida comparando o nitrogênio total e o fósforo
total nas amostras do produto de entrada com o das amostras do produto de saída tratado. Na validação
de campo, como os sistemas estão sendo usados de acordo com a aplicação real prevista, amostras
do produto de entrada podem não ser facilmente coletadas para análises laboratoriais. A este respeito,
antes de iniciar a validação de campo, as amostras do produto de entrada devem ser coletadas e
analisadas diariamente por um período de 1 semana. O ponto de coleta deve ser à montante de qualquer
etapa de tratamento do sistema de saneamento.

Os dados do produto de entrada coletados devem ser utilizados como dados de referência de entrada
para obtenção do nitrogênio total e fósforo total ao longo do processo de validação de campo.

Tabela 13 – Verificação em campo dos limites de desempenho do produto de saída sólido


e efluente líquido
Parâmetro Agentes patogênicos Vírus entéricos Protozoários entéricos
(Classe do agente bacterianos entéricos de humanos de humanos
patogênico) de humanos
Indicador usando Escherichia usando colifago usando esporos
coli como Indicador, somático como viáveis de Clostridium
medido em UFC Indicador, medido perfringens como
ou NMP em UFP Indicador, medido
em UFC
Concentração máxima 100 10 < 1
em sólidos [número/g,
(sólidos secos)]
Concentração máxima 100 10 < 1
em líquidos (número/L)

NOTA 1 Os métodos de ensaio recomendados para produto de saída sólido e efluente líquido são
apresentados na Tabela A.3.

NOTA 2 Nos ensaios em campo, o ensaio de protozoários entéricos de humanos (usando esporos viáveis
de Clostridium perfringens como Indicador) também valida a eficiência do tratamento para Helmintos entéricos
de humanos.

Além disso, durante e após o ensaio, os seguintes elementos devem ser observados e registrados:

 a) quaisquer fraturas, trincas e deformações permanentes do sistema de saneamento;

 b) quaisquer contrafluxos, obstruções e sobrecarga dos dispositivos de transporte (ver 5.7);

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 c) quaisquer rupturas ou vazamentos;

 d) todos os desligamentos de segurança ou sobrecarga e mau funcionamento do processo.

7.3.2 Sistemas de saneamento de Classe 1

Os sistemas de saneamento de Classe 1 (ver Tabela 2) devem ser submetidos a ensaios em campo
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por um período mínimo de 30 dias. No mínimo, um sistema de saneamento idêntico ao modelo submetido
ao ensaio controlado em laboratório deve ser selecionado.

Os parâmetros ambientais do produto de saída sólido e efluente líquido (ver Tabela 6, Tabela 7 e Tabela 8)
e os parâmetros para sólidos e líquidos relacionados à saúde humana (concentrações máximas no
produto de saída sólido e efluente líquido, ver Tabela 13) devem ser ensaiados semanalmente. O número
de amostras do produto de saída sólido pode ser reduzido a pelo menos um, se o produto de saída for
limitado pelo projeto do sistema (ver 7.2.9.1). O fabricante deve documentar esta limitação e ela deve
ser verificada como parte do ensaio.

7.3.3 Sistemas de saneamento de Classe 2 e Classe 3

Os sistemas de saneamento de Classe 2 e Classe 3 (ver Tabela 2) que incorporam processos de


tratamento biológico devem ser submetidos a ensaios em campo conforme descrito a seguir.

No mínimo, um sistema de saneamento idêntico ao modelo submetido ao ensaio controlado em


laboratório deve ser selecionado para ensaio em campo por um período mínimo de 5 meses. Se as
condições de operação definidas (ver 4.8) não puderem ser alcançadas dentro de 5 meses usando
somente um sistema de saneamento, vários sistemas devem ser ensaiados em condições de operação
variáveis simultaneamente ou o intervalo de tempo de 5 meses deve ser estendido.

Os parâmetros ambientais para sólidos e líquidos (ver Tabela 6, Tabela 7 e Tabela 8) devem ser
ensaiados semanalmente e os parâmetros para sólidos e líquidos relacionados à saúde humana
(concentrações máximas em sólidos e líquidos, ver Tabela 13) devem ser ensaiados mensalmente.
O número de amostras sólidas pode ser reduzido a pelo menos um, se o produto de saída for limitado
pelo projeto do sistema (ver 7.2.9.1). O fabricante deve documentar esta limitação e ela deve ser
verificada como parte do ensaio.

8 Sustentabilidade
8.1 Generalidades

As prescrições de 8.2 a 8.6 se referem ao uso e recuperação de recursos do sistema de saneamento.

8.2 Recuperação de nutrientes

O fabricante do sistema de saneamento deve especificar o tipo, os subtipos, as concentrações e


a quantidade de nutrientes contidos no produto de saída sólido e/ou efluente líquido finais (em unidades
como mg/L ou mg/kg de massa seca e mg por usuário e por dia). O fabricante deve especificar os
pressupostos usados para esses cálculos.

NOTA 1 Os nutrientes de interesse são aqueles que facilitam o crescimento das plantas, como fósforo,
nitrogênio e potássio.

NOTA 2 Estas informações podem ser usadas para determinar o reúso razoável do produto de saída sólido
e/ou efluente líquido finais.

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8.3 Consumo de água e reúso de efluente líquido


8.3.1 Cálculos

Para facilitar a comparação entre os sistemas, assim como a determinação da adequação para um
determinado local, o uso de água do sistema de saneamento deve ser calculado e indicado por
descarga e por usuário por dia, em unidades como L/descarga e L/usuário por dia. Os cálculos de uso
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da água não precisam considerar atividades relacionadas, como lavagem das mãos, que não envolvam
diretamente a operação do sistema de saneamento. O fabricante deve especificar os pressupostos
usados para esses cálculos.

8.3.2 Consumo de água

O fabricante deve indicar a quantidade e a qualidade da água requerida para operar o sistema de
saneamento (ver 8.3.1). O consumo de água do sistema de saneamento deve ser minimizado.

8.3.3 Reúso de efluente líquido

O fabricante deve indicar a proporção dos requisitos de água do sistema que pode ser atendida com
o efluente líquido proveniente do sistema de saneamento. Se o sistema requerer diluição do efluente
líquido tratado antes do reúso, o fabricante deve indicar a quantidade e a qualidade necessárias de
água doce (ver 8.3.1) e qualquer água reutilizada. O reúso do efluente líquido tratado dentro do sistema
de saneamento deve ser maximizado até um ponto razoavelmente praticável.

NOTA O reúso de efluente líquido dentro dos sistemas pode afetar a saúde pública, a menos que agentes
patogênicos saprozoicos sejam considerados, tratados e monitorados.

8.4 Consumo de energia e recuperação energética


8.4.1 Cálculos

Para facilitar a comparação entre os sistemas, assim como a determinação da adequação para um
determinado local, o consumo de energia e a recuperação energética do sistema de saneamento
devem ser calculados e indicados em unidades como kJ ou kWh por volume ou massa e kJ ou kWh
por usuário por dia.

8.4.2 Consumo de energia

O fabricante deve indicar a energia requerida para operar o sistema de saneamento (ver 8.4.1). O consumo
de energia do sistema de saneamento deve ser minimizado até um valor razoavelmente praticável.

Para sistemas que usam energia renovável, mais informações são fornecidas em E.3.3.

8.4.3 Recuperação energética direta e indireta

Os sistemas de saneamento devem maximizar a recuperação energética direta até um valor razoavelmente
praticável. O fabricante deve indicar a quantidade de energia recuperada diretamente como fonte de
energia para a operação do sistema de saneamento (ver 8.4.1).

A recuperação energética indireta por meio de produtos de saída que não são usados para a operação
do sistema de saneamento deve ser maximizada até um valor razoavelmente praticável. O fabricante
deve indicar o conteúdo energético desses produtos de saída (ver 8.4.1).

NOTA Exemplos de produtos de saída que podem ser recuperados direta ou indiretamente são energia
térmica (por exemplo, proveniente da combustão), biogás gerado por digestão anaeróbio e produto de saída
sólido usado para combustão ou pirólise posterior.

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Convém que o fabricante indique a relação entre o consumo de energia e a recuperação energética
direta/indireta por meio de um diagrama de balanço energético.

8.5 Avaliação do ciclo de vida


Convém que uma avaliação do ciclo de vida do sistema de saneamento seja realizada com base nas
ABNT NBR ISO 14040 e ABNT NBR ISO 14044.
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NOTA A avaliação do ciclo de vida inclui considerações de fim de vida.

8.6 Requisitos operacionais recorrentes


O fabricante deve fornecer juntamente com o produto as informações pertinentes especificadas abaixo
para o NSSS, considerando a capacidade de tratamento do sistema conforme determinado em 4.3.2.

 a) Configuração, ajuste e atividades de manutenção recomendadas, incluindo a identificação de


peças e componentes que requerem substituição periódica e a frequência estimada nas quais
estas peças e componentes devem ser substituídos. As informações devem ser fornecidas em
uma tabela resumida. Um exemplo dessa tabela é mostrado na Tabela 14. Convém que a
complexidade da tarefa seja descrita conforme indicado na Tabela 15.

 b) Consumo líquido de energia anual estimado (em unidades, como kWh/ano).

 c) Entrada de água doce anual estimada, se houver (em unidades, como L/ano).

 d) Consumo anual estimado (quantidade/número) de outros recursos como aditivos químicos e
biológicos e ferramentas especializadas de limpeza e manutenção.

Tabela 14 – Configuração, ajuste e atividades de manutenção recomendadas pelo fabricante


Quem deve realizar Complexidade Partes,
Duração esperada
a atividade Tipo de da tarefa componentes
Frequência por atividade
(usuário/pessoal de atividade (conforme ou consumíveis
(horas por pessoa)
serviço profissional) Tabela 15) requeridos
           
           

Tabela 15 – Complexidade de configuração, ajuste e atividades de manutenção


Complexidade Competência técnica
Muito baixa Nenhuma habilidade (educação básica, experiência) e nenhum treinamento requerido
Baixa Habilidades básicas e menos de 1 h de treinamento requeridos
Média Requer certas habilidades que podem ser adquiridas por treinamento com duração
não superior a 1 dia
Alta Requer habilidades técnicas elevadas (por exemplo, educação técnica na área
relacionada à atividade), mais que 1 dia de treinamento e pelo menos 6 meses de
experiência no trabalho
Muito alta Requer habilidades técnicas muito elevadas e especializadas (por exemplo, educação
técnica avançada na área relacionada à atividade), treinamento extensivo e pelo
menos 1 ano de experiência no trabalho

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Convém que essas informações possibilitem ao usuário quantificar as prováveis despesas operacionais
para o NSSS. Informações e explicações adicionais relacionadas a este ponto podem ser encontradas
em D.1.
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Anexo A
(normativo)

Métodos de ensaio e requisitos adicionais de ensaio


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A.1 Generalidades
Quando o ensaio for realizado como parte do processo de certificação do produto, o organismo de
certificação deve atender aos requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17065.

NOTA A ABNT NBR ISO/IEC 17065 requer que, quando o ensaio for realizado como parte do
processo de avaliação da conformidade, o laboratório de ensaio deve atender aos requisitos aplicáveis na
ABNT NBR ISO/IEC 17025 (ver ABNT NBR ISO/IEC 17065:2013, 6.2.1 e 6.2.2).

A.2 Ensaios de tipo

A.2.1 Ensaios a serem realizados

Para demonstrar a conformidade com este documento, os ensaios de tipo devem ser realizados de
acordo com a Tabela A.1. Os ensaios de tipo devem ser realizados com pelo menos uma amostra
representativa do produto. Os ensaios devem ser repetidos após qualquer modificação do produto que
provavelmente possa alterar as propriedades relacionadas à segurança, funcionalidade, desempenho
ou relacionadas à capacidade do produto acabado.

A.2.2 Documentação do ensaio

Os resultados dos ensaios de tipo devem ser documentados e disponibilizados para inspeção.

A documentação dos resultados do ensaio deve ser fornecida na forma de um relatório contendo
as seguintes informações:

 a) declaração de que o ensaio foi realizado de acordo com este documento, isto é,
ABNT NBR ISO 30500;

 b) descrição da unidade do ensaio, incluindo seu fabricante, modelo, tipo, tolerância/exatidão e
capacidade de projeto, assim como um desenho esquemático ou de projeto para indicar os
componentes integrantes da unidade;

 c) descrição do ensaio, incluindo as condições de operação, aparelhagem de ensaio, procedimentos


de ensaio, número e frequência de amostras, data e hora da amostragem e um croqui mostrando
o leiaute de ensaio e os locais de amostragem;

 d) expressão dos resultados do ensaio, seja como dados coletados durante o ensaio ou como
resultados calculados, incluindo o método de cálculo e a precisão do método de ensaio, assim
como a incerteza de medição, se aplicável;

 e) avaliação e interpretação dos resultados, incluindo uma declaração indicando se a unidade de
ensaio atende ou não a todos os requisitos contidos neste documento.

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Tabela A.1 – Meios de obtenção dos resultados do ensaio de tipo (continua)


Resultados a serem obtidos por meio de:
— Documentos
Seção/subseção
— Inspeção visual
— Método de ensaio
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4.2 Sistema métrico Documentos


4.3.1 Produto de entrada tratável Documentos
4.3.2 Capacidade de tratamento Documentos e inspeção visual
4.3.3 Produtos de higiene menstrual Documentos e inspeção visual
4.3.4 Proteção contra sobrecarga Ensaio de acordo com A.3.8.6
4.3.5 Operacionalidade após o não uso Ensaio de acordo com A.3.8.2
4.3.6 Operacionalidade após Ensaio de acordo com A.3.8.3
desligamento de curta duração
4.3.7 Operacionalidade após Ensaio de acordo com A.3.8.5
desligamento de longa duração
4.3.8 Uso contínuo Documentos e inspeção visual
4.4.2 Requisitos do produto de saída Requisitos detalhados em 7.2.9.3 e 7.2.9.4; ensaio
sólido e efluente líquido de acordo com A.3.4
4.4.3 Requisitos de emissões de odor Requisitos detalhados em 7.2.9.5; ensaio de acordo
com A.3.5
4.4.4 Requisitos de ruído Requisitos detalhados em 7.2.9.6; ensaio de acordo
com A.3.7
4.4.5 Requisitos de emissões para Requisitos detalhados em 7.2.9.7; ensaio de acordo
a atmosfera com A.3.6
4.5 Vida útil esperada de projeto Documentos e inspeção visual
4.6 Projeto novador e ergonômico Documentos e inspeção visual
4.7 Projeto de proteção Documentos e inspeção visual
4.8.1 Faixa de temperatura ambiente Documentos
4.8.2 Umidade do ar ambiente Documentos
4.8.3 Pressão atmosférica Documentos
4.9.1 Generalidades Documentos
4.9.2 Projeto higiênico Documentos e inspeção visual
4.9.3 Estanqueidade Ensaio de acordo com A.3.1
4.9.4 Capacidade de limpeza Documentos e inspeção visual
de superfícies
4.9.5 Aditivos químicos e biológicos Documentos

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Tabela A.1 (continuação)


Resultados a serem obtidos por meio de:
— Documentos
Seção/subseção
— Inspeção visual
— Método de ensaio
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4.10.1 Durabilidade dos materiais Documentos e inspeção visual


4.10.2 Resistência dos materiais Documentos e inspeção visual
ao fogo
4.11 Conexões e elementos de união Documentos e inspeção visual
4.12.1 Segurança de bordas, quinas Inspeção visual
e superfícies
4.12.2 Proteção ao fogo e explosão Documentos e inspeção visual
4.12.3 Integridade estrutural Documentos
4.12.4 Prevenção contra o contato com Documentos e inspeção visual
efluente líquido e reúso inseguros
4.12.5 Sistemas enterrados Documentos e inspeção visual
4.12.6 Impactos externos Documentos e inspeção visual
4.13.1 Informações e advertências Documentos e inspeção visual
4.13.2 Marcação e rotulagem Inspeção visual
4.14.1 Atividades razoáveis de Requisitos detalhados D.3, documentos e inspeção
configuração, ajuste e manutenção visual – ver D.2
4.14.2 Local e acesso de configuração, Inspeção visual
ajuste e pontos de manutenção
4.14.3 Descarga e limpeza Ensaio de acordo com A.3.8.8
4.14.4 Ferramentas e dispositivos Documentos e inspeção visual
4.14.5 Manual do usuário Documentos
4.14.6 Manuseio e transporte Documentos e inspeção visual
do sistema de saneamento
5.1 Avaliação de segurança Documentos e inspeção visual
5.2.2 Inicialização intencional de Documentos e ensaio de acordo com A.3.8.1
operação do sistema de saneamento
5.2.3 Parada intencional de operação Documentos e ensaio de acordo com A.3.8.1
do sistema de saneamento
5.2.4 Parada de emergência Documentos e ensaio de acordo com A.3.8.1
5.3.1 Proteção da fonte de energia Documentos e ensaio de acordo com A.3.8.4
5.3.2.1 Separação e isolamento Documentos e ensaio de acordo com A.3.8.4

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Tabela A.1 (conclusão)


Resultados a serem obtidos por meio de:
— Documentos
Seção/subseção
— Inspeção visual
— Método de ensaio
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5.3.2.2 Descarga de energia Documentos e ensaio de acordo com A.3.8.4


5.3.3 Requisitos de segurança para Documentos e ensaio de acordo com A.3.8.4.2
fonte não elétrica de energia primária
5.4.1 Equipamento pressurizado ou Documentos
a vácuo
5.4.2 Tubos, mangueiras e recipientes Documentos e inspeção visual
5.4.3 Peças móveis e rotativas Documentos e inspeção visual
5.4.4 Prevenção de contrafluxo Documentos e inspeção visual
5.5.1 Altas temperaturas em peças Inspeção visual
e superfícies
5.5.2 Baixas temperaturas de peças Inspeção visual
e superfícies
5.5.3 Outras emissões de radiação Documentos e inspeção visual
5.6.1 Segurança e confiabilidade de Documentos e inspeção visual
equipamentos elétricos e eletrônicos
5.6.2 Sistema de controle Documentos e ensaio de acordo com A.3.2
5.6.3 Função relacionada à segurança Documentos e ensaio de acordo com A.3.2.4
do sistema de controle
5.7 Confiabilidade dos dispositivos de Ensaio em toda sequência de teste (Tabela 3)
condução
5.8 Transições do módulo de tratamento Ensaio de acordo com a ISO 20816-1
6.2.1 Requisitos gerais de usabilidade Documentos e ensaio funcional de acordo com 7.2
6.2.2 Requisitos para facilidade Documentos e inspeção visual
de limpeza
6.2.3 Requisitos para facilidade Documentos e inspeção visual
de operação
6.2.4 Requisitos culturais Documentos e inspeção visual – ver D.4
6.3 Visibilidade das fezes Ensaio de acordo com A.3.8.7
6.4 Desempenho de descarga Ensaio de acordo com A.3.3
6.5 Integridade contra impactos externos Ensaio (ver 6.5)
6.6 Escorregamento, tropeço ou queda Inspeção visual
6.7 Fecho hídrico Ensaio de acordo com A.3.8.11
Seção 8 Sustentabilidade Documentos e ver Anexo D

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A.3 Métodos de ensaio

A.3.1 Estanqueidade

A.3.1.1 Estanqueidade à água

A.3.1.1.1 Generalidades
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A estanqueidade à água do sistema deve ser ensaiada conforme apropriado para as partes componentes.
Convém que todos os ensaios sejam realizados em condições de temperatura estáveis, o quanto
possível. Quando isso não for possível, cálculos que levam em consideração a expansão do fluido
de ensaio ou dos materiais da tubulação devem ser incluídos nos resultados do ensaio.

