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SUMÁRIO

01 Renda Fixa:
Como funciona?

02 Investimentos em Renda Fixa:


Tipos de rentabilidade

03 Renda Fixa:
Tributação e Taxas

04 Fundo Garantidor de Crédito:


O que é?

05 Renda fixa:
Produtos

06 Investimento em Renda Fixa:


Vantagens X Desvantagens

07 Crédito, mercado e liquidez:


Riscos da Renda Fixa
Renda Fixa:
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Como funciona?

Investir em Renda Fixa é o mesmo que emprestar


dinheiro para o emissor, que pode ser um banco, uma
empresa ou o governo, e em contrapartida você,
investidor, recebe uma remuneração no futuro
acrescida de juros, podendo ser pré-fixados,
pós-fixados e híbridos.

Este tipo de investimento é chamado de “fixo” não


porque ele é constante e não varia (na verdade, pode
variar bastante), mas porque as condições dos títulos,
como prazo, taxa, índice de referência e detalhes
quanto à negociação dos papéis são estabelecidas
desde o início e são fixos durante o prazo de
investimento.

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Investimentos em
Renda Fixa:
Tipos de rentabilidade

A rentabilidade dos investimentos de


renda fixa varia de acordo com o tipo
de papel que for contratado.

Pré-fixados
Este tipo de investimento tem os juros
fixos. Logo, o investidor sabe desde o
momento da contratação do
investimento qual será efetivamente a
remuneração no vencimento, em reais.

A rentabilidade só é efetiva caso o


investidor mantenha o título até o
vencimento.

Ao liquidar a posição antes do


vencimento (vender o papel para outra
pessoa) a rentabilidade pode ser maior
ou menor do que o acordado, devido às
variações das taxas de referência do
produto.
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Pós-fixados

Nesse caso o investimento tem a remuneração


atrelada a um indexador de referência, como a Selic
ou o CDI. Nestes títulos não é possível conhecer o
rendimento da aplicação no momento da aquisição do
título porque a taxa pode variar ao longo do tempo,
só sendo possível saber quanto ele rendeu no dia
do resgate.

Híbrido

Já este título mescla um pouco das outras duas


rentabilidades pela soma de uma taxa prefixada com
uma pós-fixada. Uma parte da remuneração se dá por
juros fixos e outra é atrelada a um indicador, sendo
muito comum ver esse tipo de título pagar uma taxa
prefixada mais o IPCA.

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Renda Fixa:
Tributação e taxas

Investimentos em renda fixa seguem uma tabela


regressiva de tributação de Imposto de Renda, com
alíquotas que diminuem conforme o prazo do
investimento e incidem sobre a rentabilidade positiva
das aplicações.

PERÍODO APLICADO ALÍQUOTA DE IR

Até 180 dias 22,50%

De 181 até 360 dias 22,00%

De 361 até 720 dias 17,50%

Acima de 720 dias 15,00%

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Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF)

Caso o investimento seja resgatado em menos de 30


dias após a aplicação, estará sujeito à cobrança de
IOF, cuja alíquota varia de 96% a 0%, também
conforme o prazo de permanência com o ativo.

Da mesma forma que ocorre no Imposto de Renda,


quanto maior o prazo de resgate, menor será a alíquota
cobrada, mas nesse caso ela cai todos os dias e chega a
0% no 30º dia.

Portanto, se você pretende fazer


uma aplicação por um prazo muito
curto, tente ao menos deixá-la
render por um mês antes de
resgatar.

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Ativos isentos de Imposto de Renda

Alguns tipos de renda fixa, independentemente do


prazo que ficam aplicados, não têm incidência de
Imposto de Renda para pessoas físicas. Então, é bom
ficar atento e analisar se vale a pena ter alguns deles
em sua carteira. São eles:

LCI e LCA Debêntures CRIs e CRAs


incentivadas

GLOSSÁRIO

LCI e LCA = letras de crédito imobiliário e


do agronegócio

CRIs e CRAs = certificados de recebíveis


imobiliário e do agronegócio

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Como o imposto é recolhido?

O imposto é recolhido na fonte, e isso funciona da


seguinte maneira:

Sempre que fazemos a aplicação em renda fixa que


existe Imposto de Renda, no final do período ou
mesmo saindo antes do prazo previamente acordado,
teremos o IR recolhido direto na fonte pela corretora!
Esse IR é recolhido apenas sobre o Rendimento do
título, não prejudicando o principal aplicado.

