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Cruzamentos de

informações
(IR/CSLL/PIS/COFINS)
Cruzamentos de informações
(IR/CSLL/PIS/COFINS)

O que você aprenderá:


• Como funciona o cruzamento de informações? ............. 3

• Integração entre entes federativos .................................. 7

• DCTF .................................................................................. 9

• ECD ................................................................................... 11

• EFD-Contribuições ........................................................... 17

• PER/DCOMP .................................................................... 30

• Simples Nacional ............................................................ 36

• DMED ............................................................................... 38

• DIMOB .............................................................................. 42

• DME .................................................................................. 51

Quem vai te ensinar:

Wagner Mendes
Pós-graduado em Gestão em Controladoria, Auditoria e
Tributos - FGV.
MBA Executivo Internacional - Ohio University.
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código QR ao lado ou acesse: www.cefis.com.br

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Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• Como funciona o cruzamento de


informações?
As informações prestadas pelo contribuinte são cruzadas com as
informações que constam nos bancos de dados da RFB. Este é um
cruzamento automático que começa tão logo a obrigação acessória é
enviada.

A RFB vem se preparando a algum tempo para conseguir fazer os


cruzamentos das informações de forma automática com mais dados. Para
isto foi adquirido, em 2005, um supercomputador fabricado pela IBM com
capacidade de cruzar informações com rapidez e precisão de um número de
contribuintes equivalente ao do Brasil, dos EUA e da Alemanha juntos. Este
computador foi batizado de TRex.

Software Harpia:
Juntamente com esta máquina está funcionando o software Harpia,
desenvolvido por engenheiros do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica)
e da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas),

Função: A partir de uma técnica de inteligência artificial, a principal tarefa do


software é cruzar e analisar informações dos contribuintes a fim de
identificar as operações de baixo e alto risco para o fisco.

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• Como funciona o cruzamento de


informações?
O grande diferencial deste software, é que ele desenvolve o perfil de cada um
dos contribuintes ao longo dos anos, de maneira a acompanhar qualquer
variação substancial nas suas transações e permite o cruzamento das
informações obtidas com a movimentação financeira, cartões de crédito,
cartórios, detrans, operações entre empresas, etc.

A Receita Federal sempre se utilizou de cruzamento de informações, no


entanto, este cruzamento era feito de forma manual, ou seja, os auditores
tinham que fazer um estudo sobre as pessoas físicas ou jurídicas a serem
investigadas para posteriormente solicitarem documentações para as
organizações.

A partir de 2001, após a publicação da IN SRF nº 86/2001, as pessoas


jurídicas que utilizam sistemas de processamento eletrônico de dados para
registrar negócios e atividades econômicas ou financeiras, escriturar livros
ou elaborar documentos de natureza contábil ou fiscal, ficaram obrigadas a:

Manter, à disposição da Secretaria da Receita Federal (SRF) um arquivo


digital de acordo com um leiaute padrão estabelecido (BRASIL, 2001).

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• Como funciona o cruzamento de


informações?
Com isto as informações já eram geradas para os órgãos fiscalizadores, em
um formato padrão que facilitava a cruzamento dos dados, todavia, estas
informações precisam ser solicitadas por intimação, conforme artigo 2º da
referida instrução normativa.

Projeto SPED:
Com as inovações das obrigações acessórias e, atualmente, com a
implementação do projeto SPED já em processo bem avançado, os órgãos
federais, estaduais e municipais tem plena capacidade de cruzar as
informações das organizações de forma automática.

No dia 22/01/2024, o Sistema Público de Escrituração Digital completou 17


anos, revolucionando a prestação de dados aos fiscos federal, estadual e
municipal, e inaugurando a era dos grandes dados na Receita Federal.