Para recipientes de água ou água residual, pode ser necessário que os recipientes sejam apoiados,
dependendo de seu material e construção, antes do ensaio. Um simples ensaio de enchimento com
água até a borda do recipiente para verificar se há vazamentos é adequado para recipientes
independentes. Para recipientes leves que dependem do solo para apoio ou de uma estrutura adicional
para integridade, ensaios de ar (com pressão positiva ou negativa) podem ser mais apropriados.

Os sistemas de saneamento que operam em pressão atmosférica ou níveis de pressão manométrica


inferiores a 50 kPa g não requerem ensaios hidráulicos a 1,5 PMO. A estanqueidade desses sistemas
de saneamento é ensaiada por métodos de inspeção visual apropriados [ver 7.2.5 c)], a menos que
a necessidade de ensaios seja especificamente identificada da avaliação de risco.

Os ensaios descritos em A.3.1.1.2 e A.3.1.1.3 devem ser realizados, conforme aplicável ao sistema.

A.3.1.1.2 Ensaio do sistema de abastecimento de água

A tubulação a ser ensaiada deve ser carregada com água potável e todo o ar removido. Em seguida,
a tubulação é pressurizada a 1,5 PMO. A pressão de ensaio é mantida por bombeamento adicional, se
requerido, por 30+−10 +10
0 min e a pressão é registrada. A tubulação é isolada e deixada por mais 30 −0 min
e a pressão é registrada. Durante este período de tempo, a pressão não pode cair mais de 60 kPa ou
apresentar qualquer vazamento visível.

NOTA Este ensaio é adaptado da EN 805. Esta é uma especificação simplificada que não diferencia
os materiais.

A.3.1.1.3 Ensaios do recipiente

A.3.1.1.3.1 Ensaio de água do recipiente

O recipiente é colocado sobre uma grade aberta de apoio elevada, que permita que quaisquer vazamentos
sejam identificados. Convém que o recipiente tenha todas as conexões vedadas ou isoladas e, em
seguida, deve ser abastecido com água até a borda.

Após 30+−50 min, o nível da água deve ser observado. Se o nível da água cair e o material do recipiente
provavelmente ter absorvido água, convém que o recipiente seja completado, conforme requerido,
com água e o volume adicional de água requerido deve ser registrado. Pode ser permitida a absorção
de água por até 2 h, após o qual não pode ser adicionada mais água. O recipiente não pode vazar.

NOTA Este ensaio é adaptado da EN 12566-3.

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A.3.1.1.3.2 Ensaio de ar do recipiente – Vácuo

O recipiente é colocado sobre uma superfície nivelada e apoiado lateralmente. Todos os orifícios devem
ser selados ou isolados, exceto um que deve ser conectado a uma bomba de vácuo e manômetro
adequados. Uma pressão de –(10 ± 2) kPa é aplicada por 180+−100 s e, em seguida, o recipiente é isolado
do suprimento de pressão de vácuo. Após (60 ± 1) s, a pressão dentro do recipiente é medida. A pressão
não pode ter aumentado em mais de 10 kPa.
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NOTA Este é um ensaio simplificado com base na EN 12566-3.

A.3.1.1.3.3 Ensaio de ar do recipiente – Pressão

O recipiente é colocado sobre uma superfície nivelada e apoiado lateralmente. Todos os orifícios devem
ser selados ou isolados, exceto um que deve ser conectado a uma bomba de vácuo e manômetro
adequados. Uma pressão de +(30 ± 2) kPa é aplicada por 180+−100 s e, em seguida, o recipiente é isolado
do suprimento de vácuo. Após 60 +10
−0 s, a pressão dentro do recipiente é medida. A pressão não pode
ter diminuído em mais de 10 kPa.

NOTA Este ensaio é adaptado da EN 12566-3.

A.3.1.2 Estanqueidade técnica

Nos casos em que os resultados de uma avaliação de segurança (ver 5.1) indicarem perigos que
requerem mitigação por meio de um grau mais elevado de estanqueidade do sistema (por exemplo,
gases potencialmente perigosos), a estanqueidade técnica deve ser alcançada. Uma evidência
documental de conformidade deve ser submetida para análise crítica e verificação.

A.3.2 Sistema de controle

A.3.2.1 Requisitos gerais

Os protocolos de ensaio do sistema de controle são adaptados da IEC 61511 e baseados nas melhores
práticas industriais.

As funções do sistema de controle devem ser ensaiadas por meio da verificação de documentos,
inspeção visual e ensaio funcional. Se o ensaio não incorporar todas as funções, uma justificativa
deve ser fornecida para excluir essas funções dos requisitos de ensaio.

Com base na inspeção visual e na documentação técnica pertinente do sistema de saneamento, um


plano de ensaio sistemático deve ser desenvolvido que incorpore casos de ensaio permitindo que
cada função do sistema de controle seja ensaiada independentemente.

O ensaio deve ser realizado por um examinador que não esteja envolvido com o processo de projeto;
o projetista do sistema de controle não pode realizar o ensaio do sistema de controle. Os resultados do
ensaio devem ser documentados e disponibilizados para inspeção.

A.3.2.2 Plano e protocolo de ensaio

O plano e o protocolo de ensaio devem incluir no mínimo:

 a) identificação formal do sistema ensaiado, incluindo a liberação de software, se pertinente;

 b) identificação do equipamento de medição, incluindo informações de calibração, se aplicável;

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 c) verificação por inspeção visual da consistência entre a documentação técnica e o sistema construído,
incluindo:

 1) adequação da rotulagem;

 2) instalação correta;


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 3) classificação correta da Marcação de Proteção Internacional;

 4) prova dos circuitos de sinal, incluindo ensaio de curto-circuito, ensaio do nível de potencial e
ensaio de continuidade;

 5) ensaio de resistência de transição;

 6) ensaio de isolamento;

 7) ensaio do condutor de aterramento;

 8) ensaio do dispositivo de corrente residual;

 d) função do sistema de controle e descrição dos casos de ensaio usados para avaliar a função do
sistema de controle;

 e) descrição dos modos esperados do sistema de saneamento para ensaiar as funções de controle,
incluindo (quando aplicável):

 1) preparação para uso, incluindo ajuste e regulagem;

 2) inicialização;

 3) configuração;

 4) controle de processo automático, manual ou semiautomático;

 5) operação em regime constante;

 6) reajustamento;

 7) desligamento;

 8) manutenção;

 9) condições anormais previsíveis;

 f) descrição dos critérios de ensaio (isto é, condições ou resultados esperados após cada caso de
ensaio ser realizado), incluindo critérios qualitativos (por exemplo, mecanismos de indicação,
alteração nos modos ou condições do sistema) e critérios quantitativos (por exemplo, tempos de
reação, tempos de transição, temperaturas);

 g) determinação se a atividade observada do sistema de controle atende aos critérios de ensaio e
a documentação de quaisquer critérios não atendidos;

 h) nome, qualificações e assinatura da pessoa que realizou o ensaio;

 i) data do ensaio.

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A.3.2.3 Generalidades de casos de ensaio

Os casos de ensaio devem ser incorporados ao plano de ensaio, verificando se:

 a) os dispositivos de condução e processamento de tratamento não inicializam inesperadamente;

 b) todas as inicializações do sistema são indicadas no monitor de controle;


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 c) a parada automática ou manual é desimpedida em todas as condições operacionais pertinentes,


incluindo o ensaio de parada de emergência;

 d) os dispositivos de proteção permanecem totalmente efetivos ou emitem um comando de parada;

 e) o sistema de sinalização indica todos os estados do sistema e modos de falha pertinentes
ao usuário por meio de um alarme correspondente, como falhas de componentes elétricos e
mecânicos críticos aos processos de tratamento e a disponibilidade ou indisponibilidade total do
sistema para uso;

 f) o sistema permanece seguro e operacional após o uso inadequado e erros do usuário.

Todos os equipamentos de medição de ensaio usados para validação devem ser calibrados de acordo
com uma norma comprovada. Todos os equipamentos de ensaio devem ser verificados quanto à operação
apropriada.

A.3.2.4 Requisitos adicionais para funções relacionadas à segurança

Além dos ensaios de acordo com A.3.2.1, A.3.2.2 e A.3.2.3, as funções relacionadas à segurança do
sistema de controle também devem ser verificadas por meio:

 a) da análise crítica e avaliação dos requisitos de integridade de segurança determinados por meio
da avaliação de segurança (ver 5.1);

 b) da análise crítica e verificação das especificações dos requisitos de segurança, prescrições de
segurança do manual do usuário (ver Anexo C) e documentos de projeto, assim como protocolos
de ensaio disponíveis;

 c) da análise crítica e análise funcionais dos diagramas de circuito do sistema, assim como a qualificação
de materiais, máquinas, ferramentas e software usados para a função de segurança de acordo
com as especificações dos requisitos de segurança e prescrições de segurança do manual do usuário;

 d) da verificação da mitigação apropriada de falhas potenciais de causa comum (para um exemplo
de uma tabela de pontuação, ver a ABNT NBR ISO 13849-1:2019, Anexo F);

 e) da verificação formal por cálculos indicando se a integridade de segurança requerida foi alcançada;

 f) de casos de ensaio com base nas especificações dos requisitos de segurança.

A.3.3 Mecanismo de descarga

A.3.3.1 Generalidades

Os protocolos de ensaio do mecanismo de descarga são adaptados das EN 997, IS 2556-3 e IS 2556-14
com base nas melhores práticas industriais.

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A.3.3.2 Objeto de ensaio

Os módulos de interface frontal que incorporam os seguintes mecanismos de descarga devem ser
ensaiados:

 a) caixa de descarga;


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 b) descarga manual;

 c) mecanismo de descarga para sanitário seco; ou

 d) novos mecanismos de descarga.

O mecanismo de descarga deve ser acionado conforme especificado pelo fabricante.

A.3.3.3 Volume de descarga

O ensaio deve ser realizado com o volume de descarga especificado pelo fabricante.

Para NSSS que usa cisternas ou novos mecanismos de descarga que requerem água, todos os ensaios
devem ser realizados com o volume de descarga específico de “descarga total”, conforme indicado
pelo fabricante.

Para NSSS que usa mecanismos de descarga manual, a água deve ser despejada de acordo com
as instruções do fabricante. A quantidade de água utilizada no ensaio deve se aproximar da quantidade
do volume normal de descarga indicado pelo fabricante.

Para NSSS que utiliza sanitários secos ou novos mecanismos de descarga que não requerem água,
nenhuma água de descarga deve ser aplicada.

A.3.3.4 Métodos de ensaio generalizados e requisitos funcionais para vaso sanitário

A.3.3.4.1 Lavagem da bacia

O ensaio deve ser realizado usando 20 g de pó de serra fino de madeira seca, peneirado em uma
peneira com tela de 2 mm.

O procedimento de ensaio é o seguinte.

 a) Umedecer toda a superfície interna do vaso sanitário abaixo da borda.

 b) Em seguida, espalhar o pó de serra o mais uniformemente possível sobre a superfície umedecida.

 c) Acionar o mecanismo de descarga e medir qualquer área não lavada.

 d) Repetir as etapas a) até c) para um total de 5 ensaios.

A média aritmética dos resultados dos 5 ensaios (área não lavada abaixo da borda) não pode exceder
50 cm2.

A.3.3.4.2 Descarga de papel higiênico

O ensaio deve ser realizado usando material de papel higiênico que esteja de acordo com a
EN 997:2012, 5.7.2.4.1.

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O procedimento de ensaio está descrito a seguir.

 a) Trabalhando com uma folha de cada vez, amassar levemente 12 folhas individuais de papel
higiênico e jogá-las separadamente, uma após a outra, dentro do vaso sanitário, completando
a tarefa dentro de um período de tempo entre 14 s e 18 s.

 b) Acionar o mecanismo de descarga dentro de 2 s após a última folha ser jogada no vaso sanitário.
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 c) Documentar e remover qualquer papel que não tenha sido eliminado da bacia.

 d) Repetir este ensaio para um total de 5 ensaios.

Todas as 12 folhas de papel higiênico devem ser eliminadas do vaso sanitário no mínimo 4 vezes
em 5 ensaios.

A.3.3.4.3 Descarga de excrementos

O ensaio deve ser realizado usando bolas de material não absorvente, cada uma com uma massa de
(3,7 ± 0,1) g e diâmetro de (20 ± 1) mm.

O procedimento de ensaio é o seguinte.

 a) Para cada operação de descarga, colocar 50 bolas dentro do vaso sanitário e acionar o mecanismo
de descarga.

 b) Documentar e remover quaisquer bolas deixadas no vaso sanitário.

 c) Repetir este ensaio para um total de cinco ensaios.

A média dos resultados dos cinco ensaios deve atender ou exceder o limite de 85 % das bolas
eliminadas do vaso sanitário.

A.3.3.4.4 Respingo

O ensaio de respingo se aplica aos sistemas que incorporam água em seus mecanismos de descarga,
com exceção dos sistemas de descarga manual.

O ensaio deve ser realizado usando um tipo de papel que apresente uma alteração claramente visível,
quando molhado.

O procedimento de ensaio é o seguinte.

 a) Colocar folhas de papel no piso, circundando a base do vaso sanitário a ser ensaiado, projetando-se
200 mm além da circunferência da bacia projetada no piso.

 b) Acionar o mecanismo de descarga e documentar a evidência de água observada no papel.

A água de descarga não pode espirrar além da borda da bacia e molhar o papel. Somente algumas
pequenas gotas podem alcançar o papel.

A.3.3.5 Requisitos funcionais e métodos de ensaio generalizados para latrina turca

A.3.3.5.1 Lavagem da bacia

O ensaio deve ser realizado usando 20 g de pó de serra seco, com auxílio de uma peneira com tela
de 2 mm.

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O procedimento de ensaio é o seguinte.

 a) Umedecer toda a superfície interna da latrina turca abaixo da borda.

 b) Espalhar 20 g de pó de serra fino e seco dentro da latrina turca, abaixo da borda, da maneira mais
completa e uniforme possível.
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 c) Acionar o mecanismo de descarga e documentar qualquer pó de serra deixado na latrina turca.

O pó de serra espalhado deve ser removido abaixo de 40 mm da borda da latrina turca.

A.3.3.5.2 Descarga de papel higiênico

O ensaio deve ser realizado usando material de papel higiênico que esteja de acordo com a
EN 997:2012, 5.7.2.4.1.

O procedimento de ensaio é o seguinte.

 a) Amassar levemente seis pedaços de papel higiênico ou folha de polietileno e jogá-los dentro da
latrina turca.

 b) Acionar o mecanismo de descarga.

 c) Documentar e remover qualquer papel que não tenha sido eliminado da bacia.

 d) Repetir o ensaio para um total de quatro ensaios.

Todos os seis pedaços de papel higiênico devem ser eliminados da latrina turca no mínimo três vezes
em quatro ensaios.

A.3.3.5.3 Ensaio de manchas

O ensaio deve ser realizado usando pó de quartzo de cor diferente que contraste com a cor da latrina
turca, passado em uma peneira com tela de 1,18 mm.

O procedimento de ensaio é o seguinte.

 a) Manchar toda a superfície interna da latrina turca com o pó de quartzo até 40 mm abaixo da borda.

 b) Acionar o mecanismo de descarga.

 c) Documentar qualquer mancha deixada na latrina turca.

Imediatamente após a descarga, não pode haver mancha alguma deixada na latrina turca.

A.3.3.5.4 Ensaio de respingo

O ensaio de respingo se aplica aos sistemas que incorporam água em seus mecanismos de descarga,
com exceção dos sistemas de descarga manual.

O ensaio deve ser realizado usando corante para tingir a água.

O procedimento de ensaio é o seguinte.

 a) Assegurar que o piso esteja limpo e seco na área de ensaio.

 b) Tingir a água de descarga a ser usada com o corante.

