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INTRODUÇÃO

O sistema financeiro é parte integrante e importante de qualquer sociedade


econômica moderna. Na economia, a realização de um ou mais tipos de investimentos
vem proporcionando a oportunidade de criar considerável quantia de recursos
financeiros por meio de uma grandeza consideravelmente menor. Sem dúvida,
durante a história da humanidade, muitos indivíduos foram beneficiados com
aplicações vantajosas em um determinado período, e outros foram prejudicados com
os altos riscos, quebras de empresas e investimentos aplicados de forma errônea.
No sistema capitalista existente na maioria dos países, a captação de recursos
financeiros visando determinado objetivo pessoal, empresarial ou de igual
importância, tornou-se tema de eminente relevância e estudo. Um dos métodos para
gerar capital é através de investimentos financeiros, que podem ser realizados de
acordo com a vontade do investidor. Um investimento financeiro está relacionado com
a privação do consumo ou do prazer presente com o objetivo de construir algo com
maior valor para aproveitamento futuro (BERNSTEIN; DAMODARAN, 2000).

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SISTEMA FINANCEIRO

É fundamental introduzir algumas noções básicas sobre o funcionamento da


economia, antes de tratar especificamente do sistema financeiro, para que se
compreenda melhor as funções e o funcionamento dos mercados. A ciência
econômica, pode-se dizer, preocupa-se com o estudo da alocação de recursos da
economia. Esse assunto torna-se relevante devido à constatação de que os indivíduos
têm necessidades e desejos ilimitados, enquanto os recursos disponíveis para atendê-
los são escassos.
Quando pensamos em países, é fácil perceber essa noção de escassez dos
recursos. Afinal, o número de pessoas disponíveis para trabalhar e os recursos
naturais, financeiros e tecnológicos existentes são limitados. O importante aqui é
destacar que as decisões dos agentes econômicos (famílias, empresas e governo) que
compõem esse sistema econômico moderno, embora individuais, estão interligadas e
impactam o todo. De um lado, as famílias oferecem os insumos necessários para a
produção das empresas, como o trabalho, o capital e os imóveis, em troca dos
rendimentos do salário, juros, lucros e aluguéis, o que em conjunto formam a renda
dessas famílias. Com essa renda, as famílias adquirem os produtos e serviços ofertados
pelas empresas.

Entre essas decisões econômicas, uma é de especial importância para a


compreensão do sistema financeiro e diz respeito ao consumo, poupança e
investimento. Determinada família pode decidir consumir menos que sua renda atual,
seja para a sua segurança financeira, para a aposentadoria ou para a compra futura de
bens, formando, assim, poupança. Por outro lado, pode haver famílias que decidam

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consumir mais do que sua renda em determinado momento, e, portanto, demandam
recursos, motivadas pelo aparecimento de situações inesperadas, ou mesmo por
precisar investir em mais educação, na expectativa de retorno futuro. As empresas,
para realizar sua produção, precisam investir em máquinas e equipamentos,
treinamentos e novas tecnologias. Para isso, precisam de dinheiro, que pode vir, por
exemplo, da poupança das famílias. O governo, por sua vez, pode, em determinado
momento, ter gastos maiores que as suas despesas, tomando recursos no mercado, e
em outros momentos, gastar menos e contribuir para a formação de poupança.
Quando os agentes econômicos formam poupança, ou seja, consomem menos
do que ganham, são chamados de agentes superavitários. Quando, por outro lado,
consomem mais que sua renda e precisam recorrer à poupança de terceiros, são
conhecidos como agentes deficitários. No entanto, para que um agente deficitário
possa utilizar os recursos disponíveis dos agentes superavitários para realizar suas
decisões de consumo ou investimento, é preciso que esse fluxo de recursos entre eles
seja viabilizado.
Assim, podemos conceituar o Sistema Financeiro como o conjunto de
instituições e instrumentos que viabilizam o fluxo financeiro entre os poupadores e os
tomadores de recursos na economia. Investimento e poupança constituem o cerne de
todo o sistema financeiro. Entende-se por poupança a parte da renda não consumida
e, por investimento, a utilização de recursos, próprios ou de terceiros, para ampliar a
capacidade produtiva.
O setor financeiro da economia diferencia-se do setor real em diversos
aspectos. Todavia, ambos os setores se complementam e são extremamente
relevantes para a sociedade. O setor real abrange a produção e a circulação de bens e
de mercadorias e a prestação de serviços não financeiros, como comércio,
telecomunicações, transporte. Os ativos reais são bens ou direitos que não
representam, necessariamente, reserva de valor, mas são mantidos em função do
proveito que deles se espera obter. Exemplo: máquinas e equipamentos.
Já o setor financeiro abrange a custódia, a intermediação e a compensação de
ativos e de passivos financeiros. Um ativo financeiro constitui um direito em relação a
outra unidade econômica, mantido como reserva de valor em função do retorno
financeiro que dele se espera obter. Inclui moeda e todo título que representa dívida
ou participação patrimonial.
Conforme Silva (2015), o mercado financeiro pode ser definido como o
conjunto de instituições e de instrumentos destinados a oferecer alternativas de
aplicação e de captação de recursos financeiros. Basicamente, é o mercado destinado
ao fluxo financeiro entre poupadores e tomadores. Dessa forma, (Silva, 2015) otimiza a
utilização de recursos financeiros e cria condições de liquidez e de administração de
riscos:
• instituições – compõem o mercado financeiro os diferentes tipos de
instituições financeiras, como bancos, seguradoras, corretoras e distribuidoras de