Atualmente o sistema encontra-se completo, embora alguns módulos ainda


estejam em desenvolvimento, conforme o quadro a seguir:

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• Como funciona o cruzamento de


informações?
Documentos Fiscais Escriturações
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) Escrituração Contábil Digital (ECD)

Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica Escrituração Contábil Fiscal (ECF)

Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) Escrituração Fiscal Digital do ICMS e do IPI (EFD-
ICMS-IPI
Conhecimento de Transporte Eletrônico Escrituração Fiscal Digital das Contribuições (EFD-
Contribuições)
Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônico (MDF-e) Sistema de Escrituração Digital das Obrigações
Fiscais, Trabalhistas e Previdenciárias (eSocial)

Escrituração Fiscal Digital das Retenções e


Informações sobre as Contribuições
Previdenciárias Substitutivas (EFD-Reinf-
eFinanceira

Módulos do Sistema SPED:


Todos módulos do Sistema SPED são constituídos de Blocos, dos quais
contam com registros distintos e se referem a um grupo de informações
específicas econômico-fiscais, como exemplo, destacamos o Bloco H e
Bloco K, que pertencem a EFD - Escrituração Fiscal Digital e visam controlar o
estoque das empresas.

Nota Fiscal Eletrônica-Nfe:


Os Referidos sistemas, além de já possuírem ampla capacidade, estão
sempre em aprimoramento, como destaque, temos a Nota Fiscal...

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• Como funciona o cruzamento de


informações?
... Eletrônica-Nfe, que, desde sua implantação, já passou por várias versões,
sendo que em cada uma, foram aparecendo novas exigências para seu
preenchimento.

Toda NFe possui uma chave de acesso, composta por uma sequência
numérica, da qual assume uma identificação única da nota, e por meio desta
o FISCO obtém todas as informações contidas quando da sua respectiva
emissão.

• Integração entre entes federativos


Sistemas de Fiscalização:
Existem diversos sistemas de fiscalização utilizados pela Receita Federal do
Brasil, dos quais, nesse momento, também estão sendo efetivamente
utilizados pelos Estados e Municípios, formando uma teia de dados, dos
quais se cruzam e detectam irregularidades.

X Enat (Encontro Nacional de Administradores Tributários)


No evento X Enat realizado no ano de 2015, foram formalizados protocolos
de cooperação entre União, Estados e Municípios, do qual merece destaque o
Protocolo De Cooperação nº 10/2015.

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• Integração entre entes federativos


Protocolo De Cooperação nº 10/2015:
Objetiva a disponibilização do software Contágil Lite, utilizado e desenvolvido
pela Receita Federal do Brasil, às administrações tributárias Estaduais e
Municipais.

Software Contágil Lite:


Este sistema, que integra a gama de inteligência da Receita Federal, permite
o cruzamento, confronto e conciliação de dados pelo Auditor-Fiscal em
tempo recorde, sem que demande o levantamento de documentos e
verificações contábeis manuais.

Como o software funciona?


O software importa todos os dados fornecidos pelos contribuintes, por meio
das diversas obrigações acessórias integrantes do Sistema Público de
Escrituração Digital (SPED), sendo EFD, ECD, ECF, NF-e, NFS-e, entre outras,
juntamente com as declarações prestados pelas instituições financeiras,
imobiliárias, cartórios, etc.

Exemplo:
O sistema poderá efetuar o cruzamento da contabilidade (Livro Diário) de
uma empresa, que abrange todos os lançamentos individualizados, como...

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• Integração entre entes federativos


... das movimentações bancárias (extrato bancário), que é entregue
regularmente pelos bancos à Receita Federal.

Com o uso da ferramenta, os Estados poderão importar as informações


prestadas à RFB, como saldos de estoque, e cruzar com o livro de apuração
do ICMS, notas fiscais eletrônicas e Sat, assim como os Municípios
importarão as informações de retenções de ISS de serviços prestados, entre
outras específicas para cada tipo de fiscalização.

Isso é apenas mais um passo ao cerco que se fecha ao contribuinte, agora


com o uso da inteligência artificial, que usará algoritmos e fórmulas das mais
abrangentes para constatar indícios de fraudes e sonegação.

• Como a RFB identifica os erros e as


inconsistências?
O sistema da Receita Federal do Brasil identifica os erros e as
inconsistências por meio de cruzamento de diversas obrigações acessórias
apresentadas por pessoas jurídicas e físicas.

