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São Paulo
2006
3º Quadrimestre
NIVALDO LUIZ TAFARELLO
São Paulo
2006
3º Quadrimestre
RESUMO
Nos últimos anos, a economia mundial tem sofrido mudanças importantes. A busca da
competitividade relaciona-se cada vez mais com a busca do ótimo sistêmico além das
fronteiras da empresa. Devido à necessidade da Voith Paper Máquinas e Equipamentos Ltda.,
empresa metalúrgica de bens de capital, manter-se competitiva no mercado em que atua,
tornou-se necessária a terceirização de parte de seus produtos sem a perda da qualidade
esperada pelo cliente final. Porém, este processo não tem se mostrado eficaz, visto que a
qualidade e confiabilidade dos produtos adquiridos e o desempenho da cadeia de suprimento
não vêm atendendo as expectativas da empresa. Procurando reverter este cenário, apresenta-se
neste trabalho um programa para melhoria da qualidade e confiabilidade dos produtos
terceirizados pela empresa. Na primeira parte mostra-se a empresa em estudo, o ambiente
onde ela está inserida, sua organização, seus clientes, principais produtos, o problema
existente e os objetivos pretendidos. Na segunda parte aborda-se a importância que a
terceirização e a cadeia de suprimentos têm para a permanência da empresa no mercado, a
necessidade de parcerias para sua sobrivência, a qualidade de seus fornecedores e dos
produtos fornecidos por eles. A terceira parte dedica-se ao programa de avaliação e
desenvolvimento dos fornecedores de produtos sob encomenda, a seleção dos participantes, a
definição dos requisitos a serem avaliados, o processo de auditoria, o treinamento e ações
necessários para a melhoria dos processos, e a análise e homologação deles como parceiros da
Voith Paper. A quarta parte é direcionada aos subfornecedores de matéria-prima e tratamento
térmico da empresa, ou seja, os fornecedores de seus parceiros. Nesta parte foca-se o método
utilizado para seleção, os requisitos necessários para a avaliação, o processo de auditoria e o
critério para qualificação destes subfornecedores. A consolidação deste trabalho resultou em
trinta empresas para o programa de desenvolvimento de fornecedores de outsourcing e cento e
dezenove para o programa de qualificação de subfornecedores. Espera-se que o programa
apresentado neste trabalho, se implantado pela Voith Paper, mantenha o processo de
terceirização adotado pela empresa e proporcione melhorias na qualidade dos produtos
adquiridos e, consequentemente, redução no volume de inspeções.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................1
1.1 A Empresa .....................................................................................................................1
1.1.1 Voith Paper no Brasil ..............................................................................................2
1.2 Apresentação do Problema ............................................................................................9
1.3 Objetivos do Trabalho .................................................................................................10
1.4 Relevância do Tema ....................................................................................................10
1.5 Estrutura do Trabalho ..................................................................................................11
2 METODOLOGIA...............................................................................................................13
3 TERCEIRIZAÇÃO.............................................................................................................15
3.1 Cadeia de Suprimentos ................................................................................................17
3.1.1 Parceria ..................................................................................................................19
3.2 Qualidade na Terceirização .........................................................................................21
3.2.1 Qualidade dos Fornecedores..................................................................................23
3.2.2 Qualidade dos Produtos .........................................................................................25
4 DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES ..............................................................28
4.1 Fornecedor ...................................................................................................................30
4.2 Seleção de Fornecedores .............................................................................................30
4.3 Programa......................................................................................................................33
4.3.1 Divulgação do Programa .......................................................................................34
4.3.2 Treinamento...........................................................................................................35
4.3.3 Requisitos ..............................................................................................................40
4.3.4 Auditoria de Avaliação..........................................................................................45
4.3.5 Plano de Ação........................................................................................................47
4.3.6 Auditoria de 2ª Fase...............................................................................................48
4.3.7 Plano de Ação 2ª Fase ...........................................................................................48
4.3.8 Auditoria de 3ª Fase...............................................................................................49
4.3.9 Homologação.........................................................................................................49
5 SUBFORNECEDORES .....................................................................................................52
5.1 Seleção.........................................................................................................................52
5.2 Auditoria de Avaliação................................................................................................54
5.2.1 Subfornecedores Matéria-prima ............................................................................54
5.2.2 Subfornecedores de Tratamento Térmico..............................................................55
5.2.3 Subfornecedores de Peças Fundidas......................................................................56
5.3 Qualificação.................................................................................................................58
6 CONCLUSÕES ..................................................................................................................60
ANEXO 1: Lista de Avaliação de Processos...........................................................................62
ANEXO 2: Relatório de Avaliação de Fornecedores..............................................................68
ANEXO 3: Relatório de Análise de Fornecedores..................................................................69
ANEXO 4: Formulário de Relação de Subfornecedores.........................................................70
ANEXO 5: Formulário de Avaliação de Fornecedores de Matéria-prima..............................71
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................73
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
1.1 A Empresa
Com mais de 24.000 colaboradores em mais de 200 filiais em todo o mundo, o grupo
Voith é um líder mundial em tecnologia de fabricação de papel, acionamentos, geração de
energia e serviços industriais.
