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DIAS 29 e 30
PROCESSO CIVIL:
21 Processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais. Subdividido em: Do
precedente. Da ordem dos processos no tribunal. Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade. Incidente de resolução de demandas
repetitivas. Reclamação.
TRIBUTÁRIO:
6 Obrigação tributária. 6.1 Obrigação principal e acessória. 6.2 Fato gerador. 6.3 Sujeito ativo.
6.4 Sujeito passivo. 6.5 Solidariedade. 6.6 Capacidade tributária. 6.7 Domicílio tributário. 6.8
Responsabilidade tributária. 6.9 Responsabilidade dos sucessores. 6.10 Responsabilidade de
terceiros. 6.11Responsabilidade por infrações
DIAS 31 e 32
CONSTITUCIONAL:
6.3 Poder Legislativo; processo legislativo; controle interno e externo dos poderes; Tribunal de
Contas. 6.2 Poder Executivo: estrutura, atribuições e competências; administração pública e
seus princípios na Constituição de 1988; servidores públicos civis; presidencialismo e
parlamentarismo; presidente da República (poder regulamentar e medidas provisórias) e
ministro de Estado; crimes de responsabilidade do Presidente da República e dos Ministros de
Estado.
CIVIL:
11 Contratos. 11.1 Princípios. 11.2 Contratos em geral. 11.3 Disposições gerais. 11.4
Interpretação. 11.5 Extinção.
DIAS 33 e 34
ADMINISTRATIVO:
DIREITOS RESERVADOS. É VEDADA, POR QUAISQUER MEIOS E QUALQUR TÍTULO, A SUA REPRODUÇÃO, CÓPIA, DIVULGAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
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FASE DISCURSIVA - SEMANAS 05 E 06
ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
8 Serviços públicos. 8.1 Legislação pertinente. 8.1.1 Lei nº 8.987/1995 e suas alterações. 8.1.2
Lei nº 11.079/2004 e suas alterações (parceria público-privada). 8.2 Disposições doutrinárias.
8.2.1 Conceito. 8.2.2 Elementos constitutivos. 8.2.3 Formas de prestação e meios de execução.
8.2.4 Delegação: concessão, permissão e autorização. 8.2.5 Classificação. 8.2.6 Princípios. 8.2.7
Remuneração. 8.2.8 Usuários.
AMBIENTAL:
ADMINISTRATIVO:
16 Responsabilidade civil do Estado. 16.1 Evolução histórica. 16.2 Teorias subjetivas e objetivas
da responsabilidade patrimonial do Estado. 16.3 Responsabilidade por ato comissivo do Estado.
16.4 Responsabilidade por omissão do Estado. 16.5 Requisitos para a demonstração da
responsabilidade do Estado. 16.6 Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do
Estado. 16.7 Reparação do dano. 16.8 Direito de regresso. 16.9 Responsabilidade primária e
subsidiária.
DIAS 35 E 36
RESOLUÇÃO DO SIMULADO 03
PROCESSO CIVIL:
21 Processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais. Subdividido em:
Recursos. Disposições gerais. Apelação. Remessa necessária. Agravo de instrumento. Agravo
interno. Embargos de declaração.
TRIBUTÁRIO:
7 Crédito tributário. 7.1 Constituição de crédito tributário. 7.2 Lançamento. 7.3 Modalidades
de lançamento. 7.4 Suspensão do crédito tributário. 7.5 Extinção do crédito tributário. 7.6
Exclusão de crédito tributário. 7.7 Garantias e privilégios do crédito tributário
DIAS 37 E 38
CONSTITUCIONAL:
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DIAS 39 E 40
ADMINISTRATIVO:
DIAS 41 e 42
PROCESSO CIVIL:
21 Processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais. Subdividido em:
Recursos para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça (recurso
ordinário, recurso extraordinário e recurso especial). Agravo em recurso especial e em recurso
extraordinário. Embargos de divergência. Ação Rescisória.
AMBIENTAL:
9 Responsabilidades. 9.1 Efeito, impacto e dano ambiental. 9.2 Poluição. 9.3 Responsabilidade
administrativa, civil e penal.
TRIBUTÁRIO:
16 Processo judicial tributário. 16.1 Ação de execução fiscal. 16.2 Lei nº 6.830/1980 e suas
alterações (Execução Fiscal). 16.3 Ação cautelar fiscal. 16.4 Ação declaratória da inexistência de
relação jurídico-tributária. 16.5 Ação anulatória de débito fiscal. 16.6 Mandado de segurança.
16.7 Ação de repetição de indébito
RESOLUÇÃO DO SIMULADO 04
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SUMÁRIO
DIAS 29 E 30 .......................................................................................................................................................... 6
RESUMO DO DIA .......................................................................................................................................... 7
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................................................................................ 7
DIREITO TRIBUTÁRIO................................................................................................................................. 11
DIAS 31 E 32 ........................................................................................................................................................ 28
RESUMO DO DIA ........................................................................................................................................ 29
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................................................... 29
DIREITO CIVIL ............................................................................................................................................. 59
DIAS 33 E 34 ........................................................................................................................................................ 79
RESUMO DO DIA ........................................................................................................................................ 81
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................................................... 81
DIREITO AMBIENTAL ............................................................................................................................... 102
DIREITO ADMINISTRATIVO ..................................................................................................................... 124
DIAS 35 E 36 ...................................................................................................................................................... 133
RESUMO DO DIA ...................................................................................................................................... 134
DIREITO PROCESSUAL CIVIL .................................................................................................................... 134
DIREITO TRIBUTÁRIO............................................................................................................................... 150
DIAS 37 E 38 ...................................................................................................................................................... 176
RESUMO DO DIA ...................................................................................................................................... 176
DIREITO CONSTUTUCIONAL ................................................................................................................... 177
DIAS 39 E 40 ...................................................................................................................................................... 206
RESUMO DO DIA ...................................................................................................................................... 206
DIREITO ADMINISTRATIVO ..................................................................................................................... 206
DIAS 41 E 42 ...................................................................................................................................................... 226
RESUMO DO DIA ...................................................................................................................................... 228
DIREITO PROCESSUAL CIVIL .................................................................................................................... 228
DIREITO AMBIENTAL ............................................................................................................................... 239
DIREITO TRIBUTÁRIO............................................................................................................................... 246
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PREPARAÇÃO PGE PERNAMBUCO
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DIAS 29 E 30
DISCIPLINA
PROCESSO CIVIL:
21 Processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais. Subdividido em: Do
precedente. Da ordem dos processos no tribunal. Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade. Incidente de resolução de demandas
repetitivas. Reclamação.
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
1. Manual de Direito Processual Civil – Vol. Único: Daniel Amorim Assumpção Neves.
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/4e8308241f130df48edf97d6
3854d8bd.pdf
2. Direito Processual Civil Esquematizado - 8ª Ed. 2017. Marcus Vinicius Rios Gonçalves
6 Obrigação tributária. 6.1 Obrigação principal e acessória. 6.2 Fato gerador. 6.3 Sujeito ativo.
6.4 Sujeito passivo. 6.5 Solidariedade. 6.6 Capacidade tributária. 6.7 Domicílio tributário. 6.8
Responsabilidade tributária. 6.9 Responsabilidade dos sucessores. 6.10 Responsabilidade de
terceiros. 6.11Responsabilidade por infrações
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
Teoria Geral
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/554a02ceb4368aa43680f79
326608639.pdf
CAPÍTULOS: 5 e 6.
Curso de Direito Tributário e Financeiro - 6ª Ed. 2016. Autor: Cláudio Carneiro – Ed.
Saraiva CAPÍTULOS: 8 e 9.
Boa opção de resumo para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
6
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66da15dab.pdf
CAPÍTULOS: 8 e 9.
RESUMO DO DIA
21 Processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais. Subdividido em: Do
precedente. Da ordem dos processos no tribunal. Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade. Incidente de resolução de demandas
repetitivas. Reclamação.
ATENÇÃO: O presente resumo não pretende esgotar todos os assuntos, mas apenas dar um
direcionamento ao aluno sobre onde revisar e o que priorizar. Para aprofundamento dos
temas, recomendamos a leitura do Manual de Processo Civil, de Daniel Assumpção.
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Art. 928. Para os fins deste Código, considera-se julgamento de casos repetitivos a decisão
proferida em:
I - incidente de resolução de demandas repetitivas;
II - recursos especial e extraordinário repetitivos.
Parágrafo único. O julgamento de casos repetitivos tem por objeto questão de direito
material ou processual.
Superação da tese jurídica (overruling): Por meio da superação do precedente, ele deixa de
existir com eficácia vinculante.
- A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em
julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica,
considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
- A técnica de overruling NÃO se confunde com o overrinding, porque nesse o tribunal apenas
limita o âmbito de incidência de um precedente em função de superveniência de regra ou
princípio legal. Não há, portanto, a sua superação, mas a sua adequação à superveniente
configuração jurídica do entendimento fixado.
- Prospective Overruling: Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal
Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver
modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica.
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2) Legitimidade:
Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal:
I - pelo juiz ou relator, por ofício;
II - pelas partes, por petição;
III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.
Parágrafo único. O ofício ou a petição será instruído com os documentos necessários à
demonstração do preenchimento dos pressupostos para a instauração do incidente.
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Para possibilitar a identificação dos processos abrangidos pela decisão do incidente, o registro
eletrônico das teses jurídicas constantes do cadastro conterá, no mínimo, os fundamentos
determinantes da decisão e os dispositivos normativos a ela relacionados.
5) Sujeitos com legitimidade para participar do incidente:
O relator poderá requisitar informações a órgãos em cujo juízo tramita processo no qual se
discute o objeto do incidente, que as prestarão no prazo de 15 (quinze) dias.
O relator ouvirá as partes e os demais interessados, inclusive pessoas, órgãos e entidades com
interesse na controvérsia, que, no prazo comum de 15 (quinze) dias, poderão requerer a juntada
de documentos, bem como as diligências necessárias para a elucidação da questão de direito
controvertida, e, em seguida, manifestar-se-á o Ministério Público, no mesmo prazo.
As partes dos processos vinculados ao incidente têm interesse jurídico em sua solução,
considerando que são diretamente atingidas pela eficácia inter partes do julgamento, já que, após
a fixação da tese, o tribunal passa a julgar o recurso, ação de competência originária ou reexame
necessário de onde surgiu o incidente.
6) Instauração e admissão do IRDR:
Os legitimados no art. 977 do CPC instaurarão o IRDR perante o Tribunal, com toda a
documentação necessária à demonstração do preenchimento dos pressupostos para a
instauração do incidente.
Após a distribuição, o órgão colegiado competente para julgar o incidente procederá ao seu juízo
de admissibilidade.
A inadmissão do IRDR por ausência de qualquer de seus pressupostos de admissibilidade não
impede que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente novamente suscitado e admitido,
passando o tribunal competente ao julgamento do seu mérito.
Enunciado 206 do FPPC: A prescrição ficará suspensa até o trânsito em julgado do IRDR.
A admissão do IRDR leva o relator a determinar a suspensão dos processos em primeiro grau
dentro dos limites da competência territorial do tribunal de segundo grau.
Processos em trâmite perante outro Estado ou região NÃO são alcançados pela suspensão
determinada pelo relator do IRDR no tribunal de segundo grau, que não tem competência além
do território do seu tribunal. Visando à garantia da segurança jurídica, qualquer legitimado,
poderá requerer, ao tribunal competente para conhecer do recurso extraordinário ou especial, a
suspensão de todos os processos individuais ou coletivos em curso no território nacional que
versem sobre a questão objeto do incidente já instaurado.
7) Julgamento e seus efeitos:
O incidente será julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos,
ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. Superado o prazo previsto
no caput, cessa a suspensão dos processos, salvo decisão fundamentada do relator em sentido
contrário.
Art. 984. No julgamento do incidente, observar-se-á a seguinte
ordem: I - o relator fará a exposição do objeto do incidente;
II - poderão sustentar suas razões, sucessivamente:
o autor e o réu do processo originário e o Ministério Público, pelo prazo de 30 (trinta)
minutos;
os demais interessados, no prazo de 30 (trinta) minutos, divididos entre todos, sendo
exigida inscrição com 2 (dois) dias de antecedência.
o
§ 1 Considerando o número de inscritos, o prazo poderá ser ampliado.
10
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o
2 O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados
concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários.
Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada: I - a todos os processos
individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na
área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados
especiais do respectivo Estado ou região;
- aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no
território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986.
o
§ 1 Não observada a tese adotada no incidente, caberá reclamação.
o
§ 2 Se o incidente tiver por objeto questão relativa a prestação de serviço concedido,
permitido ou autorizado, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou
à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes
sujeitos a regulação, da tese adotada.
Apreciado o mérito do recurso, a tese jurídica adotada pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo
Superior Tribunal de Justiça será aplicada no território nacional a todos os processos individuais
ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito.
8) Recursos:
O relator, na condução do IRDR, proferirá decisões monocráticas interlocutórias, recorríveis por
agravo interno, salvo na hipótese da decisão que determina a suspensão dos processos
individuais e coletivos que versam sobre a mesma matéria, porque nesse caso o relator não tem
outra alternativa que não a determinação da suspensão.
Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o
caso. O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão
constitucional eventualmente discutida.
Referências Bibliográficas:
Daniel Assumpção. Manual de Direito Processual Civil.
DIREITO TRIBUTÁRIO
6 Obrigação tributária. 6.1 Obrigação principal e acessória. 6.2 Fato gerador. 6.3 Sujeito ativo.
6.4 Sujeito passivo. 6.5 Solidariedade. 6.6 Capacidade tributária. 6.7 Domicílio tributário. 6.8
Responsabilidade tributária. 6.9 Responsabilidade dos sucessores. 6.10 Responsabilidade de
terceiros. 6.11Responsabilidade por infrações
Principal: A obrigação deve ser de pagar dinheiro, seja o valor do tributo, seja o valor de
eventual penalidade pecuniária de caráter tributário:
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Atenção: Em direito tributário é possível existir obrigação acessória sem obrigação principal. Ex:
Entidade imune ao pagamento de tributos, ainda assim deve cumprir a obrigação acessória. E em
caso de descumprimento, pode ser multada.
Fato Gerador
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em LEI como necessária
e suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure
obrigação principal.
Fato gerador e princípio da legalidade: O CTN exigiu que o fato gerador da obrigação
tributária principal fosse uma situação definida em LEI. Entretanto, ao tratar do fato gerador da
obrigação acessória, o CTN se referiu, de maneira ampla, a LEGISLAÇÃO, e não ao termo restrito
“lei”.
CONCLUSÃO: A obrigação tributária principal só pode ser criada por LEI ou por MP. Já as
obrigações acessórias podem vir definidas na LEGISLAÇÃO, que compreende todos os atos
normativos gerais e abstratos.
Momento da ocorrência do fato gerador: O CTN divide os fatos geradores em dois grupos, os
definidos com base em situações de fato e os definidos com base em situações jurídicas.
Fato gerador definido com base em situação jurídica: São as situações em que os mesmos
casos definidos como fato gerador de tributo se enquadram perfeitamente em alguma
hipótese prevista em lei como geradora de consequências jurídicas. Dispõe o art. 116 II do
CTN:
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos:
- tratando-se de SITUAÇÃO JURÍDICA, desde o momento em que esteja definitivamente
constituída, nos termos de direito aplicável.
Fato gerador definido com base em situação de fato: São os casos onde a situação
definida pelo legislador como geradora de tributo não era definida em qualquer outro
ramo do direito como geradora de efeitos jurídicos. Dispõe o art. 116 I do CTN:
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de SITUAÇÃO DE FATO, desde o momento em que o se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são
próprios;
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei
em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos
e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
É possível que haja fraude anteriormente praticada ou planejamento abusivo antes da prática
do fato gerador ou planejamento válido posteriormente autorizado. Ex: Declaração do IRPF.
Para Ricardo Lobo Torres, o uso de formas jurídicas com a única finalidade de fugir ao imposto
ofende a um sistema criado sob as bases constitucionais da capacidade contributiva e da
isonomia tributária.
3.1. Sujeito Ativo: Conforme art. 119, do CTN, é a pessoa jurídica de direito público:
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.
*ATENÇÃO: Pela literalidade do CTN, somente as pessoas jurídicas de direito púbico podem
figurar no polo ativo da relação jurídico-tributária. No entanto, o candidato deve estar atento à
exceção prevista na SÚMULA 396 DO STJ, que confere legitimidade ativa a uma pessoa jurídica de
direito privado, a CNA: “A confederação nacional da agricultura tem legitimidade ativa para a
cobrança da contribuição sindical rural”.
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Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se
constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja
legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria.
3.2. Sujeito Passivo: É aquele obrigado a pagar o tributo ou a penalidade pecuniária (obrigação
principal) ou cumprir as obrigações acessórias.
a) Contribuinte x Responsável
Contribuinte - Sujeito passivo que possui relação pessoal e direta com o fato gerador.
Contribuinte de fato: Efetivamente arca com o tributo, ainda que não figure na
relação jurídico- tributária. Ex: Consumidor final do ICMS, a quem é repassado o
tributo no valor final da mercadoria.
Contribuinte de direito: É quem figura formalmente no polo passivo da relação
jurídico- tributária. Ex: Estabelecimento comercial que promove a circulação do
ICMS.
Responsável: É sujeito passivo que NÃO possui relação pessoal e direta com o fato
gerador, mas possui vínculo em situação tipificada na LEI como geradora do tributo:
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, VINCULADA ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
ATENÇÃO: Conforme art. 123, do CTN, convenções particulares NÃO podem ser opostas ao
FISCO:
Capacidade tributária passiva: É a aptidão para ser sujeito passivo da relação jurídico-
tributária. O art. 126 do CTN preleciona:
Solidariedade: Em direito tributário, decorre sempre de LEI e só pode ser PASSIVA. Se houvesse
solidariedade passiva, seria bitributação, situação vedada no ordenamento jurídico, via de regra.
- A solidariedade se subdivide em:
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Solidariedade natural (de fato): Ocorre entre pessoas com interesse comum no fato
gerador da obrigação principal;
Solidariedade Legal (de direito): Ocorre sob determinação da lei, que indica quais os
responsáveis.
Regra: O domicílio tributário é o de eleição. No entanto, lei específica pode excluir essa
escolha, indicando qual deverá ser o domicílio tributário. É a hipótese do ITR, cujo
domicílio é o Município da situação do imóvel.
Exceção: A Administração tributária pode recusar a escolha, se dificultar ou impossibilitar a
fiscalização ou arrecadação. Nesse caso, o domicílio será o local da situação dos bens ou
da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem ao tributo.
Se NÃO houve eleição do domicílio:
Pessoas naturais: o domicílio será a residência habitual da pessoa ou, se
desconhecida, o centro habitual de sua atividade.
Pessoa jurídica de direito privado: o domicílio será o local da sede da empresa ou o
de cada estabelecimento, quanto as obrigações tributárias ali surgidas.
Pessoa jurídica de direito público: o domicílio pode ser qualquer das repartições
situadas no território da entidade tributante.
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RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Responsável tributário:
Sentido Estrito: Sujeição passiva indireta por expressa determinação legal (art. 128 CTN)
Sentido Amplo: Submissão de determinada pessoa, contribuinte ou não, ao direito do
FISCO de exigir a prestação da obrigação tributária.
Contribuinte de fato x contribuinte de direito
Contribuinte de direito: É o sujeito passivo que tem relação direta e pessoal com o fato
gerador ( = contribuinte de jure).
Contribuinte de fato: ÃO integra a relação jurídica tributária pertinente.
Contribuinte x responsável:
Contribuinte: Pessoa física ou jurídica que tenha relação de natureza econômica, pessoal e
direta com a situação do fato gerador, sendo o SUJEITO PASSIVO DIRETO.
Responsável: É o sujeito passivo INDIRETO, com responsabilidade derivada de lei de modo
expresso (art. 128 CTN).
Responsabilidade pessoal x responsabilidade subsidiária
Responsabilidade Pessoal: O contribuinte é excluído totalmente, dando ensejo à
responsabilidade pessoal sobre terceira pessoa, vinculada ao fato gerador. VIDE art. 131 +
134 CTN.
o A responsabilidade pessoal afasta a dos devedores originais, que NÃO responderão
nem supletiva ou subsidiariamente.
Responsabilidade Subsidiária ou supletiva: O responsável por lei responde por parte ou
pelo todo da obrigação tributária que o contribuinte deixar de cumprir.
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4.3. Responsabilidade por substituição: Normalmente, é o sujeito passivo quem pratica o fato
gerador, mas há casos em que uma pessoa substitui outra no dever de pagar tributos a particular,
para facilitar a cobrança.
Substituição tributária para trás (antecedente/ regressiva): Ocorre nas cadeias de produção e
circulação de mercadorias, em que há concentração de mercadorias (Ex: produtores diversos
enviam o leite à indústria X. Como é complicado fiscalizar todos os produtores, a indústria paga
logo os seus tributos devidos como os devidos pelos produtores. Ao final, quem paga tudo é o
consumidor.
Substituição tributária para frente (subsequente/ progressiva): Ocorre nas situações em que
há CAPILARIDADE (Ex: postos de gasolina, indústria de bebidas, em que sai do produtor e vai para
as distribuidoras e depois para o consumidor). Nesse caso, a empresa maior pagará os tributos
como contribuinte e como substituto.
STJ: Há apenas a ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO e NÃO a cobrança do tributo antes do fato
gerador.
- A cobrança antecipada é constitucional, mas se NÃO ocorrer o fato gerador, o Estado deverá
devolver o valor do tributo pago por antecipação.
1
Notícias STF – 19/10/2016 : Contribuinte tem direito a diferenças em regime de
substituição tributária, decide STF
Foi concluído pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento do Recurso
Extraordinário (RE) 593849, com repercussão geral reconhecida, no qual foi
alterado entendimento do STF sobre o regime de substituição tributária do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O Tribunal entendeu
que o contribuinte tem direito à diferença entre o valor do tributo recolhido
previamente e aquele realmente devido no momento da venda.
O julgamento foi retomado com o pronunciamento do ministro Ricardo
Lewandowski, o último a votar, acompanhando a posição majoritária definida pelo
relator da ação, ministro Edson Fachin. Segundo o voto proferido por Lewandowski,
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Por sucessão:
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de BENS IMÓVEIS, e bem assim os relativos a taxas pela prestação
de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço.
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Se foi apresentada certidão de quitação de tributos ao adquirente de boa-fé, em que conste que
não há débito quanto ao passado, eventual cobrança de tributos irá recair sobre o anterior
proprietário, não se colocando o adquirente na posição de responsável tributário.
Se arrematação em hasta pública: o arrematante adquire o IMÓVEL livre de qualquer ônus. Os
débitos existentes devem ser quitados com o produto da arrematação.
ATENÇÃO: O espólio surge com a morte do de cujus, e existe até a data da partilha ou adjudicação.
Quanto aos fatos geradores ocorridos durante tal período, o espólio será contribuinte.
O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente responsáveis pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, tendo como limite
do débito o montante do quinhão, do legado ou da meação recebidos.
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partilha
Devidos até a morte e De cujus Sucessores e cônjuge Pessoal
não pagos até a meeiro
partilha (descobertos
APÓS a sentença de
partilha)
Devidos após a morte Espólio Sucessores e cônjuge Pessoal
e não pagos até a meeiro
partilha (descobertos
APÓS a sentença de
partilha)
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada
por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou
sob firma individual.
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Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
CONTINUAR a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou
nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido,
devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
- subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro
de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo
de comércio, indústria ou profissão.
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Responsabilidade quanto aos tributos e multas: Segundo o art. 134, §único, do CTN, a
responsabilidade somente se aplica aos tributos e às MULTAS DE MORA!
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ATENÇÃO À DISTINÇÃO:
Art. 134 CTN Art. 135 CTN
Responsabilidade Subsidiária Responsabilidade Pessoal
Depende da insolvência do contribuinte NÃO depende da insolvência do contribuinte
Responsabilidade por transferência Responsabilidade por substituição
O responsável incorre em omissão, ausente O responsável age com excesso de poder ou
o excesso de poder e a infração à lei. infração à lei, contrato e estatutos.
4.6. Responsabilidade por infrações: Arts. 136 e 137, CTN. Embora o CTN fale em responsáveis,
são contribuintes, pois cometeram infrações em relação pessoal e direta.
- PARA OBJETIVAS, adotar literalidade do CTN.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação
tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza
e extensão dos efeitos do ato.
-Pelo art. 136, CTN, a responsabilidade por infrações tributárias é, em regra, OBJETIVA
(independe de dolo ou culpa). Inclusive, o CTN afirma que a responsabilidade independe da
intenção do agente, permitindo sua punição independentemente da presença de dolo ou culpa.
O art. 137, do CTN, prevê que a responsabilidade será pessoal do agente responsável pela
infração, e a pessoa jurídica não responde:
Conceito: É uma confissão, política fiscal que permite que o devedor, voluntariamente,
compareça à repartição fiscal para noticiar a ocorrência de infração e pagar os tributos em atraso.
Afasta-se a aplicação de multa, e NÃO a cobrança dos juros e de correção monetária.
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STJ: O parcelamento NÃO é considerado pagamento integral, sendo devida a multa de mora na
confissão de dívida acompanhada de pedido de parcelamento, ainda que se antecipando a
qualquer ação do FISCO.
