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ECF – Regras Gerais de Apresentação e Preenchimento

1. NOÇÕES GERAIS

A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) foi instituída pela Instrução Normativa RFB nº
1.422/2013, posteriormente revogada pela Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, que
passou a disciplinar o assunto a contar de 1º.02.2021. Essa obrigação acessória faz parte do
Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).

Ela substituiu a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica


(DIPJ), a contar do ano-calendário de 2014, exceto para as pessoas jurídicas incorporadas,
fusionadas, cindidas ou encerradas naquele ano.

Para as pessoas jurídicas que apuram o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) pela
sistemática do lucro real, a ECF é o Livro de Apuração do Lucro Real (e-Lalur) de que trata o
inciso I do art. 8º do Decreto Lei nº 1.598/1977.

Na ECF, a pessoa jurídica deverá informar todas as operações que influenciarem a


composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e
da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL).

Nas empresas obrigadas a entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD), o


preenchimento inicial da ECF é feito mediante a utilização utilizam dos saldos e contas da
ECD. Além disso, a ECF também recuperará os saldos finais das ECF anterior. Na ECF haverá

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o preenchimento e controle, por meio de validações, das partes A e B do Livro Eletrônico de


Apuração do Lucro Real (e-Lalur) e do Livro Eletrônico de Apuração da Base de Cálculo da
CSLL (e-Lacs). Todos os saldos informados nesses livros também serão controlados e, no
caso da parte B, haverá o batimento de saldos de um ano para outro.

Finalmente, a ECF apresenta as fichas de informações econômicas e de informações


gerais em novo formato de preenchimento para as empresas.

2. OBRIGATORIEDADE

Estão obrigadas a entregar a ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas,


de forma centralizada pela matriz.

Para esse efeito, consideram-se pessoas jurídicas equiparadas:

a) as firmas individuais;

b) as pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente,


qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo
de lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços.

Para as pessoas jurídicas que apuram o IRPJ pela sistemática do lucro real, a ECF é o
Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur).

(RIR/2018, art. 162; Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 1º caput e § 2º)

2.1 Dispensados da apresentação

Estão dispensadas de entregar a ECF::

a) as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar
nº 123/2006;

b) os órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas; e

c) as pessoas jurídicas inativas.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 1º, § 2º)

2.2 Pessoas Jurídicas Inativas

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Muitos gestores entendem que a inatividade de uma pessoa jurídica está relacionada
apenas com seu faturamento. No entanto, a definição de empresa inativa é um pouco mais
abrangente.

Considera-se inativa a pessoa jurídica que não tenha efetuado qualquer atividade
operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado
financeiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário, as quais deverão cumprir as
obrigações acessórias previstas na legislação específica (Instrução Normativa RFB nº
2.004/2021, art. 1º, § 2º, III).

Assim, mesmo sem apresentar faturamento, a pessoa jurídica pode ser descaracterizada
como inativa ao negociar um item do seu ativo imobilizado, por exemplo, ou apresentar uma
aplicação financeira em seu nome, por inconveniência do seu banco.

Segundo o Fisco, a inatividade não se descaracteriza mesmo que o pagamento de tributo


relativo a anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória
seja paga no ano-calendário a que se referir a obrigação acessória a que está obrigada a
entregar.

As pessoas jurídicas inativas estão dispensadas da entrega da ECF. Não se deve


confundir empresa inativa com empresa sem movimento. Elas possuem características
diferentes.

2.3 Pessoas jurídicas sem movimento

Ao contrário das inativas (pessoa jurídica que não realizar qualquer atividade operacional,
não operacional, financeira ou patrimonial no curso do ano-calendário), as sem movimento são
as pessoas jurídicas em atividade, porém sem auferir receitas.

Essas pessoas jurídicas devem entregar todas as demais obrigações acessórias exigidas
para as demais empresas, inclusive a ECF.

2.4 Sociedade em Conta de Participação (SCP)

Caso a pessoa jurídica tenha Sociedade em Conta de Participação (SCP), cada uma
delas deverá preencher e transmitir sua própria ECF, utilizando o CNPJ da pessoa jurídica que
é sócia ostensiva e um código criado pela própria pessoa jurídica para identificação de cada
SCP de forma unívoca.

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Assim, por exemplo, se a sócia ostensiva tiver 3 SCP, deverá entregar 4 ECF, uma para
si e outras para cada uma das SCP das quais participa.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 1º, § 3º)

3. PRAZO DE ENTREGA

A entrega é anual. A ECF deve ser transmitida até o último dia útil do mês de julho do
ano seguinte ao ano-calendário a que se refira.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 3º, caput)

3.1 Situações especiais

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECF deverá
ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e
incorporadoras, observados os seguintes prazos:

a) se o evento ocorrer no período compreendido entre janeiro a abril, a ECF deve ser
entregue até o último dia útil do mês de julho do mesmo ano; e

b) se o evento ocorrer no período compreendido entre maio a dezembro, a ECF deve ser
entregue até o último dia útil do 3º mês subsequente ao do evento.

A obrigatoriedade de entrega da ECF nas hipóteses tratadas neste subitem não se aplica
à incorporadora, nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam
sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 3º, §§ 2º e 3º)

4. ENTREGA EM ATRASO OU ENTREGA OU COM INCORREÇÕES OU


OMISSÕES- PENALIDADES

A entrega da ECF fora do prazo, ou sua apresentação com omissões ou incorreções


enseja multa ao contribuinte, aplicável de acordo com a sua forma de tributação, se lucro real,
presumido, arbitrado ou entidade imune e isenta.

4.1 Lucro real

Para as empresas tributadas com base no lucro real, aplicam-se as multas previstas no
art. 8º-A do Decreto-lei nº 1.598/1977, quais sejam:

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a) entrega em atraso: multa de 0,25% por mês-calendário ou fração do lucro líquido,


antes do IRPJ e da CSL, no período a que se refere a escrituração, limitada a 10%
(veja Nota a seguir), observando-se ainda os seguintes limites:
a.1) R$ 100.000,00, para as pessoas jurídicas que, no ano-calendário anterior, tiverem
auferido receita bruta total, igual ou inferior a R$ 3.600.000,00;

a.2) R$ 5.000.000,00, para as pessoas jurídicas que não se enquadrarem na hipótese


referida na letra “a.1”;

Nota
Quando não houver lucro líquido, antes do IRPJ e da CSL, no período de apuração a que se
refere a escrituração, deverá ser utilizado o último lucro líquido informado, antes do IRPJ e da
CSL, atualizado pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)
até o termo final de encerramento do período a que se refere a escrituração.

b) entrega com incorreções ou omissões: multa de 3%, não inferior a R$ 100,00 do


valor omitido, inexato ou incorreto.

Atenção! Na correção espontânea da ECF, não há multa.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 6º, caput, inciso I e parágrafo único)

4.2 Lucro presumido, arbitrado e entidades imunes e isentas

Para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado, assim
como para as entidades imunes ou isentas, aplicam-se as multas previstas no art. 12 da Lei nº
8.218/1991,quais sejam:

a) entrega em atraso: multa equivalente a 0,02% por dia de atraso, calculada sobre a
receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, limitada a
1% desta;

b) entrega com incorreções ou omissões: multa equivalente a 5% sobre o valor da


operação correspondente, limitada a 1% do valor da receita bruta da pessoa jurídica
no período a que se refere a escrituração.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 6º, caput e inciso II)

5. RETIFICAÇÃO DA ECF

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A retificação da ECF anteriormente entregue dar-se-á mediante apresentação de nova


ECF, independentemente de autorização da autoridade administrativa, observando-se que:

a) a ECF retificadora terá a mesma natureza da ECF retificada, substituindo-a


integralmente para todos os fins e direitos, e passará a ser a ativa na base de dados
do Sped;

b) não é admitida retificação de ECF que tenha por objetivo mudança do regime de
tributação, salvo para fins de adoção do lucro arbitrado, nos casos determinados pela
legislação;

c) caso a ECF retificadora altere os saldos das contas da parte B do e-Lalur ou do e-


Lacs, a pessoa jurídica deverá retificar as ECF dos anos-calendário posteriores,
quando necessário para a adequação dos saldos;

d) a ECF retificadora não produzirá efeitos quanto aos elementos da escrituração,


quando tiver por objeto:

d.1) a redução dos valores apurados do IRPJ ou da CSL:

d.1.1) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à Procuradoria-Geral da Fazenda


Nacional (PGFN) para inscrição em Dívida Ativa da União (DAU), nos casos em que
importe alteração desses saldos;

d.1.2) em procedimentos de auditoria interna, relativos às informações indevidas ou


não comprovadas prestadas na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais
(DCTF), sobre pagamento, parcelamento, dedução, compensação, exclusão ou
suspensão de exigibilidade, que já tenham sido enviadosnà PGFN para inscrição em
DAU;

d.1.3) que tenham sido objeto de exame em procedimento fiscal; ou

d.1.4) que tenham sido objeto de pedido de parcelamento deferido; ou

d.2) a alteração os valores apurados do IRPJ ou da CSL em relação aos quais a pessoa
jurídica tenha sido intimada do início de procedimento fiscal desses tributos.
Entretanto, a pessoa jurídica poderá apresentar ECF retificadora para atender à
intimação fiscal e, nos termos desta, para sanar erro de fato;

e) a jurídica deverá entregar a ECF retificadora sempre que apresentar ECD substituta
que altere contas ou saldos contábeis recuperados na ECF ativa na base de dados do

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Sped;

e) no caso de lançamentos extemporâneos em ECD que alterem a base de cálculo do


IRPJ ou da CSL da ECF de ano-calendário anterior, a pessoa jurídica deverá efetuar o
ajuste por meio de ECF retificadora relativa ao respectivo ano-calendário, mediante
adições ou exclusões ao lucro líquido, ainda que a ECD recuperada na ECF retificada
não tenha sido alterada;

f) a pessoa jurídica que entregar ECF retificadora que altere valores de apuração do IRPJ
ou da CSL que haviam sido informados na Declaração de Débitos e Créditos de
Tributos Federais (DCTF) deverá apresentar DCTF retificadora elaborada com
observância das normas específicas relativas a esta declaração.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, arts. 7º, 8º, 9º e 10)

6. ASSINATURA DIGITAL

A ECF deve ser assinada digitalmente mediante certificado emitido por entidade
credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir a
autoria, a autenticidade, a integridade e a validade jurídica do documento digital.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 3º, § 1º)

7. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS SUPRIMIDAS

As pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos desde


1º.01.2014, da escrituração do Lalur em meio físico e da entrega da DIPJ.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 5º, caput)

8. GUARDA DE DOCUMENTOS

O prazo para a guarda de documentos relaciona-se com o prazo de decadência e de


prescrição relativo a eventuais ações que lhes sejam pertinentes e à constituição de créditos
tributários.

Assim, temos, em princípio, nos atentar a 3 dispositivos legais que tratam do assunto,
quais sejam:

a) art. 195, parágrafo único, do Código Tributário Nacional (CTN);

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b) art. 37 da Lei nº 9.430/1996; e

c) art. 4º do Decreto-lei nº 486/1969.

O art. 195 do CTN determina que os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal
e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados sigam o prazo de prescrição dos tributos.

O art. 37 da Lei nº 9.430/1996 diz que os comprovantes da escrituração da pessoa


jurídica, relativos a fatos que repercutam em lançamentos contábeis de exercícios futuros,
serão conservados até que se opere a decadência do direito de a Fazenda Pública constituir os
créditos tributários relativos a esses exercícios.

O art. 4º do Decreto-lei nº 486/1969 diz que o comerciante é obrigado a conservar em


ordem, enquanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, a escrituração,
correspondência e os demais papéis relativos à atividade, ou que se refiram a atos ou
operações que modifiquem ou possam a vir modificar sua situação patrimonial.

No CTN, o prazo de decadência encontra-se previsto no art. 173, e o prazo de prescrição


consta no art. 174.

Diz o art. 173 que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se
após 5 anos. Já o art. 174 diz que a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5
anos contados da sua constituição definitiva. Assim, depreende-se que o prazo de guarda da
ECF é de 5 anos.

9. BLOCOS DA ECF

A ECF é composta de blocos e registros. Eles são selecionados de acordo com formão
regime de tributação da empresa (lucro real, presumido, arbitrado ou imune e isenta).

O quadro a seguir apresenta as informações de cada um dos regimes de tributação:

Lucro Lucro Imunes ou


Blocos Discriminação Lucro Real
Presumido Arbitrado Isentas

0 Abertura e identificação x x x x

Informações Recuperadas da ECD


C x (*) (*) x
(bloco recuperado pelo sistema - não é

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importado, nem editado no programa)

Informações recuperadas da ECF


anterior e cálculo fiscal dos dados
E recuperados da ECD (bloco recuperado x x x x
pelo sistema - não é importado, nem
editado no programa)

J Plano de Contas e Mapeamento x (*) (*) x

Saldo das Contas Contábeis e


K x (*) (*) x
Referenciais

L Lucro Líquido - Lucro Real x

M e-Lalur e e-Lacs - Lucro Real x

N Cálculo do IRPJ e da CSL - Lucro Real x

P Lucro Presumido x

Demonstrativo do Livro Caixa


(apresenta o demonstrativo do livro
Q x
caixa, para os casos previstos na
legislação- a partir do Leiaute 2)

T Lucro Arbitrado x

U Imunes e Isentas x

Derex (apresenta a declaração sobre


utilização dos recursos em moeda
V estrangeira decorrentes do x x x x
recebimento de exportações (Derex) -
A partir do Leiaute 4

W Relatório País-a-País x x x

X Informações Econômicas x x x x

Y Informações Gerais x x x x

9 Encerramento do Arquivo Digital x x x x

(*) As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido não estão obrigadas à
adoção da Escrituração Contábil Digital (ECD), exceto se:
a) distribuírem, a título de lucros, sem a incidência do Imposto de Renda Retido na Fonte
(IRRF), valores superiores ao da base de cálculo do IRPJ, diminuída de todos os impostos e

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contribuições a que estiver sujeita a que estiver sujeita (Instrução Normativa RFB nº
1.774/2017, art. 3º, § 1º, V);
b) tiver recebido aporte de capital na forma prevista nos arts. 61-A a 61-D da Lei
Complementar nº 123/2006)(Instrução Normativa RFB nº 1.774/2017, art. 3º, § 2º).

10. SITUAÇÕES ESPECIAIS

10.1 Arquivo da ECF

Para gerar um arquivo da ECF, crie a ECF no programa (Arquivo/Criar), preencha os


dados principais e clique em Ferramentas/Exportar Escrituração.