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títulos mobiliários. Cada tipo de instituição financeira exerce funções específicas, de
acordo com o que determina a legislação; e
• instrumentos financeiros – podem ser divididos em duas classes:
- instrumentos de dívida, como, por exemplo, depósitos bancários, debêntures
e títulos públicos; e
- instrumentos de participação patrimonial ou propriedade, entre os quais se
destacam as ações.
Neste sentido, conforme Silva (2015), o Sistema Financeiro Nacional (SFN),
pode ser entendido como o conjunto de instituições que integram o mercado
financeiro, quer regulamentando e fiscalizando seus participantes, quer facilitando a
transferência de recursos entre poupadores e tomadores.
Normalmente, o mercado financeiro pode ser dividido em quatro segmentos:
mercado monetário, mercado de câmbio, mercado de capitais e mercado de crédito.
Reilly e Brown (2003) ressaltam que um investimento é o comprometimento de
dinheiro por um período de tempo, visando pagamentos futuros que irão compensar o
processo decorrido; os investimentos podem ser realizados por um indivíduo, ente
governamental, fundo de pensão ou organização. Ao realizar um investimento
financeiro, é preciso identificar algumas metas, tais como: o tempo no qual o capital
será investido, o objetivo do investimento, o risco a ser tomado, o cenário econômico
atual, o tipo de investimento, entre outros aspectos (HALFELD, 2007). Os tipos de
investimentos comumente utilizados, assim como o Sistema Financeiro Nacional (SFN)
e suas características próprias serão analisados no decorrer do presente estudo.
Em economia e finanças, investimento financeiro é a aquisição de um ativo
financeiro, tal como ações, commodities, moeda estrangeira, etc., sendo uma área de
investimentos específica destinada às finanças pessoais e à educação financeira. São
amplamente buscados por pessoas físicas, mas também por pessoas jurídicas, em
instituições como bancos e corretoras de valores, sendo que em alguns casos o
interessado também pode efetuar a aplicação individualmente, como na compra e
venda de ações e de moeda estrangeira.
Objetivo
O principal objetivo de um investimento financeiro é repor o valor de compra
da moeda perdido com a inflação, que é outro fator importante a ser considerado, mas
sendo também largamente possível a obtenção de lucro. As aplicações podem ser
classificadas segundo vários critérios, tais como: tipo de renda (renda fixa ou renda
variável), risco (alto, médio ou baixo risco), prazo (curto, médio ou longo prazo),
liquidez (alta ou baixa), entre outros, os quais o investidor deve analisar e comparar,
para ver o que se encaixa melhor seus projetos pessoais, suas necessidades, etc. Outro
item importante a ser analisado é a tributação que incidirá sobre cada tipo de
investimento.

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DIFERENÇAS ENTRE INVESTIR, APLICAR, ECONOMIZAR E APOSTAR
Quando falamos em investimentos, muitos sinônimos para esta palavra podem
aparecer na sua jornada como investidor e que parecem ser, na prática, a mesma
coisa. Contudo, na realidade, não são. As principais diferenças que você deve se
atentar estão entre os verbos investir, economizar, aplicar e apostar. Vamos entender
o que significam cada um deles:
Aplicar é simplesmente o ato de fazer um depósito ou a compra de um ativo
financeiro. Ou seja, é o momento em que você realiza a transação de troca do seu
dinheiro por um produto do mercado financeiro. Por exemplo, quando você compra
uma ação ou troca reais por dólares.
Investir é destinar parte dos seus recursos a uma estratégia que visa acumular
patrimônio, multiplicar o valor investido ou fazer com que o dinheiro gere renda
passiva. Logo, investir está intrinsecamente ligada ao futuro, seja ele de curto ou longo
prazo.
Economizar é quando "salvamos" uma parte da nossa renda com a restrição de
algum gasto ou despesa. Por exemplo, se usarmos menos o ar condicionado,
estaremos economizando na conta de luz. Esses recursos, então, poderão ser usados
para aplicar em investimentos.

