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MERCADO

DE CAPITAIS

Cálculo Financeiro
Prof. João Paulo Santos

20160463 Ana Pereira


20160486 Solange Marques
20160476 Guilherme Martins
Índice

Introdução ......................................................................................... 2
Mercado de Capitais ............................................................................ 3
Acções .............................................................................................. 3
Obrigações......................................................................................... 4
Dívida pública .................................................................................... 5
Análise Fundamental ........................................................................... 6
Análise Técnica ................................................................................... 7
Bibliografia ........................................................................................ 8
Conclusão .......................................................................................... 9

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Introdução

Vimos por este meio expor o trabalho da disciplina de Calculo Financeiro, leccionada
no Instituto Politécnico de Lisboa, no âmbito da Licenciatura de Solicitadoria.
Com este trabalho, pretendemos desenvolver o tema Mercado de Capitais,
aprofundando os seguintes temas: a definição de Mercado de capitais, acções, obrigações,
divida pública, análise técnica e análise fundamental. Os temas abordados foram baseados na
disciplina referida, com a intenção de converter os conhecimentos leccionados numa
perspectiva realista.
Para efectivar este trabalho, baseamo-nos no mercado Português, tendo como
referencia a Bolsa de Valores de Lisboa e o índice das mais rentáveis empresas portuguesas
(PSI20). Baseamos a nossa pesquisa no site do Banco de Portugal, nas bolsas do grupo
Euronext e em alguns artigos referenciados em jornais económicos portugueses em versão
digital.

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Mercado de Capitais
O termo Mercado de Capitais refere-se a uma classe do sector económico, por onde
são comercializados os canais de financiamento a diversos prazos. Este mercado serve como
meio de canalização da economia das entidades para que outros financiem os seus projectos.
Este mercado pode servir desde o sector mais produtivo ao menos produtivo. O mercado é
representado pela Bolsa de Valores, corretoras e outras instituições financeiras autorizadas e
representa-se pela emissão de títulos mobiliários, como acções, obrigações, etc.
No Mercado de Capitais, têm lugar as operações sobre títulos cujos prazos de
vencimento sejam superiores a um ano. Este tipo de mercado vocaciona-se para
financiamentos e investimentos a médio e longo prazo. O seu objectivo é canalizar as
poupanças para serem investidas nas actividades económicas. Nos países capitalistas os
mercados de capitais são os mais fortes e dinâmicos, nos países em desenvolvimento são mais
fracos o que dificulta as formações de poupanças, obrigando os países a recorrerem a
mercados de capitais internacionais.

Acções
Podemos designar as acções como sendo um conjunto de parcelas que constituem o
capital social de uma empresa, ou ainda como títulos emitidos por sociedades anónimas (SA).
Ao fazer um investimento em acções, o investidor passa a ser co-proprietário da
sociedade anónima em causa. Pode afirmar-se que sem acções não seria possível manter a
economia nacional, isto porque as acções são a base da bolsa de valores, que por sua vez é a
base da economia nacional.
Na compra e venda de acções o valor varia constantemente. Um dos principais
influenciadores neste valor é a lei da procura e da oferta, ou seja, quanto maior número de
investidores existir, mais elevado será o valor das acções. No entanto existem inúmeros
factores que influenciam o valor, exemplo disso são as notícias e rumores das sociedades
anónimas, as expectativas em relação à empresa, o “sentimento de mercado” que se baseia na
influência que tem o facto de no momento as acções estarem ou não a ser rentáveis. Como
estes existem outros factores que condicionam e influenciam o valor das acções.
As acções podem dividir-se em dois grandes grupos. As acções ordinárias, acções essas
que conferem ao accionista a participação nos resultados da empresa tendo este o direito ao
voto nas decisões tomadas pela sociedade anónima. Por outro lado, existem as acções
preferenciais onde o accionista é privilegiado quanto ao recebimento do lucro e ao reembolso
do capital investido em caso de dissolução da empresa. Para além destes dois grupos,
podemos designar as acções como sendo nominativas ou escriturais. Quando nominativas
existe um documento, denominado por certificado ou cautela, no qual consta o nome do
accionista. Por outro lado, nas acções escriturais as acções não são apresentadas em qualquer
documento, existe apenas uma movimentação de conta corrente a débito e a crédito.
O lucro das acções pode ser obtido de diversas formas:
 Remuneração em dinheiro
 Remuneração em acções
 Juros sob o capital próprio
 Quota-parte
 Direito de subscrição

