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CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ADELINO MIOTTI

ALISSON DA SILVA ROBAINA


LUCAS BRUMELHAUS

TRY OUT

Trabalho avaliativo apresentado como


pré-requisito para aprovação no curso
Preparador de Máquinas Injetoras do CFP
SENAI Adelino Miotti.

FARROUPILHA
2022
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
2 PROCESSO DE INJEÇÃO........................................................................................4
2.1 MÁQUINAS INJETORAS........................................................................................4
2.1.1 Injetora vertical.....................................................................................................4
2.1.2 Injetora horizontal.................................................................................................4
2.1.3 Injetora rotativa.....................................................................................................4
2.2 MOLDES PARA INJEÇÃO......................................................................................5
2.2.1 Cavidade ou Matriz..............................................................................................6
2.2.2 Macho ou Cavidade Macho.................................................................................6
2.2.3 Fator de contração...............................................................................................7
2.2.4 Sistema de alimentação de moldes.....................................................................7
3 TRY OUT....................................................................................................................9
3.1 AJUSTES INICIAIS.................................................................................................9
3.2 CURIOSIDADES SOBRE O TRY OUT................................................................12
3.3 MODELO DE FICHA DE TRY OUT......................................................................12
CONCLUSÃO.............................................................................................................14
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INTRODUÇÃO
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2 PROCESSO DE INJEÇÃO

Esta etapa, basicamente é o processo de transformar material plástico em


produtos, onde nesta fase o material plástico em grânulos (polímero/pellets) é
aquecido dentro do cilindro de plastificação (canhão e rosca) até o ponto que fica no
estado plastificado, conhecido como pastoso (quente o bastante para fazer o
material plástico desejado). Após atingir este estado o material é injetado (pelo bico
da máquina), para dentro de um molde através da pressão exercida pelo fuso que
age como um pistão. Após o tempo de resfriamento o molde é aberto e a peça é
extraída, dando início ao processo novamente. Quando é necessário interromper o
processo ou realizar a troca da matéria-prima, ocorre então a produção da borra.
Sendo uma operação que não agrega nenhum valor ao processo, somente
gera gastos. Esta operação é basicamente igual ao processo de injeção, onde a
única diferença é que o material é injetado fora do molde (Gesser, 2006).
Podem-se classificar os polímeros a partir de suas propriedades de fusão,
em termofixos e termoplásticos, os termofixos são materiais que tem grande
resistência perante o aquecimento e podem ser remodelados apenas só uma vez e
não podem ser reutilizados, e os termoplásticos são matérias que tem menos
resistências perante a temperatura (dependendo do tipo de termoplástico) são
moldáveis e podem ser reutilizados.

2.1 MÁQUINAS INJETORAS

Uma injetora pode ser definida como uma máquina que conforma peças de
maneira descontínua, em ciclos, principalmente de matérias plásticos, máquina
injetora utilizada atualmente nas indústrias
Conforme Harada (2004), o molde de injeção é constituído de várias placas,
apresentado na Figura 6. Destaca-se a importância das placas cavidades, que
possuem o formato da peça desejada e normalmente está em temperaturas baixas,
solidificando rapidamente o polímero quente que preenche seus vazios. Que são
compostas por basicamente seis componentes principais:
Base: responsável por sustentar as demais partes da máquina garantindo
rigidez e absorção de vibrações não desejadas.
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Conjunto injetor: é formado pelos componentes responsáveis pela injeção e


tem como função aquecer e garantir fluidez para o avanço do polímero trabalhado
ser injetado ao molde.
Placa fixa ou estacionária: responsável pelo apoio do molde que leva a bucha
de injeção e centralização do mesmo, tendo assim diversas ranhuras e furos para
permitir a centralização do conjunto.
Placa móvel: serve de suporte para a parte móvel do molde onde se situa o
sistema de extração, responsável pela retirada do produto do molde.
Conjunto de fechamento: serve para o deslocamento da placa móvel,
controlando a abertura e fechamento do molde.
Circuito hidráulico: formado pelo motor e sistema hidráulico é responsável
pelo acionamento de todos os movimentos da máquina injetora (Junckes, 2017).
Começou a existir várias máquinas injetoras ao invés de uma no passar dos
anos, existem vertical, horizontal, 90°, Rotativas, Multiestações, etc, também
existiram novas regras e normas de segurança sobre esta máquina, placas,
equipamentos de proteção individual quanto equipamentos de proteção coletiva (EPI
e EPC), e muitas outras coisas.

