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O que é EFD no SPED Fiscal?

O Brasil é um dos países mais burocráticos do mundo, não é nenhuma


novidade, principalmente quando se trata de legislação ou regime
tributário. São tantas siglas, termos e nomenclaturas usadas para tratar
de assuntos diferentes que até aqueles que mais entendem sobre
economia e tributação ficam um pouco perdidos algumas vezes. Mas
afinal, você sabe o que é EFD ou SPED fiscal? Não? Então continue lendo
para entender tudo que você precisa saber sobre o assunto.

Conheça a nomenclatura
O SPED — Sistema Público de Escrituração Digital — é um sistema que
visa integrar as informações das empresas, enviando a documentação
eletrônica exigida pela lei ao fisco e é dividido em três vertentes:

 NF-e – A famosa nota fiscal eletrônica;


 ECD – Escrituração Contábil Digital;
 EFD – Escrituração Fiscal Digital, conhecida como SPED Fiscal que
é sobre o que iremos falar no post de hoje.

O que é EFD?
Como foi dito acima, EFD é a sigla para Escrituração Fiscal Digital, que
também é conhecida como SPED Fiscal e se trata de um formato de
arquivo digital, utilizado para informar todos os documentos fiscais e
dados necessários para o fisco estadual e federal (em breve, também
municipal). Esses dados são referentes ao período em que os impostos IPI
e ICMS foram apurados.

O EFD foi criado em 2009 com o intuito de eliminar parte da burocracia


que os empresários enfrentavam mensalmente para cumprir com suas
obrigações tributárias. Além disso, ele oferece muito mais agilidade e
dispensa a necessidade de armazenamento de pilhas de documentos
impressos em papel, pois todo o procedimento é realizado no âmbito
digital.

Vale lembrar que o SPED Fiscal é a escrituração digital da empresa e,


sempre que for apresentado, deve proceder conforme a legislação
tributária prevê.

Saiba como entregar o EDF


Hoje em dia, podemos contar com ERPs que possuem funções
de organização fiscal e contábil, o que torna o procedimento ainda mais
simples. Mas o método mais tradicional de se entregar o EFD
mensalmente é através do PVA (Programa Validador e Assinador),
fornecido pelo próprio SPED e disponibilizado no website da Receita
Federal.

Após realizar a validação do EFD em formato digital, este arquivo


precisará da assinatura digital de sua empresa, através de uma
certificação A1 ou A3.

O que é certificação digital?


 A certificação digital é uma forma segura de a empresa utilizar sua
assinatura em transações online. Os certificados digitais são
comumente utilizados em ERPs e softwares de gestão contábil,
emissão de NF-e e todo o tipo de transação tributária digital. Estão
disponíveis os certificados: A1, que tem validade de 12 meses e
consiste em um software, armazenado no servidor do adquirente;
 A3, que tem validade de 36 meses e é armazenado em um
hardware, geralmente um token.

Qual o prazo para entrega do EFD-


ICMS/IPI?
O prazo de entrega da EFD-ICMS/IPI é definido pelas Administrações
Tributárias Estaduais. Verifique a legislação estadual, exceto para os
contribuintes do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) situados
no Estado de Pernambuco que, por força da Instrução Normativa RFB nº
1.371/2013, estão obrigados a entregar a EFD validada no PVA-EFD-
ICMS/IPI, no Perfil “B” até o 20º (vigésimo) dia do mês subsequente ao da
apuração do IPI. Maiores informações clique aqui.

Fique atento às novidades de 2017


Principalmente as empresas do setor industrial e atacadista, devem ficar
atentas a algumas mudanças que ocorrerão no sistema a partir deste
ano. A principal delas é obrigação da entrega do arquivo Bloco k. O
arquivo Bloco K deverá conter todas as informações atualizadas sobre o
Controle de Estoque e Produção:

 Quantidade produzida e armazenada;


 Quantidade de materiais utilizados consumidos;
 Produção em terceiros;
 Movimentações internas de estoque que não possuam relação
com a produção;
 Posição no estoque de produtos prontos e matérias-primas;
 Lista de materiais utilizados de forma padrão para produção,
própria indústria ou para terceiros.
A iniciativa de integrar mais uma vertente ao SPED se deu por conta de
como o procedimento era realizado até o ano passado: os itens eram
listados em papel e a entrega era apenas anual, o que abria uma grande
margem para fraudes.

A Receita Federal tornou obrigatória a entrega do Bloco K a partir de


janeiro de 2017; a empresa que falhar com a entrega, estará sujeita a
multa e poderá ter o seu direito de emitir nota fiscal cancelado.

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