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VALORES MOBILIÁRIOS

DEFINIÇÃO

Em termos práticos, valores mobiliários são investimentos oferecidos ao público,


onde o agente superavitário ou poupador, cede recursos para agente deficitário,
onde sua aplicação é feita em dinheiro, bens ou serviços da pretensão de lucro.
Sua finalidade é a captação de recursos e ao contrário dos bancos, não possui
intermediação em sentido estrito. Entretanto, conceito de valor mobiliário não é
perfeitamente definido por lei, pois a ela não diz o que é, e sim quais são os
valores mobiliários, isto acontece pois sua finalidade é regulatória, ou seja, os
títulos prescritos na lei N° 6.385/1976 como valores mobiliários serão regulados
pela Comissão de Valores Mobiliários (CMV), que entre outras atribuições,
fiscalizará a emissão e circulação de títulos enquadrados como valores
mobiliários, logo, delimitando o campo de atuação do Governo e evitando falhas
de mercado, como informações assimétricas em casos de valoração artificial de
ações, o que pode acarretar em graves danos aos credores.

Todos os títulos descritos na lei são distintos entre si, mas compartilham o fator
risco, que pode levar a inadimplência por parte dos devedores, por decorrência
de inúmeros fatores, nunca por uma aleatoriedade eventual. Este risco pode
possibilitar altos ganhos ou severas perdas, já que a garantia de resultados
positivos, não é garantida. Consequentemente, a institucionalização do mercado
de valores mobiliários por meio do Estado, semelhante ao conceito de Security
do direito Norte-americano, se torna essencial para proteger os investidores.

A partir disso, ao contrário do Security dos Estados Unidos da América, nossa


legislação que compete ao mercado de capitais veio como um estímulo para o
crescimento deste mercado e aumento das negociações, como visto no começo
da década de 2000, por meio da lei n°10.198/2001. Vale lembrar que, este
conceito de valor imobiliário evolui de acordo com os avanços do mercado,
assim, se deve atentar ao fato que a caracterização dos elementos que o
constituem poderá ser usada em casos mais complexos e se necessário, a
legislação pode ser atualizada, como aconteceu em outros países a décadas
atrás.
TIPOS DE VALORES MOBILIÁRIOS

A lei 6.385/1976 prescreve quais são os valores mobiliários sujeitos ao regime


desta lei. Cabe ressaltar que, títulos renda variável são de médio a alto risco, as
quais os investidores assumem por integral, pois envolvem operações muitas
vezes complexas, estas vulneráveis a volatilidade do mercado e possíveis crises
econômicas internas ou externas; mudança em benchmarks, cotação cambial e
afins interferem no nível de risco que o investidor assume, deste modo, em tese,
quando maior o risco, maior rentabilidade. Por se tratar de títulos distintos e com
suas respectivas peculiaridades, ambas são tratadas de diferentes formas pelo
CVM. De tal maneira, alguns valores mobiliários são mais disseminados no
mercado, como os seguintes títulos:

Ações

Uma ação representa a menor parcela do capital social de uma companhia ou


sociedade anônima. É um título patrimonial, portanto, o acionista é dono da
empresa de maneira proporcional à quantidade de suas cotas, desta maneira,
tem direitos e deveres de acordo com o número de ações que detém, o que
permite que eles recebam remuneração pelo investimento feito, todavia, apenas
se a companhia apresentar lucro. (Oliveira e Pacheco, 2011)

Mediante isso, a principal forma de participação nos resultados da companhia é


por meio do recebimento de dividendos, que são o de bonificações ou juros de
capital próprio. Estes pagamentos são realizados a partir do bom desempenho
da empresa.

A lei das Sociedades Anônimas institui que no mínimo 25% do lucro líquido
sejam distribuídos na forma de dividendos, posterior a realização de reservas
permitidas por lei, elas sejam obrigatórias ou eletivas. A companhia também
pode decidir por distribuir o todo o lucro líquido ou reter uma parcela para
financiar futuras operações ou financiar investimentos com recursos sócios.

Os juros sobre capital próprio remuneram o capital do acionista até o valor da


Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Se diferencia dos dividendos por se tratar
de uma parcela do lucro líquido da empresa do mesmo exercício, ou seja, estes
juros incidem sobre a reserva de lucros da empresa.

Em termos práticos, empresas distribuem juros sobre o capital próprio para obter
vantagens fiscais, já que este pode ser lançado como despesa, logo, reduzindo
o lucro tributável, considerando os métodos de cálculo do regime tributário do
Lucro Real, onde essas companhias são obrigadas a pertencer.

