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PRODUTOS FINANCEIROS

Segundo Nunes, Menezes e Júnior (2013), todas as economias necessitam de financiamento


para obter crescimento. E esta é uma das principais funções das Instituições Financeiras,, qual
seja, financiar investimentos que geram emprego e renda que, por consequência, aumentam a
demanda agregada, gerando necessidade de mais investimentos, promovendo, assim, um
círculo virtuoso e acelerado de crescimento econômico.

Essa visão é corroborada por Corazza (2000), que afirma que as IFs desempenham um papel
estratégico na economia por meio da intermediação financeira e do financiamento das
atividades econômicas.

O processo de captação de recursos (operações passivas) e concessão de financiamentos


(operações ativas) realizado pelas Instituições financeiras é feito por meio de produtos
financeiros que, conforme mencionado anteriormente, podem ser entendidos como um
conjunto de parâmetros predefinidos ou padronizados que determinam as condições contratuais
das operações a serem realizadas.

De acordo com Lima, Lima e Pimentel (2007), as principais formas de classificação de


produtos financeiros são :

Quanto à natureza da remuneração

• Os produtos de renda fixa ;


• Os produtos de renda variável.

Quanto ao destinatário dos recursos

1-Produtos Financeiros de Captação

Os produtos financeiros de captação são aqueles emitidos pelas empresas, com o intuito de
financiar suas atividades operacionais.No âmbito das IFs, os principais produtos de captação
são:

• Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI);


• Certificados de Depósito Bancário (CDB);
• Recibos de Depósito Bancário (RDB);
• Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
• Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
2-Produtos Financeiros de Financiamento

Os produtos de financiamento, ou seja, aqueles destinados aos tomadores de crédito (operações


ativas), podem ser destinados, tanto a Pessoas Físicas (PF) como a Pessoas Jurídicas (PJ). Cada
um desses produtos financeiros tem finalidades específicas e estão sujeitos a normativos
também específicos do Bacen. Eles podem ainda ser classificados como sendo de crédito livre
ou direcionado, sendo que estes últimos são aqueles que, são destinados a determinados setores
ou atividades, realizados com recursos regulados em lei ou normativo” (LUNDBERG, 2011,
p. 4). O Bacen (2015d) classifica os produtos financeiros de financiamento em diferentes
modalidades de crédito de acordo com o público-alvo, à natureza da remuneração, (se é pré ou
pós-fixada), bem como pelo tipo de indexador utilizado..

Outros produtos Financeiros

• Depósitos à vista
• Depósito á prazo
• Depósitos de poupança
• Fundos de investimentos , etc .

Existem vários produtos finaceiros , mas o que na realidade nos interessa é abordar sobre Os
Fundos de Investimentos.
FUNDOS DE INVESTIMENTO

Os fundos de investimentos podem ser conceituados como uma aplicação sob a forma de
condomínio, que reúne recursos de pessoas físicas e/ou jurídicas, possuidores de objetivos
comuns. Os investidores adquirem quotas representativas do Patrimônio Líquido dos fundos.
Estes recursos, administrados por uma instituição financeira, são destinados à aplicação em
carteiras diversificadas de títulos valores mobiliários, em quotas de fundos e, ainda, em outros
títulos específicos, dependendo do objetivo previsto, o qual definirá o perfil do fundo.

Pesante (2019) afirma que fundos de investimento tem como objetivo a promoção de aplicação
de forma coletiva dos recursos dos investidores. De acordo com Oliveira (2006), esse valor
captado pelo fundo junto aos investidores é utilizado para adquirir ativos financeiros, os quais
podem maximizar retornos positivos e minimizar o risco da carteira ao longo do tempo.

Elas são instrumentos de formação de poupança muito interessantes para grandes e pequenos
investidores. Com aplicações muitas vezes de pequeno valor, um investidor pode aplicar em
um fundo de investimento e ter acesso aos mercados financeiro e de capitais em negociações à
vista, em mercados futuros e de derivativos, geralmente acessíveis apenas a grandes
investidores e especialistas do setor. Dessa forma, a aplicação em um fundo de investimento
permite a diversificação mesmo para investimentos de pequenas quantias. Importante: a
diversificação é um dos princípios básicos da administração de investimentos. Em resumo, a
diversificação estabelece que, para diminuir os riscos, os investidores devem escolher
investimentos (ativos) que tenham comportament’os diferentes às mudanças nos mercados.

Cavalcante e Rudge (1998) alertam que os fundos são instrumentos de investimento coletivo,
e assim usufruem da conveniência da aplicação em condições técnicas mais favoráveis do que
as que seriam possíveis para cada um de seus participantes se esses operassem por conta própria
no mercado financeiro. “Os fundos agem em nome de uma coletividade, substituindo grande
número de investidores, e oferecendo as vantagens decorrentes a ela.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

O primeiro fundo de investimento, chamado de “Société civile Genèvoise d’emploi de fonds”,


foi criado no Suíça em 1849. Logo depois, em 1868, surgiu na Inglaterra o “Foreign and
Colonial Government Trust” que deu uma contribuição significativa a definição de fundos de
investimento ao declarar suas intenções: “Dar ao investidor, de nível de capital moderado,
alguma vantagem comparativa como as obtidas pelos grandes capitalistas, diminuindo o risco
de seus investimentos através da diversificação das aplicações em papéis estrangeiros e
coloniais”.

Já nos Estados Unidos, o primeiro fundo mútuo com número limitado de cotistas começou a
funcionar em 1893. O Alexander Fund, criado em 1907, foi o primeiro fundo a permitir resgates
semestrais e em 1924 surgiu o primeiro fundo mútuo sem limitações ao número de cotistas,
chamado Massachusetts Investors Trust, o fundo existe até hoje.

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