Quando ocorre: A denúncia espontânea ocorre quando o sujeito confessa o fato, o corrige,
quando possível, e paga o tributo eventualmente devido, com juros. Só haverá denúncia
espontânea antes que o fisco tome qualquer providência para o lançamento do tributo.
Denúncia espontânea e tributos sujeitos a lançamento por homologação: Para o STJ, também
NÃO se aplica o benefício da denúncia espontânea aos tributos sujeitos a lançamento por
homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.
Lançamento por declaração: Cabe OU quando o fato gerador NÃO tenha sido declarado
pelo contribuinte OU quando, após declaração, o contribuinte retifique declaração ANTES
de autuação da Administração.
Referências Bibliográficas:
Ricardo Alexandre. Direito Tributário Esquematizado;
Eduardo Sabagg. Manual de Direito Tributário;
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. O Direito Tributário na Constituição e no STF;
Leandro Paulsen. Curso de Direito Tributário.
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DIAS 31 E 32
DISCIPLINA
CONSTITUCIONAL:
6.3 Poder Legislativo; processo legislativo; controle interno e externo dos poderes; Tribunal de
Contas. 6.2 Poder Executivo: estrutura, atribuições e competências; administração pública e
seus princípios na Constituição de 1988; servidores públicos civis; presidencialismo e
parlamentarismo; presidente da República (poder regulamentar e medidas provisórias) e
ministro de Estado; crimes de responsabilidade do Presidente da República e dos Ministros de
Estado.
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
Direito Constitucional Esquematizado: Pedro
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/8231c4771e13a7e79806b1df1
5648e8b.pdf
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/602bdfb8953fd99b738e53164
430040c.pdf
Boa opção de resumo para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
Alexandrino http://www.mktgen.com.br/MET/Sumario/9788530975784_SUM.pdf
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11 Contratos. 11.1 Princípios. 11.2 Contratos em geral. 11.3 Disposições gerais. 11.4
Interpretação. 11.5 Extinção.
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
CAPÍTULO: 5.
RESUMO DO DIA
DIREITO CONSTITUCIONAL
6.3 Poder Legislativo; processo legislativo; controle interno e externo dos poderes; Tribunal de
Contas. 6.2 Poder Executivo: estrutura, atribuições e competências; administração pública e
seus princípios na Constituição de 1988; servidores públicos civis; presidencialismo e
parlamentarismo; presidente da República (poder regulamentar e medidas provisórias) e
ministro de Estado; crimes de responsabilidade do Presidente da República e dos Ministros de
Estado.
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1.2. Áreas de Controle: A fiscalização do CD, mediante controle externo e pelo controle interno
de cada poder alcança as áreas contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial
(COFOP):
Contábil: Apuração dos registros contábeis voltados aos lançamentos, balanços,
escrituração e observância às regras da Lei 4.320/64 e LRF;
Orçamentária;
Financeira – controle da arrecadação das receitas e efetivação das despesas;
Operacional – Cumprimento de metas, resultados e eficiência na gestão dos gastos
públicos. São analisados moeda, crédito e endividamento;
Patrimonial – Análise do patrimônio, seu crescimento e redução.
Controle Externo – Exercido exclusivamente pelo Poder Legislativo de cada ente, com o
auxílio do Tribunal de Contas (Arts. 70 – 73 CF). É um controle político, na medida em que
é o legislativo quem faz. Quanto aos demais processos, é um controle técnico, por ser
feito por órgão especializado (Tribunal de Contas), aperfeiçoando o controle interno.
Controle Popular ou Privado – Exercido por qualquer cidadão, partido político, associação
ou sindicato para, na forma da lei, denunciar ilegalidades perante Tribunal de Contas da
União.
4. Objeto do Controle
Além da Administração direta e autarquias, abrange:
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Administração Indireta;
Entidades de direito público que manipulem bens ou fundos do Governo;
Pessoas Jurídicas que recebam contribuições parafiscais;
Qualquer empresa em que haja investimento público;
Pessoas Físicas que por qualquer título utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou
administrem dinheiro, bens ou valores públicos;
Fundos.
Quanto aos Fundos, questiona-se qual órgão se encarregará de sua fiscalização:
Enquanto os recursos estão no Banco do Brasil, prontos para a sua distribuição –
Competência do Tribunal de Contas da União;
Repassados para Estados e Municípios – Competência dos Tribunais de Contas Estaduais
ou Municipais;
Para Fundos em que há participação das 03 entidades federativas, compete a fiscalização
a todos os Tribunais de contas.
ATENÇÃO: O STF reviu antigo posicionamento e atualmente entende que o TCU tem competência
para fiscalizar as empresas públicas, sociedades de economia mista e demais responsáveis das
entidades integrantes da administração indireta, além dos conselhos regulamentares, SALVO OAB,
que NÃO se sujeita a controle da Administração nem está vinculada a qualquer das partes.
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O TCU é parte legítima para figurar no polo passivo do MS, quando sua decisão está revestida
de caráter impositivo.
O Tribunal de contas NÃO analisa a conveniência e oportunidade da despesa pública, por fazer
parte da discricionariedade do executivo.
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As decisões do Tribunal de Contas terão eficácia de título executivo. Aplicada a penalidade, cabe
ao erário executar a cobrança. Ex: Se a penalidade foi de aplicação errônea de recursos pelo
gestor do Município X, caberá a este mesmo Município cobrar a penalidade.
Em âmbito Federal: a cobrança da penalidade se dá pela AGU.
O representante do MP que atue junto ao TC NÃO tem legitimidade para promover essas
execuções.
Para essas cobranças, NÃO é necessária a inscrição em dívida ativa, nem se regem pela LEF, pois
as decisões já são títulos executivos extrajudiciais.
Em se tratando de débitos imputados pelo Tribunal de Contas, se for cobrança de
ressarcimentos, será imprescritível.
STF: O Estado-membro NÃO tem legitimidade para promover execução judicial para cobrança
de multa imposta por Tribunal de Contas estadual à autoridade municipal, uma vez que a
titularidade do crédito é do próprio ente público prejudicado (Município, no caso), por meio de
seus representantes judiciais.
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V) Aplicação de sanções
As sanções devem estar previstas na Lei do respectivo TC, para que não se ofenda o direito
segundo o qual NÃO há pena sem prévia cominação legal.
TCU: A Lei Orgânica autorizou a:
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STF: entende que o TCU NÃO detém legitimidade para requisitar diretamente informações que
importem quebra de sigilo bancário.
OBS: Qualquer cidadão pode denunciar irregularidades perante o Tribunal de Contas, tornando
este um órgão auxiliar, não apenas do legislativo, mas da própria comunidade.
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Em caso envolvendo a prática de crime, o STF admitiu a denúncia anônima, desde que
acompanhada dos demais elementos colhidos a partir dela
PROCESSO LEGISLATIVO
Abrange a formação das seguintes espécies normativas:
Emendas à CF;
Leis Complementares;
Leis Ordinárias;
Leis delegadas;
MP;
Decretos Legislativos;
Resoluções
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Processo de Votação
- A votação pode ser:
I – Ostensiva
Processo Simbólico – utilizado na votação das proposições em geral, e os parlamentares
das respectivas casas, para aprovar a matéria, deverão permanecer sentados, levantando-
se apenas os que votaram pela rejeição.
Processo Nominal – Quando é requerida regimentalmente a verificação da votação. Será
utilizado:
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d) Casa Revisora
Rejeitado o projeto na casa iniciadora, ele será arquivado. Se aprovado, seguirá para a casa
revisora, passando também pelas Comissões e, ao fim, poderá ser aprovado, rejeitado ou
emendado:
Se Aprovado, será enviado para sanção ou veto do chefe do executivo;
Se Rejeitado, será arquivado, só podendo ser reapresentado na mesma sessão legislativa
mediante proposta da maioria absoluta dos membros de quaisquer das casas do CN, ou
ser reapresentado na sessão seguinte;
Se emendado, somente o que foi modificado será apreciado na casa iniciadora, sendo
vedada a apresentação de emenda à emenda (subemenda)
No processo legislativo, há uma predominância da casa iniciadora sobre a revisora.
Havendo a aprovação do projeto de lei, será encaminhado para autógrafo.
É possível a inclusão a emendas ao projeto de lei, desde que não aumente a despesa prevista
nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente, bem como nos projetos sobre a organização
dos serviços administrativos da Câmara dos deputados, Senado, Tribunais Superiores e MP
Espécies de emendas:
Supressiva: Manda erradicar qualquer parte de outra proposição;
Aglutinativa: Resulta da fusão de outras emendas;
Substitutiva: É apresentada como sucedânea a parte de outra proposição;
Modificativa: Altera a proposição sem a modificar substancialmente;
Aditiva: Se acrescenta a outra proposição;
de Redação: Modificativa que visa a sanar vício de linguagem, incorreção de técnica legislativa
ou lapso manifesto.
OBS: O Presidente da república, nos projetos de sua iniciativa, poderá solicitar urgência na
apreciação dos congressistas, possuindo o procedimento sumário a duração máxima de 100 dias
(45 dias em cada casa + 10 dias em caso de emenda do Senado, a ser apreciada pela Câmara).
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Promulgação: É o atestado de existência válida da lei e de sua executoriedade. Por meio dela
certifica-se o nascimento da lei.
Publicação: Inserção do texto da lei no Diário Oficial, devendo ser determinada por quem a
promulgou. Regra geral, começa a vigorar 45 dias depois de oficialmente publicada, e nos Estados
estrangeiros, 03 meses após oficialmente publicada.
2. Emendas Constitucionais
Fruto do trabalho do Poder Constituinte derivado reformador, sendo poder condicionado,
submetendo-se a limitações expressas e implícitas.
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Limitações Implícitas
Teoria da Dupla Revisão: Seria a possibilidade de, através de EC, revogar o art. 60, §4º CF e, em
segundo momento, dizer que a forma de Estado não é mais a federação, passando o Brasil a ser
Estado unitário (ou seja, em um primeiro momento se revoga cláusula pétrea para, em seguida,
modificar aquilo que a cláusula pétrea protegia).
Lenza e doutrina majoritária estabelecem a total impossibilidade da teoria da dupla revisão, na
medida em que existem limitações implícitas, decorrentes do sistema.
Logo, as limitações expressas caracterizam-se como a primeira limitação implícita ou inerente.
Outras limitações implícitas são a IMPOSSIBILIDADE DE SE ALTERAR O TITULAR DO PODER
CONSTITUINTE ORIGINÁRIO E O TITULAR DO REFORMADOR.
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Aspecto Formal:
Lei Complementar => Maioria Absoluta (maioria dos componentes, do total de membros dos
integrantes da Casa)
Lei Ordinária => Maioria Simples ou Relativa (maioria dos presentes à reunião ou sessão que,
naquele dia de votação, compareceram).
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5. MEDIDA PROVISÓRIA
Para Pinto Ferreira, as medidas provisórias são mais específicas do regime parlamentarista, em
que o gabinete é uma dependência do corpo legislativo, podendo cair em face do desacordo com
o legislativo. No regime presidencialista, o chefe do executivo não está sujeito a censura que
provoque a sua demissão, e assim a MP é uma forma de concentração do poder no Executivo.
A MP é adotada pelo Presidente da República por ato monocrático, unipessoal, sem a
participação do legislativo, chamado a discuti-la somente em momento posterior, quando já
adotada pelo executivo, com força de lei e produzindo os seus efeitos jurídicos.
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No entanto, a Res. 01/2002 – CN permite a emissão de parecer por meio de relator nomeado e
não pela comissão mista, sendo INCONSTITUCIONAL => Declarado norma ainda constitucional
pelo STF (ver controle de constitucionalidade).
– Aprovação COM alteração: Havendo emendas, o projeto de lei de conversão apreciado por
uma das Casas deverá ser apreciado pela outra (agora em sessão separada pelo plenário de cada
uma das casas), devendo ser, posteriormente, levado à apreciação do Presidente da República
para sancionar ou vetar a lei de conversão, e, em caso de sanção ou derrubada do veto,
promulgação e publicação pelo próprio Presidente da República.
- Quando à matéria alterada, os efeitos decorrentes desse ponto específico deverão ser
regulamentados por decreto legislativo, perdendo a MP, no ponto em que foi alterada, a eficácia
desde a sua edição.
PUBLICADA A MP, E TENDO ELA FORÇA DE LEI, AS DEMAIS NORMAS DO OJ, QUE COM
ELA SEJAM INCOMPETÍVEIS, TERÃO A SUA EFICÁCIA SUSPENSA. REJEITADA A MP, A LEI
QUE TEVE A SUA EFICÁCIA SUSPENSA VOLTA A PRODUZIR EFEITOS.
Pode o Presidente da República retirar da apreciação do CN a MP já editada¿
A partir do momento que o Presidente da República edita MP, ele não mais tem controle sobre
ela, já que, de imediato, deverá submetê-la à análise do CN, NÃO podendo retirá-la de sua
apreciação.
STF: Não sendo dado ao Presidente da República retirar da apreciação do CN a MP que tiver
editado, é-lhe, no entanto, possível ab-rogá-la por meio de nova MP, valendo tal ato pela simples
suspensão dos efeitos da primeira, efeitos esses que, todavia, o CN poderá ver restabelecidos,
mediante a rejeição da medida ab-rogatória.
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Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado, vedada a edição de MP para a sua regulamentação.
Os impostos que podem ser editados por MP, só produzirão efeitos no exercício
financeiro seguinte se a aludida MP tiver sido convertida em lei até o último dia daquele
exercício financeiro em que foi editada.
MP e crédito Extraordinário
A MP pode ser editada para a abertura de créditos extraordinários (art. 167, §3º CF), é o que o
STF chama de limites constitucionais à atividade legislativa excepcionais do Poder executivo na
edição de MP para a abertura de crédito extraordinário.
STF: Vem admitindo o controle dos requisitos de imprevisibilidade e urgência para a edição de
MP que abre crédito extraordinário., pois há indiscutível densificação normativa.
OBS: Todas as MPs editadas antes da EC 32/2001, caso NÃO sejam derrubadas pelo CN, ou o
executivo deixe de revoga-las explicitamente, continuarão em vigor, implicando a indesejável
perpetuação.
6. DECRETO LEGISLATIVO
É instrumento normativo pelo qual se materializam as competências exclusivas do CN.
Regras sobre o procedimento: Regimento interno das Casas do CN,
Além das matérias do art. 49, o CN deverá regulamentar por decreto legislativo os efeitos da MP
NÃO convertida em lei.
NÃO existe manifestação do Presidente da República, sancionando ou vetando, pela própria
natureza do ato.
7. TRATADOS INTERNACIONAIS
O CN tem competência exclusiva para, através de decreto legislativo, resolver definitivamente
sobre tratados, acordos ou atos internacionais.
Formas pelas quais se origina um tratado internacional:
I – Aprovação do texto por uma instância de organização internacional;
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ou
– Assinatura de um documento por sujeitos de direito internacional.
É competência privativa do Presidente da República celebrar tratados, convenções e atos
internacionais sujeitos a referendo do CN. Logo, primeiro o Presidente celebra o tratado e depois,
internamente, o Parlamento decidirá sobre sua viabilidade, conveniência e oportunidade.
Concordando o CN, será elaborado decreto legislativo (instrumento para referendar e aprovar a
decisão do chefe do executivo), dando-se carta branca para ratificar a assinatura já depositada ou
aderir, se já não tiver feito.
Posteriormente, para que haja incorporação definitiva ao ordenamento jurídico, o Presidente da
República, mediante decreto, promulga o texto, publicando-o em português em órgão da
imprensa oficial.
STF: A expedição do referido decreto pelo Presidente acarreta 03 efeitos básicos:
Promulgação do tratado internacional;
Publicação oficial de seu texto;
Executoriedade do ato internacional, que passa a somente vincular e obrigar no plano do
direito positivo interno.
NOTE que o sistema constitucional brasileiro NÃO exige, para efeito de executoriedade
doméstica dos Tratados internacionais, a edição de lei formal distinta, satisfazendo-se com a
adoção de iter procedimental complexo, que compreende a aprovação do CN e a promulgação do
texto pelo Executivo (= O Brasil adotou o princípio do dualismo moderado).
8. RESOLUÇÃO
Meio para regulamentar as matérias de competência privativa do Senado e da Câmara dos
Deputados, e algumas do CN.
NÃO haverá manifestação presidencial sancionando ou vetando o projeto de resolução.
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PODER EXECUTIVO
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O presidente só pode delegar as atribuições previstas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos
MINISTROS DE ESTADO, PGR, AGU (MESMO RACIOCÍNIO PARA O ÂMBITO ESTADUAL, ANTE O
PRINCÍPIO DA SIMETRIA):
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento
de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
(...)
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
(...)
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei – Abrange inclusive a
atribuição para DESPROVER cargos, praticando-se atos demissionários de servidores
públicos.
Conforme já se manifestou o STF, quem tem competência para nomear também tem
competência para “desnomear”.
- STF: Reconhece a existência de decretos autônomos e admite o controle por ADI Genérica, em
caso de decreto autônomo revestido de conteúdo normativo.
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2.5.1) Mandato-Tampão
VACÂNCIA DE AMBOS OS CARGOS NOS PRIMEIROS 02 ANOS DE MANDATO: Eleição em
90 dias depois de aberta a última vaga. Será eleição direta, pelo sufrágio universal, e voto
direto e secreto;
VACÂNCIA NOS 02 ÚLTIMOS ANOS DE MANDATO: Eleição em 30 dias após a última vaga,
pelo Congresso Nacional, sendo eleição indireta.
Os eleitos deverão apenas completar o período de seus antecessores => MANDATO TAMPÃO!
STF: Os Estados podem legislar na hipótese de eleição indireta, definindo o procedimento,
mesmo NÃO havendo havendo lei federal sobre o assunto. Entenderam os Ministros que o
modelo federal NÃO é de observância compulsória e, havendo previsão na CE, poderia a
Assembleia Legislativa local disciplinar a matéria, pois no caso não seria lei materialmente
eleitoral (de competência da União), pois apenas regula sucessão extravagante do Chefe do
Executivo.
MINISTROS DE ESTADO
São meros auxiliares do Presidente da República no exercício do Poder Executivo e na direção
superior da Administração Federal.
São cargos de provimento em comissão e devem preencher os seguintes requisitos:
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Logo:
Crimes de responsabilidade praticados SEM conexão com o Presidente e crimes comuns
– julgamento pelo STF (SEM necessidade de autorização da Câmara);
Crimes de responsabilidade praticados COM conexão ao Presidente – Julgamento pelo
SENADO FEDERAL (COM necessidade de autorização da Câmara).
CONSELHO DA REPÚBLICA
Órgão Superior de consulta do Presidente, e suas manifestações NÃO terão caráter vinculatório
aos atos a serem tomados pelo Presidente.
Se reúne quando convocado e é presidido pelo Presidente.
Competências - Se pronunciar sobre:
Intervenção Federal;
Estado de Defesa;
Estado de Sítio;
Questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
Composição:
Presidente da República;
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Vice-Presidente;
Presidente da Câmara;
Presidente do Senado;
Líderes da maioria e minoria da Câmara;
Líderes da Maioria e minoria do Senado;
Ministros de Justiça;
6 cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos, para mandato de 03 anos,
sendo: o 02 nomeados pelo Presidente;
o 02 pelo Senado;
o 02 pela Câmara.
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Órgão de consulta para assuntos relacionados à soberania nacional e defesa do Estado
Democrático.
Composição:
Presidente;
Vice-Presidente;
Presidente da Câmara dos Deputados;
Presidente do Senado;
Ministro da Justiça;
Ministro da Defesa;
Ministro das relações exteriores;
Ministro do planejamento;
Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.
Competência:
Opinar sobre as hipóteses de declaração de guerra e celebração de paz, bem como
decretação de estado de defesa, estado de sítio e intervenção nacional;
Propor os critérios e as condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do
território nacional e opinar sobre o seu efetivo uso, especialmente faixa de fronteira;
Estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias à
independência nacional e defesa do estado democrático.
6) CRIMES DE RESPONSABILIDADE
É infração administrativa, crime de natureza política, submetendo os detentores de altos cargos
públicos ao processo de impeachment.
São CRIMES DE RESPONSABILIDADE do Presidente (exemplificativamente) os que atentarem
contra– Vide art. 85 CF:
Existência da União;
Livre exercício do poder Legislativo, do Poder Judiciário, do MP e dos Poderes
Constitucionais das unidades da Federação;
Exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
Segurança interna do país;
Probidade na Administração;
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Lei Orçamentária;
Cumprimento das leis e decisões judiciais.
Os crimes de responsabilidade serão definidos em Lei especial, que estabelecerá normas de
processo e julgamento, devendo ser necessariamente votada pelo CN (art. 22, I CF), competência
privativa da União para a edição da referida Lei.
Poderão ser responsabilizados politicamente e destituídos através de impeachment:
Presidente da República;
Vice-Presidente;
Ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente;
Ministros do STF;
Membros do CNJ e CNMP;
PGR
AGU;
Governadores;
Prefeitos.
6.1) Procedimento
a) Câmara dos Deputados
A acusação poderá ser formalizada por qualquer cidadão em gozo dos direitos políticos, momento a
partir do qual o Presidente será acusado, possuindo garantia ao contraditório e à ampla defesa.
A Câmara dos Deputados, pela maioria qualificada de 2/3, poderá autorizar a instauração do
processo, para que o Presidente seja julgado pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.
Indagações probatórias deverão ser feitas no Senado, órgão que julga e processa o presidente, e
não na Câmara, que apenas verifica a procedibilidade da acusação.
A Câmara realiza juízo político.
b) Senado Federal
Havendo autorização da Câmara dos Deputados, o Senado deverá instaurar o processo sob a
presidência do Presidente do STF, submetendo o presidente ao julgamento e com garantia do
contraditório e ampla defesa, podendo absolve-lo ou condená-lo pelo crime de responsabilidade.
Instaurado o processo, o Presidente ficará suspenso de suas atividades pelo prazo de 180 dias,
cessando o afastamento se o julgamento não for concluído nesse período.
Sentença condenatória: Será sob a forma de RESOLUÇÃO DO SENADO, proferida por 2/3 dos
votos, limitando-se a condenação à perda do cargo e inabilitação para o exercício de qualquer
função pública por 08 anos, SEM PREJUIZO DAS DEMAIS SANÇÕES CABÍVEIS.
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Na segunda, os Senadores decidiram que Dilma não deveria ficar inabilitada para o exercício
de funções públicas por oito anos. Em outras palavras, os Senadores votaram no sentido de não
aplicar a segunda sanção. Foram 42 votos SIM (pela aplicação da sanção), 36 votos NÃO e 3
abstenções. Para que ela recebesse esta punição eram necessários 2/3 dos Senadores, ou seja,
no mínimo, 54 votos SIM.
Pelo art. 15 da Lei nº 1.079/50, a denúncia só poderá ser recebida enquanto o denunciado não
tiver, por qualquer motivo, deixado definitivamente o cargo. No entanto, o STF entendeu que a
renúncia ao cargo NÃO extingue o processo quando já iniciado.
2
Decisão do STF que definiu o rito do processo de impeachment da Presidente Dilma
Principais conclusões do STF na decisão que definiu o rito do processo de impeachment da
Presidente Dilma:
Não há direito à defesa prévia antes do recebimento da denúncia pelo Presidente da Câmara.
É possível a aplicação subsidiária dos Regimentos Internos da Câmara e do Senado que tratam
sobre o impeachment, desde que sejam compatíveis com os preceitos legais e constitucionais
pertinentes.
Após o início do processo de impeachment, durante a instrução probatória, a defesa tem o
direito de se manifestar após a acusação.
O interrogatório deve ser o ato final da instrução probatória.
O recebimento da denúncia no processo de “impeachment” ocorre apenas após a decisão do
Plenário do Senado Federal. Assim, a Câmara dos Deputados somente atua no âmbito pré-
processual, não valendo a sua autorização como um recebimento da denúncia, em sentido técnico.
Compete ao Senado decidir se deve receber ou não a denúncia cujo prosseguimento foi autorizado
Extraído de https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2016/02/info-812-stf.pdf
56
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7. CRIMES COMUNS
Da mesma forma que nos crimes de responsabilidade, também haverá controle político de
admissibilidade pela Câmara dos Deputados, que autorizará ou não o recebimento de denúncia
pelo STF através do voto de 2/3 de seus membros.
Admitida a acusação do Presidente da República, por 2/3 dos membros da Câmara, será ele
submetido a julgamento perante o STF.
A denúncia será ofertada pelo PGR.
Recebida a denúncia ou queixa, o Presidente ficará suspenso de suas funções por 180 dias,
voltando a exercê-las, decorrido tal prazo.
O Presidente da República, durante a vigência de mandato, NÃO poderá ser responsabilizado
por atos estranhos ao exercício de suas funções. => Logo, O PRESIDENTE SÓ PODERÁ SER
RESPONSABILIZADO PELA PRÁTICA DE INFRAÇÃO PENAL COMUM NO EXERCÍCIO DE SUAS
FUNÇÕES.
As infrações penais praticadas antes do exercício do mandato, ou que não guarde relação com a
função presidencial NÃO poderão ser objeto da persecutio criminis, acarretando a suspensão da
prescrição => IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA.
Quanto às infrações de natureza civil, política, administrativa, fiscal ou tributária, poderá o
Presidente ser responsabilizado, pois a imunidade só se restringe à persecutio criminis por
ilícitos penais.