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 c) Acionar o mecanismo de descarga.

 d) Observar e documentar se a água de descarga espirra sobre a borda no piso, contando quaisquer
gotículas que atinjam o piso.

 e) Repetir o ensaio cinco vezes.


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A água de descarga não pode espirrar sobre a borda no piso. A soma dos resultados dos cinco ensaios
não pode exceder dez gotículas.

A.3.3.6 Ensaio de capacidade de retenção

O ensaio de capacidade de retenção se aplica aos sistemas que incorporam água em seus mecanismos
de descarga, incluindo os sistemas de descarga manual.

O vaso sanitário, quando selado na saída e no respiro (se fornecido), deve ser capaz de reter um volume
mínimo de descarga de “descarga total” especificado pelo fabricante, até o nível de água mais alto
possível do vaso sanitário instalado.

A.3.4 Método de ensaio do produto de saída sólido e efluente líquido


A.3.4.1 Generalidades

Os seguintes métodos de amostragem e ensaio se referem aos requisitos do produto de saída sólido
e do efluente líquido, fornecidos em 7.2.9.2.

A.3.4.2 Amostragem

A.3.4.2.1 Ponto de amostragem

Um ponto de amostragem de onde se possa extrair amostras do produto de saída sólido e efluente
líquido deve ser escolhido de modo que se assegure que uma amostra representativa seja coletada (por
exemplo, o ponto no sistema imediatamente anterior ou após a descarga do produto de saída tratado).

A.3.4.2.2 Tipo e frequência de amostragem

As amostras devem ser coletadas de acordo com os tipos de amostra e frequência de amostragem
descritos na Tabela A.2. Os equipamentos e procedimentos de amostragem devem estar em conformidade
com as normas nacionais e internacionais pertinentes, e os equipamentos, procedimentos e normas
utilizados devem ser documentados no relatório de ensaio. As amostras devem ser preservadas
utilizando métodos comprovados de preservação de parâmetros específicos.

Tabela A.2 – Tipo e frequência de amostragem


Tipo de amostra –
  Parâmetros Frequência mínima de amostragem
simples/composta
Efluente líquido Nitrogênio total composta de 12 h
Efluente líquido Fósforo total composta de 12 h
Efluente líquido pH simples Um por dia designado de amostragem
Efluente líquido DQO composta de 12 h
Efluente líquido SST composta de 12 h

Para amostragem relacionada aos parâmetros à saúde humana, ver Tabela A.5.

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A.3.4.3 Métodos de ensaio

Para assegurar resultados representativos e exatos, os procedimentos de análise do produto de saída


sólido e efluente líquido devem seguir métodos de ensaio internacionalmente aceitos e reconhecidos.
Os métodos de ensaio recomendados para produto de saída sólido e efluente líquido são apresentados
na Tabela A.3. Para o ensaio de indicadores de agentes patogênicos entéricos de humanos, a adição
de produto de entrada deve ser realizada (ver A.3.4.4).
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Tabela A.3 – Métodos de ensaio recomendados para produto de saída sólido e efluente líquido
  Parâmetros Métodos de ensaio
Efluente líquido Nitrogênio total APHA 4500-N C
Efluente líquido Fósforo total APHA 4500-P ISO 6878
Efluente líquido pH APHA 4500-H+ A
Efluente líquido DQO (DQO total não filtrada) APHA 5220 B
Efluente líquido SST APHA 2540D EN872
Efluente líquido Agente patogênico
e produto de bacteriano entérico
saída sólido de humanos (usando
APHA 9221, APHA 9222 e APHA 9223
Escherichia coli como
indicador, medido
em UFC ou NMP)
Efluente líquido Helmintos entéricos de — Métodos para análise microbiológica de
e produto de humanos (usando óvulos lodos de esgoto [83]
saída sólido viáveis de Ascaris suum — Procedimento Operacional Padrão para
como indicadores) Ensaio de Helmintos (Ascaris, Trichuris
e Taenia) [73]
— Referência [95]
Efluente líquido Vírus entéricos de humanos EPA1602
e produto de Para grandes
— usando colifago MS2
saída sólido amostras, usar ISO 10705-1
como indicador em
ensaio de laboratório, EPA1601
medido em UFP
— usando colifago EPA1602
somático como indicador Para grandes
em ensaio de campo, ISO 10705-1
amostras, usar
medido em UFP EPA1601
Efluente líquido — Usando esporos de
e produto de Clostridium perfringens Sólidos: ABNT NBR ISO 7937
saída sólido como indicador em
ensaio de campo, Líquidos: ISO 14189
medidos em UFC
Para os métodos APHA, ver Referência [55].

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A.3.4.4 Amostragem do pico do produto de entrada e produto de saída para ensaio de


parâmetro à saúde humana (para ensaio em laboratório)

A.3.4.4.1 Generalidades

Para assegurar resultados significativos para os parâmetros relacionados à saúde humana, a entrada
de fezes e urina no sistema deve ser adicionada com indicadores do agente patogênico entérico de
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humanos, de acordo com as Tabelas A.4 e A.5.

É necessário adicionar e medir o líquido e os sólidos de entrada com organismos indicadores nas
concentrações recomendadas, de modo que as reduções de carga devido aos processos de tratamento
de desinfecção dentro dos sistemas possam ser detectadas e quantificadas.

A passagem da entrada de fezes e urina adicionadas por meio do sistema é baseada na característica
de distribuição do tempo de residência do sistema. Portanto, é necessário adicionar produtos de
entrada por um período longo o suficiente para assegurar que os fluxos de descarga correspondam
aos produtos de entrada adicionados. A amostragem e o ensaio dos fluxos do produto de entrada e do
produto de saída devem abranger pelo menos 24 h para capturar os padrões de carregamento de um
ciclo de 24 h, e mais tempo se a descarga do sistema for menos frequente do que uma vez por dia.
Além disso, o tempo de residência para fluxos líquidos e sólidos por meio de um sistema pode não
ser o mesmo e deve ser caracterizado de maneira independente. Além disso, alguns sistemas devem
operar de uma forma que sólidos e líquidos interajam significativamente, e essas interações devem
ser consideradas nos procedimentos de adição e amostragem.

Tabela A.4 – Adição de produto de entrada com indicadores de agente patogênico entérico
de humanos
Parâmetro Agentes Vírus entéricos Helmintos Protozoários
(Classe do agente patogênicos de humanos entéricos entéricos
patogênico) bacterianos de humanos de humanos
entéricos
de humanos
Indicador usando usando Colifago usando óvulos usando esporos
Escherichia coli MS2 como viáveis de viáveis de
como indicador, indicador, medido Ascaris suum Clostridium
medido em UFC em UFP como perfringens como
ou NMP indicadores indicadores,
medidos em UFC
Adição mínima de 108 108 104 106
fezes [número/g,
(sólidos secos)]
Adição mínima 108 108 104 106
de urina (número/L)

Referências pertinentes para adição são fornecidas na Tabela F.1.

A.3.4.4.2 Definição de escalas de tempo para tipos diferentes de sistemas

Para sistemas nos quais a entrada de urina e/ou fezes é coletada, processada e completamente
descartada do sistema em bateladas, os parâmetros BL e BS são definidos como o tempo que eles
levam para processar bateladas de líquidos e sólidos, respectivamente.

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Para sistemas nos quais os fluxos de líquidos e/ou sólidos são descartados de maneira contínua
ou periódica, os parâmetros T95L e T95S são definidos como o tempo de residência do sistema
para fluxos de líquidos e sólidos, respectivamente. Esses parâmetros são usados para assegurar que
a amostragem do fluxo do produto de saída corresponda aos fluxos do produto de entrada que foi
adicionado com organismos marcadores. Explicações adicionais e métodos possíveis para determinar
T95L e T95S são descritos no Anexo F.
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Para sistemas nos quais as frações do conteúdo de líquidos e/ou sólidos de um sistema são descartadas
intermitentemente, os parâmetros PL e PS são definidos como a periodicidade ou o tempo entre
os descartes consecutivos para os fluxos de líquidos e sólidos, respectivamente.

O fabricante deve especificar os valores das seguintes variáveis: BL, BS, T95L, T95S, PL e PS, conforme
aplicável, e fornecer evidências. As evidências podem ser na forma de documentação ou obtidas por
meio da realização de ensaios. Além disso, se aplicável, o fabricante deve fornecer documentação
relacionada aos métodos, medições e cálculos utilizados para determinar T95L e/ou T95S.

A.3.4.4.3 Adição e amostragem para sistemas nos quais os fluxos de sólidos e líquidos não
interagem de maneira significativa

A.3.4.4.3.1 Generalidades

Alguns sistemas podem envolver métodos de desinfecção separados para sólidos e líquidos, e,
consequentemente, os dois fluxos podem ser considerados de maneira independente. O fabricante
deve fornecer documentação para demonstrar que o sistema se enquadra nesta categoria. Para esses
sistemas, os tempos de adição e amostragem para fluxos de líquidos e sólidos estão resumidos na
Tabela A.5.

Tabela A.5 – Tempos de adição e amostragem e duração para fluxos de líquidos e sólidos (continua)
Tipo de descarga de líquidos Duração da adição Frequência e duração de
(parâmetros de caracterização) de urina amostragem de líquidos
Batelada (BL) Entrada de urina para Produto de saída de líquido de
BL < 24 h todas as bateladas todas as bateladas adicionadas
dentro de um período dentro de 24 h.
de 24 h
Batelada (BL) Entrada de urina para Produto de saída de líquido da
BL > 24 h uma única batelada batelada adicionada.
Contínua (T95L) T95L + 24 h Iniciando em T95L após o início
da adição de líquido; retirar
amostra e ensaiar a cada 4 h,
durante 24 h.
Descarte periódico de líquido T95L + 24 h Iniciando em T95L após o início
(T95L, PL) da adição de líquido, durante 24 h.
PL < 24 h Retirar amostra e ensaiar a cada
fluxo de descarte periódico, dentro
do período de 24 h.
Descarte periódico de líquido T95L + PL Iniciando em T95L após o início
(T95L, PL) da adição de líquido. Retirar
PL > 24 h amostra do primeiro fluxo de
descarte após T95L.

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Tabela A.5 (conclusão)


Tipo de descarga de líquidos Duração da adição Frequência e duração de
(parâmetros de caracterização) de urina amostragem de líquidos
Batelada (BS) Entrada de fezes para Produto de saída de todas as
BS < 24 h todas as bateladas bateladas adicionadas dentro
dentro de um período de 24 h.
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de 24 h
Batelada (BS) Entrada de fezes para Produto de saída das bateladas
BS > 24 h uma única batelada adicionadas.
Descarte contínuo de sólidos T95S + 24 h Iniciando em T95S após o início
(T95S) da adição; retirar amostra e
ensaiar a cada 4 h, durante 24 h.
Descarte periódico de sólidos T95S + 24 h Iniciando em T95S após o início
(T95S, PS) da adição de sólidos, durante
PS < 24 h 24 h. Retirar amostra e ensaiar a
cada fluxo de descarte, dentro
do período de 24 h.
Descarte periódico de sólidos T95S + PS Iniciando em T95S após o início
(T95S, PS) da adição de sólidos. Retirar
PS > 24 h a amostra do primeiro fluxo
de descarte após T95S.

Para sistemas nos quais a duração da adição de líquidos e/ou sólidos determinada de acordo com
a Tabela A.5 seja excessivamente longa (por exemplo, maior que uma semana), protocolos alternativos
de adição e amostragem podem ser desenvolvidos. Protocolos alternativos, incluindo possíveis durações
de adição mais curtas, são aceitáveis se a duração da adição dos produtos de entrada de líquidos
e/ou sólidos puder ser demonstrada como suficiente para assegurar uma amostragem representativa do
efluente líquido e sólidos descartados, e para o cálculo estatisticamente significativo dos LRV no líquido
e nos sólidos. Evidências e fundamentos para apoiar a validade estatística dos protocolos alternativos,
incluindo a consideração de distribuições do tempo de residência, devem ser documentados.

A.3.4.4.3.2 Frequência alternativa de adição e amostragem

Alguns sistemas podem ter vários fluxos de descarga de líquidos e/ou sólidos. Os protocolos descritos
em A.3.4.4.3 podem ser adaptados às características específicas desses sistemas. Evidências e
fundamentos para apoiar a validade estatística dos protocolos adaptados, incluindo a consideração
de distribuições do tempo de residência, devem ser documentados.

A.3.4.4.4 Adição e amostragem para sistemas nos quais os fluxos de sólidos e líquidos interagem

A.3.4.4.4.1 Generalidades

Alguns sistemas podem envolver o contato entre fluxos de sólidos e líquidos para quantidades
significativas de tempo durante a passagem pelo sistema, ou podem envolver o tratamento conjunto
de sólidos e líquidos durante algumas ou todas as partes do processo. Os sólidos e líquidos nesses
sistemas podem ser descarregados simultaneamente ou separadamente. Se a descarga ocorrer
simultaneamente, ambos os fluxos são descarregados da mesma maneira, isto é, ambos em bateladas,
ambos contínuos ou ambos periódicos. Os dois fluxos também podem ser descarregados de maneiras

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diferentes (por exemplo, o líquido é descarregado continuamente, o sólido é descarregado periodicamente).


Em todos os casos, cada fluxo possui um tempo de residência/tempo de processamento característico,
conforme caracterizado pela escala de tempo descrita em A.3.4.4.2.

Se os tempos de adição e amostragem aplicáveis para os fluxos de líquidos e sólidos forem


inferiores a uma semana, ambos os fluxos devem ser adicionados e amostrados durante o tempo de
adição/amostragem mais longo.
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Se pelo menos um dos fluxos tiver um tempo de adição/amostragem mais longo que uma semana
(por exemplo, um sistema com descarga periódica que ocorre uma vez a cada poucas semanas ou
meses), protocolos alternativos de adição e amostragem podem ser desenvolvidos.

A.3.4.4.4.2 Protocolos alternativos

Protocolos alternativos, incluindo possíveis durações de adição mais curtas, são aceitáveis se a duração
da adição dos produtos de entrada líquido e/ou sólidos puder ser demonstrada como suficiente para
assegurar uma amostragem representativa do efluente líquido e sólidos descarregados, e para o cálculo
estatisticamente significativo dos LRV no líquido e nos sólidos. Evidências e fundamentos para apoiar
a validade estatística dos protocolos alternativos, incluindo a consideração de distribuições do tempo
de residência, diluição e/ou partição entre fases, devem ser documentados.

A.3.4.4.4.3 Durações alternativas de adição e amostragem

Alguns sistemas podem ter vários fluxos de descarga de líquidos e/ou sólidos. Os protocolos descritos
em A.3.4.4.4 podem ser adaptados às características específicas desses sistemas. Evidências e
fundamentos para apoiar a validade estatística dos protocolos adaptados, incluindo a consideração
de distribuições do tempo de residência, devem ser documentados.

A.3.4.4.5 Outros

Se um sistema não se enquadrar em uma das categorias descritas acima, os meios para demonstrar
a efetividade do tratamento do sistema devem ser especificados e determinados modificando a metodologia
para adição e amostragem de fluxos de líquidos e sólidos, provendo cálculos ou dados de apoio, se
necessários, para considerar o tempo de residência de sólidos no sistema, diluição e/ou partição dos
organismos indicadores.

A.3.5 Método de ensaio de odor

A.3.5.1 Generalidades

As especificações para o método de ensaio de odor presumem que os sistemas de saneamento


possuem somente um único módulo de interface frontal (Classe 1 e Classe 2; ver Tabela 2) e uma
superestrutura incluída como parte do produto fabricado. Para sistemas de Classe 3, os ajustes do
método de ensaio descritos na Tabela A.6 devem ser realizados para os sistemas correspondentes.

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Tabela A.6 – Ajustes nos métodos de ensaio de odor para sistemas de Classe 3
e sem superestrutura
Sistema Descrição
Sistemas de saneamento As emissões de odor devem ser ensaiadas “dentro da
de Classe 3 com dois a cinco superestrutura do sistema de saneamento” (ver A.3.5.7)
módulos de interface frontal para somente dois dos módulos de interface frontal,
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que devem ser escolhidos aleatoriamente. As emissões


de odor “nas proximidades do sistema de saneamento”
devem ser realizadas conforme descrito em A.3.5.8.
Sistemas de saneamento As emissões de odor devem ser ensaiadas “dentro da
de Classe 3 com mais de cinco superestrutura do sistema de saneamento” (ver A.3.5.7)
módulos de interface frontal para somente três dos módulos de interface frontal, que
devem ser escolhidos aleatoriamente. As emissões de
odor “nas proximidades do sistema de saneamento”
devem ser realizadas conforme descrito em A.3.5.8.

A.3.5.2 Local de ensaio

Dentro do laboratório onde o ensaio controlado é realizado (ver 7.2.7), convém que fontes de odor de
fundo sejam contidas para evitar interferência com a avaliação. A taxa de ventilação do laboratório deve
estar entre 6 e 12 trocas de ar por hora.

A.3.5.3 Composição dos membros

Os membros devem ser compostos por quatro participantes selecionados (ver A.3.5.4) que tenham
passado por uma triagem (ver A.3.5.5).

A.3.5.4 Seleção dos participantes

A seleção dos participantes deve incorporar os seguintes requisitos e recomendações.

 a) Para obter uma composição de membros confiável, avaliadores com qualidades específicas devem
ser selecionados da população em geral para atuar como participantes.

 b) Para assegurar a repetibilidade das observações dos participantes, convém que suas respostas
olfativas sejam as mais constantes possíveis a cada dia e dentro de um dia.

 c) Para assegurar a repetibilidade, a sensibilidade olfativa dos participantes deve estar dentro de
uma largura de banda especificada. Para alcançar este objetivo, os candidatos para a composição
de membros devem passar por uma triagem que assegure uma faixa específica de sensibilidade
ao sulfeto de hidrogênio do odorizante de referência (H2S) (ver A.3.5.5).

 d) Para familiarizar os participantes com os procedimentos olfatométricos, eles devem primeiramente
ser treinados realizando a avaliação de triagem. Esses resultados devem ser descartados.