ATIVOS FINANCEIROS
Ativos financeiros são direitos não-físicos derivados de uma relação contratual
entre o investidor e uma instituição por uma riqueza ou privilégio de receber um valor
corrigido por juros. Os ativos financeiros são negociados no mercado, tais como títulos
do Tesouro Direto, ações de empresas, Certificados de Depósitos Bancários, cotas de
Fundos de Investimentos, contratos futuros e/ou de commodities, etc.
Logo, são apenas a representação contratual do valor que garante a emissão
desse ativo, como vimos. Então, o ativo financeiro é aquele contrato que estabelece
um contrato entre você, enquanto investidor-proprietário, a uma determinada
riqueza. Portanto, a chave para compreender o que é investimento financeiro está
aqui. financeiros, uma vez que outros bens podem ser ativos, mas não financeiros.

FUNÇÕES BÁSICAS DO MERCADO FINANCEIRO


Para que exista investimento é necessário que haja formação prévia ou
simultânea de poupança e que existam instituições e mecanismos capazes de
transformar poupança em investimento. O mercado financeiro possibilita que as
unidades econômicas (isto é, famílias, empresas e governos que compõem as
sociedades), também chamadas de agentes econômicos, sejam colocadas em contato,
direto ou indireto, a um custo mínimo e com as menores dificuldades possíveis.
Dessa forma, a utilização dos recursos financeiros da economia pode ser
otimizada, resultando em um aumento geral da produtividade, da eficiência e do bem-

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estar da sociedade. Ao possibilitar o contato entre as unidades econômicas, o mercado
financeiro cumpre, também, as seguintes funções: Estímulo à formação de poupança –
as instituições financeiras existentes no mercado financeiro estimulam a formação de
poupança de diferentes formas. Instituições financeiras, como os bancos comerciais,
captam poupança e, em troca, emitem ativos com diferentes graus de liquidez.
O mercado de capitais – onde operam principalmente bancos de investimento
e corretoras de títulos – auxilia as empresas a emitirem títulos próprios, como ações e
debêntures. Outros tipos de instituição financeira, como os fundos de pensão, os
fundos de investimento e as seguradoras, são importantes demandantes desses títulos
e, portanto, também estimulam a formação de poupança;

PROCESSO DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA


A economia é composta por intermediários financeiros, agentes econômicos
que apresentam superávit ou déficit financeiros, chamados de agentes econômicos
superavitários ou agentes econômicos deficitários, respectivamente, e por agentes
econômicos que apresentam uma situação de equilíbrio, não apresentado déficit ou
superávit.
Os agentes econômicos superavitários e os agentes econômicos deficitários
podem ser quaisquer pessoas ou entidades que tenham disponibilidades e
necessidades de recursos, e os intermediários são geralmente instituições financeiras.
O processo de intermediação financeira pode ser entendido como a captação
de recursos junto às unidades econômicas superavitárias, por instituições financeiras e
o seu subsequente repasse para unidades econômicas deficitárias.

PAPEL DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA


A atividade de intermediação financeira nasceu da necessidade da destinação
eficiente dos recursos financeiros disponíveis dos diversos agentes econômicos
superavitários aos diversos agentes econômicos deficitários. As operações financeiras
de transferência de recursos dos agentes econômicos superavitários para os
deficitários poderiam ser diretas, entretanto, os agentes econômicos superavitários,
em sua maioria, não têm como foco de suas atividades a destinação de seus recursos
excedentes, com vistas a financiamento dos agentes econômicos deficitários.

CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES ECONÔMICAS


Pode-se dizer que a economia é composta por intermediários financeiros e
unidades econômicas (por exemplo: famílias, empresas e governos que compõem as
sociedades (Silva, 2015). De acordo com Silva (2015) e Assaf (2008), o conjunto das
unidades econômicas pode ser dividido em três categorias: 20 Mercados Financeiros
Unidades Superavitárias (US) – são aquelas que apresentam receitas correntes maiores
que gastos correntes.