Ademais, uma empresa que negocia na bolsa precisa seguir exigências legais e
institucionais do CVM perante a divulgação de um conjunto básico de
informações, como relatórios da administração, demonstrações financeiras
anuais e respectivo parecer de auditoria; demonstrações financeiras
padronizadas, de acordo com o IFRS e as normas contábeis internacionais;
informações trimestrais; assembleia geral ordinária e extraordinária e afins.
Sempre com intuito de manter a transparência, ceder informações claras aos
sócios e ao CVM se torna obrigação primordial de qualquer sociedade por ações.
(CVM, 2019)

Bônus de Subscrição

Quando uma empresa decide aumentar seu capital por meio de emissão de
ações, os acionistas atuais possuem direito de preferência por determinado
período, não inferior a trinta dias, na aquisição de novas ações na proporção
percentual equivalente sua posição acionária, a um preço inferior ao preço
vigente no mercado.

O bônus de subscrição, é uma vantagem adicional sem custo ao direito de


realizar a subscrição em uma data futura, a um determinado preço. Este direito
pode ser negociado na bolsa, o caracterizando legalmente como um valor
mobiliário.
Debêntures

Debêntures são títulos de dívida privada emitidos por sociedades anônimas por
ações, exceto instituições financeiras, que conferem aos seus titulares direitos
de crédito contra a companhia emissora. Geralmente são usadas na captação
de recursos a longo prazo, usualmente para gerenciar dívidas, financiamento de
grandes projetos ou capital de giro.

A debênture não permite que o investidor vire sócio ao disponibilizar recursos


para serem utilizados pela companhia, ele basicamente está emprestando
dinheiro que será devolvido com acréscimo de juros, estes previamente
combinados entre as partes.

Os critérios de emissão são devidamente prescritos na escritura de emissão,


documento que formaliza as debêntures.

De acordo com a lei n°6.386/1976 a oferta pública de debêntures necessita de


autorização do CVM. Após sua colocação no mercado primário, pode ser
negociada sem percalços no mercado secundário. Vale ressaltar que, caso a
companhia não honrar com seus compromissos, o risco é exclusivamente do
debenturista, por conta disso, a empresa necessita ter garantias para diminuir
estes riscos.

Existem as debêntures padronizadas, que seguem normas específicas de


acordo com a Instrução CVM n°404 de 13 de fevereiro de 2004.

Cotas de Fundos de Investimento

Fundos de investimento podem ser definidos como uma concentração de


recursos, seguindo uma ideia condomínio. Constituídos com finalidade de
promover a aplicação coletiva dos recursos dos participantes, ou “moradores”.
São mecanismos para captar e investir na aquisição de valores mobiliários,
ativos financeiros e outros, posteriormente, distribuir o resultado,
proporcionalmente, aos cotistas. Os fundos reúnem várias aplicações de vários
indivíduos para investimento, por decorrência de sua imensa diversidade, os
fundos são divididos em categorias.
Primeiramente, a cota representa a menor parcela de um fundo de investimento,
que são nominativas e intransferíveis. Estes valores mobiliários são divididos
entre fundos abertos, fechados e exclusivos. Fundos abertos não impõem
restrições de saídas de cotistas, suas cotas são transferíveis mediante decisão
judicial, execução de garantia ou sucessão universal. Fundos fechados a
quantidade de cotas é emitida de forma limitada e distribuída de forma restrita
entre os investidores que, após distribuídas não podem ser resgatadas, exceto
na data de encerramento do fundo; porém pode ser negociada em bolsa de
valores. Em geral, são utilizados para financiar grandes projetos, como
shoppings center ou grandes centros logísticos, no caso de “fundos tijolo”. Além
disso, fundos exclusivos funcionam da mesma maneira que fundos abertos, sua
principal diferença é o fato de existir apenas um cotista.

Os detentores das cotas são os cotistas, estes têm direito de acesso a todas as
informações relativas ao fundo, como: patrimônio, histórico de rentabilidade,
balanço contábil, composição da carteira e afins. Vale ressaltar que, a CVM
autoriza que existam fundos de investimento destinados de forma exclusiva para
investidores qualificados.

O regulamento é um dos principais documento do fundo, nele são prescritos itens


essenciais como: se o fundo é aberto ou fechado, condições para aplicação e
resgate de cotas, distribuição de resultados, políticas de administração de risco
detalhada com seus métodos utilizados pelo administrador e afins. Mediante
isso, o prospecto é o documento que funciona como um resumo do regulamento
e deve conter informações essenciais sobre à política de investimento e os riscos
envolvidos. É obrigatório constar no prospecto condições de compra de cotas,
identificação de riscos, relação dos prestadores de serviços e afins.

De acordo com a instrução CVM 555, os fundos são classificados entre: Renda
Fixa, Ações, Multimercado e Cambial.