Atualmente, um terço da produção mundial de papel é fornecida por máquinas de
produzir papel Voith, doravante denominada “máquina de papel”. Um terço da energia
hidroelétrica mundial é gerada por turbinas e geradores da Voith Siemens Hydro Power
Generation. Componentes de acionamento da Voith Turbo se encontram no mundo todo, tanto
em aplicações industriais como também rodoviárias e ferroviárias. As maiores companhias
européias têm o suporte confiável dos serviços técnicos da Voith Industrial Services.
O Grupo VOITH compreende cinco divisões:
− Voith Paper - Divisão responsável pela fabricação de máquinas de papel e equipamentos
para a indústria papeleira;
− Voith Fabrics – Divisão responsável pela distribuição de telas e tecidos utilizados em
máquinas de papel;
− Voith Turbo - Divisão responsável pela fabricação de transmissões e acoplamentos para a
indústria automotiva;
− Voith Siemens Hydro Power Generation – Divisão responsável pela fabricação de
equipamentos e máquinas para produção de energia hidroelétrica;
− Voith Industrial Services – Divisão responsável por prestação de serviços industriais em
todas as áreas, tanto para a Voith como para outras empresas.
A Voith Paper pertence, desde sua fundação, ao grupo dos líderes mundiais em
tecnologia de máquinas de papel. Em 1881, foi construída a primeira máquina de papel Voith.
Atualmente, constam da lista mais de 2500 máquinas de papel construídas, assim como
equipamentos para a preparação de massa e acabamento de papel.
Antes de 1964, a produção de papel no Brasil era feita em pequenas máquinas e com
pouco desenvolvimento tecnológico. A instalação da Voith transformou o mercado papeleiro
nacional, pois trouxe ao Brasil as mais modernas tecnologias existentes no mundo.
Em 16 de julho, em sociedade com a Bardella, iniciaram-se as atividades da Voith
alemã no país. Em 22 de setembro de 1966 foi inaugurada, no bairro do Jaraguá, a nova
planta da empresa, a partir desta data, sem a sociedade com a Bardella.
Em meio a essa evolução tecnológica, a Voith tornou-se uma grande exportadora de
maquinário para a produção de papel, pois seus equipamentos atendiam, desde o início, as
exigências mundiais de qualidade e performance.
Atualmente a empresa conta com um dos maiores e mais bem equipados parques
industriais da América Latina, capacitado para os ramos de Fundição, Caldeiraria e Usinagem.
Números da Voith
A Voith Paper foi eleita em 2005, pela segunda vez consecutiva, a melhor empresa do
setor de mecânica pela revista “Exame Maiores e Melhores”. A mesma revista também a
elegeu como uma das empresas mais rentáveis no ano de 2005, com uma rentabilidade de
94,4%. A empresa foi ainda declarada campeã do ranking de siderurgia e metalurgia pela
revista “As Melhores do Dinheiro 2006”.
4
A Voith Paper, a qual tem seu ano comercial iniciado em outubro, vem aumentando o
número de seus colaboradores nos últimos anos, os quais se concentram mais na área
administrativa do que na fabril, como pode ser constatado na figura 1.2. Atualmente a
empresa é composta por cerca de 1000 funcionários altamente treinados, sendo 154 deles
graduados em engenharia.
Clientes
Devido à indústria brasileira de papel e celulose ter investido pouco nos últimos anos,
a empresa estrategicamente direcionou grande parte de sua produção à exportação,
principalmente para as unidades do grupo situadas na Alemanha e Áustria. Dentre os maiores
clientes da Voith Paper no Brasil destacam-se:
− Aracruz Celulose S.A.
− Bahia Sul Celulose S.A.
5
Certificações
− NBR ISO 9001:2000 – Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade;
− ISO 14001 – Certificação do Sistema de Gestão Ambiental;
− OHSAS 18001 - Certificação do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional;
− A.D. Merkblatt W0 e HP0 – Certificação para fabricação de vasos de pressão a serem
exportados principalmente para a Europa;
− PED 97/23/EC - Certificação para fabricação de vasos de pressão a serem exportados para
a Europa com a marcação CE;
− ASME U-Stamp – Certificação para fabricação de vasos de pressão a serem exportados
para Estados Unidos e Canadá;
− National Board R - Stamp - Certificação para reparo de vasos de pressão instalados nos
Estados Unidos e Canadá;
− Safety Quality License – Certificação para fabricação de vasos de pressão a serem
exportados para a Republica Popular da China.