2.1.1 Injetora vertical

A injetora vertical é uma das variações das injetoras presentes na indústria


termoplástica. Em poucas palavras, por meio dos mecanismos de injeção, o
maquinário transforma os granulados plásticos em peças e ferramentas
confeccionadas com a matéria-prima plastificada. Este maquinário é extremamente
importante na indústria, já que o plástico é um dos materiais mais difundidos na
atualidade.
Neste sentido, a máquina injetora vertical, diferentemente do modelo
horizontal, é mais compacta, podendo ser alocada em locais com pouco espaço e
por isso é destinada às empresas de pequeno e médio porte.
Para ter ideia, a injetora horizontal é semelhante a uma linha de produção
propriamente dita, onde o plástico atravessa toda a esteira até chegar ao processo
final. Em contrapartida, a injetora vertical possui mesa rotativa, onde o plástico
desce pelo maquinário até que seja definitivamente pronto (Alfa MACH).
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Há dois tipos de injetora de bancada: vertical e horizontal. A injetora de


bancada vertical é uma opção de baixo custo para injeção de lotes pequenos de
peças pequenas. Tipicamente a abertura e fechamento do molde, bem como a
extração do produto são manuais nas injetoras de bacana verticais (Azevedo ).
Existem mais do que uma máquina injetora no ramo de injeção de plástico,
ela tem o diferencial que o sistema de fechamento e os movimentos do molde
ocorrem na vertical.

2.1.2 Injetora horizontal

A injetora de plástico horizontal é um dos equipamentos mais difundidos no


setor industrial, especialmente no âmbito dos termoplásticos. Em poucas palavras, a
máquina é utilizada no processo de fabricação de peças plásticas destinadas aos
diferentes tipos de mercado.
Diferentemente da injetora comum, a injetora de plástico horizontal apresenta
a possibilidade de ter sempre disponível os mais variados modelos e portes em
componentes plásticos específicos.
Entretanto, o grande destaque da injetora horizontal é que ela atua com
pressão de fechamento superior aos modelos antigos, o que assegura total
qualidade no processo de moldagem por injeção. Assim sendo, a injetora de plástico
horizontal acaba por ser indispensável no setor de plásticos (Alfa MACH).
As injetoras horizontais tipicamente têm maior grau de automação e controle,
o que pode se refletir em maior produtividade e repetibilidade do processo. Portanto,
optou se por uma injetora horizontal para elabora do projeto conceitual (Azevedo).
Assim como a máquina injetora vertical também existe uma horizontal no
ramo de injeção de plástico, a Injetora Horizontal é igual a máquina injetora vertical,
mas ela por sua vez ocorre no eixo horizontal.

2.1.3 Injetora rotativa

Máquina injetora com mesa rotativa de 8,10,12 ou até 16 estações. Abertura


de molde com três opções: manual, pneumática ou hidráulica, refrigeração individual
com água e/ou ar para cada estação, possibilidade de trabalhar com qualquer
quantidade de molde.
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Regulagens de carga, tempo, velocidade e pressão individual para cada


molde. Máquina própria para injeção de PVC e TR expandido e compacto, sistema
hidráulico possibilita que movimentos como giram de mesa e dosagem sejam feitos
simultaneamente (Injemaq).
A Injetora Rotativa (também chamada de Carrossel) é igual às outras de seu
ramo de injeção de plástico, porem ela é uma máquina que funciona com duas ou
mais unidades de fechamento, ela pode ser vinculado com uma ou mais unidades
de injeção fixas em sua operação.

2.2 MOLDES PARA INJEÇÃO

O molde é uma ferramenta que pode ser composta basicamente de cavidades


(formam o produto), sistema de alimentação, sistema de resfriamento, sistema de
extração e pode ainda possuir um sistema de aquecimento de material próprio,
conhecido como câmara quente. De acordo com Ferreira (2002), geralmente o
processo de desenvolvimento de um produto e consequentemente de um molde, é
fragmentado, ou seja, uma empresa desenvolve o produto a ser injetada e outra
empresa projeta o ferramental para produção desse item e uma terceira empresa
constrói o molde.
Essa forma de trabalho é consequência muitas vezes, da estrutura enxuta
que as ferramentarias brasileiras possuem, não tendo um corpo técnico completo
para absorção total da demanda de trabalho. Os moldes na sua grande maioria são
ferramentas dedicadas a produção de um produto específico, salvo situações onde
possuem mecanismos que permitem a alteração da sua geometria, caracterizando
um novo produto.
Para administrar um projeto, fabricação e entrega de um molde a empresa
contratada deve considerar uma série de informações, “devendo estar bem definido
o que fazer, quando fizer e como fazer”. (Sacchelli, 2007, p.8).
Precisam disso na máquina para ter a figura que o cliente desejar, senão
tivesse o molde na máquina, não teria como fazer a injeção, fazer a injeção daria,
mas com o formato que o cliente quer seria impossivelmente impossível.

