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INTRODUÇÃO

Olá meus amigos, sejam todos muito bem vindos ao Investidor sem mistério!
Meu nome é Matheus Guimarães, um investidor amador, neste e-book vou
explicar sobre começar como começar a investir de uma maneira simples e
fácil. Todos sabem que investir é a melhor maneira de fazer o seu dinheiro
trabalhar para você e se multiplicar no longo prazo. Mas pra fazer isso e ter
bons rendimentos, você precisa escolher boas aplicações financeiras, e aí que
vem a pergunta: Quais aplicações financeiras existem ? Existem diversos
produtos de renda fixa e renda variável que você pode escolher para que você
tenha retornos consideráveis e acima da velha poupança que seus pais sempre
indicaram erradamente, o primeiro passo para fazer um bom investimento é
ter o conhecimento essencial sobre a aplicação escolhida. Nunca invista no
que você não conhece, o seu suado dinheiro é muito importante pra você!
Primeiramente vou explicar sobre produtos de Renda Fixa (produtos mais
conservadores), aplicações como o CDB, LCI , LCA e Debêntures são as
principais e quando selecionadas da melhor maneira, geram bons
rendimentos e menos risco aos investidores. Além dessas aplicações, existem
os Fundos de Investimentos, que também podem proporcionar rentabilidades
boas e de baixo risco. E depois você vai entender sobre os produtos de Renda
Variável (produtos mais arrojados, maior risco porém com maior
rentabilidade em sua maioria), o investidor menos conservador,vai investir
em Ações, Fundos Imobiliários, Fundos de Ações, Opções, Criptomoedas,
produtos que podem te proporcionar rentabilidades muito altas no longo
prazo. mas qual devo começar ? uma das lições mais importantes para os
investidores é a DIVERSIFICAÇÃO. Colocar todo seu dinheiro em um
único investimento pode dar ruim ( colocar todos os ovos na mesma cesta) ,
você estará dependendo de apenas um ativo, se ele subir tudo bem, mas se
cair vai perder tudo, então diversifique, tenha um Portfólio/Carteira com risco
controlado, tenha renda fixa e renda variável, se exponha ao mercado de
maneira controlada, tenha vários segmentos e não seja refém de um ativo,
quando você opta por alocar seus recursos de maneira diversificada entre
renda fixa e renda variável, seu risco é diminuído e seu rendimento pode ser
superior comparado a investimentos únicos.
Qual seu perfil de investidor? Antes de fazer qualquer aplicação descubra
qual o seu perfil de investidor. Isso é pra ter uma noção clara do seus
objetivos com o dinheiro investido, prazos estabelecidos e risco que você está
disposto a correr, isso tudo ajuda a definir se você é conservador, moderado
ou arrojado. Com isso em mente, é mais fácil você escolher o investimento
que vai atender seu perfil e seus objetivos. Vejamos as características de cada
perfil:
PERFIL DE INVESTIDOR CONSERVADOR- Um Investidor com esse
perfil possui a segurança como referência para seus investimentos,
assumindo os menores riscos possíveis. O Conservador não assume riscos
moderados ou elevados, apenas riscos baixos, mantém a sua carteira de
investimento pouco e quase sem nenhum ativo de renda variável, assim ,
dando preferência na renda fixa, na qual o risco é menor e rentabilidade
menor. Tem como objetivo principal a preservação do seu dinheiro, do seu
patrimônio, procura efetuar investimentos sólidos e busca retorno no longo
prazo.
PERFIL DE INVESTIDOR MODERADO- Para o Investidor Moderado, a
segurança é importante, mas ele busca também retornos maiores, então tem
seu objetivo mais flexível em relação ao risco. Permite que parte do seu
dinheiro/patrimônio seja investido em renda variável e o restante em renda
fixa. Além disso, preza pela busca de ganhos no médio e longo prazo.
PERFIL DE INVESTIDOR ARROJADO - Este perfil moçada, está
relacionado a investidores que tem muito conhecimento no mercado de
capitais, que buscam retornos maiores do que a renda fixa, assim assumindo
mais riscos, aplicando em ações de empresas ou fundos imobiliários. Além de
operações “alavancadas” (Alavancagem financeira é um recurso que
impulsiona a rentabilidade e o risco de um investimento, ou seja, é o aumento
das possibilidades sem acrescentar nada ao custo inicial do investimento.
assim, alavancagem é a mesma coisa que pegar dinheiro emprestado para
investir) ficando ciente das chances de perda , não só dos recursos investidos
, como também outros recursos alocados em outros investimentos.
A TAXA SELIC serve como referência para todas as taxas da economia. é
conhecida como a taxa básica de juros da economia. O Copom define a Selic
Meta a cada 45 dias. Nos investimentos, a Selic é uma das principais
referenciais para aplicações pós-fixadas. Um exemplo é o Tesouro Selic, que
paga exatamente o mesmo percentual da Selic aos investidores. O CDI
(Certificado de Depósito Interbancário) oscila sempre muito próximo da
Selic. O CDI foi criado para lastrear as operações de curtíssimo prazo entre
os bancos. Para o investidor, o importante é saber que o CDI funciona como
uma taxa de referência da renda fixa. Essa taxa oscila muito próxima da
Selic. A maioria das aplicações de renda fixa pós-fixadas referenciam a
rentabilidade no CDI. Renda Fixa é uma classe de ativos que remunera os
investidores com regras pré-definidas que podem ser pré-fixadas ou pós-
fixadas. Basicamente, você vai emprestar dinheiro para instituição que emitiu
o título e ela vai te devolver com juros, que seja um banco ( é isso mesmo
você empresta dinheiro pro banco a juros), uma empresa ou o governo e a
taxa de rentabilidade já é definida, você já sabe aproximadamente quanto vai
ganhar.
PRÉ-FIXADA O investimento tem uma taxa definida, no momento da
compra você já sabe quanto vai ganhar. Por exemplo: CDB que paga 15% ao
ano, o valor que você aplicar nele, vai te dar essa taxa de retorno até o
vencimento do título.
PÓS-FIXADA Neste caso, a rentabilidade do investimento é baseada em
alguma taxa de referência. A principal taxa utilizada como referencial é o
CDI. Por exemplo: 150% do CDI ao ano. Isso quer dizer que o investidor não
sabe exatamente qual será sua rentabilidade, já que o CDI pode variar, mas
sabe que ela será um percentual sobre o índice de referência do período risco
de crédito, é o risco de calote do emissor. Quando você pega um título de
renda fixa você empresta dinheiro para o emissor do título em troca de uma
remuneração. O risco é da instituição não pagar o dinheiro que você
emprestou, que seja por falta de recursos, falência ou mesmo uma
intervenção do Banco Central. Tome cuidado, você tem que avaliar o rating
do título, muitas vezes analisados por agência de classificação de risco.
