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DEFINIÇÃO
Todos os títulos descritos na lei são distintos entre si, mas compartilham o fator
risco, que pode levar a inadimplência por parte dos devedores, por decorrência
de inúmeros fatores, nunca por uma aleatoriedade eventual. Este risco pode
possibilitar altos ganhos ou severas perdas, já que a garantia de resultados
positivos, não é garantida. Consequentemente, a institucionalização do mercado
de valores mobiliários por meio do Estado, semelhante ao conceito de Security
do direito Norte-americano, se torna essencial para proteger os investidores.
Ações
A lei das Sociedades Anônimas institui que no mínimo 25% do lucro líquido
sejam distribuídos na forma de dividendos, posterior a realização de reservas
permitidas por lei, elas sejam obrigatórias ou eletivas. A companhia também
pode decidir por distribuir o todo o lucro líquido ou reter uma parcela para
financiar futuras operações ou financiar investimentos com recursos sócios.
Em termos práticos, empresas distribuem juros sobre o capital próprio para obter
vantagens fiscais, já que este pode ser lançado como despesa, logo, reduzindo
o lucro tributável, considerando os métodos de cálculo do regime tributário do
Lucro Real, onde essas companhias são obrigadas a pertencer.
Ademais, uma empresa que negocia na bolsa precisa seguir exigências legais e
institucionais do CVM perante a divulgação de um conjunto básico de
informações, como relatórios da administração, demonstrações financeiras
anuais e respectivo parecer de auditoria; demonstrações financeiras
padronizadas, de acordo com o IFRS e as normas contábeis internacionais;
informações trimestrais; assembleia geral ordinária e extraordinária e afins.
Sempre com intuito de manter a transparência, ceder informações claras aos
sócios e ao CVM se torna obrigação primordial de qualquer sociedade por ações.
(CVM, 2019)
Bônus de Subscrição
Quando uma empresa decide aumentar seu capital por meio de emissão de
ações, os acionistas atuais possuem direito de preferência por determinado
período, não inferior a trinta dias, na aquisição de novas ações na proporção
percentual equivalente sua posição acionária, a um preço inferior ao preço
vigente no mercado.
Debêntures são títulos de dívida privada emitidos por sociedades anônimas por
ações, exceto instituições financeiras, que conferem aos seus titulares direitos
de crédito contra a companhia emissora. Geralmente são usadas na captação
de recursos a longo prazo, usualmente para gerenciar dívidas, financiamento de
grandes projetos ou capital de giro.
Os detentores das cotas são os cotistas, estes têm direito de acesso a todas as
informações relativas ao fundo, como: patrimônio, histórico de rentabilidade,
balanço contábil, composição da carteira e afins. Vale ressaltar que, a CVM
autoriza que existam fundos de investimento destinados de forma exclusiva para
investidores qualificados.
De acordo com a instrução CVM 555, os fundos são classificados entre: Renda
Fixa, Ações, Multimercado e Cambial.
Renda fixa - Simples: é conhecido como “fundo simples”, pois tem fácil acesso,
pequeno custo de administração e baixo risco. Este tipo de fundo deve investir
no mínimo 95% de seu patrimônio em títulos público federais, operações
compromissadas neles lastreadas, ou títulos de instituições financeiras que
possuem classificação de risco equivalente àqueles dos títulos públicos federais;
Renda fixa - curto prazo: são fundos que investem recursos exclusivamente em
títulos públicos federais ou privados de baixo risco com prazo máximo médio da
carteira inferior a 60 dias. Sua rentabilidade está vinculada às taxas SELIC ou
CDI;
Notas Comerciais
São títulos de dívida de curto prazo emitidos por sociedades anônimas abertas
ou fechadas, semelhante a notas promissórias, todavia com suas peculiaridades.
Também conhecidos no mercado como commercial papers, são amplamente
utilizados para financiar projetos de curto prazo ou necessidade urgente de
capital de giro.
Toda emissão de notas comerciais deve ser registrada na CVM e acolhida por
uma instituição financeira que ficara responsável por estruturar e coordenar o
processo de emissão deste valor mobiliário.
A partir disso, os recursos devem ser pagos pelo agente deficitário conforme o
prazo estipulado em condições estabelecidas. A remuneração do título pode ser
pré-fixada o pós-fixada. Tem o prazo mínimo de resgate de 30 dias, o máximo
pode variar de acordo com o tipo societário da companhia, variando de 180 à
360 dias.
Não tem uma garantia real de pagamento, mas pode ser garantido por fiança
bancária em seletos casos. Oferece boa liquidez ao agente deficitário, por ter
custos inferiores a empréstimos bancários, porém representa alto risco ao
investidor que não tem a garantia de recebimento por parte da companhia.
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