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Fundo Garantidor de Crédito:
Tributação e taxas
O Fundo Garantidor de Crédito é uma instituição
privada, sem fins lucrativos, que tem o objetivo de
proteger investidores no âmbito do sistema financeiro
nacional. Ele garante que os clientes associados
recuperem o patrimônio investido em caso de falência
da instituição financeira.

O valor total coberto pelo FGC é limitado a R$ 250 mil


por CPF/CNPJ em cada instituição financeira, com um
limite de R$ 1 milhão por CPF, renovado a cada quatro
anos. Ou seja, se um investidor tiver R$ 1 milhão
distribuído em quatro contas de instituições diferentes,
cada uma delas com R$ 250 mil, todas as contas
estarão cobertas pelo FGC caso as instituições entrem
em falência.

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Investimentos protegidos pelo FGC

LCI e LCA LH LC

Poupança RDB CDB

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Renda Fixa:
Produtos

LCI (Letra de Crédito Imobiliário)

A LCI é um título emitido por bancos para captar


recursos para o mercado imobiliário, que tem como
lastro financiamentos de imóveis garantidos por
hipoteca ou alienação fiduciária.

• Isenção de IR para pessoa física no rendimento e no


ganho de capital
• Coberta pelo FGC
• IR via tabela regressiva para investidores PJ

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LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

A LCA é um título emitido por instituições financeiras


públicas e privadas para fomentar o mercado do
agronegócio.

• Isenção de IR para pessoa física no rendimento e no


ganho de capital
• Coberta pelo FGC
• IR via tabela regressiva para investidores Pessoa
Jurídica
[Na prática, não existem diferenças para o investidor
entre investir em uma LCI ou em uma LCA. Ambas
possuem garantia do Fundo Garantidor de Crédito
(FGC) e apresentam retornos superiores ao da
caderneta de poupança.]

LC (Letra de câmbio)

Apesar do nome “letra de câmbio”, não há nenhuma


relação com negociação de moedas estrangeiras. É um
instrumento de captação emitido não por um banco,
mas por uma financeira, para financiar as atividades de
empréstimo.

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• IR via tabela regressiva para Pessoa Física e Pessoa
Jurídica.
• Coberta pelo FGC

LF (Letra financeira)

A LF é um instrumento de captação de recursos


exclusivo das instituições financeiras, com a finalidade
de captar recursos de longo prazo. Em contrapartida,
oferece aos investidores rentabilidades mais atrativas
em razão do prazo e da impossibilidade de resgate
antecipado.

• Prazo mínimo de 2 anos (LF sênior) e 5 anos (LF


subordinada)
• Não possui FGC
• Maiores rentabilidades do mercado de renda fixa
bancário

Debêntures

As debêntures são valores mobiliários que representam


dívidas de médio e longo prazos de empresas não
financeiras.

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Diferente de outros investimentos de Renda Fixa
(Poupança, CDB, LCI, LCA) as debêntures não têm a
garantia do FGC, por não serem emitidas por bancos
ou instituições financeiras. Por isso, as debêntures
podem pagar mais que outros produtos financeiros
que possuem a mesma garantia, devido ao risco
adicional que o investidor corre neste produto.

• Debêntures incentivadas possuem isenção de


imposto de renda e IOF para pessoa física
• Normalmente, têm maior liquidez
• Não possuem garantia do Fundo Garantidor de
Crédito
• Maior rentabilidade
• Possibilidade de juros semestrais

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

É um título privado emitido por bancos, com o objetivo


de captar recursos para financiar as atividades. Em
troca, o investidor recebe a remuneração acordada.
No momento da aplicação, você fica sabendo de todas
as condições do CDB. As mais importantes são a taxa
de juros e o prazo de vencimento.

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Características dos CDBs:
• Cobertos pelo FGC
• Rentabilidade maior que a poupança
• Destinado a investidores em geral, qualificados e
profissionais.
• Liquidez (dependendo do título)

CRA (Certificado de Recebíveis do Agrone-


gócio)

Os CRAs estão vinculados a direitos creditórios de


negócios realizados por atividades agropecuárias.
Esses certificados, da mesma forma que os CRIs, são
emitidos pelas securitizadoras, empresas
especializadas na compra de créditos e na
transformação deles em títulos para venda.

• Isento de IR e IOF para pessoas físicas


• Não possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito
• Destinado a investidores em geral, qualificados e
profissionais

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CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)

CRIs são títulos de renda fixa isentos de imposto de


renda e que funcionam de maneira semelhante aos
CRAs. Também são títulos securitizados, porém, em vez
de ter relação direta com o mercado de agronegócio,
estão atrelados a créditos imobiliários.