10.2 Importação da ECF e Recuperação da ECD

O arquivo da ECD não é importado para a ECF e sim recuperado. Primeiramente, deve
ser criada uma ECF no próprio programa ou deve ser importado um arquivo da ECF, para, aí
sim, recuperar o arquivo da ECD (recuperação de contas, saldos e mapeamento, caso tenha
sido realizado na ECD).

A ECD recuperada deve estar validada, assinada e transmitida.

Para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido, imunes ou isentas obrigadas a
entregar a ECD, a recuperação da ECD na ECF é obrigatória. Nesse caso, o Registro
0010.TIP_ESC_PRE deve ser preenchido com “C”.

Para as pessoas jurídicas não obrigadas a entregar a ECD, o Registro


0010.TIP_ESC_PRE deve ser preenchido com “L”. Nessa situação, os blocos C, E, J e K não
serão preenchidos.

10.3 Recuperação de ECD Sem Mapeamento para o Plano de Contas Referencial

Para que não seja necessário digitar todo o mapeamento para o plano referencial na
ECF, no caso de recuperação de dados da ECD sem o respectivo mapeamento, pode ser
seguido o procedimento a seguir

1) Importar a ECF.

2) Recuperar ECD, marcando a opção “Utilizar os dados recuperados da ECD para


preenchimento do balanço e/ou DRE”. Com essa opção marcada, o programa da ECF
copiará as informações para o bloco J e K, mas não calculará o balanço patrimonial e

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a DRE, pois não existe mapeamento. Os dados dos registros K155 e K355 estarão de
acordo com a ECD.

3) Importar somente o bloco J da ECF com o mapeamento correto. O programa da ECF


incluirá o mapeamento nos registros K155/K156 e K355/K356 e, consequentemente,
calculará o balanço patrimonial e a DRE utilizando os saldos da ECD e o mapeamento
da ECF.

10.4 Recuperação de ECD com encerramento do exercício diferente dos encerramentos


da ECF

Os encerramentos do exercício na ECF seguem o período de apuração do tributo. Por


exemplo, se a empresa é do lucro presumido, os encerramentos do exercício da ECF serão
trimestrais.

Caso a ECD recuperada tenha encerramento diferente (por exemplo, a ECD recuperada
tenha apenas um encerramento anual), no momento da validação no programa da ECF, poderá
aparecer uma mensagem de advertência, com o valor da diferença entre os saldos finais
credores e os saldos iniciais credores. Nesse caso, a pessoa jurídica poderá ajustar os saldos
por meio de alteração nos registros K155 e K355 (alteração de saldo de uma ou mais contas).

Também há a opção de criar uma nova conta do plano de contas da pessoa jurídica
(J050) para fazer o ajuste. Contudo, neste caso, também será necessário fazer o mapeamento
dessa conta para o plano de contas referencial (J051).

10.5 Registro do Prejuízo Fiscal do Período na Parte B do e-Lalur

Quando ocorrer um prejuízo fiscal no período (Registro M300), o procedimento a seguir


é:

- Criar uma conta de Prejuízos Fiscais de Períodos Anteriores no registro M010.

- Registrar o saldo do prejuízo fiscal do período no registro M410 (Colocar o indicador de


lançamento como “PF” - Prejuízo do Período).

10.6 Registro da Base de Cálculo Negativa da CSL do Período na Parte B do e-Lacs

Quando ocorrer uma base de cálculo negativa no período (Registro M350), o


procedimento a seguir é:

- Criar uma conta de Base de Cálculo Negativa de Períodos Anteriores no registro M010.

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- Registrar o saldo do prejuízo fiscal do período no registro M410 (Colocar o indicador de


lançamento como “BC” - Base de Cálculo Negativa da CSL).

Atenção: Se houver compensação de base de cálculo negativa da CSL em períodos


posteriores, deve ser utilizada essa conta criada na parte B para compensação no registro
M350 (Linhas de código 173 e 174 do M350), com tipo de relacionamento “1” (com conta da
parte B).

10.7 Mudança de contador no período

Não é possível transmitir duas ou mais ECF no caso de mudança de contador no


período.

A ECF deve ser transmitida em arquivo único, a menos que ocorra alguma das situações
especiais previstas no Registro 0000.

Caso a entidade tenha que recuperar os dados da ECD, devem ser recuperados os dois
arquivos da ECD transmitidos (um para cada contador). Contudo, para que a ECF recupere os
dados corretamente é necessário que os saldos finais das contas que aparecem no primeiro
arquivo (primeiro contador) sejam iguais aos saldos iniciais dessas mesmas contas que
aparecem no segundo arquivo (segundo contador). Se isso não ocorrer, a ECF recuperará
somente os dados do segundo arquivo e os ajustes necessários deverão ser realizados na
própria ECF ou na ECD, por meio de substituição.

10.8 Plano de Contas e Mapeamento

A ECF recupera o plano de contas do último período existente na ECD.

O fato de uma conta não possuir saldos ou movimentação em um período não implica
que a conta não deve ser informada no plano de contas.

O plano de contas deve retratar o conjunto e a estrutura de todas as contas passíveis de


utilização na contabilidade da entidade.

O mapeamento das contas contábeis da entidade para as contas referenciais é feito


somente em relação às contas analíticas. Contas sintéticas não devem ser mapeadas.

10.9 Registros de Planos de Contas Referenciais (L100, L300, P100, P150, U100 e U150)

Para as pessoas jurídicas que possuem ECD a recuperar e geram o arquivo da ECF para
importação, os registros L100 e L300, no caso de pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real;

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P100 e P150, no caso de pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido; U100 e U150, no
caso de imunes ou isentas, não devem constar no arquivo da ECF para importação, pois, caso
sejam importados, os valores não serão calculados pelo programa da ECF.

10.10 Conta “Resultado do Exercício”

No plano referencial, a conta “Resultado do Exercício” é sintética, pois representa o


resultado da diferença entre as receitas e despesas do período.

Caso a entidade utilize uma conta transitória “Resultado do Exercício” ou “Apuração do


Resultado Exercício” para realizar os lançamentos de transferência dos saldos das receitas e
despesas do período, essa conta deverá ter J050.COD_NAT = “09” (Outras) e não deverá ser
mapeada.

O sistema não permite o mapeamento de contas com código de natureza “09”.

11. LEGISLAÇÃO

O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) foi instituído pelo Decreto nº


6.022/2007, com as alterações do Decreto nº 7.979/2013.

Inicialmente, a Instrução Normativa RFB nº 1.353/2013, instituiu a EFD-IRPJ.


Posteriormente, a Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 revogou a Instrução Normativa RFB
nº 1.353/2013 e instituiu a ECF. Por fim, a Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021 revogou a
Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, e passou a disciplinar o assunto, a contar de
1º.02.2021.

O Manual de Orientação do Leiaute 7 da ECF foi aprovado pelo Ato Declaratório


Executivo Cofis nº 86/2020, e está disponível para download no link:
http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1644.

12. BLOCOS, REGISTROS E CAMPOS DA ECF – LUCRO REAL

Para as pessoas jurídicas obrigadas à entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD),


como é o caso daquelas tributadas com base no lucro real, é obrigatório o preenchimento da
ECF mediante a recuperação de dados da ECD. As orientações a seguir foram elaboradas em
conformidade com o Manual de Orientação do Leiaute da ECF.

(Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021, art. 5º; Instrução Normativa RFB nº 2.003/2021, art. 3º,

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caput)

12.1 Blocos e registros

No caso de empresa tributada pelo lucro real, devem ser preenchidos os blocos e
registros pertinentes a esse regime tributário, conforme o quadro a seguir:

[Tabela]
Blocos obrigatórios para empresas tributadas pelo lucro real
Bloco Nome do Bloco Descrição do Bloco

0 Abertura e identificação Abre o arquivo, identifica a pessoa jurídica e referencia o período


da ECF.

C Informações recuperadas da ECD (bloco Armazena as informações do plano de contas e dos saldos
recuperado pelo sistema - não é importado mensais das ECD recuperadas.
e não é editado no programa) (*) As ECD recuperadas devem corresponder ao período da ECF.

Os seguintes registros da ECD são recuperados na ECF:

- I050 - Plano de Contas

- I051 - Mapeamento para o Plano de Contas Referencial

- I053 - Subcontas Correlatas

- I100 - Centro de Custos

- I150 - Data dos Saldos Periódicos

- I155 - Saldos Periódicos

- I157 - Transferência de Saldos de Plano de Contas Anterior

- I350 – Data da Apuração do Resultado

- I355 - Saldos das Contas de Resultado Antes do Encerramento


Estão obrigadas a efetuar a recuperação da ECD todas as
pessoas jurídicas obrigadas a entregar a ECD, conforme
Instrução Normativa RFB nº 2.003/2021.

E Informações recuperadas da ECF anterior Armazena, da ECF recuperada do período imediatamente


e cálculo fiscal dos dados recuperados da anterior, os saldos finais das contas referenciais e da parte B (do
ECD (bloco recuperado pelo sistema - não e-Lalur e e-Lacs). Calcula os saldos contábeis de acordo com o
é importado e não é editado no programa) período de apuração do tributo.
(**)

J Plano de contas e mapeamento Apresenta o mapeamento do plano de contas contábil para o


plano de contas referencial. Caso a ECD recuperada possua o
mapeamento para o plano de contas referencial válido na ECF, o
bloco J pode ser construído automaticamente e é permitida a sua
edição.

K Saldo das contas contábeis e referenciais Apresenta os saldos das contas contábeis patrimoniais e de
resultado por período de apuração e o seu mapeamento para as
contas referenciais. Caso haja recuperação da ECD, o bloco K
pode ser construído automaticamente e é permitida a sua edição.
O bloco K também pode ser importado, independentemente da

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recuperação da ECD.

L Lucro líquido - Lucro Real Apresenta o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do


exercício (ambos fiscais) e apura o lucro líquido da pessoa
jurídica tributada pelo Lucro Real.

M e-Lalur e e-Lacs - Lucro Real Apresenta os livros eletrônicos de escrituração e apuração do


IRPJ (e-Lalur) e da CSLL (e-Lacs) da pessoa jurídica tributada
pelo Lucro Real - Partes A e B.

N Cálculo do IRPJ e da CSLL Calcula o IRPJ e a CSLL com base no lucro real (estimativas
mensais e ajuste anual ou valores trimestrais).

V Derex Apresenta a declaração sobre utilização dos recursos em moeda


estrangeira decorrentes do recebimento de exportações (Derex) -
A partir do leiaute 4

W Relatório País-a-País (***) Apresenta o Country by Country Report (Relatório País-a-País) -


A partir do leiaute 3.

X Informações econômicas Apresenta informações econômicas da pessoa jurídica.

Y Informações gerais Apresenta informações gerais da pessoa jurídica. O comando


para o preenchimento dos registros deste bloco é gerado a partir
do Registro 0020 - Parâmetros complementares. Porém, alguns
são gerados automaticamente pelo programa e seu
preenchimento é obrigatório; são os casos dos Registros Y540,
Y570, Y600 e Y671.

9 Encerramento do arquivo digital Encerra o arquivo digital.

[/Tabela]

(Instrução Normativa RFB nº 2.003/2021, art. 3º; Ato Declaratório Executivo Cofis nº 86/2020)

12.2 Plano de Contas Referencial

O Registro J051 é destinado a informar o plano de contas referencial da instituição


gestora, referenciando com as respectivas contas do plano de contas da pessoa jurídica.
Somente devem ser referenciadas as contas analíticas com natureza de conta
(J050.COD_NAT) igual a “01” (contas de ativo), “02” (contas de passivo), “03” (patrimônio
líquido) e “04” (contas de resultado).

Observa-se que:

a) caso a empresa se utilize de centro de custos para referenciamento na ECD, da


mesma forma deve proceder para referenciamento na ECF;

b) caso a pessoa jurídica utilize subcontas auxiliares conforme previsão dos arts. 295,
296, 298 e 299 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, as subcontas auxiliares
devem ser mapeadas para a conta referencial “pai” da respectiva subconta.

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Exemplo:
Plano de Contas da Empresa (J050) Mapeamento para o Plano de Contas Referencial (J051)

1020010001 - Veículos 1.02.03.01.08- Veículos

1020011001 - Veículos – Subconta Auxiliar 1.02.03.01.08 - Veículos

1020019001 - Subconta AVP (Ajuste a Valor Presente) 1.02.03.01.75 - Subconta - Ajuste Valor Presente – Imobilizado

12.2.1 Recuperação de ECD sem mapeamento para o Plano de Contas Referencial

De acordo com o Manual de Orientação do Leiaute da ECF, para que não seja
necessário digitar todo o mapeamento para o plano referencial na ECF, no caso de
recuperação de dados da ECD sem o respectivo mapeamento, pode ser adotado o
procedimento a seguir:

a) importar a ECF;

b) recuperar ECD, marcando a opção “Utilizar os dados recuperados da ECD para


preenchimento do balanço e/ou DRE”. Com essa opção marcada, o programa da ECF
copiará as informações para o bloco J (Plano de Contas e Mapeamento) e K (Saldos
das Contas Contábeis e Referenciais), mas não calculará o balanço patrimonial e a
DRE, pois não existe mapeamento. Os dados dos Registros K155 (Detalhes dos
Saldos Contábeis - Depois do Encerramento do Resultado do Período) e K355 (Saldos
Finais das Contas Contábeis de Resultado Antes do Encerramento) estarão de acordo
com a ECD;

c) a partir de um arquivo txt, que contenha o bloco J devidamente mapeado, importar


deste arquivo, no programa da ECF, somente o bloco J da ECF. O programa da ECF
incluirá o mapeamento nos Registros K155/K156 e K355/K356 e, consequentemente,
calculará o balanço patrimonial e a DRE utilizando os saldos da ECD e o mapeamento
da ECF.

12.2.2 Recuperação de ECD com encerramento do exercício diferente dos


encerramentos da ECF

Os encerramentos do exercício na ECF seguem o período de apuração do tributo (por


exemplo, se a empresa é do lucro presumido, os encerramentos do exercício da ECF serão
trimestrais). No entanto, caso a ECD recuperada tenha encerramento diferente (por exemplo, a
ECD recuperada tenha apenas um encerramento anual), no momento da validação no
programa da ECF, poderá aparecer uma mensagem de advertência, com o valor da diferença
entre os saldos finais credores e os saldos iniciais credores. Nesse caso, a pessoa jurídica

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poderá ajustar os saldos por meio de alteração nos Registros K155 e K355 (alteração de saldo
de uma ou mais contas).

