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Mestre em Administração;
Consultor empresarial;
Especialista em SPED.
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Capítulo 01
ESCRITURAÇÕES
FISCAIS DIGITAIS
(EFD) ICMS/IPI
SAGA DA ESCRITURAÇÃO FISCAL
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1 SAGA DA ESCRITURAÇÃO FISCAL
A Escrituração Fiscal existe há quase 50 anos, conforme prevê o ajuste
Sinief S/N de 1970, que determina que o contribuinte do ICMS deva manter
1970
para cada um dos seus estabelecimentos os livros que compõem a
escrituração fiscal tais como:
Na década de 70, a Escrituração Fiscal nada mais era do que o registro das
operações fiscais, em que se tinham obrigações de natureza principal, apu-
ração do PIS, Cofins, ICMS, IPI, além das obrigações de natureza acessória,
dentre elas, a de emissão dos documentos fiscais e o registro deles, bem como
seus respectivos livros.
O projeto do Sped Fiscal faz parte do projeto macro Sped. A partir des-
sa premissa é fundamental entender que a escrituração fiscal digital nada
mais é que do que a substituição da escrituração fiscal em papel ou mo-
delo informatizado, em que se utilizava do sistema, mas tinha que imprimir
o livro, por, agora, um modelo digital. Neste modelo, o contribuinte irá usar
seu sistema de escrituração fiscal, mas ao invés de imprimir livros, ele irá gerar
arquivos eletrônicos.
O grande gargalo dessa questão é que esse mode-
lo digital, como já explicado na introdução desta
obra, oferece também uma séria de informações
que são não fiscais, que por vezes acabam fa-
zendo com que o contribuinte não tenha um
eficaz controle a respeito dessas informa-
ções, e que acabam inserindo nos documen-
tos fiscais eletrônicos informações incorretas,
inexatas ou imprecisas. Com isso a qualidade de
escrituração fiscal fica comprometida.
Mas por quê? A escrituração fiscal digital, ou seja, o Sped Fiscal tem como prin-
cipal objetivo apresentar as informações relacionadas à apuração do ICMS e
do IPI.
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Desse modo, a data inicial constante do registro 0000 deve ser sempre o pri-
meiro dia do mês ou outro, se for início das atividades, ou de qualquer outro
evento que altere a forma e período de escrituração fiscal do estabelecimento.
Com essa premissa poderão assinar a EFD ICMS/IPI, com certificados digi-
tais do tipo A1 ou A3:
1. e-PJ ou e-CNPJ que contenha a mesma base do CNPJ (os oito primeiros caracteres) do
estabelecimento;
3. no caso de sucessão, a EFD ICMS/IPI pode ser assinada com certificado digital da suces-
sora se o CNPJ da sucedida estiver extinto no cadastro CNPJ da RFB por um dos seguintes
eventos: incorporação, fusão ou cisão total e se a EFD ICMS/IPI referir-se a período de
apuração anterior ao da data da sucessão;
4. a pessoa jurídica ou a pessoa física com procuração eletrônica cadastrada no sítio ele-
trônico da RFB, por estabelecimento;
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- Qualquer informação que afete o inventário físico e contábil, no processo produtivo, na apuração, no
pagamento ou na cobrança de tributos de competência dos entes conveniados ou outras de interesse
das administrações tributárias.
- Qualquer situação de exceção na tributação do ICMS ou IPI, tais como: isenção, imunidade, não inci-
dência, diferimento ou suspensão do recolhimento, também deverá ser informada no arquivo digital,
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TIPO 00
• Mercadoria p/ Revenda: Produto adquirido para comercialização e outros
dois tipos: Material de uso e consumo e Ativos Mobilizados.
TIPO 01
• Matéria Prima: Mercadoria que componha, física e/ou quimicamente, um
produto em processo ou produto acabado e que não seja oriunda do proces-
so produtivo. A exemplo disso, o consumidor já compra a matéria prima para
ser usada na fabricação do seu produto acabado ou na fabricação de um pro-
duto em processo. É por isso que ela não é oriunda do seu processo produtivo
TIPO 03
• Produto em Processo: Produto oriundo do processo produtivo e, prepon-
derantemente, consumido no processo produtivo. Ressalte-se que é comum
existir, geralmente, equívocos em relação ao Produto em Processo o Produ-
ção em Elaboração, aquela que foi iniciada, porém não foi finalizada. Em ex-
plicações para alunos, costumo falar no exemplo da sola de sapato a respeito
de Produto em Processo.
TIPO 05
• Subproduto: Oriundo do processo produtivo e não é objeto da produção
principal do estabelecimento. Um exemplo é o aproveitamento de sobras de
retalhos de uma indústria de confecção, que compra tecidos com o objetivo
principal de fazer o corte deles, mas que acaba utilizando as sobras de reta-
lhos para a transformação de outros acessórios ou para a venda dos mesmos.
TIPO 06
• Produto Intermediário: Produto que embora não se integrando ao novo
produto, for consumido no processo de industrialização. Em minhas aulas
costumo citar o exemplo da compra de uma lixa para ser usada na produção
de móveis. O produto, que foi consumido durante o processo de produção
de cadeiras ou mesas, não irá compor o produto acabado.
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ESCRITURAÇÕES
FISCAIS DIGITAIS
EFD Contribuições
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Antes de iniciar este capítulo, que tem como objetivo aprofundar os aspectos
da EFD Contribuições se faz necessário voltar a repensar sobre a legislação
das obrigações principais, já citada nesta obra, tendo em vista que muitas
das dificuldades no comprimento das obrigações acessórias, no modelo do
Sped, se dá pelo desconhecimento da legislação das obrigações principais.
Portanto, é muito importante ter o domínio da aplicação e da legislação da
obrigação principal.
Então, para que se possa fazer de maneira segura e eficaz a obrigação aces-
sória é fundamental dominar ou pelo menos ter um bom entendimento da
aplicação da legislação da obrigação principal.
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Isso significa que a empresa do lucro Real ou Presumido, que não tenha ne-
nhuma receita para apresentar para a EFD Contribuições e não tenha ne-
nhuma operação que dê direito a crédito, não precisa mandar EDF Contri-
buições num determinado mês.
Imagine que a empresa não teve movimento fiscal no período, ou seja, não
teve receita, e nem mesmo nenhum crédito apurado, a mesma não precisa
enviar EFD Contribuições.
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Importante ressaltar que não deve ser considerado no cálculo do limite de R$ 10.000,00
mensais, acima referido, nenhum valor referente ao PIS sobre a Folha. Ou seja, só de-
vem ser considerados no limite de R$ 10.000,00 mensais, as contribuições que inci-
dem sobre as receitas, quais sejam: O PIS/Pasep e a Cofins, nos regimes cumulativos e/
ou não cumulativos, e a CPRB.
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A pessoa jurídica que transmitir arquivo retificador da EFD-Contribuições, alterando valores que tenham
sido informados na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), deverá apresentar,
também, DCTF retificadora, observadas as disposições normativas quanto à retificação desta (grifos ori-
ginais).
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Também foi possível entender, que a prestação de informações por meio das
Escriturações Fiscais Digitais representam uma evolução de declarações
para escriturações que deixaram de ser extremamente sintéticas e passa-
ram a ser muito analíticas, detalhando de maneira muito significativa todas
as operações praticadas pelos contribuintes.
Professor Fellipe
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