• DCTF
A Declaração de Contribuições e Tributos Federais - DCTF é a mais
importante de todas as declarações prestadas ao fisco federal.
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• DCTF
Por meio dessa Declaração, o fisco é informado dos valores dos débitos dos
impostos e contribuições federais apurados pelos contribuintes, bem como,
se esses débitos foram pagos ou não. Com essas informações, é possível
averiguar quais contribuintes estão inadimplentes com o fisco federal.

As pessoas jurídicas devem apresentar a DCTF até o 15º dia útil do 2º mês
subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

A DCTF poderá ser confrontada com as obrigações acessórias administradas


pela Fazenda Nacional.
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• DCTF
Exemplo:
Vamos supor que foi pago indevidamente R$ 100,00 de PIS/PASEP, e sendo
assim o contribuinte preencheu uma declaração de compensação como
pagamento indevido ou a maior identificando o DARF no valor de R$ 100,00 e
o enviou para a Receita Federal.

• ECD
A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto SPED e
tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela escrituração
em versão digital, os seguintes livros (art. 2º da IN RFB nº 2.003/2021):
1) Livro Diário e seus auxiliares, se houver;
2) Livro Razão e seus auxiliares, se houver;
3) livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento...
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• ECD
... comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.

A ECD deve ser transmitida até o último dia útil do mês de maio do ano
seguinte ao ano-calendário a que se refere a escrituração (art. 5º da IN RFB
nº 2.003/2021).

A contabilidade da empresa é fundamental para o cruzamento de dados pela


RFB. Para isso, é necessário registrar os fatos contábeis de forma correta.

A ECD consolida informações que foram detalhadas nas escriturações


fiscais. É possível cruzar, através do plano de contas referencial da ECD,
várias informações que existem em comum entre estes arquivos, como, por
exemplo, os valores das receitas de venda, receitas de prestação de serviços,
estoque final, ICMS, PIS/Pasep, COFINS, IPI, etc.

Exemplo:
Cruzamento da Escrituração Contábil Digital – ECD com o SPED Fiscal e a
EFD-Contribuições. A ECD é um arquivo anual e o SPED Fiscal e a EFD
Contribuições são arquivos mensais. Ou seja, a ECD consolida informações
que foram detalhadas nas Escriturações Fiscais.
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• ECD
É possível cruzar, através do plano de contas referencial da ECD, várias
informações que existem em comum entre estes arquivos, como, por
exemplo, os valores das receitas de venda, receitas de revenda, receitas de
prestação de serviços, estoque final, ICMS, PIS/Pasep, COFINS, IPI, etc.

• EFD-REINF
A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais EFD-
Reinf é um dos módulos do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED, a
ser utilizado pelas pessoas jurídicas e físicas, em complemento ao Sistema
de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas
– e-Social.

A EFD-Reinf junto ao e-Social, após o início de sua obrigatoriedade,


substituirá informações solicitadas em outras obrigações acessórias, entre
elas, a DIRF.

• Como funciona o cruzamento de


informações?
Informações Prestadas:
Dentre as informações prestadas através da EFD-Reinf, destacam-se aquelas
associadas às retenções na fonte (IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP) incidentes
sobre os pagamentos diversos efetuados a pessoas físicas e jurídicas, em...
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• Como funciona o cruzamento de


informações?
... módulo da série R-4000.

• EFD-REINF

• A EFD-Reinf deverá ser transmitida ao Sped mensalmente até o dia 15


(quinze) do mês subsequente ao mês a que se refere a escrituração.

• O prazo será postergado para o primeiro dia útil subsequente ao dia 15


(quinze), quando este cair em dia não útil para fins fiscais.

Possíveis cruzamento de dados:


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• EFD-REINF

Exemplo:
Vamos considerar que, no mês de janeiro, foi prestado um serviço contábil de
R$ 10.000,00.
Considerando que o serviço esteja sujeito à retenção de 1,5% do IR e de
4,65% das contribuições federais.
Considerando que o pagamento do serviço foi efetuado no dia 05 de
fevereiro.