Oferecida a denúncia no STF, havendo autorização da Câmara, julgando-se procedente o pedido
formulado pelo PGR, a condenação aplicada será a prevista no tipo penal e não a perda do cargo,
esta se dará pela via reflexa, em virtude da suspensão temporária dos direitos políticos, enquanto
durarem os efeitos da sentença criminal condenatória, transitada em julgado.
Enquanto NÃO sobrevier sentença condenatória, nas infrações penais comuns, o Presidente
NÃO estará sujeito à prisão.
OBSERVAÇÕES:
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7.3) Governadores
Também poderá responder por crimes comuns e crimes de responsabilidade.
Crimes Comuns: STJ ( art.105, I, “a”);
Crimes de Responsabilidade: Tribunal Especial Composto por 5 desembargadores do TJ +
5 membros da assembleia legislativa e quem vai presidir esse tribunal é o presidente do
TJ. Precisa de autorização da assembleia legislativa.
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Apesar de a CF/88 não dizer nada a respeito, segundo o STF é necessária a autorização da
assembleia legislativa estadual para que o Governador seja processado e julgado.
Obs.: O Governador pode ser preso, independentemente, da autorização da assembleia legislativa.
ATENÇÃO – JULGADO 2017: O STF decidiu que não há necessidade de prévia autorização da
Assembleia Legislativa para que o Governador do Estado seja processado por crime comum.
Assim, o STJ pode receber denúncia ou queixa proposta contra o Governador e seguir com a
ação penal sem que seja necessária autorização prévia da Assembleia Legislativa.
Por quê?
O STF invocou cinco argumentos principais:
Ausência de previsão expressa e inexistência de simetria;
Princípio republicano (art. 1º);
Princípio da separação dos poderes (art. 2º)
Competência privativa da União (art. 22, I); e
Princípio da igualdade (art. 5º).
http://www.dizerodireito.com.br/2017/06/nao-ha-necessidade-de-previa.html
Referências Bibliográficas:
Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado.
Marcelo Novelino. Curso de Direito Constitucional.
Dirley da Cunha Junior. Curso de Direito Constitucional.
DIREITO CIVIL
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11 Contratos. 11.1 Princípios. 11.2 Contratos em geral. 11.3 Disposições gerais. 11.4
Interpretação. 11.5 Extinção.
CONTRATOS
Conceito: Negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa à criação, modificação ou extinção
de direitos e deveres com conteúdo patrimonial.
Conceito pós-moderno:
Amparado em valores constitucionais, sobretudo SOLIDARIEDADE SOCIAL;
Pode envolver CONTEÚDO EXISTENCIAL, relativo a direitos da personalidade;
Pode gerar efeitos perante terceiros: EFICÁCIA EXTERNA DA FUNÇÃO SOCIAL DOS
CONTRATOS.
Princípios contratuais
Autonomia privada: É o poder dos particulares de regular, pelo exercício de sua própria
vontade, as relações que participam, estabelecendo-lhe o conteúdo e a respectiva disciplina
jurídica. Da autonomia privada decorre:
Com quem contratar;
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI4218,101048-
Zeca+Pagodinho+a+razao+cinica+e+o+novo+Codigo+Civil+Brasileiro
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O que contratar.
Força obrigatória dos contratos (pacta sunt servanda): O contrato tem força de lei entre as
partes. O Princípio é relativizado pela teoria da imprevisão (onerosidade excessiva ou quebra
da base objetiva do contrato para o direito do consumidor).
Equivalência material: Deve haver um equilíbrio entre direitos e deveres de um contrato. Há,
contudo, situações em que o contratante assume o risco, a exemplo dos contratos aleatórios.
Relatividade dos efeitos do contrato: Em regra, o contrato vincula, em nível obrigacional,
apenas as partes contratantes. Em alguns casos, no entanto, poderá gerar efeitos perante
terceiros, a exemplo da tutela externa do crédito.
HIPÓTESES DE RELATIVIDADE CONTRATUAL PREVISTAS NO CC/02:
Estipulação em favor de terceiro: terceiro, que não é parte do contrato, é
beneficiado por seus efeitos, podendo exigir o seu adimplemento. Ex:
Seguro de vida.
Promessa de fato de terceiro: promitente assegura ao credor que o objeto
do contrato será prestado por outrem, sob pena de responsabilização civil.
Aceito o encargo pelo terceiro, que se compromete pessoalmente,
exonera-se o promitente de responsabilidade.
Contrato com pessoa a declarar (cláusula pro amico elegendo): no
momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se à
faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as
obrigações dele decorrentes.
Função social dos contratos: É o respeito a valores socialmente objetivados. Conforme art.
421, do CC/02, a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social
do contrato. Segundo Tartuce, a real função NÃO é a segurança jurídica, mas atender os
interesses da pessoa humana.
- Dupla eficácia do princípio:
Eficácia interna:
Proteção dos vulneráveis contratuais;
o Vedação da onerosidade excessiva ou desequilíbrio contratual (efeito
gangorra);
Proteção da dignidade da pessoa humana e direitos da personalidade;
Nulidade de cláusula abusivas;
Tendência à conservação contratual, sendo a extinção a última ratio.
Eficácia externa:
Proteção aos direitos difusos e coletivos;
Tutela externa do crédito.
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Duty to mitigate the loss: Traduz a expressão “o dever de mitigar”. Mesmo sendo vítima,
há dever de mitigar os efeitos do dano, se estiver ao alcance.
Algumas classificações dos contratos
Unilaterais ou bilaterais:
Unilaterais: apenas um dos contratantes assume obrigações em face do outro. Ex: doação
pura e simples; depósito; comodato; mútuo; mandato.
Bilaterais: são os contratos em que cada um dos contratantes é simultânea e
reciprocamente credor e devedor do outro.
Gratuitos ou onerosos:
Gratuitos ou benéficos: contratos em que apenas uma das partes aufere benefício ou
vantagem;
Onerosos: ambos os contraentes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício.
Consensual ou real:
Consensual: Aperfeiçoa-se pela simples manifestação de vontade;
Real: Ocorre com a entrega da coisa.
Comutativo ou aleatório:
Comutativo: As partes já sabem com quais prestações deverão arcar;
Aleatório: A prestação de uma das partes não é conhecida com exatidão no momento da
celebração do negócio jurídico pelo fato de depender da sorte, da álea, que é um fator
desconhecido. Podem ser:
o Contrato aleatório emptio spei: um dos contratantes toma para si o risco relativo
à própria existência da coisa, sendo ajustado um determinado preço, que será
devido integralmente, mesmo que a coisa não exista no futuro, desde que não haja
dolo ou culpa da outra parte (art. 458 do CC). O risco é maior. No caso de compra e
venda, essa forma negocial pode ser denominada venda de esperança.
o Contrato aleatório emptio rei speratae: se o risco versar somente em relação à
quantidade da coisa comprada, pois foi fixado pelas partes um mínimo como objeto
do negócio (art. 459 do CC). Na compra e venda trata-se da venda da esperança
com coisa esperada.
Principais, acessórios e coligados:
Contratos principais: são os que existem por si, exercendo sua função e finalidade
independentemente de outro.
Contratos acessórios: são aqueles cuja existência jurídica supõe a dos principais, pois visam a
assegurar a sua execução. Ex: Fiança.
Coligados: Em regra, existe uma independência entre os negócios jurídicos, cujos efeitos estão
interligados.
Contrato de adesão e contrato paritário:
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Vícios redibitórios: São defeitos ocultos que diminuem o valor ou prejudicam a utilização da
coisa por força de contrato comutativo.
I. Requisitos:
Contrato comutativo;
Defeito oculto no momento da tradição;
Diminuição do valor econômico ou prejuízo à adequada utilização da coisa.
Ações edilícias: Verificado o vício redibitório, o prejudicado pode se valer das seguintes ações:
Redibitória: Rejeição da coisa;
Estimatória ou quanti minoris: Abatimento do preço.
III. Prazos:
Evicção: Consiste na perda de uma coisa diante de decisão judicial ou ato administrativo que
reconheceu direito anterior de terceiro. O STJ já entendeu que a evicção pode estar presente em
casos de apreensão administrativa, não decorrendo necessariamente de decisão judicial.
I. Partes:
Alienante: É aquele que transfere a coisa viciada de forma onerosa;
Evicto ou adquirente: Quem perde a coisa adquirida;
Evictor ou terceiro: Quem tem a decisão ao seu favor.
Exclusão da responsabilidade:
Se houver: cláusula expressa de exclusão da garantia + conhecimento do risco da evicção
pelo evicto = isenção da responsabilidade pelo alienante;
Cláusula expressa de exclusão da garantia – ciência específica do risco da evicção pelo evicto =
responsabilidade do alienante apenas pelo preço pago pelo adquirente pela coisa evicta;
Cláusula expressa de exclusão da garantia, sem que o adquirente haja assumido o risco da
evicção = direito deste reaver o valor desembolsado.
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EXCEÇÃO DE INSEGURIDADE
É a situação em que a conduta de uma das partes de um negócio jurídico
submete a risco a fiel execução do avençado/ combinado no contrato, caso em
que a parte inocente pode suspender o cumprimento da respectiva prestação -
Interpretação analógica do art. 477, do CC.
NÃO requer o inadimplemento, mas o risco deste.
NÃO se confunde com o inadimplemento antecipado, pois aqui o risco é real e
efetivo, enquanto que na exceção de inseguridade o juízo é de probabilidade.
Enunciado 438, da V Jornada de Direito Civil: “ A execução de inseguridade,
prevista no art. 477, também pode ser oposta à parte cuja conduta põe
manifestamente em risco a execução do programa contratual”.
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Requisitos:
Superveniência de circunstância imprevisível;
Alteração da base econômica objetiva do contrato;
Onerosidade excessiva: Uma ou até mesmo ambas as partes, experimentam um aumento
na gravidade econômica da prestação a que se obrigou.
Enriquecimento ilícito: Para parte da doutrina, seria requisito desnecessário para
configurar a teoria da imprevisão.
Teoria da imprevisão x teoria da base objetiva do negócio jurídico
CONTRATOS EM ESPÉCIE
ATENÇÃO: No tema, serão tratados alguns tópicos de contratos pontuais, úteis para uma
revisão. Para aprofundamento do tema, sugerimos ler o assunto por algum livro específico +
leitura da lei seca (Código Civil).
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Características:
Bilateral;
Comutativo, SALVO contrato aleatório;
Pode ser formal ou informal.
Elementos:
Consentimento: convergência de vontades contrapostas;
Coisa: os direitos podem ser negociados, através de uma cessão de direitos;
Preço.
Riscos e despesas:
Riscos quanto à coisa: VENDEDOR;
Riscos pelo preço: COMPRADOR;
Despesas com transporte e tradição: VENDEDOR;
Despesas com escritura e registro: COMPRADOR.
ATENÇÃO: É possível socializar os riscos, a exemplo da cláusula FOB.
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Contrato de troca ou permuta: As partes se obrigam a dar uma coisa por outra, que não seja
dinheiro. É um contrato consensual. Pressupõe a garantia das coisas que são objeto do contrato
(art. 533, CC).
Contrato de doação: É o negócio jurídico pelo qual o doador, por liberalidade, transfere bens
ou valores do seu patrimônio ao donatário, que os aceita.
Elementos:
Subjetivo: animus donandi;
Objetivo: Diminuição do patrimônio do doados e enriquecimento do donatário.
Características:
Ato de mera liberalidade;
Contrato benévolo;
Consensual;
Unilateral;
Gratuito;
Comutativo.
Algumas espécies:
Remuneratória: Feita em caráter de retribuição por um serviço.
Cabe alegar vício redibitório quanto ao bem doado: É forma de doação onerosa; o
NÃO se revogam por ingratidão as doações puramente remuneratórias;
o As doações remuneratórias de serviços aos ascendentes NÃO estão sujeitas à
colação.
Doação ao nascituro: Admite-se a doação à prole eventual.
Doação sob a forma de subvenção periódica: É obrigação de trato sucessivo, e NÃO pode
ultrapassar a vida do donatário.
Doação em contemplação a casamento futuro: É condicional.
Doação de ascendentes a descendentes e doação entre cônjuges: Importam
adiantamento de herança.
Doação com cláusula de reversão: O doador estipula que os bens doados voltem ao seu
patrimônio. Só tem eficácia se o doador sobrevier ao donatário.
Doação conjuntiva: Conta com dois ou mais donatários, presente obrigação divisível;
Doação manual: Doação de bem móvel de pequeno valor;
Doação inoficiosa: Ultrapassa os bens disponíveis do doador. A doação é ineficaz no que
exceder a meação disponível.
Doação universal: É a doação de todos os bens sem reserva do mínimo para a
sobrevivência do doador. É nula!
Revogação da doação:
Inexecução do encargo: A ação do doador será para resolver o contrato em virtude da
condição resolutiva, em que se traduz o encargo, quando estabelecido em seu favor.
Resolvido o contrato, a coisa doada será restituída ao doador.
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É necessário que se proponha a ação judicial, sendo o direito de ajuizar a ação revocatória
personalíssimo. No caso de homicídio doloso, os herdeiros do doador têm legitimidade para o
ajuizamento da ação.
Para a revogação da doação por ingratidão, exige-se que os atos praticados, além de graves,
revistam-se objetivamente dessa característica, e não apenas subjetivamente conforme
entendimento do doador.
4. Contrato de locação: É o negócio jurídico pelo qual uma das partes transfere o exercício do uso
e gozo do bem infungível mediante certa retribuição.
a) Elementos:
Essenciais: consentimento, coisa e preço;
Não-essenciais: prazo e forma.
Algumas características:
Contrato consensual;
Não é necessário que o locador tenha a propriedade do bem, pois, basta ser possuidor
jurídico, usufrutuário ou simples administrador.
Se a coisa cujo uso se concede é fungível, o contrato se transforma em mútuo.
É possível a locação de bens incorpóreos;
O locador responde ao locatário pela evicção.
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Características:
Bilateral;
Comutativo;
Oneroso;
Informal ou não solene;
Consensual;
Incide o CDC.
Prazo máximo: 04 anos.
Empreitada: O empreiteiro se obriga a realizar uma obra especifica e certa para a outra parte,
o proprietário, com material próprio ou por este fornecido, mediante remuneração global ou
proporcional ao trabalho realizado, sem que haja relação de subordinação ou vínculo trabalhista
entre ambos.
Modalidades:
Sob administração: O empreiteiro apenas administra as pessoas contratadas pelo dono da
obra, que fornece os materiais;
De mão de obra ou de lavor: O empreiteiro fornece a mão de obra, contratando pessoas
que irão executá-la. Os materiais são fornecidos pelo dono da obra;
Mista ( = lavor e materiais): O empreiteiro fornece tanto a mão de obra quanto os
materiais, comprometendo-se a executar a obra inteira. É obrigação de resultado.
Características:
Bilateral;
Consensual;
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Oneroso;
Informal;
Comutativo.
c. Natureza:
Empreitada mista: Obrigação de resultado (objetiva);
Empreitada de lavor: É obrigação de meio ou diligência (subjetiva).
Pelo CDC, a responsabilidade do empreiteiro em face do dono da obra é objetiva, desde que
configurada relação de consumo.
Se o serviço for prestado por profissional liberal, a responsabilidade será subjetiva, no caso de
fato do serviço, salvo se o empreiteiro assumiu obrigação de resultado (empreitada mista).
d. Formas de remuneração:
Empreitada por medida (ad mensuram;
Empreitada a preço global: valor para a obra inteira (FORFAITÁRIO);
Por preço fixo absoluto;
Por preço fixo relativo: Modificações com instrução do dono da obra.
Suspensão da obra:
Culpa do dono ou força maior;
Dificuldades imprevisíveis na execução;
As modificações exigidas pelo dono da obra são desproporcionais ao objeto aprovado.
Contrato de prestação de serviços x empreitada:
Mandato: O mandatário se obriga a praticar, em nome e por conta da outra parte, um ou mais
atos jurídicos. O mandato é uma espécie de representação voluntária, em que o representante
atua em nome do representado.
- É contrato intuitu personae, pois se celebra em razão da pessoa do
mandatário. - Presume-se gratuito se não for estipulada remuneração.
- Procuração: É o instrumento de outorga da representação do mandato.
- Contrato consigo mesmo: Segundo Tepedino, o negócio celebrado consigo mesmo é anulável,
salvo se houver autorização da lei ou do representado. A jurisprudência consagrou o
entendimento de que o contrato consigo mesmo deve ser admitido, desde que não haja patente
conflito de interesses ou vedação pelo mandante.
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Pluralidade de partes:
Mandantes: Haverá solidariedade entre eles, limitado à relação interna do mandato, não
se estendendo aos terceiros com quem o mandatário contrata em nome dos mandantes.
Mandatários:
Mandato em conjunto: todos os mandatários têm que fazer juntos, deve haver
determinação expressa nesse sentido;
Mandato disjuntivo: qualquer um dos mandatários pode cumprir, se não houver
determinação contrária, presume-se que todos os mandatários tem plenos poderes;
Mandato sucessivo: somente poderá ser cumprida a obrigação depois que uma
primeira obrigação for cumprida, cada um tem a sua obrigação, mas existe uma
ordem de preferência.
Classificação do mandato:
Mandato judicial (cláusula ad judicia): é o mandato para advogado atuar em juízo.
Mandato extrajudicial (cláusula ad negotia): Deferido para a prática de atos da vida
privada.
Mandato especial: Relacionado à prática de um ou mais negócios determinados e
especificados no instrumento. Não se admite, nesses casos, por analogia, a prática de atos
diversos dos contidos na procuração.
Mandato geral: É o mandato relativo a todos os negócios do mandante, sem especificação.
Morte e prestação de contas (STJ):
Morte do mandatário: NÃO transmite o dever aos herdeiros (caráter personalíssimo);
Morte do mandante: Herdeiros podem exigir a prestação.
Mandatário x Comissário: Ambos agem por conta de outrem, mas só o mandatário atua em
nome alheio.
Extinção do mandato:
Revogação: o mandato é extinto por determinação do mandante. O mandatário tem
direito de receber a competente remuneração, além das eventuais perdas e danos.
Renúncia: o mandato é extinto por determinação do mandatário.
Morte de qualquer das partes: determina a extinção do contrato, não sucedendo em tal
relação contratual os herdeiros da parte falecida.
Procuração em causa própria (art. 685): Para doutrina majoritária, equivale a uma cessão de
direitos.
Art. 690: cuidando-se de mandato em causa própria, os herdeiros sucedem no direito do
mandatário. Por isso mesmo, não tem necessidade de dar aviso ao mandante, nem a sua
ação fica restrita às medidas conservatórias e de urgência. São donos do negócio por direito
de sucessão”
MANDATO X COMISSÃO X AGÊNCIA/ DISTRIBUIÇÃO X CORRETAGEM
Mandato: É uma pessoa (“A” – mandatário) representar a outra (“B” –
mandante). Quando “A” assina contrato, quem se vincula é “B”.
Comissão: Há o contrato entre o comissário (“B”) e comitente (“A”) para realizar
negócios com terceiro, que assina em nome próprio e responde perante terceiro
em nome próprio. Muitas vezes, o terceiro nem sabe que ele tem contrato com o
comitente. Na relação entre comitente/ comissário, se o terceiro não paga, o
comissário (“B”) NÃO assume o prejuízo de “A”, salvo se houver CLÁUSULA DEL
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Fiança: É garantia pessoal em que todo o patrimônio do fiador responde pela dívida.
Características:
Contrato unilateral;
Gratuito: Pode ser oneroso em alguns casos, a exemplo da fiança bancária;
Exigem forma escrita, mas é NÃO solene, pois NÃO se exige escritura pública. NÃO se
admite fiança verbal.
NÃO se admite interpretação extensiva: Na dúvida, interpretação favorável ao fiador.
NÃO se estende além do período de tempo convencionado: Eventual prorrogação deve
ter concordância expressa do fiador.
ATENÇÃO: FIANÇA PARA LOCAÇÃO URBANA – Qualquer das garantias da locação se
estende até a efetiva devolução do imóvel, ainda que prorrogada a locação por prazo
indeterminado.
Contrato acessório.
Pode assumir forma paritária ou de adesão;
Pode ser total ou parcial, inclusive em valor inferior à obrigação: NUNCA poderá ser
superior ao valor do débito principal.
Personalíssimo, se extinguindo com a morte do fiador.
Efeitos e regras da fiança:
O fiador NÃO é devedor solidário, mas subsidiário. Tem a seu favor o benefício de ordem
ou excussão. Exceção:
o Se renunciou expressamente ao benefício;
o Se obrigou como principal pagador ou devedor
solidário; o Se o devedor for insolvente ou falido.
Se fiança com prazo indeterminado: O fiador poderá exonerar-se a qualquer tempo,
mediante notificação judicial ou extrajudicial, dirigida ao credor com quem mantém
contrato. A garantia se estende até 60 dias após a notificação.
O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado se, sem o seu consentimento, o credor
conceder moratória ao devedor ou houver transação (STJ).
Atenção: Pelo CC/02, NÃO há solidariedade legal entre fiador e devedor principal,
podendo haver, no máximo, solidariedade convencional por força de contrato paritário.
c) Aval x Fiança
AVAL FIANÇA
Relação autônoma Contrato acessório
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ATENÇÃO: Tanto o aval quanto a fiança requerem a outorga conjugal para a sua validade.
Nomenclaturas:
Sinistro: Implemento do risco previsto na apólice.
Risco: É o evento incerto ou de data incerta que independe da vontade das partes
contratantes e contra o qual é feito o seguro.
Prêmio: Montante pago mensalmente pelo segurado.
Indenização: Valor a ser recebido pelo segurado em caso de sinistro.
Características:
Contrato de adesão.
Comutativo (doutrina moderna): O prêmio é a fração matemática resultante da
repartição do volume estatisticamente estimado de indenizações decorrentes de danos
sofridos durante certo período por uma massa de segurados, equivalente à obrigação de
garantia que incumbe à companhia seguradora. Para a concepção tradicional, o seguro é
contrato aleatório, uma vez que o segurador assume riscos, sem equivalência entre as
prestações recíprocas, ainda que se conheça o valor global as obrigações do segurado.
Mutualidade: Existe no seguro um caráter de cooperação, em que o conjunto de diversas
contribuições permite a formação de um fundo de recursos para o pagamento futuro das
indenizações.
Somente entidade legalmente autorizada pode figurar como seguradora.
Prova da existência do contrato de seguro: deve ser escrita, seja com exibição da apólice
ou do bilhete do seguro ou, na falta desses, de documento comprobatório do pagamento
do respectivo prêmio.
Recusa da proposta pelo segurador: Se o segurador não aceitar acobertar determinado risco
constante da proposta de contratação, deverá, obrigatoriamente, dar ciência deste fato ao
segurado. A ausência de manifestação por escrito no prazo de 15 dias caracterizará a aceitação
tácita da proposta.
Inadimplemento do usuário: Em caso de inadimplemento do segurado no pagamento do
prêmio, não é devida a indenização por sinistro ocorrido no intervalo de tempo que perdurar a
mora.
- A falta de pagamento do prêmio não autoriza o cancelamento automático do seguro, ficando
suspensa a exigibilidade da indenização enquanto não purgada a mora. A jurisprudência tem
entendido que é possível purgar a mora, com o pagamento de todos os seus consectários,
inclusive os juros moratórios, obrigando o segurador ao pagamento de indenização por sinistro
ocorrido durante o período de mora, contanto que esta se restrinja à última parcela.
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ATOS UNILATERAIS
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
acessórios e, em caso de má-fé, perdas e danos. Porém, a lei prevê hipóteses em que a
repetição será em dobro, a exemplo do art. 42, do CDC.
Hipóteses em que NÃO há repetição do
indébito: o Pagamento de dívida prescrita;
o Pagamento de obrigação natural;
o Dívida judicialmente inexigível;
o Empréstimo para jogo ou aposta, feito no ato de se
apostar; o Mútuo feito à pessoa menor;
o Juros não estipulados;
o Enriquecimento sem causa.
Referências bibliográficas:
Flávio Tartuce. Manual de Direito Civil.
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DIAS 33 E 34
DISCIPLINA
ADMINISTRATIVO
8 Serviços públicos. 8.1 Legislação pertinente. 8.1.1 Lei nº 8.987/1995 e suas alterações. 8.1.2
Lei nº 11.079/2004 e suas alterações (parceria público-privada). 8.2 Disposições doutrinárias.
8.2.1 Conceito. 8.2.2 Elementos constitutivos. 8.2.3 Formas de prestação e meios de execução.
8.2.4 Delegação: concessão, permissão e autorização. 8.2.5 Classificação. 8.2.6 Princípios. 8.2.7
Remuneração. 8.2.8 Usuários.
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
1. CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO (2016) Autor: Rafael Carvalho Rezende Oliveira – Ed. GEN
http://www5.trf5.jus.br/novasAquisicoes/sumario/Curso_de_direito_administrativo_1063-
16_sumario.pdf
Boas opções de resumos para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
Sinopses para Concursos - v.9 - Direito Administrativo. Autores: Fernando Ferreira Baltar Neto e
Ronny Charles Lopes de Torres
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/cfd730840ad982ca54e27c49
ee6d024f.pdf
CAPÍTULOS: 9 (Itens 8 e 9) e 10.
Alexandrino http://www.mktgen.com.br/MET/Sumario/9788530975791_SUM.pdf
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
Direito Ambiental Esquematizado - Frederico Amado
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556f5a1f2.pdf
CAPÍTULOS: 9 E 27 (Item 27.7).
