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Técnico em Contabilidade

Sistema Público de Escrituração Digital (SPED


fiscal)
O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) foi proposto pela Lei n.º 9.989/2000, mas
foi instituído pelo Decreto n.º 6.022, de 22 de janeiro de 2007, após avanços do PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento). Esse sistema trouxe facilidade para o cumprimento de algumas
exigências, agilizando a coleta dos dados fiscais das empresas. É uma solução tecnológica que o
governo criou para fiscalizar e monitorar mais rápida e eficazmente as empresas. O sistema é
composto por vários módulos que deverão ser utilizados de acordo com o setor da empresa.
Relembre agora quais são os módulos que fazem parte do SPED.

Figura 1 – Sistema Público de Escrituração Digital


Fonte: <https://ibssistemas.com.br/sped-fiscal/>. Acesso em: 25 nov. 2021.
Para que os arquivos do SPED sejam gerados, é necessário que o sistema Enterprise
Resource Planning (ERP) da empresa esteja preparado com todos os parâmetros configurados
para a geração precisa das informações.

Dentro de um único sistema, são unificadas as atividades de recepção, validação,


armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e
fiscal das empresas em três esferas de governo (federal, estadual e municipal).

Os principais benefícios do SPED estão destacados na página do SPED, no site da Receita


Federal do Brasil. Veja alguns deles a seguir:

Clique ou toque para visualizar o conteúdo.


Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel

Eliminação do papel

Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias

Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades da Federação

Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas


Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte

Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio


exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da Federação)

Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as


administrações tributárias

Rapidez no acesso às informações


Aumento da produtividade do auditor por meio da eliminação dos passos para coleta dos arquivos

Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão

Redução de custos administrativos

Melhoria da qualidade da informação

Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais


Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes

Redução do “Custo Brasil”

Aperfeiçoamento do combate à sonegação

Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel


Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos
em papel

Eliminação do papel

Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações


acessórias

Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades da


Federação

Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas

Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas


instalações do contribuinte

Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração


tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da
Federação)

Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de


informações entre as administrações tributárias

Rapidez no acesso às informações

Aumento da produtividade do auditor por meio da eliminação dos passos para


coleta dos arquivos

Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de


um leiaute padrão

Redução de custos administrativos

Melhoria da qualidade da informação

Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais

Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e


concomitantes

Redução do “Custo Brasil”

Aperfeiçoamento do combate à sonegação

Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel


Neste conhecimento, o foco será as rotinas fiscais e, por isso, você estudará um pouco
sobre o SPED fiscal.

SPED fiscal
O SPED fiscal é também conhecido como EFD (Escrituração Fiscal Digital). É uma
obrigação acessória mensal que deve ser cumprida pelas empresas. Pode-se dizer que ela está
dividida em três partes:

1. EFD ICMS IPI

2. EFD-Contribuições

3. EFD-Reinf

EFD ICMS IPI

Nesse módulo do SPED, os contribuintes precisarão enviar as informações sobre operações


com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e IPI.

Nesse sistema estão as escriturações de todos os documentos fiscais, bem como a


apuração de impostos e outras informações de operações dos contribuintes que interessam à
Receita Federal e à Secretaria da Fazenda dos estados.

Depois de realizadas as escriturações, esse arquivo precisa ser assinado digitalmente e


transmitido pela Internet ao SPED, pois a EFD ICMS IPI é um dos módulos do SPED, previsto
para contribuintes do ICMS ou IPI.

É importante saber que a EFD ICMS IPI substituiu a impressão dos livros fiscais, aqueles que
antes eram impressos e autenticados pela repartição estadual. Com o surgimento do SPED, esse
processo não é mais necessário, resultando em uma grande economia de papel.
As empresas, antes do SPED, precisavam imprimir os seguintes livros fiscais: registro de
entradas; registro de saídas; registro de inventário; livro registro de apuração do IPI; livro registro
de apuração do ICMS; controle de crédito de ICMS do ativo permanente (CIAP); livro registro de
controle da produção e do estoque.

O envio das informações é realizado pelo SPED, mas todos os dados são coletados do ERP,
que é um sistema de gestão integrado utilizado pelas empresas. Dessa forma, esse software
deve estar de acordo e atualizado com as declarações obrigatórias exigidas pelo Fisco.