Também há a opção de criar uma nova conta do Plano de contas da pessoa jurídica
(Registro J050) para fazer o ajuste. Contudo, nesse caso, também será necessário fazer o
mapeamento dessa conta para o Plano de contas referencial (Registro J051).

Note-se que, em relação:

a) ao Plano de Contas e Mapeamento: a ECF recupera o Plano de contas do último


período existente na ECD. No plano de contas, devem constar apenas as contas que
tenham saldo ou que tiveram movimento no período completo da ECD (se a empresa
transmitir ECD em diversos arquivos, ainda que a conta termine com saldo zero em
um arquivo, deve constar no plano de contas de todos os arquivos). O mapeamento
das contas contábeis da entidade para as contas referenciais é feito somente em
relação às contas analíticas. Contas sintéticas não devem ser mapeadas;

b) aos Planos de Contas Referenciais: no caso de pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro
Real que possuem ECD a recuperar e geram o arquivo da ECF para importação os
Registros L100 e L300, não devem constar no arquivo da ECF para importação, pois,
caso sejam importados, os valores não serão calculados pelo programa da ECF.

Todos os blocos e registros descritos no subtópico 4.1 devem ser preenchidos. No


entanto, destacamos que os Blocos L, M e N são de preenchimento exclusivo da pessoa
jurídica tributada com base no lucro real, cujos principais registros abordaremos nos subtópicos
a seguir.

(Ato Declaratório Executivo Cofis nº 86/2020)

12.3 Bloco L

No Bloco L, são informados:

a) a forma de tributação da pessoa jurídica e apuração do IRPJ e da CSL;

b) o Balanço Patrimonial;

c) a Demonstração do Resultado Líquido no Período Fiscal do período correspondente à


escrituração;

d) o Método de Avaliação do Estoque Final; e

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e) o Informativo da Composição de Custos.

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real pode elaborar o Balanço Patrimonial e
a Demonstração do Resultado Líquido no Período Fiscal de acordo com o Plano de Contas
Referencial, específico para cada segmento de atuação e consoante o Anexo ao Manual de
Orientação do Leiaute da ECF:
Balanço Patrimonial DRE Plano de Contas Referencial - Segmento

L100A L300A PJ em geral

L100B L300B Financeiras

L100C L300C Seguradoras ou entidades abertas de previdência complementar

Os registros que compõem o Bloco L são os seguintes:

[Tabela]
Registros do Bloco L - Lucro Líquido - Lucro Real
Registro Descrição

L001 Abertura do Bloco L

L030 Identificação dos períodos e formas de apuração do IRPJ e da CSLL no ano-calendário

L100 Balanço patrimonial

L200 Método de avaliação do estoque final

L210 Informativo da composição de custos

L300 Demonstração do resultado líquido no período fiscal

L990 Encerramento do Bloco L

[/Tabela]

12.3.1 Registro L030: Identificação dos períodos e formas de apuração do IRPJ e da


CSLL no ano-calendário

Este registro trata da identificação dos períodos da escrituração necessários conforme


definições de parâmetros do Bloco 0, ou seja, período de apuração anual (com base na receita
bruta, balanço de suspensão e redução) ou período de apuração trimestral e respectivos
períodos de referência (1º ao 4º trimestre), observando-se que o período deve estar
compreendido entre a data de início e a data final da escrituração.

Nota
O campo 04 do Registro L030 refere-se ao período de apuração do IRPJ e da CSLL:
a) se anual [para o Registro 0010.FORMA_APUR = “A”]; ou
b) se trimestral [para o Registro 0010.FORMA_APUR = “T” OU (Registro 0010.FORMA_APUR

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= “A” e Registro 0010.FORMA_TRIB = “2”)].


De toda forma, o período deve estar compreendido entre a data de início e a data do fim da
escrituração, e a opção é definitiva para todo o ano-calendário da escrituração.

12.3.2 Registro L100: Balanço patrimonial no período fiscal

O Registro L100 demonstra:

a) o registro do balanço patrimonial(*) com base nas contas referenciais para o período de
apuração;
(*) Observa-se que não se trata do balanço patrimonial societário, mas, sim, do balanço
patrimonial referencial fiscal, gerado com base nas contas referenciais para o período de
apuração.

b) o saldo inicial pode ser replicado dos Registros E010 (Saldos finais recuperados da
ECF anterior) e E015 (Contas contábeis mapeadas com informações provenientes dos
Registros K155/K156 da ECF do período imediatamente anterior) ou preenchido;

c) o saldo final será recuperado dos Registros K155 (Detalhes dos saldos contábeis
depois do encerramento do resultado do período) e K156 (Mapeamento referencial do
saldo final de todas as contas patrimoniais da escrituração societária da pessoa
jurídica).

Nota
Os saldos finais do Registro L100 (Balanço Patrimonial) não são editáveis.

d) os planos de contas referenciais correspondentes ao Registro L100 estão disponíveis


no site da RFB (http://sped.rfb.gov.br/).

12.3.3 Registro L200: Método de avaliação do estoque final

Este registro identifica o método de avaliação do estoque final adotado pela empresa:

1 - Custo médio ponderado;

2 - PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai);

3 - Arbitramento - Art. 308, incisos I e II, do RIR/2018;

4 - Custo específico;

5 - Valor realizável líquido;

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6 - Inventário periódico;

7 - Outros;

8 - Não há (Exemplo: Empresas prestadoras de serviços).

12.3.4 Registro L210: Informativo da composição de custos

Este registro apresenta a composição dos custos dos produtos de fabricação própria
vendidos e os custos dos serviços prestados no período para as empresas que utilizam o
inventário permanente. Observa-se que, no caso de Lucro Real estimativa (anual), o
preenchimento do Registro L210 será:

a) no caso de receita bruta: somente será informado o período anual (A00);

b) no caso de balanço ou balancete: mensal, com saldos acumulados de um mês para o


outro.

Nota
Checar se os resultados totais do Registro L210 (Custo total) estão apresentados no Registro
L300.

12.3.5 Registro L300: Demonstração do resultado líquido no período fiscal

Este registro apresenta o demonstrativo do resultado líquido no período de apuração.

Nota
Os saldos finais do Registro L300 (Demonstração do Resultado Líquido no Período Fiscal)
não são editáveis.

Os planos de contas referenciais correspondentes ao Registro L300 estão em A.1.1.2.


Contas de Resultado, disponíveis no site da RFB (http://sped.rfb.gov.br/).

Nota
No plano de contas referencial, a conta “Resultado do Exercício” é sintética, pois apresenta o
resultado da diferença entre receitas e despesas do período. Caso a entidade utilize uma
conta transitória “Resultado do Exercício” ou “Apuração do Resultado Exercício” para realizar
os lançamentos de transferência dos saldos das receitas e despesas do período, essa conta
deverá ter J050.COD_NAT = “09” (Outras) e não deverá ser mapeada. O sistema não permite
mapeamento de contas com código de natureza “09”.

12.4 Bloco M

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

No bloco M, foram introduzidos o e-Lalur, no Registro M300, e o e-Lacs, no Registro


M350. Neles, são demonstradas as adições e exclusões para efeito da determinação da base
de cálculo, respectivamente, do IRPJ e da CSL.

O Bloco M apresenta os seguintes registros:

[Tabela]
Registros do Bloco M - e-Lalur e e-Lacs
Registro Descrição

M001 Abertura do bloco M

M010 Identificação da conta na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs

M030 Identificação dos períodos e formas de apuração do IRPJ e da CSLL das empresas tributadas pelo
Lucro Real

M300 Demonstração do Lucro Real - Lançamentos da Parte A do e-Lalur

M300-A Adições e exclusões - Pessoa jurídica em geral

M300-B Adições e exclusões - Financeiras

M300-C Adições e exclusões - Seguradoras ou entidades abertas de previdência complementar

M300-R Adições e exclusões - Atividade rural

M305 Conta da Parte B do e-Lalur

M310 Contas contábeis relacionadas ao lançamento da Parte A do e-Lalur

M312 Números dos lançamentos relacionados à conta contábil

M315 Identificação de processos judiciais e administrativos referentes ao lançamento

M350 Demonstração da Base de Cálculo da CSLL - Lançamentos da Parte A do e-Lacs

M350-A Adições e exclusões - Pessoa jurídica em geral

M350-B Adições e exclusões - Financeiras

M350-C Adições e exclusões - Seguradoras ou entidades abertas de previdência complementar

M350-R Adições e exclusões - Atividade rural

M355 Conta da Parte B do e-Lacs

M360 Contas contábeis relacionadas ao lançamento da Parte A do e-Lacs

M362 Números dos lançamentos relacionados à conta contábil

M365 Identificação de processos judiciais e administrativos referentes ao lançamento

M410 Lançamento na conta da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs sem reflexo na Parte A

M415 Identificação de processos judiciais e administrativos referentes ao lançamento

M500 Controle de saldos das contas da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs

M510 Controle de Saldos das Contas Padrão da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs

M990 Encerramento do Bloco M

[/Tabela]

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De acordo com a legislação do Imposto de Renda, o Lucro Real deve ser apurado a partir
do resultado obtido pela empresa (lucro ou prejuízo contábil). Na ECF, a apuração do Lucro
Real será demonstrada no Bloco M, o qual será gerado a partir dos dados informados no Bloco
L (Lucro Líquido - Lucro Real) - veja o subtópico 4.3.

Veja, a seguir, o quadro de correlação entre os Registros do e-Lalur e do e-Lacs:

[Tabela]
Bloco M - Registros no e-Lalur e e-Lacs
Descrição e-Lalur e-Lacs

Lançamentos da Parte A 300 350

Adições e exclusões - Pessoa jurídica em geral 300-A 350-A

Adições e exclusões - Financeiras 300-B 350-B

Adições e exclusões - Seguradoras ou entidades abertas de previdência complementar 300-C 350-C

Adições e exclusões - Atividade rural 300-R 350-R

Conta da Parte B 305 355

Contas contábeis relacionadas ao lançamento da Parte A do e-Lalur 310 360

Números dos lançamentos relacionados à conta contábil 312 362

Identificação de processos judiciais e administrativos referentes ao lançamento 315 365

Lançamento na conta da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs sem reflexo na Parte A 410 410

Identificação de processos judiciais e administrativos referentes ao lançamento 415 415

Controle de saldos das contas da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs 500 500

Controle de Saldos das Contas Padrão da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs 510 510

[/Tabela]

12.4.1 Registro M010: Identificação da conta na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs

Neste registro, são cadastrados os saldos iniciais no período da escrituração das contas
da Parte B utilizadas no e-Lalur e no e-Lacs. O registro pode ser replicado da ECF anterior,
importado e/ou editado.

12.4.2 Registro M030: Identificação dos períodos e formas de apuração do IRPJ e da


CSLL das empresas tributadas pelo lucro real

Este registro identifica os períodos da escrituração necessários conforme definições de


parâmetros do Bloco 0.

12.4.3 Registro M300: Demonstração do Lucro Real e Registro M350: Demonstração


da Base de Cálculo da CSLL

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Estes registros apresentam os lançamentos da Parte A do e-Lalur e do e-Lacs,


respectivamente, em que será demonstrada a apuração da base de cálculo da IRPJ e da CSLL
anual, trimestral e nos meses com estimativa apurada com base no balanço/balancete.

Os elementos que representam adição ou exclusão constam de Tabela Dinâmica


específica disponível no leiaute da ECF.

Assim, deve-se atentar para os seguintes lançamentos:


Livro da Parte A Saldo da conta Sinal do Utilização
da Parte B lançamento na
Parte B

Adição Credor Devedor Utilização de saldo para adição

Adição Devedor Devedor Constituição de saldo para posterior exclusão

Exclusão Devedor Credor Utilização de saldo para exclusão

Exclusão Credor Credor Constituição de saldo para posterior adição

[Tabela]
REGISTRO M300
Livro da Parte A M300 Indicador no Indicador no M310 Indicador no M310
M305 Conta de Conta Patrimonial
Resultado

Sinal do Sinal do Sinal do saldo da Sinal do saldo da


lançamento na lançamento na conta de resultado conta patrimonial
Parte A Parte B

Adição ou Lucro + (positivo) D - Devedor D - Devedor C - Credor

Adição ou Lucro - (negativo) C - Credor C - Credor D - Devedor

Exclusão ou Compensação + (positivo) C - Credor C - Credor D - Devedor


de Prejuízo

Exclusão ou Compensação - (negativo) D - Devedor D - Devedor C - Credor


de Prejuízo

[/Tabela]

[Tabela]
REGISTRO M350
Livro da Parte A M350 Indicador no Indicador no M360 Indicador no M360
M355 Conta de Conta Patrimonial
Resultado

Sinal do Sinal do Sinal do saldo da Sinal do saldo da

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

lançamento na lançamento na conta de resultado conta patrimonial


Parte A Parte B

Adição ou Lucro + (positivo) D - Devedor D - Devedor C - Credor

Adição ou Lucro - (negativo) C - Credor C - Credor D - Devedor

Exclusão ou Compensação + (positivo) C - Credor C - Credor D - Devedor


de Prejuízo

Exclusão ou Compensação - (negativo) D - Devedor D - Devedor C - Credor


de Prejuízo

[/Tabela]

12.4.3.1 Registro do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa da CSLL

Quando ocorrer um prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa da CSLL no período,


apurado no Registro M300 (Lançamentos da Parte A do e-Lalur) e/ou no Registro M350
(Lançamentos da Parte A do e-Lacs), devem ser adotados os seguintes procedimentos:

[Tabela]
Registros M010 e M410
Prejuízo fiscal Base de cálculo negativa da CSLL

a) criar uma conta de Prejuízos Fiscais de períodos anteriores a) criar uma conta de Base de Cálculo Negativa de períodos
no Registro M010 (Identificação da Conta na Parte B do e- anteriores no Registro M010 (Identificação da Conta na Parte
Lalur); B do e-Lacs); e

b) registrar o saldo do prejuízo fiscal no Registro M410 b) registrar o saldo da base de cálculo negativa do período no
(Lançamento na Conta da Parte B do e-Lalur sem Reflexo na Registro M410 (Lançamento na Conta da Parte B do e-Lacs
Parte A) e colocar o indicador de lançamento como “PF” - sem Reflexo na Parte A) e colocar o indicador de lançamento
Prejuízo do Período. como “BC” - Base de Cálculo Negativa da CSLL.

