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AULA 1

ADMINISTRAÇÃO
DE CARTEIRAS

Profª Ana Paula Mussi Szabo Cherobim


INTRODUÇÃO

As velhas, boas e tradicionais carteiras de dinheiro nomeiam o conjunto de


moedas e aplicações financeiras de um indivíduo, uma família, uma empresa ou
um fundo de investimento. Qualquer reunião de recursos financeiros, desde a
mais tradicional caderneta de poupança, até as contemporâneas criptomoedas,
pode ser chamada de carteira de investimento.
Este é o objeto de estudo dessa caminhada: os investimentos financeiros.
Vamos aprender o que é investimento, distinguir entre investimentos financeiros
e em ativos reais e compreender os mercados de trocas de recursos. Nessa etapa,
investigamos a origem dos produtos financeiros e sua relação com os
investimentos; e apresentamos o Sistema Financeiro Nacional e quais os
requisitos para você, ou terceiros, administrar uma Carteira de Investimentos.

TEMA 1 – CONCEITO DE CARTEIRA DE INVESTIMENTO

Carteira de investimento é a reunião de ativos financeiros de uma pessoa


ou organização. Usualmente, existe uma tese de investimento para auxiliar na
escolha dos ativos a fazerem parte dessa carteira. Conforme Keynes (1988),
existem três motivos para alguém guardar recursos: o motivo da transação, a
precaução e a especulação. Nessa obra clássica da macroeconomia, o autor
justifica a necessidade de guardar recursos financeiros para realizar trocas, a
transação; dispor de recursos para emergências, a precaução; e guardar recursos
para o futuro e aumentar seu patrimônio, a especulação.
Portanto, a reunião de ativos financeiros acontece com vistas a manter e
melhorar o padrão de consumo no futuro. Quem monta uma carteira de
investimento é o investidor. Sua escolha depende das suas condições de vida,
das suas perspectivas futuras e do seu perfil de investidor.
As carteiras de investimento podem conter qualquer tipo de ativo:
caderneta de poupança, títulos públicos, papéis de empresas e de bancos, ações,
moedas estrangeiras, criptomoedas, enfim as alternativas de investimento são
muitas.
Os ativos reais também se caracterizam como investimento, mas
normalmente não são considerados dentro do conceito de Carteira de
Investimento.

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A teoria financeira e o mercado usam as expressões Carteira de
Investimento, Carteira de Ativos, Portfólio de Investimentos, ou apenas Portfólio.

TEMA 2 – O QUE É INVESTIMENTO FINANCEIRO? POR QUE É DIFERENTE DE


ATIVOS REAIS?

São considerados investimentos financeiros todos os ativos, papéis e


títulos que representem riqueza material e valor econômico para quem os detêm,
sem, contudo, ter capacidade para produzir bens e serviços.
Os investimentos financeiros representam valor; têm capacidade para
gerar mais valor, por meio do recebimento de juros, dividendos, bonificações,
aumento do valor de troca; têm capacidade para preservar patrimônio e facilitar
as trocas de bens e serviços. Contudo, não conseguem satisfazer diretamente
necessidades humanas básicas de alimentação, moradia, segurança e saúde.
Conseguem comprar bens e serviços para satisfazer essas necessidades. Em
função dessa característica de se constituírem como meio de troca, diferem dos
investimentos em ativos reais. Uma casa pode ser um investimento, porque é uma
reserva de valor, pode gerar renda, por meio do aluguel e pode ser vendida por
valor acima do valor de aquisição, gerando ganho de capital. Mas também serve
de moradia. Um terreno, da mesma forma: é uma reserva de valor, pode gerar
renda por meio do arrendamento e pode ser vendido com ganho de capital. No
entanto, pode também ser utilizado por seu proprietário para plantar grãos, frutas,
verduras e/ou criar animais; ou seja, consegue produzir alimento.
O nosso tema são as carteiras de investimento em ativos financeiros, mas
não podemos ignorar a capacidade dos ativos reais de representar bons
investimentos.