Legislação

A legislação aplicável à EFD-ICMS IPI encontra-se no site da Receita Federal, mas a


legislação de cada estado deverá ser consultada no site da Secretaria da Fazenda do local onde
o contribuinte está domiciliado.

A classificação fiscal tem papel fundamental no ICMS (tributo estadual). Por isso,
profissionais das áreas fiscal, tributária e contábil precisam conhecer bem a legislação e estar
sempre atualizados com as frequentes alterações. Só assim é possível identificar as mercadorias
e fazer o enquadramento fiscal correto.

Quais empresas são obrigadas a entregar EFD ICMS IPI?

As empresas obrigadas à entrega são aquelas contribuintes do ICMS e IPI. Para saber se
uma empresa está obrigada a entregar o SPED fiscal, consulte a lista disponível no site da
Secretaria da Fazenda do estado onde a empresa se encontra.

Aquelas empresas que estão obrigadas à entrega da EFD ICMS IPI estão sujeitas às
penalidades previstas nas legislações estadual e federal, caso não realizem a entrega dos
arquivos.

As empresas que estão obrigadas à entrega do SPED fiscal precisam verificar com a Sefaz
do estado o perfil de enquadramento, que determina quais registros deverão ser apresentados.
Esse perfil é dividido em três categorias: no perfil A, a apresentação dos registros é realizada
mais detalhadamente; o perfil B totaliza as informações por período diário e mensal; o perfil C foi
implementado em 1.º de janeiro de 2013, e nele a apresentação das escriturações é mais
simplificada.

Como saber qual é o perfil a ser utilizado na geração do arquivo SPED fiscal?

Pesquise na Internet os termos “consulta contribuinte – SPED”, colocando o CNPJ e a


inscrição estadual da empresa para ter acesso ao perfil de enquadramento.

É importante ressaltar que, de acordo com a Lei Complementar n.º 123, de 2006, as
empresas de pequeno porte e as microempresas não precisam entregar o SPED fiscal, a não ser
em virtude de algumas exceções, mas é muito importante que você confira a legislação do seu
estado para saber qual é a obrigatoriedade.
Funcionamento do EFD ICMS IPI

O envio da escrituração para recolhimento do ICMS e IPI é mensal, mas a data para envio é
determinada por cada estado. Observe os seguintes passos para envio.

Clique ou toque para visualizar o conteúdo.

O primeiro passo é o preenchimento da declaração EFD ICMS IPI. Para isso, você precisa:

Ter o controle de estoque/inventário

Apurar os impostos

Cadastrar os produtos, estabelecimento, clientes e fornecedores

Destacar o que foi produzido, o que entrou e saiu

Obter informações específicas de alguns setores

Obter registros de entrada e saída de mercadorias, transportes e serviços em geral


com ICMS

Portar o controle de crédito de ICMS (CIAP)

O segundo passo é gerar o arquivo no formato .txt e validá-lo por meio do programa
validador e assinador (PVA), que deve estar integrado ao ERP da empresa.

Passo 1

O primeiro passo é o preenchimento da declaração EFD ICMS IPI. Para isso, você precisa:
Ter o controle de estoque/inventário

Apurar os impostos

Cadastrar os produtos, estabelecimento, clientes e fornecedores

Destacar o que foi produzido, o que entrou e saiu

Obter informações específicas de alguns setores

Obter registros de entrada e saída de mercadorias, transportes eserviços em geral


com ICMS

Portar o controle de crédito de ICMS (CIAP)

Passo 2

O segundo passo é gerar o arquivo no formato .txt e validá-lo por meio do programa
validador e assinador (PVA), que deve estar integrado ao ERP da empresa.

Depois de validar, o documento precisa ser assinado por meio de um certificado digital.
Antes de enviar ao Fisco é recomendado que se faça uma validação minuciosa nos arquivos. É
importante que sejam avaliadas as informações declaradas com as normas tributárias, uma vez
que os programas validadores fazem apenas uma validação superficial.

Para saber mais sobre o EFD ICMS IPI, acesse o guia prático que a Receita Federal
elaborou e postou em seu site. Basta consultar a aba sobre a EFD ICMS IPI, entrar na aba de
downloads e depois em “Manuais e Guias Práticos”.