Os participantes devem ser selecionados entre aqueles cujos resultados da avaliação de triagem
(ver A.3.5.5) atendam aos critérios fornecidos na Tabela A.7.

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Tabela A.7 – Resultados da avaliação de triagem requeridos para a seleção dos membros
Conteúdo da bolsa Percepções do participante
Gás neutro Percebe corretamente nenhum odor em todas as três ocorrências
0,01 ppbv H2S Não percebe odor em quatro ou cinco das cinco ocorrências
2 ppbv H2S Percebe o odor em todas as três ocorrências
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NOTA 1 Se o odor for percebido sistematicamente no gás neutro por vários participantes, isto pode ser sinal
de um problema com o gás neutro ou com as bolsas de gás.
NOTA 2 Ver Tabela 11 para o significado de ppbv.

A.3.5.5 Triagem dos participantes

O procedimento da avaliação de triagem está descrito a seguir.

 a) Apresentar a cada participante uma bolsa preenchida com gás neutro, conforme definido na
EN 13725:2003, 6.4.1. Convém que a bolsa tenha um volume que varie entre 1 L e 5 L, e esteja
em conformidade com a EN 13725:2003, 6.3. Convém que a bolsa tenha um orifício que permita
o cheiro direto do conteúdo não diluído da bolsa.

 b) Instruir os participantes a cheirar o gás neutro e indicar se eles percebem algum odor. Se o participante
perceber um odor (ou uma mudança no odor percebido) no gás neutro, prosseguir com os ensaios
sistemáticos para rastrear e eliminar a fonte do odor.

 c) Instruir os participantes a cheirar, em uma sequência gerada aleatoriamente de 11 avaliações


no total:

 1) gás neutro, um total de três vezes dentro da sequência;

 2) 0,01 ppbv H2S em gás neutro, um total de cinco vezes dentro da sequência;

 3) 2 ppbv H2S em gás neutro, um total de três vezes dentro da sequência.

NOTA Ver Tabela 11 para o significado de ppbv.

Assegurar que as bolsas não tenham identificação alguma que permita aos participantes
reconhecê-las ou identificar o seu conteúdo. Para as bolsas com o odorizante de referência H2S,
convém que a concentração esteja dentro de ±5 % e que seja preparada seguindo medidas de
qualidade similares às descritas na EN 13725:2003, 6.4.

 4) Instruir cada participante a indicar, após cheirar o conteúdo de cada bolsa, se ele percebe
algum odor. Não comunicar os resultados aos participantes durante a triagem.

 5) Repetir a triagem uma segunda vez em um dias diferentes, permitindo que pelo menos um
período de 24 h tenha decorrido entre as duas triagens.

 6) Não permitir que passem mais de seis meses antes de repetir o procedimento de triagem
para cada participante.

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A.3.5.6 Procedimentos de avaliação de emissões de odor

A.3.5.6.1 Generalidades

Convém que os participantes sigam o código de comportamento para avaliadores fornecido na


EN 13725:2003, 6.7.1.
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Após especificar a frequência e o tempo de avaliação (ver A.3.5.7.1 e A.3.5.8.1), a avaliação de odor
deve ser realizada usando observação direta, conforme descrito a seguir.

 a) Designar quatro participantes (dois participantes para avaliação de odor dentro da superestrutura
do sistema de saneamento; dois participantes para avaliação de odor nas proximidades do sistema de
saneamento) para realizar ambas as avaliações simultaneamente. Convém que os participantes
alternem entre a avaliação dentro da superestrutura do sistema de saneamento e nas proximidades
do sistema de saneamento, após cada evento de avaliação de odor.

 b) Assegurar que os participantes entendam o sistema de codificação de odores para reportar os
odores e os termos e conceitos associados.

 c) Instruir os participantes a inalar o ar circundante e cheirar seu odor em intervalos de 10 s, para
avaliação total com duração de 3 min.

 d) Instruir os participantes a registrar suas observações para cada intervalo consistindo em: i) uma
indicação da presença ou ausência de odor, e ii) se um odor for detectado, o tipo de odor e o tom
hedônico (agradável, aceitável, desagradável ou inaceitável). Uma amostra da folha de relatório
de avaliação é fornecida na Figura A.1.

 e) Assegurar que os participantes não conversem ou se comuniquem entre si, de modo que possam
revelar sua avaliação durante a observação de odor.

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Membro participante: Joe Doe Códigos de odores


Data: 26 de Março de 2016 Tipo de odor
0 – Sem odor
Hora de início: 14:25
F – Odor fecal
Hora de parada: 14:28 X – Outros odores
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Ciclo de medição: Após as fezes, ciclo 2 Atributos de odor


1 – Agradável

Ponto e notas da medição: comentários aparecem aqui 2 – Aceitável
3 – Desagradável
4 – Inaceitável

1º minuto
F4 F3 X3 X2 X2 X3

2º minuto
X2 X2 X2 X2 X2 X2

3º minuto
X2 F2 F2 X2 0 0

Legenda

odor fecal odor que pode ser facilmente atribuído às fezes e/ou à urina
outros odores odor não fecal (por exemplo, perfume, produtos de limpeza, odor de processo)
agradável odor agradável
aceitável odor suave, não ofensivo, facilmente tolerado
desagradável odor que não é agradável, levemente ofensivo, porém não atende aos critérios de inaceitável
inaceitável severamente ofensivo, nauseante e/ou suficientemente repulsivo, fazendo com que alguém
evite utilizar o sistema de saneamento

Figura A.1 – Amostra da folha de relatório de avaliação de odor


A.3.5.6.2 Validade das avaliações

Convém que os participantes sejam treinados em um nível de proficiência no método de observação


que assegure que eles não percam observações individuais durante um evento de avaliação. Para
cada evento de avaliação alcançar a validade, não mais que duas observações individuais devem
faltar. Para que a avaliação de odor como um todo alcance a validade, não mais que um total de quatro
observações individuais devem faltar por dia de ensaio. Os eventos de avaliação de odor devem ser
repetidos se o número de observações faltantes exceder esses limites. Além disso, se houver evidência de
que ocorreu um mau uso do sistema de saneamento, um novo evento de medição deve ser programado.

A.3.5.6.3 Ensaio do dia de odor normal

Durante um ensaio do dia de odor normal, o sistema de saneamento deve ser usado de acordo com
o procedimento de ensaio especificado e com o padrão de carga indicado para o dia determinado de
acordo com 7.2.

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A.3.5.6.4 Ensaio do dia de odor simulado

A.3.5.6.4.1 Generalidades

Para o ensaio do dia de odor simulado, fezes simuladas com infusão de odorizante devem ser usadas.

NOTA As fezes simuladas não tentam combinar todas as propriedades das fezes, porém, ao invés disso,
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simulam a consistência e o odor das fezes e da urina combinadas.

A.3.5.6.4.2 Preparação de fezes simuladas para o ensaio de odor

Materiais requeridos:

— fogão;

— garfo ou espátula para agitação;

— recipientes de vidro hermeticamente selados;

— panela com tampa hermética;

— geladeira.

Ingredientes requeridos:

— ácido butírico;

— trissulfeto de dimetilo;

— tofu firme;

— glicerina;

— indol;

— p-cresol;

— amendoim ou óleo vegetal;

— triacetina;

— trimetilamina;

— água;

— arroz branco.

O procedimento para preparar as fezes simuladas é o seguinte.

 a) Colocar 150 g de arroz branco com 0,5 L de água em uma panela tampada com uma tampa
hermética e levar para ferver.

 b) Assim que a água ferver, cozinhar por mais 30 min em fogo baixo (ferver moderadamente).

 c) Permitir que o arroz esfrie um pouco e misturar vigorosamente com um garfo ou espátula por 1 min.

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 d) Cobrir e deixar esfriar até a temperatura ambiente.

 e) Em um recipiente separado, misturar 1 kg de tofu firme com um garfo ou espátula, por 30 s,
de modo a quebrá-lo em pedaços menores (uma pasta homogênea não é requerida).

 f) Adicionar 100 mL de glicerina, os 600 g de arroz cozido preparado nas etapas a) a d), 50 mL de
amendoim ou óleo vegetal e misturar por 30 s com um garfo ou espátula até que os diferentes
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ingredientes sejam misturados.

 g) Adicionar odorizantes nas seguintes quantidades por kg de massa úmida:

— ácido butírico: 1 000 mg/kg;

— p-cresol: 300 mg/kg;

— indol: 30 mg/kg;

— trissulfeto de dimetilo: 6 mg/kg (melhor adicionado como 0,5 mL de uma solução de 12 mg/mL
em triacetina);

— trimetilamina: 5 mg/kg.

 h) Misturar os odorizantes na pasta até que fiquem distribuídos de forma homogênea.

 i) Armazenar as fezes simuladas em recipientes de vidro hermeticamente selados e mantê-los


refrigerados.

 j) Usar as fezes simuladas dentro de um mês.

A.3.5.6.4.3 Procedimentos de ensaio do dia de odor simulado

Os seguintes equipamentos são necessários para cada evento de ensaio.

— 300 g de fezes simuladas, à temperatura ambiente em um recipiente hermeticamente selado,


permitindo uma rápida transferência ao sanitário e selado novamente o recipiente após o uso.

— Recipiente com 200 mL de água como indicador de urina. Se líquido eletricamente condutor for
requerido para o funcionamento apropriado do sistema de saneamento, até 10 g/L de ureia, 8 g/L
de NaCl e 2 g/L de KCl podem ser adicionados à água.

— Folha de relatório de avaliação de odor (ver Figura A.1).

O procedimento para realizar cada evento de ensaio de fezes simuladas é o seguinte.

 a) Instruir o pessoal do laboratório a carregar o sistema como a seguir.

 1) Entrar na superestrutura do sistema de saneamento e fechar a porta (se pertinente).

 2) Transferir rapidamente primeiro as fezes simuladas de 300 g e, em seguida, os 200 mL de


água no vaso sanitário ou na latrina turca.

 3) Vedar rapidamente o recipiente vazio de fezes simuladas e acionar o mecanismo de descarga.

 4) Sair da superestrutura.

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 b) Instruir os participantes a realizar o ensaio como a seguir.

 1) Aproximar-se do sistema (entrando na superestrutura, se pertinente) 5 min após o mecanismo


de descarga ter sido acionado.

 2) Iniciar a avaliação de odor (ver A.3.5.6.1).


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 3) Realizar a avaliação de odor para uma duração total da avaliação de 3 min.

Os dois participantes nas proximidades do sistema devem realizar a sua avaliação simultaneamente.

A.3.5.7 Procedimentos de avaliação de emissões de odor dentro da superestrutura do sistema


de saneamento

A.3.5.7.1 Frequência e tempo de avaliação

Para cada ensaio do dia de odor normal (ver A.3.5.6.3), o odor deve ser avaliado:

— 5 min após os eventos fecais e urinários, medidos a partir do momento em que o mecanismo
de descarga foi acionado;

— quando se espera que as operações do processo liberem a maioria dos odores;

— aleatoriamente durante o dia do ensaio,

de acordo com a frequência indicada na Tabela A.8.

Durante um ensaio do dia de odor simulado (ver A.3.5.6.4), o odor deve ser avaliado:

— 5 min após um evento fecal simulado (ver A.3.5.6.4.3), medido a partir do momento em que
o mecanismo de descarga foi acionado;

— quando se espera que as operações do processo liberem a maioria dos odores;

— aleatoriamente durante o dia do ensaio,

de acordo com a frequência indicada na Tabela A.9.

Tabela A.8 – Frequência e tempo para avaliação de odor para ensaio do dia de odor normal
dentro da superestrutura do sistema de saneamento
Quando se espera
5 min após 5 min após Aleatoriamente
que as operações do
um evento um evento durante o dia
processo liberem a
fecal urinário do ensaio
maioria dos odores
Ensaio do dia de
odor normal –
4 2 2 2
número de ensaios
a serem realizados

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Tabela A.9 – Frequência e tempo para avaliação de odor para ensaio do dia de odor simulado
dentro da superestrutura do sistema de saneamento
Quando se espera
5 min após um Aleatoriamente
que as operações do
evento fecal durante o dia
processo liberem a
simulado do ensaio
maioria dos odores
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Ensaio do dia de odor simulado –


número de ensaios a serem 4 4 2
realizados

NOTA “Quando se espera que as operações do processo liberem a maioria dos odores”, é provável que
ocorra um pouco antes ou logo após o mecanismo de descarga ser acionado.

A.3.5.7.2 Procedimentos de avaliação

Para cada evento de avaliação, como especificado nas Tabelas A.8 e A.9, dois participantes devem
entrar na superestrutura do sistema de saneamento e fechar a porta para iniciar a avaliação imediatamente.

Se a superestrutura não puder acomodar dois participantes ao mesmo tempo, as frequências de


amostragem indicadas nas Tabelas A.8 e A.9 devem ser duplicadas.

O procedimento de avaliação detalhado é fornecido em A.3.5.6.1.

A.3.5.7.3 Validade das avaliações

Se nenhuma observação estiver faltando, a compilação de todas as avaliações de acordo com as


Tabelas A.8 e A.9 fornece 1 080 observações individuais por módulo de interface frontal ensaiado
(18 observações individuais por evento × 2 participantes × 10 eventos por dia × 3 ensaios do dia de odor
normal) após a conclusão de três ensaios do dia de odor normal e 360 observações individuais por
módulo de interface frontal ensaiado (18 observações individuais por evento × 2 participantes × 10 eventos
por dia) após a conclusão de um ensaio do dia de odor simulado.

Os requisitos gerais de validade são fornecidos em A.3.5.6.2.

A.3.5.8 Procedimentos de avaliação de emissões de odor nas proximidades do sistema


de saneamento

A.3.5.8.1 Frequência e tempo de avaliação

Para cada ensaio do dia de odor normal, o odor deve ser avaliado:

— 5 min após um evento fecal e urinário, medido a partir do momento em que o mecanismo de
descarga foi acionado;

— quando se espera que as operações do processo liberem a maioria dos odores;

— aleatoriamente durante o dia do ensaio,

de acordo com a frequência indicada na Tabela A.10.

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Tabela A.10 – Frequência e tempo para avaliação de odor para ensaio do dia de odor normal
nas proximidades do sistema de saneamento
Quando se espera
5 min após Aleatoriamente
5 min após um que as operações do
um evento durante o dia
evento fecal processo liberem a
urinário do ensaio
maioria dos odores
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Ensaio do dia de
odor normal –
4 2 2 2
número de ensaios
a serem realizados

Para cada ensaio do dia de odor simulado, o odor deve ser avaliado:

— 5 min após um evento fecal simulado, medido a partir do momento em que o mecanismo de
descarga foi acionado;

— quando se espera que as operações do processo liberem a maioria dos odores;

— aleatoriamente durante o dia do ensaio,

de acordo com a frequência indicada na Tabela A.11.

Tabela A.11 – Frequência e tempo para avaliação de odor para ensaio do dia de odor simulado
nas proximidades do sistema de saneamento
5 min após um Quando se espera que as Aleatoriamente
evento fecal operações do processo liberem durante o dia
simulado a maioria dos odores do ensaio
Ensaio do dia de
odor simulado –
4 4 2
número de ensaios
a serem realizados

A.3.5.8.2 Procedimentos de avaliação

Para cada evento de avaliação, conforme especificado nas Tabelas A.10 e A.11, dois participantes
devem avaliar o odor.

O posicionamento do participante está descrito a seguir.

 a) Devido aos membros serem compostos por quatro pessoas, os participantes irão alternar entre
cheirar odores nas proximidades do sistema de saneamento e dentro da superestrutura do sistema
de saneamento em cada evento.

 b) Para os participantes posicionados nas proximidades do sistema, posicionar um participante em


pé e em frente ao sistema de saneamento, a 2 m de distância da porta do sistema de saneamento.
Posicionar o segundo participante em pé no módulo de tratamento do sistema de saneamento,
a 2 m de distância do ponto designado como o ponto em que as emissões de odor no módulo de
tratamento são mais elevadas. Se a configuração do sistema ou do local de ensaio não permitir
os 2 m prescritos, a distância pode ser reduzida. Convém que o bom senso de engenharia seja
usado ao selecionar o ponto de observação de odor.

O procedimento de avaliação detalhado é fornecido em A.3.5.6.1.

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A.3.5.8.3 Validade das avaliações

Se nenhuma observação estiver faltando, a compilação de todas as avaliações, de acordo com a


Tabela A.10, fornece 1 080 observações individuais por NSSS ensaiado (18 observações individuais
por evento × 2 participantes × 10 eventos por dia × 3 ensaios do dia de odor normal) após a
conclusão de três ensaios do dia de odor normal, e a avaliação de acordo com a Tabela A.11 fornece
360 observações individuais por NSSS ensaiado (18 observações individuais por evento × 10 eventos
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por dia × 2 participantes) após a conclusão de um ensaio do dia de odor simulado.

Os requisitos gerais de validade são fornecidos em A.3.5.6.2.

A.3.6 Método de ensaio de emissões atmosféricas

A.3.6.1 Equipamento

A.3.6.1.1 Especificação

Os analisadores usados para o ensaio de emissões atmosféricas devem ser capazes de medir as
emissões de interesse com a sensibilidade apropriada. O equipamento deve ser operado de acordo
com as instruções do fabricante.