Diretoria Executiva
Controladoria Unidade de
Vendas
São Paulo
Produção Previsão de
Custos
Contratos Fundição
Comerciais
COP de Rolos
e Cilindros
Linha de Produtos
A Voith Paper atua num segmento de mercado muito específico, oferecendo desde
máquinas completas para produzir papel e celulose, as quais são consideradas fábricas, até
pequenos componentes utilizados nestas máquinas. Desenvolve, projeta, fabrica e implementa
linhas para a produção de papéis de embalagem, papéis cartão, papéis gráficos, papéis tissue e
celulose, fornecendo equipamentos para preparação de massa, máquina de papel, acabamento
de papéis, transporte e embalagem de bobinas, telas e feltros, revestimentos de rolos e
automação. Oferece, também, serviços de montagem, comissionamento, start up e assistência
técnica. Na figura 1.5 pode ser vista uma máquina de produzir papel completa, fabricada pela
empresa Voith Paper.
8
obtiveram pontuação acima de 90%, índice considerado bom pela empresa e doze não
conseguiram obter a pontuação mínima requerida. Estes números obrigam a empresa a buscar
melhorias neste processo de terceirização para manter-se competitiva no mercado em que
atua.
As literaturas referentes à terceirização, parceria, cadeia de suprimentos, etc., em sua
maioria, focam produtos fabricados em série e que não atendem na íntegra as necessidades da
Voith Paper. Faz-se necessário então estudar, pesquisar e desenvolver um programa
específico para esta empresa.
O projeto e elaboração desta proposta de desenvolvimento de fornecedores e avaliação
de subfornecedores proporcionarão à Voith Paper a manutenção do processo de terceirização
com resultados positivos, como: redução nos custos de aquisição e inspeção, e melhorias na
qualidade dos produtos adquiridos.
No capítulo 6º, faz-se uma síntese do processo de realização deste trabalho. Além
disso, são destacados os primeiros resultados obtidos com a elaboração do programa,
terminando com uma reflexão sobre as contribuições do trabalho e sugestão de redução no
volume de inspeção.
13
2 METODOLOGIA
3 TERCEIRIZAÇÃO
O limiar daquilo que hoje é conhecido por terceirização ocorreu com o advento
da 2° Guerra Mundial, quando, nos Estados Unidos da América do Norte, as
empresas responsáveis pela fabricação de materiais bélicos às forças aliadas
passaram a delegar a outras empresas certo tipo de atividades de suporte à
produção de armamentos, reservando para si as essenciais.
(Ophir, 1996, p.70).
Atualmente, este processo se dá como uma técnica de gestão administrativa, sendo que
as primeiras tentativas de mudanças, conhecidas como down sizing, ocorreram com a extinção
de níveis hierárquicos, reduzindo o número de cargos e, conseqüentemente, agilizando as
tomadas de decisões. A partir deste cenário, passou-se a transferir para terceiros a
incumbência pela realização das atividades secundárias. Surge então a terceirização, também
denominada outsourcing, que foi rapidamente adotada pelas grandes empresas, como pode ser
comprovada pela citação de Ophir.
Ferreira e Souza (1994, p.130) citam algumas outras motivações que podem conduzir
as empresas a adotar a estratégia de terceirização:
− "reduzir custos;
− reduzir o número de assalariados;
− reduzir a mobilização sindical dos empregados;
− reduzir a estrutura organizacional;
− agilizar a tomada de decisões;
− melhorar a qualidade;
− melhorar a produtividade;
− propiciar o lançamento da empresa em novos mercados/atividades;
− propiciar o lançamento de novos produtos;
− facilitar a adoção de novos processos;
− acompanhar as tendências mundiais”.
Pode-se fazer uma analogia entre uma cadeia de suprimentos e uma corrente, onde
cada empresa tem a função semelhante ao de um elo. Cada um é fornecedor e cliente ao
mesmo tempo, da colocação do pedido até a entrega do produto ao cliente final. Cada empresa
deve funcionar de modo integrado, como os elos de uma corrente. É importante que cada
empresa tenha sua eficiência interna e na cadeia e as relações entre clientes e fornecedores
devem ser as melhores para o bom desempenho de todos. A atuação de uma empresa afeta de
forma positiva ou negativa os custos das demais pertencentes à cadeia de suprimentos.
Para Christopher (1997, p.13), "a cadeia de suprimentos representa uma rede de
organizações, através de ligações nos dois sentidos, dos diferentes processos e atividades que
produzem valor na forma de produtos e serviços que são colocados nas mãos do consumidor
final”.