[/Tabela]

[ImportanteIOB]

Importante (*)
Na Tabela Padrão RFB - Parte B, que integra as Tabelas Dinâmicas e Planos de Contas
Referenciais, disponíveis no site da RFB na Internet (http://sped.rfb.gov.br/), constam em
códigos distintos o prejuízo fiscal operacional do prejuízo fiscal não operacional, da seguinte
forma:
- código 1.000: Prejuízo Fiscal Operacional - Atividade Geral;
- código 1.001: Prejuízo Fiscal - Não Operacional;
- código 1.002: Prejuízo Fiscal - Atividade Rural.

[/ImportanteIOB]

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

Nota
Caso a pessoa jurídica realize balanço de suspensão ou redução e apure prejuízo fiscal ou
base de cálculo negativa da CSLL, não devem ser criados os Registros M010 e M410;
somente no período de apuração previsto para o Lucro Real, ou seja, anual ou trimestral.

12.4.3.2 Registro do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa da CSLL


acumulados de períodos anteriores

O prejuízo fiscal e a base de cálculo negativa da CSLL devem ser informados no Registro
M010 (Identificação da Conta na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs), e o controle de saldos é
contabilizado no Registro M500 (Controle de Saldos das Contas da Parte B do e-Lalur e do e-
Lacs). O registro de prejuízos fiscais e da base de cálculo negativa da CSLL acumulados de
períodos anteriores deve ser informado no Registro M010 (Identificação da Conta na Parte B
do e-Lalur e do e-Lacs), os quais serão feitos da seguinte forma:

[Tabela]
Registro M010
Identificação da Conta na Parte B do e-Lalur Identificação da Conta na Parte B do e-Lacs

- Código da Conta: Código da conta de prejuízos - Código da Conta: Código da conta de bases de
fiscais acumulados de períodos anteriores, definido pela cálculo negativas de períodos anteriores, definido pela
própria pessoa jurídica; própria pessoa jurídica;

- Descrição: Descrição da conta, definida pela própria - Descrição: Descrição da conta, definida pela própria
pessoa jurídica; pessoa jurídica;

- Data da Criação: Como a ECF inicia em 1º.01.2014, - Data da Criação: Como a ECF inicia em 1º.01.2014,
pode ser utilizada 31.12.2013 como data da criação de pode ser utilizada 31.12.2013 como data da criação de
contas da parte B com saldos antes do ano-calendário contas da parte B com saldos antes do ano-calendário
2014; 2014;

- Código de Lançamento de Origem da Conta: - Código de Lançamento de Origem da Conta:


Código do lançamento na parte A do e-Lalur que deu Código do lançamento na parte A do e-Lacs que deu
origem à conta; origem à conta;

- Data-limite para Uso do Saldo da Conta: Data limite - Data-limite para Uso do Saldo da Conta: Data limite
para a exclusão, adição ou compensação do valor para a exclusão, adição ou compensação do valor
controlado, se houver; controlado, se houver;

- Tipo de Tributo: I (Imposto de Renda Pessoa - Tipo de Tributo: C (Contribuição Social Sobre o
Jurídica); Lucro Líquido);

- Saldo Inicial: Informar o saldo dos prejuízos - Saldo Inicial: Informar o saldo de base de cálculo
acumulados de períodos anteriores; negativa de períodos anteriores;

- Indicador do Saldo Inicial: D (Para prejuízos ou - Indicado do Saldo Inicial: D (Para prejuízos ou
valores que reduzam o lucro real ou a base de cálculo valores que reduzam o Lucro Real ou a base de cálculo
da contribuição social em períodos subsequentes); ou C da contribuição social em períodos subsequentes); ou C

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

(Para valores que aumentem o lucro real ou a base de (Para valores que aumentem o lucro real ou a base de
cálculo da contribuição social em períodos cálculo da contribuição social em períodos
subsequentes); subsequentes);

- CNPJ: Preencher somente no caso de a conta - CNPJ: Preencher no caso de a conta Base de Cálculo
Prejuízos Fiscais Acumulados de Períodos Anteriores Negativa Acumulada de Períodos Anteriores estar
estar relacionada a outra pessoa jurídica. relacionada a outra pessoa jurídica.

Informe o CNPJ da outra pessoa jurídica relacionada Informe o CNPJ da outra pessoa jurídica relacionada
com evento originário da conta. com evento originário da conta.

[/Tabela]

12.4.3.3 Controle do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa CSLL

O Registro M500 apresenta a visão sintética do controle de saldos das contas da parte B
do e-Lalur e do e-Lacs. Esse registro é gerado pelo sistema a partir do saldo inicial e das
movimentações, onde:

a) os campos SD_FIM_LAL e IND_SD_FIM do último período serão transportados para o


E020 (Saldos Finais das Contas na Parte B do e-Lalur da ECF Imediatamente
Anterior) da próxima ECF;

b) quando a escrituração for trimestral, o saldo final do período será transportado para o
saldo inicial do período seguinte;

c) o valor do SD_INI_LAL do primeiro período será igual ao saldo inicial do Registro


M010.

12.4.3.4 Registro da compensação do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa


da CSLL

Para compensar prejuízos fiscais ou base de cálculo negativa da CSLL em períodos


posteriores, deve ser utilizada a conta criada na parte B (anteriormente registradas no M010
e/ou M410, decorrentes, respectivamente, de prejuízo fiscal e/ou de base de cálculo negativa
da CSLL), para compensação no:

a) Registro M300, nos campos de códigos 173 (Compensação de prejuízos fiscais de


períodos anteriores - Atividades em Geral) e 174 (Compensação de prejuízos fiscais
de períodos anteriores - Atividade rural), com tipo de relacionamento “1” (com conta da
parte B) em relação ao IRPJ;

b) Registro M350, nos campos 173 (Compensação de base de cálculo negativa da CSLL
de períodos anteriores - Atividades em Geral) e 174 (Compensação de base de

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

cálculo negativa da CSLL de períodos anteriores - Atividade rural), com tipo de


relacionamento “1” (com conta da parte B) em relação à CSLL.

[Tabela]
Registro, controle de saldos e compensação de prejuízo fiscal
Ocorrência Registros Descrição

Prejuízo fiscal • criar uma conta de Prejuízos Fiscais de • M010 (Identificação da Conta
Períodos Anteriores no Registro M010; na Parte B do e-Lalur)

• registrar o saldo do prejuízo fiscal do • M410 (Lançamento na Conta


período no Registro M410 e colocar o da Parte B do e-Lalur sem
indicador de lançamento como “PF” - Reflexo na Parte A)
Prejuízo do Período.

Controle de saldos • o registro de prejuízos fiscais acumulados de • M010 (Identificação da Conta


do prejuízo fiscal períodos anteriores deve ser feito no na Parte B do e-Lalur)
Registro M010; • M500 Controle de Saldos das
• o Registro M500 apresenta a visão sintética Contas da Parte B
do controle de saldos das contas da parte B
do Lalur.

Compensação de • utilizar a conta criada na parte B, referente • M300 (Lançamentos da Parte


prejuízo fiscal ao registro do prejuízo fiscal (Registro A do e-Lalur)
M010), para compensação no registro
M300, nos campos de códigos 173
(Compensação de prejuízos fiscais de
períodos anteriores - Atividades em Geral)
e 174 (Compensação de prejuízos fiscais
de períodos anteriores - Atividade rural).

[/Tabela]

[Tabela]
Registro, controle de saldos e compensação de base de cálculo negativa da CSLL
Ocorrência Registros Descrição

BC negativa CSLL • criar uma conta de Base de Cálculo Negativa • M010 (Identificação da Conta
de Períodos Anteriores no Registro M010; e na Parte B do e-Lacs)

• registrar o saldo do prejuízo fiscal do • M410 (Lançamento na Conta


período no Registro M410 e colocar o da Parte B do e-Lacs sem
indicador de lançamento como “BC” - Base Reflexo na Parte A)
de Cálculo Negativa da CSLL).

Controle de saldos • o registro de base de cálculo negativa • M010 (Identificação da Conta


do prejuízo fiscal acumuladas de períodos anteriores deve na Parte B do e-Lacs)
ser feito no Registro M010; • M500 Controle de Saldos das
• o Registro M500 apresenta a visão sintética Contas da Parte B do e-

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

do controle de saldos das contas da parte B Lalur e do e-Lacs


do Lacs.

Compensação de • Utilizar a conta criada na parte B, referente • Registro M350 (Lançamentos


BC negativa CSLL ao registro da BC negativa da CSLL da Parte A do e-Lacs)
(Registro M410), para compensação no
Registro M350, nos campos de códigos 173
(Compensação de base de cálculo negativa
de períodos anteriores - Atividades em
Geral) e 174 (Compensação de base de
cálculo negativa de períodos anteriores -
Atividade rural).

[/Tabela]

(Ato Declaratório Executivo Cofis nº 86/2020; Nota Técnica ECF nº 1/2015; Nota Técnica ECF nº
3/2015)

12.4.4 Registro M305: conta da Parte B do e-Lalur e Registro M355: conta da Parte B
do e-Lacs

Estes registros relacionam o lançamento da Parte A com a conta da Parte B do e-Lalur e


do e-Lacs, respectivamente, de acordo com as regras a seguir:

a) se adição, debita na conta da Parte B e credita na Parte A;

b) se exclusão, credita conta da Parte B e debita na Parte A;

c) se prejuízo, credita conta da Parte B e debita na Parte A.

12.4.5 Registro M310 (contas contábeis relacionadas ao lançamento da Parte A do e-


Lalur) e Registro M360 (contas contábeis relacionadas ao lançamento da Parte A do e-
Lacs)

Estes registros relacionam os lançamentos da Parte A do e-Lalur e do e-Lacs,


respectivamente, com as contas contábeis.

12.4.6 Registro M312 e Registro M362: Números dos lançamentos relacionados à


conta contábil

O registro apresenta o número dos lançamentos contábeis que foram informados na ECD
relacionados ao lançamento da conta da Parte A, quando não for utilizado, no caso de conta
patrimonial especificada:

a) o saldo total da conta contábil; ou

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

b) o saldo do período (saldo final - saldo inicial) da conta contábil; ou

c) o total de débitos da conta contábil no período; ou

d) o total de créditos da conta contábil no período.

No caso de apuração anual do IRPJ e da CSLL, se os números dos lançamentos já foram


informados em períodos de apuração anteriores, não é necessário repeti-los.

12.4.7 Registros M315 e M365: Identificação de processos judiciais e administrativos


referentes ao lançamento

Estes registros identificam os processos judiciais ou administrativos utilizados que


embasaram adições menores que as previstas na legislação ou falta de adição e exclusões
maiores que as previstas na legislação na Parte A do e-Lalur e do e-Lacs, respectivamente
(tratamento diverso do regramento fiscal). De outro lado, o Registro M415 (Identificação de
Processos Judiciais e Administrativos Referentes ao Lançamento) identifica os processos
judiciais e administrativos utilizados que embasaram o lançamento na Parte B.

12.4.8 Registro M410: Lançamento na conta da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs sem


reflexo na Parte A

Este registro apresenta os lançamentos em contas da Parte B sem reflexos na Parte A.

12.4.9 Registro M415: Identificação de Processos Judiciais e Administrativos


referentes ao Lançamento

Identifica os processos judiciais ou administrativos utilizados que embasaram adições


menores que as previstas na legislação ou falta de adição e exclusões maiores que as
previstas na legislação na parte B do e-Lalur ou do e-Lacs (tratamento diverso do regramento
fiscal).

12.4.10 Registro M500: Controle de saldos das contas da Parte B do e-Lalur e do e-


Lacs

No Registro M500 (Controle de saldos das contas da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs),


será apresentada uma visão sintética do controle de saldos das contas da parte B do e-Lalur e
e-Lacs, cujo registro será gerado pelo sistema a partir do saldo inicial e das movimentações,
observando-se que:

a) os campos SD_FIM_LAL (Saldo inicial da conta no período de apuração) e

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

IND_SD_FIM (Saldo final da conta no período de apuração do último período) serão


transportados para o E020 (Saldos finais das contas na Parte B do e-Lalur da ECF
imediatamente anterior) da próxima ECF;

b) quando a escrituração for trimestral, o saldo final do período será transportado para o
saldo inicial do período seguinte;

c) o valor do SD_INI_LAL do 1º período será igual ao saldo inicial do registro M010


(Identificação da Conta na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs), onde são cadastrados os
saldos iniciais no período da escrituração das contas da parte B utilizadas no e -Lalur
e no e-Lacs. Esse registro pode ser replicado da ECF anterior, importado e/ou editado.

12.4.11 Registro M510: Controle de Saldos das Contas Padrão da Parte B do e-Lalur e
do e-Lacs

O Registro M510: Controle de Saldos das Contas Padrão da Parte B do e-Lalur e do e-


Lacs foi incluído no Manual de Orientação do Leiaute 7 da ECF, aprovado pelo Ato Declaratório
Executivo Cofis nº 86/2020. Esse registro apresenta a visão sintética do controle de saldos das
contas padrão da parte B do e-Lalur e e-Lacs.

Esse registro será gerado pelo sistema a partir do saldo inicial e das movimentações:

a) os campos SD_FIM_LAL e IND_SD_FIM do último período serão transportados para o


E020 (Saldos Finais das Contas da Parte B do e-Lalur da ECF Imediatamente
Anterior) da próxima ECF;

b) quando a escrituração for trimestral, o saldo final do período será transportado para o
saldo inicial do período seguinte; e

c) o valor do SD_INI_LAL do 1º período será igual ao saldo inicial do registro M010


(Identificação da Conta na Parte B e-Lalur e do e-Lacs).

12.5 Bloco N

No Bloco N, é demonstrada a base de cálculo do IRPJ e da CSLL. A pessoa jurídica deve


informar, ainda, todos os componentes que, de alguma forma, influenciaram na base de cálculo
do imposto ou da contribuição.

O Bloco N é composto dos seguintes registros:

[Tabela]

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Registros do Bloco N - Cálculo do IRPJ e da CSLL - Lucro Real


Registro Descrição

N001 Abertura do Bloco N

N030 Identificação dos períodos e formas de apuração do IRPJ e da CSLL das empresas tributadas pelo
lucro real

N500 Base de cálculo do IRPJ sobre o lucro real após as compensações de prejuízos

N600 Demonstração do lucro da exploração

N610 Cálculo da isenção e redução do Imposto sobre o lucro real

N615 Informações da base de cálculo dos incentivos fiscais

N620 Apuração do IRPJ mensal por estimativa

N630 Apuração do IRPJ com base no lucro real

N650 Base de cálculo da CSLL após as compensações da base de cálculo negativa

N660 Apuração da CSLL mensal por estimativa

N670 Apuração da CSLL com base no lucro real

N990 Encerramento do Bloco N

[/Tabela]

Os registros que compõem o Bloco N estão divididos em 2 partes, a saber: IRPJ e CSLL,
em que são demonstrados a base de cálculo e o cálculo do imposto e da CSLL devidos pela
pessoa jurídica tributada pelo Lucro Real.