EFD-Contribuições

É um dos módulos do SPED que apura os impostos do PIS e da Cofins (Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social) para os contribuintes com regime de apuração cumulativo
(lucro presumido) e não cumulativo (lucro real).
É responsabilidade dos contribuintes enviar as informações mensalmente dos documentos
contábeis e fiscais dos valores devidos do PIS e da Cofins, como as despesas, as receitas, os
encargos e as operações com crédito da não cumulatividade.

O EFD-Contribuições é um arquivo digital instituído no SPED, que contempla, além da


apuração do PIS e da Cofins, a escrituração digital da contribuição previdenciária sobre a receita
bruta nos setores de serviços, comércio e indústrias.

Quem está obrigado ao envio da EFD-Contribuições?

No site da Receita Federal, portal do SPED, na definição de EFD-Contribuições, o qual cita a


Instrução Normativa n.º 1.252/2012, estão destacadas quem são as pessoas jurídicas obrigadas à
escrituração fiscal digital.

O inciso I da norma prevê que, quanto à contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins,


referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1.º de janeiro de 2012, estão obrigadas à
escrituração fiscal digital as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com
base no lucro real.

No inciso II da norma consta que, com relação à contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins,
referentes aos fatos geradores ocorridos, neste caso, a partir de 1.º de janeiro de 2013, são
obrigadas à EFD-Contribuições as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto
sobre a Renda com base no lucro presumido ou arbitrado.

Já o inciso III afirma que, quanto à contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos
fatos geradores ocorridos a partir de 1.º de janeiro de 2014, são obrigadas à EFD-Contribuições
as pessoas jurídicas referidas nos parágrafos 6.º, 8.º e 9.º do artigo 3.º da Lei n.º 9.718, de 27 de
novembro de 1998, e na Lei n.º 7.102, de 20 de junho de 1983.

O inciso IV da norma prevê que, no tocante à contribuição previdenciária sobre a receita,


referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1.º de março de 2012, adotam e escrituram a
EFD-Contribuições as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos artigos
7.º e 8.º da Medida Provisória n.º 540, de 2 de agosto de 2011, convertida na Lei n.º 12.546, de
2011.
O inciso V, por sua vez, também quanto à contribuição previdenciária sobre a receita,
referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1.º de abril de 2012, afirma que devem
escriturar a EFD-Contribuições as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas
nos parágrafos 3.º e 4.º do artigo 7.º e nos incisos III a V do caput do artigo 8.º da Lei n.º 12.546,
de 2011.

EFD-Reinf

A EFD-Reinf (Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais) é um


dos módulos do SPED utilizado por pessoas jurídicas e físicas. Instituída pela Instrução Normativa
da RFB n.º 1.767, em 14/12/2017, tem como objetivo centralizar e simplificar as informações das
retenções destinadas às contribuições previdenciárias, ao Imposto de Renda e às contribuições
sociais. É um complemento ao eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas).

Figura 2 – Esquema EFD-Reinf


Fonte: <https://documentacao.senior.com.br/exigenciaslegais
/materias/erp/destaques/efd-reinf.htm>. Acesso em: 26 nov. 2021.
Todas as informações trabalhistas são enviadas ao eSocial, já as tributárias são declaradas
na EFD-Reinf. Após o envio das duas obrigações para a DCTFWeb, a DARF (Documento de
Arrecadação da Receita Federal) poderá ser gerada.

Enfim, a EFD-Reinf, em conjunto com o eSocial e a DCTFWeb, substituirão a GFIP (guia de


recolhimento do FGTS e de informações à previdência social) em relação à apuração e ao
recolhimento da contribuição previdenciária.

No site da Receita Federal, no portal do SPED, definição de EFD-Reinf, destacam-se as


informações prestadas por meio dessa escrituração. Observe:

aos serviços tomados/prestados mediante cessão de mão de obra


ou empreitada, referente retenção de contribuição social
previdenciária - Lei 9711/98;

às retenções na fonte (IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP) incidentes


sobre os pagamentos diversos efetuados a pessoas físicas e
jurídicas, em módulo a ser implementado com os leiautes da série
R-4000;

aos recursos recebidos por / repassados para associação


desportiva que mantenha equipe de futebol profissional, referente
a contribuição social previdenciária;

à comercialização da produção e à apuração da contribuição


previdenciária substituída pelas agroindústrias e demais
produtores rurais pessoa jurídica;

às empresas que se sujeitam à CPRB (cf. Lei 12.546/2011);

às entidades promotoras de evento que envolva associação


desportiva que mantenha clube de futebol profissional, referente a
contribuição social previdenciária.