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/1ec1f2a3f753abba6316e10b
ae181935.pdf
Boa opção de resumo para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
Leis Especiais para Concursos - v.10 - Direito Ambiental - Leonardo de Medeiros Garcia e
Romeu Thomé
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/d648192336c9dd2ea3be159
2ce5c1e73.pdf
DISCIPLINA
ADMINISTRATIVO:
16 Responsabilidade civil do Estado. 16.1 Evolução histórica. 16.2 Teorias subjetivas e objetivas
da responsabilidade patrimonial do Estado. 16.3 Responsabilidade por ato comissivo do Estado.
16.4 Responsabilidade por omissão do Estado. 16.5 Requisitos para a demonstração da
responsabilidade do Estado. 16.6 Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do
Estado. 16.7 Reparação do dano. 16.8 Direito de regresso. 16.9 Responsabilidade primária e
subsidiária.
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
1.CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO (2016) Autor: Rafael Carvalho Rezende Oliveira – Ed. GEN
http://www5.trf5.jus.br/novasAquisicoes/sumario/Curso_de_direito_administrativo_1063-
16_sumario.pdf
CAPÍTULO: 12
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CAPÍTULO: 10
Boas opções de resumos para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
1.Sinopses para Concursos - v.9 - Direito Administrativo. Autores: Fernando Ferreira Baltar Neto
e Ronny Charles Lopes de Torres
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/cfd730840ad982ca54e27c49
ee6d024f.pdf
CAPÍTULO: 11
http://www.mktgen.com.br/MET/Sumario/9788530975791_SUM.pdf
CAPÍTULO: 12
RESUMO DO DIA
DIREITO ADMINISTRATIVO
8 Serviços públicos. 8.1 Legislação pertinente. 8.1.1 Lei nº 8.987/1995 e suas alterações. 8.1.2
Lei nº 11.079/2004 e suas alterações (parceria público-privada). 8.2 Disposições doutrinárias.
8.2.1 Conceito. 8.2.2 Elementos constitutivos. 8.2.3 Formas de prestação e meios de execução.
8.2.4 Delegação: concessão, permissão e autorização. 8.2.5 Classificação. 8.2.6 Princípios. 8.2.7
Remuneração. 8.2.8 Usuários.
SERVIÇOS PÚBLICOS
CONCEITO:
Substrato Material: O serviço público é uma comodidade fruível pelo particular, de forma
contínua, sem interrupções indevidas;
Substrato Formal: É regido por normas de direito público, ainda que prestado por
particulares em regime de delegação.
Elemento Subjetivo: Pode ser prestado pelo Estado de forma direta ou indireta. Para a
doutrina moderna, se o serviço público NÃO for prestado pelo Estado, ainda que
indiretamente, não poderá ser conceituado como serviço público.
Logo, pode ser conceituado como serviço público toda atividade executada pelo Estado de
forma a promover à sociedade uma comodidade ou utilidade, visando ao interesse público,
gozando de prerrogativas da supremacia estatal e sujeições decorrentes da indisponibilidade
do interesse público.
A prestação de serviços públicos NÃO se confunde com Obra pública, Poder de Polícia e
exploração da atividade econômica.
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2) PRINCÍPIOS
- Deve obediência aos princípios do texto constitucional, e:
Dever de prestação pelo Estado: O poder público NÃO poderá se escusar da prestação dos
serviços públicos, de modo que a omissão configura abuso de poder e justifica a responsabilidade
civil.
Modicidade das tarifas: as tarifas cobradas ao usuário devem ser a mais baixas possíveis, para
manter a prestação do serviço à maior parte da coletividade.
Atualidade (= adaptabilidade ou mutabilidade): A prestação do serviço público deve ser feita
sempre com as técnicas mais modernas. Está ligado ao dever de eficiência.
- Em decorrência desse princípio, NÃO há direito adquirido da concessionária à manutenção das
condições iniciais do ajuste, com a ressalva de que a concessionária terá direito ao reequilíbrio
econômico- financeiro do contrato.
Cortesia: O prestador do serviço deve ser cortês e educado ao tratar com o usuário.
Economicidade: Noção de prestação do serviço de forma eficiente, com gastos no limite da
razoabilidade.
Generalidade: Definido por alguns como princípio da universalidade, o serviço deverá ser
prestado a maior quantidade possível de pessoas.
Submissão e controle: Os serviços públicos devem ser controlados pela própria sociedade e
pelo Poder Público.
Continuidade (= princípio da permanência): É a prestação ininterrupta da atividade
administrativa e dos serviços prestados à coletividade, evitando interrupções indevidas, estando
ligado ao princípio da eficiência.
- A continuidade não impõe, necessariamente, que todos os serviços públicos sejam prestados
diariamente e em período integral, uma vez que a continuidade depende da necessidade da
população, que pode ser absoluta ou relativa.
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Isonomia: A prestação de serviços NÃO pode ser diferenciada indevidamente pelos usuários.
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Nesses casos em que o particular executa as atividades por iniciativa própria, gozando da sua
titularidade, sem que haja a celebração e contratos administrativos, é necessária autorização de
polícia e NÃO delegação de serviços => Para a doutrina moderna + STF, tais serviços, quando
prestados pelo particular, NÃO ostentam a qualificação de serviços públicos propriamente
ditos, sendo serviços de utilidade pública ou serviços impróprios.
STF: Estes serviços públicos não exclusivos, quando prestados por particulares, são SERVIÇOS
DE RELEVÂNCIA PÚBLICA.
CLASSIFICAÇÃO:
Serviço uti singuli: Prestados a toda coletividade, nos quais o poder público pode individualizar
a utilização. A cobrança pode ser feita mediante taxa ou tarifas.
Uti universi: Serviços que NÃO podem ser divididos em sua utilização, devendo ser prestado a
toda coletividade.
STF: Entendeu inconstitucional a cobrança de taxa de iluminação pública => VIDE SÚMULA 670.
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7.2. Concessionária
É o particular que celebra o contrato administrativo, tornando-se executor do serviço público
descentralizado.
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O contrato de concessão de serviços públicos somente pode ser celebrado com pessoas jurídicas
ou consórcios de empresas, NÃO se admitindo a assinatura da avença com pessoa física.
Obrigações da concessionária:
Prestar o serviço adequado;
Manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;
Prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários;
Cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
Permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras,
equipamentos, instalações e aos registros contábeis;
Promover as desapropriações e constituir servidões;
Zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação de serviços;
Captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação dos serviços;
Submetem-se à responsabilidade civil do Estado de forma objetiva, e o Estado responde
subsidiariamente ( e objetiva).
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Melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço
público + melhor técnica;
Melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da
concessão com o de melhor técnica;
Melhor oferta de pagamento pela outorga.
Critério de desempate: NÃO segue a lei 8666/93, sendo o único critério a nacionalidade da
empresa participante.
É possível ainda a participação do procedimento licitatório de empresas consorciadas, mesmo
antes de firmado o acordo.
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7.8. Intervenção
A fiscalização no contrato de concessão gera a possibilidade de intervenção quando houver
indícios de irregularidades. Neste caso, o Estado nomeia um agente público que atuará como
interventor, o qual ficará responsável pela gestão da empresa, enquanto instaura o processo
administrativo a fim de apurar irregularidades, possuindo este procedimento duração máxima de
180 dias.
Cessada a intervenção, se não for verificada nenhuma irregularidade na empresa
concessionária, a administração do serviço será devolvida, precedida da prestação de contas pelo
interventor, que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão. Caso contrário, será
decretada a caducidade.
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7.11. Subconcessão
Para que seja possível a subconcessão, é indispensável a anuência do poder concedente, sob pena
de se configurar inadimplemento sujeito à caducidade, sem prejuízo das sanções a serem aplicadas.
Ademais, a empresa que assumirá o serviço público deverá atender às exigências de capacidade
técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do serviço,
bem como se comprometer a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor.
Para a subconcessão, além da autorização específica pelo poder concedente, deverá ser precedida
de procedimento licitatório na modalidade concorrência para que seja regularmente efetivada.
Requisitos para a subconcessão:
Previsão da possibilidade no contrato de concessão;
Autorização do poder concedente;
Realização de licitação, sob a modalidade de concorrência.
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IV. Outorga de direitos sobre bens públicos dominicais: O particular poderá ter a ele transferida
a renda decorrente de locações e concessões onerosas de uso efetivadas pelo parceiro público,
não podendo ser transferidos os bens afetados, de uso especial.
e) Procedimento Licitatório
As minutas do edital e contrato de PPP devem submeter-se à consulta pública prévia. I
– Abertura do certame: Deve ser precedida de licitação na modalidade concorrência.
Deve haver autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico que
demonstre a conveniência e oportunidade da contratação, com as razões para a celebração da PPP.
A autoridade deve demonstrar que as despesas criadas ou aumentadas NÃO afetarão as metas
de resultados fiscais previstos na LRF.
Deve o certame ser precedido de elaboração de estimativa do impacto orçamentário-financeiro
nos exercícios em que deva figurar a PPP, assim como a declaração do ordenador de despesas de
que as obrigações contraídas pela adm são compatíveis com a LDO e a LOA, bem como seu objeto
deve estar previsto no PPA.
A minuta de edital deve ser submetida à consulta pública, fixando-se prazo mínimo de 30 dias
para o recebimento de sugestões, cujo termo dar-se-á pelo menos 07 dias antes da data prevista
para a publicação do edital.
NÃO será possível dar início ao procedimento licitatório sem prévia licença ambiental ou
expedição das diretrizes para o licenciamento ambiental dos impactos.
II- Instrumento Convocatório: O edital deve conter todos os requisitos da Lei 8.666/93, sendo a
ele aplicadas todas as características especiais da Lei 8.987/95.
Serão admitidos os seguintes critérios de julgamento:
Menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;
Melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço
público a ser prestado com o de melhor técnica.
Menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração;
Melhor proposta em razão da combinação do menor valor da contraprestação + melhor
técnica.
É possível ainda a edição de lances verbais, dentro do procedimento de concorrência, e o edital
pode restringir a apresentação dos lances aos licitantes cuja proposta escrita seja no máximo 20%
maior que o valor da melhor proposta. – Inspirado no pregão, razão pela qual alguns autores
chamam a concorrência na PPP de concorrência-pregão.
O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento.
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– Fundo Garantidor: A União, seus fundos especiais, suas autarquias, fundações públicas e suas
empresas estatais dependentes ficam autorizadas a participar, no limite global de 6 BILHÕES DE
REAIS, em FUNDO GARANTIDOR DE PPP – FGP, com a finalidade de prestar garantia de
pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos parceiros públicos federais, distritais,
estaduais ou municipais, em virtude das parcerias, tendo natureza privada e patrimônio própria
separado do patrimônio dos cotistas, e será sujeito de direitos e obrigações próprios.
- O fundo é privado, e em caso de integralização de bens, a transferência NÃO depende de prévio
procedimento licitatório, sendo indispensável a autorização do presidente da república, mediante
proposta do Ministério da Fazenda.
- Possui natureza privada e patrimônio separado dos cotistas.
- O parceiro privado NÃO poderá acionar o Fundo Garantidor a qualquer momento, devendo ser
demonstrado o inadimplemento do parceiro público, de forma reiterada.
- Após a quitação de débito da Administração Pública pelo FGP, a entidade estará sub-rogada nos
direitos do parceiro privado, ou seja, o pagamento pelo ente NÃO desonera o parceiro público do
cumprimento das suas obrigações.
APROFUNDAMENTO PARA PROVAS SUBJETIVAS:
a) O fundo possui personalidade jurídica?
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b) O FGP é constitucional?
1ª Corrente: Seria INCONSTITUCIONAL, pois seria uma maneira de burlar os
precatórios, bem como a criação só poderia se dar por lei complementar.
Celso Antonio e Di Pietro;
2ª Corrente: CONSTITUCIONAL, pois não se tratariam de débitos judiciais a
justificar a sistemática de precatórios, e o art. 165, §9º, II, da CF apenas
exige LC para fixação da instituição e funcionamento de fundos, e não para
criação específica de cada fundo.
Limitações à celebração das PPPs
A União só poderá contratar PPP quando a soma das despesas de caráter continuado derivadas
do conjunto das parcerias já contratadas não tiver exercido, no ano anterior, 1% da RCL do
exercício, e as despesas anuais dos contratos vigentes, nos 10 anos subsequentes, NÃO excedam
1% da RCL projetada para os respectivos exercícios.
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ADMINISTRAÇÃO DIALÓGICA
(Aprofundamento para provas subjetivas)
A Administração dialógica vem surgindo como forma de se permitir o acesso dos
particulares à atuação administrativa, ensejando a possibilidade de se vislumbrar
a atuação do ente público em que se admita a atuação de particulares, sendo o
oposto do que se pregava no surgimento do direito administrativo.
Essa expressão se dá, principalmente, pela criação das parcerias firmadas entre o
Estado e particulares, com a finalidade de satisfazer as necessidades coletivas. Ex:
Participação popular, mediante consulta pública, para a realização de
procedimentos licitatórios muito altos, ou com o terceiro setor.
Além do direito fundamental à boa administração pública, a noção de
administração pública dialógica pode ser considerada uma decorrência do
princípio da segurança jurídica, mais especificamente da noção da proteção da
confiança ou das expectativas legítimas.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
O consórcio público NÃO é contrato administrativo, já que neste existem vontades divergentes
das partes contratantes, enquanto naquele há uma gestão associada dos entes federados que se
unem para prestação de serviços de interesse comum.
O consórcio público é gestão associada dos entes federativos, de qualquer esfera de governo,
para a prestação de serviços públicos de interesse comum, podendo ser formado por entes
federativos de esferas de governo diferentes, não havendo previsão de formação somente com
entidades de mesma esfera de poder.
A lei dispõe que a União somente participará de consórcios públicos em que também façam
parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
O consórcio público será constituído por contrato, cuja celebração dependerá da prévia
subscrição do protocolo de intenções.
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1) Formalização do consórcio
A criação do consórcio forma uma nova pessoa jurídica que NÃO se confunde com os entes
consorciados.
A nova pessoa jurídica pode ter personalidade de:
Direito Público: Associação Pública e faz parte da Administração INDIRETA de cada ente
consorciado;
Direito Privado: Consórcio Público e será regido pelo direito civil => Nesse caso, a entidade
NÃO será integrante da Administração, mas por ser formada com verba estatal, será
sujeita ao controle do Tribunal de Contas.
Protocolo de intenções - Sendo as associações uma espécie de autarquia (vide art. 41 CC),
seria necessária a criação por lei específica, e logo, não seria possível a sua criação por meio de
acordo (consórcio). Deste modo, quando os entes federativos firmam acordo, está sendo
celebrado apenas o PROTOCOLO DE INTENÇÕES.
- O protocolo de intenções representa uma espécie de minuta do futuro contrato de consórcio.
Posteriormente, este protocolo será enviado ao Poder Legislativo de cada um dos entes
consorciados, como projeto de lei, e da ratificação do protocolo de intenções é formalizado o
consórcio.
- Cláusulas necessárias à validade dos consórcios:
Denominação, finalidade, prazo de duração e sede do consórcio;
Identificação dos entes consorciados, podendo ou não ser da mesma esfera de governo;
Indicação da área de atuação do consórcio;
Previsão de que o consórcio é associação pública ou PJ direito privado sem fins econômicos;
Critérios para, em assuntos de interesse comum, autorizar o consórcio público a
representar os entes da federação consorciados perante outras esferas de governo;
Normas de convocação e funcionamento da assembleia geral;
Previsão de que a assembleia geral é a instância máxima do consórcio público, assim como
o número de votos para as suas deliberações;
Forma de eleição e a duração do mandato do representante legal do consórcio público,
que deverá obrigatoriamente ser chefe do executivo de um dos entes consorciados;
Número, formas de provimento e remuneração dos empregados públicos;
Condições para que o consórcio celebre contrato de gestão ou termo de parceria;
Autorização para a gestão associada de serviços públicos;
Definir o número de votos que cada ente da federação consorciado possui na assembleia
geral, sendo assegurado ao menos 01 voto por ente consorciado.
Autorização legislativa - Cumprido os requisitos, o protocolo de intenções deve ser publicado
na imprensa oficial e encaminhado para os órgãos do Poder Legislativo de cada um dos entes
participantes do consórcio para ratificação, quando serão ratificados por meio de lei, dando início
à formação dos consórcios públicos.
- Doutrina majoritária: só admite a criação do consórcio após a edição e todas as leis.
- O ente consorciado estará excluído do consórcio se não ratificar o contrato de rateio no prazo
de lei (02 anos). Após este prazo, a ratificação do contrato de rateio depende de homologação da
assembleia geral do consórcio.
Contrato de consórcio – Com a ratificação legislativa, os entes da Federação assinarão o
contrato definitivo de consórcio.
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2) Objetivos:
Prestar serviços e executar atividades de interesse de todos os entes consorciados, possuindo,
por isso, algumas prerrogativas de interesse público.
Os consórcios poderão firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber
auxílios, contribuições, subvenções sociais ou econômicas de outros órgãos e entidades do
governo.
É garantido ao consórcio público a possibilidade de promover desapropriações e instituir
servidões, nos termos da declaração de utilidade pública ou interesse social realizada pelo poder
público (NOTE que os consórcios apenas executam a desapropriação, NÃO expedem o decreto,
competência privativa do chefe do executivo).
O ente ainda pode ser contratado pela Administração direta ou indireta dos entes da Federação
consorciados, dispensada a licitação => CONTRATO PROGRAMA.
O consórcio poderá atuar como poder concedente, delegando serviços mediante a celebração
de contratos de concessão e permissão dos serviços públicos.
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OBS: Enquanto o consórcio administrativo pode ser celebrado entre entidades da Administração
indireta e NÃO constituem nova pessoa jurídica, os consórcios públicos adquirem personalidade
jurídica de direito público ou privada e é formada apenas por entes políticos.
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Referências Bibliográficas:
Rafael Carvalho Resende Oliveira. Curso de Direito Administrativo
Matheus Carvalho: Manual de Direito Administrativo
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. Direito Administrativo descomplicado.
DIREITO AMBIENTAL
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Parque Nacional;
Monumento Natural;
Refúgio de Vida Silvestre.
Unidades de uso sustentável: A intensidade da proteção é menor em relação às de proteção
integral. Objetiva compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcelas
dos seus recursos naturais. Logo, a Lei 9.985/00 admite a utilização de parcelas dos recursos
naturais em regime de manejo sustentável, desde que observado o zoneamento da área:
Área de Proteção Ambiental;
Área de relevante interesse ecológico;
Floresta Natural;
Reserva Extrativista;
Reserva de fauna;
Reserva de desenvolvimento sustentável;
Reserva particular do patrimônio natural.
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haverá a haverá a
desapropriação. desapropriação.
Proibida a Proibida a Visitação sujeita Visitação sujeita Visitação sujeita
visitação visitação às normas e às normas e às normas e
pública, SALVO pública, SALVO restrições do restrições do restrições do
com objetivo com objetivo plano de plano de plano de
educacional. educacional. manejo. manejo. manejo.
Pesquisa Pesquisa Pesquisa Pesquisa Pesquisa
científica científica científica científica científica
depende de depende de depende de depende de depende de
autorização autorização autorização autorização autorização
prévia do órgão prévia do órgão prévia do órgão prévia do órgão prévia do órgão
responsável. responsável. responsável. responsável. responsável.
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6.1. Criação: As unidades serão criadas por ato do poder público, tanto por lei quanto por decreto
do Chefe do Poder Executivo federal, estadual ou municipal, e deverá ser precedida de estudos
públicos e, na maioria dos casos, de consulta pública.
É possível criar mais de uma unidade de conservação através de um único procedimento
administrativo, desde que respeitados todos os requisitos legais para a sua instituição.
Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivas normas de
o
que trata o § 1 poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou posteriormente.
6.2. Alteração: A redução ou supressão de unidade de conservação somente serão permitidas por
lei específica (art. 225, §1º, III, da CF/88).
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Plano de Manejo: É documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos
gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem
presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas
físicas necessárias à gestão da unidade.
- O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no prazo de cinco anos
a partir da data de sua criação.
- O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de conservação, sua zona de
amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua
integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas.
Introdução de espécies não autóctones: Espécies não autóctones são aquelas não originadas
do local em que vivem. A Lei 9.985/00 proíbe a introdução de espécies não autóctones nas
unidades de conservação, com algumas exceções:
Art. 31. É proibida a introdução nas unidades de conservação de espécies não autóctones.
o
1 Excetuam-se do disposto neste artigo as Áreas de Proteção Ambiental, as Florestas
Nacionais, as Reservas Extrativistas e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável, bem
como os animais e plantas necessários à administração e às atividades das demais
categorias de unidades de conservação, de acordo com o que se dispuser em
regulamento e no Plano de Manejo da unidade.
o
2 Nas áreas particulares localizadas em Refúgios de Vida Silvestre e Monumentos
Naturais podem ser criados animais domésticos e cultivadas plantas considerados
compatíveis com as finalidades da unidade, de acordo com o que dispuser o seu Plano de
Manejo.
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RECURSOS FLORESTAIS
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O Código Florestal NÃO se restringe à proteção das florestas, possuindo por objetivo a proteção
das florestas e vegetação nativa.
As restrições impostas pelo Código Florestal relativas ao corte das árvores NÃO ofendem o
direito de propriedade.
- É LIVRE a extração de lenha e demais produtos de florestas plantadas nas áreas NÃO
consideradas APP e RESERVA LEGAL.
A assinatura de Termo de compromisso para a regularização de imóvel ou posse rural perante o
órgão ambiental competente suspenderá a punibilidade dos crimes previstos nos arts. 38, 39 e 48 da
Lei 9.605/98, fincando a prescrição interrompida durante o período da suspensão da pretensão
punitiva. A punibilidade será extinta com a efetiva regularização prevista na Código Florestal.
O novo Código Florestal NÃO anula multas aplicadas com base na antiga lei.
A SERVIDÃO NÃO se aplica às APPs e RESERVA LEGAL.
A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão ambiental deve ser, no
mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal.
Na hipótese de compensação da reserva legal, a servidão ambiental deve ser averbada na
matrícula de todos os imóveis envolvidos.
Prazo MÍNIMO de servidão ambiental: 15 anos.
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Recomposição no entorno das nascentes e olhos d’água perenes em imóveis rurais com áreas
consolidadas até 22/07/2008:
Área do Imóvel Recomposição
Qualquer área 15 metros
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Diferente da APP, na reserva legal permite-se o manejo florestal sustentável (utilização da área
sem descaracterizar ecologicamente os recursos florestais e os ecossistemas).
A reserva legal deve ser conservada com vegetação nativa, sendo admitida a exploração
econômica da reserva legal.
A área de reserva legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente, por meio da
inscrição no CAR (requer apresentação de planta e memorial descritivo), sendo VEDADA a alteração
de sua destinação. O REGISTRO DA RESERVA LEGAL NO CAR DESOBRIGA A AVERBAÇÃO
NO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS.
Uma vez inscrita a Reserva Legal no CAR, fica VEDADA a alteração de sua destinação nos casos
de transmissão ou desmembramento da propriedade.
Para cumprimento da reserva legal situada na pequena propriedade ou posse rural familiar,
poderão ser computados os plantios de árvores frutíferas, ornamentais ou industriais,
compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com
espécies nativas da região em sistemas agroflorestais.
Agricultura familiar: O manejo sustentável da reserva legal para exploração florestal eventual,
sem propósito comercial direto ou indireto, para consumo no próprio imóvel situado na
pequena propriedade ou posse rural familiar, INDEPENDE DE AUTORIZAÇÃO do órgão ambiental
competente, limitada a retirada anual de material lenhoso a 2 m³ por hectare.
Em se tratando de manejo florestal madeireiro sustentável com propósito comercial direto
ou indireto, será necessária autorização simplificada do órgão ambiental competente
NÃO pode o manejo comprometer MAIS DE 15% DA BIOMASSA DA RESRVA LEGAL NEM
SER SUPERIOR A 15 M³ DE LENHA PARA USO DOMÉSTICO E USO ENERGÉTICO, por
propriedade ou posse rural, por ano.
A área situada em propriedade ou posse rural familiar está desobrigada à reposição florestal, se
a matéria-prima florestal for utilizada para consumo próprio.
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5. USO DO FOGO
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6.2. Concessões Florestais: Será autorizada em ato do poder concedente e formalizada mediante
contrato, que deverá observar a lei de gestão das florestas públicas, as normas pertinentes e do
edital de licitação.
A publicação do edital de licitação de cada lote de concessão florestal deverá ser precedida de
audiência pública, por região, realizada pelo órgão gestor, sem prejuízo de outras formas de
consulta pública.
Licitação para a outorga: As licitações para concessão florestal serão realizadas na modalidade
concorrência e outorgadas a título oneroso, e será vedada a declaração de inexigibilidade.
- Além dos requisitos da Lei nº 8.666/93, exige-se para fins de habilitação a comprovação da
ausência de débitos inscritos na dívida ativa relativos a infração ambiental nos órgãos
competentes integrantes do Sisnama, e a ausência de decisões condenatórias, com trânsito em
julgado, em ações penais relativas a crime contra o meio ambiente ou a ordem tributária ou a
crime previdenciário, observada a reabilitação prevista no Código Penal.
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IV) Da celebração do contrato de concessão: Para cada unidade de manejo licitada, será assinado
um contrato de concessão exclusivo com um único concessionário, que será responsável por
todas as obrigações nele previstas, além de responder pelos prejuízos causados ao poder
concedente, ao meio ambiente ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelos órgãos
competentes exclua ou atenue essa responsabilidade.