O quadro a seguir demonstra quais são os registros a serem preenchidos no cálculo do


IRPJ e da CSLL:

[Tabela]
Cálculo do IRPJ
Registro Descrição

N500 Base de cálculo do IRPJ sobre o lucro real após as compensações de prejuízos

N600 Demonstração do lucro da exploração

N610 Cálculo da isenção e redução do Imposto sobre o lucro real

N615 Informações da base de cálculo dos incentivos fiscais

N620 Apuração do IRPJ mensal por estimativa

N630 Apuração do IRPJ com base no lucro real

[/Tabela]

[Tabela]
Cálculo da CSLL

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

Registro Descrição

N650 Base de cálculo da CSLL após as compensações da base de cálculo negativa

N660 Apuração da CSLL mensal por estimativa

N670 Apuração da CSLL com base no lucro real

[/Tabela]

12.5.1 Registro N030: Identificação dos períodos e formas de apuração do IRPJ e da


CSLL das empresas tributadas pelo lucro real

Este registro identifica os períodos da escrituração necessários conforme definições de


parâmetros do Bloco 0.

12.5.2 Registro N500: Base de cálculo do IRPJ sobre o lucro real após as
compensações de prejuízos

Este registro apresenta a base de cálculo do IRPJ após as compensações de prejuízos.

12.5.3 Registro N600: Demonstração do lucro da exploração

Este registro deve ser preenchido pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração
trimestral ou anual do IRPJ com base no lucro real que gozem de benefícios fiscais calculados
com base no lucro da exploração, tais como (Parecer Normativo CST nº 49/1979):

a) empresas instaladas nas áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento


do Nordeste (Sudene) e/ou da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia
(Sudam) que tenham direito à isenção ou à redução do imposto, de acordo com as
legislações respectivas;

b) empresas que tenham empreendimentos industriais ou agroindustriais, inclusive de


construção civil, em operação nas áreas de atuação da Sudam e da Sudene, que
optarem por depositar parte do imposto devido para reinvestimento, conforme a
legislação aplicável;

c) a pessoa jurídica que tenha projeto aprovado no âmbito do Programa de Apoio ao


Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), em ato
conjunto do Ministério da Fazenda, do Ministério da Ciência e Tecnologia e do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos termos e nas
condições estabelecidos pelo Poder Executivo (Lei nº 11.484/2007, art. 5º);

d) empresas que tenham empreendimentos fabricantes de máquinas, equipamentos,

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

instrumentos e dispositivos, com base em tecnologia digital, voltados para o programa


de inclusão digital, cujo projeto tenha sido aprovado nos termos do caput do art. 1º da
MP nº 2.199-14/2001;

e) a Subsidiária da Fifa no Brasil e a Emissora Fonte da Fifa, na hipótese de ser pessoa


jurídica domiciliada no Brasil em relação às atividades próprias e diretamente
vinculadas à organização ou realização dos Eventos (Competições e as seguintes
atividades relacionadas às Competições, oficialmente organizadas, chanceladas,
patrocinadas ou apoiadas pela Subsidiária Fifa no Brasil) de que trata o inciso VI do
art. 2º da Lei nº 12.350/2010;

f) o Prestador de Serviços da Fifa de atividades diretamente relacionadas à realização


dos Eventos (Competições e as seguintes atividades relacionadas às Competições,
oficialmente organizadas, chanceladas, patrocinadas ou apoiadas pela Subsidiária Fifa
no Brasil) de que trata o inciso VI do art. 2º da Lei nº 12.350/2010;

g) as empresas vinculadas ao Comité International Olympique - CIO, e domiciliadas no


Brasil, em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e
diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos (Jogos e as
atividades a eles relacionadas, oficialmente organizadas, chanceladas, patrocinadas,
ou apoiadas pelo CIO, APO ou RIO 2016) de que trata o art. 9º da Lei nº 12.780/2013;

h) O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 - RIO 2016, em relação aos
fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à
organização ou realização dos Eventos (Jogos e as atividades a eles relacionadas,
oficialmente organizadas, chanceladas, patrocinadas, ou apoiadas pelo CIO, APO ou
RIO 2016, de que trata o art. 10 da Lei nº 12.780/2013.

Observa-se que:

a) no caso de empresas que explorem a atividade rural (Lei nº 8.023/1990, art. 2º, com a
redação dada pelo art. 17 da Lei nº 9.250/1995), conjuntamente ou não com atividades
em geral, a atividade rural não será segregada para fins de cálculo do lucro da
exploração, sendo a receita auferida informada na linha correspondente à atividade
incentivada a que fizer jus ou, caso não se enquadre nas linhas N600/2 a N600/17,
incluída na linha N600/17;

b) a proporção que a receita líquida de cada atividade representa em relação à receita


líquida total, calculada com base nas receitas líquidas informadas nas linhas N600/2 a

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

N600/18, aplicada sobre o lucro da exploração do período de apuração (trimestral ou


anual) do imposto, determina a parcela do lucro da exploração que corresponde a
cada uma das atividades da empresa;

c) os valores das linhas N600/50 a N600/66 serão calculados automaticamente pela ECF.
Caso o sistema de contabilidade da empresa ofereça condições para apurar o lucro da
exploração resultante de cada atividade incentivada, as informações prestadas nas
linhas N600/2 a N600/48 terão caráter apenas informativo, podendo a pessoa jurídica
alterar os valores das linhas N600/50 a N600/66, informando os efetivamente
apurados (PN CST nº 49/1979);

d) a pessoa jurídica que se utilizar indevidamente dos benefícios está sujeita ao


pagamento do imposto em relação a cada período de apuração, acrescido de juros e
multa, sem prejuízo das sanções penais cabíveis;

e) a isenção e as reduções do IRPJ e Adicional nos percentuais 50% a 12,5% encontram


com prazo de vigência expirado a contar de 1º.01.2014 (Medida Provisória nº 2.199-
14/2001, art. 1º, § 7º, e Lei nº 9.532/1997, art. 3º, § 3º);

f) as reduções do IRPJ e Adicional nos percentuais de 70% a 33% de hotéis e outros


empreendimentos turísticos, conforme projetos de construção aprovados até
31.12.1985, pelo extinto Conselho Nacional de Turismo - CNTur, também encontram-
se com prazo de vigência expirado, tendo em conta seus projetos tiveram prazo de
aprovação até 31.12.1985, com direito ao benefício até o total de 10 anos, a partir da
data da conclusão das obras (Decreto-lei nº 1.439/1975, art. 4º; Decreto-lei nº
1.598/1977, art. 19, § 1º, “e”; Decreto-lei nº 1.730/1979, art. 1º, I).

12.5.4 Registro N610: Cálculo da isenção e redução do imposto sobre o lucro real

Este registro é preenchido pelas pessoas jurídicas sujeitas à apuração do IRPJ trimestral
ou anual, que gozem dos benefícios fiscais de redução ou isenção desse imposto com base no
lucro da exploração. Atente-se que deve ser informado, nesse registro, o valor do imposto
passível de redução por reinvestimento caso a pessoa jurídica seja beneficiada com essa
redução, em conformidade com as instruções contidas na linha N610/77.

Linhas N610/03, N610/08, N610/13, N610/18, N610/23, N610/28, N610/33, N610/38,


N610/43, N610/48, N610/53, N610/58, N610/63, N610/68 e N610/73 - Adicional.

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

Essas linhas somente devem ser preenchidas se a pessoa jurídica apurar Lucro Real
sujeito à incidência do adicional de que trata a linha N630/4. O rateio toma como base a
proporção entre o lucro da exploração de cada atividade e o lucro real da empresa aplicado
sobre o montante do adicional. Se o lucro real for menor que o lucro da exploração, o rateio do
adicional deverá ser efetuado com base na proporção da receita líquida de cada atividade em
relação à receita líquida total, indicada nas linhas N600/2 a N600/18.

12.5.5 Registro N615: Informações da base de cálculo dos incentivos fiscais

Este registro deve ser preenchido pelas pessoas jurídicas ou grupos de empresas
coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167/1991, alterado pela Medida Provisória nº 2.199-
14/2001, titulares de empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder
Executivo, prioritário para o desenvolvimento regional, aprovado ou protocolizado até
02.05.2001 nas áreas da Sudam e da Sudene ou do Grupo Executivo para Recuperação
Econômica do Estado do Espírito Santo - Geres (Medida Provisória nº 2.199-14/2001, art. 4º, e
Medida Provisória nº 2.145/2001, art. 50, XX, atuais Medidas Provisórias nº 2.156-5/2001, art.
32, XVIII, nº 2.157-5/2001, art. 32, IV, e Lei nº 12.995/2014, art. 2º), observando-se que:

a) as aplicações somente podem ser efetuadas até o final do prazo previsto para a
implantação do projeto, desde que o projeto esteja em situação de regularidade,
cumpridos todos os requisitos previstos e os cronogramas aprovados;

b) após 02.05.2001, é vedada a aplicação nos Fundos Finor, Finam e Funres pelas
pessoas jurídicas que não se enquadram nas condições mencionadas.

12.5.6 Registro N620: Apuração do IRPJ Mensal por Estimativa e Registro N660:
Apuração da CSLL Mensal por Estimativa

O Registro N620 apresenta o cálculo do IRPJ e o Registro N660 apresenta o cálculo da


CSLL no regime de apuração mensal por estimativa. Esse registro é habilitado para a pessoa
jurídica que apurou o IRPJ e a CSLL com base no Lucro Real anual que optou por apurar pela
estimativa mensal, devendo ser efetuado com base nas orientações contidas na Tabela
Dinâmica disposta no site da RFB (http://sped.rfb.gov.br/).

12.5.7 Registros N630: Apuração do IRPJ Com Base no Lucro Real e Registro N670:
Apuração da CSLL Com Base no Lucro Real

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

O Registro N630 apresenta o cálculo do IRPJ e o Registro N670 da CSLL com base no
Lucro Real, trimestral ou anual, de forma definitiva, a ser efetuado com base nas orientações
contidas na Tabela Dinâmica disposta no site da RFB (http://sped.rfb.gov.br/).

12.6 Lançamentos extemporâneos

Ocorrendo lançamentos extemporâneos na ECD, estes terão reflexos na ECF e na


DCTF. Nesse caso, devem ser observados os procedimentos nos subtópicos a seguir.

Nota
Este registro será excluído e incluído automaticamente pelo PGE da ECF durante o processo
de verificação de pendência. Os campos de valores são calculados automaticamente

12.7 Divergência nas Contas de Resultado

Ocorre erro no registro K355 (Contas de resultado), quando do descumprimento as suas


regras:

a) REGRA_COMPATIBILIDADE_K355_E355: verifica se os valores utilizados no registro


K355 (Saldos Finais das Contas Contábeis de Resultado Antes do Encerramento) são
iguais aos valores calculados do registro E355 (Detalhes dos Saldos das Contas de
Resultado Antes do Encerramento); ou

b) REGRA_COMPATIBILIDADE_E355_K355: verifica se os campos do registro E355


com algum valor maior que zero, são referenciados no registro K355 para o mesmo
período de apuração.

Com o devido preenchimento da justificativa da diferença (campo K935_JUSTIFICATIVA


preenchido), o erro se torna aviso, permitindo a entrega da ECF.

A seguir, demonstramos o registro K935 e as instruções de preenchimento de acordo


com o Manual de Orientação do Leiaute 7 da ECF:

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

Nota
Este registro será excluído e incluído automaticamente pelo PGE da ECF durante o processo
de verificação de pendência. Os campos de valores são calculados automaticamente.

(Ato Declaratório Executivo Cofis nº 86/2020)

12.8 Registro L300

[Modelo]
Registro L300

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[/Modelo]

12.9 Registro M300

[Modelo]
Registro M300

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

[/Modelo]

12.10 Registro Y600

Demonstraremos, a seguir, um exemplo de preenchimento do Registro Y600 -


Rendimentos de dirigentes, conselheiros, sócios ou titular (LR, LP e LA). Nessa hipótese,
consideramos que a empresa:

a) distribuiu aos sócios lucros isentos do Imposto de Renda nos seguintes valores:
Sócio Pedro Silva R$ 30.000,00

Sócio Antônio Santos R$ 30.000,00

Total R$ 60.000,00

b) pagou pró-labore aos sócios nos seguintes valores:


Sócio Pedro Silva

Pró-labore R$ 72.000,00

IRRF R$ 11.844,72

Sócio Antônio Santos

Pró-labore R$ 72.000,00

IRRF R$ 11.844,72

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

Para o preenchimento dos demais campos, devem ser observadas as orientações


aplicáveis aos sócios efetivos em 31.12.20X1.

[Modelo]
Registro Y600 - Identificação de Sócios ou Titular (LR, LP e LA)

[/Modelo]

[Modelo]
Registro Y600

[/Modelo]

[Modelo]
Registro Y600

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

[/Modelo]

13. BLOCOS, REGISTROS E CAMPOS DA ECF – LUCRO PRESUMIDO

As empresas tributadas pelo lucro presumido selecionam os blocos e registros obrigatórios da


ECF para o devido preenchimento.

As empresas que optaram pela escrituração do Livro Caixa preenchem somente os blocos 0, E,
P, Q, X e Y do leiaute. Já as empresas que entregaram a ECD preenchem os demais registros,
inclusive os blocos C, J e K além dos citados anteriormente, exceto o Bloco Q – Livro Caixa.

13.1 Blocos e registros

No caso de empresa tributada pelo lucro presumido, devem ser preenchidos os blocos e
registros pertinentes a esse regime tributário, conforme o quadro a seguir:

[Tabela]
Blocos obrigatórios para empresas tributadas pelo Lucro Presumido
Bloco Nome do Bloco Descrição do Bloco

0 Abertura e identificação Abre o arquivo, identifica a entidade e referencia o período da


ECF.

C Informações recuperadas das ECD (*) Armazena as informações do plano de contas e dos saldos
mensais das ECD recuperadas. As ECD recuperadas devem
corresponder ao período da ECF.