Renda fixa - Simples: é conhecido como “fundo simples”, pois tem fácil acesso,
pequeno custo de administração e baixo risco. Este tipo de fundo deve investir
no mínimo 95% de seu patrimônio em títulos público federais, operações
compromissadas neles lastreadas, ou títulos de instituições financeiras que
possuem classificação de risco equivalente àqueles dos títulos públicos federais;
Renda fixa - curto prazo: são fundos que investem recursos exclusivamente em
títulos públicos federais ou privados de baixo risco com prazo máximo médio da
carteira inferior a 60 dias. Sua rentabilidade está vinculada às taxas SELIC ou
CDI;

Renda fixa – Referenciado: visam seguir algum índice de referência ou


benchmark, mantendo no mínimo 95% de sua carteira em ativos que
acompanhem o referencial. Por lei, 80% de seu patrimônio deve ser composto
por títulos públicos ou ativos de renda fixa.

Fundos Multimercado: são fundos sem compromisso de concentração em


fatores especial, sendo livre para investir em renda fixa, câmbio ou ações. Tal
diversificação gera riscos mais elevados que são justificados com a possibilidade
de rentabilidade mais elevada que outros fundos;

Fundos de ações: seus investimentos devem ser compostos minimamente por


67% em ações negociadas em bolsa ou mercado de balcão organizado ou outros
valores mobiliários correlacionados. Caso o regulamento do fundo preveja ao
menos dois terços do patrimônio investidos em companhias listadas no
segmento voltado ao mercado de acesso, com prática de governança
corporativa, independente de ser nível 1, nível 2 ou Novo Mercado, o fundo deve
colocar em seu nome o sufixo “mercado de acesso”;

Fundo Cambiais: seu patrimônio investido deve ser constituído minimamente


80% em ativos relacionados à variação de preços em moeda estrangeira, ou a
cupom cambial.

Certificado de depósito de valores mobiliários

É um valor mobiliário emitido no Brasil que representa outro valor mobiliário,


emitido por companhias abertas com sede no exterior. A regulamentação dos
destes títulos, é prescrita na Instrução CVM n°332 de 4 de abril de 2000, que
classifica os BDRs (Brazilian Depositary Receipt) de acordo com critérios de
divulgação de informações, distribuição e negociação. (Portal do Investidor,
2020)
Seu intuito principal é permitir que empresas com sede no exterior operem capital
no Brasil. Estes certificados só podem ser emitidos mediante autorização da
CVM, que irá fiscalizar e regular todas as operações referentes aos BDRs,
podendo intervir ou cessar sua validade em decorrência de irregularidades.

Notas Comerciais

São títulos de dívida de curto prazo emitidos por sociedades anônimas abertas
ou fechadas, semelhante a notas promissórias, todavia com suas peculiaridades.
Também conhecidos no mercado como commercial papers, são amplamente
utilizados para financiar projetos de curto prazo ou necessidade urgente de
capital de giro.

Toda emissão de notas comerciais deve ser registrada na CVM e acolhida por
uma instituição financeira que ficara responsável por estruturar e coordenar o
processo de emissão deste valor mobiliário.

A partir disso, os recursos devem ser pagos pelo agente deficitário conforme o
prazo estipulado em condições estabelecidas. A remuneração do título pode ser
pré-fixada o pós-fixada. Tem o prazo mínimo de resgate de 30 dias, o máximo
pode variar de acordo com o tipo societário da companhia, variando de 180 à
360 dias.

Não tem uma garantia real de pagamento, mas pode ser garantido por fiança
bancária em seletos casos. Oferece boa liquidez ao agente deficitário, por ter
custos inferiores a empréstimos bancários, porém representa alto risco ao
investidor que não tem a garantia de recebimento por parte da companhia.

Mercado de Derivativos

No mercado de derivativos existe para sanar a necessidade que muitas pessoas


têm de se proteger contra incertezas em relação ao comportamento futuro dos
preços de inúmeros produtos. Os derivativos surgiram como proteção contra as
intempéries, pois os primeiros derivativos criados estavam relacionados a
produtos agrícolas na antiguidade.
A partir disso, existem três agentes envolvidos na comercialização de
derivativos, que são:

Hedger: o agente financeiro que possui um determinado ativo financeiro e


procura o mercado de derivativos com intuito de se proteger das oscilações
repentinas do mercado.

Especulador: é o agente financeiro que entra no mercado e sai dele fazendo


especulações sobre o comportamento dos preços dos derivativos, seu intuito é
obter lucros rápidos assumindo elevados riscos. Eles oferecem liquidez ao
mercado, pegando para si os riscos que o hedger procurou eliminar.