Teremos:
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• EFD-REINF
O fato gerador ocorre:

Exemplo:
O evento R-4020, deverá ser gerado da seguinte forma:
IMPOSTO DE RENDA:
CNPJ do estabelecimento: 11.111.111/0001-91.
CNPJ do beneficiário: 22.222.222/0001-91.
Código da natureza do rendimento, conforme Tabela 01: 15.015
(remuneração de serviços de contabilidade).
Data do pagamento/crédito: 2024/01/31.
Valor bruto: R$ 10.000,00.
Valor da base de retenção do IR: R$ 10.000,00.
Valor do IRRF: R$ 150,00.
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• EFD-REINF
CSRF:
CNPJ do estabelecimento: 11.111.111/0001-91.
CNPJ do beneficiário: 22.222.222/0001-91.
Código da natureza do rendimento, conforme Tabela 01: 15.015
(remuneração de serviços de contabilidade).
Data do pagamento/crédito: 2024/02/05.
Valor bruto: R$ 10.000,00.
Valor da base da CSRF: R$ 10.000,00
Valor da CSRF: R$ 465,00.

• EFD-Contribuições
A EFD-Contribuições é uma obrigação acessória que são registradas as
receitas, as entradas e as despesas que estão sujeitas à apuração dos
créditos de PIS/Pasep e Cofins.

A elaboração da EFD-Contribuições é obrigatória pela pessoa jurídica


contribuinte do PIS/COFINS.
A EFD-Contribuições será transmitida mensalmente ao Sped até o 10º
(décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente a que se refira a
escrituração, inclusive nos casos extinção, incorporação, fusão e cisão total
ou parcial.
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• EFD-Contribuições
Os principais cruzamentos de dados da EFD-CONTRIBUIÇÕES, são:

Exemplo:
Vamos supor que uma empresa mercantil adquiriu mercadorias para revenda
no valor de R$ 100.000,00.

Considerando, que esta aquisição tenha direito a crédito mediante a


aplicação das alíquotas de 1,65% para o PIS/Pasep e de 7,6% para a COFINS,
teremos os seguintes lançamentos contábeis:

EFD-Contribuições – registro da NF:


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• EFD-Contribuições

EFD-Contribuições – registro dos itens da NF:


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• EFD-Contribuições
Registro M100 da EFD-Contribuições: Apuração do crédito de PIS/Pasep.

Registro M500 da EFD-Contribuições: Apuração do crédito da COFINS.


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• EFD-Contribuições
Vamos supor que uma empresa tenha auferido as seguintes receitas na DRE:

Apuração da Base de Cálculo:

Registros contábeis do PIS/Pasep:


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• EFD-Contribuições
Registros contábeis da Cofins:

Registro C100 da EFD-Contribuições: Registro das notas fiscais emitidas no


mês.
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• EFD-Contribuições
Registro C170 da EFD-Contribuições: Registro dos itens da nota fiscal.

Registro F100 da EFD-Contribuições: Registro das receitas sem nota fiscal.


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• EFD-Contribuições
Registro F100 da EFD-Contribuições: Registro das receitas sem nota fiscal.

Registro F100 da EFD-Contribuições: Registro das receitas sem nota fiscal.


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• EFD-Contribuições
Registro M200 da EFD-Contribuições: Apuração do débito do PIS/Pasep.

Registro M600 da EFD-Contribuições: Apuração do débito da Cofins.


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• EFD-Contribuições
APURAÇÃO DE PIS/COFINS:
O saldo a pagar do PIS/Pasep é apurado no Registro M200 da EFD-
Contribuições.

O saldo a pagar da Cofins é apurado no Registro M600 da EFD-Contribuições.

• ECF
Na Escrituração Contábil Fiscal (ECF) deve contemplar todas as operações
que influenciam na composição da base de cálculo do Imposto sobre a
Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL).
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• ECF
A ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração
Digital (Sped) até o último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-
calendário a que se refira.

• ECF – Fluxo de Informações

• ECF
Principais cruzamentos com a ECF, são:
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• ECF
Exemplo:
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• ECF
DCTF Mensal:

Registro Y570 da ECF:


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• PER/DCOMP
Per/Dcomp é um aplicativo que permiti ao contribuinte o preenchimento, a
validação do conteúdo e a gravação do Pedido Eletrônico de Restituição ou
Ressarcimento (PER) e da Declaração de Compensação (DCOMP) para o
envio à RFB.