Os seguintes registros da ECD são recuperados na ECF:

- I050 - Plano de Contas

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

- I051 - Mapeamento para o Plano de Contas Referencial

- I053 - Subcontas Correlatas

- I100 - Centro de Custos

- I150 - Data dos Saldos Periódicos

- I155 - Saldos Periódicos

- I157 - Transferência de Saldos de Plano de Contas Anterior

- I350 - Data da Apuração do Resultado

- I355 - Saldos das Contas de Resultado Antes do Encerramento

E Informações Recuperadas da ECF Armazena, da ECF recuperada do período imediatamente


Anterior e Cálculo Fiscal dos Dados anterior, os saldos finais das contas referenciais e da parte B (do
Recuperados da ECD (Bloco recuperado e-Lalur e e-LACS). Calcula os saldos contábeis de acordo com o
pelo sistema - não é importado nem período de apuração do tributo.
editado no programa) (**).

J Plano de Contas e Mapeamento Apresenta o mapeamento do plano de contas contábil para o


plano de contas referencial. Caso a ECD recuperada possua o
mapeamento para o plano de contas referencial válido na ECF, o
Bloco J pode ser construído automaticamente, e é permitida a sua
edição. O Bloco J também pode ser importado,
independentemente da recuperação da ECD.

K Saldos das contas contábeis e referenciais Apresenta os saldos das contas contábeis patrimoniais e de
resultado por período de apuração e o seu mapeamento para as
contas referenciais. Caso haja recuperação da ECD, o Bloco K
pode ser construído automaticamente e é permitida a sua edição.
O Bloco K também pode ser importado, independentemente da
recuperação da ECD.

P Lucro presumido Apresenta o balanço patrimonial e a demonstração do resultado


do exercício, e apura o IRPJ e a CSL com base no lucro
presumido.

Q Demonstrativo do Livro Caixa (***) Apresenta o demonstrativo do livro caixa para os casos previstos
na legislação - A partir do leiaute 2.

V Derex(****) Apresenta a declaração sobre utilização dos recursos em moeda


estrangeira decorrentes do recebimento de exportações (Derex) -
A partir do leiaute 4.

X Informações econômicas Apresenta informações econômicas da pessoa jurídica.

Y Informações gerais Apresenta informações gerais da pessoa jurídica.

9 Encerramento do arquivo digital Encerra o arquivo digital.

[/Tabela]

(*) A contabilidade societária é apresentada por meio da Escrituração Contábil Digital


(ECD), no caso de pessoa jurídica que a tenha adotado nos termos da Instrução Normativa
RFB nº 2.003/2021. Para fins da apresentação da ECF, as informações são recuperadas da
ECD (não são importadas, nem editadas no programa) pela própria ECF. Assim, primeiro deve

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

ser criada uma ECF no próprio programa ou deve ser importado um arquivo da ECF para,
posteriormente, recuperar o arquivo da ECD (recuperação de contas, saldos e mapeamento
caso tenha sido realizado na ECD).

A recuperação de dados pela ECF é obrigatória para empresas que são obrigadas a
entregar a ECD. No caso de a pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ser
obrigada à adoção da ECD, a recuperação de dados da ECD pela ECF é obrigatória.

A ECD a ser recuperada na ECF deve ter sido transmitida ao Sped (ECD ativa na base).
Para a pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido recuperar a ECD, deverá indicar na ECF:

a) no Registro 0010.TIP_ESC_PRE:

a.1) para as pessoas jurídicas obrigadas a entregar a ECD, deve ser preenchido com
“C”. Caso a pessoa jurídica entregue a ECD facultativamente e queira recuperar os
dados da ECD, deve utilizar a opção “C”;

a.2) para as pessoas jurídicas não obrigadas a entregar a ECD Livro Caixa (Opção do
Lucro Presumido - parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981/1995), deve ser
preenchido com “L”. Caso a pessoa jurídica entregue a ECD facultativamente e não
queira recuperar os dados da ECD, deve utilizar a opção “L”. Nessa situação, os
Blocos C, E, J e K não serão preenchidos. As informações são recuperadas da ECD
(o bloco é recuperado pelo sistema, não é importado nem editado no programa);

b) no Registro IND_REC_RECEITA, o critério de reconhecimento de receitas pelo regime


de caixa ou pelo regime de competência (art. 223 da Instrução Normativa RFB nº
1.700/2017). Esse campo só é preenchido pelas pessoas jurídicas tributadas pelo
lucro presumido:

b.1) caso a pessoa jurídica preencha 0010.IND_REC_RECEITA = “1”, então


0010.TIP_ESC_PRE pode ser igual a “C” e “L”;

b.2) caso a pessoa jurídica preencha 0010.IND_REC_RECEITA = “2”, então


0010.TIP_ESC_PRE deve ser igual a “C”.

O Bloco C (Informações recuperadas da ECD) não é preenchido pela empresa; o sistema


preencherá esse bloco no momento da recuperação das ECD. Lembra-se que somente
poderão ser recuperadas as ECD do tipo “G”,” R” ou “B”:
G Livro Diário (completo sem escrituração auxiliar)

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R Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar)

B Livro Balancetes Diários e Balanços

(**) O programa da ECF exige a recuperação da ECF do período imediatamente anterior


(transmitida ao Sped - ativa), para as empresas tributadas pelo lucro real.

Por isso, a recuperação da ECF do período imediatamente anterior é obrigatória quando:

a) forma de tributação pelo lucro real (0010. FORMA_TRIB = “1”);

b) a data inicial da ECF (0000.DT_INI) do período atual for diferente de 1º.01.2014; e

c) o indicador de situação de início de período (0000.IND_SIT_INI_PER) for igual a “0”


(Regular – Início no primeiro dia do ano) ou “2” (quando remanescente de cisão ou
realizou incorporação).

No momento da transmissão, o erro de não recuperação da ECF anterior ocorrerá de


acordo com as seguintes regras:

a) verifica, quando a forma de tributação for lucro real (0010.FORMA_TRIB = 1), se existe
ECF transmitida para a base do Sped de período imediatamente anterior e com o
HASHCODE igual ao que foi informado no campo 0010.HASH_ECF_ANTERIOR
(hashcode da ECF do período imediatamente anterior a ser recuperado);

b) verifica, quando a forma de tributação for lucro real (0010.FORMA_TRIB = 1) e não


existe ECF transmitida para a base do Sped de período imediatamente anterior, se o
campo 0010.HASH_ECF_ANTERIOR não está preenchido.

O programa da ECF também permite a recuperação da ECF de período imediatamente


anterior transmitida, caso em que o usuário solicitará a recuperação dos dados através da
funcionalidade “Recuperar Saldos da ECF anterior”.

(***) A apresentação do Demonstrativo do Livro Caixa (Bloco Q) foi facultativa para o ano-
calendário de 2015 e passou a ser obrigatória aos fatos ocorridos desde o ano-calendário de
2016 para as empresas que não optarem pela escrituração contábil.

(****) As pessoas físicas ou jurídicas que mantiverem em instituição financeira no exterior,


recursos em moeda estrangeira relativos aos recebimentos de exportações brasileiras de
mercadorias e de serviços para o exterior, observados os limites fixados pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN) e desde que utilizados para a realização de investimento, aplicação
financeira ou pagamento de obrigação, próprios do exportador (exceto para empréstimo ou

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

mútuo de qualquer natureza), deverão prestar as informações a seguir, no Bloco V (Declaração


Derex) da ECF, no mesmo prazo fixado para essa escrituração (Instrução Normativa RFB nº
1.801/2018):

a) relativas a recebimentos de recursos oriundos de exportações não ingressados no


Brasil;

b) sobre operações simultâneas de compra e venda de moeda estrangeira contratadas


na forma prevista no art. 2º da Lei nº 11.371/2006; e

c) sobre rendimentos auferidos no exterior decorrentes da utilização dos recursos


mantidos fora do País.

As informações serão prestadas discriminando as aplicações financeiras, os


investimentos e os pagamentos de obrigações próprias do exportador e, no caso de
pagamentos de obrigações próprias no exterior, especificando os valores destinados à
aquisição de bens ou serviços, inclusive relativos a juros e a remuneração de direitos.

13.2 Blocos e registros exclusivos do lucro presumido

Entre os blocos e registros descritos no subtópico 8.1, destacamos que os Blocos P e Q


são de preenchimento exclusivo da pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido,
cujos principais registros trataremos nos subtópicos a seguir.

13.2.1 Bloco P

Na ECF, o Bloco P é exclusivo para preenchimento das pessoas jurídicas tributadas pelo
lucro presumido, destacando-se os seguintes registros:

[Tabela]
Bloco P
Registro Descrição

P001 Abertura do Bloco P

P030 Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL das Empresas Tributadas
pelo Lucro Presumido

P100 Balanço Patrimonial

P130 Demonstração das Receitas Incentivadas do Lucro Presumido

P150 Demonstrativo do Resultado Líquido no Período Fiscal

P200 Apuração da Base de Cálculo do IRPJ com Base no Lucro Presumido

P230 Cálculo da Isenção e Redução do Lucro Presumido

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

P300 Cálculo do IRPJ com Base no Lucro Presumido

P400 Apuração da Base de Cálculo da CSLL com Base no Lucro Presumido

P500 Cálculo da CSLL com Base no Lucro Presumido

P990 Encerramento do Bloco P

[/Tabela]

13.2.2 Bloco Q

O Bloco Q deverá estar preenchido para as pessoas jurídicas optantes pela sistemática
do lucro presumido que:

a) se utilizem da prerrogativa da manutenção do Livro Caixa, no qual deverá estar


escriturado toda a movimentação financeira, inclusive bancária, em detrimento da
escrituração contábil nos termos da legislação comercial, conforme autoriza o
parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981/1995; e

b) cuja receita bruta no ano seja superior a R$ 1.200.000,00, ou proporcionalmente ao


período a que se refere, de acordo com a seguinte regra:
Se 0010.IND_ESC_PRE = “L” E SOMA (P200(2) + P200(4) + P200(6) + P200(8)) > 100.000 x (Número de Meses da ECF)
então Bloco Q é obrigatório

No Bloco Q, destacam-se os seguintes registros:

[Tabela]
Bloco Q
Registro Descrição

Q001 Abertura do Bloco Q

Q100 Demonstrativo do Livro Caixa

Q990 Encerramento do Bloco Q

[/Tabela]

[Modelo]
Leiaute do Registro Q100 - Demonstrativo do Livro Caixa

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

[/Modelo]

13.2.2.1 Exemplo

Com base nos dados hipotéticos a seguir, demonstramos o preenchimento da


movimentação do Livro Caixa no Registro Q100 da ECF:
Data Histórico Entrada Saída Saldo final

01.01.2020 SALDO ANTERIOR R$ 8.000,00 R$ 0,00 R$ 8.000,00

02.01.2020 RECEBIMENTO DE VENDA R$ 2.000,00 R$ 0,00 R$ 10.000,00

31.01.2020 PAGAMENTO DE FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 7.000,00 R$ 3.000,00

02.02.2020 RECEBIMENTO DE VENDA R$ 8.000,00 R$ 0,00 R$ 11.000,00

28.02.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 2.000,00 R$ 9.000,00

31.03.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 6.000,00 R$ 3.000,00

01.04.2020 RECEBIMENTO DE VENDA R$ 17.000,00 R$ 0,00 R$ 20.000,00

05.05.2020 RECEBIMENTO DE VENDA R$ 3.000,00 R$ 0,00 R$ 23.000,00

31.05.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 8.000,00 R$ 15.000,00

01.06.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 5.000,00 R$ 10.000,00

01.07.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 6.000,00 R$ 4.000,00

15.08.2020 RECEBIMENTO DE VENDA R$ 4.000,00 R$ 0,00 R$ 8.000,00

09.09.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 5.000,00 R$ 3.000,00

14.10.2020 RECEBIMENTO DE VENDA R$ 7.000,00 R$ 0,00 R$ 10.000,00

25.10.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 4.000,00 R$ 6.000,00

31.10.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 2.000,00 R$ 4.000,00

05.11.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 1.500,00 R$ 2.500,00

30.11.2020 RECEBIMENTO DE VENDA R$ 3.500,00 R$ 0,00 R$ 6.000,00

02.12.2020 RECEBIMENTO DE VENDA R$ 2.000,00 R$ 0,00 R$ 8.000,00

31.12.2020 PAGAMENTO A FORNECEDORES R$ 0,00 R$ 5.000,00 R$ 3.000,00

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

[Modelo]
REGISTRO Q100

[/Modelo]

14. BLOCOS, REGISTROS E CAMPOS DA ECF – LUCRO ARBITRADO

O lucro arbitrado não é uma forma muito usual para fins de apuração do IRPJ e da CSL,
mas é fato que o arbitramento do lucro constitui-se como uma importante forma de apuração da
base de cálculo do imposto e da contribuição, e poderá ser imposto pelo Fisco ou por opção do
próprio contribuinte.

Será arbitrado o lucro por imposição da autoridade tributária quando a pessoa jurídica
deixar de cumprir as obrigações acessórias vinculadas à determinação do lucro real ou
presumido, conforme o caso.

De outra forma, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do Imposto de Renda


correspondente com base nas regras do lucro arbitrado, desde que conhecida a receita bruta e
desde que presentes quaisquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal
(art. 47 da Lei nº 8.981/1995).

A pessoa jurídica tributada com base no lucro arbitrado está impedida de utilizar qualquer
dedução a título de incentivo fiscal (art. 10 da Lei nº 9.532/1997).

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

14.1 Blocos e registros

No caso de empresa tributada pelo lucro arbitrado, devem ser preenchidos os blocos e
registros pertinentes a esse regime tributário, conforme o quadro a seguir:

[Tabela]
Blocos obrigatórios para empresas tributadas pelo Lucro Arbitrado (LA)
Bloco Nome do Bloco Descrição do Bloco

0 Abertura e Identificação Abre o arquivo, identifica a entidade e referencia o período da


ECF.

C Informações Recuperadas das ECD (Bloco Armazena as informações do plano de contas e dos saldos
recuperado pelo sistema - não é importado mensais das ECD recuperadas. As ECD recuperadas devem
e não é editado no programa) corresponder ao período da ECF. Os seguintes registros da ECD
são recuperados na ECF:

- I050 – Plano de Contas;

- I051 – Mapeamento para o Plano de Contas Referencial;

- I053 – Subcontas Correlatas;

- I100 – Centro de Custos;

- I150 – Data dos Saldos Periódicos;

- I155 – Saldos Periódicos;

- I157 - Transferência de Saldos de Plano de Contas Anterior

- I350 – Data da Apuração do Resultado;

- I355 – Saldos das Contas de Resultado Antes do Encerramento.

Estão obrigadas a efetuar a recuperação da ECD todas as


pessoas jurídicas obrigadas a entregar a ECD, conforme
Instrução Normativa RFB nº 2.003/2021(*).