As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pelo concessionário serão regidas pelo direito
privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros contratados pelo
concessionário e o poder concedente.
É vedada a subconcessão na concessão florestal.
As benfeitorias permanentes reverterão sem ônus ao titular da área ao final do contrato de
concessão, ressalvados os casos previstos no edital de licitação e no contrato de concessão.
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o
1 É vedada a outorga de qualquer dos seguintes direitos no âmbito da concessão
florestal: I - titularidade imobiliária ou preferência em sua aquisição;
II - acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa e desenvolvimento, bioprospecção
ou constituição de coleções;
o
- uso dos recursos hídricos acima do especificado como insignificante, nos termos da Lei n
9.433, de 8 de janeiro de 1997;
IV - exploração dos recursos minerais;
V - exploração de recursos pesqueiros ou da fauna silvestre;
VI - comercialização de créditos decorrentes da emissão evitada de carbono em florestas
naturais.
Licenciamento ambiental: A licença prévia para uso sustentável da unidade de manejo será
requerida pelo órgão gestor, mediante a apresentação de relatório ambiental preliminar ao órgão
ambiental competente integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA.
- Nos casos potencialmente causadores de significativa degradação do meio ambiente, assim
considerados, entre outros aspectos, em função da escala e da intensidade do manejo florestal e
da peculiaridade dos recursos ambientais, será exigido estudo prévio de impacto ambiental - EIA
para a concessão da licença prévia.
- O processo de licenciamento ambiental para uso sustentável da unidade de manejo compreende a
licença prévia e a licença de operação, não se lhe aplicando a exigência de licença de instalação.
* ATENÇÃO:
Extinta a concessão, retornam ao titular da floresta pública todos os bens reversíveis, direitos e
privilégios transferidos ao concessionário, conforme previsto no edital e estabelecido em contrato.
A extinção da concessão autoriza, independentemente de notificação prévia, a ocupação das
instalações e a utilização, pelo titular da floresta pública, de todos os bens reversíveis.
A devolução de áreas não implicará ônus para o poder concedente, nem conferirá ao
concessionário qualquer direito de indenização pelos bens reversíveis, os quais passarão à
propriedade do poder concedente.
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suplementá-la no que for necessário, podendo sempre ser mais restritiva, mas nunca mais branda
ou contrária ao dispositivo federal.
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"O Magno Texto Federal não dispõe sobre o início da vida humana ou o preciso instante em
que ela começa. Não faz de todo e qualquer estádio da vida humana um autonomizado bem
jurídico, mas da vida que já é própria de uma concreta pessoa, porque nativiva (teoria
‘natalista’, em contraposição às teorias ‘concepcionista’ ou da ‘personalidade condicional’).
E, quando se reporta a ‘direitos da pessoa humana’ e até a ‘direitos e garantias individuais’
como cláusula pétrea, está falando de direitos e garantias do indivíduo-pessoa, que se faz
destinatário dos direitos fundamentais ‘à vida, à liberdade,
igualdade, à segurança e à propriedade’, entre outros direitos e garantias igualmente
distinguidos com o timbre da fundamentalidade (como direito à saúde e ao planejamento
familiar). Mutismo constitucional hermeneuticamente significante de transpasse de poder
normativo para a legislação ordinária. A potencialidade de algo para se tornar pessoa
humana já é meritória o bastante para acobertá-la, infraconstitucionalmente, contra
tentativas levianas ou frívolas de obstar sua natural continuidade fisiológica. Mas as três
realidades não se confundem: o embrião é o embrião, o feto é o feto e a pessoa humana é a
pessoa humana. Donde não existir pessoa humana embrionária, mas embrião de pessoa
humana. O embrião referido na Lei de Biossegurança (in vitro apenas) não é uma vida a
caminho de outra vida virginalmente nova, porquanto lhe faltam possibilidades de ganhar as
primeiras terminações nervosas, sem as quais o ser humano não tem factibilidade como
projeto de vida autônoma e irrepetível. O Direito infraconstitucional protege por modo variado
cada etapa do desenvolvimento biológico do ser humano. Os momentos da vida humana
anteriores ao nascimento devem ser objeto de proteção pelo direito comum. O embrião pré-
implanto é um bem a ser protegido, mas não uma pessoa no sentido biográfico a que se refere
a Constituição." (ADI 3.510, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 29-5-2008, Plenário, DJE de
28-5-2010.)
Vedações da Lei:
Comercialização do material biológico (embriões ou embriões congelados), sendo crime;
Implementação de projeto relativo a OGM sem a manutenção de registro de seu
acompanhamento individual;
Engenharia genética em organismo vivo ou o manejo in vitro de ADN/ARN natural ou
recombinante, realizado em desacordo com as normas previstas nesta Lei;
Engenharia genética em célula germinal humana, zigoto humano e embrião humano;
Clonagem humana;
Destruição ou descarte no meio ambiente de OGM e seus derivados em desacordo com as
normas estabelecidas pela CTNBio, pelos órgãos e entidades de registro e fiscalização;
Liberação no meio ambiente de OGM ou seus derivados, no âmbito de atividades de
pesquisa, sem a decisão técnica favorável da CTNBio e, nos casos de liberação comercial,
sem o parecer técnico favorável da CTNBio, ou sem o licenciamento do órgão ou entidade
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ICMS ECOLÓGICO
Definição: é um mecanismo tributário que possibilita aos municípios acesso a parcelas maiores
que àquelas que já têm direito, dos recursos financeiros arrecadados pelos Estados através do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, em razão do atendimento de
determinados critérios ambientais estabelecidos em leis estaduais. Não é um novo imposto, mas
a introdução de novos critérios de redistribuição de recursos do ICMS, que reflete o nível da
atividade econômica nos municípios em conjunto com a preservação do meio ambiente.
- De acordo com a Constituição Federal, o ICMS arrecadado pelas unidades da federação deve ser
dividido na proporção de 75% para o estado e 25% aos municípios que o geraram. Para distribuir
esses 25%, cada estado pode legislar criando critérios próprios em áreas como educação, saúde,
meio ambiente, patrimônio histórico, entre outras. O ICMS Ecológico ou ICMS verde diz respeito
aos critérios ambientais de distribuição desse montante.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
16 Responsabilidade civil do Estado. 16.1 Evolução histórica. 16.2 Teorias subjetivas e objetivas
da responsabilidade patrimonial do Estado. 16.3 Responsabilidade por ato comissivo do Estado.
16.4 Responsabilidade por omissão do Estado. 16.5 Requisitos para a demonstração da
responsabilidade do Estado. 16.6 Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do
Estado. 16.7 Reparação do dano. 16.8 Direito de regresso. 16.9 Responsabilidade primária e
subsidiária.
Responsabilidade com previsão legal – O Estado passa a ser responsável em casos pontuais,
sempre que houvesse previsão legal específica.
França – Caso Blanco.
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Para comprová-la, basta a mera relação causal entre o comportamento de um agente e o dano.
Fundamento: Legalidade.
Elementos:
Conduta lícita ou ilícita do agente;
Dano (usuário ou não do serviço);
Nexo de causalidade
Note que NÃO precisa comprovar DOLO/ CULPA.
Para condutas LÍCITAS – Fundamento na isonomia. A doutrina admite em duas situações:
o Expressa previsão legal. Ex: responsabilidade da União por danos provocados por
atentados terroristas contra aeronaves de matrícula brasileira;
o Sacrifício desproporcional ao particular => Marçal Justen só admite quando houver
previsão expressa do legislador.
Previsão Legal: Art. 37, §6º CF – É objetiva, mas a responsabilidade do agente é subjetiva.
É possível configurar a RESPONSABILIDADE PRÉ-CONTRATUAL do Estado, com fundamento
nos princípios da boa-fé e da confiança legítima (Ex: Dever de indenizar o licitante vencedor na
hipótese se desfazimento da licitação após a homologação).
CONDUTAS ILÍTICAS: FUNDAMENTO NA LEGALIDADE
CONDUTAS LÍCITAS: FUNDAMENTO NA ISONOMIA
STF: A responsabilidade será OBJETIVA para usuário e não-usuário, pois se a própria CF/88
NÃO diferencia, NÃO cabe ao intérprete diferenciar os danos causados a terceiros, em virtude
de serem ou não usuários do serviço;
STJ: O Estado responde inclusive por atos de terceirizados contratados por interposta pessoa
para prestar serviços aos Órgãos Públicos.
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
Fato Exclusivo da vítima: Atenção, pois nos casos em que o Estado contribuir,
de alguma forma, por ação ou omissão com o ato (ex: suicídio de preso),
restará configurada a responsabilidade;
Fato de terceiro que não possui vínculo com o Estado. Ex: Arremesso de
pedras por terceiros contra passageiros.
Caso fortuito e força maior: A doutrina vem diferenciando o fortuito externo
(risco estranho à atividade) do fortuito interno (risco inerente ao exercício da
própria atividade), e apenas naquele o Estado NÃO será responsabilizado.
Causas excludentes e atenuantes: Apenas diminuem o valor da indenização
que será arcado pelo Estado.
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
Teoria do Risco Integral – Parte da premissa de que o ente público é o garantidor universal e a
simples existência do dano + nexo causal é suficiente para que surja a obrigação de indenizar.
- Responsabilização absoluta do Estado por danos ocorridos em seu território:
Atividade nuclear;
Danos ao Meio Ambiente;
DPVTA – Nesse caso, a seguradora fica no polo passivo;
Crimes a bordo de aeronaves no espaço aéreo brasileiro e danos decorrentes de ataques
terroristas.
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Responsabilidade por omissão e teoria do risco criado (risco suscitado): Surge quando o Estado
cria situações de risco que levam à ocorrência do dano (Ex: guarda de pessoas ou coisas).
O Estado responde objetivamente, ainda que não se demonstre conduta direta de um
agente público ou que haja situação de caso fortuito, bastando a comprovação de que
este fortuito só foi possível ante a custódia do ente estatal (fortuito interno ou caso
fortuito). Se o dano for completamente alheio e independente da situação de custódia, há
o fortuito externo ou força maior.
A responsabilização dependerá somente da comprovação de que a custódia é uma
condição sem a qual o dano NÃO teria ocorrido, mesmo que situações
supervenientes tenham contribuído para o dano => Teoria da conditio sine qua
non, a responsabilizar o Estado em caso de custódia.
6) Indenização
Art. 37, §6º CF – Responsabilidade Extracontratual;
Lei 8.666/93 – Responsabilidade Contratual
Art. 5º, XXIV e XXV – Sacrifício de Direito – Atuação que só indiretamente causa dano ao
particular.
7) Responsabilidade do Agente
O art. 37, §6º, CRFB consagra dois regimes jurídicos distintos de responsabilidade:
Responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas de direito público e das pessoas jurídicas
de direito privado prestadoras de serviços públicos;
Responsabilidade pessoal e subjetiva dos agentes públicos.
Agentes: engloba toda e qualquer pessoa no exercício da função pública, e deve haver ligação
direta entre o dano e o exercício da função pública, ainda que o servidor esteja fora de sua
jornada de trabalho.
Se agentes putativos, a responsabilidade funda-se na teoria da aparência;
Quanto aos agentes de fato necessários, justifica-se a responsabilidade pelo
funcionamento inadequado do serviço que contribuiu para a situação emergencial.
Sobre a responsabilidade do agente, há duas correntes:
Primeira posição: Aplica-se a TEORIA DA DUPLA GARANTIA (Diogo Moreira, Hely Lopes,
STF):
o Primeira garantia: A vítima deve ser ressarcida pelos danos causados pelo Estado; e
o Segunda garantia: Os agentes públicos só podem ser responsabilizados pelo
próprio Estado.
Segunda Posição: A ação pode ser proposta em face do Estado, agente público ou ambos,
em litisconsórcio passivo. JSCF, Celso Antônio, Gasparini, Rafael Oliveira. Com isso, abriria-
se a possibilidade de só cobrar do Estado, só do agente ou do Estado e agente (em
litisconsórcio)
STF: NÃO é possível a propositura da ação, diretamente, em face do agente público causador do
dano, pois a CF/88 concedeu ao agente a garantia de só ser cobrado pelo Estado => TEORIA DA
DUPLA GARANTIA, e a garantia ao particular em ser indenizado pelo Estado. Logo, NÃO se admite
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
a propositura de ação per saltum da pessoa natural do agente, com fulcro no princípio da
impessoalidade.
9) Prazo Prescricional
O prazo prescricional é de 05 anos, na forma do art. 206, §5º, I, do CC, se créditos não
tributários. Ações de Ressarcimento ao erário
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
Prevalecia a tese da imprescritibilidade, com fulcro no art. 37, §5º, CRFB. No entanto, em 2016
houve julgado do Plenário do STF, em repercussão geral, pelo qual entende que o prazo
prescricional seria quinquenal, ressalvados os atos de improbidade, estes imprescritíveis.
Responsabilidade pelo fato da obra – A obra causa dano sem que tenha havido culpa.
Ocorrendo prejuízo, há a responsabilidade objetiva do Estado.
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
Atualmente, a responsabilidade do Estado por atos judiciais pode ocorrer em três hipóteses:
Erro Judiciário: deve ser erro substancial e inescusável.
Prisão além do tempo fixado na sentença
Demora na prestação jurisdicional – Erro Judiciário praticado por omissão, que causa dano
desproporcional.
Quando exerce função administrativa atípica – Responsabilidade objetiva.
Função jurisdicional: via de regra, NÃO há responsabilidade. Exceção: erro judiciário na área
criminal (ato administrativo exercido posterior à decisão judicial), a responsabilidade é objetiva.
A ação de regresso em face do agente público depende da demonstração de dolo ou erro
grosseiro.
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ATENÇÃO – É PROIBIDO O RATEIO DESTE MATERIAL SOB PENA DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
STF: Tem reconhecido a responsabilidade direta e objetiva do Estado pelos danos causados por
notários e registradores;
STJ: Possui decisões conflitantes, ora reconhecendo a responsabilidade pessoal e objetiva do
Estado, ora afirmando a responsabilidade pessoal e objetiva dos notários e registradores e
subsidiária do Estado.
Para Rafael Oliveira, o tratamento deveria ser análogo ao da responsabilidade das
concessionárias dos serviços públicos.
Referências Bibliográficas:
Rafael Carvalho Resende Oliveira. Curso de Direito Administrativo
Matheus Carvalho: Manual de Direito Administrativo
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. Direito Administrativo descomplicado.
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DIAS 35 E 36
DISCIPLINA
PROCESSO CIVIL
21 Processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais. Subdividido em:
Recursos. Disposições gerais. Apelação. Remessa necessária. Agravo de instrumento. Agravo
interno. Embargos de declaração.
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
1. Manual de Direito Processual Civil – Vol. Único: Daniel Amorim Assumpção Neves.
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/4e8308241f130df48edf97d6
3854d8bd.pdf
2. Direito Processual Civil Esquematizado - 8ª Ed. 2017. Marcus Vinicius Rios Gonçalves
7 Crédito tributário. 7.1 Constituição de crédito tributário. 7.2 Lançamento. 7.3 Modalidades de
lançamento. 7.4 Suspensão do crédito tributário. 7.5 Extinção do crédito tributário. 7.6
Exclusão de crédito tributário. 7.7 Garantias e privilégios do crédito tributário
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
Teoria Geral
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/554a02ceb4368aa43680f79
326608639.pdf
Curso de Direito Tributário e Financeiro - 6ª Ed. 2016. Autor: Cláudio Carneiro – Ed.
Boa opção de resumo para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
133
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https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/776524fb226b7d83bd46b77
66da15dab.pdf
RESUMO DO DIA
21 Processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais. Subdividido em:
Recursos. Disposições gerais. Apelação. Remessa necessária. Agravo de instrumento. Agravo
interno. Embargos de declaração.
RECURSOS
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
a) Características dos Recursos:
I – Voluntariedade;
II – Expressa Previsão em Lei Federal
– Desenvolvimento no próprio processo em que a decisão impugnada foi proferida => Se for
criado um novo processo, será sucedâneo recursal, ação autônoma de impugnação;
IV – Manejável pelas partes, terceiro prejudicado e MP;
V – Objetiva anular, reformar, integrar ou esclarecer decisão judicial
Sucedâneos Recursais - É qualquer meio de impugnação que não seja tipificada como recurso,
podendo ser:
b.1) Sucedâneo Interno – se desenvolve no mesmo processo em que a decisão foi proferida:
I – Reexame Necessário:
Ausência de voluntariedade;
Não é dialético, pois inexistem razões, contrarrazões e contraditório;
Inexiste prazo de interposição, pois deve existir sempre que as condições exigirem,
independente de eventual demora na chegada do processo ao Tribunal;
Não se encontra previsto como recurso
II – Correição Parcial – Possui natureza administrativa. É cabível diante da inversão da ordem
prática dos atos procedimentais, gerando confusão procedimental.
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RECURSO ADESIVO
Não é espécie recursal, mas apenas um recurso interposto de forma diferenciada.
STJ: O recorrente adesivo NÃO se aproveita da gratuidade concedida
exclusivamente ao recorrente principal.
O rol é taxativo: Apelação, RESP, REXTR e embargos infringentes.
Requisitos:
Sucumbência Recíproca;
Interposição do recurso principal apenas por uma das partes.
STJ: Inaplicável a fungibilidade para receber o recurso principal intempestivo
como recurso adesivo, bem como NÃO cabe recurso adesivo para complementar
recurso interposto de forma principal.
Litisconsórcio e legitimação:
Se unitário, qualquer dos litisconsortes recorridos possui legitimidade para o
oferecimento do recurso adesivo;
Se simples, só terá legitimidade o litisconsorte que figurar no recurso
principal como recorrido.
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V – Efeito Expansivo
Expansivo Objetivo - sempre que o julgamento do recurso ensejar decisão mais
abrangente do que a matéria impugnada.
o Interno – Capítulos NÃO impugnados da decisão recorrida que são atingidos
pelo julgamento do recurso;
o Externo – O julgamento do recurso atinge outros atos que não a decisão
recorrida.
Expansivo Subjetivo - quando atingir sujeitos que não participaram como partes do
recurso.
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Proibição da reformatio in pejus – A decisão não pode ser alterada para piorar a situação do
recorrente.
- Sistemas relativos ao efeito devolutivo dos recursos:
– Sistema da proibição da reformatio in pejus – não se admite que a situação do recorrente
seja piorada pela interposição do seu próprio recurso;
– Sistema do benefício comum (communio remedii) – O recurso interposto por uma das
partes beneficia a ambas.
Para que seja possível a reformativo in pejus, dois requisitos são indispensáveis:
– Sucumbência Recíproca;
– Somente uma das partes recorreu.
Exceção à vedação:
- aplicação do efeito translativo dos recursos, por meio do qual o Tribunal pode conhecer
matéria de ordem pública;
– Aplicação da incluindo a Teoria da causa madura;
– Aplicação de multa por ato de deslealdade do recorrente.
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Consumação – É vedado que, interposto um recurso, este seja substituído por outro, interposto
posteriormente, ainda que dentro do prazo recursal.
3) JUIZO DE ADMISSIBILIDADE
STJ: Apesar da natureza declaratória, o juízo de admissibilidade tem eficácia ex-nunc, de forma
que a preclusão ou a coisa julgada decorrente da decisão impugnada só seja computada a partir
da não admissão do recurso.
Quando o juízo de admissibilidade é realizado pelo juiz a quo, o recurso é recebido ou não;
Quando realizado pelo juízo ad quem, o recurso é conhecido ou não.
Ainda que dois ou mais órgãos realizem o exame de admissibilidade, NÃO existe vinculação entre
eles, pois sendo o juízo de admissibilidade matéria de ordem pública, NÃO haverá preclusão.
Pressupostos Intrínsecos:
Cabimento;
Legitimidade
Interesse em recorrer
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer.
Pressupostos Extrínsecos:
Tempestividade
Preparo
Regularidade Formal
– Legitimidade Recursal – O recurso pode ser interposto pela parte vencida, terceiro
prejudicado e pelo MP.
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IV – Interesse Recursal
Necessidade – Somente será julgado o mérito que possa ser útil ao recorrente, razão pela qual
NÃO se admite recurso somente com o objetivo de modificar a fundamentação da decisão, pois a
situação do recorrente se mantém inalterada.
A existência de sucumbência é uma exigência para que exista no caso concreto o interesse
recursal, mas essa exigência está limitada às partes, já que o terceiro prejudicado não possui
qualquer sucumbência no processo.
Sucumbência Formal – Não obtenção por meio da decisão judicial do que poderia ter
processualmente obtido em virtude de pedido formulado ao órgão jurisdicional;
Sucumbência Material – Verifica-se sempre que a parte deixar de obter no mundo dos
fatos tudo o que poderia ter obtido com o processo.
Adequação – O recurso deve ser adequado a reverter a sucumbência suportada pelo recorrente.
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4) JUIZO DE MÉRITO
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I – Error in procedendo intrínseco: Quando o vício é da própria decisão, como sentença extra
petita ou acórdão sem fundamentação.
O recorrente pede a anulação da decisão e a devolução do processo ao órgão responsável para
a prolação de nova decisão, aplicando-se por analogia a teoria da causa madura (admite-se que,
anulada a decisão, o próprio órgão competente para julgamento do recurso profira uma nova
decisão para substituir a impugnada).
I – Error in judicando fático: Quando impugna a situação fática que serviu de base para a decisão
judicial, procurando o recorrente demonstrar uma equivocada determinação dos fatos.
5) APELAÇÃO
5.1. Cabimento: Contra a sentença, seja terminativa ou definitiva (art. 1.009 CPC).
Prazo de 15 dias, para o Tribunal
Exceção:
I. Nos Juizados Especiais: Cabe RI, no prazo de 10 dias, para Colégio Recursal (Órgão
julgador);
II. Art. 34 Lei de Execuções Fiscais – Prevê o cabimento de embargos infringentes contra
sentenças proferidas em execução de valor igual ou inferior a 50 OTN, sendo o órgão
competente o próprio juízo sentenciante. STJ: É erro grosseiro a interposição de um
recurso pelo outro, o que afasta o princípio da fungibilidade.
III. ROC contra sentença proferida em demanda em que forem partes, de um lado, Estado
estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no Brasil (Art. 1.027, II, b, do CPC).
5.2. Procedimento
É interposto perante o primeiro grau de jurisdição, ainda que o juízo de primeiro grau não tenha
competência para realizar o exame de admissibilidade, conforme previsto no NCPC.
A interposição será no prazo de 15 dias, salvo na apelação interposta nos procedimentos
regidos pelo ECA, com prazo de 10 dias.
É possível interpor por fax, desde que o original seja apresentado até 05 dias após o término do
prazo.
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5.4. Julgamento imediato do mérito da ação pelo Tribunal no julgamento da apelação: O art.
1.013, §3º, do NCPC prevê hipóteses em que o tribunal, após anular a sentença, julga
imediatamente o mérito da ação
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- decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou
da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-
lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
AGRAVO: É gênero recursal, existindo três espécies previstas no CPC, todas com prazo de
interposição de 15 dias
6.1.1. Cabimento
Em face de determinadas decisões interlocutórias de primeiro grau de jurisdição, previstas no art.
1.015 do NCPC.
Cabimento do Agravo de Instrumento:
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem
sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX -
admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à
o
execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1 ;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
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ATENÇÃO: Lembrar que o agravo retido não existe mais com o NCPC!
Peças obrigatórias:
Cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada;
Cópia da própria decisão agravada,
Certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a
tempestividade;
Cópia das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
Comprovante de recolhimento do preparo recursal.
A ausência de cópia da certidão de intimação não gera o não conhecimento do recurso se for
possível por outra maneira provar a tempestividade recursal.
Se ausente peça obrigatória na instrução do agravo, o agravante será intimado para a juntada
da peça em 5 dias, devendo ser inadmitido o recurso se o recorrente não cumprir a diligência.
Peças facultativas: São todas aquelas que o agravante reputar úteis ao acolhimento de sua
pretensão recursal.
Peças essenciais: Dentre as peças facultativas, são aquelas que não são somente úteis à
pretensão do agravante, mas constituem pressuposto indispensável para que o Tribunal consiga
entender a questão que deverá enfrentar no julgamento do recurso. Sem a juntada de tais peças,
o Tribunal não reunirá condições mínimas para entender a questão colocada a apreciação ou não
terá informações mínimas para analisar o pedido do agravante.
- A jurisprudência entende que o efeito da ausência de uma peça obrigatória prevista na lei é o
mesmo que uma peça essencial à compreensão do recurso.
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6.1.4. Procedimento:
Distribuição no Tribunal, no prazo de 15 dias da prolação da decisão agravada;
Após a distribuição, pode o relator negar seguimento ao recurso de forma monocrática, sendo
recorrível por agravo interno, no prazo de 15 dias.
Tutela de urgência – O relator analisará o pedido de tutela de urgência, desde que haja pedido
expresso, vedada a concessão de ofício, não havendo preclusão para o pedido.
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Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal
superior competente.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Pronunciamentos recorríveis: Qualquer decisão judicial (art. 1.022, do NCPC)
STF: há decisões que apontam para o não cabimento dos ED contra decisão proferida pelo
Tribunal de segundo grau que denega o seguimento do REXT, NÃO interrompendo o prazo para a
interposição de outros recursos.