O PER/DCOMP deve ser apresentado pela pessoa física ou pela pessoa


jurídica detentora do crédito tributário.

A DCTF e o PERD/COMP são obrigações muito utilizadas pela Receita


Federal para realizar o cruzamento de informações. Assim, é essencial
observar a coerência dos dados para evitar notificações do Fisco.
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• PER/DCOMP
Exemplo:
Vamos supor que a empresa tributada pelo lucro real anual compensou o
saldo negativo do IRPJ de 2016 com o débito do PIS/Pasep de julho/2017.

Considerando que o valor PIS/Pasep de julho/2017 seja de R$ 5.000,00, e o


valor do saldo negativo do ano de 2016 seja de R$ 3.850,00, teremos:

Apuração do saldo negativo do IRPJ em 31 de dezembro 2016:


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• PER/DCOMP
Ficha - Novo Documento do PER/DCOMP:

Ficha – Saldo negativo do IRPJ:


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• PER/DCOMP
Exemplo:
Composição do Saldo Negativo:
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• PER/DCOMP
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• PER/DCOMP

Ficha Débito – PIS/PASEP:


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• Simples Nacional
A ME e a EPP declaram corretamente o seu faturamento?

A RFB realiza o cruzamento de diferentes fontes de informações. Dessa


forma, ela consegue apurar se os valores declarados pelo contribuinte estão
corretos.
As microempresas e as empresas de pequeno porte devem dar especial
atenção a esse tipo de fiscalização. Pois o Fisco está auditando mais
intensamente as empresas enquadradas no Simples Nacional.

O Portal do Simples informou, em 2020, que a Receita Federal iniciou a


emissão dos autos de infração para as empresas que receberam a
comunicação, por meio do sistema Alerta, de divergências encontradas entre
o total da receita bruta informada no Programa Gerador do Documento de
Arrecadação do Simples Nacional – Declaratório (PGDAS-D) e os valores das
notas fiscais eletrônicas (NFe) de vendas emitidas, e que não se
autorregularizaram.

Empresas notificadas informaram valores de receitas brutas no PGDAS-D.

• Esses valores não correspondiam às notas fiscais emitidas, considerando


descontos e devoluções próprias e de terceiros.
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• Simples Nacional
As mensagens são encaminhadas em formato digital para o Domicílio
Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN) dos contribuintes.

• O uso do DTE-SN é obrigatório para empresas do Simples Nacional

A consulta ao DTE é realizada no Portal do Simples Nacional.


Há cruzamento das informações de operações de cartões de crédito (obtidas
através da DECRED) com o faturamento. Se o valor das operações com
cartões superarem a receita bruta declarada, haverá notificação pelos entes
fiscalizadores (tanto Federal quanto Estaduais ou Municipais).

• Despesas Médicas
Você teve gastos com médicos, plano de saúde e hospital?

Gastos com saúde são um dos principais motivos que levam o contribuinte a
cair na malha fina da Receita Federal.
Todas as empresas da área da saúde devem apresentar à Receita Federal
uma declaração, a DMED (Declaração de Serviços Médicos e de Saúde), onde
informam todos os valores recebidos de Pessoas Físicas referente ao
pagamento de prestação de serviços médicos. Ou seja, se você teve gasto
com médico, a despesa paga foi declarada na DMED.
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• DMED
A DMED – Declaração de Serviços Médicos e de Saúde, é uma declaração
que são informados todos os valores recebidos de pessoas físicas referente
ao pagamento de prestação de serviços médicos.

Apresentação é anual e passou a ser exigida a partir do ano-calendário de


2010.

Obrigatoriedade da apresentação da DMED pela matriz da pessoa jurídica.


• A matriz deve incluir as informações de todos os estabelecimentos.

Apresentação em meio digital.


• Utilização de aplicativo disponibilizado no sítio da Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB) na Internet.
• Endereço: http://rfb.gov.br

Prazo de entrega: Até às 23h59min59s, horário de Brasília, do último dia útil


do mês de fevereiro do ano-calendário subsequente às informações
referidas.