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O excesso de receitas não representa necessariamente lucro, podendo
significar tão somente sobra de caixa momentânea; Unidades Deficitárias (UD) – são
aquelas cujos gastos correntes excedem suas receitas correntes. No caso de uma
empresa, o excesso de gastos em relação às receitas correntes não significa dizer que
ela opere com prejuízo: os gastos em excesso podem, por exemplo, estar sendo
empregados em investimentos que permitirão uma futura expansão de suas
atividades; Unidades com Orçamento Equilibrado (UOE) – são aquelas que têm seus
gastos correntes iguais às receitas correntes.

TIPOS DE INVESTIMENTOS
Investimentos em renda fixa
A renda fixa é uma das principais portas de entrada para o mundo dos
investimentos. Seus ativos apresentam como características o baixo risco de perdas e a
elevada liquidez na maioria dos casos, como títulos do Tesouro Direto e alguns CDBs.
A contrapartida é que o rendimento pode ser limitado, especialmente em
momentos de baixas taxas de juros, caso atual da economia brasileira.
Existem diferentes investimentos em renda fixa, que podem ser classificados
segundo a rentabilidade (prefixada, pós-fixada e híbrida) ou segundo o emissor
(instituição financeira, empresa privada ou governo).
Veja abaixo os mais conhecidos:

 CDB
 RDB
 CRA
 CRI
 Debêntures
 Debêntures incentivadas
 LC (Letra de Crédito)
 LCA
 LCI
 Letra Financeira
 Letra de Câmbio
 Títulos do Tesouro Direto

QUEM DEVE INVESTIR EM RENDA FIXA


A renda fixa é um investimento recomendado e muito procurado por
investidores que preferem conhecer previamente a rentabilidade do ativo e correr
poucos riscos. Ele se opõe à renda variável, por exemplo, que não possui uma regra de
rentabilidade estabelecida e oferece retornos e riscos maiores.

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Há quem tenha dúvidas se vale a pena investir em renda fixa diante de juros
baixos. Para quem está iniciando no universo dos investimentos e está com medo de
arriscar, essa opção ainda é bastante válida e segura.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
 Segurança
 Tributação da Renda Fixa
 Prazos de Investimento
 Remuneração da Renda Fixa

Segurança
Os títulos de renda fixa se dividem em públicos ou privados. Os títulos públicos,
por exemplo, são as aplicações mais seguras do país, pois se tratam do crédito
soberano. Já os títulos privados em sua grande maioria têm a proteção do Fundo
Garantidor de Crédito (FGC).

Tributação da Renda Fixa


A maioria dos títulos de renda fixa são tributados pelo Imposto de Renda e pelo
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Mas algumas exceções precisam ser
lembradas. É o caso dos CRI, CRA, Debêntures Incentivadas e alguns Fundos de Renda
Fixa. Estes títulos não sofrem a incidência de tributos.
Porém, para os demais títulos públicos e privados, o IR é cobrado e em determinadas
situações o IOF também. A tributação da renda fixa incide sobre a rentabilidade, de
forma regressiva, no momento do resgate do título.

Prazos de Investimento
Os títulos de renda fixa podem ser das mais variadas espécies. Então é possível
encontrar no mercado, aplicações que podem ser resgatadas a qualquer momento,
como é o caso do CDB de liquidez diária.
Mas também não é difícil encontrar títulos com prazos muito mais longos como o
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2050. Então, neste caso, o título seria resgatado
somente em 2050. Mas de forma geral, quanto mais tempo o investidor decide passar
com a sua aplicação intacta, maior tenderá a ser o seu retorno. Porém, é importante
lembrar ainda que muitos títulos oferecem a possibilidade de resgate antecipado.
Entretanto, nem sempre será uma boa alternativa em relação à rentabilidade.

Remuneração da Renda Fixa

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Uma das principais características dos títulos de renda fixa é oferecer a
previsibilidade de remuneração. Ou seja, apesar de a taxa de rentabilidade não ser
fixa, as regras de remuneração da rentabilidade são previamente definidas na hora da
contratação do título.
Assim, a remunerado se divide em três categorias:

 Juros prefixados;
 Juros pós fixados;
 Renda fixa híbrida.

TIPOS DE RENDA FIXA


A renda fixa pode ser um produto bastante variado, pois possui diversos tipos de
aplicações diferentes, porém com características similares.
Além disso, essa modalidade pode atender perfil de investidores distintos, os mais
conservadores que buscam segurança e previsibilidade, além dos mais arrojados.
Nesse sentido, é possível classificar os títulos de renda fixa em:

 Títulos públicos;
 Títulos privados.

