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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – VAREJISTA GLP

GUILHERME ANDRE FORMENTAO


SCARLET MARCELINO DÁRIO
RICHARD WILLIAN DE PAULA

1)

HISTÓRIA DO RAMO DE ATIVIDADE

Em 1936, o GLP começou a ser utilizado no Brasil, desde então o seu uso
apresentou crescimento significativo, este produto é conhecido nacionalmente como
“gás de cozinha”, estando presente em todas as classes sociais, possui um amplo nicho
de mercado e é utilizado em residências, indústrias, comércios e no ramo agropecuário.
As primeiras cidades a possuírem encanamento de gás, foram Rio de Janeiro e
São Paulo, entretanto o GLP era direcionado apenas aos grandes centros, e a população
da periferia, continuava utilizando lenha ou fogareiros a álcool e querosene.
Em 1937 a empresa de gás a domicilio (futura Ultragás) iniciou o comércio de
botijões no Brasil. Atualmente apenas 21 distribuidoras, são autorizadas a comercializar
GLP, e cerca de 75mil revendedores, gerando 700mil empregos diretos e indiretos.

2)

PROBLEMAS TRIBUTÁRIOS DO RAMO

A legislação tributária é complexa e muda constantemente, interpreta-la


corretamente é uma tarefa relativamente trabalhosa, principalmente no que diz respeito
ao seguimento em questão, pois por ser um produto essencial, é impactado pelo
princípio da seletividade, causando certa instabilidade nas alíquotas dos tributos que
incidem sobre as operações comerciais.
Na indústria produtora de GLP por exemplo, há incidência de tributos nas vendas,
como ICMS, PIS e COFINS, além do ICMS ST, diferente do ramo varejista, em que há
isenção desses tributos, conforme a legislação tributária. A extensa legislação, que
contempla essas informações, dificulta a procura e por consequência a correta aplicação
dessas normas fiscais.
O contribuinte que não possui conhecimento dessas informações, pode estar
recolhendo esses tributos de forma indevida, esse erro pode ser fatal para a saúde
financeira da empresa, pois causa um impacto diretamente nos preços dos produtos,
bem nos resultados.
O profissional contabilista, é essencial no planejamento tributário, pois este
quando devidamente capacitado, contribui para a redução de carga tributária, se
aproveitando das leis, tais como as citadas anteriormente, entretanto, essas informações
devem ser transmitidas de forma clara e concisa para o administrador da empresa, e este
deve parametrizar seu sistema operacional, para que ocorra o devido recolhimento dos
tributos.

3)

CONCEITUAÇÃO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O planejamento tributário é útil para tomada de decisão dentro da empresa, pois


tem a capacidade de fazer uma análise detalhada de todas as operações que envolvem os
tributos, é uma prática legal que pode ser utilizada para reduzir, adiar, ou até mesmo
extinguir os tributos.
“O planejamento tributário é o conjunto de condutas, comossivas ou omissivas, da
pessoa física ou jurídica, realizadas antes ou depois da ocorrência do fato gerador,
destinadas a reduzir, mitigar, transferir ou postergar legal e licitamente os ônus do
tributo” (GUBERT, 2003, p. 33).

GUBERT, P. A. Pinheiro. Planejamento Tributário: análise jurídica e ética. 2.


Ed. Curitiba: Juruá, 2003.
4)

CARACTERÍSTICA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NO RAMO

No Brasil cerca de 30% do faturamento das empresas, é representado por


impostos, tornando o planejamento tributário essencial para as organizações. A
característica mais evidente no planejamento tributário do ramo apresentado é a
economia financeira com a redução de carga tributária, devido as formas de apurações
dos tributos pelos de tributação, que será evidenciada nos tópicos 6 e 7.

5) FORMAS DE TRIBUTAÇÃO

Escolher um regime tributário eficiente dentro de uma organização, é essencial


para o seu desenvolvimento. No Brasil existem três regimes de tributação Simples
Nacional, Lucro Real e Lucro Presumido, cada um possui características diferentes e
regras para o enquadramento.
O Simples Nacional foi instituído em 2007 com a Lei Complementar 123 de
2006, tratasse de um regime que unifica os tributos estaduais, federais e municipais das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, as alíquotas variam de 4% a 22,90%.
O regime possui seis anexos que determinam a faixa de enquadramento de cada
empresa, possui um limite para enquadramento de acordo com o artigo 3º da lei
complementar 123/2006 é considerado micro empresa e empresa de pequeno porte
“No  caso  de  empresa  de  pequeno  porte,  aufira,  em  cada  ano-calendário, receita
bruta superior  a R$  360.000,00  (trezentos  e sessenta mil reais) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais)”.
O Lucro Real é um regime tributário que tem o intuito a apuração do Imposto de
Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), é regido pela Lei Nº 8.541, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1992, o imposto de
renda apurado sobre o Lucro Real é auferido a partir das receitas confrontadas com as
despesas dedutíveis resultando no lucro real ou prejuízo fiscal do período, todas as
deduções conforme são permitidas na Lei do Imposto de Renda.
As alíquotas de Imposto de Renda e Contribuição Social no Lucro Presumido
são 15% e 9% respectivamente, além do PIS e COFINS que as alíquotas podem ser de
0,65% e 7,60%, são obrigadas ao Lucro Real de acordo com a Lei 8.541/1992 as
empresas que “Cuja receita bruta total, acrescida das demais receitas e dos ganhos de
capital, no ano-calendário anterior, tiver ultrapassado o limite correspondente a
9.600.000 Ufir, ou o proporcional ao número de meses do período quando inferior a
doze meses.”.

6/7)

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO SIMPLES NACIONAL


R$ R$
IR 803.652,00 11.280,00
R$ R$ R$
CSLL 297.954,72 50.760,00 677.075,67
R$ R$
INSS 119.872,00 119.872,00
R$ R$ R$
TOTAL 1.221.478,72 181.912,00 677.075,67

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