8.1. Vícios que legitimam o ingresso: obscuridade, contradição e omissão (dúvida: não faz mais
parte dos vícios, salvo se processo dos juizados):
Omissão – ausência de apreciação de questões relevantes sobre as quais o órgão jurisdicional
deveria ter se manifestado, inclusive as matérias reconhecíveis de ofício.
- É omissa a decisão que deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento OU
o
incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1 do CPC.
8.2. Procedimento
Deverá ser interposto no prazo de 05 dias por petição escrita, SALVO nos Juizados Especiais,
quando a parte pode optar pela interposição na forma oral.
Isento de preparo.
Endereçada ao mesmo juízo que prolatou a decisão embargada.
Primeiro se analisam os pressupostos de admissibilidade e depois os de mérito.
Não há, num primeiro momento, prazo para o embargado oferecer contrarrazões, salvo
embargos com efeitos modificativos ou infringentes.
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8.6. Intempestividade ante tempus – STJ e súmula 418 determinavam que, uma vez interposto
embargos de declaração, o recurso interposto pela parte contrária é intempestivo, posto que
antes do inicio do prazo para a prática do ato (TESE DO RECURSO PREMATURO, fundado na
INTEMPESTIVIDADE ANTE TEMPUS). O STJ NÃO aplicava a preclusão consumativa, permitindo a
parte que recorreu reiterar os termos do recurso interposto.
Com o art. 1.024, §5º, NCPC, se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a
conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do
julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de
ratificação. Assim, atualmente a súmula 418 NÃO possui aplicabilidade.
8.7. Embargos de declaração atípicos – A função típica é melhorar a decisão formalmente, sem
alterações substanciais quanto ao conteúdo. Quando os EDS assumem função atípica, passa a se
exigir o contraditório, com intimação do embargado para a apresentação de contrarrazões, sendo
cabível nesse caso, a propositura de Ação Rescisória, se o contraditório não for observado.
Espécies:
Embargos de declaração com efeito modificativo – Quando o provimento dos EDS gera a
modificação do conteúdo da decisão recorrida, sendo decorrência lógica da possibilidade de
enfrentamento de novas questões no recurso.
Embargos de declaração com efeitos infringentes – Não se limitam à atipicidade dos efeitos
do julgamento dos embargos de declaração. Não será o caso de esclarecimento ou integração,
mas de reforma ou anulação.
9.3. Cabimento
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Mandado de Segurança – Cabe ROC contra decisão de ÚNICA INSTÂNCIA denegatória (tanto
denegação da ordem como decisão terminativa) do MS, sendo competente:
STF: Acórdão de Tribunais Superiores e STJ;
STJ: Acórdão de Tribunal de segundo grau.
Eventual decisão de Tribunal que julga MS em sede recursal NÃO é recorrível por
recurso ordinário, mas por RESP ou REXTR, sendo erro grosseiro a troca de um
recurso pelo outro, afastando a fungibilidade (STJ).
Referências Bibliográficas:
Daniel Assumpção. Manual de Direito Processual Civil.
DIREITO TRIBUTÁRIO
7 Crédito tributário. 7.1 Constituição de crédito tributário. 7.2 Lançamento. 7.3 Modalidades de
lançamento. 7.4 Suspensão do crédito tributário. 7.5 Extinção do crédito tributário. 7.6
Exclusão de crédito tributário. 7.7 Garantias e privilégios do crédito tributário
1. Conceitos Iniciais:
Obrigação tributária: Quando verificada no mundo dos fatos situação definida em lei como
fato gerador de tributo, nasce a obrigação tributária.
Crédito tributário: É o momento de exigibilidade da relação jurídico- tributária, e nasce com o
lançamento tributário (“obrigação tributária em estado ativo”).
Lançamento tributário: É o instrumento que confere a exigibilidade à obrigação tributária,
quantificando-a e qualificando-a; Já o crédito tributário é a obrigação tornada líquida e certa pelo
lançamento.
ATENÇÃO: O crédito tributário NÃO surge com o fato gerador, mas é constituído com o
lançamento, procedimento oficial para declarar formalmente a ocorrência do fato gerador,
definir os elementos materiais da obrigação tributária (alíquota e base de cálculo), calcular o
montante devido e indicar o sujeito passivo:
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calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a
aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo Único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob
pena de responsabilidade funcional.
2. Lançamento tributário
Funções do lançamento:
Verificar a ocorrência do fato gerador;
Determinar a matéria tributável (aferição do na debeatur)
Calcular o montante do tributo devido (na debeatur): Torna o crédito tributário líquido e
exigível
Identificar o sujeito passivo;
Propor, se for o caso, a penalidade cabível.
Natureza Jurídica do Lançamento
Primeira Corrente – Declaratória: Aplicável para aqueles que entendem que o surgimento
do crédito tributário ocorre no exato momento do fato gerador, e o lançamento apenas
tornaria líquido e certo um crédito já existente.
Segunda Corrente – Constitutiva: Não existe crédito tributário antes do lançamento.
CONCLUSÃO: O lançamento possui natureza jurídica constitutiva em relação ao crédito
tributário. Entretanto, possui natureza declaratória em relação à obrigação tributária.
ATENÇÃO:
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Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em
moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do
dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em
virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
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* Atenção: Erro de direito não é necessariamente erro, pode ser uma mudança de entendimento.
Se a administração tributária vinha aceitando como correta a adoção de determinada
interpretação, não pode posteriormente, com base em novos critérios, alterar o entendimento de
forma retroativa para a revisão de lançamentos já efetuados.
i) Modalidade de lançamento:
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos
seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
- quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da
legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos
do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido
de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o
preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido
na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada,
no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente
obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com
dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do
lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da
autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade
especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o
direito da Fazenda Pública.
ATENÇÃO: Todos os tributos podem vir a ser objeto de lançamento de ofício, quer por serem
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Lançamento por declaração ou misto: É efetuado com base em declaração do sujeito passivo
ou de terceiro. A formulação de declarações configura obrigação tributária acessória.
Atenção:
NÃO confundir lançamento por declaração com lançamento em cuja sistemática existe
uma declaração (Ex: Imposto de renda – Lançamento por homologação).
Retificação da declaração: O CTN admite a retificação da declaração por iniciativa do
declarante, com o objetivo de reduzir ou de excluir tributo, desde que seja mediante:
o Comprovação do erro em que se funde; e
o Antes de notificado o lançamento ao sujeito passivo.
Art. 147, § 1º. A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise
a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se
funde, e antes de notificado o lançamento.
NÃO é possível ao contribuinte alterar declaração para mudar uma opção que veio a se
mostrar desfavorável.
Erros manifestos podem ser corrigidos de ofício pela Administração tributária:
Art. 147 § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados
de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da
autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob
condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
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4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência
do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado,
considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se
comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
ATENÇÃO:
STJ: NÃO é possível a constituição do crédito tributário com base em documento de
confissão de dívida tributária apresentado, para fins de parcelamento, após o prazo
decadencial do art. 173, I CTN.
STJ: É irregular a notificação de lançamento que vise a constituir crédito tributário em que
NÃO conste o prazo para a apresentação de defesa administrativa.
Leandro Paulsen: Quando o contribuinte preenche o DARF e efetua o pagamento do
tributo, ou quando preenche a guia de depósito administrativo ou judicial, buscando
suspender a exigibilidade do tributo, está a formalizar a certeza, existência e liquidez do
crédito, indicando tributo, competência e valor. Nesses casos, é desnecessário que haja
lançamento de ofício quanto ao valor pago ou depositado, NÃO se falando em decadência
de tais valores.
STJ: Quando compete ao contribuinte o pagamento antecipado do tributo e este não o faz,
mas cumpre a obrigação tributária acessória de entrega da declaração reconhecendo o
débito fiscal, haverá a constituição do crédito tributário, dispensada qualquer outra
providência pelo FISCO => SÚMULA 436 STJ.
IV) Lançamento por arbitramento: São os casos onde o valor que vai servir como base de cálculo
para a constituição do crédito tributário vai ser determinado com base em uma prudente e
razoável suposição da autoridade administrava.
Não é valor arbitrário, mas sim valor arbitrado. A autoridade administrativa deve deflagrar um
procedimento para encontrar um valor que a experiência e o bom senso demonstrem ser o que
comumente se verifica.
Esse procedimento é utilizado para os casos em que o sujeito passivo não faz a declaração ou
informa valores absolutamente irreais. Assim, na falta da informação prestada pelo sujeito
passivo, a autoridade administrativa arbitra um valor prudente.
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Atenção: Não se trata de uma quarta modalidade de lançamento, sendo apenas uma técnica
para definir a base de cálculo, para que se proceda ao lançamento. É um método substitutivo
de apuração, consiste em fiscalização indireta/ aferição indireta.
- O arbitramento é realizado ANTES do lançamento, permitindo que a Fazenda desconsidere
valores declarados pelo sujeito passivo, adotando para o bem um valor de base de cálculo
compatível com a prática do mercado.
- Hipóteses:
Inidoneidade do valor declarado;
Omissão do valor declarado.
O arbitramento gera presunção relativa, devendo ser assegurado o contraditório e a ampla
defesa para, ao final, a autoridade calcular o montante do tributo, realizar o lançamento e
notificar o sujeito passivo.
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou
o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante
processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos
pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de
contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.
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próprio CTN. E mais, o art. 111, I determina a aplicação de interpretação restritiva aos casos de
suspensão de exigibilidade.
Suspensão da exigibilidade do crédito tributário e lançamento: mesmo com a exigibilidade
suspensa, a administração tributária pode, e deve, sob pena de decadência, lançar e constituir o
crédito tributário. Perceba, o que fica suspensa é a exigibilidade do crédito tributário e não a
possibilidade de constituir o crédito tributário.
- A jurisprudência vem admitindo a realização do lançamento pela Administração ainda que exista
causa suspensiva de exigibilidade do crédito tributário. O objetivo não é impedir a sua
constituição, mas a própria execução fiscal, quanto à contagem da prescrição, enquanto sua
exigibilidade encontrar-se suspensa. Com a constituição do crédito tributário, evita-se a
ocorrência da decadência.
- A suspensão do crédito tributário NÃO implica a suspensão do cumprimento das obrigações
acessórias.
Causas de suspensão:
I. Depósito do montante integral: É ato voluntário do sujeito passivo da relação tributária que
pretenda suspender a exigibilidade do crédito tributário, sendo comum na via judicial e raro na
administrativa.
O depósito pode ser anterior ou posterior à constituição definitiva do crédito tributário.
É um direito subjetivo do sujeito passivo, mas deve abranger: TRIBUTO + JUROS + MULTAS
O depósito suspensivo será INTEGRAL e EM DINHEIRO (vide súmula 112 STJ), sendo legítimo não
o montante tido como correto pelo contribuinte depositante, mas o que contempla o importe
desejado pelo FISCO.
A opção pelo depósito pode se dar até nos casos em que tenha havido a suspensão do crédito
tributário por outro meio.
Ao término da demanda, pode haver duas situações:
Contribuinte vitorioso: Levantamento do depósito.
STJ: Sendo vitorioso o contribuinte, é devido o levantamento, NÃO sendo lícito ao FISCO
apropriar-se de tal depósito a pretexto de existir outras dívidas do contribuinte oriundas
de outros tributos.
Contribuinte perdedor: Conversão do depósito em renda e extinção do crédito tributário.
Extinção do feito SEM resolução do mérito: o depósito deve ser convertido em renda,
exceto:
o Se o tributo for claramente indevido. Ex: ADI;
o Se a Fazenda Pública litigante NÃO for titular do crédito.
O depósito NÃO é pressuposto para a discussão judicial do débito, já que nenhuma lesão ou
ameaça de lesão pode ser afastada do Judiciário.
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MORATÓRIA X PARCELAMENTO
Moratória:
É medida excepcional, que somente pode ser aplicada em hipóteses excepcionais
que dificultem o correto adimplemento dos tributos.
Livra o sujeito de qualquer penalidade pecuniária, até mesmo juros.
Parcelamento
É medida corriqueira, opção de política tributária que visa recuperar créditos
de contribuintes inadimplentes.
Incidem juros e multas.
Requisitos para a concessão da moratória (art. 153 CTN):
Obrigatórios:
Prazos
Condições
Facultativos:
Indicação dos tributos
Número de prestações e vencimentos
Garantias a serem oferecidas.
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Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos
definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo
lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito
passivo.
Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do
sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.
Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será
revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de
satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a
concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:
I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou
de terceiro em benefício daquele;
II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.
Parágrafo único. No caso do inciso I (dolo ou simulação) deste artigo, o tempo decorrido
entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição
do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode
ocorrer antes de prescrito o referido direito.
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O rol do art. 156 é taxativo ou exemplificativo? Da mesma forma que para os casos de
suspensão, o art. 141 do CTN aponta no sentido da TAXATIVIDADE da lista.
- STF: Passou a entender que os Estados, Municípios e Distrito Federal podem estabelecer outros
meios NÃO previstos expressamente no CTN de extinção dos seus créditos tributários, máxime
porque podem conceder remissão, e quem pode o mais pode o menos (ADI 2405 MC)
Hipóteses de extinção do crédito tributário:
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Local e prazo para pagamento: As obrigações tributárias são sempre portáveis, de modo que o
devedor é quem deve procurar o credor para pagar.
Se não houver regra específica, o vencimento do crédito ocorre 30 dias após a data em que se
considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Isso não se aplica ao lançamento por
homologação, pois, nesta modalidade de constituição do crédito, o pagamento deve ser feito
antecipadamente, não havendo que se falar em notificação do lançamento.
Efeitos da mora em direito tributário: Os efeitos da mora são automáticos (mora ex re), sendo
desnecessário ao FISCO tomar qualquer providência para constituir o devedor em mora.
Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja
qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e
da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.
As legislações têm previsto que os juros de mora incidem somente a partir do primeiro dia do
mês seguinte a tal data. No que concerne a multa de mora, contudo, a previsão tem sido a
incidência a partir do dia seguinte do vencimento.
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Imputação em pagamento: Ocorre quando o mesmo sujeito passivo tem mais de um débito
perante o mesmo sujeito ativo, e valor insuficiente para pagar todos os débitos. Assim, caberá
à autoridade administrativa determinar a imputação, obedecidas as regras do art. 163, CTN:
Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito
passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a
diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a
AUTORIDADE ADMINISTRATIVA competente para receber o pagamento determinará a
respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria e em segundo lugar aos
decorrentes de responsabilidade tributária;
- primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos
impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV - na ordem decrescente dos montantes.
Critérios:
1º - Créditos em que o sujeito passivo está na condição de contribuinte, em
detrimento daqueles em que o mesmo comparece na condição de responsável;
2° - Contribuições de melhoria, taxas e os impostos;
3º - Ordem crescente do prazo de prescrição;
4º - Ordem decrescente do montante devido.
Se pago tributo a maior, o contribuinte tem direito à restituição, sem qualquer empecilho
imposto pelo FISCO, sob pena de configurar o locupletamento ilícito.
O pagamento indevido ou a maior será restituído, independente de provas abundantes, sendo
suficiente a apresentação da guia de recolhimento.
O particular NÃO está obrigado a postular na via administrativa para, só então, recorrer à via
judicial => STJ: O prazo prescricional para a repetição de indébito NÃO se interrompe ou
suspende em face de pedido formulado na seara administrativa.
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Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo
encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no
caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado
recebê-la.
Súmula 188 do STJ: Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a
partir do trânsito em julgado da sentença.
Súmula 162 do STJ: Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir
do pagamento indevido.
Conclusão:
Juros de mora: Devidos a partir do trânsito em julgado;
Correção Monetária: Devida a partir do pagamento indevido.
Prazo para pleitear a restituição:
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco)
anos, contados:
I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário;
- na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão
administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado,
revogado ou rescindido a decisão condenatória.
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição
total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o
disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
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Nos casos em que notoriamente a Fazenda Pública é contrária ao pleito que o contribuinte
deseje formular, é possível ao sujeito passivo ajuizar a ação de repetição de indébito mesmo sem
anterior pleito administrativo. Nesse caso, surgem duas situações:
Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar
a restituição.
Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial,
recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao
representante judicial da Fazenda Pública interessada.
Art. 170. A LEI pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em
cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos
tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra
a Fazenda pública.
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os
efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução
maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer
entre a data da compensação e a do vencimento.
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Em direito tributário, o valor do crédito que o particular quer compensar com o crédito tributário
deve ser líquido, certo e em dinheiro. Todavia, é possível a compensação de crédito ainda não vencido
(vincendo). No entanto, somente pode ser vincendo o valor que a Fazenda Pública deve ao sujeito
passivo do tributo, jamais o crédito tributário, que deve sempre estar vencido.
O contribuinte pode optar pela compensação ou pela restituição via precatório no caso de
indébito:
Súmula 461 do STJ: O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por
compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em
julgado.
De acordo com o art. 170-A do CTN, a compensação só pode ser efetivamente realizada com o
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Inclusive, conforme súmula 212 do STJ, a
compensação de créditos tributários NÃO pode ser deferida por medida liminar cautelar ou
antecipatória.
O STJ sumulou o entendimento relativo à idoneidade do mandado de segurança como meio
para a declaração de direito a compensação tributária:
Súmula 213 do STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do
direito à compensação tributária.
Conclusão:
É possível utilizar o mandado de segurança para DECLARAR o direito à compensação
tributária;
NÃO é possível utilizar o mandado de segurança para CONVALIDAR compensação já
realizada pelo sujeito passivo.
Art. 171. A LEI pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da
obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em
determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada
caso.
IV. Remissão: É a dispensa gratuita da dívida, feita pelo credor em beneficio do devedor.
- Em Direito Tributário, somente pode ser concedida por lei específica.
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Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho
fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário atendendo: I - à situação
econômica do sujeito passivo;
- ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de
fato; III - à diminuta importância do crédito tributário;
IV - a considerações de equidade em relação com as características pessoais ou materiais do
caso;
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-
se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
A concessão de remissão em caráter individual não gera direito adquirido e será revogada
de ofício, sempre que se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer as
condições ou não cumpriu ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor.
No caso de revogação, sempre será cobrado o tributo e os juros de mora.
Se o beneficio foi obtido com dolo ou simulação do beneficiário, ou de terceiro em favor
daquele, haverá cobrança da penalidade pecuniária. Além disso, o tempo decorrido entre
a concessão da remissão e sua revogação não será computada pera afeito da prescrição
do direito de cobrança do crédito.
Se não houve dolo ou simulação, não haverá cobrança de penalidade pecuniária e a
revogação só pode ocorrer antes de prescrito o direito a cobrança do crédito.
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Art. 173 Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em
que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação,
ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao
lançamento.
OBS: Se já iniciado o prazo decadencial pelo art. 173, I, CTN, NÃO se aplica a regra
em questão => A regra só opera efeitos para antecipar o prazo decadencial, e NÃO
para interromper.
4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da
OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública
se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Dolo/ fraude/ simulação: 1º dia do exercício seguinte a que o tributo
deveria ter sido lançado (art. 173, I);
Quando não houver pagamento: 1º dia do exercício seguinte (art. 173, I,
CTN).
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ATENÇÃO: Se o tributo foi declarado e não pago, não há que se falar em decadência, pois o
crédito tributário estará constituído pela própria declaração de débito do contribuinte, sendo
possível a imediata inscrição em dívida ativa e posterior ajuizamento da ação de execução fiscal.
Inclusive, conforme entendimento sumulado pelo STJ, se o contribuinte elabora as declarações
informando débitos não pagos, há a constituição do crédito tributário e não há que se falar em
decadência:
Súmula 436 do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal
constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
Decadência e contribuições para a seguridade social: O art. 45 da Lei 8.212/91 estipula um prazo
decadencial de dez anos para a realização do lançamento das contribuições para o financiamento da
seguridade social. Ocorre que o art. 45 foi declarado formalmente inconstitucional pelo STF, ao
fundamento de que cabe à LEI COMPLEMENTAR (e não à lei ordinária) dispor sobre normas gerais em
matéria de prescrição e decadência tributária. E editou a súmula vinculante nº 8:
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VI. Prescrição: Opera-se quando a Fazenda Pública não propõe, no prazo legalmente estipulado, a
ação de execução fiscal para obter a satisfação coativa do crédito tributário. Segundo o art. 174
do CTN, o prazo de prescrição é de cinco anos, iniciando sua contagem da DATA DA
CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA do crédito tributário.
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados
da data da sua constituição definitiva.
Interrupção da prescrição:
Suspensão da prescrição: Nos casos de suspensão, o prazo fica sem fluir durante o tempo em
que durar a respectiva causa e, cessada esta, volta ao seu curso apenas pelo que lhe faltava.
O CTN não prevê expressamente as hipóteses de suspensão da fluência do prazo prescricional.
Entretanto, em todos os casos em que a exigibilidade do crédito tributário está suspensa também
estará suspenso o respectivo prazo prescricional.
Por fim, a LEF, no seu art. 40 trouxe mais um caso de suspensão:
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou
encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o
prazo de prescrição.
1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial
da Fazenda Pública.
2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou
encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.
3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão
desarquivados os autos para prosseguimento da execução.
o
4 Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz,
depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição
intercorrente e decretá-la de imediato.
Com a Lei de Execuções Fiscais, admitiu-se como aplicável a suspensão do prazo prescricional
por um ano, enquanto estiver suspenso o curso do processo de execução em virtude de não
serem encontrados o devedor ou bens sobre os quais possa recair a
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Súmula 314 do STJ: Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o
processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
VII. Conversão do depósito em renda: Caso o sujeito passivo tenha feito depósito e não tenha
obtido sucesso no litígio instaurado, a importância depositada será convertida em renda da
Fazenda Pública interessada, de forma que o crédito tributário respectivo será extinto.
Também existe a possibilidade de conversão em renda de depósito realizado em sede de ação
de consignação em pagamento.
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quitação do tributo, quando tal providência esteja sendo obstada por fato imputável ao credor.
Regras para a consignação:
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito
passivo, nos casos:
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de
penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
- de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem
fundamento legal;
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico
sobre um mesmo fato gerador.
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.
§ 2º JULGADA PROCEDENTE a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância
consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte,
cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
O consignante deposita o valor que entende devido, e não aquele exigido pelo FISCO. Assim,
apenas o julgamento pela procedência é causa de extinção do crédito tributário.
Se a consignação for julgada improcedente em parte, em virtude do valor consignado ter sido
considerado insuficiente para a total extinção do crédito, o autor terá que pagar juros e multa
sobre a diferença entre o valor consignado e o que foi considerado devido ao final.
Hipóteses de consignação:
Recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de
penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória.
Subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem
fundamento legal.
Exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre
o mesmo fato gerador.
IX. Decisão Administrativa irreformável ou decisão judicial transitada em julgado: Se, ao final do
litígio, a decisão for pela improcedência do lançamento, o crédito estará definitivamente extinto.
- Somente extingue o crédito tributário a decisão judicial favorável ao sujeito passivo.
Exclusão do crédito tributário: Quando se tem a exclusão do crédito tributário, ocorre o fato
gerador e nasce a obrigação tributária. NÃO SE PODE LANÇAR, e sem o lançamento não se
constitui o crédito.
- A exclusão é situação em que, mesmo ocorrido o fato gerador e a obrigação tributária, NÃO
haverá lançamento e, consequentemente, NÃO haverá crédito tributário.
- A isenção e a anistia são normas desonerativas de deveres patrimoniais do contribuinte, atingindo
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I. Isenção: É a dispensa legal do pagamento do tributo devido, e deve ser feita por lei específica.
O art. 177 assevera que, salvo disposição em sentido contrário, a isenção não é extensível às
taxas e contribuições de melhoria nem aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
Em relação às taxas e contribuições de melhoria, trata-se de tributos contraprestacionais, que se
ligam a uma atividade estatal específica, de maneira que a regra é a não aplicação de isenção a
tais tributos.
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas
condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o
disposto no inciso III do art. 104.
Espécies de isenções:
Isenções não onerosas: Somente impedem o lançamento e a constituição do crédito
tributário, sem exigir nada do contribuinte. Podem ser revogadas independente de
qualquer condição.
Isenções onerosas: São aquelas trazem algum ônus como condição para o seu gozo. São
onerosas as isenções concedidas em função de determinadas condições E por prazo certo.
Tratam-se de exceção à revogabilidade plena.
Súmula 544 do STF: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser
livremente suprimidas.
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Referências Bibliográficas:
Ricardo Alexandre. Direito Tributário Esquematizado.
Eduardo Sabbag. Manual de Direito Tributário.
Leandro Paulsen. Curso de Direito Tributário.
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DIAS 37 E 38
DISCIPLINA
CONSTUTUCIONAL
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
Direito Constitucional Esquematizado: Pedro
Lenza CAPÍTULO: 6.
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/8231c4771e13a7e79806b1d
f15648e8b.pdf
CAPÍTULO: 20.
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/602bdfb8953fd99b738e531
64430040c.pdf
Título II.
Boa opção de resumo para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
Alexandrino http://www.mktgen.com.br/MET/Sumario/9788530975784_SUM.pdf
CAPÍTULOS: 11
RESUMO DO DIA
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DIREITO CONSTUTUCIONAL
ATENÇÃO: O material é uma revisão do tema, não esgota todos os pontos, ante a complexidade
da matéria. Para maior aprofundamento, recomendamos a leitura de algum manual para
concurso e acompanhamento constante dos informativos dos Tribunais Superiores.