A DMED fornece informações essenciais:


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• DMED
• É por meio dessas informações que a Receita Federal realiza
comparações.

Comparação de valores:
• Compara as notas de prestação de serviços declaradas por entidades e
profissionais.
• Verifica os custos relacionados à saúde declarados pelo contribuinte na
Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF).

Importância na fiscalização.
• A DMED é crucial para a verificação da coerência entre as declarações de
serviços e os custos de saúde na DIRPF.

A Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED), apresentada por


pessoas jurídicas da área da saúde, é confrontada com a Declaração do
Imposto de Renda das Pessoas Físicas (DAA).

Exemplo:
Considerando que a pessoa física tenha passado por uma consulta médica
em 2023, o valor pago poderá ser deduzido na declaração da pessoa física...
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• DMED
... beneficiária do serviço em 2024.

• Compra e venda de Imóveis


Você comprou ou vendeu imóvel?

A Receita Federal tem informações quando o contribuinte vende e compra


um imóvel.
Os valores declarados devem estar minunciosamente detalhados.

• DOI
A Declaração sobre Operações Imobiliárias (DOI), é uma obrigação acessória
que informa operações envolvendo imóveis.

Os serventuários da justiça, responsáveis por Cartório de Notas, de Registro


de Imóveis e de Títulos e Documentos, estão obrigados a fazer comunicação
a Receita Federal do Brasil dos documentos lavrados, anotados,
matriculados, registrados e averbados em seus cartórios e que caracterizem
aquisição ou alienação de imóveis, realizada por pessoa física ou jurídica,
independentes de seu valor.

A DOI deve ser apresentada até o último dia útil do mês subsequente ao da
lavratura, anotação, matrícula, registro e averbação do ato.
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• DOI
Por intermédio da DOI a RFB verifica dados sobre quando o declarante
comprou e vendeu imóvel e se essas informações foram inseridas da
declaração do declarante e se houve o recolhimento do imposto sobre o
lucro obtido na operação imobiliária.

Exemplo:
• Venda de um imóvel por R$ 1.000.000,00.
• Esta venda será confrontada com a DOI e com a Declaração de quem
vendeu. Ambos devem informar o valor de R$ 1.000.000,00.
• Estas declarações serão cruzadas também com a e-Financeira
apresentada pelas Instituições Financeiras.
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• Aluguel
Você é locador ou locatário de um imóvel?

1) O Fisco identifica os contribuintes que recebem aluguéis e dos valores


recebidos por corretores de imóveis.

2) Os valores declarados para o IR devem estar minunciosamente


detalhados.

3) Então é melhor não omitir nenhum desses valores em sua declaração.

• As empresas do setor de imóveis apresentam anualmente à Receita


Federal a DIMOB (Declaração de Informações sobre Atividades
Imobiliárias).

• Essa declaração relaciona atividades de comercialização (aquisição,


intermediação e venda), construção, administração e locações de imóveis,
etc.

• DIMOB
DIMOB (Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias) é uma
obrigatoriedade acessória que deve ser entregue para a Receita Federal do...
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• DIMOB
... Brasil anualmente. Nela são contidas as informações referentes à
comercialização ou locação de imóveis ocorridas no ano anterior.

Em 2002, a RFB foi surpreendida com um rombo na coleta de tributos e


impostos, equivalente a R$1 bi na época. Devido a essa fraude, em fevereiro
de 2003, foi criada a DIMOB (Declaração de Informações sobre Atividades
Imobiliárias). Ela surgiu como uma forma de conferência da Receita para
controlar melhor as declarações de imposto de renda.

Devem apresentar a DIMOB, as pessoas jurídicas e equiparadas (art. 1º da IN


RFB nº 1.115/2010):

1) que comercializarem imóveis que houverem construído, loteado ou


incorporado para esse fim;

2) que intermediarem aquisição, alienação ou aluguel de imóveis e que


realizar sublocação de imóveis;

3) constituídas para a construção, administração, locação ou alienação do


patrimônio próprio, de seus condôminos ou sócios.
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• DIMOB
A DIMOB deve ser entregue, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano
subsequente ao que se refiram as suas informações, por intermédio do
programa Receitanet disponível na Internet, no endereço
http://www.receita.fazenda.gov.br.