Os analisadores instrumentais devem ser avaliados antes do uso em relação às seguintes características
de desempenho:

 a) tempo de resposta;

 b) desvio do zero e da calibração;

 c) limite de detecção;

 d) efeito de substâncias interferentes;

 e) efeito de temperatura e pressão no instrumento;

 f) estabilidade.

A.3.6.1.2 Calibração

Para monitores de emissão semicontínuos, uma verificação do zero e da calibração em todo o sistema de
amostragem deve ser realizada imediatamente antes do ensaio no local (dentro de 2 h da estabilização
do analisador). Uma verificação do zero e da calibração final deve ser realizada após as medições no
local terem sido concluídas.

Convém que calibrações adicionais sejam realizadas em intervalos regulares ao longo de todo o dia.

A.3.6.2 Procedimentos de medição de emissões atmosféricas

A.3.6.2.1 Evento de medição

Cada evento de medição deve incluir a medição das emissões das fontes mais significativas de poluentes
atmosféricos dentro do NSSS (isto é, as que produzem as concentrações mais elevadas de poluentes
atmosféricos), incluindo a operação da unidade de tratamento, assim como quaisquer outras fontes de
emissões atmosféricas envolvidas na operação do sistema.

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A.3.6.2.2 Métodos de ensaio

A.3.6.2.2.1 Generalidades

Para assegurar resultados representativos e exatos, os procedimentos para análise de emissões


atmosféricas devem seguir métodos de ensaio aceitos e reconhecidos internacionalmente.
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A.3.6.2.2.2 Emissões atmosféricas em ambiente fechado

Os métodos de ensaio recomendados para análise de emissões atmosféricas em ambiente fechado


são indicados na Tabela A.12. Normas nacionais equivalentes podem ser aplicadas. O método de
realização da análise deve ser determinado, isto é, amostragem simples ou análise contínua.

Tabela A.12 – Métodos de ensaio recomendados para análise de emissões atmosféricas


em ambiente fechado
Componente Método de ensaio Método de amostragem
CO  1) ISO 4224  1) Análise contínua
 2) NIOSH 6604  2) Amostragem simples
NOx ISO 7996 Análise contínua
CO2  1) ISO 16000-26  1) Análise contínua
 2) NIOSH 6603  2) Amostragem simples
H 2S NIOSH 6013; OSHA6 ID 141, 1008 Amostragem simples
VOC ISO 16000-5 Amostragem simples
SO2 NIOSH 6004 Amostragem simples
MP2,5 NIOSH 0500 Amostragem simples
NH3  1) NIOSH 6015 Amostragem simples
 2) NIOSH 6016
NOTA 1 NOx é a soma de NO e NO2. Os valores de medição são fornecidos como NO2.
NOTA 2 Para os métodos NIOSH, ver Referência [63].

A.3.6.2.2.3 Emissões atmosféricas de exaustão ou ventilação na parte externa

Métodos de ensaio aceitos e reconhecidos internacionalmente para análise de emissões atmosféricas de


exaustão ou ventilação na parte externa são indicados na Tabela A.13. Normas nacionais equivalentes
podem ser aplicadas.

Tabela A.13 – Métodos de ensaio recomendados para análise de emissões atmosféricas


de exaustão ou ventilação na parte externa (continua)
Componente Métodos de ensaio recomendados
CO EN 15058, US EPA, Método 10
SO2 EN 14791, US EPA, Método 6C
NOx EN 14792, US EPA, Método 7E

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Tabela A.13 (conclusão)


Componente Métodos de ensaio recomendados
VOC EN 12619, US EPA, Método 25A
HPA VDI 3874, EUA. Resumo da EPA Método TO-13A
H 2S VDI 3486 Bl. 2, NIOSH 6013; OSHA6 ID141, 1008
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MP2,5 VDI 2066 Bl. 10, US EPA, Método 5I; Método 201A
O2 EN 14789, US EPA, Método 3A
NH3 US EPA CTM-027
Fluxo volumétrico ISO 16911-1, US EPA, Método 2
Teor de umidade EN 14790, US EPA, Método 4
Requisitos para medição de seções EN 15259, US EPA, Método 1A
NOTA Para métodos US EPA, ver Referência [82].

A.3.6.3 Pontos de amostragem

A.3.6.3.1 Emissões atmosféricas em ambiente fechado

A medição deve ser realizada dentro da superestrutura, aproximadamente de 1 m a 1,5 m acima


da latrina turca ou do vaso sanitário do módulo de interface frontal. A porta da superestrutura deve
permanecer fechada antes e durante a amostragem.

A.3.6.3.2 Emissões atmosféricas por exaustão ou ventilação na parte externa

A medição deve ser realizada na ventilação de gás externa, como descrito no Método 1A da EPA.

A.3.6.4 Número de amostras e duração da amostragem

A.3.6.4.1 Emissões atmosféricas em ambiente fechado

Uma amostragem deve consistir em um mínimo de dois ensaios de funcionamento por parâmetro.
Cada funcionamento deve abranger todo o evento de medição (ver A.3.6.2.1).

A duração mínima da amostragem para cada funcionamento deve ser de 30 min para H2S e de
60 min para os demais parâmetros, com exceção dos apresentados em A.3.6.4.3. Esses períodos
de funcionamento se aplicam à amostragem simples e contínua.

A.3.6.4.2 Emissões atmosféricas por exaustão ou ventilação na parte externa

O programa de amostragem deve consistir em um mínimo de dois funcionamentos por poluente.


O período mínimo de amostragem para cada funcionamento deve ser de 60 min para cada um dos
componentes indicados na Tabela 12, com exceção dos apresentados em A.3.6.4.3.

A.3.6.4.3 Tempo de amostragem mais curto

Se for requerido pelo processo (por exemplo, tempo de processamento curto, emissões descontínuas,
etc.), um tempo de amostragem mais curto (por exemplo, 30 min) pode ser usado se o valor médio

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da emissão puder ser calculado com segurança. Para eventos de emissão de curtíssimo prazo para
processos em batelada, vários eventos de emissão similares podem ser combinados em uma única
amostragem, para possibilitar a avaliação do estado de operação. Convém que os limites de detecção
de poluentes sejam considerados ao avaliar se os tempos de amostragem mais curtos são apropriados,
especialmente em relação à amostragem simples.

A.3.6.5 Procedimentos de cálculo da medição de emissões atmosféricas


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A.3.6.5.1 Normalização das medições do ambiente

As medições das emissões atmosféricas por exaustão ou ventilação na parte externa devem ser
normalizadas convertendo os valores indicados no instrumento para as condições-padrão predominantes
no local de ensaio.

Em sistemas nos quais os processos de combustão/incineração são aplicados, a equação de conversão


é fornecida pela Equação (A.1):
1 21 − 7 101, 3 273,15 + T
CN = C × × × × (A.1)
1 − H2O 21 − O2,medido p 273,15

NOTA A Equação (A.1) tem uma concentração de O2 de referência de 7 % em volume.

Em sistemas nos quais os processos de não combustão/não incineração são aplicados, a equação
de conversão é fornecida pela Equação (A.2):
1 101, 3 273,15 + T (A.2)
CN = C × × ×
1 − H2O p 273,15

onde

CN é a concentração normalizada, expressa em ppmv, ppbv ou μg/m3;

C é a concentração medida, expressa nas mesmas unidades que CN;


3
H2O é a umidade medida em fração volumétrica de vapor d'água m H2O ;
m3 gás
m3O2
O2, medido é a concentração de O2 do gás de exaustão, expressa em × 100 ;
m3 gás de exaustão
p é a pressão do gás de exaustão, expressa em kPa;

T é a temperatura do gás de exaustão, expressa em °C.

NOTA Ver Tabela 11 para o significado de ppmv e ppbv.

A.3.6.5.2 Cálculos

A.3.6.5.2.1 Emissões atmosféricas em ambiente fechado

Após ambos os ensaios de funcionamento terem sido executados, os seguintes cálculos devem ser
realizados.

 a) Calcular a quantidade média de emissões durante 60 min (H2S: 30 min) para cada ensaio de
funcionamento.

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 b) Obter a quantidade média mais elevada de ambos os ensaios de funcionamento.

 1) Se a média estiver abaixo do limite indicado durante 60 min (H2S: 30 min) (ver Tabela 11),
os requisitos pertinentes de 7.2.9.7 devem ser considerados atendidos.

 2) Os requisitos pertinentes de 7.2.9.7 devem ser considerados não atendidos se a média for
superior ao limite indicado durante 60 min.
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A.3.6.5.2.2 Emissões atmosféricas por exaustão ou ventilação na parte externa

Após ambos os ensaios de funcionamento terem sido executados, os seguintes cálculos devem ser
realizados para cada poluente.

 a) Calcular a quantidade média de emissões durante 60 min para cada ensaio de funcionamento.

 b) Obter a quantidade média mais elevada de ambos os ensaios de funcionamento.

 1) Se a média estiver abaixo do limite indicado durante 60 min (ver Tabela 12), os requisitos
pertinentes de 7.2.9.7 devem ser considerados atendidos.

 2) Os requisitos pertinentes de 7.2.9.7 devem ser considerados não atendidos se a média for
superior ao limite indicado durante 60 min.

A.3.6.6 Especificação da superestrutura para ensaio em laboratório

Se a superestrutura não for parte integrante do produto fabricado, uma superestrutura deve ser
instalada para o ensaio em laboratório. Se a superestrutura for uma parte integrante pré-fabricada do
produto, a superestrutura não é modificada.

Convém que a superestrutura considere as recomendações do fabricante, e ela deve atender aos
critérios abaixo. Os sistemas de saneamento de Classe 3 devem incluir duas ou três superestruturas,
dependendo do número de módulos de interface frontal (ver Tabela A.6).

A superestrutura é destinada a imitar uma aplicação típica; ela deve atender aos seguintes critérios.

 a) A superestrutura deve circundar e envolver completamente a interface do usuário. Ela deve ter
uma porta para acessar a interface do usuário e para isolar o usuário ao usar o sanitário.

 b) Os materiais de construção expostos no interior da superestrutura não podem absorver odores de
forma significativa e não podem produzir odores. Os materiais de construção recomendados para
as superfícies internas incluem aço galvanizado e aço inoxidável. Os materiais adequados incluem
painéis de plástico (por exemplo, PVC, PEAD e similar), se eles não liberarem odores, parede
seca e produtos à base de cimento (preferivelmente pintados com um revestimento lavável).
Painéis à base de madeira somente são aceitáveis se pintados com um revestimento lavável.

 c) A superestrutura, para cada módulo de interface frontal, deve ter tamanho mínimo de 1 m
de largura × 2 m de comprimento × 2,3 m de altura e tamanho máximo de 2,5 m × 2,5 m × 2,5 m.

 d) Um exaustor deve ser instalado no teto, acima da interface do usuário, e deve fornecer um mínimo
de cinco e um máximo de dez trocas de ar por hora.

A.3.7 Método de ensaio de ruído


A.3.7.1 Local de ensaio e superestrutura

Dentro do laboratório onde o ensaio controlado é realizado (ver 7.2), convém que pelo menos um
plano refletor de som esteja presente no local ou próximo a este, onde o NSSS está instalado. Convém

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que o laboratório seja adequadamente isolado do ruído de fundo e forneça condições acústicas muito
próximas à de um campo livre acima de um piso refletor. Para laboratórios que não atendam a essas
recomendações, os procedimentos para a aplicação de correções são fornecidos em A.3.7.5.

Se o sistema de saneamento incluir uma superestrutura como parte do produto fabricado, o ruído
deve ser medido dentro da superestrutura (ver A.3.7.4.1.1) e nos pontos de medição externos (ver
A.3.7.4.1.2).
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Se o sistema de saneamento não incluir uma superestrutura como parte do produto fabricado, as
medições de ruído devem ser obtidas sem uma superestrutura instalada e somente nos pontos de
medição externos (ver A.3.7.4.1.2).

A.3.7.2 Instrumentação

A.3.7.2.1 Generalidades

O sistema de instrumentação, incluindo os microfones, cabos e espuma para microfone, se usados,


deve atender aos requisitos da IEC 61672-1:2013, classe 1, e os filtros devem atender aos requisitos
da IEC 61260-1:2014, classe 1.

A.3.7.2.2 Calibração

Antes e após cada série de medições ser obtida, um calibrador sonoro que atenda aos requisitos da
IEC 60942:2017, classe 1, deve ser aplicado em cada microfone para verificar a calibração de todo
o sistema de medição em uma ou mais frequências dentro da faixa de frequência de interesse. Sem
qualquer ajuste, a diferença entre as leituras realizadas antes e após cada série de medições deve
ser menor ou igual a 0,5 dB. Se este valor for excedido, os resultados da série de medições devem
ser descartados.

A.3.7.3 Operação do sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto durante o ensaio

O nível de ruído do NSSS deve ser ensaiado nas condições que sejam:

 a) reproduzíveis;

 b) representativas das operações mais ruidosas envolvidas no uso típico.

A.3.7.4 Procedimentos de medição de ruído

A.3.7.4.1 Pontos de medição

A.3.7.4.1.1 Dentro da superestrutura

Para NSSS que inclui uma superestrutura como parte do produto fabricado, o ruído deve ser medido
dentro da superestrutura em um único ponto de medição. O ponto de medição deve estar centralizado
acima da latrina turca ou do vaso sanitário do módulo de interface frontal, a uma altura de 1,2 m.

A.3.7.4.1.2 Exterior

Os pontos de medição externos devem ser determinados em relação a um paralelepípedo de referência


que deve ser determinado como o menor paralelepípedo retangular imaginário que pode envolver
espacialmente o sistema (ver Figura A.2). Se uma superestrutura for fornecida como parte do produto
fabricado, o paralelepípedo de referência deve envolver a superestrutura. Pequenas saliências do
sistema devem ser desconsideradas na determinação do tamanho do paralelepípedo de referência.

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Os pontos de medição devem ser posicionados sobre a superfície de um paralelepípedo de medição


onde cada um dos planos esteja a 1 m para fora (em relação ao sistema) daqueles do paralelepípedo
de referência. Os principais pontos de medição devem ser determinados no ponto médio ao longo
de 1) largura e 2) comprimento do paralelepípedo de medição a uma altura de 1,2 m. Os pontos de
medição restantes devem ser determinados em intervalos de 1 m ao longo dos planos de medição,
iniciando dos principais pontos de medição (ver Figura A.2), a uma altura de 1,2 m. Se a distância
mais curta entre dois pontos de medição em um canto do paralelepípedo de medição for menor que
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1 m, o ponto de medição mais próximo do canto deve ser descartado. O número total de pontos no
paralelepípedo de medição é N.

1,2 m

1,2 m

1m

L/2
W/2 1m
1m

W L

1m 1m

Legenda
1 paralelepípedo de medição
2 paralelepípedo de referência
W largura
L comprimento
X principais pontos de medição
pontos de medição
pontos mais próximos dos cantos a serem descartados

Figura A.2 – Pontos de medição da unidade de ensaio


(obtidos da referência [53] – modificada)

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A.3.7.4.2 Ajuste do sonômetro

O sonômetro deve ser ajustado para ponderação A e ponderação de tempo lento, e deve registrar
o nível de ruído médio e máximo para cada evento de medição.

A.3.7.4.3 Orientação do microfone


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Convém que o microfone seja orientado para alcançar a sensibilidade máxima ao som incidente da
fonte de ruído, com exclusão de outros ruídos. O microfone deve ser orientado de forma que o sentido
de referência do microfone seja perpendicular em relação à superfície de medição. As recomendações
do fabricante do instrumento devem ser seguidas ao usar o medidor e determinar a orientação correta
do microfone para a resposta de frequência mais plana.

A.3.7.4.4 Medição do evento e dados a serem coletados

As medições máxima e média do nível de pressão sonora ponderado A devem ser obtidas em todos
os N pontos de medição para cada evento de medição. Os eventos de medição devem assegurar
a medição de todas as fontes de ruído dentro do NSSS, incluindo a operação de descarga e da unidade
de tratamento, assim como quaisquer outras fontes de ruído envolvidas na operação do sistema.
Para estabelecer níveis de ruído de fundo, um evento de medição adicional deve ser realizado com
a unidade de ensaio do NSSS desligada e as demais condições de ensaio preservadas, incluindo
a operação contínua de qualquer outro equipamento presente no ambiente de ensaio.

Se todos os eventos de medição assegurarem que a medição de todas as fontes de ruído pode ser
concluída em menos de 24 h, então o ensaio não precisa ser realizado em 24 h completas.

A.3.7.5 Procedimentos de cálculo de medição sonora

A.3.7.5.1 Correção do ruído de fundo e superfícies refletoras no ambiente de ensaio

Duas correções possíveis podem ser determinadas para melhorar a incerteza de medição dos níveis
de ruído:

 a) a correção, K1, em dB, considerando o ruído de fundo;

 b) a correção, K2, em dB, considerando as superfícies refletoras no local de ensaio.

A.3.7.5.2 Medições da incerteza devido ao ruído de fundo

Se um nível de pressão sonora ponderado A obtido com a unidade de ensaio operando com falha para
medir pelo menos 6 dB acima dos níveis de ruído de fundo (como medido de acordo com A.3.7.4.4),
a medição deve ser marcada como incerta pelo uso de um asterisco (*). O número de pontos de
medição incertos devido ao ruído de fundo é NK1.

A.3.7.5.3 Medições da incerteza devido ao ambiente de ensaio

Se um ponto de medição externo (ver A.3.7.4.1) estiver localizado dentro de 1 m de uma parede,
janela ou outra superfície refletora, as medições não podem ser registradas nesse ponto de medição.
O número de pontos de medição incertos devido às superfícies refletoras no ambiente de ensaio
é NK2.

A.3.7.5.4 Nível representativo de pressão sonora ponderado A

O número de pontos de medição válidos deve ser calculado subtraindo os pontos de medição incertos
identificados em A.3.7.5.2 e A.3.7.5.3 do número total de pontos de medição determinados em A.3.7.4.1.