Quanto maior o rating, menor a chance do emissor não te pagar.
RISCO DE LIQUIDEZ - É a dificuldade de transformar a aplicação em
dinheiro, seja pelo vencimento, carência, ou volume de negociações, ou seja,
o tempo pra você resgatar a aplicação.
RISCO DE MERCADO - É o risco de oscilação de preços, que pode trazer
retornos positivos ou negativos . As ações têm o risco de mercado porque o
preço dos papéis muda o todo tempo, a cada negociação feita na Bolsa.
Aplicações de renda fixa apresentam risco de mercado quando o investidor
vende o título antes do vencimento no mercado secundário. FGC O FGC
(Fundo Garantidor de Crédito) é uma entidade privada sem fins lucrativos,
responsável pelo auxílio aos investidores, com foco no pequeno investidor,
em caso de falência da instituição financeira, ou seja, ela garante seu dinheiro
aplicado.

OS PRINCIPAIS INVESTIMENTOS DA RENDA


FIXA
CDB(Certificado de Depósito Bancário) é um título privado emitido por
bancos, com o objetivo de captar recursos para financiar atividades como por
exemplo, concessão de crédito. De maneira mais simples mano, você
empresta dinheiro para um banco num prazo acordado, e o banco devolve
esse montante acrescido de uma taxa de juros do período. O CDB é mais
indicado quando os juros estão altos, porque sua rentabilidade acompanha a.
a. taxa. É necessário se atentar ao % do CDI que está sendo oferecido pelo
banco, que pode variar bastante , quanto maior o banco, menos ele paga,
podendo chegar a remunerações de mais de 120% do CDI. Vantagens é
coberto pelo FGC; Recomendável para diversificar carteira de investidores
que priorizam segurança pela garantia do FGC. Desvantagens tem cobrança
de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações de menos de
30 dias; Em caso de alocação acima de 250 mil reais no mesmo banco, o
investidor poderá perder o valor aplicado acima deste em caso de falência ou
intervenção do Banco Central. Risco O valor da aplicação deve ser inferior
aos 250 mil, pois o que exceder não será coberto pelo FGC se o banco
escolhido quebrar. Prazo pode variar, oscilando desde a liquidez diária, a data
de vencimento determinada pelo banco, que pode chegar a 5 anos. Liquidez
há a possibilidade de optar por um CDB que possui liquidez diária. Há outros
que estabelecem datas prefixadas para resgate.
LC(Letra de Cambio), não tem relação com o investimento em moedas, é
usada pelos bancos como forma de captação de recursos financeiros para
empréstimos às pessoas físicas ou jurídicas que firmaram algum contrato de
financiamento, ou seja, são geradas por instituições financeiras que trabalham
com crédito consignado ou pessoal geralmente. O termo “cambio” é por
conta do modelo de cobrança desses créditos, que podem ser via ação
cambial. A rentabilidade das LCs costuma ser maior que os demais ativos de
renda fixa. Vantagens é coberto pelo FGC; Recomendável para diversificar
carteira de investidores que priorizam segurança pela garantia do FGC.
Desvantagens há cobrança de IOF (Impostos sobre Operações Financeiras)
para aplicações de menos de 30 dias. Em caso de alocação acima de 250 mil
reais no mesmo banco, o investidor poderá perder o valor aplicado acima
deste em caso de falência ou intervenção do Banco Central.
LETRAS FINANCEIRAS - São títulos emitidos por instituições financeiras
com a finalidade de captar recursos de longo prazo. Seu vencimento é
superior a dois anos e valor de aplicação geralmente é maior comparado aos
outros ativos. Porém, oferece aos melhor rentabilidade do que outras
aplicações financeiras com liquidez diária ou com prazo inferior ao
vencimento. Desta forma, a LF beneficia tanto os bancos que necessitam
captar recursos quanto os investidores que possuem montante relevante para
aplicações de longo prazo. A remuneração pode ser através de taxas de juros
prefixadas, combinadas ou não com taxas flutuantes ou índices de preços.
Elas podem ser recompradas pelas instituições financeiras em montante que
não ultrapasse 5% do total emitido. Devido ter valor nominal unitário igual
ou superior a 150 mil reais. Vantagens diversificação de investimento, além
de ser uma alternativa de aplicação de longo prazo que oferece condições de
remuneração diferenciadas. Sendo um investimento em renda fixa, o
investidor tem previsão do fluxo de caixa gerado pelas remunerações (juros)
e amortizações. Desvantagens valor unitário mínimo de 150 mil reais pode
ser um empecilho para pessoas físicas. Prazo mínimo para vencimento de 24
meses, sem possibilidade de recompra ou resgate antes desse prazo, e prazo
mínimo para pagamento de rendimentos de 180 dias. Risco Não tem garantia
do FGC, então quebrada, tem o risco de crédito do emissor do título, ou seja,
se a instituição emissora do título não honrar os pagamentos previstos. Prazo
Mínimo 24 meses, vedado o resgate total ou parcial antes do vencimento.
Liquidez Liquidez no mercado secundário sujeita a oscilações e preços de
mercado Tributação Renda Fixa Tributação Aplicações 22,5% Até 6 meses
20% De 6 meses a 1 ano 17,5% De 1 ano a 2 anos 15% Superior a 2 anos.
DEBÊNTURES - São títulos de dívida de médio e longo prazo que conferem
a detentor um direito de crédito contra a companhia emissora. Quem investe
em debêntures se torna credor dessas companhias. No Brasil, as debêntures
constituem uma das formas mais antigas de captação de recursos pelas
empresas. Todas as características desse investimento como prazo,
remuneração e outros, são definidas na escritura de emissão e podem ser ou
não conversíveis em ações da própria empresa emissora.
CRI e CRA O CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e o CRA
(Certificado de Recebíveis do Agronegócio) são títulos de renda fixa
emitidos por instituições securitizadoras, com objetivo de financiar o setor
imobiliário e o agrícola respectivamente. Existem várias formas de
remuneração nesse investimento. O mais comum é atrelado a inflação (IPCA)
somado ao pagamento de uma taxa prefixada, mas também é possível que o
rendimento seja vinculado ao DI ou apenas prefixado. O pagamento de juros
é feito de maneira periódica de juros e amortização (mensal, semestral ou
anual) ou em alguns casos, apenas na data de vencimento dos títulos.
Diferentemente de outros títulos privados, os CRIs e CRAs não possuem a
garantia do FGC. Portanto, é recomendável que o investidor avalie a nota de
crédito concedida por uma agência de classificação de risco (rating) da
emissão dos ativos para conhecer os riscos da aplicação.