O objetivo da Gestão da Cadeia de Suprimentos é controlar o custo total, melhorar a
qualidade, maximizar serviço ao consumidor e aumentar o lucro. Shingo (1996) complementa
que a finalidade é capacitar todas as empresas da cadeia para responderem com rapidez,
flexibilidade, qualidade, redução de custos, atendimento e inovação às constantes flutuações
da demanda de mercado, garantindo assim a competitividade no negócio.
O estudo de Tracey e Tan (2001) demonstrou que a qualidade, a confiabilidade, o
desempenho, a participação dos fornecedores no desenvolvimento do produto e nos times de
melhoria contínua devem receber maior atenção que a ênfase na redução do preço pago pelos
materiais e nos processos de seleção de fornecedor com base em preço.
Conforme Griffiths e Margetts (2000), integrar uma cadeia de suprimentos pode não
ser tarefa simples para uma empresa, mas, se bem gerenciada, pode gerar ótimas
oportunidades de negócios.
A importância de uma empresa estar inserida em uma cadeia de suprimentos eficiente
é defendida por Merli da seguinte forma:
Uma empresa, mesmo que perfeita, porém colocada em uma cadeia de negócio
de baixo valor agregado e com fornecedores e clientes pouco capazes, está
destinada ao fracasso, enquanto uma empresa, ainda que com imperfeições,
mas colocada numa cadeia certa, com fornecedores e clientes capazes está
destinada ao sucesso.
(Merli, 1998, p.5).
Sabe-se que nos dias de hoje a competitividade não está em uma empresa isolada, mas
sim no conjunto de empresas daquela cadeia competitiva. A Voith Paper busca melhorias na
19
cadeia de suprimentos onde está inserida, conforme figura 3.1, procurando atender e satisfazer
as necessidades de seus clientes.
Subfornecedor Informação
de materiais
Produto
Subfornecedor Informação
de T. Térmico
3.1.1 Parceria
Dentro desta nova postura da Voith Paper, vale destacar a política de negociação que
está sendo aplicada atualmente. A negociação integrativa, política do ganha-ganha, é assim
definida por Watkins (2006 p.17): [...] “as partes competem para dividir o valor e, ao mesmo
tempo, cooperam entre si para obter o máximo de benefícios, conjugando seus interesses num
acordo. Neste tipo de acordo é preciso ser bom tanto na criação de valor quanto em
reivindicá-lo”. A empresa procura reunir-se com os fornecedores, apresentar-lhes o preço de
venda do item e negociar os benefícios para cada parte. Outro ponto a ser ressaltado é o
desenvolvimento destes fornecedores em busca de confiabilidade e qualidade nos produtos
entregues.
Com esta nova postura, a empresa espera obter os seguintes benefícios dentro de sua
cadeia de suprimentos:
− entrega dos produtos em prazos mais curtos;
− confiança nas promessas de entrega;
− menos quebras de programação;
− redução no nível de estoques;
− implementação mais rápida das modificações de projeto;
− confiabilidade no produto;
− redução dos problemas de qualidade;
− preços competitivos e estáveis.
A atual versão da norma NBR ISO 9001: 2000 define qualidade como o grau no qual
um conjunto de características inerentes satisfaz requisitos.
Conforme JURAN (1992, p.9), "Qualidade é ausência de deficiências", ou seja, quanto
menos defeitos o produto apresentar, melhor será a sua qualidade.
CROSBY (1986, p.31), afirma que "Qualidade é a conformidade do produto às suas
especificações." A qualidade é possível de ser obtida quando essas especificações são
atendidas em sua totalidade.
O conceito de qualidade é aplicável em todas as áreas, em todos os segmentos da
sociedade, os quais o definem de maneiras diferentes.
22
D e se m p e nho d e F o rne ce d o re s - 0 4 /0 5
110
100
90
80
Avaliação - IQP
70
60
50
40
30
20
10
F o rne ce d o re s
Na figura 3.5 podem ser observados outros tipos de imperfeições, como acabamento
inadequado e porosidade em matéria-prima.
26
€ 4.000,00
€ 3.500,00
€ 3.000,00
€ 2.500,00
Gastos
€ 2.000,00
€ 1.500,00
€ 1.000,00
€ 500,00
€ 0,00
5
04
05
05
4
05
04
05
5
5
/0
/0
/0
0
/0
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Z/
L/
V/
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AB
AG
M
O
4 DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES
Para Leenders (1989), o desenvolvimento de fornecedores pode ser visto sob dois
enfoques. No sentido limitado, ele envolve a criação de novas fontes de fornecimento quando
não existem fornecedores para cumprir as exigências da empresa. No sentido amplo, envolve
atividades com objetivo de melhorar as habilidades existentes no fornecedor a fim de alcançar
as exigências da empresa. Nesta concepção, enfatiza a melhoria constante das habilidades do
fornecedor, levando a obtenção de contratos de longo prazo, com benefícios para ambas as
partes.