2) Parâmetro de controle
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3) Sistemas de Inconstitucionalidade
Direito Brasileiro – A regra geral de nulidade absoluta vem sendo afastada, com a
MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO, que se coaduna com a segurança jurídica (e
ponderação de valores), interesse social e boa-fé, conforme art. 27 da Lei nº 9.868/99:
Tal regra também vem sendo aplicada, por analogia, ao controle difuso, como a ACP para
reduzir o número de vereadores do Município de Mira Estrela.
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Logo: Segundo José Afonso da Silva, o Brasil seguiu sistema norte-americano, evoluindo para
um sistema misto que combina o critério difuso com o concentrado.
5) Espécies de inconstitucionalidade
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5.2.4. Vício de decoro parlamentar – Defendido por Lenza para os casos de abuso das prerrogativas
asseguradas a membros do CN ou percepção de vantagens indevidas (ex: caso do mensalão).
6) Momentos de Controle
I. Legislativo – se dá através das CCJ. No entanto, se houver parecer negativo da CCJ pela
inconstitucionalidade do projeto de lei, sendo a inconstitucionalidade parcial, o art. 101,
§2º do RI do Senado Federal prevê que a comissão poderá oferecer emenda corrigindo o
vício. E no seu §1º estabelece que quando a Comissão emitir parecer pela
inconstitucionalidade e injuridicidade, será considerada rejeitada e arquivada
definitivamente, por despacho do Presidente do Senado, salvo, desde que não seja
unânime o parecer, se houver recurso interposto por 1/10 dos membros do Senado
manifestando opinião favorável ao seu processamento.
Executivo - Ocorre nos casos de Veto político ou Veto jurídico. Se o veto for derrubado
e promulgada a Lei, pode haver o controle posterior ou repressivo;
III. Judiciário – É realizado para garantir ao parlamentar o devido processo legislativo,
vedando a sua participação em procedimento desconforme com as regras da Constituição,
sendo exercido o controle no caso concreto, pela via da exceção ou defesa, de modo
incidental, via MS. Afinal, busca o STF garantir o direito-função do parlamentar de
participar de processo legislativo juridicamente hígido.
- A perda superveniente de titularidade do mandato legislativo DESQUALIFICA a
legitimação ativa do congressista, sob pena de conversão (indevida) do MS em ADIN.
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6.2. Posterior ou Repressivo – Será realizado sobre a lei, e não mais sobre o projeto de lei, e será
verificada a existência de vício formal ou material.
6.2.1. Controle Político – Verifica-se em Estados onde o controle é exercido por Órgãos distintos dos
três poderes, através das Cortes ou Tribunais Constitucionais, geralmente. Ex: Modelo Francês.
6.2.2. Controle Jurisdicional – Realizado pelo Poder Judiciário, seja pelo controle difuso ou
concentrado. No Brasil, o controle é Jurisdicional Misto!
Exercido pelo Legislativo – Pode se dar nas seguintes situações, através de decreto
legislativo:
a. Sustar atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o Poder Regulamentar
– No fundo, é controle de legalidade e NÃO de inconstitucionalidade;
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Exercido pelo Executivo – Poderá negar cumprimento a uma lei que entenda
Inconstitucional. No entanto, para que não fique caracterizado o crime de
responsabilidade, deverá dar publicidade e motivar o seu ato. A negativa de
cumprimento poderá ocorrer até que decisão do STF diga que a Lei é Constitucional.
Exercido pelo TCU – O TCU, ao exercer suas atividades, poderá de modo incidental e no caso
concreto, apreciar a inconstitucionalidade de uma lei e, se for o caso, deixar de aplica-la.
Controle Difuso
A noção de controle difuso se deve, historicamente, ao caso Marbury vs. Madison.
É também chamado de controle pela via de exceção ou de defesa, ou controle aberto, sendo
realizado por qualquer juiz ou Tribunal do Poder Judiciário.
Verifica-se no caso concreto, e a declaração de inconstitucionalidade se dá de forma incidental,
prejudicialmente ao exame do mérito.
A alegação de inconstitucionalidade será causa de pedir processual.
8.1. Controle Difuso nos Tribunais e Cláusula de Reserva de Plenário ( = Full Bench)
No Tribunal competente, distribuído o processo para a Turma, Câmara ou Seção, verificando-se que
existe questão incidental sobre a constitucionalidade de lei ou ato normativo, suscita-se uma questão
de ordem e a análise da constitucionalidade da lei é remetida ao pleno ou órgão especial do Tribuna
para resolver a questão. Conforme art. 94 da CF/88, somente pelo voto da maioria absoluta de seus
membros ou do respectivo órgão especial, poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo do Poder Público, é a Cláusula de Reserva de
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Súmula 10 STF. Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Amplitude – A suspensão pelo Senado Federal pode ser quanto a leis federais, estaduais,
distritais ou municipais que forem declaradas inconstitucionais pelo STF de modo incidental no
controle difuso.
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OBS: O SENADO NÃO está obrigado a suspender a execução de lei declarada inconstitucional
por decisão definitiva do STF, por se tratar de DISCRICIONARIEDADE POLÍTICA.
8.3. Controle incidental em controle concentrado abstrato e o seu efeito erga omnes
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Na ADI 4.029 (tratava do Instituto Chico Mendes), em controle concentrado, viu o STF que ato
normativo que não fazia parte do pedido seria inconstitucional. Assim, pode a Corte declarar
incidentalmente a inconstitucionalidade.
O interessante é que a declaração incidental de inconstitucionalidade produziria efeitos erga
omnes, ex tunc, e vinculante, atingindo, portanto, vários atos normativos que não eram objeto
da ADI. Logo, esses efeitos decorreram da declaração incidental em controle concentrado e em
abstrato, e não em controle difuso.
CONTROLE
CONCENTRADO - ADI
- ADC
- ADO
- ADPF
- IF
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nova lei de conversão. Ademais, os requisitos de relevância e urgência apenas podem ser
submetidos a controle em caráter excepcional, decorrente da regra da separação dos poderes.
Atenção às situações:
Se o objeto da MP foi rejeitado: ADI extinta por perda do objeto;
Se a MP for convertida em lei: NÃO há perda do objeto, bastando a emenda da
inicial.
No que tange aos requisitos constitucionais de imprevisibilidade e urgência da MP que
abre crédito extraordinário, o STF reviu seu entendimento que não admitia o controle para atos
de efeitos concretos e passou a permitir o controle.
Regulamentos subordinados ou de execução – Os regulamentos ou decretos regulamentares
expedidos pelo executivo e demais atos secundários, em geral, NÃO podem ser objeto de
controle concentrado de constitucionalidade, por não estarem revestidos de autonomia jurídica a
fim de qualifica-los como atos normativos suscetíveis de controle, não devendo sequer ser
conhecida a ação (é questão de legalidade, e não de inconstitucionalidade) => CRISE DE
LEGALIDADE (STF), caracterizada pela inobservância do dever jurídico de subordinação normativa
à Lei, escapando das balizas previstas na CF, afinal, o objeto NÃO seria ato normativo primário
com fundamento na CF, mas ato secundário com base da Lei, não se admitindo o controle de
inconstitucionalidade indireta, reflexa ou oblíqua. No entanto, o STF excepciona a regra para o
caso de serem decretos autônomos, permitindo o controle.
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Tratados Internacionais – Se versarem sobre Direitos Humanos, com o quórum do art. 5º, §3º
da CF, podem ser objeto de controle.
TRATADOS INTERNACIONAIS
- Fases para a incorporação dos tratados:
Celebração do tratado pelo órgão do executivo;
Aprovação pelo parlamento do tratado, acordo ou ato internacional por decreto
legislativo;
Troca ou depósito dos instrumentos de ratificação pelo órgão do Poder Executivo
no âmbito internacional;
Promulgação, por decreto presidencial, seguida de publicação, do texto em
português no Diário Oficial.
OBS: NÃO CABE ADI para questionar a validade de lei revogada na vigência de regime constitucional
anterior. O que se verifica é se foi ou não recepcionado pelo novo ordenamento jurídico: quando
compatível, será recepcionado; quando não, será revogado pela nova ordem, não se podendo falar
em inconstitucionalidade superveniente. Somente atos editados após a nova CF
que podem ser objeto de ADI. Entende o STF NÃO ser possível a modulação dos efeitos da
decisão em sede de declaração de não recepção da lei pré-constitucional pela norma
constitucional superveniente. No entanto, Gilmar Mendes entende ser possível a modulação.
Atos estatais de efeitos concretos – O STF afirma que os atos estatais de efeitos concretos NÃO
estão sujeitos ao controle abstrato de constitucionalidade, em razão da inexistência de densidade
jurídico-material (densidade normativa), na medida em que a ADI NÃO é sucedâneo da ação
popular constitucional.
O STF entendida que só seria ato normativo idôneo ao controle de constitucionalidade, se dotado de
abstração ou ao menos generalidade. Porém, o STF mudou o entendimento, para entender que,
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mesmo de efeito concreto, se o ato do Poder Público for materializado por Lei (ou MP que abre
créditos extraordinários), poderá ser objeto de controle abstrato.
Ato normativo já revogado ou de eficácia exaurida – O STF NÃO admite a interposição de ADI,
na medida em que não deve considerar, para efeito de contraste, a existência de paradigma
revestido de valor meramente histórico.
Divergência entre a ementa da Lei e o seu conteúdo – NÃO caracteriza situação e controle de
constitucionalidade, por não ser suficiente para caracterizar afronta à Constituição.
Respostas emitidas pelo TSE – NÃO configura objeto de ADI, já que as consultas não possuem
eficácia vinculativa aos demais órgãos do Poder Judiciário.
Leis Orçamentárias – O STF entendia que leis orçamentárias ou LDO NÃO poderiam ser objeto
de ADI, por serem leis de efeitos concretos, ato administrativo em sentido material (com objeto e
destinatário certo). No entanto, o STF modificou entendimento, para admitir o controle, ao
fundamento de que a lei orçamentária é ato de efeito concreto na aparência, já que para a sua
execução depende da edição de muitos outros atos, estes de efeitos concretos.
ADI X Políticas Públicas – Deve se verificar no caso concreto a razoabilidade da pretensão e a
disponibilidade financeira do Estado para a implementação de política pública, devendo a
violação aos direitos mínimos ser evidente e arbitrária, a exemplo do desvio do dinheiro
destinado ao ensino e à saúde.
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Com isso, todas as MPs convertidas em lei sem a emissão de parecer pela comissão mista
seriam inconstitucionais. Para evitar insegurança jurídica e diante do excepcional interesse social,
a Corte modulou a decisão, declarando a inconstitucionalidade com efeitos ex nunc. Assim, até o
julgamento da ADIN 4.029, o modelo de apreciação da MP seria ainda constitucional, sendo a
partir daí declarado inconstitucional o julgamento que desobedecesse o art. 62, §9º da CF.
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É vedado qualquer artifício que busque abrandar, suavizar, abreviar, dificultar ou impedir a
ampla produção de efeitos dos princípios constitucionais, como o caso do princípio da anualidade
do processo eleitoral.
9.1.2. Competência
I - Lei ou ato normativo Federal ou Estadual em face da CF => STF
II – Lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da CE => TJ LOCAL
– Lei ou ato normativo municipal em face da CF => por falta de expressa previsão
constitucional, inexistirá controle concentrado por ADI, no máximo podendo ocorrer via
difuso, de forma incidental (Esse silêncio proposital é chamado de SILÊNCIO
ELOQUENTE). - Em caso de haver repetição de normas na CF pela CE, apesar de incabível o
controle de constitucionalidade concentrado perante o STF, será perfeitamente possível a
realização do controle concentrado perante o TJ local, confrontando-se lei municipal em
face da CE que repetiu norma da CF, mesmo que de reprodução obrigatória e redação
idêntica à norma da CF.
IV – Lei ou ato normativo distrital em face da CF/88:
Lei ou ato normativo de natureza distrital que contrariar a CF => STF;
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Lei ou ato normativo distrital de natureza municipal que contrariar a CF => NÃO
há controle de ADI, só difuso. Há a possibilidade de ajuizar ADPF. V –
Lei ou ato normativo distrital em face de Lei Orgânica distrital => TJ LOCAL
VI – Lei municipal em face de Lei Orgânica do Município => NÃO será controle de
legalidade, mas apenas sistema difuso.
PT – Pertinência Temática
A Mesa do Congresso Nacional NÃO possui legitimidade!
Entidade de classe de âmbito nacional deve ser entendida como categoria profissional. Por isso,
a UNE NÃO possui legitimidade, por ser entidade de classe estudantil. No entanto, o STF permitiu
ajuizar ADI por “associação de associação”.
A perda de representação do partido político no CN, após o ajuizamento da ADI, NÃO
descaracteriza a legitimidade ativa para prosseguimento na ação, pois a aferição de legitimidade
deve ser feita no momento da propositura da ação.
Apenas os partidos políticos e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito
nacional é que deverão ajuizar ação por advogado. Para os demais, a capacidade postulatória
decorre da própria Constituição.
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É manifestamente improcedente a ADI que versar sobre uma norma cuja inconstitucionalidade já
tenha sido declarada pelo Plenário da Corte, mesmo que em recurso extraordinário.
Não sendo o caso de indeferimento liminar, o relator pedirá informações aos Órgãos ou às
autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado, devendo as informações
serem prestadas no prazo de 30 dias, podendo o relator requisitar informações complementares.
Decorrido o prazo de informações, serão ouvidos sucessivamente o AGU e o PGR, no prazo de 15
dias, para, respectivamente, defender o ato impugnado e dar parecer favorável ou desfavorável.
O AGU NÃO ESTÁ OBRIGADO A DEFENDER TESE JURÍDICA SE SOBRE ELA O STF JÁ FIXOU
ENTENDIMENTO PELA INCONSTITUCIONALIDADE. Entendeu ainda que a AGU tem direito de
manifestação.
Ao final, o relator emitirá relatório, com cópia a todos os ministros e pedirá dia para julgamento.
A declaração de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade será proferida se tiverem se
manifestado ao menos 06 ministros (Maioria Absoluta), com o quórum de instalação de 08
ministros dentre os 11.
Proclamada a constitucionalidade, será julgada improcedente a ADI, e proclamada a
inconstitucionalidade, será julgada improcedente a ADC.
A decisão passa a valer a partir da publicação da ata de sessão de julgamento no DJE, sendo
desnecessário aguardar o trânsito em julgado. Em 10 dias após o trânsito, o STF fará publicar em
seção especial do Diário de Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.
Regras:
Não existe prazo em dobro ou diferenciado para contestar;
Inexiste prazo decadencial ou prescricional;
Não se admite a assistência jurídica de qualquer das partes, nem intervenção de
terceiros, SALVO amicus curiae;
É vedada expressamente a desistência da ação proposta;
Irrecorribilidade da decisão que declara a constitucionalidade ou
inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, salvo a interposição de embargos
declaratórios;
Cabe recurso de agravo em face de decisão liminarmente indeferidas pelo relator.
Não rescindibilidade da decisão proferida, em decorrência da natureza objetiva
do processo da ADI;
Não vinculação à tese jurídica (causa de pedir).
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OBS: Se o legitimado ativo da ADI objetivar que o STF analise a inconstitucionalidade da lei que
vai voltar a produzir efeitos, em razão do efeito repristinatório, deverá expressamente FAZER O
PEDIDO DE APRECIAÇÃO DA REFERIDA LEI, SOB PENA DE O STF NÃO PODER, DE OFÍCIO,
APRECIÁ-LA E NÃO CONHECER DA ADIN AJUIZADA!!!!
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Verificado o fumus boni iuris e o periculum in mora, poderá ser concedida a medida cautelar,
com eficácia erga omnes e efeito Ex Nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder o
efeito Ex Tunc.
A concessão de medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo
expressa manifestação em sentido contrário.
A medida cautelar em ADI determina, regra geral, a suspensão da eficácia da lei impugnada
com efeito ex nunc e eficácia contra todos, restabelecendo a legislação anterior para evitar o
vácuo legislativo.
EXTENSÃO DA DECLARAÇÃO
( Só para controle concentrado)
Declaração de Nulidade sem Redução do Texto – Ocorre quando o dispositivo da
Lei tem mais de um significado possível, de modo que, a depender da
interpretação, o dispositivo pode ser inconstitucional ou não.
O STF já deu várias decisões dizendo que é equivalente ao princípio da
interpretação conforme a Constituição, mas para o CESPE NÃO seriam
iguais, pois na interpretação conforme, impõe-se que as leis sejam
interpretadas à luz dos valores constitucionais, e na declaração de
nulidade, uma das interpretações pode ser mais compatível do que a outra.
A interpretação conforme, enquanto técnica de decisão judicial, só pode
ser utilizada no controle concentrado. Porém, enquanto princípio
interpretativo, pode ser utilizada por qualquer órgão do Poder Judiciário.
Declaração de Nulidade com Redução – O STF atua como legislador negativo,
como se estivesse revogando a Lei total ou parcialmente.
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9.2. ADPF
9.2.1. Objeto
Cabível na modalidade de arguição autônoma (direta) ou na hipótese de arguição incidental,
nesse caso quando relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato
normativo federal, estadual e municipal, incluídos os anteriores à Constituição. Nesse último
caso, deverá ser demonstrada a divergência jurisdicional relevante.
A ADPF é instrumento de análise em abstrato de recepção de lei ou ato normativo.
Os ministros do STF NÃO definiram em que consiste preceito fundamental, mas disseram em
algumas hipóteses apenas o que NÃO é preceito fundamental. Ex: O veto é ato político do Poder
Executivo, insuscetível de ser enquadrado como ato do Poder Público. Para a doutrina de Cássio
Juvenal Faria, seriam normas qualificas que veiculam princípios e servem de vetores de
interpretação das demais normas constitucionais (Ex: princípios fundamentais, cláusulas pétreas,
princípios constitucionais sensíveis, princípios da atividade econômica).
É inviável ADPF quando se tratar de decisões transitadas em julgado ou quando se cuidar de
efeitos decorrentes da coisa julgada. A ADPF, quando impugnar atos estatais, como decisões
judiciais, só pode ser utilizada se demonstrada que há relevante controvérsia constitucional sobre
o tema.
9.2.3. Legitimidade – Os mesmos da ADI genérica, mas qualquer interessado poderá solicitar ao
PGR a propositura da arguição.
9.2.4. Procedimento
Proposta a ADPF por um dos legitimados, deverá o relator analisar a regularidade formal da
petição inicial, em que deverá ser observado:
I – Indicação do preceito fundamental que se considera
violado; II – Indicação do ato questionado;
– Prova da violação do preceito fundamental;
IV – Pedido, com suas especificações;
VI – Se for o caso, comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a
aplicação do preceito fundamental que se considera violado.
Liminarmente, o relator poderá indeferir a inicial, sendo cabível recurso de agravo, no prazo de
05 dias para atacar a decisão.
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE – Não será admitida a ADPF se houver qualquer outro meio
eficaz capaz de sanar a lesividade, devendo o princípio ser interpretado no contexto da ordem
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constitucional global, como aquele apto a solver a controvérsia judicial relevante de forma
ampla, geral e imediata.
Havendo pedido de liminar e apreciado pelo relator, este solicitará as informações necessárias
às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de 10 dias, podendo ouvir
as partes no processo que ensejaram a arguição, requisitar informações, designar perito ou
comissão ou designar data para audiência pública.
Admite-se excepcionalmente o amicus curiae, desde que relevante a matéria e a
representatividade dos postulantes.
A decisão da arguição será proferida pelo quórum da maioria absoluta, desde que presente o
quórum de instalação com 08 ministros (2/3 dos Ministros).
A decisão que julgar procedente ou improcedente a ADPF é irrecorrível, NÃO podendo ser
objeto de ação rescisória. Mas em caso de descumprimento da decisão proferida pelo STF, cabe
reclamação.
9.3. ADO
Busca-se combater a Síndrome da inefetividade das normas constitucionais.
Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção de providências necessárias
e, sendo órgão administrativo, para fazê-lo em 30 dias.
ADO – Controle Concentrado;
MI – Controle Difuso
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9.3.2. Objeto
É a omissão de medida de cunho normativo, mais ampla do que a omissão de cunho legislativo,
englobando atos gerais, abstratos e obrigatórios de outros poderes, e não apenas daquele ao
qual cabe precipuamente a criação do direito positivo.
A omissão pode ser do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário.
STF: Pendente julgamento de ADO, se a norma que não tinha sido regulamentada é revogada, a
ação deverá ser extinta por perda de objeto.
STF: INEXISTE FUNGIBILIDADE DA ADO COM O MI, TENDO EM VISTA A DIVERSIDADE DE
PEDIDOS.
9.3.5. Procedimento
Praticamente o mesmo da ADI genérica, devendo a petição inicial indicar:
I – Omissão inconstitucional total ou parcial, quanto ao cumprimento de dever
constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa;
– O pedido e suas especificações.
Proposta a ação, NÃO se admitirá a desistência.
O relator poderá solicitar a manifestação da AGU, mediante encaminhamento no prazo de 15 dias.
Se há omissão TOTAL, NÃO há norma legal ou ato normativo a ser defendido. Logo, NÃO cabe
citação do AGU.
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9.3.8. Fungibilidade entre ADO e ADI - É admitida a fungibilidade entre ADO e ADI.
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9.4.2. Objeto
- É o mais amplo possível, podendo ser:
I – Lei ou ato normativo que viole princípios sensíveis;
– Omissão ou Incapacidade das autoridades locais para assegurar o cumprimento e
preservação dos princípios sensíveis, como os direitos da pessoa humana;
III – Ato governamental estadual que desrespeite os princípios sensíveis da
CF; IV – Ato administrativo que afronte os princípios sensíveis;
V – Ato concreto que viole os princípios sensíveis.
A fase judicial da intervenção NÃO se confunde com a fase judicial das demais ações de
inconstitucionalidade, pois na ADI interventiva o Tribunal NÃO nulificará, na hipótese de Lei, o ato
normativo.
O pedido de intervenção também pode envolver o DF, em razão de lei ou ato normativo,
omissão ou ato governamental distrital.
Súmula 637 STF: NÃO cabe RExtr contra acórdão do TJ que defere pedido de intervenção
estadual em município.
9.4.4. Legitimidade
– O único e exclusivo legitimado ativo é o PGR, com total autonomia e discricionariedade para
formar o seu convencimento de ajuizamento.
- Legitimado passivo – ente federativo no qual se verifica a violação ao princípio sensível da CF,
devendo ser solicitadas informações às autoridades ou aos órgãos estaduais ou distritais
responsáveis, à Assembleia Legislativa local ou Governador.
9.4.5. Procedimento
Proposta a ação pelo PGR no STF, a petição inicial deverá conter: I
– Indicação do princípio Constitucional sensível violado;
II – Indicação do ato normativo, ato administrativo, ato concreto ou da omissão
questionados;
III – Prova da violação do princípio constitucional;
IV – O pedido, com suas especificações
O relator poderá indeferir liminarmente a petição inicial, quando:
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9.5. ADC
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9.5.1. Objeto
Lei ou ato normativo FEDERAL.
9.5.4. Procedimento
Praticamente o mesmo da ADI, mas não é preciso citar o AGU, já que NÃO existe texto
impugnado.
É ação dúplice ou ambivalente com a ADI
É necessária a demonstração da controvérsia judicial que põe em risco a presunção de
constitucionalidade do ato normativo sob exame.
STF: Mesmo que a lei ou ato normativo possua pouco tempo de vigência, já é possível preencher
o requisito da controvérsia judicial relevante se houver decisões julgando a lei ou ato normativo
inconstitucional. O requisito da relevância judicial é qualitativo e não quantitativo, podendo se
examinar emenda constitucional nova ou mesmo lei nova, se a matéria nela versada for relevante
e houver risco de decisões contrárias a sua constitucionalidade se multiplicarem.
Quando alegado vício formal de inconstitucionalidade, é necessário juntada de cópia dos
documentos relativos ao processo legislativo de formação da lei ou do ato normativo Federal.
A petição inicial indeferida liminarmente pelo relator poderá ser objeto de agravo, no prazo de
05 dias
Regra de votação e quórum: mesma da ADI
É vedada a intervenção de terceiros (salvo o amicus curiae) e a desistência da ação após a sua
propositura, sendo a decisão irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios,
não podendo ser objeto de ação rescisória.
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Essa suspensão perdurará por até 180 dias contados da publicação da parte dispositiva da
decisão no DOU. Findo o prazo, cessará a eficácia da medida cautelar.
É possível a atribuição de efeito vinculante e erga omnes em sede de liminar na ADC.
Na hipótese de indeferimento de cautelar, em razão do efeito ambivalente, significaria a
procedência da ADI.
A ambivalência entre ADI e ADC NÃO se aplica às medidas cautelares.
10.2. Objeto
- Leis e atos normativos estaduais ou municipais
10.4. Legitimados
A CF não especificou legitimados, mas apenas proibiu a legitimação para um único órgão. Logo,
cabe às Constituições Estaduais a delimitação da regra, devendo respeitar, pelo princípio da
simetria, o art. 103 da CF
Pode a Constituição Estadual ampliar o rol de legitimados que não guardam simetria com o
art. 103 CF (ex: Deputados Estaduais, PGE, Defensor Público ou iniciativa popular). No entanto,
NÃO é possível restringir totalmente o rol de legitimados.
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Nesse caso, o controle estadual deverá ficar suspenso, em razão da causa de suspensão
prejudicial do referido processo.