TESOURO DIRETO é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido
para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas por meio da
internet. Ao comprar um título público, você empresta dinheiro para o
governo brasileiro em troca de direito de receber no futuro uma remuneração
por este empréstimo. Logo, você receberá o que emprestou acrescido de
juros. Os recursos do Tesouro Direto são utilizados pelo Governo Federal
para promover os investimentos em saúde, educação, infraestrutura, entre
outros no Brasil. Dentre os títulos disponíveis o investidor pode optar por
prazos mais curtos ou mais longos e por ativos prefixados ou pós-fixados,
fato que torno o Tesouro Direto acessível para todos os perfis de clientes. Os
prefixados são indicados para os investidores que visam o médio prazo e
você sabe exatamente o valor que irá receber de ficar com o título até o
vencimento, já os pós-fixados, como o Tesouro Selic, são mais indicados
para investidores que visam o curto prazo, enquanto o Tesouro IPCA+ para
aqueles que tem como objetivo o longo prazo. Tesouro Selic É um título com
rentabilidade diária vinculada à taxa básica de juros da economia (Taxa Selic)
do Brasil. O resgate do principal e dos juros pode ocorrer no momento de
resgate ou ocorre no vencimento do título. Indicada para investidores de
perfil mais conservador que visam o curto prazo. Tesouro Prefixado É um
título com rentabilidade definida no momento da compra, com o resgate do
valor aplicado somado aos juros pré-determinados na data do vencimento.
Indicado para investidores que acreditam que a taxa prefixada será mais que a
taxa Selic no período de aplicação. Recomendável levar o título até o seu
vencimento para não correr o risco de perda do capital investido devido a
possibilidade de oscilação no preço do ativo no período de aplicação.
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais é um título com rentabilidade
definida, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento
dos juros é semestral e o resgate do principal ocorre na data de vencimento
do título. Recomendável levar o título até o seu vencimento para não correr o
risco de perda do capital investido devido a possibilidade de oscilação no
preço do ativo no período de aplicação. Tesouro IPCA É um título com a
rentabilidade vinculada a variação do índice de inflação IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo), acrescida de um “prêmio” (juros) definido no
momento da compra. O resgate do valor nominal atualizado ocorre na data de
vencimento do título. É indicado aos investidores que buscam rentabilidade
real (juros pagos no momento da compra menos a inflação no período). Sua
principal vantagem é que seu dinheiro será atualizado de acordo com a
inflação (IPCA) do país. Recomendável levar o título até o seu vencimento
para não correr o risco de perda do capital investido devido a possibilidade de
oscilação no preço do ativo no período de aplicação. Tesouro IPCA com
Juros Semestrais é um título com a rentabilidade vinculada à variação do
índice de inflação IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acrescida
de um “prêmio” (juros) definido no momento da compra.
FUNDOS DE INVESTIMENTO são uma alternativa interessante para
quem não tem muito tempo nem conhecimento para analisar o mercado e
prefere deixar o dinheiro nas mão de um profissional especializado. O
responsável por escolher os ativos do fundo é o gestor, a quem caberá as
decisões de compras e venda de ações ou títulos, sempre respeitando as
regras que estão descritas no regulamento do fundo. Para você entender
melhor como funciona um fundo, vamos dar um exemplo bem simples: Você
tem um dinheiro sobrando e resolve investir em ações. Sempre que escolhe
fazer isso por meio de um fundo, o gestor juntará seu dinheiro ao de outras
pessoas que também fizeram o mesmo e comprará ações de empresas
negociadas na Bolsa de Valores com o volume financeiro total. Além disso,
com esses recursos, o gestor consegue comprar várias ações, trazendo
diversificação a sua carteira, mesmo com um volume de aplicação pequeno.
Outra vantagem só as operações de compra e venda dos ativos, cujos custos
você teria sozinho, enquanto no fundo são diluídas entre todos os cotistas.
Principais tipos de fundos Fundos de Renda Fixa os fundos de renda fixa são
aplicações em geral conservadoras e devem ter pelo menos 80% de seus
recursos aplicados nessa classe de ativos, como títulos públicos, debêntures e
emissões bancárias. Muitos desses fundos apresentam uma liquidez elevada,
isto é , o investidor pode ter seus recursos resgatados em períodos curtos, de
1 a 15 dias, o que é vantajoso, comparado a investimentos em títulos
bancários com resgate de 1 a 2 anos. Os gestores dos fundos de renda fixa
podem priorizar os investimentos em títulos atrelados à inflação, com o
objetivo de ganhar com o aumento dos índices de preços, ou então, investir
em títulos de dívida de empresas privadas, cujos rendimentos serão maiores a
depender do risco de inadimplência associado. Fundos Multimercado como o
próprio nome indica, os fundos multimercado podem investir em diversos
mercados, como o de ações, moedas, juros e até mesmo commodities.

OS PRINCIPAIS INVESTIMENTOS DA RENDA


VARIÁVEL

FUNDOS IMOBILIÁRIOS São condomínios de investidores que tem por


objetivo aplicar recursos no desenvolvimento de empreendimentos
imobiliários ou imóveis prontos, como hotéis, shoppings, edifícios
comerciais, escolas , loteamentos etc. Estes fundos têm suas cotas negociadas
na Bolsa de Valores e o investidor pode comprar e vender como se fosse uma
ação negociada na Bolsa. O objetivo do fundo é conseguir retorno pela
exploração da locação, arrendamento, venda do imóvel e demais atividades
do setor imobiliário. O retorno pode se dar pela distribuição de resultados
mensais de receitas de aluguéis ( DIVIDENDOS), que é isento de Imposto
de Renda para pessoas físicas, ou pela venda das cotas na Bolsa de Valores.
Custos de investir em fundos Confira as principais taxas cobradas pelos
gestores de fundos de investimento: Taxa de administração Percentual sobre
o patrimônio líquido do fundo. É a taxa cobrada pela prestação de serviço do
gestor. Em geral, quanto mais complexa a estratégia do fundo, como no caso
de ações e multimercado, maiores tendem a ser as taxas. Mais importante do
que analisar o valor da taxa de administração, é saber se a gestão tem
capacidade de entregar um retorno condizente. Taxa de performance se
estiver estabelecido no regulamento do fundo, o gestor cobrará a taxa sempre
que superar a rentabilidade de um índice de referência predefinido. Isso pode
ser um incentivo interessante para alinhar os interesses do gestor e do
investidor na busca pela melhor rentabilidade possível.