2.2.1 Cavidade ou Matriz


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A cavidade é a parte negativa do molde. É ela que confere ao produto


moldado sua forma externa. Sua principal função é formar a parte externa da peça,
juntamente com o macho, é a peça mais importante do molde. As cavidades são
construídas em aços de excelente qualidade, são eles: P-20 (aço beneficiado), H-13
temperado e revenido com dureza entre 48-50 HRc (Matripolo).
Parte de baixo do molde, ela vê o produto na forma visível da peça e forma a
parte externa da peça junto com o macho.

2.2.2 Macho ou Cavidade Macho

O macho é a parte positiva do molde, com a função de formar a parte interna


do produto. Quando o produto moldado apresentar furos ou rasgos normais à
direção de injeção, essas formas são modeladas sobre o macho. Os machos, a
exemplo das cavidades, são construídos com os aços de excelente qualidade
anteriormente citados.
Nos machos, devem existir ângulos de extração, a existência desse ângulo é
de máxima importância para que seja possível a desmoldagem do produto dentro da
cavidade e também em torno do macho. Os softwares especializados em projeto
para moldes possuem e disponibilizam ferramentas para a análise e criação rápida
desse ângulo de saída (Matripolo).
É a parte de cima do molde, ela ao invés de formar a parte externa que nem a
matriz, ele se forma internamente no molde, são constituídos (feitos) com aço,
possuem o ângulo de saída do produto que é necessária para desmoldagem do
objeto contido dentro da cavidade.

2.2.3 Fator de contração

Os materiais plásticos, ao serem refrigerados (esfriados) na cavidade, sofrem


contração (diferença entre as dimensões da peça injetada, após o equilíbrio
térmico), resultando num produto moldado menor que o molde original. Assim,
quando o projeto do molde deve considerar essa contração para estabelecer a
dimensão correspondente ao próprio molde, machos e matrizes.
Os materiais plásticos, em sua variedade, têm diferentes valores de contração
que são fornecidos pelos fabricantes dos polímeros. Geralmente, é especificada
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uma faixa de valores de contração, em que a dimensão final depende do produto e


das condições de processo e refrigeração ou aquecimento do molde.
A contração de moldagem é volumétrica, ou seja, é preciso aplicar um
coeficiente de compensação para cada uma das dimensões do produto. Esse
coeficiente é dado em porcentagem (%) (Matripolo).
É um processo natural que acontece com todos os polímeros, em função da
estrutura molecular que eles possuem. Para cada tipo de material, essa contração
apresenta valores específicos, que variam de acordo com a distribuição das
moléculas de cada um (Mundodoplástico).
Processo que ocorrem (sofrem) uma contração entre as dimensões da peça
e ao equilíbrio térmico, é volumétrica, acontece por causa da estrutura que eles
possuem, para cada tipo de material, apresenta valores aleatórios que variam com a
distribuição de moléculas de cada material.

2.2.4 Sistema de alimentação de moldes

O sistema de alimentação é responsável por conduzir o material fundido até


as cavidades do molde, ele é composto por canais de injeção, distribuição e de
entrada. Na literatura é relatado uma grande quantidade de modelos de canais de
entrada, sendo o capilar é um dos mais utilizados, por deixar pouca ou nenhuma
marca no produto final. Contudo, existem divergências quanto ao seu correto
dimensionamento, assim, este trabalho (Marin, 2014).
Resumidamente, ele leva o material para o molde.
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3 TRY OUT

O Try Out é um teste e dele se espera tirar o máximo de informações a


respeito do processo, convém que ele seja feito em condições bastante controladas,
o que implica em realizá-lo em máquinas que estejam em bom estado de
conservação e apresentem todos os recursos necessários para o correto
funcionamento do molde.
Importante que a máquina utilizada tenha as mesmas características da
máquina que será usada no processo produtivo e recursos equivalentes
como capacidade de injeção, capacidade de plastificação, força de fechamento,
curso de abertura, curso de extração, zonas de aquecimento e compatibilidade com
periféricos, é fundamental a compatibilidade entre máquina e ferramenta referente a
recursos.
No tryout, temos a necessidade de encontrar o ponto de equilíbrio para um
processo estável e repetitivo que sendo bem executado e de maneira criteriosa
elimina no futuro problemas de produção e principalmente ajuda na definição do
dimensional (moldesinjecaoplasticos).
O objetivo é de sempre tirar peças prontas no primeiro teste prático, mas há
detalhes que devem ser claros para a equipe que o desempenha deve obedecer a
um roteiro pré-estabelecido e como primeira regra temos que “no try-out devemos
obter um processo estável e repetitivo” sem a finalidade da obtenção de peças com
qualidade dimensional e estética dentro dos padrões exigidos pelo produto.
É basicamente uma ficha técnica.