Na opinião de Hartley & Jones (1997), o programa de desenvolvimento de
fornecedores pode ter dois objetivos: realizar mudanças imediatas nas operações dos
fornecedores para reduzir problemas e aumentar a capacidade dos fornecedores para
realizarem suas próprias mudanças.
Para Hartley & Jones (1997), quando um programa é direcionado pelo primeiro
objetivo, ele é orientado para os resultados gerados no fornecedor e a experiência tem
mostrado aumento no desempenho, mas deficiências em aumentar a capacidade dos
fornecedores para melhorias contínuas. O programa de desenvolvimento de fornecedor
baseado em resultados tem como principais características a padronização do processo e o seu
direcionamento pelo desejo do comprador, o enfoque às mudanças técnicas e a curta duração.
Quando um programa é direcionado pelo segundo objetivo, Hartley & Jones (1997)
afirmam que ele é orientado para o processo, ou seja, aumenta a capacidade para melhoria do
fornecedor. Na prática, o desenvolvimento do fornecedor baseado no processo segue quatro
passos genéricos: avaliar o grau de prontidão do fornecedor para mudanças; construir a
confiança por meio da colaboração, motivando a participação de todos e dando tempo para
aprender; implementar mudanças amplas no sistema de acordo com as habilidades técnicas,
gerenciais e sociais, e dar suporte para as atividades nesta fase de transição. Ao final do
programa, o comprador poderia estabelecer metas e planos, rever o progresso periodicamente
e estabelecer prêmios ou outras formas de reconhecimento que motivem o fornecedor a
melhorar o seu desempenho.
O programa de desenvolvimento de fornecedores a ser estruturado neste trabalho e
apresentado à Voith Paper é o direcionado à melhoria dos processos utilizados pelos
fornecedores, de acordo com o segundo objetivo citado por Hartley & Jones, ou seja,
aumentar a capacidade destes em realizarem suas próprias mudanças.
30
4.1 Fornecedor
De maneira geral pode-se dizer que os fornecedores devem ser selecionados numa
base de quão bem eles atendem os requisitos especificados. A seleção de fornecedor é uma
das atividades mais importantes no sistema de aquisição, pois a produção tem início com a
31
matéria-prima adquirida, e este sistema não terá sucesso a menos que o bom relacionamento
entre fornecedor e cliente seja estabelecido e mantido.
Selecionar fornecedores é buscar reunir um grupo que atenda aos requisitos básicos e
suficientes, dentro das normas e padrões pré-estabelecidos como adequados. O objetivo
principal é encontrar fornecedores que possuam condições de fornecer os produtos
necessários dentro das quantidades, dos padrões de qualidade requeridos, no tempo
determinado, com menores preços e melhores condições de pagamento.
Dos atuais fornecedores de outsourcing da Voith Paper buscou-se selecionar os
estratégicos para a participação do programa de desenvolvimento. A seleção teve como base
os índices de desempenho apresentados pelos fornecedores durante o ano comercial de
2004/2005 e os seguintes critérios:
− Capacidade instalada e tecnologia empregada: buscou-se em primeira instância selecionar
os fornecedores com habilidade técnica para atender ao escopo de serviço requerido pela
empresa em estudo, ou seja, serviços de caldeiraria, usinagem, montagem e pintura,
utilizando-se de tecnologia de ponta.
− Aspectos logísticos: procurou-se dar prioridade às empresas situadas próximas à Voith
Paper ou em rodovias em que o acesso seja rápido e simples.
− Relacionamento com clientes: analisou-se a disposição dos fornecedores em solucionar
problemas de seus clientes e interesse em acordos, visando o interesse da cadeia de
suprimentos.
− Situação econômico-financeira: a saúde financeira, a reputação e a confiabilidade dos
fornecedores também foram consideradas nesta seleção.
− Preços praticados: o fornecedor deve ser capaz de oferecer preços competitivos, o que não
significa necessariamente o menor preço de mercado. Procurou-se dar a devida atenção a
este item sem perder o foco na qualidade.
4.3 Programa
Primeira Fase
− Divulgação do programa aos fornecedores;
− Treinamento sobre aspectos visuais;
− Auditoria de avaliação inicial;
− Preparação de plano de ação pelos fornecedores;
− Implementação do plano de ação pelos fornecedores.
Segunda Fase
− Auditoria nos fornecedores para verificação da implementação do plano de ação;
− Preparação de um novo plano de ação pelos fornecedores não aprovados;
− Implementação do plano de ação por estes fornecedores.
Terceira Fase
− Auditoria final nos fornecedores;
− Apresentação do relatório final aos fornecedores e entrega dos “certificados de parceiros”
para as empresas consideradas aprovadas;
− Bloqueio no sistema de aquisição da Voith Paper dos fornecedores não aprovados.