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 Venda de direitos de subscrição

Obrigações
Quando uma empresa necessita de um capital externo, pode, entre outras, ter duas
formas de o obter, pode recorrer a um empréstimo bancário, ou ao mercado por um
empréstimo obrigacionista.
As Obrigações são uma das opções mais seguras de investimento, mas como todos os
investimentos tem vantagens e desvantagens. Os Obrigações são instrumentos financeiros que
representam os empréstimos contraídos junto dos investidores pela entidade que os emitiu.
Os emitentes podem ser entidades privadas, públicas ou o Estado. Esta forma de investimento
trás maior autonomia bancária, no entanto deriva também da credibilidade dos emitentes.
Por outras palavras, uma empresa que emita uma Obrigação está, por assim dizer, a
contrair um empréstimo. Os investidores que aplicam o seu dinheiro em títulos de dívida, tem
a garantia de devolução do valor no fim do prazo. Apesar da potencialidade do mercado, em
Portugal as Obrigações estão pouco desenvolvidas, pois não existe liquidez de mercado
suficiente. Para assegurar a satisfação e o objectivo do negócio é importante que se construa
variados tipos de Obrigações.
Existem dois elementos-chave que contribuem para que possamos agrupar as
Obrigações em dois grupos – o emitente e o tipo de taxa de juro. Existem também dois tipos
de emitente: o Estado e as empresas privadas. A aquisição das Obrigações dispõe de duas
alternativas o Mercado primário e o secundário. O Mercado Primário é um mercado mais
vocacionado para investidores com fundos de investimento ou pensões, neste mercado as
negociações são feitas com a intermediação de uma instituição financeira. Já o Mercado
Secundário, a bolsa de valores, por exemplo, é mais vocacionado para a compra e venda de
obrigações. Existe uma maior facilidade de aquisição e de transparência de valores.
Dependendo do tipo de obrigações, no momento da emissão das mesmas são fixados
por valores nominais, que correspondem aos valores que serão reembolsados no fim do prazo;
ao prazo do empréstimo e maturidade das obrigações; à existência e periodicidade do
pagamento dos juros e à taxa de juro aplicável – que poderá ser fixa ou variável.
As Obrigações podem também ter diversas modalidades, podem ter um juro
suplementar ou um prémio de reembolso fixo ou variável, consoante a viabilidade da
sociedade; podem ser convertidos em acções, dependendo da sociedade; podem ter direito de
subscrição de uma ou mais acções – também denominadas por obrigações com warrants1 e
podem ter um premio de emissão.
Os principais elementos de uma Obrigação são:

 Valor nominal – o valor nominal de um título é o valor facial desse título, o valor
expresso no mesmo;
 Preço de emissão – é o preço a pagar por quem pretende adquirir uma obrigação, no
momento da sua emissão. O preço da emissão e do valor nominal podem ser

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As Obrigações com warrants diferenciam-se das Obrigações normais, pois possuem um
warrant, ou seja, um direito de adquirir um número de acções do emitente segundo as
condições contratuais acordadas e durante um período de tempo estipulado. O warrant pode
ser transaccionado isoladamente no mercado secundário.