• Isento de IR e IOF para pessoas físicas


• Não possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito
• Destinado a investidores em geral, qualificados e
profissionais
• Possibilidade de recebimentos periódicos

Títulos públicos

São títulos emitidos pelo governo, por meio do Tesouro


Nacional, com a finalidade de captar recursos para o
financiamento das contas públicas.

Possuem a maior garantia no mercado financeiro, pois


ao comprarmos um título, estamos emprestando
dinheiro ao Tesouro Nacional, ou seja, investindo no
próprio governo.

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Existem 4 tipos de títulos negociados no mercado hoje:

LTN (Letra do Tesouro Nacional): título pré-fixado


LFT (Letra Financeira do Tesouro): título pós-fixado ou
SELIC
NTN-B (Nota do Tesouro Nacional Série B): inflação
(IPCA) + juros pré-fixado, podendo ser com ou sem
cupom semestral
NTN-F (Nota do Tesouro nacional Série F): pré-fixado +
juros semestrais

• 100% garantidos pelo Tesouro Nacional


• Liquidez (a mercado)
• PJ pode ter acesso somente via mercado secundário
• Limite de aplicação de R$1.000.000,00 por mês.

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Investimentos em Renda Fixa:
Vantagens X Desvantagens

Vantagens

• Segurança: A renda fixa, diferentemente de outros


investimentos, conta com o Fundo Garantidor de Cré-
dito que, como mencionado anteriormente, fornece
proteção ao capital do investidor em até R$250 mil por
CPF para cada instituição onde o investidor tem conta.
Então, se o emissor quebrar, você não perde o valor in-
vestido.

• Liquidez: Há títulos de renda fixa que possuem liqui-


dez diária, como o Tesouro Direto, alguns CDBs, LCIs e
LCAs, o que permite que o resgate seja solicitado a
qualquer momento. Logo, uma liquidez elevada signifi-
ca maior tranquilidade para o investidor, pois quando
ele precisar, não há dificuldades para o resgate.
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• Acessibilidade: os investimentos de renda fixa são
acessíveis a todos os investidores. Para começar a in-
vestir, os aportes iniciam em R$ 30,00.

• Facilidade: aplicar em renda fixa é muito simples, pois


as negociações são totalmente online.

• Isenção: algumas aplicações de renda fixa contam


com isenção de impostos de renda, como é o caso de
LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e Debêntures incentivadas.

Desvantagens

• Taxas: Investir em renda fixa envolve impostos como o


IR, que é muito comum em investimentos, e o Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF), quando houver res-
gate antes de 30 dias.

• Carência: Alguns investimentos de renda fixa pos-


suem uma exigência de prazo de carência, em que
você não pode solicitar o resgate antecipado. Assim,
caso você precise do valor, terá que pagar multas e per-
derá parte dos rendimentos.

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Crédito, mercado e
liquidez:
Riscos da Renda Fixa

• Risco de crédito
O risco de crédito está relacionado à
possibilidade de inadimplência. É um
risco que depende da instituição que
emite a aplicação. Os títulos do Tesouro
têm o menor risco de crédito, pois o
emissor é o Governo Federal.
O FGC cobre algumas aplicações e pro-
tege os investidores no âmbito do Siste-
ma Financeiro Nacional. Contudo, ele
apresenta um limite para pessoas físicas
e jurídicas de R$ 250 mil por instituição
e por CPF/CNPJ.

• Risco de mercado
O risco a mercado significa que para
vender o título antes do vencimento é
preciso aceitar o preço que outras pes-
soas estão pagando por ele naquele
momento. Ou seja, se o valor do título
estiver menor no momento da venda

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antecipada, você terá prejuízo. As variações são
comuns e podem ocorrer devido a flutuações nos índi-
ces de preço ou da taxa de juros.

• Risco de liquidez
Esse tipo de risco está relacionado à facilidade e à velo-
cidade de vender o ativo. Em relação aos títulos de
renda fixa, a liquidez de cada um pode ser bem dife-
rente. Há aqueles com liquidez diária e investimentos
que só podem ser resgatados na data de vencimento.
Atualmente, as rendas fixas com maior liquidez são as
do Tesouro Direto, que permitem ao investidor vendê-
-las a qualquer tempo.

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Henrique Geiss é Head de Renda Fixa da Faz
Capital. Atuou no mercado financeiro no
atendimento a clientes alta renda e
acompanhamento estratégico de carteiras.
Tem know-how em estruturas de crédito
privado, swaps e nas demais estratégias de
renda fixa para os clientes!
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