2.1 Ativos Financeiros

A prática do mercado financeiro usa as expressões brasileiras papéis,


títulos, contratos e, em inglês, bonds e equity para expressar os documentos que
registram as operações relacionadas aos investimentos financeiros. A Lei n.
6.385/1976 relaciona os principais títulos e contratos e os caracteriza como
Valores Mobiliários. Posteriormente, a Lei n. 10.198/2001 conceitua os valores
mobiliários como “são valores mobiliários, quando ofertados publicamente,
quaisquer títulos ou contratos de investimentos coletivo que gerem direito de

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participação, de parceria, remuneração, inclusive resultante de prestação de
serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros”.
Em 2022, podemos apresentar como Valores Monetários, o disposto no art.
2º da Lei n. 6.385/1976, a partir da redação da Lei n. 10.303/2001:

Art. 2º São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei:

I - as ações, debêntures e bônus de subscrição;

II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de


desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso II;

III - os certificados de depósito de valores mobiliários;

IV - as cédulas de debêntures;

V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de


clubes de investimento em quaisquer ativos;

VI - as notas comerciais;

VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos


subjacentes sejam valores mobiliários;

VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos


subjacentes; e

IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou


contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de
parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de
serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de
terceiros.

Parágrafo 1º Excluem-se do regime desta Lei:

I - os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;

II - os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira,


exceto as debêntures

Depois, quando falarmos sobre Composição das Carteiras, nós vamos


detalhar cada um desse produtos financeiros e adicionar ao nosso estudo outras
formas de investimento financeiro não considerados Valores Mobiliários: os títulos
públicos, a caderneta de poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), as
Letras de Crédito Imobiliário, Letra Hipotecária, Letra Financeira e outros mais
complexos, como as cotas de fundo de investimento em moeda, câmbio, ouro e
outros metais e criptomoedas.

2.2 Ativos Reais

No estudo de Carteiras de Investimento, pouco se discute do tradicional


investimento em ativos reais. Para as empresas, a decisão de investimento está

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na operacionalização do Planejamento Estratégico e em seus planos de
expansão: quer seja por meio de fusões e aquisições de concorrentes,
fornecedores e outros agentes da cadeia produtiva; quer seja por meio do
crescimento autóctone construindo novas plantas, novas lojas e adentrando novos
mercados. Isso é objeto de estudo da Análise de Investimento em Projetos. Mas
a Decisão de Financiamento desses projetos está relacionada às carteiras de
investimento, porque esses projetos podem ser financiados por meio de emissão
de ações, debêntures e outros valores mobiliários; ou ainda, retenção de lucros.
Para as pessoas físicas, o investimento em ativos reais se caracteriza na
aquisição de imóveis comerciais, lojas e barracões industriais; imóveis
residenciais, casas, apartamentos, flats com o objetivo de obter venda de aluguel
e/ou vender com ganho de capital no futuro. Menos usual é o investimento em
ouro em barras ou outros minérios de alto valor. Aqui cabe destacar a importância
do valor de revenda desses ativos: para os imóveis, analisar a localização e o
potencial de valorização, ou não; para os metais preciosos, diferenciar entre joias
e barras comercializáveis em corretoras.

TEMA 3 – DE ONDE SURGEM OS PRODUTOS FINANCEIROS PARA COMPOR


A CARTEIRA DE INVESTIMENTO? INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA E O
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Voltamos ao conceito de Economia como a ciência responsável por estudar


como satisfazer necessidades humanas ilimitadas, com o uso de recursos
escassos. De pronto, identificamos a necessidade de ocorrerem trocas. Ao trocar
os recursos entre si, encontramos agentes com recursos em excesso, desejando
trocar não apenas por bens e serviços para consumo imediato, mas também para
formar uma reserva de valor para adquirir outros bens e serviços no futuro. A
esses chamamos de Agentes Superavitários. Estão em busca de boas
oportunidades de investimento. Em face da riqueza e variedade de atividades
humanas, outros agentes têm oportunidade para produzir bens e prestar serviços,
desenvolver novas tecnologias e, até mesmo, a liberdade para antecipar um
consumo. Caracterizam-se, portanto, pela necessidade de recursos. São Agentes
Deficitários, estão em busca de recursos hoje e desenvolvem projetos para
devolver esses recursos amanhã.