Existem também alguns módulos para a geração das obrigações acessórias que fazem
parte do SPED e são importantes para que você possa auxiliar na execução das atividades de
rotinas fiscais, são elas: NFS-e, NF-e, NFC-e, e CT-e.
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.

Nota fiscal de serviços eletrônica (NFS-e)

Quando uma empresa presta serviços, ela precisa emitir a NFS-e, que é um documento
digital gerado e armazenado pela Receita Federal do Brasil e pelas prefeituras ou entidades
conveniadas.

A responsabilidade dessa obrigação acessória de emissão da NFS-e é do contribuinte, bem


como o fornecimento correto dos dados à secretaria. A geração da nota é realizada
automaticamente por meio de serviços informatizados. Para que ocorra a geração dessa
nota, os dados informados serão analisados, processados e validados.
Nota fiscal eletrônica (NF-e)

Grande parte das informações do SPED é obtida por meio das notas fiscais e a NF-e também
é um documento digital, emitido e armazenado eletronicamente. Sua emissão deverá ser
realizada em operações de circulação de mercadorias e em alguns casos de prestação de
serviços.

A NF-e é um documento digital, então ele não é impresso, mas, como todas as mercadorias
que circulam, precisam ser acompanhadas de um documento. Para isso, o governo criou o
Danfe (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), que dever ser impresso pelo emitente
antes da saída da mercadoria.

O Danfe é um documento auxiliar à NF-e, ou seja, ele não substitui a nota fiscal, sendo que a
nota fiscal poderá ser acessada por meio de uma chave que está presente no Danfe.

Se você precisar consultar uma nota fiscal eletrônica, basta acessar o portal da nota fiscal
eletrônica. Em “Consultar NF-e”, digite a chave de acesso, um número de 44 dígitos que se
encontra no Danfe. Observe a imagem a seguir:

Figura 3 – Pesquisa NF-e


Fonte: <https://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/consultaRecaptcha.aspx?
tipoConsulta=resumo&tipoConteudo=d09fwabTnLk=>. Acesso em: 26 nov. 2021.
Nota fiscal de consumidor eletrônica (NF-e)

A nota fiscal de consumidor eletrônica é utilizada na venda a consumidor final (pessoa física
ou jurídica). Ela substitui a nota fiscal modelo 2 de venda ao consumidor e o cupom fiscal
emitido por emissor de cupom fiscal. Também é um documento digital, emitido e armazenado
eletronicamente.

O conhecimento de transporte eletrônico (CT-e)

É um documento digital, emitido e armazenado eletronicamente, que tem o objetivo de


documentar uma prestação de serviços de transportes de cargas rodoviário, aéreo,
ferroviário, aquaviário e dutoviário.

Nota fiscal de serviços eletrônica (NFS-e)

Quando uma empresa presta serviços, ela precisa emitir a NFS-e, que é um documento
digital gerado e armazenado pela Receita Federal do Brasil e pelas prefeituras ou entidades
conveniadas.

A responsabilidade dessa obrigação acessória de emissão da NFS-e é do contribuinte, bem


como o fornecimento correto dos dados à secretaria. A geração da nota é realizada
automaticamente por meio de serviços informatizados. Para que ocorra a geração dessa nota, os
dados informados serão analisados, processados e validados.

Nota fiscal eletrônica (NF-e)


Grande parte das informações do SPED é obtida por meio das notas fiscais e a NF-e
também é um documento digital, emitido e armazenado eletronicamente. Sua emissão deverá ser
realizada em operações de circulação de mercadorias e em alguns casos de prestação de
serviços.

A NF-e é um documento digital, então ele não é impresso, mas, como todas as mercadorias
que circulam, precisam ser acompanhadas de um documento. Para isso, o governo criou o Danfe
(Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), que dever ser impresso pelo emitente antes da
saída da mercadoria.

O Danfe é um documento auxiliar à NF-e, ou seja, ele não substitui a nota fiscal, sendo que
a nota fiscal poderá ser acessada por meio de uma chave que está presente no Danfe.

