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ECD Explicada

E-book ECD Explicada

A Escrituração Contábil Digital (ECD) é uma das obrigações que a maioria das empresas deve entre-
gar. É importante lembrar que ela faz parte do SPED e tem como principal objetivo digitalizar proce-
dimentos, antes realizados através de documentos de papel.

Com a implantação de supercomputadores e informatização dos processos da Receita Federal do


Brasil, as empresas também precisaram se adequar, o que acabou contribuindo para o aumento da
segurança e agilidade da transmissão de dados, facilitando os trâmites da fiscalização.

A ECD, então, tem por objetivo a substituição da escrituração em


papel pela escrituração transmitida via arquivo, ou seja, corres-
ponde à obrigação de transmitir, em versão digital: Livro Diário (e
seus auxiliares, se houver), Livro Razão (e seus auxiliares, se hou-
ver), além de Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento
comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.
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Após ser transmitido, o arquivo gerado é validado, armazenado e passa pela autenticação das infor-
mações. A autoria do arquivo digital é comprovada por meio de assinatura digital, com um certificado
digital tipo A1 ou A3, emitido por uma entidade credenciada no padrão ICP-Brasil.

Quem está obrigado a adotar a ECD


As pessoas jurídicas que estão obrigadas a entregar a ECD, de acordo com o art.
3º da Instrução Normativa RFB 1.774/2017 (que revogou a IN RFB nº 1.420/2013),
em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014 são:

I - as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base


no lucro real;

II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem,


a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF),
parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto,
diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita; e
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III - As pessoas jurídicas imunes e isentas que, em relação aos fatos ocorridos no ano calendário, tenham
sido obrigadas à apresentação da Escrituração Fiscal Digital das Contribuições, nos termos da Instrução
Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012.

IV – As Sociedades em Conta de Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio ostensivo.


Para as demais pessoas jurídicas, a entrega da ECD é facultativa.

Também estarão obrigadas:


I - as pessoas jurídicas imunes e isentas obrigadas a manter escrituração contábil, nos termos da alínea “c” do
§ 2º do art. 12 e do § 3º do art. 15, ambos da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, que no ano-calendário,
ou proporcional ao período a que se refere:

a) apurarem Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins, Contribuição Previdenciária incidente sobre a Receita
de que tratam os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e a Contribuição incidente sobre a
Folha de Salários, cuja soma seja superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais); ou

b) auferirem receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos asse-
melhados, cuja soma seja superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais).
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II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que não se utilizem da prerrogativa prevista
no parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981, de 1995.
As Sociedades em Conta de Participação (SCP), enquadradas nas hipóteses previstas nos incisos I a II do
caput do art. 3º e do caput do art. 3º-A devem apresentar a ECD como livros próprios ou livros auxiliares do
sócio ostensivo.

Prazo para entrega


Para as situações normais, a data-limite de entrega é até o último dia útil do mês de
maio do ano subsequente ao ano-calendário a que se refira a escrituração. Já nos
casos de extinção da pessoa jurídica, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorpora-
ção, se a operação for realizada no período compreendido entre janeiro a abril, a
ECD deve ser entregue até o último dia útil do mês de maio daquele ano, e se a ope-
ração for realizada no período compreendido entre maio a dezembro, a ECD deve
ser entregue até o último dia útil do mês subsequente ao do evento.
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Entretanto, de acordo com a Instrução Normativa RFB Nº 1.950, de 12 de


maio de 2020, o prazo para transmissão da Escrituração Contábil Digital
(ECD) previsto no art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.774, de 22 de
dezembro de 2017, referente ao ano-calendário de 2019, ficou prorroga-
do, em caráter excepcional, até o último dia útil do mês de julho de 2020,
inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial
da pessoa jurídica.

ECD Anterior
A partir do leiaute 8 (ano-calendário 2019 e situações especiais de 2020) há a funcionalida-
de de recuperação da ECD anterior no programa da ECD (versão 7.0.0).

Entretanto, é necessário ressaltar que a recuperação da ECD anterior é obrigatória e deve


ser realizada pelo usuário do programa, após a importação do arquivo da ECD referente ao
ano-calendário 2019 e situações especiais de 2020, no programa da ECD - menu “Escritura-
ção/Recuperar ECD Anterior”.
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Após a recuperação da ECD anterior, a construção do Bloco C - Recuperação da ECD Anterior - é feita au-
tomaticamente pelo programa.

Multa por atraso na entrega da ECD


De acordo com o art. 11 da Instrução Normativa nº 1.774 de 2017, “aplicam-se
à pessoa jurídica que deixar de apresentar a ECD nos prazos fixados no art. 5º
ou que apresentá-la com incorreções ou omissões as multas previstas no art.
12 da Lei nº 8.218, de 1991, sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e
criminais cabíveis, inclusive aos responsáveis legais”.

Veja o que determina no art. 12 da Lei nº 8.218 de 1991:


Art. 12 – A inobservância do disposto no artigo precedente acarretará a imposição das seguintes penalidades:

I – multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se
refere a escrituração aos que não atenderem aos requisitos para a apresentação dos registros e respectivos
arquivos;
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II – multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação correspondente, limitada a 1% (um por
cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, aos que omitirem
ou prestarem incorretamente as informações referentes aos registros e respectivos arquivos; e

III – multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de atraso, calculada sobre a receita bruta
da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que não
cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos arquivos.

Parágrafo único. Para as pessoas jurídicas que utilizarem o Sistema Público de Escrituração Digital, as multas
de que tratam o caput deste artigo serão reduzidas:

I – à metade, quando a obrigação for cumprida após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; e

II – a 75% (setenta e cinco por cento), se a obrigação for cumprida no prazo fixado em intimação. (Incluído dada
pela Lei nº 13.670, de 2018)
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Faça o cruzamento das informações


Cruzamentos de obrigações acessórias distintas são es-
senciais para garantir a coerência das informações trans-
mitidas ao Fisco, uma vez que realizar a auditoria eletrônica
de arquivos bem como o cruzamento destas informações,
além de se antecipar ao Fisco, contribui para que não ocor-
ram erros na entrega das informações à Receita Federal.

Os principais cruzamentos dessa obrigação acessória são ECD X


EFD ICMS/IPI, ECD x EFD Contribuições, e ECD X ECF.

Todas as obrigações acessórias, assim como a ECD, são analisadas eletronicamente pelo Governo. O Fisco
cruza, de forma automática e precisa, as informações transmitidas e verifica se há erros e/ou indícios de
sonegação fiscal.
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