E Informações Recuperadas da ECF Armazena, da ECF recuperada do período imediatamente


Anterior e Cálculo Fiscal dos Dados anterior, os saldos finais das contas referenciais e da parte B (do
Recuperados da ECD (Bloco recuperado e-LALUR e e-LACS). Calcula os saldos contábeis de acordo com
pelo sistema - não é importado e não é o período de apuração do tributo.
editado no programa)

A recuperação de dados da ECD é


obrigatória para as empresas obrigadas a
entregar a ECD.

J Plano de Contas e Mapeamento Apresenta o mapeamento do plano de contas contábil para o


plano de contas referencial. Caso a ECD recuperada possua o
mapeamento para o plano de contas referencial válido na ECF, o
bloco J pode ser construído automaticamente e é permitida a sua
edição.

K Saldos das Contas Contábeis e Apresenta os saldos das contas contábeis patrimoniais e de
Referenciais resultado por período de apuração e o seu mapeamento para as

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

contas referenciais(*)

Caso haja recuperação da ECD, o bloco K pode ser construído


automaticamente e é permitida a sua edição. O bloco K também
pode ser importado, independentemente da recuperação da ECD
(*).

T Lucro Arbitrado Apura o IRPJ e a CSL com base no lucro arbitrado

X Informações Econômicas Apresenta informações econômicas da pessoa jurídica

Y Informações Gerais Apresenta informações gerais da pessoa jurídica

9 Encerramento do Arquivo Digital Encerra o arquivo digital

[/Tabela]

(*) A contabilidade societária é apresentada por meio da Escrituração Contábil Digital


(ECD), no caso de pessoa jurídica que a tenha adotado nos termos da Instrução Normativa
RFB nº 2.003/2021.

Para as pessoas jurídicas não obrigadas a entregar a ECD, como é o caso das tributadas
pelo lucro arbitrado, devem preencher com “L” (Livro Caixa ou não obrigadas a entregar a ECD
ou entrega facultativa da ECD sem recuperação de dados) no Registro 0010.TIP_ESC_PRE
(Parâmetros de Tributação). Nessa hipótese, os Blocos C, E, J e K não serão preenchidos.

14.2 Blocos e registros exclusivos do lucro arbitrado

Todos os blocos e registros descritos no subtópico 3.1 devem ser preenchidos na ECF.

No entanto, destacamos que o Bloco T que é de preenchimento exclusivo da pessoa


jurídica tributada com base no lucro arbitrado, destacando-se os seguintes registros:

[Tabela]
Registros exclusivos para Lucro Arbitrado
Registro Descrição

T001 Abertura do Bloco

T030 Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL das Empresas Tributadas
pelo Lucro Arbitrado

T120 Apuração da Base de Cálculo do IRPJ com Base no Lucro Arbitrado

T150 Cálculo do IRPJ com Base no Lucro Arbitrado

T170 Apuração da Base de Cálculo da CSLL com Base no Lucro Arbitrado

T181 Cálculo da CSLL com Base no Lucro Arbitrado

T990 Encerramento do Bloco T

[/Tabela]

14.2.1 Registro T030: Identificação dos períodos e formas de apuração do IRPJ e da

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

CSL das empresas tributadas pelo lucro arbitrado

Este registro trata da identificação dos períodos da escrituração necessários conforme


definições de parâmetros do bloco 0.

14.2.2 Registro T120: Apuração da base de cálculo do IRPJ com base no lucro
arbitrado

Este registro deve ser preenchido pela pessoa jurídica que apurou o IRPJ pelo lucro
arbitrado em um ou mais trimestres do ano-calendário.

Neste registro, devem ser informados:

a) a identificação do registro;

b) o código e a descrição, conforme as orientações da tabela dinâmica do Sped,


disponível para download no site da RFB (http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1644); e

c) o valor.

Nota
Na descrição, serão informados:
a) a receita bruta (separadamente, por percentuais aplicáveis a cada tipo de receita);
b) o resultado da aplicação dos percentuais sobre a receita bruta; e
c) demais receitas ou ganhos de capital.

14.2.3 Registro T150: Cálculo do IRPJ com base no lucro arbitrado

Este registro deve ser preenchido pela pessoa jurídica que apurou IRPJ pelo lucro
arbitrado em um ou mais trimestres do ano-calendário.

Neste registro, devem ser informados:

a) a identificação do registro;

b) o código e a descrição, conforme as orientações da tabela dinâmica do Sped,


disponível para download no site da RFB (http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1644); e

c) o valor.

Nota
Na descrição, serão informados:
a) a base de cálculo;

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b) o imposto apurado com base no lucro arbitrado;


c) o resultado da aplicação da alíquota de 15% sobre o campo 6 do registro T150;
d) o adicional do IRPJ;
e) o IRPJ a pagar.

14.2.4 Registro T170: Apuração da base de cálculo da CSL com base no lucro
arbitrado

Este registro deve ser preenchido pela pessoa jurídica que apurou a CSL com base no
lucro arbitrado, em um ou mais trimestres do ano-calendário, inclusive se optante pelo Refis.

Neste registro, devem ser informados:

a) a identificação do registro;

b) o código e a descrição, conforme as orientações da tabela dinâmica do Sped,


disponível para download no site da RFB (http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1644); e

c) o valor.

Nota
Na descrição, serão informados:
a) a receita bruta (separadamente, por percentuais aplicáveis a cada tipo de receita);
b) o resultado da aplicação dos percentuais sobre a receita bruta;
c) as demais receitas ou ganhos de capital; e
d) a base de cálculo.

14.2.5 Registro T181: Cálculo da CSL com base no lucro arbitrado

Este registro deve ser preenchido pela pessoa jurídica que apurou a CSL com base no
lucro arbitrado, em um ou mais trimestres do ano-calendário, inclusive se optante pelo Refis.

Neste registro, devem ser informados:

a) a identificação do registro;

b) o código e a descrição, conforme as orientações da tabela dinâmica do Sped,


disponível para download no site da RFB (http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1644); e

c) o valor.

Nota
Na descrição, serão informados:

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

a) a base de cálculo;
b) o resultado da aplicação da alíquota vigente sobre a soma o valor do campo 5 do registro
T181;
c) o valor da CSL;
d) as deduções;
e) a CSL a pagar.

14.2.6 Registro T990: Encerramento do bloco T

Este registro encerra o bloco T, em que será informada a identificação do registro, bem
como a quantidade total de registros existentes neste bloco.

(Ato Declaratório Executivo Cofis nº 86/2020)

14.3. Exemplo de cálculo do IRPJ e CSLL

Admita-se a hipótese de uma empresa, submetida à tributação com base no lucro


arbitrado, que aufira no 4º trimestre de 20X1:

a) receita de vendas de mercadorias: R$ 6.600.000,00;

b) rendimentos de aplicações financeiras: R$ 80.000,00 (sobre o qual foi retido o imposto


na fonte de R$ 16.000,00);

c) ganho de capital (lucro) na venda de bem do Ativo não Circulante: R$ 50.000,00.

Nesse caso, admitindo-se que o percentual aplicável sobre a receita para o cálculo do
lucro arbitrado seja 9,6%, temos:

a) determinação da base de cálculo do imposto:

Lucro arbitrado com base na receita de venda de mercadorias:

9,6% de R$ 6.600.000,00 R$ 633.600,00

Rendimentos de aplicações financeiras R$ 80.000,00

Ganho de capital na alienação de bem R$ 50.000,00

Base de cálculo do imposto R$ 763.600,00

b) cálculo do imposto devido:

Imposto normal: 15% s/ R$ 763.600,00 R$ 114.540,00

Adicional: 10% s/ R$ 703.600,00 (R$ 763.600,00 - R$ 60.000,00) R$ 70.360,00

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Soma R$ 184.900,00

c) dedução do imposto retido na fonte:

Imposto devido R$ 184.900,00

Imposto retido na fonte (R$ 16.000,00)

Imposto líquido a pagar R$ 168.900,00

d) cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro:

d.1) base de cálculo:

12% s/ R$ 6.600.000,00 R$ 792.000,00

Rendimentos de aplicações financeiras R$ 80.000,00

Ganho de capital na alienação de bem R$ 50.000,00

Soma R$ 922.000,00

d.2) contribuição social a pagar:

Contribuição devida: 9% s/ R$ 922.000,00 R$ 82.980,00

Saldo a pagar R$ 82.980,00

14.4. Demonstração do preenchimento da ECCF

14.4.1 Registros T120 e T150

[Modelo]
Registro T120

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[/Modelo]

[Modelo]
Registro T150

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[/Modelo]

14.4.2 Registros T170 e T181

[Modelo]
Registro T170

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

[/Modelo]

[Modelo]
Registro T181

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[/Modelo]

15. BLOCOS, REGISTROS E CAMPOS DA ECF – IMUNES E ISENTAS

Todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, devem apresentar a


Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de forma centralizada pela matriz. Entretanto, a
obrigatoriedade de entrega da ECF não se aplica às empresas optantes pelo Simples Nacional,
aos órgãos públicos, às autarquias, às fundações públicas e às inativas.

15.1 Blocos e registros

O arquivo digital é composto por blocos de informação e cada bloco terá um registro de
abertura, registros de dados e um registro de encerramento. Após o bloco inicial (Bloco 0), a
ordem de apresentação dos demais blocos é a sequência constante na tabela de blocos
ilustrada anteriormente. Se houver especificação em contrário, todos os blocos serão
obrigatórios e o respectivo registro de abertura indicará a presença ou a ausência de dados
informados.

15.1.1 Imunes ou isentas NÃO obrigadas a entregar a ECD

As imunes ou isentas não obrigadas a entregar a ECD deverão preencher os seguintes


blocos e registros:

[Tabela]
Blocos e registros obrigatórios para imunes ou isentas que NÃO OBRIGADAS A ENTREGAR A
ECD
Bloco Registro Nome do Registro/Bloco Descrição do Registro

0 0000 Abertura do Arquivo Digital e Abre o arquivo, identifica a pessoa jurídica e referencia
Identificação da Pessoa Jurídica o período da ECF.

0 0010 Parâmetros de Tributação Apresenta os parâmetros fiscais que identificam quais


blocos e registros serão preenchidos.

0 0020 Parâmetros Complementares Apresenta os parâmetros que identificam quais blocos e


registros a serem preenchidos.

0 0030 Dados Cadastrais Apresenta os dados cadastrais da pessoa jurídica.

0 0930 Identificação dos Signatários da ECF Informa os dados dos signatários da escrituração. São
obrigatórias duas assinaturas: uma do contabilista e
uma da pessoa jurídica.

X X390 Origem e Aplicações de Recursos - Nesse registro, a pessoa jurídica discrimina a origem

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Imunes e Isentas (receitas e demais entradas) e a aplicação (despesas e


demais saídas) dos recursos auferidos e despendidos
durante o ano-calendário.

Y Y612 Identificação e Rendimentos de Esse registro deve ser preenchido pelas imunes ou
Dirigentes, Conselheiros, Sócios ou isentas com dados dos 999 maiores dirigentes e
Titular. conselheiros, no período de apuração, inclusive os
dirigentes e conselheiros que tenham saído das imunes
ou isentas no período de apuração e não fazem parte
das imunes ou isentas na data final do período de
apuração. Os dirigentes e conselheiros devem ser
informados, ainda não tenham recebido rendimento no
período (nessa situação, o valor a ser informado será
zero).

9 Encerramento do arquivo digital Encerra o arquivo digital.

[/Tabela]

15.1.2 Registro 0010 - Parâmetros de Tributação

Esse registro apresenta os parâmetros fiscais que identificam quais blocos e registros
serão preenchidos na ECF pela entidade imune e isenta.

Recomendamos às entidades imunes e isentas que fiquem atentas no preenchimento do


campo 10 - TIP_ESC_PRE. Ele é de preenchimento obrigatório. Informar com o código “C”
(Obrigada a entregar a ECD ou entrega facultativa - haverá recuperação dos dados) ou “L”
(Não obrigada a entregar a ECD/Livro Caixa).

Para as pessoas jurídicas imunes ou isentas obrigadas a entregar a ECD, a recuperação


da ECD na ECF é obrigatória. Nesse caso, o campo escrituração - “TIP_ESC_PRE” - do
Registro 0010 deve ser preenchido com “C” (Obrigada a entregar a ECD). O mesmo tratamento
é dado para as pessoas jurídicas que tenham entregado a sua ECD, mesmo sem estar
obrigadas, e desejem efetuar a sua recuperação na ECF (o campo escrituração -
“TIP_ESC_PRE” - do Registro 0010 deve ser preenchido com “C”).

Para as pessoas jurídicas imunes ou isentas não obrigadas a entregar a ECD, o campo
escrituração - “TIP_ESC_PRE” - do Registro 0010 deve ser preenchido com “L” (Não obrigada
a entregar a ECD). Nessa situação, os blocos C, E, J e K não serão preenchidos. O programa
da ECF exige a recuperação de tantos arquivos ECD, quantos forem os arquivos necessários
para abranger todo o período de ECF.

15.1.3 Registro 0930 - Identificação dos Signatários da ECF

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

Neste registro, são informados os dados dos signatários da escrituração. São obrigatórias
duas assinaturas: uma do contabilista e uma da pessoa jurídica. Para a assinatura do
contabilista, só podem ser utilizados certificados digitais de pessoa física (e-CPF) do tipo A1 ou
A3.

Para a assinatura da pessoa jurídica, poderá ser utilizado certificado digital válido do tipo
A1 ou A3. Para as entidades imunes/isentas que não estejam obrigadas a entregar a ECD, só
será exigida a assinatura do representante legal, ou seja, não será obrigatória a assinatura do
contador.

As entidades imunes/isentas (desobrigadas do IRPJ e da CSLL) e que estejam obrigadas


a entregar a ECD, além dos registros mencionados anteriormente, também preencherão os
blocos C, E, J, K e U (esses blocos serão preenchidos pelo sistema por meio da recuperação
dos dados da ECD). Nessa situação, a assinatura do contador, no Registro 0930, é
obrigatória.

15.1.4 Registros de Planos de Contas Referenciais (U100 e U150)

Para as pessoas jurídicas que têm ECD a recuperar e geram o arquivo da ECF para
importação, os Registros U100 e U150, no caso de imunes ou isentas, não devem constar no
arquivo da ECF para importação, pois, caso sejam importados, os valores não serão calculados
pelo programa da ECF.