34
4.3.2 Treinamento
Os problemas de aspecto visual são os que apresentam maior incidência nos produtos
terceirizados, conforme mostrado na figura 4.3 e, portanto, devem ser resolvidos inicialmente.
Devido à relação existente entre os problemas de aspecto visual, a má qualidade nos cordões
de solda e a identificação inadequada de peças, os quais representam mais de 60% dos tipos
de não conformidades detectadas na inspeção de recebimento, recomenda-se o treinamento
dos fornecedores sobre estes aspectos.
Problemas de Qualidade
40
35
30
35
% problemas
25
20
15 18
17
15
10
10
5
5
0
Aspecto visual Cordão de Registro Dimensional Identificação Matéria-prima
solda tipos
durante as inspeções realizadas nos equipamentos produzidos pela Voith Paper, que são
altamente pessoais e de difícil formalização, o que segundo Nonaka e Takeuchi (1997 p.7)
[...] “está profundamente enraizado nas ações e experiência de um indivíduo, bem como em
suas emoções, valores e idéias”.
O conteúdo deste treinamento deve apresentar as imperfeições visuais mais
encontradas nos produtos da empresa e elas devem ser relacionadas de acordo com os
processos de fabricação onde são encontradas: soldagem, lixamento, dobramento, acabamento
e fundição.
Para cada processo, devem ser detalhados e abordados vários exemplos de
imperfeições encontradas e suas possíveis causas, bem como o padrão visual mínimo de
qualidade aceitável para os produtos, conforme descrito a seguir:
Processo de soldagem
− Imperfeições: neste processo se destacam os respingos, mordedura, porosidade, deposição
insuficiente, cordão irregular e falta de fusão.
− Devido às características especiais das Máquinas de Papel, as imperfeições poros,
mordeduras e respingos não são admissíveis, independentes da quantidade ou dimensão.
− As possíveis causas: regulagem inadequada da máquina, limpeza ou preparação
inadequada das peças a serem soldadas, desatenção do profissional durante o acabamento,
falta de habilidade do profissional, falta de padrão ou critério para comparação e falta de
conhecimento técnico (teoria e prática) dos processos de soldagem.
Processo de lixamento
− Imperfeições: acabamento inadequado, excesso de lixamento e freio de lixadeira.
− Padrão de qualidade visual contido nas fotos da apresentação.
− Possíveis causas: equipamento inadequado, falta de habilidade ou de atenção do
profissional, falta de padrão para comparação.
Processo de dobramento
− Imperfeições: as imperfeições causadas por este processo são esmagamentos e arrastes.
− Padrão de qualidade visual contido nas fotos da apresentação.
− Possíveis causas: dimensão da cava muito estreita, raio da dobra desproporcional à
espessura da chapa.
38
Processo de Acabamento
− Imperfeições: marcas de pancada, contaminação, ausência de arredondamento nas arestas,
falhas de identificação, amassamento de revestimento, preparação inadequada de
superfície, marcas de ferramentas, oxidação.
− Padrões de referência: ISO 12944 para pintura e ISO 13715 cantos de peça com forma
indefinida.
− Possíveis causas: falta de informação do profissional, falta de habilidade e atenção do
profissional, proteção inadequada de superfícies, transporte inadequado.
Processo de Fundição
− Entre as imperfeições do processo de fundição destacam-se: rugosidade superficial
excessiva, cavidades superficiais, descontinuidades, marcas de remoção de metal e falhas
na identificação.
− Padrão de qualidade visual contido nas fotos da apresentação.
− Possíveis causas: preparação inadequada da areia, molde ou metal, utilização inadequada
de um meio mecânico ou térmico para desgaste superficial.
4.3.3 Requisitos
Má qualidade
dos produtos
Terceirizados
Supervisores Fracos Não há sistema Não há sistema
Não há liderança Não é inspecionado Não verificado
Desorganizado Materia prima deficiente Incorreto
Rotinas adm. obscuras Ispeção inadequada Certificado
Liderança despreparada Pessoas desqualificadas Falta certificado
Falta treinamento Falta rastreabilidade
Subfornecedores desqualificados Identificação inadequada
Aspectos ambientais Não localizado
Não há disposição de reziduos Exigência de Mercado Não há sistema
Falta concientização Cobrança p/ resultado Não é inspecionado
Hostil Produto defeitoso
Politicagem Isnpeção inadequada
Liderança despreparada Pessoas desqualificadas
Falta treinamento
Com a visão mais apurada das potenciais deficiências dos fornecedores, levantada por
meio do diagrama de Ishikawa e com o conhecimento dos problemas encontrados nos
produtos terceirizados, procurou-se estabelecer requisitos que, se implementados pelos
fornecedores, minimizassem os problemas de qualidade dos produtos terceirizados.