É importante que locador e locatário estejam alinhados com os valores de


aluguéis pagos e recebidos ao longo do ano. A apresentação de informações
divergentes por uma das partes resultará em pendências quando a Receita
Federal realizar o cruzamento das informações e possivelmente incluirá os
contribuintes em malha fina para averiguação, retificação e, em alguns
casos, pode implicar em auto de infração com incidência de multas.

A DIMOB (Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias) é um


dos meios usados pela RFB para fazer o cruzamento de dados de
contribuintes.

Esses dados são referentes às atividades de comercialização e locação de


imóveis, ocorridas ao longo do ano anterior.
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• DIMOB

Exemplo:
Pessoa jurídica alugou um galpão de uma pessoa física para exercer suas
atividades operacionais.

A pessoa física deve declarar este aluguel como rendimento tributável. Este
rendimento será confrontada com a DIMOB.

• Compra e venda de veículos


Você comprou ou vendeu veículo?

O fisco tem acesso aos dados sobre a compra e venda de veículos, por...
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• Compra e venda de veículos


... meio do Renavam, que reúne informações como emplacamentos, troca de
proprietários, boletins de ocorrência e histórico de pagamentos. O código de
11 dígitos, que consta no documento do veículo, é único e intransferível, e é
de responsabilidade do Detran, que também presta conta para a Receita
Federal.

A compra e venda de veículos automotores faz com que a RFB cruza


informações apresentadas pelos contribuintes com as apresentadas pelo
Detran.
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• Compra e venda de veículos


Exemplo:
Vamos considerar que uma pessoa física vendeu um veículo e tenha apurado
ganho de capital.

Na declaração de bens, este bem deverá ser baixado e o ganho de capital


deverá ser demonstrado no aplicativo GCAP, que será importado na
declaração.

No aplicativo GCAP será gerado o Darf para o pagamento do imposto de


renda.

• Operações financeira
Você teve movimentação financeira?

Quando um correntista movimenta mais de R$ 2.000,00 (no caso de pessoa


física) ou R$ 6.000,00 (no caso de pessoa jurídica) em um semestre, os
bancos, as cooperativas de crédito, as associações de poupança e
empréstimo e as instituições financeiras autorizadas a realizar operações no
mercado de câmbio devem enviar a e-Financeira.

1) Operadoras de cartões de crédito também são obrigadas a prestar...


Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• Operações financeira
... informações à RFB ao emitir a Declaração de Operações com o Cartão de
Crédito (DECRED) a cada mês que o valor da fatura paga do cartão de crédito
do contribuinte ultrapassa R$ 5.000,00.

2) Movimentações altas que sejam incompatíveis com o patrimônio e com


os rendimentos declarados pelo contribuinte, registradas na conta bancária
ou no cartão de crédito, podem levá-lo a cair na malha fina e ser questionado
pela RFB sobre a origem dos recursos.

Foi instituída a obrigatoriedade de entrega da e-Financeira - contendo


informações sobre operações financeiras de interesse da Secretaria da
Receita Federal do Brasil (RFB).

• e-Financeira
A e-Financeira será transmitida semestralmente:

• até o último dia útil do mês de fevereiro, contendo as informações


relativas ao segundo semestre do ano anterior;

• até o último dia útil do mês de agosto, contendo as informações relativas


ao primeiro semestre do ano em curso.
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• e-Financeira
É uma obrigação acessórias que apresenta movimentação e saldos em conta
corrente, movimentações de resgate e investimentos, rendimentos de
aplicações e poupanças e demais informações de movimentações
financeiras.

O objetivo da RFB, com a referida obrigação, é cruzar os dados com a renda e


o patrimônio dos contribuintes, buscando eventuais omissões que possam
acarretar o lançamento de imposto de renda complementar.

As informações que envolvam o CPF ou CNPJ serão cruzadas com:


Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• e-Financeira
Por exemplo, se a pessoa física ou jurídica tiver um saldo de R$ 100.000,00
(cem mil reais) aplicados em poupança, e não informar este saldo em sua
declaração, ficará sujeita a uma análise detalhada por parte da Receita
Federal. Logo, caso este saldo, acrescido da variação patrimonial do ano, for
superior aos rendimentos declarados, certamente ocorrerá malha fina,
havendo notificação do contribuinte para prestar esclarecimentos à Receita
Federal do Brasil.