Os planos referenciais correspondentes aos Registros U100 (Contas Patrimoniais) e


U150 (Contas de Resultado) estão disponíveis no site da RFB (http://sped.rfb.gov.br/). A ECF
recupera o plano de contas do último período existente na ECD. O plano de contas deve
retratar o conjunto e a estrutura de todas as contas passíveis de utilização na contabilidade da
entidade. O mapeamento das contas contábeis da entidade para as contas referenciais é feito
somente em relação às contas analíticas. Contas sintéticas não devem ser mapeadas.

15.1.5 Bloco E

O Bloco E não é preenchido pela entidade. O sistema da ECF preencherá o Bloco E no


momento da recuperação da ECF no período imediatamente anterior e efetuará os cálculos
fiscais relativos aos dados recuperados da ECD.

A recuperação da ECF do período imediatamente anterior é obrigatória quando:

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

a) a forma de tributação pelo lucro real (0010. FORMA_TRIB = “1”);

b) a data inicial da ECF (0000.DT_INI) do período atual for diferente de 01/01/2014; e

c) o indicador de situação de início de período (0000.IND_SIT_INI_PER) for igual a “0”


(Regular - Início no primeiro dia do ano) ou “2” (quando remanescente de cisão ou
realizou incorporação).

15.1.6 Bloco U

Na ECF, o Bloco U é exclusivo para preenchimento das pessoas jurídicas imunes ou


isentas, destacando-se os seguintes registros:

São registros do Bloco U:

[Tabela]
Registros exclusivos das imunes ou isentas
Registro Descrição

U001 Abertura do Bloco U

U030 Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSL das Empresas Imunes e
Isentas

U100 Balanço Patrimonial

U150 Demonstração do Resultado

U180 Cálculo do IRPJ das Empresas Imunes e Isentas

U182 Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro das Empresas Imunes e Isentas

U990 Encerramento do Bloco

[/Tabela]

15.1.6.1 Registro U000

Esse registro indica a abertura do Bloco U, identificando o tipo do registro, bem como se
o bloco possui ou não dados a serem informados na ECF.

15.1.6.2 Registro U001 – Abertura do Bloco U – Imunes e Isentas

Esse registro indica a abertura do Bloco U, identificando o tipo do registro, bem como se
o bloco possui ou não dados a serem informados na ECF.

15.1.6.3 Registro U030 - Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IPRJ


e da CSLL das Empresas Imunes e Isentas

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

O Registro U030 identifica os períodos da escrituração necessários conforme definições


de parâmetros do Bloco 0 (Abertura, Identificação e Referências).

Nesse registro, serão indicados:

a) data de início e data do fim do período abrangido pela ECF; e

b) período de apuração (anual ou trimestral).

15.1.6.4 Registro U100 - Balanço Patrimonial

Esse registro apresenta o balanço patrimonial com base nas contas referenciais para o
período de apuração, sendo que:

a) o saldo inicial pode ser replicado dos Registros E010 (Saldos Finais Recuperados da
ECF Anterior) e E015 (Contas Contábeis Mapeadas) ou preenchido;

b) o saldo final será recuperado dos Registros K155 (Detalhes dos Saldos Contábeis -
Depois do Encerramento do Resultado do Período) e K156 (Mapeamento Referencial
do Saldo Final).

Nota
Os planos referenciais correspondentes ao Registro U100 estão disponíveis no site da RFB
(http://sped.rfb.gov.br/).

15.1.6.5 Registro U150 - Demonstração do Resultado

Apresenta a demonstração do resultado das empresas imunes e isentas. No caso de


entidades fechadas de previdência complementar, será apresentado o Plano de Gestão
Administrativa (PGA).

Nota
Os planos referenciais correspondentes ao Registro U150 estão disponíveis no site da RFB
(http://sped.rfb.gov.br/).

15.1.6.6 Registro U180 – Cálculo do IRPJ das Empresas Imunes ou Isentas

Apresenta o cálculo do IRPJ das empresas imunes e isentas no caso de receitas


auferidas oriundas de atividades não relacionadas às atividades das empresas imunes e
isentas.

Os códigos e descrições serão informados, conforme tabela dinâmica do Sped,


reproduzida a seguir (disponível no site da RFB: http://sped.rfb.gov.br/).

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

[Tabela]
Tabela dinâmica
Código Descrição

1 Base de cálculo do IRPJ

2 IMPOSTO SOBRE O LUCRO

3 À Alíquota de 15%

4 Adicional

5 DEDUÇÕES

6 (-) Imposto de Renda Mensal Pago por Estimativa

7 (-) Parcelamento Formalizado de IR sobre a Base de Cálculo Estimada

8 (-) Imposto de Renda Retido na Fonte por Órgãos, Autarquias e Fundações Federais (Lei nº 9.430/1996, art. 64)

9 (-) Imposto de Renda Retido na Fonte pelas Demais Entidades da Administração Pública Federal (Lei nº
10.833/2003, art. 34)

10 (-) Imposto de Renda Retido na Fonte (demais)

11 (-) Demais Deduções

12 IMPOSTO DE RENDA A PAGAR

[/Tabela]

15.1.6.7 Registro U182 - Cálculo da CSLL das Empresas Imunes ou Isentas

Esse registro apresenta o cálculo da CSLL das empresas imunes ou isentas e deve ser
preenchido:

a) pelas entidades sem fins lucrativos de que trata o inciso I do art. 12 do Decreto nº
3.048/1999 que não se enquadrem na imunidade ou isenção da Lei nº 9.532/1997;

b) pelas associações de poupança e empréstimo.

15.1.6.8 Registro U990 - Encerramento do Bloco U

O Registro U990 encerra o Bloco U. O preenchimento desse registro é obrigatório para


as pessoas jurídicas imunes e isentas. Devem ser informadas nesse registro a identificação do
tipo do registro e a quantidade total de registros existentes nesse bloco.

15.2 Registro X390 - Origem e Aplicação de Recursos - Imunes e Isentas

O Registro X390 demonstra a Origem e Aplicação de Recursos e deve ser preenchido


pelas pessoas jurídicas imunes ou isentas do IRPJ. Nesse registro, a pessoa jurídica discrimina
a origem (receitas e demais entradas) e a aplicação (despesas e demais saídas) dos recursos
auferidos e despendidos durante o ano-calendário.

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

Devem ser discriminados os valores, em reais, conforme melhor se enquadrarem entre os


títulos apresentados, utilizando as linhas X390/7 (Outros Recursos) e X390/15 (Outras
Despesas) somente em caso de impossibilidade de melhor classificação. Os empréstimos
tomados devem ser incluídos na linha X390/7 (Outros Recursos). As amortizações e o
pagamento de juros devem ser informados na linha X390/15 (Outras Despesas).

15.3 Registro Y612 - Identificação e Rendimentos de Dirigentes e Conselheiros - Imunes


ou Isentas

Esse registro deve ser preenchido pelas imunes ou isentas com dados dos 999 maiores
dirigentes e conselheiros, no período de apuração, inclusive os dirigentes e conselheiros que
tenham saído das imunes ou isentas no período de apuração e não fazem parte das imunes ou
isentas na data final do período de apuração. Os dirigentes e conselheiros devem ser
informados, ainda não tenham recebido rendimento no período (nessa situação, o valor a ser
informado será zero).

16. BLOCO W – DECLARAÇÃO PAÍS A PAÍS

Em cumprimento ao compromisso acordado em âmbito internacional na Ação 13 do


Projeto BEPS, sigla em inglês para Base Erosion and Profit Shifting (Erosão da Base Tributável
e Transferência de Lucros), coordenado conjuntamente pelos países-membros do G-20 e da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), foi instituída a
Declaração País-a-País (DPP).

O Projeto BEPS prevê que o documento seja compartilhado entre os países nos quais as
entidades do grupo multinacional estão presentes, por meio de acordos que prevejam a troca
automática de informações em matéria tributária, assegurando-se a confidencialidade e a
segurança das informações transmitidas.

16.1 Principais telas da declaração

Demonstramos as principais telas do Bloco W da DPP:

[Modelo]
TELA 01 - CRIAR NOVA ESCRITURAÇÃO

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

[/Modelo]

[Nota]

Nota
Na ECF para habilitar o Bloco W - Declaração País-a-País indique SIM na opção Entidade
Integrante de Grupo Multinacional.

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

[/Nota]

[Modelo]
TELA 02 - REGISTRO W100

[/Modelo]

[Modelo]
TELA 03 - REGISTRO W200

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

[/Modelo]

[Modelo]
TELA 04 - REGISTRO W300

[/Modelo]

17. BLOCO V – DECLARAÇÃO DEREX

Desde o ano-calendário de 2017, as informações relativas a recebimentos de recursos


oriundos de exportações não ingressados no Brasil, sobre operações simultâneas de compra e
venda de moeda estrangeira contratadas na forma prevista no art. 2º da Lei nº 11.371/2006 e

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

sobre rendimentos auferidos no exterior decorrentes da utilização dos recursos mantidos fora
do País devem ser transmitidas à RFB:

a) pela pessoa jurídica, mediante a apresentação:

a.1) da Declaração Derex, constante do Bloco V da Escrituração Contábil Fiscal


(ECF);

a.2) pelo sistema Coleta Nacional, disponibilizado no e-CAC da RFB, tratando-se de


optante pelo Simples Nacional;

b) pela pessoa física: mediante a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do


Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF).

(Instrução Normativa SRF nº 726/2007; Instrução Normativa RFB nº 1.801/2018)

17;1. Blocos e Registros da ECF

A Declaração sobre Utilização dos Recursos em Moeda Estrangeira decorrentes do


Recebimento de Exportações (Declaração Derex), Bloco V da ECF, é composta dos seguintes
registros:
Registro Descrição

0020 Registro 0020 - Parâmetros complementares

V001 Abertura do bloco

V010 Derex - Instituição

V020 Responsável pela movimentação

V030 Derex - Período – Mês

V100 Demonstrativo dos recursos em moeda estrangeira decorrentes do recebimento de exportações

V990 Encerramento do Bloco V

17.1.1 Registro 0020

No Registro 0020 - Parâmetros complementares, deve ser selecionada a opção pelo


preenchimento ou não da Derex. Se estiver obrigado, selecione no campo 33 (IND_Derex)
desse registro a opção “SIM” e, se não estiver, a opção “NÃO”.

171.2 Registro V001

No Registro V001 - Abertura do Bloco V, devem ser informadas a identificação do tipo do


registro e a indicação de que o bloco possui ou não dados a serem informados.

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

17.1.3 Registro V010

No Registro V010 - Derex - Instituição, são apresentados as instituições financeiras, o


país e a moeda nos quais houve aplicações financeiras, investimentos e pagamento de
obrigações próprias do exportador.

17.1.4 Registro V020

No Registro V020 - Responsável pela movimentação, serão apresentadas as


informações dos procuradores, representantes ou agentes no exterior, responsáveis pela
movimentação das contas bancárias.

17.1.5 Registro V030

No Registro V030 - Derex - Período - Mês, deve ser informado o mês em que houve
aplicações financeiras, investimentos e pagamento de obrigações próprias do exportador.

17.1.6 Registro V100

No Registro V100 - Demonstrativo dos recursos em moeda estrangeira decorrentes do


recebimento de exportações, são informados o código, a descrição e os valores de aplicações
financeiras, investimentos e pagamento de obrigações próprias do exportador.

(Ato Declaratório Executivo Cofis nº 86/2020)

17.2 PREENCHIMENTO DO BLOCO V

Considerando, por hipótese, que em janeiro/20X1 a empresa ABC S/A exportou produtos
por ela industrializados e manteve os recursos relativos aos respectivos recebimentos em
moeda estrangeira no valor de USD 10.000.000,00 (dólar dos EUA, conforme tabela de
moedas: SPEDECF_CBC_MOEDA).

O total desses recursos foi mantido no exterior, nas Ilhas Cayman. Dessa forma, temos o
seguinte:
Data Origem/Destinação dos recursos Valor (USD)

20.01.20X1 (+) Recursos relativos ao recebimento da exportação realizada USD 10.000.000,00

1º.02.20X1 (-) Realização de investimentos USD 5.000.000,00

10.05.20X1 (+) Recebimento de rendimentos do exterior USD 1.000.000,00

15.12.20X1 (-) Aquisição de máquinas USD 3.000.000,00

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31.12.20X1 Saldo final USD 3.000.000,00

Para demonstrar essas operações, ao preencher a ECF:

a) no Campo 33 (IND_Derex) do Registro 0000 (Parâmetros complementares), indique a


opção “SIM” - Declaração sobre a utilização dos recursos em moeda estrangeira
decorrentes do recebimento de exportações (Derex):

b) no Registro V010 (Derex - Instituição), indique o nome da instituição financeira, o


código do país da instituição e a moeda nos quais houve aplicações financeiras,
investimentos e pagamento de obrigações próprias do exportador:

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Nota
Por medida de simplificação, reproduzimos apenas o saldo final existente em 31.12.20X1, já
computadas as movimentações demonstradas no quadro supramencionado.

c) no Registro V020 da ECF, indique o responsável pela movimentação financeira (as


informações dos procuradores, representantes ou agentes no exterior, responsáveis
pela movimentação das contas bancárias):

d) no Registro V030 da ECF, indique o mês em que houve aplicações financeiras,


investimentos e pagamento de obrigações próprias do exportador:

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e) no Registro V100 da ECF, indique, mês a mês, o código, a descrição e os valores de


aplicações financeiras, investimentos e pagamento de obrigações próprias do
exportador:

(Ato Declaratório Executivo Cofis nº 86/2020)

18 BLOCOS “X” E “Y” DA ECF

18.1 Bloco X – Informações Econômicas

Este bloco é responsável pelas Informações Econômicas da Pessoa Jurídica: operações


com o exterior, participações societárias, ativos no exterior, importação e exportação etc. Para
que o programa apresente as fichas para o preenchimento é necessário assinalar os itens do
registro 0020 - Parâmetros Complementares.

Registros do Bloco X da ECF:

[Modelo]
TELA 01 - REGISTGROS DO BLOCO X

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[/Modelo]

(Ato Declaratório Executivo Cofis nº 86/2020)

17.2 Bloco Y – Informações Gerais

Este bloco é responsável pelas Informações Gerais: dados cadastrais da empresa, dados
dos sócios e dirigentes, etc. Alguns registros serão preenchidos após o preenchimento dos
demais blocos, pois depende deles.

Registros do Bloco Y:

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EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO COSTA 83703411287 EDUARDO BALDOINO

Modelo]
TELA 02 - REGISTROS DO BLOCO Y

[/Modelo]

(Ato Declaratório Executivo Cofis nº 86/2020)

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