Arbitrador: é o agente financeiro que monitora todos os mercados em busca de


distorções momentâneas de preços, com objetivo de apurar lucro sem correr
riscos. Sua atuação equilibra o mercado e elimina distorções.

Ademais, existem quatro mercado de derivativos no Brasil são: mercado a termo,


mercado futuro, mercado de opções e mercado de swap.

Mercado a termo: é o mercado que o comprador ou vendedor do contrato a


termo, se compromete a comprar ou vender certa quantidade de um bem ou
ativo financeiro por um preço fixado na data da realização do negócio, para então
liquidação futura. Estes contratos podem ser negociados me bolsa e no mercado
de balcão. (CVM, 2019)

Mercado futuro: é o mercado que o comprador ou vendedor se compromete a


comprar ou vender certa quantidade de um bem por um preço estipulado para a
liquidação futura. A principal diferença em comparação com o mercado a termo,
é que os compromissos são ajustados financeiramente segundo as tendências
de mercado, por meio de ajuste diário. Dentre isso, os contratos futuros são
negociados exclusivamente em bolsas.

Mercado de Opções: neste mercado, negocia-se o direito de compra ou venda


de um bem por um preço fixo em uma data futura. A parte que adquire o direito
deve pagar um prêmio, como se fosse uma margem de garantia, ao vendedor.
Este prêmio é o valor pago para ter a possibilidade de comprar ou vender o
referido bem em uma data futura por um valor já estipulado anteriormente. O
detentor do direito tem o direito do exercício, todavia não a obrigado a exercê-lo.
Mercado de Swap: compreende operações de troca de uma rentabilidade futura
por outra, com o acerto da diferença a pagar ou a receber no vencimento do
contrato. Este contrato é o acordo, entre duas partes, que estabelecem a troca
de fluxo de caixa tendo como base a comparação de rentabilidade entre dois
bens.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tem objetivo de desenvolver, regular


e fiscalizar o Mercado de Valores Mobiliários, protegendo o interesse dos
investidores e assegurando a divulgação das informações sobre os emissores e
seus valores mobiliários.

Suas finalidades focam em promover a expansão e o funcionamento eficiente e


regular do mercado de ações, assegurar o funcionamento eficiente e regular os
mercados bolsa e de balcão. Além disso, evitar modalidades de fraude ou
manipulação com intuito de criar condições artificiais no preço dos valores
mobiliários negociados no mercado por meio de emissões ilegais de valores
mobiliários ou uso de informações decisivas que não foram divulgadas no
mercado, como informações privilegiadas antes do anúncio de fatos que irá
resultar na queda no valor de ações, semelhante ao caso do empresário Eike
Batista, que dias antes das ações da empresa OGX a qual ele era dono caírem
de 23,32 reais para 0,40 centavos vendeu todas suas ações. Posteriormente, foi
autuado pelo CVM e obrigado a pagar mais de quinhentos milhões de reais em
multas.

Da mesma maneira, a Comissão de Valores Mobiliários junto ao Conselho


monetário Nacional (CMN), regulamentar as matérias previstas na lei N°
6.385/1976 e a lei de sociedade por ações. Também cabe ao CVM propor ao
CMN a eventual fixação de limites máximos de preço, comissões, emolumentos
e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários do mercado, estes
que são subordinadas as regras do CVM.

A principal função do mercado de calores mobiliários na economia é o


atendimento às necessidades de financiamento de médio e longo prazo, logo,
cabe aos órgãos reguladores garantir o bom funcionamento de todo este
sistema.
BIBLIOGRAFIA

OLIVEIRA, Gilson; PACHECO, Marcelo. Mercado Financeiro: Objetivo e


Profissional. 2° edição. São Paulo – SP: Editora Fundamento Educacional,
2011.

VERSIGNASSI, Alexandre. Crash: uma breve história da economia. 1°


edição. Rio de Janeiro – RJ: Harper Collins Brasil, 2019.

Comissão de Valores Mobiliários; as principais atribuições da CVM;


Disponível em:
https://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/a_cvm/As_Principais_Atrib
uicoes_CVM.html; acesso em: 7 de dez. de 2020

Fernandez, Leandro de Almeida; O conceito de valor mobiliário;


lume.ufrgs.br; 2016; disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/157627/001010662.pdf?sequ
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Filho, Ary Oswaldo Mattos Filho; O conceito de valor mobiliário; Revista de


administração de empresas; scielo.br; disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
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Caminha, Uinie; Valores mobiliários; Tomo Direito Comercial;


enciclopediajuridica.pucsp.br; disponível em:
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/216/edicao-1/valores-mobiliarios

Acesso em: 6 de dez. de 2020

Comissão de Valores Mobiliários; Mercado de Valores Mobiliários Brasileiro;


4° edição, Rio de Janeiro, 2019.

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