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Se pelo menos a metade dos pontos de medição permanecer (isto é, se N – NK1 – NK2 ≥ N/2), o nível
representativo de pressão sonora ponderado A (L) deve ser calculado utilizando a Equação (A.3):
n 
L = 10 log 10  ∑ 10Li /10  − 10 log 10n (A.3)
 i =1 

onde
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L é a média logarítmica representativa ou de nível de pressão sonora de alto limite, arredondada


para o 0,5 dB mais próximo para um evento de medição;

Li é o nível de pressão sonora nos pontos medidos;

n é o número de pontos a serem calculados = (N – NK1 – NK2).

Os níveis diários de ruído do sistema, LEX,24 h são equivalentes ao nível mais alto de pressão sonora
ponderado A, representativo entre todos os eventos de medição. O nível máximo de pressão sonora
ponderado A, LpA,máx, é equivalente ao nível mais alto de pressão sonora ponderado A medido em
todos os eventos de medição.

A.3.8 Procedimentos de ensaio em laboratório

A.3.8.1 Interrupção, inicialização e acionamento intencionais da parada de emergência

O seguinte procedimento de ensaio avalia o compliance com 5.2.

 a) Interromper a operação do sistema de saneamento acionando o dispositivo de controle de


parada ou seguindo a sequência de ações do controle de parada. Se um período de transição
for requerido, registrar a sua duração e observar como ele se compara ao período de transição
indicado pelo fabricante (ver 5.2.3). Verificar se, durante o modo de transição, há uma indicação
(visual ou sonora) de que o sistema de saneamento não está disponível para uso.

 b) Após pelo menos 4 h de parada, reinicializar a operação do sistema de saneamento acionando
o dispositivo de controle de inicialização ou seguindo a sequência de ações do controle de
inicialização. Se a inicialização da operação do sistema de saneamento requerer a aplicação de
força mecânica, medir a resistência desta força por um dispositivo de medição comprovado e
observar como ele se compara com a força indicada pelo fabricante (ver 5.2.2).

 c) Após pelo menos 4 h de operação, acionar a parada de emergência. Se o sistema estiver equipado
com mais de um dispositivo de parada de emergência, ensaiar cada dispositivo de maneira
independente. Observar e registrar se todos os processos e operações mecânicos e elétricos foram
interrompidos (ver 5.2.4).

 d) Isolar o sistema de saneamento de sua alimentação elétrica. Aguardar até que todos os processos
e operações mecânicos e elétricos sejam interrompidos. Reconectar a alimentação elétrica.
Observar e registrar a reação do sistema de saneamento, confirmando se não há alguma
reinicialização automática.

NOTA Em alguns casos, o processo de tratamento pode continuar em um estado sem energia [isto é,
processo biológico latente].

 e) Subsequentemente, seguir os procedimentos pertinentes para reinicialização conforme especificado


pelo fabricante.

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A.3.8.2 Operacionalidade após o não uso do sistema de saneamento

O seguinte procedimento de ensaio avalia o compliance com os requisitos de não uso de 4.3.5.

 a) Sem desligar o sistema, assegurar que o sistema de saneamento não seja usado por 60 h (isto é,
que nenhuma carga entre no sistema e não haja alguma interação humana).
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 b) Após o mínimo de 60 h, retomar o carregamento normal (ver 7.2.8).

 c) Verificar se o sistema retorna ao estado normal de operação. Registrar qualquer mau funcionamento
e esforços adicionais para retomar a operação que excedam os procedimentos normais de operação.

A.3.8.3 Operacionalidade após o desligamento de curta duração do sistema de saneamento

O seguinte procedimento de ensaio avalia o compliance com os requisitos de desligamento de curta


duração de 4.3.6.

 a) Seguir as instruções do fabricante para desligamento de curta duração.

 b) Assegurar que o sistema de saneamento seja desligado pelo tempo especificado pelo fabricante.

 c) Seguir os procedimentos do fabricante para reinicialização após o desligamento de curta duração.

 d) Verificar se o sistema é capaz de aceitar imediatamente o produto de entrada e retornar ao estado
normal de operação. Registrar qualquer mau funcionamento e esforços adicionais que difiram dos
procedimentos de “reinicialização após o desligamento de curta duração” do fabricante.

A.3.8.4 Confiabilidade e segurança da fonte de energia

A.3.8.4.1 Fonte de energia elétrica

Se a energia elétrica servir como fonte de energia primária, o seguinte procedimento de ensaio deve
ser realizado para avaliar o compliance com 5.3.1 e 5.3.2.

 a) Separar e isolar o sistema de saneamento de sua fonte de energia por meio do dispositivo de
segurança específico (ver 5.3.2.1).

NOTA 1 Se o sistema for alimentado por eletricidade, esta separação pode ser conseguida desconectando
o sistema.

NOTA 2 Os sistemas em compliance com 5.3.1 estejam em um estado seguro ou alimentados por uma
fonte de energia de reserva (ver 5.3.1).

 b) A energia remanescente ou armazenada no sistema que represente um perigo potencial deve
ser descarregada (ver 5.3.2.2). Seguir as instruções do fabricante quanto à descarga de energia.
Usando um dispositivo de medição apropriado, verificar e registrar se toda a energia remanescente
ou armazenada no sistema está descarregada.

 c) Se uma fonte de energia de reserva for fornecida, verificar e registrar a capacidade da fonte de
energia de reserva (ver 5.3.1).

A.3.8.4.2 Fonte de energia não elétrica

Se a fonte de energia primária não for elétrica, ensaiar o funcionamento das medidas de confiabilidade
e segurança de acordo com seu uso previsto (ver 5.3.3). Se for aplicável, adaptar as etapas a) a c)
de A.3.8.4.1. Se não for aplicável, uma justificativa de como o sistema de saneamento pretende atender
aos requisitos de 5.3.3 deve ser fornecida.

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A.3.8.5 Operacionalidade após desligamento de longa duração

O seguinte procedimento de ensaio avalia o compliance com 4.3.7.

 a) Seguir os procedimentos do fabricante quanto ao desligamento de longa duração. Registrar a duração
do início do procedimento até que o sistema seja desligado e comparar com o que está indicado
no manual do usuário ou com outra documentação do fabricante.
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 b) Assegurar que o sistema de saneamento esteja desligado por pelo menos 60 h antes da reinicialização.

 c) Seguir os procedimentos do fabricante para reinicialização após o desligamento de longa duração.

 d) Verificar se o sistema é capaz de aceitar imediatamente o produto de entrada e retornar ao estado
normal de operação dentro do tempo especificado pelo fabricante. Registrar qualquer mau
funcionamento e esforços adicionais que difiram dos procedimentos de “reinicialização após o
desligamento de longa duração” do fabricante.

A.3.8.6 Sobrecarga

O seguinte procedimento de ensaio avalia o compliance com 4.3.4 e 4.3.8. O uso de fezes simuladas
(ver A.3.5.6.4.2) é aceitável.

 a) Carregar o sistema com carga normal (ver 7.2.8) em termos de quantidade por uso (ver 4.3.2).

 b) Permitir que ocorra um período de espera entre os usos especificados pelo fabricante (ver 4.3.8);
em seguida, repetir a) até que a capacidade de tratamento em termos de usos por dia seja alcançada
(ver 4.3.2).

 c) Ao alcançar a capacidade de tratamento, continuar a carregar o sistema até que o mecanismo de
sobrecarga seja acionado. Convém que o mecanismo de sobrecarga do sistema seja acionado
na carga igual à capacidade de projeto multiplicada pelo fator de segurança especificado pelo
fabricante (ver 4.3.4).

 d) Verificar se o sistema está pronto para uso após o período de espera especificado pelo fabricante.
Registrar qualquer mau funcionamento e se o mecanismo indicador de sobrecarga (indicação/alarme
sonoro e/ou visual) funciona conforme o previsto.

A.3.8.7 Visibilidade das fezes

O seguinte procedimento de ensaio avalia o compliance com 6.3.

 a) Assegurar uma iluminação adequada e um ângulo de visão diretamente na latrina turca ou no vaso
sanitário do módulo de interface frontal (perpendicular ao piso).

 b) Acionar o mecanismo de descarga.

 c) Uma vez que o módulo de interface frontal tenha retomado ao estado de funcionamento, observar
e registrar se um acúmulo de fezes depositadas de usuários anteriores é visível.

A.3.8.8 Descarga e limpeza

O seguinte procedimento de ensaio avalia o compliance com 4.14.3.

 a) Iniciar o processo de descarga de todos os líquidos, gases e aerossóis, e sólidos do sistema,
seguindo as instruções do fabricante.

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 b) Registrar se o sistema entra em um estado seguro para esta finalidade.

 c) Registrar se todo o conteúdo foi descarregado e se o sistema indica claramente ao usuário que
o processo de descarga foi concluído.

A.3.8.9 Requisitos de usabilidade


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O seguinte procedimento de ensaio avalia o compliance com 6.2.1, aplicando dados ergonômicos e
antropométricos reconhecidos.

 a) Comparar o uso do sistema de saneamento com os requisitos de usabilidade [complexidade adequada,
autodescrição e projeto intuitivo (aparência), controlabilidade, conformidade com as expectativas
do usuário, tolerância a erros] especificados em 6.2.1.

 b) Registrar se os controles relacionados (por exemplo, alavancas manuais, pedais, interruptores)
e indicadores são de fácil acesso e localizados de acordo com as expectativas do usuário.

 c) Ao usar o sistema de saneamento de acordo com as instruções do fabricante, registrar se:

 1) as posições neutras dos controles são restabelecidas automaticamente após o acionamento;

 2) o movimento dos controles para acionar as funções de descarga correspondem ao efeito
previsto ou à prática comum;

 3) as forças de acionamento são confortáveis para os usuários.

A.3.8.10 Dia do ensaio de diarreia

A.3.8.10.1 Generalidades

Para os dias do ensaio de diarreia, 50 % do carregamento normal de fezes (por usuário, conforme
estabelecido em 4.3.2) deve ser “entrada de diarreia” ao invés de fezes sólidas. Convém que o padrão
de carregamento normal para o volume de entrada de urina seja conforme descrito a seguir.

— 35 % da capacidade diária (kg/dia, derivado de 4.3.2) entre 6 h da manhã e 9 h da manhã. Metade


desta carga é para ser a carga fecal normal (fezes sólidas), a outra metade diluída como entrada
de diarreia.

— 25 % da capacidade diária (kg/dia, derivado de 4.3.2) entre 11 h da manhã e 2 h da tarde. Metade


desta carga é para ser a carga fecal normal (fezes sólidas), a outra metade diluída como entrada
de diarreia.

— 40 % da capacidade diária (kg/dia, derivado de 4.3.2) entre 5 h da tarde e 8 h da noite. Metade


desta carga é para ser a carga fecal normal (fezes sólidas), a outra metade diluída como entrada
de diarreia.

O procedimento para preparar a entrada de diarreia antes do ensaio é como a seguir.

 a) Combinar fezes frescas com água na proporção de 2 L de água por kg de fezes frescas. Convém
que o conteúdo-alvo de matéria seca da entrada de diarreia esteja entre 3 % e 10 %. As amostras
fecais frescas reais variam no teor de água e dentro da ampla faixa especificada. Não há intenção
ou necessidade de ser muito preciso sobre o conteúdo de matéria seca da amostra de diarreia
simulada e, portanto, uma diluição dupla por massa de fezes frescas saudáveis deve ser usada.

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 b) Agitar moderadamente para homogeneizar a mistura. Convém que a entrada de diarreia também
seja agitada apenas antes do uso, para evitar a sedimentação de sólidos. A diluição com água
praticamente triplica o volume das fezes. Para este ensaio, supõe-se que cada usuário com diarreia
produza 1,2 L de diarreia por dia. Conforme descrito em A.3.8.10.2, cada evento de diarreia deve
ser realizado com 0,4 L da entrada de diarreia, resultando, portanto, em três eventos diarreicos
no sanitário por usuário por dia.
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A.3.8.10.2 Procedimento de ensaio de diarreia

O procedimento para realizar cada evento diarreico está descrito a seguir.

 a) Transferir 0,4 L de entrada diarreica para o vaso sanitário ou latrina turca usando um movimento
circular para cobrir as laterais do vaso ou da latrina.

 b) Adicionar seis folhas de papel seguindo o procedimento de A.3.3.4.2 ou A.3.3.5.2.

 c) Aguardar 1 min antes de acionar o mecanismo de descarga.

A.3.8.11 Ensaio do selo hídrico

O seguinte procedimento avalia o compliance com 6.7.

Se o módulo de interface frontal incluir um selo hídrico, medir a profundidade da água no selo (pode
ser usada uma régua simples).

Registrar se o fecho hídrico alcança uma profundidade de pelo menos 20 mm.

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Anexo B
(normativo)

Avaliação de risco e lista de perigos significativos


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B.1 Requisitos de avaliação de risco

B.1.1 Generalidades

Quando for realizada uma avaliação de risco (ver 5.1), aplicam-se as seguintes prescrições adaptadas
da ABNT NBR ISO 12100 e baseadas nas melhores práticas industriais (ver também E.3.3.2).

O fabricante ou seu representante autorizado deve realizar uma apreciação de risco para assegurar
e documentar que os requisitos fundamentais para a proteção da saúde e segurança sejam atendidos
pelo projeto e pela realização do NSSS. O NSSS deve ser projetado de modo que ele seja adequado
à sua função e possa ser operado e mantido sem colocar as pessoas em risco, quando as operações
do sistema forem realizadas nas condições de uso previstas.

B.1.2 Processo de avaliação de risco dentro do processo de projeto

Um processo de avaliação sistemática deve ser incluído no processo de projeto do produto que segue
e documenta as etapas de avaliação de risco (ver Figura B.1), para:

 1) determinar os perigos pertinentes que razoavelmente se espera que surjam do projeto e da realização
do sistema de saneamento específico (por exemplo, por meio de um estudo de identificação do
perigo ou estudo hipotético);

 2) avaliar os perigos identificados e determinar os requisitos relacionados à saúde e segurança que
se aplicam ao projeto e à realização do NSSS;

 3) avaliar a probabilidade de ocorrência de dano e a gravidade desse dano associada a cada perigo
e determinar o risco potencial relacionado;

 4) determinar se o risco é aceitável ou se mitigação de risco adicional é requerida;

 5) documentar o resultado da avaliação de risco, se o risco for considerado aceitável; ou

 6) especificar medidas de mitigação de risco adicionais e os resultados a serem alcançados, se


mitigação de risco adicional for requerida;

 7) projetar e realizar mitigação de risco adicional, se necessário; e

 8) reavaliar os riscos após a mitigação de risco e determinar se o risco residual resultante é aceitável
ou se a mitigação de risco adicional é requerida.

Ao incorporar o processo de apreciação de risco no processo de projeto, o NSSS pode ser modificado
em resposta aos resultados da avaliação de risco.

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INÍCIO

(1)
Determinar os perigos pertinentes dentro dos limites do sistema
de saneamento
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(2)
Determinar os requisitos de saúde e segurança
relacionados ao perigo

(3.1) (3.2)
Determinar a probabilidade Determinar a
de ocorrência de cada gravidade do dano de
perigo cada perigo

(3.3)
Avaliar o risco potencial para
cada perigo
(4)
O risco residual é aceitável?

FIM (5) Documentar o SIM


resultado da
avaliação de risco
NÃO

(6)
Especificar a mitigação de risco
adicional e a efetividade
requerida

(7)
Realizar a mitigação de risco
adicional e a efetividade
requerida

(8)
Reavaliar o risco com
mitigação de risco
adicional

NOTA As etapas numeradas correspondem às descritas em B.1.2.

Figura B.1 – Fluxograma de avaliação de risco iterativa

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B.1.3 Limites do sistema

O processo de avaliação de risco e redução de risco deve considerar os limites do NSSS, que incluem:

 a) características dos usuários e do pessoal de serviço e seus níveis de treinamento, experiência
e habilidade;
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 b) modos operacionais e seus procedimentos associados de intervenção do usuário;

 c) mau funcionamento e falhas do sistema que não resultem na entrada do sistema em modo de
estado seguro;

 d) uso previsto e qualquer uso inadequado;

 e) interface da fonte de energia e armazenamento da fonte de energia;

 f) vida útil esperada do sistema e/ou seus componentes, levando em consideração os intervalos
de serviço recomendados.

B.1.4 Ciclo de vida pertinente

A avaliação de risco deve incluir perigos que possam ser gerados pelo NSSS em todas as fases
pertinentes do ciclo de vida do NSSS, isto é:

 a) transporte;

 b) montagem e instalação;

 c) uso e espera;

 d) mau funcionamento;

 e) serviço e manutenção;

 f) desligamento e armazenamento;

 g) desmontagem e refugo.

B.1.5 Princípios de mitigação de risco

Os riscos devem ser avaliados para determinar se redução de risco adicional é requerida de acordo
com as prescrições deste documento e seguindo os princípios comuns de integração de segurança.

Ao selecionar a solução de projeto mais apropriada para mitigação de risco, o fabricante ou seu
representante autorizado deve aplicar a seguinte ordem de prioridade:

 a) projeto e construção inerentemente seguros;

 b) medidas de proteção em relação aos riscos que podem não ser eliminados por projeto e construção
inerentemente seguros;

 c) informações fornecidas aos usuários e ao pessoal de serviço sobre riscos residuais.

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B.1.6 Requisitos de documentação

O procedimento e os resultados da avaliação de risco devem ser documentados de forma abrangente


em um relatório de avaliação de risco.