TÍTULOS PÚBLICOS
O Tesouro Nacional é o responsável por lançar um programa que ganhou muita
popularidade nos últimos anos, o Tesouro direto. Ele é tão seguro quanto a poupança,
afinal, o governo é o emissor desse tipo de título, então os recursos captados com a
venda são destinados ao governo para financiar projetos públicos.
Existem diversas opções de títulos no Tesouro Direto onde o investidor poderá
escolher o prazo de sua aplicação de acordo com seus objetivos. No entanto, é possível
vender os títulos do Tesouro antes do prazo, porém com rendimentos que podem ser
inferiores ao esperado.
Assim, existem cinco títulos diferentes disponibilizados pelo governo:

 Tesouro Selic;
 Tesouro Prefixado;
 Tesouro Prefixado com Juros Semestrais;
 Tesouro IPCA+;
 Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais.
A diferença entre eles ocorre basicamente em função da rentabilidade e prazo de
resgate.

TESOURO SELIC
O Tesouro Selic oferece liquidez diária, então é possível resgatar o título a
qualquer momento. Essa remuneração está atrelada a taxa de juros básica da
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economia (taxa Selic). Então quanto maior a taxa Selic mais alta a rentabilidade. Por
esse motivo, ele costuma ser mais recomendado para investir na reserva de
emergência que todo investidor deveria ter.

TESOURO PREFIXADO
No tesouro prefixado a taxa de rentabilidade é determinada no momento da
contratação do título. Então se ficar com o título até o final do período combinado, irá
receber o que foi definido na contratação. É o investimento ideal para quem deseja
saber exatamente o valor que irá receber no final da aplicação.

TESOURO PREFIXADO COM JUROS SEMESTRAIS


Esse tipo de título é muito semelhante ao Tesouro Prefixado. Ou seja, o
investidor sabe exatamente qual a rentabilidade que ele vai ganhar. Porém, a
diferença fica por conta da forma como o investidor recebe essa rentabilidade.
No caso do Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, a rentabilidade é
adiantada, não precisa esperar até o vencimento para receber. Então, a cada seis
meses o investidor recebe rendimentos que são conhecidos como cupons semestrais.

TESOURO IPCA+
Este título pode ser classificado como um título híbrido. Isso significa que ele
paga uma taxa de juros fixa mais IPCA que estiver em vigor no momento do resgate.
Ele costuma ser usado por quem quer proteger seu dinheiro contra a inflação e ainda
receber juros.

TESOURO IPCA+ COM JUROS SEMESTRAIS


Já este tipo de título públicos é semelhante ao Tesouro IPCA+. A diferença
também fica por conta da rentabilidade, sendo paga a cada seis meses. É mais uma
opção para quem quer receber uma renda semestral. Mas agora com a vantagem de
ser corrigido pela inflação.
Lembrando que os títulos que pagam rentabilidade semestral sofrem a incidência de
IR, igualmente, a cada seis meses.

 Títulos privados
 CDB
 LCI/LCA
 Debêntures
 Letra de Câmbio
 CRI/CRA
 Fundos de Renda Fixa
 CDB

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O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos investimentos mais populares
da renda fixa. Nele o investidor empresta dinheiro para o banco e em troca disso
recebe juros pela aplicação em um determinado período.
Assim como a maioria dos investimentos em renda fixa, os CDBs também têm
garantia do FGC. Então o investidor pode contar com mais segurança na hora de
aplicar seu patrimônio. Além disso, a remuneração do CDB pode ser uma daquelas três
vistas anteriormente, ou seja, pode ser prefixada, pós fixada ou híbrida.
Quanto aos prazos, o investidor pode encontrar desde CDB de liquidez diária até
títulos com vencimentos superiores a três anos. L
LCI/LCA
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
são semelhantes ao CDB. Esses títulos ajudam a financiar os bancos, só que agora de
modo a alimentar o crédito imobiliário e o agronegócio. Assim como o CDB, a LCI e a
LCA também contam com a segurança do FGC. Mas elas têm uma vantagem adicional,
não sofrem a incidência de IR. Porém, a remuneração desse tipo de título costuma ser
um pouco inferior aos demais títulos.
Debêntures
A debênture é um instrumento de captação de recursos usados pelas empresas
para o financiamento de seus projetos. Em geral, as empresas emitem estes títulos
como alternativa ao financiamento bancário e dos acionistas. Ao contrário das
aplicações bancárias, esta aplicação não possui garantia do FGC. Com relação à
tributação, em geral, sofrem incidência de IR. Mas existem categorias especiais, como
as debêntures incentivadas, em que o investidor não precisa pagar o Imposto de
Renda.
Por fim, os prazos das debêntures variam entre o médio e longo prazo.
Letra de Câmbio
A Letra de Câmbio (LC) é muito semelhante ao CDB. Mas a principal diferença
entre elas é que a LC não é emitida por bancos e sim por financeiras. A rentabilidade
também é semelhante ao CDB e geralmente você encontrará títulos pós fixados e
híbridos no mercado. Mas as LC prefixadas também são emitidas, porém, em
quantidade muito inferior aos dois tipos citados acima. Além disso, ela conta com a
segurança do FCG, o que é uma tranquilidade a mais para o investidor.
Por fim, estes títulos também estão sujeitos a tributação regressiva do IR, assim
como a maioria dos títulos de renda fixa.
CRI/CRA
Outra aplicação pouco conhecida são os Certificados de Recebíveis Imobiliário
(CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Assim como a LCI e LCA, os