Considerou-se que os requisitos da norma NBR ISO 9001 atenderiam de maneira satisfatória
a este propósito.
Como o objetivo deste programa não e exigir dos fornecedores a implementação de
todos os requisitos da norma NBR ISO 9001, buscou-se trabalhar apenas os requisitos com
influência direta na qualidade do produto, evitando exigências absurdas que não agregam
42
valor algum a ele. Relacionaram-se, então, os requisitos desta norma e estabeleceu-se sua
significância ou não em relação às potenciais deficiências dos fornecedores e problemas de
qualidade detectados pela Voith Paper, conforme mostrado na figura 4.8.
estar adequadas às operações realizadas e, quando aplicável, devem ser mantidos registros dos
testes de montagem e funcionamento.
1º Fase
Requisito Voith Ação sugerida Ação Responsável Prazo Status
Disponibilizar armario e
Aprimorar o processo de revisões de desenhos gaveta na área de
criando pasta que guarde os desenhos revisados qualidade para arquivo
(carimbado ou com qualquer outra identificação - de desenhos e solicitar
1.1. Controle de “desenho revisado/Obsoleto”). compra de carimbo
Documentos
"obsoleto" Marcos 15.10.2006
Acrescentar ao processo de envio de orçamento
o nº. de desenho enviado por e-mail e a revisão Indicar revisão no
para a Voith. desenho Marin / Liberato 15.10.2006
Criar/melhorar pasta de registros, mantendo
cópia dos documentos enviados à Voith e dos
processos internos. Como por exemplo, dos
relatórios de não-conformidades. Identificar pastas Marcos 15.10.2006
1.2. Controle de
Substituir os documentos em fax para evitar Ok - Nossa impressora já
Registros da
perda das informações. é fax Administração 15.10.2006
Qualidade
Criar pasta de relatórios de inspeção e relatórios
de não conformidade tanto internos quanto os
enviados pela Voith.
Identificar pastas Marcos 15.10.2006
Os fornecedores que não tiveram seus processos aprovados pelo auditor devem,
baseado em suas recomendações, inserir no Plano de Ação, novas ações ou repetir a ação
definida na 1ª fase e prazos para a implementação dos requisitos considerados não
satisfatórios, conforme demonstrado na figura 4.10.
A empresa fornecedora deve então proceder à adequação de seus processos de acordo
com as ações de melhorias propostas.
Estando as ações de melhorias constantes no Plano de Ação da 2ª fase implementadas,
o fornecedor deve solicitar ao auditor, nova auditoria com o objetivo de demonstrar-lhe a
efetividade dos processos.
49
Betim
Plano de Ação
Leite
1º Fase 2º fase
Nova data
Requisito Voith Ação sugerida Ação Responsável Prazo Status Ação
acordada
Aprimorar o processo de
Disponibilizar
revisões de desenhos criando
armário e Não
pasta que guarde os desenhos Criar uma pasta
gaveta na área implementado
revisados (carimbado ou Marcos 20.10.2006 de desenhos 30.11.2006
de produção e satisfatoria-
fazendo qualquer outra obsoletos
carimbo mente
1.1. Controle de marcação “desenho
"obsoleto"
Documentos revisado/Obsoleto”).
Controlar todos os
documentos dos clientes, Criar lista Não Criar uma lista
Marcos 20.10.2006 30.11.2006
solicitando periodicamente mestre implementado mestre
atualizações.
Criar/melhorar pasta de
registros, mantendo cópia dos
1.2. Controle de documentos enviados à Voith
Registros da e dos processos internos. Criar pasta Marcos 20.10.2006 OK n.a. n.a.
Qualidade Como por exemplo, dos
relatórios de não-
conformidades;
A última visita do programa deve ocorrer nos fornecedores que ainda não se
adequaram aos requisitos exigidos pela Voith Paper. O auditor deve verificar se os requisitos
pendentes do Plano de Ação da 2ª fase foram implementados e conferir a situação dos demais
itens constantes do Relatório de Avaliação de Fornecedores. Um novo Relatório de Avaliação
de Fornecedores deve ser emitido nesta etapa demonstrando o atendimento aos requisitos e
recomendado o fornecedor como parceiro, ou o não atendimento. Neste caso, devem ser
relacionadas às não conformidades encontradas e recomendações de melhorias, da mesma
maneira que ocorrido na auditoria de 1ª fase.
4.3.9 Homologação
5 SUBFORNECEDORES
Quando se começa a analisar as origens dos problemas de qualidade, fica claro que
muita das causas raízes destes se encontram em empresas de estágios anteriores da cadeia
produtiva. Desta maneira é necessária a escolha de um sistema de garantia da qualidade que
atue nestas empresas como forma de garantir a qualidade final dos produtos.