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diferentes, se o valor for superior a diferença entre o preço pago e o valor nominal
denomina-se por premio de emissão. Se o valor for inferior denomina-se por desconto
de emissão;
 Taxa de juro nominal - é a taxa anual utilizada para calcular o valor dos juros a pagar
ao obrigacionista. No momento em que a obrigação é emitida é afixada a taxa quando
esta tem uma taxa fixa, nos casos da taxa variável, não é afixada uma taxa, mas sim
uma fórmula de cálculo;
 Juro efectivo – é a taxa que é paga periodicamente e efectivamente ao obrigacionista;
 Prazo - é o período no qual decorre o empréstimo e ou maturidade da Obrigação;
 Forma de amortização - o reembolso do capital pode ser feito por:
i. Amortização total do empréstimo - amortização única;
ii. Amortização com datas pré-definidas - amortização por series;
iii. Amortização escalonadas em datas "sorteadas" - amortização por sorteio;
iv. Amortizações sucessivas de uma percentagem ao seu valor nominal -
amortização por dedução ao valor nominal;
 Valor de Reembolso – é o valor pago pela entidade ao obrigacionista para amortizar a
dívida efectuada. O reembolso poderá ser parcial ou na totalidade no momento do
vencimento final;
 Data de vencimento - é o momento do último reembolso de capital;
 Opção de reembolso ou amortização antecipada – esta opção só existe quando está
prevista nas condições emissão. Pode existir por vontade do obrigacionista ou do
emitente.
 Negociabilidade – as obrigações podem ser negociáveis, podem ter cotação na Bolsa
de Valores e serem transaccionadas em mercado secundário;
 Taxa de rendibilidade - é a taxa esperada pelo investimento, esta taxa existe quando o
investidor mantém na sua posse a obrigação até à respectiva maturidade e todos os
juros inerentes;
 Rating da emissão – é o processo em que se permite aferir a possibilidade de
incumprimento por parte da entidade emitente e analisar o risco de crédito associado.

Obrigações do Estado: As Obrigações do são a forma deste se financiar e dão origem à


Divida Pública. A mais conhecida forma de financiamento público são as Obrigações do
Tesouro, seguindo-se dos municípios, organismos internacionais e supranacionais.
Obrigações das empresas: As Obrigações das empresas, publicas ou privadas, são menos
seguras que as do Estado, pois só se pode contar com a sua capacidade de cumprimento do
investimento. O risco de investir está sempre activo, mesmo que a empresa seja bem
referenciada.

Dívida pública
A dívida pública consiste no valor que o Estado deve, interna ou externamente através
dos mais variados compromissos financeiros. No entanto podemos caracterizar a dívida
pública em diferentes políticas. Na política económica e monetária.

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Pode considerar-se que no contexto da política económica, a dívida pública tem a
principal função de dar cobertura às necessidades do Estado. Esta situação ocorre quando se
verifica que as receitas do orçamento não são suficientes para fazer face às despesas. Já no
contexto da política monetária, podemos considerar que a principal função é a de potenciar a
expansão monetária, e é também um factor de influência no que diz respeito às taxas de juro.
Quanto aos empréstimos emitidos pelo Estado, os mesmos podem ter como base uma
taxa variável ou uma taxa fixa. Quando se trata de uma taxa variável as obrigações são
idênticas às evidenciadas anteriormente (págs. 4 e 5). Por outro lado quando se verifica uma
taxa fixa, as obrigações mantêm sempre a mesma taxa de juro (também designada como taxa
de cupão) sem que exista influência da evolução de mercado. Quanto à taxa fixa, podemos
concluir que quando as taxas de mercado sobem as obrigações tendem a desvalorizar, no
entanto o contrário também se verifica, quando as taxas de mercado descem as obrigações
tendem a valorizar. No que diz respeito à taxa variável, quando as taxas de mercado sobem as
obrigações tendem a ser valorizadas, e quando as taxas de mercado descem as obrigações
tendem também a ser desvalorizadas.

Análise Fundamental

Psi20 – indice das empresas mais rentaveis portuguesas

A análise fundamental ou técnica é feita para sabermos se o investimento é ou não


viável e a atractividade da acção. Na análise fundamental sabemos se devemos manter, vender
ou comprar Obrigações.
No PSI20 podemos verificar as maiores empresas nacionais cotadas em Bolsa. O índice
é constituído por várias variantes:

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 PER (Price Earning Ratio) – permite comparar as empresas do mesmo sector ou índice.
Quanto mais viável é a empresa menos é o PER, as empresas em fase de crescimento
tem o PER mais elevado;
 Price Book – relação entre o investimento e o valor contabilístico;
 ROE (Return On Equity) – é a rendibilidade dos capitais próprios da empresa é
calculado através do quociente entre a estimativa do Resultado Liquido e o Capital
Próprio, para os anos referidos;
 Price to cash flow – relação entre a cotação das acções e o cash flow por acção;
 Dividend yield – rendibilidade proporcionada para a acção tendo em consideração o
valor estimado do dividendo para o período referido e o preço de fecho de ultima
sessão de Bolsa.
 EPS growth (earnings per share growth) – representa a taxa de crescimento estimado
para uma empresa para um dado período, é o modo de evolução dos lucros.
Podemos então verificar que para fazer um investimento financeiramente estável
temos sempre de considerar, pelo menos, estes pontos.