CRIPTOMOEDAS são moedas digitais, criptografadas e descentralizadas –
ou seja, sua emissão não depende de Banco Central. Em vez disso, as
principais moedas do mercado são produzidas por milhares de computadores
espalhados pelo mundo – é a chamada mineração de moedas digitais. Estas
máquinas são mantidas por pessoas, que usam esta força computacional para
criar novas criptomoedas, além de registrar e aprovar as operações feitas com
a moeda digital. O exemplo mais conhecido de criptomoeda é o Bitcoin, que
foi definido por seu criador como “um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-
peer”, que replica as propriedades do dinheiro físico num ambiente digital.
Sua oferta e quantidade emitido (no máximo 21 milhões) é predeterminada
pelas regras estabelecidas em um software e é assegurada pelos participantes
da rede, sem um banco central, como as moedas tradicionais. Seu preço é
definido livremente pelo mercado. Baseado numa tecnologia denominada
blockchain, o sistema é considerado seguro, apesar de não ter uma entidade
centralizadora ou instituição financeira por trás. Principais riscos: As
criptomoedas são um investimento de renda variável que possuam muita
volatilidade, então o risco de mercado é elevado e o investidor deve fazer
uma boa análise antes de alocar seu capital neste tipo de produto.
DERIVATIVO é um instrumento financeiro cujo valor final depende
(deriva), total ou parcialmente, do valor de outro ativo – que pode ser uma
ação, moedas, juros, entre outros. Os derivativos são utilizados muitas vezes
para fins de gestão de risco de empresas e de investidores pessoas físicas, que
buscam proteção contra oscilações indesejadas – estratégia conhecida como
hedge. Eles também são utilizados por investidores que montam operações
visando um lucro mais elevado, já que eles possibilitam uma alavancagem
maior, o que traz também um risco mais elevado.
MERCADO FUTURO é como outro mercado qualquer que conta com a
presença de vendedores e compradores influenciados pela oferta e demanda
dos ativos negociados. A diferença é que, em vez de ativos à vista, são
negociados contratos para liquidação em uma data futura específica,
previamente autorizada. O mercado futuro oferece diversos contratos, mas
vale destacar os minicontratos do Índice Bovespa (WIND) e os minicontratos
de Dólar (WDOL), que movem grandes volumes financeiros diariamente. Os
principais agentes neste mercado são investidores especulando, dado a
possibilidade de alavancagem, e investidores protegendo seu patrimônio
(hedgers).
OPÇÕES no mercado de opções o investidor compra o direito, porém não a
obrigação, de compra ou de venda de um ativo financeiro, com preços e
prazos de exercício determinados. Ao comprar uma opção de compra, por
exemplo, o investidor tem o direito de comprar um ativo no preço (conhecido
como preço de exercício ou strike) e prazo predefinidos. Vamos supor o
exemplo de um investidor que comprou uma opção de compra das ações da
empresa XYZ a R$100, em um dia específico no futuro. Neste dia, o
investidor terá a alternativa de comprar ou não a ação, dependendo do preço
que o papel está sendo negociado. Se o preço de mercado for superior a 100,
o investidor exercerá sua opção, pois poderá comprar por R$100 uma ação
que vale mais do que isso no mercado. Caso o preço no mercado seja abaixo
de R$100, a opção não deve ser exercida, pois vale mais a pena comprar o
papel diretamente no mercado à vista. Neste caso a opção terá virado “pó”,
como é frequentemente falado no mercado financeiro. Como o comprador de
uma opção tem um direito e o vendedor uma obrigação, sempre que uma
opção é negociada é pago um prêmio, que pode ser comprado, por exemplo,
ao prêmio de uma apólice de seguro. Assim, quem adquire o direito, ou seja,
quem compra a opção paga um prêmio, enquanto quem vende a opção acaba
recebendo este prêmio. Existem opções de compra conhecidas. Em inglês
como CALL e opções de venda, conhecidas como PUT. Assim, o investidor
tem quatro alternativas básicas: comprar ou vender uma opção de compra e
comprar ou vender uma opção de venda. Estas operações são comumente
ilustradas em gráficos de “payoff”, que ilustram o quanto o investidor ganha
ou perde de acordo com o preço do ativo objeto no vencimento. A partir
destas quatro alternativas básicas é possível criar estruturas de opções mais
complexas, por exemplo: Call Spread e Put Spread, Collar, Fence, Straddle,
Fly e muitas mais.
AÇÕES - AÇÃO é a menor parcela do capital social das companhias ou
sociedades anônimas. Ao comprar uma ação o investidor se torna sócio da
empresa e, portanto, pode ganhar com o crescimento e a distribuição dos seus
lucros. A grande vantagem do mercado de ações em relação a abrir o próprio
negócio é que o investidor pode se tornar sócio de empresas bastante sólidas,
com posição de liderança de mercado, barreiras de entrada a novos
concorrentes e enorme potencial de crescimento. É por esse motivo que muita
gente acha que investir na Bolsa é menos arriscado do que se tornar
empresário ou empreendedor. As ações podem ser de dois tipos, ordinárias ou
preferenciais, sendo que a principal diferença é que as ordinárias dão ao seu
detentor o direito de voto e as preferenciais permitem o recebimento de
dividendos em valor superior ao das ações ordinárias, bem como a prioridade
no recebimento de reembolso do capital. O primeiro lançamento de ações no
mercado é chamado de IPO – Initial Public Offer (Oferta Pública Inicial).
Após a abertura de capital e a oferta inicial, a empresa poderá realizar outras
ofertas públicas, conhecidas como “Follow-on” As ações de IPO e Follow-on
podem ser primárias e secundárias. Nas ofertas primárias, a empresa capta
recursos novos para investimento e reestruturação de passivos, ou seja, ocorre
efetivamente um aumento de capital da empresa. As ofertas secundárias, por
sua vez, proporciona liquidez aos empreendedores, que vendem parte de suas
ações, num processo em que o capital da empresa permanece o mesmo,
porém ocorre um aumento na base de sócios. Investir diretamente em ações
costuma ser uma boa opção para aqueles que podem acompanhar de perto o
dia a dia da Bolsa e dispõem de tempo para estudar e avaliar fatores que
influenciam as empresas e os setores da economia.
Análise fundamentalista é um dos métodos mais tradicionais de avaliar
empresas com intuito de tomar uma decisão de investimento. Este método
leva em consideração não apenas os fatores relacionados à situação
financeira, econômica e de mercado das companhias, mas também o cenário
econômico global nos qual estão inseridas. Tal análise tem um horizonte de
médio e longo prazo. A análise fundamentalista não se limita a análise de
ações, podendo também ser aplicada a uma empresa não listada na bolsa de
valores, um setor da economia, uma commodity, e moedas. A análise técnica
ou análise gráfica é a forma pela qual são utilizados gráficos para determinar
o momento de entrar e sair de um ativo. Os gráficos refletem a expectativa de
todos os agentes que estão atuando no mercado, logo se estivermos
observando um aumento de preços é porque a demanda está maior que a
oferta e se estivermos observando uma perda de níveis de preços é porque a
oferta é maior que a demanda. É como se estivéssemos fazendo uma pesquisa
de opinião, em que, por meio dela, tentamos identificar as melhores
tendências, para que possamos investir no mercado e projetar o futuro
caminho dos preços dentro de uma lógica de maiores probabilidades,
acreditando que os padrões e tendências ocorridos no passado se repetem.
Esta técnica vem sendo apreciada por muitos que operam no mercado
financeiro, visando rentabilizar seu portfólio de investimentos procurando
identificar o melhor “momento” para realizar operações e ser mais simples
em suas análises.
TRIBUTAÇÃO DAS AÇÕES Mercado à vista: O IR sobre ganhos com
ações é de 15% porém, o investidor está isento quando a soma de suas vendas
mensais de ações forem inferiores a R$ 20 mil reais ( R$ 20.000,00).
Mercado de opções a termo e de futuros: Quando o investidor opera nestes
mercados paga 15% da alíquota quando há lucro, independente do volume
financeiro. Day Trade: Neste caso, especificamente, o valor da alíquota é de
20% sobre o lucro obtido. Lembre-se o recolhimento é mensal e deve ser
feito até o último dia útil do mês seguinte às operações.
PRINCIPAIS RISCOS MERCADO: É o principal risco do investimento
em ações. Isso porque o preço varia diariamente e o investidor por perder
dinheiro se houver oscilação negativa durante o período da sua aplicação nos
papéis daquela companhia.
LIQUIDEZ: O investidor pode não encontrar compradores potenciais no
momento que quiser vender o papel e no preço desejado. Isso acontece
principalmente com ações de empresas menores que têm pouca negociação
na Bolsa de Valores
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS são apresentações capazes de
informar a situação financeira geral de uma empresa. Esses relatórios
contábeis são muito úteis para auxiliar uma empresa a organizar o orçamento
e tomar decisões de gestão. É com base nas demonstrações financeiras que é
possível apurar impostos, controlar o fluxo de caixa, realizar investimentos
mais rentáveis e gerenciar melhor o negócio como um todo. As empresas são
obrigadas a prestar contas anualmente através das demonstrações financeiras.
Além disso, elas são utilizadas por diversos interessados na empresa:
investidores, credores, clientes, bancos e outros. Qual a importância das
demonstrações financeiras? É através das demonstrações financeiras de uma
empresa que a equipe de finanças, um investidor em potencial e os sócios
podem tomar decisões mais seguras. É por meio da análise das informações
contidas nas demonstrações financeiras que as organizações conseguem
aprovar financiamentos, pois ali estão discriminados os recursos disponíveis
em caixa e sua capacidade de pagamento. As demonstrações financeiras são
capazes de discriminar todos os gastos, o retorno sobre investimentos e o
faturamento previsto. Os principais itens das demonstrações financeiras são o
Balanço Patrimonial e a Demonstração dos Resultados do Exercício.
- Balanço Patrimonial: São registrados os bens, direitos e obrigações da
empresa num determinado momento, agrupados em contas dispostas em
ordem decrescente de liquidez.
Exemplo Balanço Patrimonial “FAV S.A” Empresa
Total Ativo R$ 1.800
Ativo Circulante R$ 800
Caixa R$ 180
Contas a Receber de Clientes R$ 300
Estoque R$ 200
Outros R$ 120
Ativo Não Circulante R$ 100
Realizável a Longo Prazo R$ 100
Empréstimo a Receber R$ 100
Permanente R$ 900
Investimentos R$ 200
Imobilizado R$ 600
Intangível R$ 100
Total Passivo R$ 1.800,00
Passivo Circulante R$ 600,00
Fornecedores R$ 180,00
Empréstimo a Pagar R$ 150,00
Impostos e Outros R$ 270,00
Passivo Não Circulante R$ 200,00
Exigível a Longo Prazo R$ 200,00
Empréstimo a Pagar R$ 200,00
Patrimônio Líquido R$ 1.000,00
Capital Social R$ 600,00
Reservas R$ 400,00
A soma de todos os itens do Ativo será SEMPRE igual à soma dos itens do
Passivo. No Ativo Circulante estão contabilizadas as disponibilidades (caixa,
valores depositados em bancos, aplicações financeiras de curto prazo e etc.) e
os direitos realizáveis no prazo de um ano (contas a receber de clientes,
estoques e etc.). Como não Circulante, podemos destacar dois grupos: o
Realizável a Longo Prazo e o Ativo Permanente. O Realizável a Longo Prazo
também registra direitos e obrigações, porém aqueles que somente têm
expectativa de realização após um ano a partir da data do balanço. Exemplos:
vendas com prazo superior a um ano, empréstimos concedidos a empresas do
mesmo grupo controlador, dentre outras operações consideradas de longo
prazo. O Ativo Permanente pode ser dividido em três parcelas básicas:
Investimentos, Imobilizado e Intangível. Em Investimentos classificam-se as
participações societárias de caráter permanente em outras empresas. No
Imobilizado estão os bens destinados às operações da companhia, como suas
fábricas, equipamentos, instalações, etc. Com relação ao Intangível, alguns
exemplos seriam marcas, patentes e licenças de uso de software. No Passivo
Circulante estão classificadas as obrigações de curto prazo da companhia,
como dívida com fornecedores, impostos, instituições financeiras e etc. O
Exigível a Longo Prazo, da mesma forma, registra dívidas e obrigações, com
a única diferença situada no prazo de pagamento, ou seja, aqui se incluem
aquelas com prazo superior a um ano. Finalmente quebrada, chegamos ao
Patrimônio Líquido, que representa o capital próprio da empresa. Nele estão
incluídas as contas de Capital Social, Reserva de Capital, Reserva de Lucros
e outras reservas, além dos Prejuízos Acumulados (caso existam). Em outras
palavras, este grupo se caracteriza pela diferença entre o valor total dos ativos
(bens e direitos) e dos passivos (obrigações). Falando agora sobre a
Demonstração dos Resultados: Na Demonstração dos Resultados do
Exercício é que iremos verificar a performance da empresa dentro de um
determinado período. Cabe aqui lembrar que o Balanço Patrimonial
representa uma fotografia dos números da empresa em certa data. No caso da
Demonstração dos Resultados a ideia é outra, ou seja, são valores
acumulados num espaço de tempo (receitas e despesas), sendo o somatório
vai nos mostrar se houve lucro ou prejuízo. A classificação das contas segue
uma sequência lógica e se inicia com o faturamento da empresa (ou Receita
Operacional Bruta) no período. Vamos tomar como referência a
Demonstração de Resultados da empresa fictícia FAV S.A., vamos ao nosso
exemplo novamente:
EMPRESA FAV S.A
(+) Receita Operacional Bruta 1000 (-) Imposto sobre vendas (80) (-)
Devoluções e Abatimentos (20) (=) Receita Operacional Líquida 900 (-)
Custo dos Produtos Vendidos (400) (=) Lucro Bruto 500 (-) Despesa
Operacionais (240) Vendas (100) Administrativas (60) Financeiras (líquidas)
(80) Equivalência Operacional 30 Outros (30) (=) Lucro Operacional Antes
do IR e CSLL 260 (-) Imposto de renda e Contribuição Social (80) (=) Lucro
Líquido 180 A contabilidade utiliza o chamado regime de competência, e não
de caixa, o que significa que todos os valores são lançados na Demonstração
dos resultados, sejam eles efetivamente recebidos ou não. A Receita
Operacional Bruta se relaciona com as vendas da empresa no período, não
importando se foram feitas à vista ou à prazo. Da receita bruta são deduzidos
os impostos, como IPI, ICMS e outros, e ainda eventuais devoluções de
vendas e abatimentos concedidos posteriormente à entrega dos produtos.
Chegamos então à Receita Operacional Líquida. O Custo dos Produtos
Vendidos, ou simplesmente CPV, representa a parcela dos estoques que foi
vendida no período, incorporando todo o custo envolvido na produção, como
matérias-primas, mão-de-obra, energia, depreciação, etc. Numa empresa
industrial, a fórmula básica do CPV é a seguinte: CPV = EI + CPP – EF
Onde: EI = Estoque Inicial CPP = Custo de Produção no Período EF =
Estoque Final O Custo de Produção obedece a seguinte composição: CPP =
MC + MO + CI Onde: MC = Materiais Consumidos MO = Mão-de-Obra
Direta CI = Custos Indiretos de Fabricação (aluguéis, materiais auxiliares,
m.o. indireta, etc.) A diferença entre a receita líquida e o CPV resulta no
Lucro Bruto. Em seguida, encontramos as Despesas Operacionais, aqui
apresentadas de acordo com as definições dada pela Lei das S.A. As
principais despesas operacionais são: Despesas com Vendas: representam
todos os gastos de promoção, colocação e distribuição dos produtos da
empresa, tais como salários do pessoal de vendas, comissão de vendedores,
propaganda e publicidade, dentre várias outras. Despesas Administrativas:
incluem os gastos com o pessoal específico da área administrativa, honorários
da diretoria, dentre outras despesas. Despesas Financeiras: referem-se aos
custos dos empréstimos contratados junto às instituições financeiras, além de
encargos de títulos e outras operações sujeitas a despesas de juros
(debêntures, por exemplo). Nosso exemplo menciona despesas financeiras
líquidas, o que significa que as Receitas Financeiras também estão
contabilizadas aqui, sendo mostrado o saldo entre despesas e receitas. As
receitas financeiras se originam basicamente da aplicação no mercado
financeiro das disponibilidades de recursos da empresa. Equivalência
Patrimonial: diz respeito à parte proporcional que cabe a uma empresa sobre
a variação do Patrimônio Líquido de outras empresas nas quais tenha
participação acionária relevante. Seguindo o ordenamento lógico da
Demonstração dos Resultados, concluímos que se deduzirmos do Lucro
Bruto todas as despesas operacionais, chegamos ao Lucro Operacional antes
do IR e CS. Deste lucro é deduzida a parte do “Leão” da Receita Federal.
Tudo considerado apura-se então o Lucro Líquido do exercício, que é
direcionado para os acionistas, sendo uma parte na forma de dividendos e
outra parte incorporada ao Patrimônio Líquido, na condição de reservas.
Constam ainda com destaque nas demonstrações financeiras o Relatório da
Administração, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a
Demonstração do Fluxo de Caixa, as Notas Explicativas e o Parecer dos
Auditores Independentes. Parecer dos Auditores Independentes O parecer do
Auditor Independente é o documento final que é elaborado após a auditoria
de determinada entidade. É neste parecer que o Auditor expressa sua opinião
sobre as demonstrações contábeis que foram analisadas, se elas estão ou não
adequadas, em todos os aspectos relevantes, aos critérios contábeis. Para
formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve segurança razoável de
que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de
distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
ANÁLISE DE BALANÇOS - A análise retrospectiva das demonstrações
financeiras permite ao analista conhecer em detalhes a estrutura de capitais da
empresa analisada, observando a evolução dos principais dados contábeis,
como as contas a receber de clientes, nível de estoques, contas a pagar a
fornecedores, faturamento, custo de produtos vendidos, estrutura financeira,
etc. É comum quando da análise dos balanços a reclassificação de algumas
contas por parte dos analistas, com o objetivo de obter um padrão mais
adequado para o trabalho. Um bom exemplo é a separação das despesas
financeiras e da equivalência patrimonial do lucro operacional, criando-se o
chamado Lucro da Atividade. Vamos tomar como exemplo a Demonstração
dos Resultados da empresa FAV S.A, onde também veremos os cálculos da
Análise Vertical e da Análise Horizontal. (+) Receita Operacional Bruta (-)
Custo dos Produtos Vendidos (=) Lucro Bruto (-) Despesa ligadas a
Atividade (=) Lucro da Atividade (-) Resultado Financeiro (=) Lucro Antes
do Imposto de Renda (-) Imposto de Renda e Contribuição Social (+)
Equivalencia Patrimonial (=) Lucro Liquido ANO 2X11 900 (400) 500 (190)
310 (80) 230 (80) 30 180 A.V (%) 100 (44,4) 55,6 (21,1) 34,4 (8,9) 25,6 (8,9)
3,3 20 ANO 2X12 1.090 (460) 630 (195) 435 (60) 375 (125) (30) 220 A.V
(%) 100 (42,2) 57,8 (17,9) 39,9 (5,5) 34,4 (11,5) (2,8) 20,2 A.H (%) 21 15 26
3 40 (25) 63 56 - 22 A Análise Vertical (A.V.) indica o peso de cada conta
em relação ao total de ativos da empresa (no caso do balanço patrimonial) ou
a representatividade de cada linha da demonstração dos resultados em relação
à receita líquida. No nosso exemplo, podemos observar que ocorreram
alterações nas “margens” da análise vertical de um ano para o outro.
Destacam-se como importantes referenciais para análise a margem bruta
(lucro bruto/receita líquida), margem da atividade (lucro da atividade/receita
líquida) e margem líquida (lucro líquido/receita líquida).
A Análise Horizontal (A.H.) mostra a evolução de cada conta de um período
para outro, ou seja, a variação percentual de cada item das demonstrações
financeiras. Em nosso exemplo, notamos que o item que mais cresceu foi o
Lucro Antes do IR (63%) e o que mais se reduziu foi o Resultado Financeiro,
que caiu 25%. Quanto aos indicadores que medem a performance da
empresa, vamos começar mostrando aqueles ligados a uma avaliação estática,
que são os Indicadores de Liquidez e de Endividamento. Mais uma vez
vamos recorrer às demonstrações financeiras da empresa FAV S.A., mas
agora observando seu Balanço Patrimonial e demonstrando alguns quocientes
bastante utilizados. EMPRESA FAV S.A EMPRESA FAV S.A Total Ativo
1.800 Ativo Circulante 800 Caixa 180 Contas a Receber de Clientes 300
Estoque 200 Outros 120 Ativo Não Circulante 100 Realizável a Longo Prazo
100 Permanente 900 Total Passivo 1.800 Passivo Circulante 600
Fornecedores 180 Empréstimos a Pagar 150 Impostos 270 Passivo Não
Circulante 200 Exigível a Longo Prazo 200 Empréstimo a Pagar 200
Patrimônio Liquido 1000 Indicadores Liquidez Corrente 1,33 Liquidez Seca
1 Liquidez Geral 1,13 Endividamento Geral 0,8 Endividamento Oneroso 0,35
Grau de Aplicações Financeiras 0,18 Endividamento Oneroso Liquido 0,17
Grau de Imobilização 0,9 Liquidez Corrente = Ativo Circulante/Passivo
Circulante Indica quanto a empresa tem a receber no curto prazo em relação a
cada unidade monetária que deve no mesmo período. Liquidez Seca = (Ativo
Circulante - Estoques)/Passivo Circulante Tem o mesmo significado que a
liquidez corrente, com exceção do fato de que os estoques não são
considerados como recebíveis, ou seja, não conta com a realização imediata
dos estoques. Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo Oferece a mesma indicação da
liquidez corrente, mas engloba também os ativos e passivos a longo prazo.
Endividamento Geral = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
Patrimônio Líquido Indica quanto a empresa tem captado junto a terceiros em
relação ao seu capital próprio. Endividamento Oneroso = Dívida Onerosa
Total/Patrimônio Líquido Mede especificamente o comprometimento do
capital próprio da empresa em relação à sua dívida com bancos e outras que
têm custo financeiro embutido (debêntures, desconto de duplicatas, etc.).
Grau de Aplicações Financeiras = Disponibilidades/Patrimônio Líquido
Indica a representatividade das disponibilidades aplicadas pela empresa no
mercado financeiro em relação ao seu Patrimônio Líquido. Endividamento
Oneroso Líquido = Dívida Onerosa Total – Disponibilidades Patrimônio
Líquido Como o nome diz, trata-se do cálculo do endividamento deduzido
das disponibilidades aplicadas no mercado financeiro. É bastante útil nos
casos de empresas que têm baixo custo de captação de empréstimos e o
fazem com intuito de realizar o que chamamos de arbitragem, ou seja, captam
de um lado e aplicam do outro, gerando ganhos líquidos. Grau de
Imobilização = Ativo Permanente/Patrimônio Líquido Indica em que nível os
ativos não correntes da empresa são financiados com recursos próprios.
Indicadores de Rentabilidade e de Cobertura Financeira Por fim, vamos tratar
dos Indicadores de Rentabilidade e de Cobertura Financeira. Dentre os
primeiros, alguns já foram citados quando falamos sobre análise vertical: as
margens da demonstração dos resultados. Como complemento, devem ser
acrescentados outros dois indicadores. São eles a Rentabilidade do
Patrimônio Líquido e a Rentabilidade sobre o Ativo Total.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido É
a taxa de retorno dos acionistas e mede a performance do lucro em relação ao
capital próprio empregado na empresa. Normalmente se utiliza o Patrimônio
inicial, mas podem ser necessários ajustes, o que nos leva a sugerir, em
princípio, o emprego do Patrimônio médio do período de apuração do lucro.
Rentabilidade do Ativo Total = Lucro Líquido/Ativo Total médio Este
indicador mede a eficiência global da administração, ou seja, o retorno obtido
em relação ao total de recursos empregados, sejam eles próprios ou de
terceiros. Os indicadores de rentabilidade são habitualmente expressos no
formato percentual.
Quanto aos índices que medem a capacidade de cobertura financeira,
destacamos dois bastante usuais:
Cobertura de Juros = Geração de Caixa na Atividade (Ebitda)/Despesas
Financeiras Este índice confronta a capacidade de geração de caixa da
empresa através das suas atividades próprias (conhecida pela sigla Ebitda)
com as despesas financeiras do período considerado. Quanto maior este
índice, mais confortável se mostra a situação da empresa, em termos da
execução dos seus encargos financeiros. Cobertura da Dívida = Dívida
Líquida/Geração de Caixa na Atividade (Ebitda) Aqui o confronto se dá entre
a capacidade periódica de geração de caixa na atividade (normalmente de um
ano) e a dívida propriamente dita (considerando passivos de curto e longo
prazo). Tendo em vista a possível existência de disponibilidades expressivas
por parte da empresa analisada, é recomendável levar em conta a chamada
dívida líquida, ou seja, dívida onerosa de curto e longo prazos deduzida das
disponibilidades. Mais à frente estaremos abordando em mais detalhes os
conceitos e fórmulas de cálculo da geração de caixa das empresas, inclusive o
EBITDA. O Capital de Giro Outro ponto fundamental na análise dos
balanços é a avaliação das movimentações do capital de giro, representado
pelas contas tipicamente cíclicas do Ativo Circulante e do Passivo Circulante.
No lado do ativo, as principais contas envolvidas são Clientes e Estoques. No
passivo, destaques para Fornecedores, Impostos, Salários, dentre outras. É
importante destacar que contas financeiras (Caixa, Bancos, Aplicações em
Títulos e Valores Mobiliários, Empréstimos, etc.) não se caracterizam como
ativos ou passivos cíclicos, sendo avaliadas em separado.
Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Necessidade de Capital de Giro = Ativos Cíclicos – Passivos Cíclicos O
Ciclo Operacional de uma empresa se define pelo tempo decorrido entre a
compra das matérias-primas e o recebimento das vendas. O Ciclo Financeiro
se define pelo tempo decorrido entre o pagamento aos fornecedores das
matérias-primas e o recebimento das vendas. Neste diagrama, estão
embutidos os prazos médios de recebimento dos clientes, pagamento aos
fornecedores e giro dos estoques, que são os chamados indicadores da
atividade. Tratam-se de indicadores dinâmicos e mesclam informações do
Balanço Patrimonial e da Demonstração dos Resultados. Prazo Médio de
Recebimento de Vendas = Contas a Receber de Clientes Receita Operacional
X Período da Receita Este indicador mostra quantos dias a empresa deverá
esperar, em média, para o efetivo recebimento de suas vendas a prazo. As
contas a receber são retiradas do ativo circulante e a receita da demonstração
dos resultados. O prazo das vendas é dado em dias e tem que ser compatível
com o período utilizado, seja ele mês, trimestre, semestre ou ano. Prazo
Médio de Estocagem = Estoques x Período do CPV CPV ( ) Este indicador
representa o prazo médio de renovação dos estoques, e o fazemos
relacionando o valor dos estoques, retirado do Ativo Circulante, com o Custo
dos Produtos Vendidos, sendo o quociente multiplicado pelo período de dias
equivalente ao CPV utilizado, assim como fizemos no exemplo anterior.
Prazo Médio de Pagamento = Fornecedores x Período das Compras aos
Fornecedores Compras Neste caso, é obtido o tempo médio decorrido entre a
compra de matérias primas e o efetivo pagamento aos fornecedores. Como
não existe explicitamente nas demonstrações financeiras o valor das compras,
podemos utilizar o valor do CPV como denominador, ainda que não seja um
modelo perfeito. Indicadores Fundamentalistas: LPA, VPA, CFS Neste
tópico, vamos estudar alguns indicadores da análise fundamentalista,
destacando aqui três quocientes que relacionam os valores dos balanços ao
número de ações da empresa.
O primeiro deles é o Lucro por Ação (LPA), cujo significado é explícito e
representa a divisão do lucro líquido pelo número total de ações da empresa.
LPA = Lucro Líquido / Número Total de Ações Em seguida, passamos ao
cálculo do Valor Patrimonial por Ação (VPA), que representa a divisão do
Patrimônio Líquido da empresa pelo seu número total de ações. VPA =
Patrimônio Líquido / Número Total de Ações A Geração de Caixa por Ação
(ou CFS: Cash Flow/Share) pode utilizar vários conceitos de geração de
caixa, sendo que aqui optamos por indicar o de geração de caixa na atividade,
ou EBITDA. CFS = Geração de Caixa na Atividade / Número Total de Ações
Múltiplos de Mercado: P/L, P/VPA, P/CFS, EV/EBITDA. Em seguida,
estaremos conhecendo os chamados Múltiplos de Mercado, destacando
quatro dos mais utilizados. São eles o P/L, P/VPA, P/CFS e EV/EBITDA.
Preço/Lucro (P/L) = Cotação da Ação / Lucro por Ação O P/L indica o
tempo de retorno do investimento, partindo-se da premissa teórica que o
lucro da empresa em um ano se repetirá nos anos seguintes. Assume ainda
um caráter de preço relativo, na medida em que seja disponível uma série de
lucros anuais para várias empresas. Se esta série indicar, por exemplo, uma
média 10,0 de P/L para o univers considerado, pode ser entendido que o risco
médio atribuído ao mercado tem valor 10,0 para aquele ano. Esta média
certamente envolve empresas de vários setores, alguns considerados mais
arriscados (mais difíceis para definirmos prognósticos para o futuro, em face
de características sazonais ou outras). Assim, começamos a atribuir níveis de
P/L “justos” para cada setor e para cada empresa. Então, se entendemos que
determinado setor apresenta risco abaixo da média dos setores envolvidos, é
lícito supor que nos dispomos a esperar mais tempo pelo retorno em um
investimento naquele setor, ou seja, podemos aceitar “pagar” um P/L mais
alto por ações de uma empresa atuante num setor considerado de menor risco.
E o mesmo raciocínio vale para comparações entre empresas do mesmo setor,
em face de diferenças nas estruturas de capitais, nos mercados específicos de
atuação, etc. Exemplo: Se determinada empresa tem uma cotação atual de R$
5,00/ação e o lucro projetado é de R$ 1,00/ação, o P/L projetado é de 5,0.
Admitindo que o P/L médio de uma série confiável de projeções para o
mesmo período seja 8,0 e que o mercado atribui baixo risco à empresa sob
análise, poderia ser atribuído ao valor das suas ações um potencial de
valorização mínimo de 60%, que equivale, em nosso exemplo, à valorização
necessária para que sua cotação se ajustasse à média de “risco” atribuído ao
mercado. Portanto, o P/L atual de 5,0 vezes indicaria que seus títulos em
Bolsa estariam subavaliados, de acordo com esta análise.
Preço/Valor Patrimonial (P/VPA) = Cotação da Ação / Patrimônio Líquido
por Ação Indica a relação existente entre o valor de mercado e o valor
contábil do Patrimônio Líquido da empresa. Como já vimos, o valor contábil
não é a representação do que o mercado entende sobre o valor da empresa.
Entretanto, sempre será um bom parâmetro de comparação. Uma decisão
sobre o lançamento de novas ações, por exemplo, também pode ser alterada
em face das condições deste indicador. Preço/Geração de Caixa (P/CFS) =
Cotação da Ação/Geração de Caixa para Ação Este indicador oferece uma
informação complementar à do P/L, sendo visto o tempo teórico de retorno
esperado à luz apenas do efeito caixa do resultado do exercício.
EV/EBITDA = Enterprise Value (Valor do Empreendimento)/Geração
de Caixa na Atividade - Aqui há um confronto entre a capacidade de
geração interna de caixa da empresa, a partir de suas atividades próprias, e o
valor presente dos fluxos de caixa projetados para a empresa (representado
pelo EV). Podem ser usados dados históricos ou projetados, a depender de
cada caso. Assim como os outros múltiplos, quanto menor, em princípio é
mais atrativo.

CONCLUSÃO
Agradecemos a todos que chegaram até aqui, se você chegou já se considere
um vencedor , só os estudos podem te levar a alcançar a LIBERDADE
FINANCEIRA, espero que tenham gostado do conteúdo meus amigos, o
conhecimento é o maior ativo que podemos ter, isso ninguém tira de você,
então aproveite as oportunidades, invista com aportes conscientes e regulares
deixe o seu dinheiro trabalhar para você , deixe a mágica dos juros compostos
agir na sua carteira e foco SEMPRE no longo prazo.

Escrito por Matheus Guimarães.

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