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recursos captados por esses títulos são destinados para o setor imobiliário e de
agronegócios. Porém, o CRI e o CRA não contam com garantia do FGC.
Além disso, também não sofrem incidência de Imposto de Renda. Além de
encontrar muito pouco desses títulos no mercado, geralmente eles pagam uma
rentabilidade pós fixada ou híbrida. Raros são os CRI e CRA de renda prefixada. Outra
forma de adquirir esse tipo de título é de forma indireta..

FUNDOS DE RENDA FIXA


Os Fundos de Renda Fixa não são uma aplicação de renda fixa, mas um veículo
para investir em produtos de renda fixa, como o Tesouro Direto e o CDB. Neste tipo de
fundo, praticamente todo o patrimônio líquido é investido em cotas de fundos de
investimento, ou diretamente em títulos públicos, ou privados.
Ao adquirir um fundo, o investidor vira cotista e estará confiando ao gestor a
tarefa de adquirir bons ativos de renda fixa, segundo o mandato do fundo. Um aspecto
importante a ser considerado é avaliar o desempenho do fundo em relação ao seu
índice de referência, ou benchmark. Essa é uma forma de você escolher um
investimento mais seguro, já que o fundo de renda fixa não tem a garantia do FGC.

VANTAGENS DA RENDA FIXA


A renda fixa é indicada para aquele investidor que busca diversificar sua
carteira, de forma segurança e rentável. Além disso, a renda fixa é a melhor opção
para o investidor que quer tirar seus recursos da poupança, mas que não se sente
seguro para investir em produtos arriscados. Como a renda fixa enfrenta diretamente
a poupança, ela consegue oferecer uma rentabilidade maior aliada a segurança.
Mas este tipo de investimento não se restringe apenas ao investidor
conservador. Até mesmo investidores com perfil mais arrojados costumam proteger
parte do seu dinheiro em investimentos na renda fixa. Investir em renda fixa
proporciona diversas vantagens ao investidor.

SUAS VANTAGENS
Rentabilidade: É mais atrativa que produtos bancários como poupança e título de
capitalização.
Baixa volatilidade: como títulos de renda fixa sofrem poucas oscilações do mercado
financeiro eles acabam oferecendo mais segurança ao investidor.
Previsibilidade: É possível saber exatamente quanto o título vai render no ato da
aplicação, para os casos em que ele for prefixado.
Diversificação: Oferecem uma série de produtos para diversificação de investimentos.

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DESVANTAGENS DA RENDA FIXA
Até agora, a renda fixa foi tratada como uma aplicação que está livre de riscos.
Mas isso está longe de ser verdade. O investidor que quiser resgatar estas aplicações
antes do vencimento poderá perder dinheiro. Esta situação pode ocorrer devido à
variação dos preços dos títulos no mercado secundário.

 Carência: alguns investimentos em renda fixa têm prazo de carência, não permitindo o
resgate antecipado. Nestes casos, se você precisar do dinheiro irá perder parte dos
rendimentos.
 Taxas: Dependendo do tipo de renda fixa que você escolher, o investimento poderá ter
uma série de taxas e tributos. Por exemplo, no Tesouro Direto há o IR o IOF e a taxa de
custódia que incidem sobre os rendimentos. Já nos Fundos de Renda Fixa existe a
incidência de taxa de administração. Então é importante estar bem informado antes
de escolher o investimento ideal.
 Risco de resgate: aplicações sem garantia, como debêntures, CRI e CRA, podem levar a
perdas totais da aplicação do investidor. Para aqueles investidores que não estão
familiarizados com este tipo de análise, talvez a opção de investir via fundos seja a
mais adequada.
 Risco do FGC: Mesmo as aplicações garantidas pelo FGC não são 100% livres de riscos.
Primeiramente, o FGC é um fundo com recursos limitados. E em uma situação de
estresse, existe a possibilidade de que não consiga honrar com seus compromissos.
Isto nunca aconteceu, é verdade. Mas o risco existe, ainda que seja pequeno.