3.1 AJUSTES INICIAIS

As condições em que o mesmo for realizado tem influência direta nos


resultados, a fabricação da ferramenta estando de acordo com o projeto, utilizando
aços adequados à função do componente com tratamentos térmicos feitos como
indicado pelo fabricante, já é sinal de um processo perfeito.
O projeto deve fornecer os dados a respeito do peso do molde, sistema de
fixação, sistema de resfriamento, aquecimento do molde, conexão dos meios, etc.
Trabalhar com documentação ajuda a racionalizar o tempo.
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As especificações da máquina a ser utilizada devem ser seguidas à risco,


principalmente na fabricação para terceiros. Deve haver principalmente no caso de
moldes grandes ou com sistemas laterais de gavetas, ou utilização de insertos, uma
análise pelo grupo para a posição mais adequada do molde, para que não sendo um
sistema automático, o operador trabalhe com segurança.
As improvisações devem ser evitadas, para não se prejudicar a coleta de
informações, tais como tempo de ciclo, temperaturas, presença de rebarbas, etc…
É que isso é o básico de se ter nos ajustes de try out, se não tiver essas
especificações, os operários do cargo que necessita dessa “ficha técnica”, pode
ocorrer erros no ajuste, os operários podem se machucar e possivelmente podem ter
(fraturas, lesões, ou alguma quebra de algum osso), ou outros tipos de acidentes ou
falhas no processo (Moldesinjecaoplasticos).

CURIOSIDADES SOBRE O TRY OUT

 É uma das etapas mais importantes no ciclo de vida do produto, sendo


possível afirmar que se for feito corretamente, é possível obter-se uma produção
sem maiores problemas.
 Em várias ocasiões o tryout é feito apenas para se produzir amostras dentro
das especificações do projeto para que se possa obter a aprovação do produto,
porém caso o processo não tenha sido estabilizado, aquelas amostras não têm valor
algum, pois certamente as peças retiradas após a estabilização do processo serão
diferentes das amostras.
 Se a busca inicial for pela obtenção de peças dentro das especificações do
projeto, corremos o risco de não estabelecer um processo confiável e que refletirá
em variações nos parâmetros e ajustes durante a produção, provocando por
consequência variações nas especificações do produto. Obtendo sim a primeira
finalidade, a da repetibilidade, vamos trabalhar o dimensional.

3.3 MODELO DE FICHA DE TRY OUT

Fazer um parágrafo explicando ou introduzindo e falando da importância do


try out
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Figura 1: Modelo de ficha de try out

Inserir aqui um modelo de ficha de tr out em forma de imagem


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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.tecomplasticos.com.br/PDF_Injetoras/Proc_injecao.pdf

HARADA, J. Moldes para injeção de termoplásticos: projetos e princípios básicos. São Paulo:
Artliber, 2004. 308 p.

https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/181917/TCC
%20JUNCKES_v09.pdf?sequence=1&isAllowed=y

https://www.alfamach.com.br/injetora-vertical

https://www.alfamach.com.br/injetora-plastico-horizontal#:~:text=A%20injetora%20de
%20pl%C3%A1stico%20horizontal,aos%20diferentes%20tipos%20de%20mercado.

https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/34127/1/ProjetoInjetoraBancada.pdf

https://www.injemaq.com.br/Maquinas/18/Injetora-Rotativa-PVC-EXPANDIDO-
MICRO-EXPANDIDO

FERREIRA, C. V. Metodologia para as Fases de Projeto Informacional e Conceitual de Componentes


de Plástico Injetado Integrando os Processos de Projeto e Estimativa de Custos. 2002. Tese
(Doutorado em Engenharia Mecânica) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
2002.

SACCHELLI, C. M. Sistematização do processo de desenvolvimento integrado de moldes de injeção


de termoplásticos. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) – Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2007.

https://mundodoplastico.plasticobrasil.com.br/gestao/como-controlar-contracao-na-
moldagem-de-pecas-plasticas
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https://www.cimm.com.br/portal/verbetes/exibir/2717-cavidade-do-
molde#:~:text=Espa%C3%A7o%20oco%20em%20uma%20ferramenta,injetado
%20para%20moldar%20uma%20pe%C3%A7a.

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/122014/TCC_MARIN.pdf?
sequence=1&isAllowed=y

http://moldesinjecaoplasticos.com.br/consideracoes-para-try-out-ou-prova-pratica-de-
moldes-de-injecao/

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