Análise Técnica
A análise técnica é caracterizada pelo estudo da dinâmica do mercado. É feita uma
análise através das variações nos preços de mercado, também designado como tendências de
mercado. Serve também para prever e acompanhar as tendências dos activos de diferentes
mercados financeiros. Essa previsão é feita através de uma “linha de tendência”. É uma
estratégia utilizada para encontrar o momento chave de compra ou venda de acções. Podemos
interpretar a linha de tendência como sendo altista, onde os valores mínimos pela cotação da
acção têm tendência a ser cada vez mais elevados, pode também caracterizar-se como sendo
baixista, onde os valores máximos tendem a ser cada vez mais baixos ao longo do tempo, e
podem ainda encontrar-se numa situação de laterização onde ocorre uma variação da cotação
da acção entre um determinado intervalo de valores o que previne uma súbita subida ou
queda.
Este tipo de
análise é efectuada
em gráficos, através
dos quais podem
ser retiradas
conclusões. Se é ou
não viável a compra
ou a venda.

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Bibliografia

Definição de Mercado de Capitais [consulta a 1/12/2016]


http://conceitos.com/mercado-de-capitais/

Definição de Mercado de Capitais [consulta a 1/12/2016]


http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/gvexecutivo/article/view/34317/33124
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_de_capitais

Definição e constituição de Obrigações [consulta a 2/12/2016] -


http://www.todoscontam.pt/ptPT/Principal/PouparInvestir/Obrigacoes/Paginas/Obrigacoes.as
px
http://www.bolsadelisboa.com.pt/centro-de-aprendizagem/obrigacoes/why-investors-use-
bonds

Mercados financeiros [consulta a 11/12/2016] -


https://www.infopedia.pt/$mercados-financeiros

Mercado primário e secundário [consulta a 10/12/2016]


http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/funcionamento_mercado/merc
ado_primario.html

Imagem de PSI20 [consulta a 12/12/2016]


http://www.jornaldenegocios.pt/cotacoes/analise-fundamental

Acções [consultado a /12/2016]


https://corretora.miraeasset.com.br/global/bz/po/downloads/cursosOnline/Introdu%C3%A7%
C3%A3o_ao_Mercado_de_Capitais.pdf
http://www.portugalglobal.pt/PT/InvestirPortugal/Criareinstalar/Paginas/MercadoCapitais.as
p
http://investidor.pt/o-que-influencia-o-valor-de-mercado-de-uma-acao/

Análise técnica [consultado a 12/12/2016]


http://pt.investing.com/indices/psi-20-chart
http://www.investirnabolsa.pt/como-encontrar-tendencias/
http://mercadoreal.net/?p=541
http://www.estrategia-bolsa.pt/analise-tecnica-acoes.html
http://www.investirnabolsa.pt/como-encontrar-tendencias/

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Conclusão

O trabalho desenvolvido enquadra-se na aprendizagem do sector financeiro,


concluindo que, no mercado de capitais, existem várias formas de obter financiamento sem
que estas sejam feitas por instituições bancárias. Podemos verificar que os investimentos
empresariais podem passar pelo sector público ou privado, sendo efectuado por meio de
accionistas (compra de acções) ou obrigacionistas (compra de obrigações). Concluímos,
também, que a divida pública origina dos compromissos financeiros do Estado.
Em suma, todos os investimentos podem ser economicamente viáveis ou inviáveis,
para obtermos essa análise teremos de ter em conta vários índices de referência
proporcionados pelas instituições financeiras de referência em cada país. Neste trabalho,
aprendemos o complexo enquadramento dos investimentos na formação de um mercado
económico positivo.

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