Este relatório de avaliação de risco deve incluir no mínimo:


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 a) uma descrição do NSSS que está sendo analisado e seu uso previsto no qual a avaliação de risco
é baseada;

 b) documentação técnica, resultados de ensaios, informações e dados, assim como a identificação
de quaisquer normas ou outras especificações técnicas referidas ou utilizadas para a avaliação;

 c) as metas de redução de risco a serem alcançadas pelas medidas de mitigação de risco;

 d) um formulário de avaliação de risco que inclua os perigos pertinentes e as situações perigosas
identificados e sua avaliação baseada em risco;

 e) cada medida de redução de risco considerada e a eficácia da redução de risco relacionada,
indicando separadamente a redução da probabilidade de ocorrência e a redução da gravidade de
dano potencial;

 f) indicação dos riscos residuais e instruções ou advertências afins para incorporar no manual do
usuário e/ou sinais de advertência necessários;

 g) uma declaração final que confirme que todos os riscos pertinentes provenientes dos sistemas de
saneamento são mitigados em um nível aceitável de acordo com as metas de redução de risco.

B.2 Lista de perigos significativos


A Tabela B.1 lista os perigos, as situações perigosas e os eventos perigosos significativos abordados
neste documento e indica a subseção pertinente correspondente a cada perigo. Os perigos pertinentes
a um sistema de saneamento específico devem ser identificados por meio de uma avaliação de
segurança (5.1). A ABNT NBR ISO 12100 pode indicar perigos pertinentes adicionais para o sistema
de saneamento específico.

Tabela B.1 – Perigos significativos indicados (continua)


Nº Perigo significativo Subseção pertinente
Perigos mecânicos devido às peças e componentes,
respectivamente devido à sua forma, localização,
1 5.4
massa e estabilidade, massa e velocidade,
resistência mecânica
1.1 Acúmulo de energia mecânica dentro de um sistema 5.3.3
1.2 Líquidos e gases sob pressão, efeitos de vácuo 5.4.1
1.3 Perigo de esmagamento 5.4.3
1.4 Perigo por cisalhamento 5.4.3
1.5 Perigo de corte ou incisão 4.12.1; 4.13.1

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Tabela B.1 (continuação)


Nº Perigo significativo Subseção pertinente
1.6 Perigo de retenção ou aprisionamento 5.4.3
1.7 Perigo de impacto 4.12.5; 4.12.6; 6.4
1.8 Perigo de penetração ou perfuração 4.12.1
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1.9 Perigo de atrito ou abrasão 4.12.1


1.10 Perigo de injeção ou ejeção de fluido sob alta pressão 5.4.1; 5.4.2
1.11 Escorregamento, tropeço e queda 6.6
2 Perigos elétricos 5.3.2.2; 5.6.1
2.1 Contato com peças energizadas, eletrocussão 5.3.2.1; 5.3.2.2; 5.6.1
Efeitos de curtos-circuitos, sobrecargas etc., por
2.2 5.3.2.1; 5.6.1
exemplo, incêndio
Perigos térmicos, resultando em queimaduras,
escaldaduras e outras lesões por meio do possível
3 5.5.1; 5.5.2
contato com objetos ou superfícies com alta ou
baixa temperatura
Perigos gerados por ruído, resultando em
4 desconforto, interferência com a comunicação por 4.4.4
voz, acústica, sinais etc.
Perigos de vibração, resultando em desconforto
5 devido à vibração do corpo inteiro, particularmente 6.5
quando combinado com posturas inadequadas
Perigos gerados por radiação devido a fontes
de radiação ionizante, radiação eletromagnética
6 5.5.3; 5.6.1
de baixa frequência, radiação óptica ou radiação
eletromagnética de radiofrequência
7 Perigos de materiais e substâncias
Perigos do contato com substâncias nocivas,
4.4.1; 4.4.2; 4.4.5; 4.10.1;
7.1 fluidos, gases, névoas, fumaça e poeira que causam
4.10.2; 4.12.2; 6.2.2
infecções, sensibilizações
7.2 Perigo de incêndio ou explosão 4.12.2
Perigos ergonômicos, resultando em desconforto, 4.1; 4.4.2; 4.7; 4.14.1; 4.14.2;
8
estresse, erro humano 6.2.1; 6.2.3; 6.2.4; 6.3; 6.6
8.1 Posturas insalubres ou esforço excessivo 4.14.2; 6.2.1
8.2 Deficiências de usabilidade 4.3.8; 6.2.1; 6.2.2; 6.4
Negligência dos princípios de proteção de segurança
8.3 5.1; 5.2.4; 5.4.3
integrados e dispositivos de proteção
Projeto inadequado de locais de ajuste e manutenção
8.4 4.14.2
e acesso a esses locais

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Tabela B.1 (conclusão)


Nº Perigo significativo Subseção pertinente
Perigos associados ao ambiente no qual o sistema
9 4.8; 4.9.1; 4.9.2; 4.9.3
de saneamento é usado
Perigos de processo como inicialização inesperada,
10 5.2.2; 5.2.3; 5.2.4; 5.6.3
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sobrecargas ou processo insuficiente etc.


10.1 Falha do sistema de controle 5.2.4; 5.6.2; 5.6.3
Restabelecimento do suprimento de energia em caso
10.2 5.3.1
de interrupção
Ações de controle errôneas do usuário ou do pessoal
10.3 4.12; 5.6.2
de serviço
4.3.1; 4.3.2; 4.3.3; 4.3.4;
10.4 Processo de tratamento deficiente 4.3.5; 4.3.6; 4.3.7; 5.6.2;
5.7; 6.4
11 Perda de estabilidade ou tombamento 4.12.6; 6.5
Perigos devido ao transporte do sistema
12 4.14.6
de saneamento

B.3 Ciclo de vida de segurança do produto (CVSP)


Se um CVSP for realizado, os seguintes requisitos se aplicam.

Após a entrada do sistema de saneamento no mercado, o CVSP possibilita a observação sistemática


e a documentação de experiências e eventos da operação do sistema de saneamento pelos usuários
e pelo pessoal de manutenção. Os dados devem ser avaliados sistematicamente em relação às
implicações para melhoria da segurança do produto e melhoria de desempenho do produto.
Consequentemente, o CVSP fornece um meio para o fabricante assegurar que os requisitos funcionais
e relacionados à segurança esperados (por exemplo, capacidade, limites, disponibilidade) sejam atendidos
continuamente pelo sistema de saneamento.

Um CVSP genérico típico deve seguir e documentar as seguintes etapas do processo (ver Figura B.2).

 1) Realizar análise técnica do produto que determine subsistemas e unidades funcionais distintos
do sistema de saneamento, incluindo suas interfaces interdependentes.

 2) Determinar um procedimento para identificar quaisquer normas e regulamentos pertinentes para
projeto e posterior operação do sistema de saneamento.

 3) Identificar os perigos pertinentes por meio da avaliação de risco (ver B.1) ou avaliação de segurança
equivalente (ver 5.1), para realizar e manter a segurança do sistema de saneamento.

 4) Determinar um curso de ação referente à mitigação de risco adicional requerida por meio de
medidas técnicas, organizacionais ou relacionadas às pessoas, alcançando a segurança esperada
do sistema de saneamento.

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 5) Preparar os manuais do usuário e informações para o usuário que são requeridos para permitir
a operação segura do sistema de saneamento (ver requisitos em 4.14.5 e especificações no
Anexo C).

NOTA As etapas 3), 4) e 5) correspondem ao procedimento de avaliação de risco detalhado em B.1.

 6) Conduzir a análise crítica, a verificação e o ensaio das capacidades de desempenho e os requisitos
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de segurança do sistema de saneamento de acordo com a Seção 7.

 7) Preparar e consolidar a documentação do sistema de saneamento em relação à especificação


técnica e projeto, à verificação e ao ensaio, assim como à avaliação de risco (ver B.1) ou avaliação
de segurança equivalente (ver 5.1) e documentação do usuário. Convém que o arquivo técnico
resultante seja arquivado por pelo menos dez anos após a data de fabricação do sistema de
saneamento, ou a partir da data em que a última unidade foi produzida, no caso de produção em série.

 8) Introduzir o sistema de saneamento no mercado e monitorar continuamente a operação do sistema


de saneamento em campo, assegurando que as falhas e eventos sejam avaliados por meio da
avaliação de segurança e, quando requerido, modificando o projeto ou as informações fornecidas
aos usuários para mitigar novamente o risco de forma apropriada. As modificações técnicas no
projeto de sistemas de saneamento devem ser processadas sistematicamente por meio de uma
estratégia de gestão de mudanças técnicas.

FIM
INÍCIO

8)
1) Lançamento no mercado
Análise técnica do projeto e observação do produto

2) 7)
Diretivas, normas e Consolidação da
regulamentos documentação

3) 6)
Análise do perigo e Análise crítica, ensaio e
avaliação de risco verificação

5)
Manual e informações para os
4) usuários
Mitigação do risco

Legenda
requisitos de direcionamento de um ciclo para a próxima etapa
verificação dos resultados de uma etapa do ciclo com a etapa anterior

NOTA As etapas numeradas correspondem às descritas em B.3.

Figura B.2 – Fluxograma de um processo de CVSP genérico

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Anexo C
(normativo)

Manuais do usuário
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C.1 Requisitos de idioma


Todos os manuais fornecidos com o NSSS devem ser elaborados no nível de leitura dos usuários.
As informações devem ser fornecidas:

 a) no(s) idioma(s) local(ais) oficial(ais) do país de uso; e, adicionalmente

 b) no idioma inglês.

C.2 Fornecimento do manual


O proprietário do sistema deve receber o manual do usuário quando tomar posse do sistema.

C.3 Número de documentos


As informações requeridas podem ser fornecidas em um único manual ou divididas em vários manuais.
Se possível, convém que um manual separado seja fornecido para o pessoal de serviço profissional.

C.4 Informações a serem fornecidas


Convém que o manual atenda aos requisitos da IEC 82079-1. Os manuais do usuário devem incluir
no mínimo:

 a) As informações do produto, incluindo:

 1) número do modelo;

 2) número de série;

 3) data de fabricação;

 4) massa total da unidade quando estiver operacional;

 5) capacidade de tratamento prevista em relação ao número de usuários e usos por dia
(usuários/dia e usos/dia) e período de espera recomendado entre os usos;

 6) vida útil esperada de projeto;

 7) condições de operação;

 8) referências de certificação do produto, se houver.

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 b) Uma descrição geral do sistema de saneamento.

 c) Desenhos e diagramas que ilustrem o projeto básico do sistema e incluam diagramas de circuitos.

 d) Detalhes de contato (nome, endereço, número de telefone, e-mail) do fabricante, fornecedor e
pessoal de serviço profissional a serem consultados se ocorrer um problema com o sistema.
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 e) Instruções abrangentes para montagem, instalação e armazenamento do sistema de saneamento.

 f) Somente para módulo de tratamento, especificações apropriadas para o número, tipo e volume de
descarga do(s) módulo(s) de interface frontal ao(s) qual(ais) o módulo de tratamento é conectado.

 g) Descrição dos meios apropriados de ancoragem se a forma ou estrutura do sistema não oferecer
estabilidade de inclinação suficiente e/ou estabilidade suficiente sob carga mecânica (ver 4.12.6).

 h) Instruções gerais de segurança para o usuário que incluam todas as advertências em relação
aos riscos residuais pertinentes durante a operação, considerando o uso inadequado.

 i) Instruções de operação abrangentes, incluindo pelo menos:

 1) procedimento de inicialização para sistema recém-instalado;

 2) instruções de retomada da operação após o desligamento de curta duração (ver 4.3.6);

 3) instruções de preparação do sistema para o desligamento de longa duração (isto é, mais de 60 h)
(ver 4.3.7);

 4) procedimentos detalhados de reinicialização após o desligamento de longa duração;

 5) procedimentos a serem seguidos para a inicialização intencional de operação do sistema


(ver 5.2.2);

 6) procedimentos a serem seguidos para a parada intencional de operação do sistema (ver 5.2.3);

 7) procedimentos a serem seguidos para o acionamento da parada de emergência (ver 5.2.4).

 j) Instruções abrangentes para responder a alarmes e falhas potenciais e para reparo e/ou substituição
de peças e componentes, incluindo as etapas requeridas para restabelecer uma operação segura
e confiável e indicação de quando é conveniente que o usuário consulte o pessoal de serviço
profissional, além de:

 1) indicação clara do tipo de falha e/ou defeito ao qual o alarme corresponde;

 2) indicação clara de possíveis falhas e/ou defeitos, e instruções para identificar essas falhas
e defeitos;

 3) indicação clara de quais ações de reparo são esperadas do usuário e quais convém que sejam
reservadas para o pessoal de serviço profissional (por exemplo, por razões de segurança);

 4) indicação clara de quais peças e componentes se espera que sejam substituídos pelo usuário,
incluindo o cronograma de substituição esperado e instruções detalhadas para substituição.
O usuário deve ser instruído a utilizar somente peças e componentes que sejam recomendados
pelo fabricante.

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 k) Instruções abrangentes para limpeza, operação e uso do módulo de interface frontal, incluindo:

 1) descrição de ferramentas especializadas de limpeza, se requerido;

 2) lista de produtos e agentes recomendados para limpeza, desinfecção e enxágue, e identificação
dos produtos e agentes que o usuário é desaconselhado a aplicar;
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 3) descrição passo a passo de procedimentos para atividades operacionais e sua frequência
requerida;

 4) instruções passo a passo sobre o uso do sistema de saneamento, se pertinente (ver D.3).

 l) Instruções abrangentes de configuração, ajuste e manutenção, incluindo pelo menos:

 1) distinção clara entre as atividades a serem realizadas pelo usuário e as atividades a serem
realizadas por pessoal de serviço profissional;

 2) descrição passo a passo de procedimentos e atividades a serem realizados pelo usuário
(por exemplo, remoção periódica do produto de saída tratado);

 3) frequência de procedimentos e atividades a serem realizados pelo usuário (ver 8.6; Tabela 14);

 4) descrição de ferramentas especializadas de manutenção, se pertinente.

 m) Descrição de itens comuns que podem e podem não ser adicionados no sistema:

 1) descrição detalhada do tipo e volume de resíduos orgânicos que o sistema é capaz de tratar
(kg/dia);

 2) capacidade máxima diária de água que o sistema é capaz de operar (L/dia);

 3) tipo e volume de produtos de higiene menstrual que o sistema é capaz de operar ou, se
o sistema não puder operar produtos de higiene menstrual, descrição do mecanismo e/ou
dispositivo para seu descarte;

 4) descrição detalhada do tipo, volume e frequência de aditivos químicos e biológicos que serão
adicionados no sistema;

 5) descrição de itens comuns que podem não ser adicionados no sistema;

 6) quaisquer itens adicionais pertinentes ao sistema.

 n) Descrição do produto de saída do sistema:

 1) conforme aplicável, descrição detalhada das aplicações de reuso do produto de saída do sistema;

 2) informações detalhadas sobre recuperação de nutrientes (ver 8.2);

 3) informações detalhadas sobre possível reuso de efluente líquido (ver 8.3.3).

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Anexo D
(informativo)

Medidas de sustentabilidade
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D.1 Generalidades
As seguintes orientações se referem à coleta e condução de informações que podem ser usadas para
determinar a adequação de um sistema de saneamento para um determinado local e usuários.

D.2 Custo estimado dos cálculos de uso

D.2.1 Generalidades

Para determinar a acessibilidade econômica do sistema de saneamento para os usuários (ver 4.5),
convém que as despesas estimadas para o sistema de saneamento sejam baseadas em um cálculo
dos custos do ciclo de vida, abrangendo o CAPEX e OPEX. A fim de agregar custos atuais e custos
de operação futuros, convém que o valor presente líquido anual seja calculado. Os cálculos do
valor presente líquido envolvem a especificação de uma taxa de desconto e um intervalo de tempo
para planejamento, o que convém que seja a vida útil esperada de projeto (ver 4.5) do sistema de
saneamento. Orientações adicionais sobre como realizar o cálculo de custo do ciclo de vida podem
ser encontradas na ISO 15686-5. Para calcular a acessibilidade econômica, convém que o modelo
de financiamento pertinente seja levado em consideração.

A acessibilidade econômica dos serviços de água e saneamento é definida internacionalmente como


a razão entre a renda familiar (ou despesas domésticas) do usuário e as despesas do usuário com
serviços de água e saneamento (neste caso, o valor presente líquido anualizado do CAPEX e OPEX
do sistema de saneamento para um intervalo de tempo determinado). Convém que o fabricante use
dados de receita ou despesa disponíveis para os usuários (usando o mesmo intervalo de tempo usado
para os cálculos do VPL).

NOTA 1 A despesa doméstica é oferecida como uma alternativa à renda familiar devido aos dados de despesa
estarem, muitas vezes, mais disponíveis do que os dados de receita em muitos dos locais para os quais o NSSS
foi projetado.

NOTA 2 Os serviços de saneamento fornecidos por meio do NSSS são somente uma parte dos serviços
totais de água e saneamento para um domicílio.

Para um determinado local e usuários, convém que estudos de acessibilidade econômica mais detalhados
sejam realizados para projetos individuais, considerando os contextos socioeconômicos e socioculturais
locais, incluindo a vontade de pagar dos usuários.

D.2.2 CAPEX

O CAPEX inclui todos os custos de investimento iniciais requeridos para a implementação do sistema
de saneamento. Para um determinado local e usuários, pelo menos convém que os custos para adquirir
o sistema e os custos de transporte, montagem, instalação e espaço requeridos para o sistema (por
exemplo, uso do solo/custos de propriedade) sejam considerados.

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D.2.3 OPEX

O OPEX inclui todos os custos operacionais para manter o sistema em funcionamento contínuo.
Quando um local de instalação é identificado, preços como pagamento por hora para pessoal de
serviço profissional, podem ser obtidos e o OPEX exato pode ser calculado.