• DECRED
A Declaração de Operações com Cartões de Crédito (DECRED) é uma
obrigação que informa as operações efetuadas com cartões de crédito,
compreendendo a identificação dos usuários de seus serviços e os
montantes globais mensalmente movimentados.

As administradoras de cartões de crédito devem, semestralmente, apresentar


a DECRED para a Receita Federal do Brasil.

• As operadoras de cartões de crédito enviam a cada semestre as


informações para a Receita Federal, com toda a movimentação financeira
efetuada por cartões de crédito, tanto das pessoas físicas e jurídicas.
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• DECRED
• As informações ora prestadas através da DECRED, correspondem tanto
das receitas recebidas através dos cartões de crédito, quanto também as
informações dos pagamentos, ou seja, das compras efetuadas ou
pagamento de prestação de serviços pagos através do cartões de crédito.

• As informações prestadas através da DECRED também são


compartilhadas com os estados e municípios, com o intuito de
cruzamento de informações.

A RFB utiliza os dados da DECRED para fazer cruzamento fiscal dos


contribuintes, pois se o valor das vendas informadas pelas administradoras
for superior ao faturamento da empresa informada na declaração de renda, a
diferença será tributada com multa e juros. Portanto, imprescindível o
monitoramento de tais informações, de forma a evitar a contingência fiscal
por parte das pessoas jurídicas e físicas.

• DME
Já ouviu falar da Declaração de Operações Liquidadas com Moeda em
Espécie - DME?

Pois saiba que, por esse desconhecimento ou omissão, muitos...


Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• DME
... contribuintes podem ter problemas com a Receita Federal do Brasil.

Objetivo da criação da DME pela Receita Federal do Brasil (RFB).


• Prevenção de transações envolvendo lavagem de dinheiro, sonegação e
corrupção.

Nova obrigação acessória: Declaração de Operações Liquidadas Com Moeda


em Espécie (DME).
• Instituída pela Instrução Normativa nº 1.761, de 20 de novembro de 2017.

Características da DME.
• Declaração mensal.
• Vigência a partir do primeiro dia de 2018.

A Declaração de Operações Liquidadas com Moeda em Espécie (DME) é uma


obrigação que trata de informações relativas a uma operação liquidada, total
ou parcialmente, em espécie, decorrente de alienação ou cessão onerosa ou
gratuita de bens e direitos, de prestação de serviços, de aluguel ou de outras
operações que envolvam transferência de moeda em espécie, prestada à
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) por meio de formulário...
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• DME
... eletrônico.

São obrigadas à entrega da DME as pessoas físicas ou jurídicas residentes


ou domiciliadas no Brasil que, no mês de referência, tenha recebido valores
em espécie cuja soma seja igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais),
ou o equivalente em outra moeda realizadas com uma mesma pessoa física
ou jurídica.

A DME deverá ser enviada à RFB até as 23h59min59s, horário de Brasília, do


último dia útil do mês subsequente ao mês de recebimento dos valores em
espécie.
Exemplo de cruzamento de dados com a DME:
Cruzamentos de informações (IR/CSLL/PIS/COFINS)

• DME
Exemplo:
Pessoa física vende um veículo por R$ 40.000,00 para outra pessoa física
deve informar, este recebimento, na DME para justificar o acréscimo
patrimonial em sua declaração de ajuste anual.

• Conclusão
• É preciso conferir os dados com muita atenção antes de enviá-los.
Qualquer divergência é suficiente para a declaração cair na Malha Fina.

• Só devem ser declaradas despesas que possam ser comprovadas, e os


valores informados pelas fontes pagadoras ou recebedoras devem estar
de acordo com os que o contribuinte declarou.

• A Receita Federal tem até 5 anos, após a entrega da declaração, para


efetuar o cruzamento de informações, bem como cobrar a diferença do
imposto.

• É essencial que você informe todos os dados corretos.


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