5.1 Seleção
serem avaliadas e qualificadas pela Voith Paper e que no futuro eles só poderiam comprar
materiais e serviços de tratamento térmico de empresas qualificadas.
As empresas, na ordem de duzentas, constantes do formulário conforme exemplo da
figura 5.1, formaram a base para o início da escolha das que participarão da avaliação.
Fundidos Tratamento
Perfis Barras Chapas Tubos
Ferro fundido Aço carbono Aço inox Outras ligas térmico
Fornecedor: n.a n.a SF válvulas Império dos Metais Inox-tech Aços Caporal Acesita Carbinox Van der Hoeven
Pessoa de contato: Rodrigo ou Valentin Hermano Marcia Douglas José Ricardo Daiane Paulo
Telefone (019) 3413-3313 ( 011 ) 6693-6600 ( 011 ) 4343-1800 ( 011) 3346-5222 ( 011 ) 3818-1742 ( 011 ) 3835-9499 ( 019 ) 3877-2281
e-mail: fundicao@sfvalvulas.com.br imperiodosmetais@uol.com.br açoscaporal@caporal.com.br jrrcatuta@acesita.com.br industria@carbinox.com.br galva@vanderhoeven.com.br
qualidade NBR ISO 9001. Em consulta às empresas atuando neste ramo de mercado
constatou-se que devido à localização geográfica destas seria possível realizar duas auditorias
em um mesmo dia a um custo para a Voith Paper de R$ 200,00 por empresa avaliada.
parte dos fornecedores das não conformidades detectadas e auxiliar a Voith Paper em futuras
auditorias.
Esta auditoria deve ser realizada por um engenheiro metalúrgico com vivência em
fundição e que dominem os principais conceitos do processo. A realização de auditoria em
uma fundição, de acordo com o recomendado, está na ordem de R$ 960,00 por empresa, mais
despesas com transporte e alimentação, conforme consulta a empresa especialista nesta
atividade.
5.3 Qualificação
subfornecedor, para que este analise, avalie sua empresa e responda o questionário,
demonstrando quais requisitos estão implementados e quais precisam de melhorias. Este
formulário deve retornar à Voith Paper para análise.
Quando a análise do formulário demonstrar que a empresa tem seus processos
controlados, a Voith Paper designará um auditor para realizar sua avaliação e qualificação. Se
os processos do subfornecedor não atenderem aos requisitos estabelecidos, será solicitado do
mesmo ações de melhoria e, após a implementação destas, o preenchimento do formulário e a
repetição do procedimento.
As empresas consideradas reprovadas poderão ser novamente auditadas, desde que
haja interesse por parte dos parceiros da organização. Neste caso os parceiros devem
formalizar e justificar junto à Voith Paper o interesse em ter aquele subfornecedor
qualificado. Se a empresa em estudo considerar coerente a solicitação, procederá a avaliação
como no caso de um novo subfornecedor.
A relação dos subfornecedores aprovados e reprovados deve ser atualizada e
distribuída conforme a necessidade.
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6 CONCLUSÕES
Voith Paper
Relatório de Análise de Fornecedores
FORNECEDOR FCM
Qualidade
Fornecedor não atendeu 100% dos requisitos aplicáveis, porém demonstrou grande evolução e será
aprovado mediante estabelecimento de plano de ação.
Outsourcing
Fornecedor estratégico para a Voith Paper no fornecimento de mancais para rolos.
Seus produtos não vêm apresentando a qualidade esperada, porém muito bom quanto ao prazo
de entrega e preço.
Resultado Aprovado Reprovado Resp./Data 28.11.2006
Fábrica
Fornecedor atende bem a parte técnica.
Observações Finais
Fornecedor considerado aprovado com pendências. Deve implementar as ações do plano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CROSBY, Philip B. Qualidade é Investimento. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1986.
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the Company and its Suppliers. Journal of Materials Processing Technology, v.103,
n.1, 2000, p.155-159.
HARTLEY, J. J. and JONES, G. E., Process Oriented Supplier Development: Building the
Capability for Change. International Journal of Purchasing and Materials
Management, v.33, n.3, 1997, p.24 – 29.
JURAN, J. M. Controle da Qualidade Handbook. São Paulo: Editora Makron Books, 1992,
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OPHIR, C. J. A Terceirização das Relações Laborais. São Paulo: Editora LTR, 1996.
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www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/supply_chain_v5.
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SHINGO, S., Sistemas de Produção com Estoque Zero: O sistema Shingo para melhorias
contínuas. Porto Alegre: Editora Bookmann, 1996.
SLACK, N., Vantagem Competitiva em Manufatura. São Paulo: Editora Atlas, 2002.