RENDA VARIÁVEL
Em linhas gerais, investimentos de renda variável são aqueles cujo retorno é
imprevisível no momento do investimento. O valor varia conforme as condições do
mercado – e, consequentemente, a remuneração que as aplicações oferecem segue
esse mesmo princípio. É o oposto dos investimentos de renda fixa. Nesse caso, o
cálculo da remuneração é previamente definido e conhecido desde o momento da
aplicação. Basta pensar no funcionamento dos títulos públicos negociados no Tesouro
Direto.

TIPOS DE INVESTIMENTO EM RENDA VARIÁVEL

Existem diversos produtos disponíveis para investir em renda variável, dos mais
simples aos mais sofisticados. Cada um deles têm características próprias de risco e
liquidez. A escolha do mais adequado para cada investidor depende de uma avaliação
prévia criteriosa. Conheça os tipos de investimento em renda variável mais comuns no
mercado:

Ações

Negociadas na bolsa de valores, as ações são a menor parcela do capital de


uma empresa. Quem compra ações se torna sócio da companhia e, por isso,

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compartilha os lucros que ela obtém. São a maneira mais conhecida de investir em
renda variável.

Há duas formas de lucrar investindo em ações. A primeira é com a distribuição


de dividendos, que são uma parte do lucro que as empresas distribuem aos acionistas.
Pelo menos 25% dos ganhos devem ser destinados ao pagamento de proventos. A
segunda forma se dá por meio da valorização dos papéis na bolsa de valores.

Fundos Imobiliários (Fiis)

Um fundo imobiliário reúne investidores interessados em aplicar em conjunto


no mercado imobiliário. O mais comum é que o dinheiro seja usado na construção ou
na aquisição de imóveis, depois locados ou arrendados. Os ganhos dessas operações
são divididos entre os participantes, na proporção em que cada um aplicou. Os FIIs
podem ter as cotas negociadas no pregão da B3.

Algumas pessoas acreditam que os fundos imobiliários são investimentos de


renda fixa, por conta da distribuição regular de rendimentos mensais que muitos deles
oferecem – e que lembra o funcionamento de alguns títulos públicos.

ETFS

Exchange Traded Funds é o nome completo dos ETFs, também conhecidos


como “fundos de índices”. Eles são fundos que replicam a composição de índices
financeiros – como o Ibovespa ou o IBrX – e têm as cotas negociadas no pregão da
bolsa, como as ações. Seu objetivo é oferecer aos investidores uma alternativa para
investir em carteiras praticamente idênticas às principais referências do mercado.

Opções

Uma opção representa o direito de comprar ou vender uma ação (ou um outro


ativo) em uma data futura específica e por um preço preestabelecido. É como se fosse
um contrato, classificado como “derivativo”, já que o preço da opção deriva do preço
do ativo a que ela se refere. Trata-se de um mercado grande e muito dinâmico. Uma
opção pode ser utilizada como hedge – ou seja, como uma proteção no mercado
futuro para os investimentos realizados no mercado à vista. Imagine alguém que
comprou as ações de uma empresa e tem receio de que as cotações recuem no futuro.

Câmbio

O investimento em câmbio envolve aplicações baseadas em moedas. Esse tipo


de produto costuma ser considerado uma opção para diversificar a carteira e,
principalmente, para proteger o patrimônio das oscilações da economia brasileira. Há
muitas formas de fazer isso. Existem, por exemplo, fundos cambiais, que mantêm pelo
menos 80% do patrimônio investido em ativos relacionados a moedas. Seu principal
fator de risco é a flutuação de preço de moedas estrangeiras ou a variação do cupom
cambial.

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Futuros

Esses contratos são negociados no pregão da B3. Assim como os futuros de


dólar, que podem ser usados para investir em câmbio, eles são acordos de compra ou
venda de ativos variados, a um preço fechado, em uma data futura. Na bolsa brasileira,
existem futuros de milho, café, soja, boi gordo, Ibovespa e até S&P 500, um dos
principais índices de ações do mercado americano.

FUNDOS DE INVESTIMENTO
Vários tipos de fundos permitem investir em renda variável. Os de ações são os
exemplos mais comuns. Trata-se de carteiras que, por definição, aplicam no mínimo
dois terços do patrimônio em ações negociadas em mercados organizados, como
bolsas de valores, ou em outros ativos relacionados a esse segmento (como recibos de
subscrição, cotas de outros fundos de ações ou BDRs, que são recibos de ações
estrangeiras.
Os fundos de ações são considerados maneiras simples de investir em renda
variável, porque quem se responsabiliza por decidir que papéis comprar ou vender é
um gestor profissional. Isso, é claro, tem um custo. Há cobrança de taxa de
administração – e, em alguns casos, taxa de performance também.

Criptomoedas
Categoria recente de ativo financeiro, as criptomoedas são moedas virtuais não
produzidas ou controladas pelos bancos centrais. Elas são, verdadeiramente, códigos
que podem ser convertidos em valores. Sua criação se dá por meio de uma rede
descentralizada de pessoas que, em seus servidores, registram as transações realizadas
com essas moedas. São protegidas por criptografia e pela tecnologia de blockchain.
É possível investir em criptomoedas – entre as quais o bitcoin é a mais
conhecida – por meio de corretoras especializadas. Também existem fundos de
criptomoedas. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permite que os
fundos façam aplicações indiretas, por meio de cotas de outros fundos ou de
derivativos no exterior (desde que sejam regulamentados em seu país).

VANTAGENS E DESVANTAGENS DE INVESTIR EM RENDA VARIÁVEL


A principal vantagem de investir em renda variável é a possibilidade de obter
um retorno maior que o da renda fixa. Isso acontece quando o humor do mercado está
favorável e as empresas emissoras das ações e dos outros instrumentos crescem e
avançam nos seus segmentos. A contrapartida é o risco mais alto. Na renda variável,
não existe qualquer tipo de garantia de que o melhor cenário acontecerá, ao passo

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que, na renda fixa, as condições de remuneração são claramente estabelecidas desde
o início.
Os mercados de renda variável também oscilam bastante. Pense na bolsa de
valores: um dia, o Ibovespa sobe, no outro, cai. É assim o tempo todo. Portanto, é
necessário estar com os nervos preparados para lidar com a instabilidade do mercado
constantemente. Por outro lado, existe uma variedade grande de ativos no mercado
de renda variável. Assim, é possível investir em produtos e segmentos que atendam
especificamente os objetivos de cada investidor.

MOMENTO CERTO PARA COMEÇAR A INVESTIR EM RENDA


VARIÁVEL

É muito difícil estabelecer a melhor hora para fazer um investimento em renda


variável. Via de regra, os melhores resultados são obtidos comprando ações quando
elas estão desvalorizadas e vendê-las mais tarde, quando os preços tiverem subido.
Vários investidores passam muito tempo tentando descobrir o momento exato
em que uma ação está no seu preço mais baixo, para então adquirir o papel. Os
especialistas, no entanto, não costumam recomendar tanta dedicação a isso. É
praticamente impossível saber quando uma ação caiu tudo o que poderia. Por isso, em
vez de focar em acertar esse ponto específico, o mais indicado é comprar aos poucos,
gradativamente.
Assim, o investidor talvez deixe de negociar o papel no seu ponto mais baixo,
mas também evita perder uma boa oportunidade de investimento por esperar demais.
Comprando aos poucos, é possível fazer um preço médio e conseguir um retorno
interessante (na média) ao longo do tempo.

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CONCLUSÃO

Em suma, Investimento financeiro é a aquisição de um ativo do mercado que


tenha natureza estritamente financeira, isto é, ativos não-físicos e não-intangíveis,
como ações, CBDs, Letras de Crédito, commodities, entre outros

Vantagens da Renda Fixa


Rentabilidade: É mais atrativa que produtos bancários como poupança e título de
capitalização.
Baixa volatilidade: como títulos de renda fixa sofrem poucas oscilações do mercado
financeiro eles acabam oferecendo mais segurança ao investidor.
Previsibilidade: É possível saber exatamente quanto o título vai render no ato da
aplicação, para os casos em que ele for prefixado.
Diversificação: Oferecem uma série de produtos para diversificação de investimentos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://viverdeinvestimento.com/educacao-financeira
http://minhaseconomias.com.br/educacao-financeira
http://www.chbcredito.com.br/invest
https://www.xpi.com.br/
https://www.easynvest.com.br/
https://www.agorainvest.com.br/aprenda-a-investir/guia-investidor/iniciante/
pqinvestir.asp

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