As seguintes hipóteses poderão surgir a partir da decisão a ser proferida pelo STF:
STF declara inconstitucional a Lei Estadual perante a CF – A ADI perderá o seu objeto, não
produzindo a lei mais efeitos no referido Estado;
STF declara constitucional a Lei Estadual perante a CF – O TJ poderá prosseguir o
julgamento de lei estadual diante da CE, pois a lei poderá ser incompatível perante a CE
(desde que por outro fundamento)
Se a ação for proposta no TJ local e este julgue a ação, se operando o trânsito em julgado, poderá no
futuro essa lei ser examinada em controle abstrato perante o STF, tendo como parâmetro a CF?
TJ declara previamente a lei estadual constitucional – Nesse caso, não se tratará de
simultaneidade, podendo o STF reconhecer eventual inconstitucionalidade;
TJ declara previamente a lei estadual inconstitucional – Lenza entende não haver mais o
que falar em controle perante o STF, já que a lei estadual foi retirada do OJ.
Referências Bibliográficas:
Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado.
Dizer o Direito.
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DIAS 39 E 40
DISCIPLINA
ADMINISTRATIVO
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
1. CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO (2016) Autor: Rafael Carvalho Rezende Oliveira – Ed. GEN
http://www5.trf5.jus.br/novasAquisicoes/sumario/Curso_de_direito_administrativo_1063-
16_sumario.pdf
CAPÍTULO: 23.
Boas opções de resumos para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
Sinopses para Concursos - v.9 - Direito Administrativo. Autores: Fernando Ferreira Baltar Neto e
Ronny Charles Lopes de Torres
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/cfd730840ad982ca54e27c49
ee6d024f.pdf
CAPÍTULO: 7.
Alexandrino http://www.mktgen.com.br/MET/Sumario/9788530975791_SUM.pdf
CAPÍTULO: 4 (Item 2) e 6.
RESUMO DO DIA
DIREITO ADMINISTRATIVO
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* ATENÇÃO: Note que muitos conceitos são repetidos na Lei Complementar 39/93.
1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.
Agentes Públicos: É expressão ampla que abrange os sujeitos que exercem funções públicas.
Podem se dividir em:
a. Agentes Políticos: Agentes públicos que atuam no exercício da função política de Estado. São
servidores estatutários, que NÃO possuem vínculo contratual com o Estado. Seriam os
detentores de mandato eletivo, secretários e Ministros de Estado.
Quanto aos Membros dos Tribunais de Contas, o STF já se manifestou no sentido de enquadrá-
los como AGENTES ADMINISTRATIVOS, e não como agentes políticos, razão pela qual incidiria a
Súmula Vinculante 13 STF (Vedação ao nepotismo).
b. Particulares em colaboração com o poder público: Todos aqueles que, sem perder a qualidade
de particulares, atuam em nome do Estado, mesmo em caráter temporário ou ocasional. Se
dividem em:
i. Designados: todos aqueles que atuam em virtude de convocação efetivada pelo Poder
Público. Ex: Mesários, jurados...
Segundo Hely Lopes, são chamados AGENTES HONORÍFICOS.
Voluntários: Atuam voluntariamente em repartições, escolas, hospitais públicos.
Delegados: Atuam na prestação do serviço público mediante delegação do Estado. Ex:
Titulares de serventias de cartórios, concessionários e permissionários de serviços públicos.
Credenciados: Atuam em nome do Estado em virtude de convênios celebrados com o
Poder Público. Ex: Médicos privados em convênio com o SUS.
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c.3) Servidores Celetistas: Salvo em casos excepcionais, esse tipo de contratação se limita aos
entes de direito privado (empresas estatais e fundações de direito privado).
Aprovados em concurso, assinam contrato de emprego.
Possuem vínculo permanente com o Estado, a prazo indeterminado, sendo aplicável a CLT e o
RGPS, e se submetem a algumas restrições dos servidores públicos em geral:
Proibidos de acumular seus empregos com outros cargos ou empregos públicos, salvo
permissivo constitucional;
Podem ser responsabilizados por improbidade administrativa;
Seus atos de submetem a controle judicial pelos remédios constitucionais;
Devem se submeter a concurso público;
Salários submetidos ao limite constitucional aplicado aos servidores públicos em geral.
A Súmula 390, II do TST determina que não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da
CF/88 aos empregados públicos, mesmo entendimento da doutrina majoritária, já que a
estabilidade, segundo CF, só poderá ser adquirida pelos detentores de cargo efetivo. O STF já se
posicionou no sentido de que, não havendo garantia da estabilidade, é prescindível a justificativa
para dispensa dos empregados das empresas estatais, a exceção da ETC que, segundo STF, goza
de regime de Fazenda Pública, com todas as prerrogativas e limitações inerentes ao regime
jurídico administrativo.
STF: Reconhece o dever de motivar os atos de dispensa dos empregados das empresas estatais
prestadoras de servido público, assegurando o contraditório e a ampla defesa.
Características:
Unicidade normativa: A União detém competência privativa para legislar sobre direito do
trabalho. Logo, lei estadual que proibiu dispensa sem justa causa de empresa estatal
estadual é inconstitucional, pela falta de competência do Estado para legislar sobre direito
do trabalho.
Vínculo contratual: Os empregados públicos assinam contrato de trabalho.
Competência para processo e julgamento da justiça do trabalho.
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REGIME ESPECIAL
Aplica-se aos agentes públicos contratados por tempo determinado
(temporários), com fundamento no art. 37, IX, da CRFB. Sendo norma de eficácia
limitada, fica a cargo do legislador estabelecer os casos de contratação por prazo
determinado. Em razão da autonomia federativa, compete a cada ente federado
legislar sobre a matéria.
Os agentes temporários são contratados pela Administração Pública para exercer
funções públicas em caráter temporário e excepcional, mas não ocupam cargos ou
empregos públicos.
NÃO se exige a realização de concurso público.
Requisitos:
Existência de lei regulamentadora com a previsão dos casos de contratação
temporária;
Prazo determinado de contratação (a legislação deve estipular os prazos);
Necessidade temporária (NÃO é possível utilizar a contratação para o
exercício de funções burocráticas ordinárias e permanentes);
Excepcional interesse público (a contratação deve ser precedida de
motivação que demonstre de maneira irrefutável o excepcional interesse
público);
Pluralidade normativa, já que casa ente federado pode legislar
autonomamente sobre as hipóteses de contratação temporária e
estabelecer os respectivos procedimentos.
Vínculo contratual.
Competência para processo e julgamento: Justiça comum, tendo em vista o
caráter jurídico administrativo do agente, conforme entendeu o STF
(embora o tema suscite divergências doutrinárias).
O plenário do STF declarou inconstitucionalidade de leis estaduais e municipais
que tratavam da contratação temporária de servidores com hipóteses abrangentes
e genéricas de contratações temporárias de concursos públicos e sem
especificação da contingência fática que evidencie situação de emergência.
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4.1) Ampla Acessibilidade: Devem ser acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
previstos em lei e aos estrangeiros, na forma da legislação aplicável, em atenção ao princípio da
isonomia.
A CF prevê alguns casos que só podem ser preenchidos por brasileiros natos (art. 13, §3º).
Quanto ao acesso aos cargos públicos por estrangeiros, a CF limita às hipóteses definidas em lei
específica, sendo norma de eficácia limitada, dependendo de regulamentação para produzir
efeitos, não sendo autoaplicável.
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Princípio de vinculação ao instrumento convocatório: Uma vez publicado o edital, seus termos
vinculam aqueles que pretendem participar do certame, assim como a própria Administração.
STF: Veda a modificação editalícia que não seja embasada em alteração legislativa e, ainda
assim, restringe a modificação do edital enquanto não concluído e homologado o certame
(impossibilidade de alteração do edital no curso do processo de seleção).
Controle Judicial: Por ser ato discricionário, o instrumento convocatório e concurso público
não se sujeitam a controle jurisdicional amplo, sendo possível a análise do Judiciário quanto à
regularidade do certame e adequação dos princípios constitucionais.
- O Judiciário NÃO pode substituir a Banca Examinadora, definindo critérios de seleção,
reavaliando provas e notas atribuídas a candidatos, sob pena de adentrar no mérito da atuação
discricionária da Administração.
- O edital NÃO pode definir critérios de escolha e requisitos de admissão que extrapolem a
razoabilidade e isonomia. Nesses casos, o STF admite o controle das regras do concurso, seja na
elaboração de questões ou na avaliação das respostas do candidato.
- STF: Admite que o Poder Judiciário verifique a cobrança de itens da matéria não previstos no
edital.
4.2.2) Nulidade do Concurso: Caso o concurso possua alguma irregularidade, sua invalidação
induz à invalidação da nomeação efetiva ou da contratação feita.
Doutrina e jurisprudência NÃO admitem a aplicação da TEORIA DO FATO CONSUMADO, sendo
impossível convalidar procedimento irregular. Assim, o particular deverá ser afastado das suas
funções e ser declarada a nulidade de nomeação baseado no concurso irregularmente conduzido.
Teoria do Funcionário de fato ou teoria da aparência – Os atos praticados pelo agente
regularmente investido, por estar revestido de legalidade aparente, devem ser mantidos para
evitar prejuízo a terceiros, embora NÃO permita a regularização do particular como servidor
público, sendo mantida a nulidade da nomeação.
A anulação da nomeação deve respeitar o devido processo legal em que se observe o
contraditório e ampla defesa.
José dos Santos Carvalho Filho: Defende a desnecessidade de garantia do contraditório e ampla
defesa se a anulação do certame ocorrer antes da investidura dos candidatos no cargo, desde que
demonstradas as irregularidades ocorridas no certame, somente garantindo a oitiva do interessado
caso tenha sido empossado no cargo. No entanto, o STJ garante a defesa ao particular, mesmo que a
anulação do concurso público ocorra antes do ato de nomeação dos candidatos.
A nulidade do ato de nomeação dos servidores NÃO pode justificar o não pagamento das
remunerações pelos serviços prestados efetivamente pelo agente, sob pena de enriquecimento
sem causa do poder público.
STF: Se anulação de concurso público para a contratação de empregados, além da remuneração
pelos dias trabalhados, o agente faz jus ao saldo do FGTS.
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STF: Candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas previamente definido no
edital terá direito subjetivo à nomeação e à posse, sob pena de omissão ilícita da administração.
STF: Ocorre que, diante de demonstração de situações excepcionais, nas quais, por motivo de
necessidade pública superveniente, devidamente comprovada e justificada, a Administração
poderá deixar de nomear candidatos aprovados em concurso público, ainda que dentro do
número de vagas, sob pena de priorizar o direito do aprovado em detrimento do interesse geral
=> Logo, requisitos para não nomear:
Superveniência: Os fatos ensejadores de uma situação excepcional devem
necessariamente ser posteriores à publicação do edital;
Imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias extraordinárias,
imprevisíveis à época da publicação do edital;
Necessidade: A administração só pode adotar tal medida quando não existirem outros
meios menos gravosos para lidar com situação excepcional e imprevisível.
4.7.2) Limite de idade: A 8.112/90 estipula idade mínima de 18 anos para ingresso nos cargos
públicos federais.
-Súmula 683 STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face
do art. 7º, XXX da CF quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido. => Essa súmula deve ser ampliada para os casos em relação a sexo, altura mínima e
outras restrições.
STF: Somente a lei pode estabelecer os limites e requisitos para acesso aos cargos públicos, não
devendo ser substituída por mera regulamentação editalícia - Mesmo diante de situações que
justifiquem restrições de ingresso, estas regras devem ser estipuladas por meio de lei, não sendo
suficiente a disposição no edital.
4.7.3) Exame Psicotécnico: Para a realização do exame devem estar preenchidos os seguintes
requisitos:
Se houver lei em sentido material que expressamente autorize (VIDE SÚMULA 686 STF – Só
por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público).
Previsão em edital;
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5) ESTABILIDADE
A EFETIVIDADE é atributo do cargo público, definido por lei no momento de sua criação, sendo
requisito indispensável para a aquisição da estabilidade. Os cargos públicos estatutários podem ser:
Cargos Efetivos: Aprovados por concurso e passíveis da aquisição da estabilidade;
Cargos em Comissão: NÃO adquirem estabilidade, pois são cargos de livre nomeação e
exoneração.
A ESTABILIDADE é prerrogativa constitucional atribuída aos servidores públicos detentores de
cargo em provimento efetivo, de permanência no serviço público, só perdendo o cargo nas
hipóteses definidas na CF.
Logo, a estabilidade NÃO poderá ser adquirida pelos agentes detentores de empregos públicos,
sob regime da CLT, pois a estabilidade é prevista apenas para cargos públicos e não para
empregos públicos (art. 41 CF).
Durante o estágio probatório, o servidor não é protegido contra a extinção do cargo (Súmula 22
do STF). Em caso de extinção ou declaração de desnecessidade do cargo, o servidor NÃO será
colocado em disponibilidade remunerada, pois esse direito é exclusivo do servidor estável, mas
será exonerado, NÃO podendo ser aproveitado em outro cargo.
A aquisição da estabilidade pressupõe o efetivo exercício da função pelo período de 03 anos.
Logo, na hipótese de afastamento do cargo, a exemplo da licença, o prazo de avaliação deve ser
prorrogado pelo mesmo período do afastamento.
STF: Reconheceu a estabilidade de determinado servidor que exerceu as suas funções por mais
de três anos, mas não foi submetido à avaliação especial de desempenho.
A estabilidade possui pertinência com o serviço, e não com o cargo. Logo, o STJ já asseverou que
“a estabilidade diz respeito ao serviço público, e não ao cargo”, razão pela qual o servidor estável,
ao ser investido em novo cargo, não fica dispensado de cumprir novo estágio probatório, SALVO
se o cargo estiver inserido na mesma carreira e submetido ao mesmo estatuto funcional.
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Doutrina e jurisprudência entendem que a avaliação pode ser expressa ou tácita, pois se
passados 03 anos de exercício e a avaliação não for realizada pelo Poder Público, presume-se que
o servidor foi avaliado e aprovado.
Regra de estabilização: A estabilidade poderá ser adquirida pelos agentes que, mesmo sem
aprovação em concurso público, tenham ingressado no serviço público, ao menos 05 anos antes
da promulgação da CF/88, situação que NÃO se aplica a ocupantes de cargos, empregos de
confiança ou em comissão.
O servidor em estágio probatório, uma vez que ainda NÃO adquiriu a estabilidade, NÃO possui a
garantia de permanência no serviço. Todavia, a perda do cargo depende necessariamente do
respeito ao princípio do contraditório e ampla defesa, conforme súmula 21 do STF.
5.2) Empregos Públicos: A súmula 331 TST prevê que ao empregado de empresa estatal, ainda
que admitido por aprovação em concurso público, não será garantida a estabilidade prevista no
art. 41 da CF/88.
STF: Já se manifestou no sentido de que, não havendo a garantia da estabilidade, é prescindível
a justificativa para a dispensa desses empregados. No entanto, existe jurisprudência do STF que
entende necessária a motivação, por se tratar de ato administrativo.
Para empregados contratados para prestação de serviços na Administração Direta e autárquica,
o TST editou súmula 390, no sentido de que a estabilidade os alcança (aplicável para os que
ingressaram no serviço público até a EC 19/98).
5.3) Dispensa do servidor estável: Os servidores estáveis só perderão o cargo nas seguintes
hipóteses:
Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei
complementar, assegurada a ampla defesa.
Exoneração para corte de gastos: hipótese do art. 169 CF.
a. Limite de gastos: A LRF estabelece os limites de gastos que os entes federativos podem ter
como pagamento dos servidores:
União: 50% RCL com gastos de pessoal;
Estados + Municípios: 60% RCL com gastos de pessoal.
Em caso de necessidade de redução das despesas com pessoal, a CF dispõe a seguinte gradação:
Redução em pelo menos 20% das despesas em cargos comissionados e funções de
confiança;
Exoneração dos servidores públicos NÃO estáveis;
Exoneração dos servidores estáveis: Nesse caso, o cargo do servidor estável será extinto,
sendo vedada ao ente estatal a criação de cargo, emprego ou função com atribuições
iguais ou assemelhadas pelo prazo de 04 anos. Ademais, o servidor estável passa a receber
uma indenização correspondente a um mês de remuneração para cada ano de serviço
público prestado.
A exoneração dos servidores estáveis deverá ser precedida de ato normativo motivado dos
Chefes de cada u dos poderes, o qual deverá apresentar a economia de recursos e o número
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EXONERAÇÃO X DEMISSÃO
Exoneração: Perda do cargo sem caráter de penalidade;
Demissão: Perda do cargo com caráter punitivo, decorrente de infração
praticada pelo agente.
5.4. Estabilidade x Estágio Probatório: O estágio probatório é fase na qual o servidor público está
sendo avaliado dentro da execução da atividade pública, para verificar se possui aptidão para o
exercício daquelas funções para as quais foi designado.
Quando a CF foi promulgada, previa o prazo de 02 anos de efetivo exercício para a aquisição da
estabilidade, sendo esse prazo chamado pela Lei 8.112/90 de estágio probatório.
Com a EC 19/98, o prazo para que o servidor adquira a estabilidade passou a ser de 03 anos, além da
necessidade da aprovação em avaliação especial de desempenho. Com isso, surgiu divergência
doutrinária, pois para parte a estabilidade não se confundiria com o estágio probatório, sendo a
estabilidade adquirida após 03 anos, independente dos 24 meses de estágio probatório.
A partir de 2010, a jurisprudência entendeu que o prazo necessário à aquisição da estabilidade
foi definido como sendo o prazo de estágio probatório (03 anos).
5.5. Vitaliciedade: Prerrogativa conferida em função dos cargos que exercem e grau de
responsabilidade. É garantida a permanência no serviço público, somente sendo possível a perda
do cargo por sentença judicial transitada em julgado. Aplica-se ao MP, magistratura e Ministros e
conselheiros dos Tribunais de Contas.
Alcance da vitaliciedade:
Ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas;
Magistrados;
Membros do MP.
A maioria dos ocupantes de cargos vitalícios só adquirem a vitaliciedade após estágio de
vitaliciamento de dois anos. Porém, a vitaliciedade será concedida automaticamente a
determinado servidores a partir da investidura no cargo, a exemplo de advogado investido
magistrado pelo quinto.
A vitaliciedade, no entanto, NÃO garante a permanência eterna no cargo. Não impede a
extinção do cargo, hipótese em que o servidor ficará em disponibilidade remunerada (S. 11 do
STF) e o servidor vitalício se sujeita à aposentadoria compulsória.
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A greve pode ser utilizada inclusive por servidores em estágio probatório, pois a ausência ao
trabalho NÃO se configura imotivada em caso de greve, mas ocorrida de forma deliberada.
Competência:
Se a greve for realizada por empregados públicos: Justiça do Trabalho;
Se realizada por servidores estatutários: Justiça Comum
Greve de servidores públicos civis, se movimento nacional ou abarcar mais de um ente
federativo: STJ.
Sindicalização: Salvo os militares, aos servidores públicos civil é assegurado o direito à greve e à
sindicalização, norma de eficácia plena. O direito à sindicalização é uma faculdade do servidor,
não podendo ser objeto os vencimentos dos servidores públicos de convenção coletiva (VIDE
SÚMULA 679 STF).
7) ACUMULAÇÃO DE CARGOS
Segundo a CF/88, em princípio NÃO é possível acumular cargos ou empregos públicos que
qualquer ente da Administração direta ou indireta da U, E, M, DF, abrangendo os servidores
estatutários, celetistas e temporários.
A CF veda a acumulação remunerada, razão pela qual, em princípio, NÃO há vedação para a
acumulação não remunerada de cargos, empregos e funções, desde que haja compatibilidade dos
horários.
STF/STJ: NÃO é possível a acumulação de três fontes remuneratórias.
Requisitos constitucionais para a acumulação:
Compatibilidade de horários
STF: Reconhecer a ilicitude na acumulação de cargos quando ambos estiverem
submetidos ao regime de 40 horas semanais e um deles exija dedicação exclusiva.
Obediência ao teto remuneratório;
Hipóteses previstas na CRFB/88.
Exceções:
02 Cargos de professor;
Um cargo de professor com outro técnico ou científico => O STJ entende que os cargos
técnicos ou científicos, para fins de acumulação, são os que exigem nível superior ou
formação técnica especializada, não bastando ter a nomenclatura de técnico. Assim, os
cargos de técnico judiciário NÃO estão abrangidos pela norma Constitucional;
02 Cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões
regulamentadas;
Um cargo de magistrado ou membro de MP + 01 cargo de professor;
Um cargo efetivo + 01 cargo se vereador, se houver compatibilidade.
Para que a acumulação de cargos ou empregos seja lícita, deve haver a demonstração da
compatibilidade de horários.
Quando verificada a ACUMULAÇÃO ILEGAL DE CARGOS por determinado servidor, a
Administração notificará o servidor para que adote uma das providências:
1. Optando por um dos cargos, dentro do prazo de lei, considera-se que o servidor faltoso
estava de boa-fé, sendo-lhe concedida a exoneração a pedido do cargo ou emprego
público que não foi objeto de escolha;
220
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O art. 37, X da CF define o direito à revisão geral anual dos vencimentos pagos aos servidores
estatais, devendo ser feita na mesma data e sem distinção de índices => Norma de eficácia
limitada, pois exige lei específica, devendo ainda a revisão estar prevista na LDO, nos moldes da
CF e LRF. Assim, a ausência de lei a fixar a revisão geral anual dos vencimentos do servidor
configura inconstitucionalidade por omissão.
STF: Entendeu que, não sendo concedida a revisão, por meio de lei, NÃO compete ao
Poder Judiciário condenar o poder público ao pagamento de indenização. Isso porque a
determinação para que se indenize o servidor público seria verdadeira revisão imposta
no exercício da jurisdição, sem regulamentação legal.
8.5) Subsídios
222
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É a forma de pagamento feito em parcela única, não aceitando nenhum acréscimo patrimonial,
a fim de tornar mais clara a retribuição de determinados cargos.
É vedado aos que recebem subsídio o acréscimo fixado de qualquer gratificação, adicional,
abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.
Salvo as carreiras em que é obrigatório o subsídio, o Poder Público pode optar pelo pagamento
em subsídio ou remuneração.
O regime de subsídio é obrigatório para:
Membros de poder
Detentor de mandato eletivo
Ministros e Secretários Estaduais e Municipais
Integrantes da AGU, Procuradores do Estado e Defensores Públicos
Ministros do TCU e servidores públicos policiais
Facultativo: demais agentes organizados em carreira.
Em qualquer hipótese, a instituição do subsídio depende de lei, NÃO decorre diretamente da
Constituição.
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dos Desembargadores, por ser função essencial à Justiça, e não haver distinção na extensão do
teto do Judiciário ao MP, Defensoria e Procuradores (NÃO houve distinção na CF entre
Procuradores Estaduais e Municipais) => Conclusão adotada na PGE/RJ.
A EC 41/2003 determinou a aplicação imediata do teto, devendo ser efetivada a redução das
remunerações acima do novo limite. Para Rafael Oliveira é norma inconstitucional, pois o Poder
Constituinte derivado é limitado e NÃO pode contrariar o direito fundamental à irredutibilidade
das remunerações e o direito adquirido, considerados cláusulas pétreas.
9) Férias
O servidor público em direito a 30 dias de férias por ano, mas para que possa gozar do primeiro
período de férias, deve ter mais de 12 meses de exercício.
É possível a acumulação por no máximo 02 períodos de férias, desde que no interesse da
Administração.
A pedido do servidor e a critério da administração, as férias do servidor público podem ser
parceladas em até 03 períodos, mas o adicional de férias será pago uma única vez, no primeiro
período.
STF: Caso o servidor seja exonerado antes de usufruir de seu período de férias, fará jus ao
pagamento de férias, de forma proporcional, com acréscimo do adicional de 1/3.
As férias podem ser interrompidas para:
Calamidade pública;
Comoção interna;
Convocação para júri;
Serviço militar ou eleitoral;
Necessidade do serviço declarada por autoridade máxima do órgão ou entidade.
Referências Bibliográficas:
224
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DIAS 41 E 42
DISCIPLINA
PROCESSO CIVIL
21 Processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais. Subdividido em:
Recursos para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça (recurso
ordinário, recurso extraordinário e recurso especial). Agravo em recurso especial e em recurso
extraordinário. Embargos de divergência. Ação Rescisória.
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
1. Manual de Direito Processual Civil – Vol. Único: Daniel Amorim Assumpção Neves.
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/4e8308241f130df48edf97d6
3854d8bd.pdf
CAPÍTULOS: 74 a 78.
2. Direito Processual Civil Esquematizado - 8ª Ed. 2017. Marcus Vinicius Rios Gonçalves
Livro I (Capítulo 2 (Item 8), Livro VIII (Capítulo 1 (Item 14) e (Capítulo 3 (Itens 5 até 7).
DISCIPLINA
AMBIENTAL
9 Responsabilidades. 9.1 Efeito, impacto e dano ambiental. 9.2 Poluição. 9.3 Responsabilidade
administrativa, civil e penal.
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
1. Direito Ambiental Esquematizado - Frederico Amado
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/83acdae2128388c5b30ba3b
556f5a1f2.pdf
CAPÍTULOS: 3, 6 e 7.
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/1ec1f2a3f753abba6316e10b
ae181935.pdf
226
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Boa opção de resumo para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
Leis Especiais para Concursos - v.10 - Direito Ambiental - Leonardo de Medeiros Garcia e
Romeu Thomé
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/d648192336c9dd2ea3be159
2ce5c1e73.pdf
CAPