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Bruna Bortolassi apresenta:

GUIA COMPLETO
SOBRE RENDA FIXA
Rentabilidade e diversificação
com baixo risco.
SUMÁRIO
1 Introdução.

2 O que é Renda Fixa.

3 Quais os principais produtos que você irá


encontrar na Renda Fixa.

4 Prazo e liquidez.

5 Riscos.

6 Taxa Selic e Rentabilidade.

7 Como se proteger durante a crise.

8 Como a rentabilidade pode ser afetada.

9 Entendendo os títulos de renda fixa.

10 investimentos.
Como escolher os ativos da sua carteira de
1 - Introdução

Você com certeza já ouviu falar em renda fixa não é mesmo?

Seja em canais do Youtube que falam sobre investimentos ou até


mesmo em matérias e posts nas redes sociais.

Essa modalidade passou a ficar cada vez mais em alta nos últimos
anos devido a popularidade do assunto na internet, trazendo
oportunidades de rentabilidade para pessoas comuns, que antes
pensavam ser uma opção apenas para os grandes players do
mercado, como os CDBS, por exemplo.

Investidores iniciantes e também aqueles de perfil mais


conservador acabam optando pela renda fixa, por essa
modalidade oferecer menos volatilidade e mais segurança.

Essa também é a opção de quem monta uma reserva de


emergência, mesmo para os investidores de perfil mais agressivo
e que escolhem correr mais riscos em seus investimentos, a renda
fixa é o local ideal para manter o colchão financeiro sem grandes
preocupações.

Pessoas que você conhece, ou até mesmo você pode já ter


investido nessa modalidade em algum momento da vida, sem
nem mesmo saber.

Exemplos disso são as cadernetas de poupança, muito populares


em bancos tradicionais e as contas correntes remuneradas, que
são facilmente encontradas nos bancos digitais.
Além disso, mesmo grandes investidores acabam voltando para a
renda fixa em tempos de crise e incertezas econômicas para
garantir a segurança de pelo menos parte de seu patrimônio, já
que a renda variável pode sofrer grandes quedas nesses períodos.

Mas como funciona a renda fixa e quais as opções de


investimentos existentes dentro dessa modalidade?

É possível alcançar rentabilidade e manter um nível de segurança


alto ao mesmo tempo?

Você pode começar a investir mesmo com pouco dinheiro?

Criamos o E-book Guia Completo Sobre Renda Fixa para


responder essas e outras dúvidas sobre o universo dos
investimentos em renda fixa.

Vamos te apresentar todas as opções existentes no mercado e


mostraremos como cada uma delas funciona, para que assim,
você possa finalmente escolher qual se encaixa melhor ao seu
perfil e comece a fazer o seu precioso dinheiro trabalhar para
você.

2 - O que é Renda Fixa

Tenho certeza que ao longo do tempo você já viu diversas pessoas


pedindo empréstimos e talvez, você também já tenha feito algum.
Quando pegamos dinheiro emprestado no banco, por exemplo,
acabamos pagando juros por isso não é mesmo?

O que você provavelmente não sabia é que podemos emprestar


dinheiro aos bancos ou outras instituições financeiras e até
mesmo para o governo e receber juros por isso.

É exatamente assim que a renda fixa funciona.

Invertemos os papéis ao emprestarmos dinheiro para o banco


quando compramos um CDB por exemplo e o banco nos paga com
acréscimo de juros.

Uma das principais características dessa modalidade de


investimentos e que provavelmente também seja seu principal
atrativo é a segurança.

Diferente da Renda Variável, aqui você sabe exatamente quando


irá receber seu dinheiro de volta e quanto ele irá render nesse
período de tempo.

Esse modelo de investimentos é direcionado a perfis mais


conservadores mas que ainda assim buscam bons retornos.

Essas características presentes na renda fixa mantém também os


perfis arrojados e intermediários, já que garante a segurança e
rendimento contínuo de parte do patrimônio, criando equilíbrio e
consistência na diversificação dos investimentos.
3- Quais os principais produtos
que você irá encontrar na Renda
Fixa

Nesta categoria existem diversos produtos, cada um deles possui


características diferentes em diversos pontos como: Categoria,
prazo, rentabilidade, desconto de imposto de renda, investimento
mínimo, entre outras.

Aqui vai uma lista de produtos de renda fixa que você irá encontrar
nas corretoras, bancos tradicionais, bancos de investimentos e
bancos digitais:
Agora que você já conhece as categorias existentes dentro da
renda fixa, vamos entender melhor como elas funcionam.

Cada título de renda fixa tem uma rentabilidade pré definida, essa
rentabilidade é dividida de três formas:

Pós-fixada, pré-fixada e híbrida.

A rentabilidade pós-fixada será determinada por um indexador


como o CDI, por exemplo.

Mas o que é um indexador?

Ele funciona como um direcionamento para a rentabilidade dos


juros, um pré-fixado que rende 100% do CDI em um ano irá te
pagar 100% da variação do indexador sobre o valor do seu
investimento.
Além do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), também
encontramos outros dois indexadores.
A Taxa Básica de Juros (SELIC), e o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA).

Então, se você investiu R$100,00 reais em um pré-fixado e a


variação da rentabilidade durante o prazo do seu investimento foi
de 100% do CDI que esteja a 7% ao ano, significa que você
receberá no final de um ano R$107,00 reais de rentabilidade
bruta.

Já no modelo pré-fixado, você saberá quanto aquele produto irá


render no momento da aplicação, ou seja, da compra.
Por exemplo:

Você investiu R$100,00 em um CDB pré-fixado com rentabilidade


anual de 7%.
Significa que ao final de um ano você receberá exatamente 7% de
juros independente de qual seja o indexador do produto que você
escolheu.

Mesmo que existam variações nas porcentagens dos indexadores


ao longo do ano, sua rentabilidade será sempre a que foi
determinada no momento da compra.

A última modalidade encontrada na renda fixa, mas não menos


importante, é o modelo híbrido.

Como o próprio nome já diz, esse modelo oferece os dois tipos de


rentabilidade ao mesmo tempo e num mesmo produto.

Seu rendimento tem um percentual pré-fixado mais uma taxa


atrelada a algum dos indexadores que já conhecemos.

Um bom exemplo de produto híbrido é o Tesouro IPCA +


encontrado no Tesouro Direto.

Esse produto rende a variação da taxa da inflação + uma


porcentagem pré-estabelecida.
4 - Prazo e liquidez

O prazo de vencimento e a liquidez são dois pontos muito


importantes para serem avaliados antes de investir.

Porém, é muito importante não confundir os dois, então fique


atento!
Prazo

O prazo ou vencimento de um título é a data em que ele se encerra


e retorna automaticamente para sua conta.

Por exemplo: O Tesouro Selic 2024 tem prazo ou vencimento em


01/09/2024 mas sua liquidez é diária.

Liquidez

A liquidez é o tempo que você conseguirá transformar o ativo em


dinheiro na sua conta novamente caso peça resgate antes do
vencimento.

Existem diversos prazos para liquidez, isso irá depender de cada


produto em específico.

Por exemplo: Você comprou um CDB que indica liquidez D+1, isso
significa que você conseguirá seu dinheiro de volta em um dia
útil.

Outros exemplos:

D+0 = Liquidez imediata


D+30 = 30 dias de carência para cair o saldo em conta a partir do
pedido de resgate

Em alguns casos a liquidez acontece apenas no vencimento, ou


seja, se o produto vence daqui a 12 meses, você só conseguirá
fazer o resgate depois de um ano.
5- Riscos

Assim como qualquer opção de investimento no mercado, a renda


fixa possui alguns riscos.

Mesmo sendo a modalidade mais segura e conservadora


encontrada atualmente, você pode se deparar com o risco de
crédito.

O risco chamado de soberano é utilizado para títulos emitidos


pelo governo e o risco de emissor para outras instituições
financeiras.

Ambos indicam que existe a possibilidade do investidor não


receber seu dinheiro de volta.

Isso pode ocorrer caso a instituição financeira ou até mesmo o


governo venha a quebrar.

Por isso, é muito importante pesquisar a saúde do banco que está


oferecendo o ativo antes de efetuar a compra.

Em casos de crise financeira, o último a vir à falência é o governo,


os primeiros atingidos serão as instituições privadas e bancos.

Além disso, o Banco Central (Bacen) tem o poder de imprimir


mais moeda para cobrir uma parte do Tesouro Nacional, o que
torna os investimentos em Tesouro Direto um dos mais seguros
atualmente.
Para controlar os riscos, por mínimo que seja, também existe
uma espécie de seguro para os investidores chamado FGC (Fundo
Garantidor de Crédito).

FGC (Fundo Garantidor de Crédito)

O FGC é uma espécie de seguro para alguns tipos de produtos de


renda fixa formado por uma entidade privada sem fins lucrativos.

Isso quer dizer que, se você aplica seu dinheiro em determinada


instituição financeira e ela declara falência, o FGC te protegerá
até determinado valor.

E qual é esse valor máximo?

Os rendimentos ou juros dos meus investimentos estão inclusos


ou apenas o dinheiro investido?

O valor máximo coberto pelo FGC é de R$250.000,00 (duzentos e


cinquenta mil reais) e cobrirá sim seus rendimentos até a data
declarada pela instituição desde que esse valor não ultrapasse os
R$250.000,00.

Porém, existe uma regra para isso, além de o FGC cobrir apenas
alguns produtos existentes na renda fixa, ele também só irá
ressarcir esse valor por CPF e por instituição financeira.

Por isso é importante diversificar não apenas os ativos, mas


também onde investimos nosso dinheiro.

Em caso de conta conjunta o valor será de R$120.000,00 (cento e


vinte mil reais) por instituição financeira para cada CPF.
Fique atento na hora de escolher onde alocar seus investimentos,
existem diversos bancos e corretoras diferentes que fazem parte
da mesma instituição.
Por exemplo, a Rico e a XP Investimentos, apesar de serem
corretoras diferentes, elas fazem parte do mesmo grupo, ou seja,
da mesma instituição financeira.

Quais ativos e produtos estão inclusos na cobertura do FGC?

Saldo da conta corrente;


Depósitos de poupança;
CDB (Certificado de Depósito Bancário);
RDBs (Recibos de Depósitos Bancários);
LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio);
LC (Letras de Câmbio);
LH (Letras Hipotecárias).

6 - Taxa Selic e Rentabilidade

A Taxa Selic é a Taxa Básica de Juros da economia.

Uma das principais ferramentas do Banco Central do Brasil para


controlar a inflação, emissão, compra e venda de títulos públicos,
permitindo uma boa condução das políticas econômicas.
A Selic é um dos principais indexadores da renda fixa e também
serve de referência direta para o CDI (Certificado de Depósito
Interbancário).

CDI

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma das


referências mais encontradas na rentabilidade da renda fixa e
está diretamente ligado à Selic.

Se a Selic sobe, o CDI sobe também e vice-versa.

Além de guiar a rentabilidade dos investimentos, o CDI também


tem como função determinar os juros pagos pelos bancos em
empréstimos entre si.

Qual a influência da SELIC nos investimentos de Renda Fixa?

Como vimos anteriormente, a Taxa Selic não é apenas a taxa


básica de juros existente na nossa economia, que rege os valores
de empréstimos e outros serviços, mas também guia diretamente
o CDI, que por sua vez indica a rentabilidade da maioria dos
ativos em renda fixa como os CDBs, por exemplo.

Isso significa que se a Selic está em alta automaticamente o CDI


também está e indica uma rentabilidade maior nos ativos de
renda fixa, caso a Selic volte a cair, o CDI acompanha sua taxa de
referência e diminui a rentabilidade dos ativos.

Fazendo com que a Selic seja a base dos rendimentos dos


produtos nessa modalidade de investimentos.
Devo investir mesmo com a Selic em queda?

Tendo diversos ativos atrelados direta ou indiretamente a Taxa


Básica de Juros a Renda Fixa é altamente impactada por esse
indexador.
A renda fixa oferece aos investidores baixa volatilidade e mais
segurança.

Por esse motivo é muito importante manter pelo menos parte do


patrimônio nessa modalidade.

Dessa forma você garante a liquidez, segurança e rentabilidade do


seu dinheiro mesmo em tempos de crise econômica.

Perfis mais arrojados e com sede de risco costumam apostar suas


fichas na renda variável, onde o risco é maior e a rentabilidade
também, porém, sempre mantendo uma porcentagem da carteira
na zona de maior segurança oferecida pela renda fixa.

Independente do período em que a Selic se encontra, podemos


citar a reserva de emergência.

Essa reserva está sendo criada por cada vez mais pessoas pelo
fato de ter se provado de extrema importância e necessidade num
momento de crise.

Afinal, é esse colchão financeiro que nos dá a possibilidade de


lidar com as adversidades de uma crise ou imprevistos ao longo
do tempo sem maiores transtornos.

Esse dinheiro deve estar correndo o menor risco possível e


também ter a liquidez imediata ou diária para cobrir nossas
necessidades imprevisíveis no momento necessário.

Nesse caso, por mais baixo que sejam os lucros é sempre bom
prezar pela segurança.

Você conseguirá formar uma carteira de investimentos


diversificada utilizando apenas produtos de renda fixa e
administrando os prazos.

Quanto menor a liquidez, maior a rentabilidade costuma ser.

Assim, escolha alguns ativos com menor liquidez para os


investimentos de longo prazo e terá uma boa rentabilidade ao
longo do tempo.

Lembre-se: Se a liquidez for baixa, você não conseguirá resgatar


esse dinheiro antes do prazo, então antes de investir nessa
opção faça sua reserva de emergência.

Com a Selic em alta a renda fixa se torna muito mais atrativa, pois
consegue unir segurança e rentabilidade em uma única categoria.

Em 2015, a Selic atingiu seus 14,15% no ano e atraiu diversos


novos investidores que antes preferiam o risco da bolsa de
valores.
Mas é sempre bom lembrar que a alta e baixa desse indexador não
são uma constante, por isso, sempre diversifique para garantir
uma rentabilidade duradoura.

7 - Como se proteger durante


a crise

Como você já deve ter percebido ao longo da vida, poupar dinheiro


não é uma tarefa das mais fáceis.

Investir e fazer esse dinheiro trabalhar para você gerando juros e


aumentando seu patrimônio gradualmente, pode ser ainda mais
desafiador.
Então, nesse capítulo vamos aprender a proteger nosso
patrimônio em tempos de crise e a evitar prejuízos no meio do
caminho.

A primeira coisa que você precisará fazer antes de investir seu


dinheiro, mesmo que não esteja em uma crise é avaliar e escolher
os prazos da sua carteira.

Dê um nome para cada um dos investimentos de acordo com o


objetivo e escolha um ativo que seja compatível com o tempo que
você pretende não mexer nele.

Por exemplo, você quer investir para viajar com a família daqui
há 1 ano e resolveu comprar um CDB para que esse dinheiro renda
e você consiga atingir esse objetivo.

Então o prazo ou vencimento deste CDB não pode ser superior a


um ano, caso contrário você acabará correndo o risco de sair no
prejuízo ao resgatar seu investimento antes do prazo.

Já a reserva de emergência precisa estar em um ativo que ofereça


liquidez diária, pois esse colchão financeiro serve para te
proteger de empréstimos e imprevistos que podem gerar dívidas.

Sendo assim, a reserva precisa estar disponível a qualquer


momento.

Sabendo disso, no caso de uma crise é necessário manter a calma


e entender que elas são passageiras.
Avalie os prazos de cada um dos seus produtos e veja se vale a
pena pagar um imposto de renda mais alto por resgatar antes do
prazo.

O mais importante aqui é manter a calma, se você não utilizar


esse dinheiro, então vale a pena esperar o mercado se estabilizar
novamente.

Isso se chama inteligência emocional, já que você entende que


levará um tempo, para o mercado se recuperar.

Mesmo a renda fixa sendo considerada a modalidade de


investimentos mais segura, ela ainda apresenta alguns riscos.

Como por exemplo a variação dos indexadores SELIC e IPCA e


também o risco de crédito oferecido por instituições financeiras.

Mas calma, que a vantagem principal da renda fixa sobre a renda


variável é, se você mantiver a calma e paciência ao final da
aplicação receberá o valor acordado no momento da compra.

É importante que você avalie qual o melhor momento para pedir


resgate caso precise do dinheiro antes do vencimento.

Assim evitará rentabilidade baixíssima ou até mesmo prejuízos,


já que a rentabilidade da renda fixa varia ao longo do tempo.

Além de se atentar aos prazos e ter paciência, a diversificação de


carteira também é uma maneira eficaz de se proteger.
Diversificando os investimentos

Para diversificar sua carteira você precisará entender seus


objetivos para cada um dos investimentos.

Para escolher os ativos você irá identificar os prazos para usar o


dinheiro investido.

Agora que você já sabe quais são os seus objetivos e os prazos de


cada um deles, chegou a hora de entender como diversificar.

A regra dessa etapa é escolher ativos que os rendimentos não


sejam correlacionados, ou seja, se você escolheu um produto que
está atrelado ao IPCA o próximo poderá ser atrelado à SELIC ou ao
CDI, assim esses ativos irão render de maneira diferente ao longo
do tempo e você vai conseguir proteger seu patrimônio com mais
facilidade.

Se todos os seus ativos estiverem ligados ao CDI, por exemplo,


caso esse indexador caia, então todos os seus rendimentos irão
cair também e vice-versa.

Dentro da renda fixa também existem alguns ativos que possuem


isenção tributária, ou seja, que não descontam impostos como o
IR (imposto de renda) dos rendimentos do investimento.

Assim, esses ativos oferecem, muitas vezes, um ganho maior do


que produtos que descontam imposto de renda.

Na hora de escolher os ativos também é necessário levar em conta


a saúde financeira da instituição e seu histórico.

E para descobrir essas informações, basta dar um Google com o


nome da instituição ou do ativo que ela oferece.

Os critérios são:

Quanto maior a instituição mais saudável ela é financeiramente, e


menor é o risco de crédito que ela oferece.

Automaticamente os rendimentos oferecidos serão menores.

Já instituições menores e com estruturas financeiras não tão


consolidadas no mercado oferecem um maior risco de crédito e
consequentemente uma rentabilidade mais alta, pois precisam
atrair investidores.
Por esse motivo, quando escolher um investimento, além da
rentabilidade você também irá avaliar o risco e o retorno
oferecidos.

8 - Como a rentabilidade pode


ser afetada

Títulos como Tesouro Direto e ativos de instituições financeiras


privadas sofrem variações entre a data de compra e o vencimento.

Isso acontece por conta das expectativas da taxa de juros e


condições dos ativos.

O nome dado a essas variações é Marcação a Mercado, uma


atualização diária nos preços dos ativos de renda fixa ou fundos
de investimentos de renda fixa.

Essa marcação também diz ao investidor quanto ele receberia se


resgatasse o investimento naquele dia.

Em alguns casos essa marcação poderá mostrar uma


rentabilidade negativa, mas isso não significa necessariamente
que você perdeu dinheiro, pois na renda fixa você resgata o valor
acordado no momento da compra, desde que o resgate seja feito
no vencimento.
Você só teria uma rentabilidade negativa nesse caso, se o resgate
fosse feito nessa marcação de mercado e antes da data de
vencimento.

Além disso, a rentabilidade pode ser afetada pela oferta de


demanda, que determina o valor do momento de compra, alta da
inflação, que acaba desvalorizando o real e a queda da SELIC, que
oferece rendimentos mais baixos no momento da compra.

9 - Entendendo os títulos de
Renda Fixa.

Chegou a hora de conhecer e entender cada ativo oferecido pela


renda fixa e suas categorias.

Temos três categorias de investimentos em renda fixa diferentes:

Títulos de emissão bancária - emitidos por bancos: CDB, LCI, LCA


e Letras financeiras.

Títulos de emissão corporativa - emitidos por empresas:


Debêntures, CRI e CRA.

Títulos de emissão pública - emitidos pelo governo: Títulos do


Tesouro Nacional.

Em breve iremos conhecer um pouco mais de cada um desses


títulos, mas antes você precisa entender que, para fazer uma boa
escolha é necessário entender a sua necessidade de capital.
Se você utilizar o dinheiro para emergências, escolha aquele com
maior liquidez, de preferência diária.

Se você busca alta rentabilidade, então escolha prazos mais


longos.

Além disso, também é necessário saber qual seu perfil investidor


e para isso criamos uma tabela para que você entenda qual se
encaixa melhor dentro da sua realidade:
Agora que você já sabe como escolher o melhor investimento para
você, de acordo com o prazo e objetivo e também já identificou
seu perfil investidor é hora de conhecer os ativos de renda fixa.

Títulos de emissão bancária

CDBs: Os Certificados de Depósito Bancário funcionam como um


empréstimo.
Quando você compra esse título, está emprestando dinheiro ao
emissor, que pode ser um banco comercial ou instituição
financeira.
O emissor poderá utilizar esse dinheiro para financiar suas
atividades e ao fim do prazo do CDB você receberá seu dinheiro de
volta com acréscimo de juros, esses juros são o seu rendimento.

Os CDBs são ativos que não são isentos de IR (imposto de renda),


isso significa que a rentabilidade bruta (quanto rende no total) é
diferente da rentabilidade líquida (quanto você realmente
recebe).

Fique tranquilo, ao final dessa lista de ativos você terá a tabela de


precificação de IR.

Voltando aos CDBs, eles só podem ser emitidos por instituições


regulamentadas pelo Banco Central, por isso são considerados
investimentos seguros.

Além disso existem duas categorias desse ativo, os pré-fixados


onde você sabe exatamente qual será a rentabilidade final já no
momento da compra e os pós-fixados, onde a rentabilidade final
depende do indexador.
O mais comum entre os CDBs é o CDI (Certificado de Depósito
Interbancário), mas ainda sim podem ser encontrados atrelados a
outras guias como a SELIC ou o IPCA.

LCA: As Letras de Crédito do Agronegócio também são emitidas


por Bancos ou Instituições financeiras e tem como objetivo
financiar o setor do Agronegócio.
Seus rendimentos são atrelados em geral ao CDI e são
apresentados em percentuais, por exemplo: LCA 98% do CDI.

LCI: As Letras de Crédito Imobiliário são muito semelhantes às


LCAs citadas acima, seu objetivo é financiar o Crédito imobiliário
e também tem rendimento atrelado ao CDI.
A remuneração desse ativo é realizada no fim do prazo
estabelecido e tem a vantagem de ser um investimento isento de
imposto de renda.

LC: Letras de Câmbio são muito semelhantes às LCIs e LCAs,


porém seu objetivo é captar recursos para Bancos e Instituições
financeiras realizarem empréstimos para seus clientes.
Esse ativo costuma ser um investimento de longo prazo e oferece
opções pré fixadas, pós fixadas e híbridas.

LF: A Letra Financeira é um investimento para quem busca longo


prazo.
Além disso possui uma barreira de entrada bem alta, já que seu
investimento mínimo é de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil
reais).
O resgate deste título ocorre apenas no final do prazo e conta com
o desconto de imposto de renda sobre a rentabilidade.
Mesmo com essas condições, costuma oferecer um rendimento
mais alto que as opções anteriores e assim como a maioria dos
títulos, tem sua rentabilidade atrelada ao CDI.

Títulos de emissão corporativa

Debêntures: Esses ativos são títulos de dívidas de uma empresa.


Quando você compra esse título recebe o direito de receber no
futuro o valor investido mais juros.
Esse acréscimo de juros é definido já no momento da compra e o
objetivo das debêntures é financiar operações que irão permitir
que a empresa honre com seus projetos de curto prazo.
Seus rendimentos podem ser encontrados em duas opções,
prefixada ou pós fixada.

CRIs: Os Certificados de Recebíveis Imobiliários tem como


objetivo financiar projetos de investimento no mercado
imobiliário.
O investidor que optar por esse ativo, estará emprestando
dinheiro para securitizadoras e garantirá o direito de receber o
crédito emprestado com acréscimo de juros.
Fique atento!
Esse é um dos produtos que não são protegidos pelo FGC, por
isso, é importante saber como está a saúde financeira da
instituição que está oferecendo o ativo.

Por outro lado, esse é também um dos produtos oferecidos no


mercado que possui isenção de IR (imposto de renda).
CRAs: Os Certificado de Recebíveis do Agronegócio são títulos de
crédito privado e possuem algumas semelhanças com as LCAs
citadas anteriormente.
Esse ativo tem um foco no longo prazo, beneficiando os
investidores que desejam uma rentabilidade maior e não tem
pressa para utilizar o dinheiro.
Emitido por securitizadoras assim como os CRIs, esse produto
tem como objetivo financiar projetos de investimento ligados ao
agronegócio.

Agora que você já conhece duas das três categorias de renda fixa,
chegou a hora de conhecer uma das mais utilizadas por
investidores iniciantes e também por aqueles mais
conservadores.

Títulos de emissão pública

Tesouro prefixado: Esse título, assim como os próximos que você


irá conhecer, é emitido pelo Tesouro Direto, programa de compra
e venda de títulos públicos do governo em parceria com a B3.
Esse ativo é o único presente no tesouro que oferece rendimentos
100% prefixados, aquele que você saberá exatamente quanto irá
receber ao final do prazo de investimento, já no momento da
compra.
É importante ficar atento caso você decida vender esse título
antes do prazo, isso porque ele passa pela marcação a mercado.
Mesmo sendo prefixado, caso seja vendido antes do prazo, o
preço de compra e venda será referente a marcação do dia, nesse
caso você precisa prestar atenção para não acabar saindo no
prejuízo.
Se você pretende levar esse investimento até o final, não há com o
que se preocupar, as oscilações de preço e rendimento não irão te
afetar.

Tesouro prefixado com juros semestrais: Esse ativo oferece


remuneração em juros semestrais, ou seja, a cada seis meses você
receberá os rendimentos dessa aplicação.
Por se tratar de um prefixado, os juros pagos por esse produto são
informados no momento da compra, o que significa que você
saberá quanto irá receber a cada seis meses.

Tesouro Selic: O queridinho das reservas de emergência oferece


uma baixa volatilidade e alta liquidez, consequentemente mais
segurança aos investidores que escolhem esse título.
Se trata de um pós fixado que tem seus rendimentos ligados
diretamente à SELIC.

Tesouro IPCA +: Esse título compõe o grupo dos pós fixados


dentro dos títulos públicos.
Seus rendimentos são atrelados ao IPCA somados ao adicional de
juros como bonificação.
Um excelente investimento para quem pensa no longo prazo e
também na valorização e desvalorização do real, já que seu
rendimento acompanha a variação da inflação.

Tesouro IPCA + com juros semestrais: Esse título assim como o


que vimos anteriormente é atrelado ao IPCA e também conta com
uma bonificação em juros, porém, a principal diferença entre eles
é que esse aqui paga os rendimentos semestralmente já com o
imposto de renda descontado.
Um investimento interessante para quem deseja começar a ter
uma experiência com dividendos.
Antes de passarmos para as tabelas de investimento, é
importante que você entenda como funcionam os descontos do
imposto de renda nos rendimentos.

IR (Imposto de Renda)

Existe uma regra para o quanto será descontado de imposto dos


seus rendimentos e essa tabela está ligada ao tempo.

Quanto mais tempo seu dinheiro ficar investido, menor será a


alíquota descontada.

Fique tranquilo, o IR será descontado apenas dos seus lucros e


não do dinheiro bruto investido inicialmente.

Além disso, você não precisará declarar esse imposto de renda,


pois ele é automaticamente descontado antes do dinheiro voltar
para sua conta.
10 - Como escolher os ativos
da sua carteira de
investimentos.

Agora que você já entendeu as principais características da renda


fixa e conheceu os principais ativos encontrados nesta
modalidade, chegou a hora de finalmente colocar seu dinheiro
para trabalhar pra você.
Sabemos que escolher onde investir pode ser uma tarefa um
pouco difícil, principalmente para quem está iniciando essa nova
etapa da vida e se tornando um investidor iniciante.
Pensando nisso, preparamos uma tabela com alguns dos
principais produtos encontrados no mercado e separamos eles
por alguns critérios:

Rentabilidade
Liquidez
Tributação de IR
Pré ou pós fixados
Proteção do FGC
Riscos
Investimento mínimo

Antes de conferir a tabela abaixo, volte ao capítulo 9 e descubra


seu perfil investidor.

Ele pode fazer toda diferença na hora de escolher seus ativos,


além disso, quando for realizar seus primeiros aportes, ou seja,
seus primeiros investimentos, lembre-se de optar por mais de
um banco ou corretora.

Isso pode elevar ainda mais o nível de segurança do seu dinheiro.


Afinal, a diversificação de carteira é determinante para a gestão
dos riscos e diversificar as instituições pode potencializar ainda
mais sua segurança.
Esse ebook teve como objetivo te mostrar que é possível começar
a investir mesmo com pouco dinheiro e ainda sim, garantir um
alto nível de segurança e rentabilidade.

Investir não é mais uma exclusividade para os grandes players do


mercado!

Com um pouquinho de estudos e organização, você também


consegue!

Confira nossos workshops de Organização financeira e como sair


das dívidas e complemente ainda mais seu conhecimento para
começar a investir.

Lembre-se de que diversificar sua carteira de investimentos é o


ponto chave entre rentabilidade e segurança, mesmo em épocas
de crise.

Você pode revisitar este material sempre que surgir alguma


dúvida e usá-lo como guia para escolher as melhores opções de
ativos para o seu perfil.

Agora você não tem mais motivos para deixar seu dinheiro no
cofrinho, não é mesmo?!

Se você gosta da ideia de fazer seu dinheiro render mais e


trabalhar para você, confira mais conteúdos como esse em nossa
plataforma

Esperamos que tenha aproveitado o conteúdo!


ESTE CONTEÚDO É PARTE INTEGRANTE DA CYBERCLASS. É PROIBIDA A
REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO.

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