Para um determinado local e usuários, convém que seja verificado se todas as peças, componentes,
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ferramentas e aditivos requeridos e recomendados para a operação do sistema estão disponíveis


localmente, incluindo aditivos químicos e biológicos e ferramentas especializadas de limpeza e
manutenção. Convém que as listas de preços para esses itens estejam disponíveis ao usuário.

D.3 Atividades adequadas de configuração, ajuste e manutenção

D.3.1 Generalidades

Para alcançar o requisito de atividades adequadas de configuração, ajuste e manutenção a serem


realizadas pelo usuário e pelo pessoal de serviço profissional (ver 4.14.1), convém que a frequência
e a complexidade de cada atividade sejam indicadas.

D.3.2 Frequência das atividades de configuração, ajuste e manutenção

Conforme especificado em 8.6, o fabricante deve fornecer um cronograma detalhado das atividades
requeridas de configuração, ajuste e manutenção a serem realizadas pelo usuário e pelo pessoal de
serviço profissional. O cronograma indicará quem irá realizar a atividade, o tipo de atividade, a sua
frequência, a duração esperada por atividade (pessoa-hora) e as peças, componentes ou acessórios
requeridos.

D.3.3 Complexidade das atividades de configuração, ajuste e manutenção

Convém que o fabricante indique a complexidade das atividades requeridas em relação à competência
técnica necessária para realizá-las. Convém que o fabricante consulte a Tabela 15 para avaliar a
complexidade de cada atividade de configuração, ajuste e manutenção.

NOTA Competência técnica se refere à capacidade do indivíduo adquirida com a experiência, treinamento
e formação acadêmica, e pode ser entendida como compreensão cognitiva e desempenho comportamental.
O grau de competência técnica do usuário ou do pessoal de serviço determina como ele interage com
o sistema de saneamento de maneira eficaz e eficiente para alcançar a funcionalidade prevista do sistema.
Um sistema complexo requer alta competência técnica, enquanto um sistema de baixa complexidade requer
uma baixa ou nenhuma competência técnica.

Antes da instalação, convém que uma avaliação de adequação seja realizada (por exemplo, por meio
de pesquisa) para projetos individuais que determinem se a complexidade inerente de um sistema
de saneamento é razoável para o ambiente previsto, dadas a especialização e a experiência dos
usuários e do pessoal de serviço locais.

D.4 Considerações culturais


A aceitação do usuário foi identificada como um fator importante no sucesso de longo prazo dos sistemas
de saneamento, e um pré-requisito para alcançar a aceitação do usuário é atender às preferências
culturais dos usuários e acomodar práticas existentes. Além de acomodar preferências e práticas culturais

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predominantes em projeto e fabricação, especialmente em relação ao projeto do módulo de interface


frontal (ver 6.2.4), convém que preferências e práticas culturais locais específicas sejam avaliadas para
projetos individuais para um determinado local e usuários que levam em consideração não somente
o módulo de interface frontal, mas também o módulo de tratamento.

Convém que o uso do sistema de saneamento e atividades operacionais afins sejam explicados de
forma clara e completa nos manuais do usuário (ver Anexo C), especialmente quando pequenas
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mudanças nas preferências e práticas culturais predominantes são inevitáveis.

Programas de educação, conscientização e mudança comportamental podem ser implementados


para facilitar a aceitação do usuário. Esses programas podem ser de particular importância em áreas
onde a defecação a céu aberto é a prática predominante.

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Anexo E
(informativo)

Considerações de projeto
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E.1 Generalidades
Os recursos listados neste Anexo são considerados úteis no desenvolvimento e na implementação
de tecnologias de NSSS. Não se pretende que seja uma lista exaustiva de recursos.

E.2 Recursos para aspectos orientados ao usuário

E.2.1 Generalidades

A seguir, é apresentada uma lista de recursos pertinentes aos aspectos orientados ao usuário.

E.2.2 Normas

A seguir, é apresentada uma lista de Normas pertinentes relacionadas aos aspectos orientados
ao usuário.

— ABNT NBR ISO 7250-1, Medidas básicas do corpo humano para o projeto técnico Parte 1:
Definições de medidas corporais e pontos anatômicos

— ISO/TR 7250-2, Basic human body measurements for technological design – Part 2: Statistical
summaries of body measurements from national populations: https://www.iso.org/standard/414249.html

— ISO 7250-3, Basic human body measurements for technological design – Part 3: Worldwide and
regional design ranges for use in product standards: https://www.iso.org/standard/64237.html

— ISO/IEC Guide 71, Guide for addressing accessibility in standards; Clause 7 – Human abilities
and characteristics: https://www.iso.org/standard/57385.html

E.2.3 Organizações e associações

A seguir, é apresentada uma lista de organizações e associações pertinentes relacionadas aos aspectos
orientados ao usuário.

— Sustainable Sanitation Alliance (SuSanA): http://www.susana.org/en/

— Water, Engineering and Development Centre (WEDC): http://wedc.lboro.ac.uk/conference/40/

— Faecal Sludge Management Conference: http://www.fsm4.susana.org/

— Sanitation Technology Platform (STeP): http://stebsforsanitatlon.org/

— Toilet Board Coalition: http://www.toiletboard.org/

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E.2.4 Artigos

A seguir, é apresentada uma lista de artigos pertinentes relacionados aos aspectos orientados ao usuário.

— Sustainable Sanitation and Water Management (SSWM), “Water, Sanitation, and Culture”, compiled by
Risch Tratschin http://archive.sswm.info/category/step-university/module-1-sustainability-relation-
water-and-sanitation/module-1-sustainab-20
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— Cultured Construction: Global Evidence of the Impact of National Values on Sanitation Infrastructure
Choice, Jessica A. Kaminsky, Department of Civil and Environmental Engineering, University of
Washington, 201 More Hall, Seattle, Washington 98195, United States: http://pubs.acs.org/doi/
pdfplus/10.1021/acs.est.5b01039

— Toilet Board Coalition, Designing the Next Generation of Sanitation Businesses: http://www.toiletboard.org/
media/10-27-Designing.pdf

— Mashable: https://mashable.com/2017/10/31/ide-global-sanitation-solutions/#NxIllmq0XiqF

Esta organização utiliza um projeto centrado no ser humano para entregar soluções de saneamento
impactantes.

— Vox, From condoms to toilets, why good design is essential for improving global health:
https://www.vox.com/2015/5/20/8602499/melinda-gates-user-centered-design

E.3 Recursos para aspectos de engenharia

E.3.1 Generalidades

A seguir, é apresentada uma lista de recursos pertinentes aos aspectos de engenharia.

E.3.2 Normas de símbolos gráficos

Ao usar um símbolo gráfico, somente os símbolos oficiais da ISO e da IEC registrados devem ser
usados. Todos os símbolos gráficos da ISO e da IEC registrados oficialmente podem ser visualizados
gratuitamente na Plataforma de navegação online ISO (OBP): https://www.iso.org/obp/ui. A seguir
é apresentada uma lista de Normas pertinentes relacionadas aos símbolos gráficos:

— ABNT NBR ISO 22727, Símbolos gráficos – Criação e design de símbolos de informação ao
público – Requisitos

NOTA Esta Norma não é aplicável aos símbolos de segurança, incluindo símbolos de segurança contra
incêndio ou símbolos de trânsito para uso em vias públicas.

— ISO 80416-4, Basic principles for graphical symbols for use on equipment – Part 4: Guidelines
for the adaptation of graphical symbols for use on screens and displays (icons); Clauses 4 to 7:
https://www.iso.org/standard/34951.html

— ISO 369, Machine tools – Symbols for indications appearing on machine tools; Clause 5 – Symbols
and meanings: https://www.iso.org/standard/53391.html

— ISO 7000, Graphical symbols for use on equipment: https://www.iso.org/standard/65977.html

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E.3.3 Energia renovável

E.3.3.1 Comitês IEC

A seguir, é apresentada uma lista de Comitês IEC pertinentes que desenvolvem normas relacionadas
à energia renovável.
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— IEC/TC 82, Solar photovoltaic energy systems. Specific standards of interest are: the IEC 61215
and IEC 61730 series for photovoltaic (PV) modules and the IEC 62446 series for photovoltaic
(PV) plants.

— IEC/TC 88 Wind energy generation systems

E.3.3.2 Determinação dos limites de máquinas

ABNT NBR ISO 12100, Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto – Apreciação e redução
de riscos.

A subseção 5.3 pode ser uma fonte de referência.

E.3.3.3 Adequação de materiais

A seguir, é apresentada uma lista de Normas Internacionais pertinentes relacionadas à adequação


dos materiais.

— NSF/ANSI Standard 40, Residential On-site Systems; subclause 4.4.

— NSF/ANSI Standard 49, Biosafety Cabinetry: Design, Construction, Performance, and Field
Certification; subclause 4.5.2 and Annex D.

— IDEO.ORG: http://www.designkit.org/

E.4 Recursos para higiene menstrual

E.4.1 Generalidades

A seguir, é apresentada uma lista de recursos pertinentes aos aspectos de higiene menstrual.

E.4.2 Organizações

A seguir, é apresentada uma lista de organizações pertinentes relacionadas aos aspectos de higiene
menstrual da usuária.

— Menstrual Hygiene Day: http://menstrualhynieneday.org/

— Stockholm Environment Institute: http://www.sei-international.org/sustainable-sanitation

— SuSanA: http://www.susana.org/en/resources/library/details/1827

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E.4.3 Artigos

A seguir, é apresentada uma lista de artigos pertinentes relacionados aos aspectos de higiene menstrual.

— Human Rights Watch – Understanding Menstrual Hygiene Management: http://www.hrw.org/sites/


default/files/supporting_resources/mhm_practitioner_guide_web.pdf
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— Loughborough University’s Water, Engineering and Development Center (WEDC) – Menstruation


hygiene management for schoolgirls: http://wed/lboro.ac.uk/resources/booklets/G018-MHM-online.pdf
PATH – Menstrual Management and Sanitation Systems: Findings From Two Case Studies in
South Africa and India: http://www.path.org/publications/detail.php?i=2445

— Sustainably Sanitation and Water Management – Menstrual Hygiene Management: http://www.sswm.info/


content/menstrual-hygiene-management

— UNICEF:

— Menstrual Hygiene in Schools in 2 countries of Francophone West Africa: http://unicef.org/


wash/schools/files/MHM_study_report_Burkina_Faso_and_Niger_English_Final.pdf

— Guidance Booklet of Menstrual Hygiene Management: http://unicef.in/Story/49/Guidance-


Booklet-on-Menstrual-Hygiente-Management

— Water Aid – Menstrual Hygiene Matters: http://www.wateraid.org/what-we-do/our-approach/research-


and-publications/view-publication?id=02309d73-8e41-4d04-b2ef-6641f6616a4f

— Water Supply and Sanitation Collaborative Council (WSSCC), Menstrual Hygiene Management
(MHM) – Studies on Behavior and Practices in Senegal and Cameroon (English/French), WSSCC/
UN Women: http://wsscc.org/resources-feed/menstrual-hygiene-management-wssccun-women-
studies-on-behaviour-and-practices-in-senegal-and-cameroon/

— PATH, Interactions between menstrual hygiene management and sanitation systems: Landscape
analysis of menstrual hygiene products and a waste-loading model: http://www.path.org/publications/
files/TS_mhm_sanitation_analysis_pos.pdf

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Anexo F
(informativo)

Parâmetros de saúde e ambientais – Notas e referências


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F.1 Tempo de passagem de líquidos em um sistema (T95L)


O T95L é um parâmetro usado para caracterizar o tempo de passagem de líquidos em um sistema.
O tempo de passagem de líquidos, ou distribuição do tempo de residência, depende da natureza
de fluxo do líquido e da extensão da mistura dentro do sistema, e pode ser medido utilizando um
marcador de fluxo inerte. Em condições normais de carregamento e operação, se a entrada de urina
for adicionada com um marcador inerte, o T95L é o tempo após o produto de entrada da etapa começar
para que a concentração do marcador no fluxo do líquido de saída alcance 95 % da concentração do
marcador do produto de entrada da etapa.

É possível que a massa ou vazão mássica dos fluxos de entrada de urina de adição não seja a mesma
do volume do produto de entrada ou vazão do fluxo do líquido de saída devido à adição de outros
fluxos ou evaporação de líquido. As concentrações do marcador do produto de entrada e de saída
usadas para determinar o T95L devem ser especificadas na mesma base.

EXEMPLO 1 Um processo trata e desinfeta o líquido. Em condições normais de carregamento, 30 L de


líquido são tratados por dia no sistema. O líquido é descarregado continuamente ou semicontinuamente.
A qualquer momento, o sistema retém 15 L de líquido, que pode ser mostrado, por exemplo, por meio de
estudos do marcador, para ser idealmente misturado. Para sistemas idealmente misturados, pressupõe-se
razoalvelmente que T95L é o tempo para substituir três volumes do reator. Portanto, um valor T95L de 1,5 dia
pode ser determinado (= 3 × 15/30 = 1,5 dia).

EXEMPLO 2 Um sistema possui uma vazão contínua do produto de entrada de 100 L/dia, que é
continuamente adicionado com uma concentração do marcador de 1 mg/L, e a vazão contínua do produto
de saída é de 50 L/dia. Para este caso, presumindo que o marcador permanece dentro do líquido, uma vez
que a vazão do fluxo do produto de saída é a metade do fluxo do produto de entrada, uma concentração
dupla do marcador ocorrerá entre o produto de entrada e o produto de saída, e a concentração do marcador
do produto de entrada de 1 mg/L é equivalente a 1 mg/L × (100/200), ou 0,5 mg/L do produto de saída é
equivalente em estado constante. Então, o T95L é o tempo após a adição começar, quando a concentração
do produto de saída alcançar 0,5 mg/L × 0,95 ou 0,475 mg/L.

F.2 Tempo de passagem de sólidos em um sistema (T95S)


O T95S é um parâmetro usado para caracterizar o tempo de passagem de sólidos ou o tempo de
residência em um sistema. No NSSS, é provável que os sólidos sejam transformados por processos
como incineração ou biodegradação, e o produto de saída sólido deve ser significativamente menor do
que a entrada de fezes. O marcador selecionado para caracterizar o tempo de passagem de sólidos
deve sair do sistema com a descarga de sólidos, e deve ser um produto químico que seja inerte
ao processo de tratamento ou uma substância que pode ser marcada por meio de transformação
química ou biológica. Em condições normais de carregamento e operação, se a entrada de fezes
for adicionada com esse marcador, o T95S é o tempo após a adição do produto de entrada começar
para que a concentração do marcador no fluxo do sólido de saída alcance 95 % da concentração

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do marcador do produto de entrada adicionado, ajustado para a razão de massas ou vazões mássicas
do produto de entrada/produto de saída.

EXEMPLO Um processo de incineração transforma a entrada de fezes úmidas em água evaporada,


produtos de combustão gasosa e cinzas sólidas. Para cada grama de entrada de fezes úmidas, 0,05 g de
cinzas sólidas é descarregado. Um marcador adequado para este processo é um composto inorgânico não
fisiológico que não sofre combustão e permanece sólido para ser descarregado com as cinzas residuais
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do processo de incineração. Se esse marcador for adicionado a uma concentração de 0,5 mg/g de entrada
de fezes úmidas, ou 10 mg/g de cinzas equivalentes (0,5/0,05), o T95S é o tempo que a concentração do
marcador na descarga de cinzas leva para alcançar uma concentração de 10 mg/g × 0,95 ou 9,5 mg/g.

F.3 Recursos pertinentes para a adição do produto de entrada de ensaio (ensaio


de parâmetro da saúde)
A Tabela F.1 fornece uma lista de recursos pertinentes para a adição do produto de entrada de ensaio
(ensaio de parâmetro da saúde).

Tabela F.1 – Recursos pertinentes para a adição do produto de entrada de ensaio


(ensaio de parâmetro da saúde) (continua)
Parâmetro Documentos Subseções pertinentes
MS2 NSF 55: “Ultraviolet Microbiological 7.2.2.4.1 Água de ensaio geral
Water Treatment Systems”
7.2.2.4.2 Organismo-alvo
(147 páginas)
A.7.2 Meio de crescimento –
(Fórmula a ser utilizada
quando MS-2 ou T1 é
escolhido para agente
microbiológico)
A.8.2.1 Preparação da cultura
de estoque de colifago MS-2
A.8.2.2 Enumeração de
plaquetas de colifago MS-2
A10.2 Análise de amostras
de afluente e efluente líquido –
Enumeração de plaquetas
de colifago MS-2
NSF 58: “Reverse Osmosis Drinking 7.2.2.4 Afluente-alvo
Water Treatment Systems”
(85 páginas)

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Tabela F.1 (conclusão)


Parâmetro Documentos Subseções pertinentes
Bactérias/vírus/ NSF P231: “Microbiological Water Anexo B – Norma e protocolo
protozoários Purifiers” (50 páginas) de guia da EPA para ensaio
de purificadores microbiológicos
de água
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3.4.1 Métodos microbiológicos


NSF P248: US Military Purifier 3.8.2 Métodos microbiológicos
Standard (62 páginas)
3.8.2.2.2 Método de produção –
Ensaios bacterianos
3.8.2.3.2 Método de produção –
Ensaios virais
3.8.2.4.2 Método de produção –
Ensaios de oocisto
Protozoários NSF 58: “Reverse Osmosis Drinking 7.2.2.4 Afluente-alvo
Water Treatment Systems”
(85 páginas)
NSF 53: “Drinking Water Treatment 7.3.2 Desempenho de filtração
Units – Health Effects”
(147 páginas)

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[98]  EPA Method 1601: Male-specific (F+) and Somatic Coliphage in Water by Two-step Enrichment
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