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3.1 Intermediação Financeira

Em função da diversidade de expectativas, horizontes de investimento e


expectativas, essas trocas não conseguem ser realizadas diretamente entre os
agentes; surge, portanto, um ambiente de trocas, chamado de mercado financeiro.
O mercado financeiro é a reunião das atividades necessárias para os
recursos fluírem entre os agentes superavitários e deficitários de forma regular,
segura e com remuneração adequada às partes envolvidas.
As negociações de diferentes papéis e títulos acontecem com diferentes
prazos, remunerações, garantias e nível de risco; surgem, portanto, mercados
específicos, genericamente classificados como: mercado monetário, mercado de
crédito, mercado de capitais e mercado de câmbio.
Como qualquer atividade humana em sociedade, alguém precisa organizar
esses relacionamentos; o governo toma para si essa organização, interferindo
mais diretamente nas economias mais intervencionistas e deixando os agentes
agirem com mais autonomia, nas economias mais liberais. No Brasil, o Sistema
Financeiro Nacional (SFN) abarca essa organização e contempla todos os
mercados.

3.2 Sistema Financeiro Nacional

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto de


entidades e instituições que promovem a intermediação financeira, isto
é, o encontro entre credores e tomadores de recursos. É por meio do
sistema financeiro que as pessoas, as empresas e o governo circulam a
maior parte dos seus ativos, pagam suas dívidas e realizam seus
investimentos.

O SFN é organizado por agentes normativos, supervisores e


operadores. Os órgãos normativos determinam regras gerais para o bom
funcionamento do sistema. As entidades supervisoras trabalham para
que os integrantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos
órgãos normativos. Os operadores são as instituições que ofertam
serviços financeiros, no papel de intermediários. (Banco Central do
Brasil)

A intermediação financeira no Brasil é regulada pelo governo federal, por


meio de órgãos normativos, a saber:

• CMN – Conselho Monetário Nacional: regulamenta moeda, crédito, capitais


e câmbio;
• CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados: regulamenta Seguros
Privados e Previdência Complementar;

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• CNPC – Conselho Nacional de Previdência Complementar: regulamenta a
previdência fechada, conhecida por Fundos de Pensão.

A fiscalização dos agentes financeiros é realizada por órgãos supervisores,


conforme o tipo de intermediação.

• Banco Central do Brasil: fiscaliza instituições e operações de Moeda e


Crédito (Bancos e Caixas Econômicas, Cooperativas de Crédito,
Instituições de Pagamento, Administradoras de Consórcios, Corretoras e
Distribuidoras, demais instituições não bancárias).
• Comissão de Valores Mobiliários: fiscaliza instituições e operações do
mercado de capitais (Bolsas de Valores e Bolsas de Mercadorias).
• Superintendência de Seguros Privados (Susep): fiscaliza as seguradoras,
as entidades de previdência privada e as sociedades de capitalização.
• Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc):
fiscaliza as entidades fechadas de previdência complementar.

TEMA 4 – O QUE É ADMINISTRAÇÃO DE CARTEIRAS?

A administração de Carteiras de Investimento é a gestão dos ativos


financeiros de uma pessoa ou organização.

4.1 Conceitos

A administração de carteiras envolve desde o estabelecimento de uma tese


de investimento, de acordo com o perfil do investidor, a escolha dos ativos, o
acompanhamento da relação risco versus retorno de cada um dos ativos, e a
decisão de tirá-los da carteira, por meio da venda desses papéis e a de decisão
de comprar outros papéis.
A administração de carteira pode ser feita pelo próprio investidor, com base
em seu conhecimento de mercado, disponibilidade de tempo e de recursos,
acesso a plataformas de negociação e/ou instituições financeiras e,
principalmente, em função da sua segurança para a tomada de decisão de
investimento.
O mais usual é dispor de um profissional para fazer essa gestão, o qual vai
usar as ferramentas mais adequadas para análise da relação risco versus retorno
dos investimentos:

• Teoria das Carteiras de Markowitz ou Portfólio Selection;


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• Teoria do Trade Off;
• Teoria do Market Timing; e
• Capital Asset Pricing Theory (CAPM).

Essas teorias foram sendo desenvolvidas ao longo do século XX e


adotadas por profissionais do mercado financeiro, na medida em que crises
econômicas causaram muitos prejuízos para os investidores. Em especial, para
os investidores mais preocupados em maximizar retornos, menosprezando a
análise dos diferentes tipos de risco envolvidos em uma aplicação financeira.
A gestão profissional de carteiras tende a maximizar retornos, reduzindo
riscos!

4.2 Formalização

As pessoas interessadas em trabalhar com análise de carteiras de


investimentos de terceiros no Brasil precisam demonstrar conhecimento técnico e
profissional sobre o assunto, além de se comprometerem a atuar de forma ética.
Precisam, portanto, da certificação CFPr a qual é obtida após a realização de uma
prova de conhecimentos técnicos, adesão ao Código de Conduta Ética e
Responsabilidade Profissional, comprovar formação educacional e experiência na
área de investimentos financeiros.
A Planejar detém o monopólio dessa certificação no Brasil. Além desta,
existem outras certificações a serem obtidas pelo profissional para atuar no
mercado financeiro.

4.2.1 Certificações

Além da CFPr, outras certificações são necessárias ao analista de Valores


Mobiliários no Brasil e em vários países do mundo. Desta forma, a Administração
de Carteiras não demanda apenas o conhecimento das ferramentas de análise do
papel, da análise micro e macroeconômica, da legislação e do ambiente
regulatório. É necessário também apresentar os credenciamentos e as
certificações exigidas.
Desde 2003, a Instrução CVM 388 disciplina a profissão de Analista de
Valores Mobiliários. Em setembro de 2022, a Resolução CVM 20, de 25 de
fevereiro de 2021 descreve as atividades, suas responsabilidades e os

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credenciamentos e as certificações necessárias para o profissional autônomo e
para as instituições financeiras, conhecidas por “Casas de Análise”.
As principais certificações do mercado atualmente são as que se seguem.

• CPA-10 Certificação Profissional ANBIMA série A: é destinada aos


profissionais que atuam na distribuição de produtos de investimento em
agências bancárias ou plataformas de atendimento.
• CPA-20 Certificação Profissional ANBIMA série 20: é destinada aos
profissionais que atuam na distribuição de produtos de investimento para
clientes dos segmentos varejo alta renda, private, corporate e investidores
institucionais em agências bancárias ou em plataformas de atendimento.
• CEA - Certificação ANBIMA de especialistas de investimento: é uma
certificação que habilita profissionais do mercado financeiro a atuarem
como especialistas em investimentos.
• CFG - Certificação ANBIMA de fundamentos de gestão: uma certificação
para quem quer iniciar ou acelerar sua carreira na área de gestão de
recursos de terceiros. O profissional certificado tem o conhecimento da
base técnica do setor que é diferencial para ocupar diversos cargos em
empresas de asset management.
• CGA - Certificação de gestores ANBIMA: habilita profissionais a atuar com
gestão de recursos de terceiros em fundos de investimento de renda fixa,
ações, cambiais, multimercados, carteiras administradas e fundos de
índice. Ela é obrigatória para quem ocupa cargos com poder de decisão de
compra e venda dos ativos financeiros que integram as carteiras desses
veículos de investimento.
• CGE - Certificação de gestores ANBIMA para Fundos Estruturados: o
profissional certificado poderá ser gestor de Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios (FIDC), Fundos de Investimento Imobiliários (FII),
Fundos de Investimento em Participações (FIP) e Fundos de Índice. Esta
certificação é obrigatória para quem ocupa cargos com poder de decisão
de compra e venda dos ativos financeiros que integram as carteiras desses
veículos de investimento. A CGE ainda não é aceita para fins de
credenciamento na CVM.

A principal fonte de informações, cursos e obtenção da certificação é a


Associação Brasileira das Entidades dos Mercado Financeiro e de Capitais
(Anbima). Ser um profissional certificado ou contratar um para a Administração da
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Carteira de investimento pode trazer mais segurança à gestão do patrimônio; no
entanto, isso não é garantia de maximização de retorno da sua carteira. A
fiscalização formal se refere a teste de conhecimentos e adequação legal e fiscal
do agente apenas.
Se você trabalha ou pretende atuar profissionalmente no mercado
financeiro, deve procurar obter essas certificações. Isso será um diferencial em
seu currículo.

4.2.2 Autorizações CVM e BC

Para acompanhar as legislações e normas da intermediação financeira e,


mais especificamente, a Administração de Carteiras, é interessante acompanhar
as legislações e as alterações das leis relacionadas a seguir.
Principais leis e normas

• Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965 – disciplina o mercado de capitais e


estabelece medidas para o seu desenvolvimento;
• Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976 – dispõe sobre o mercado de
valores mobiliários e cria a Comissão de Valores Mobiliários;
• Resolução n. 1.655, de 26 de outubro de 1989 – disciplina a constituição, a
organização e o funcionamento das sociedades corretoras de valores
mobiliários;
• Resolução n. 1.120, de 4 de abril de 1986 – regulamenta a constituição,
organização e o funcionamento das sociedades distribuidoras de títulos e
valores mobiliários;
• Resolução n. 3.568, de 29 de maio de 2008 – dispõe sobre o mercado de
câmbio e dá outras providências;
• Decisão Conjunta n. 17, de 02 de março de 2009 – autoriza as sociedades
distribuidoras de títulos e valores mobiliários a operar diretamente nos
ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa
de valores (Banco Central do Brasil).