Se você precisar consultar uma nota fiscal eletrônica, basta acessar o portal da nota fiscal
eletrônica. Em “Consultar NF-e”, digite a chave de acesso, um número de 44 dígitos que se
encontra no Danfe. Observe a imagem a seguir:

Figura 3 – Pesquisa NF-e


Fonte: <https://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/consultaRecaptcha.aspx?
tipoConsulta=resumo&tipoConteudo=d09fwabTnLk=>. Acesso em: 26 nov. 2021.

Nota fiscal de consumidor eletrônica (NF-e)

A nota fiscal de consumidor eletrônica é utilizada na venda a consumidor final (pessoa física
ou jurídica). Ela substitui a nota fiscal modelo 2 de venda ao consumidor e o cupom fiscal emitido
por emissor de cupom fiscal. Também é um documento digital, emitido e armazenado
eletronicamente.
O conhecimento de transporte eletrônico (CT-e)

É um documento digital, emitido e armazenado eletronicamente, que tem o objetivo de


documentar uma prestação de serviços de transportes de cargas rodoviário, aéreo, ferroviário,
aquaviário e dutoviário.
Setor fiscal x contábil
O setor fiscal tem responsabilidades diferentes do contábil, mas é primordial que os dois
tenham uma sintonia, já que um depende do outro.

Abordou-se até agora alguns módulos que são muito utilizados na área fiscal, mas não se
pode esquecer dos módulos ECF e ECD.

O que significa a sigla ECF?

A ECF, que significa Escrituração Contábil Fiscal, é mais um módulo do SPED. A ECF
substituiu a conhecida DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica)
desde o ano-calendário de 2014, portanto, seu objetivo é interligar as informações contábeis e
fiscais que se referem à apuração do Imposto Sobre a Renda da Pessoa Jurídica, o IRPJ, e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, a CSLL.

São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e


isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado ou lucro presumido, exceto:
I – As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o Simples Nacional,
de que trata a Lei Complementar n.º 123, de 14 de dezembro de 2006;
II – Os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas;
III – As pessoas jurídicas inativas de que trata a Instrução Normativa RFB n.º 1.536, de 22 de
dezembro de 2014.

Fonte: <http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/1285>. Acesso em: 26 nov. 2021.

O que significa a sigla ECD?

A ECD, que significa Escrituração Contábil Digital, é também mais um módulo do SPED.
Muitas empresas já estão utilizando o módulo de ECD para o envio dos livros contábeis em
substituição da escrituração física.
De acordo com o artigo 2.º da Instrução Normativa RFB n.º 2.003, de 2021, os livros
contábeis podem ser escriturados com a utilização desse sistema de processamento de dados
chamado ECD ou SPED contábil, sendo que esses livros devem ser assinados digitalmente por
meio do certificado digital.

ECF x ECD

As empresas obrigadas à entrega da ECD poderão utilizar os saldos e contas da ECD para
o preenchimento inicial da ECF. A ECF também poderá recuperar os saldos da ECF anterior. Veja
informações retiradas do site da Receita Federal do Brasil (2021) sobre a ECF:

Uma das inovações da ECF corresponde, para as empresas obrigadas a entrega


da Escrituração Contábil Digital (ECD), à utilização dos saldos e contas da ECD para
preenchimento inicial da ECF. Ademais, a ECF também recuperará os saldos finais
das ECF anteriores, a partir do ano-calendário 2015. Na ECF haverá o preenchimento
e controle, por meio de validações, das partes A e B do Livro Eletrônico de Apuração
do Lucro Real (e-Lalur) e do Livro Eletrônico de Apuração da Base de Cálculo da
CSLL (e-Lacs). Todos os saldos informados nesses livros também serão controlados e,
no caso da parte B, haverá o batimento de saldos de um ano para outro.
Encerramento
Nesse conhecimento, você conheceu um pouco mais do SPED e seus módulos. O SPED é
formado por vários módulos, mas aqui foram abordados aqueles que você precisará conhecer
para auxiliar na execução das atividades de rotinas fiscais como EFD ICMS IPI, EFD-
Contribuições, EFD-Reinf, NFS-e, NF-e, NFC-e, CT-e, ECF e ECD.

Fique atento, pois você ainda conhecerá mais o Sistema Público de Escrituração Digital, o
SPED.

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