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TEMA 5 – PRÁTICAS: QUAIS OS REQUISITOS PARA SER UM
ADMINISTRADOR DE CARTEIRAS

Nós ainda estamos em uma fase “burocrática” da administração de


carteiras. No entanto, você já dispõe de informações necessárias para começar a
atuar como Administrador de Carteiras.
Relacione o conteúdo da primeira coluna com a segunda, a partir das
informações adquiridas nesta etapa.

1. Alguém faz a sua própria gestão de carteiras. Consulta as oportunidades


de investimento e seleciona os ativos a serem comprados, quando dispões
de recursos livres.
2. Ao longo da vida, alguém aplica recursos na caderneta de poupança e
adquire terrenos, constrói quitinetes e lojas e pretende viver da renda de
aluguel quando chegar “na melhor idade”.
3. O fundo de pensão da Empresa Brasil Transportes está em busca de boas
oportunidades de investimento em ações para aumentar a rentabilidade da
carteira de investimento do fundo.
4. A empresa Lourdes SA resolve fazer uma emissão de ações para captar
recursos para financiar o projeto de expansão das suas lojas para outras
regiões do país.
5. Você quer trabalhar em bancos e outras instituições financeiras,
oferecendo produtos financeiros para o público em geral.
6. A instituição financeira onde você trabalha oferece uma oportunidade de
ascensão na carreira para você trabalhar no atendimento a clientes de alta
renda e Family Office.
7. Onésimo é transferido para a equipe de Administração de carteira de um
Banco de Investimento que oferece Fundos de Investimento de Renda
Variável.
8. Desidério cria um canal no YouTube sobre finanças pessoais. Informa seu
público sobre como guardar dinheiro para o futuro, quais aplicações
financeiras são mais interessantes e vende a assinatura mensal de um
aplicativo para fazer aplicações financeiras.

( ) Administração Independente de Carteiras;


( ) Desidério precisa fazer a certificação CFPr;
( ) Agente Deficitário;

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( ) Onésimo precisa fazer a certificação CGA;
( ) Administração independente de Carteira de investimentos, com ativos
reais;
( ) Agente Superavitário;
( ) Você procura fazer a certificação CPA 10;
( ) Você precisa fazer a certificação CPA 20.
A resposta está na seção Gabarito, após as Referências.

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REFERÊNCIAS

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Finance, n. 57, v. 1, p. 1-32, 2002. Disponível em:
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2022.

BLACK, F.; JENSEN, M. C.; SCHOLES, M. The Capital Asset Pricing Model: some
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Praeger, p. 79-121 1972. Disponível em:
<https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=908569>. Acesso em: 25
set. 2022.

CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Análise de investimento: histórico,


principais ferramentas e mudanças conceituais para o futuro. Associação de
Analistas Profissionais de Investimentos no Mercado de Capitais. Coleção TOP
CVM. Rio de Janeiro. 2017. Disponível em:
<https://www.investidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/p
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_____. Planejamento Financeiro Pessoal. Associação Brasileira de


Planejadores Financeiros. Coleção TOP CVM. Rio de Janeiro. 2019. Disponível
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FAMA, E. F.; FRENCH, K. R. Testing Trade-Off and Pecking Order Predictions


about Dividends and Debt. Review of Financial Studies, n. 15, p. 1-33, 2002.

KEYNES, J. M. Teoria geral do emprego, juro e moeda. 1. ed. São Paulo: Nova
Cultural, 1988. Coleção Os Economistas.

MARKOWITZ, H. Portfolio Selection. Journal of Finance, v. 7, n. 1, p. 77-91,


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<https://www.investidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/p
ublicacao/Livro/livro_TOP_planejamento_financeiro_pessoal.pdf>. Acesso em:
25 set. 2022.

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GABARITO

Resposta: 1, 8, 4, 7, 2, 3, 5, 6.

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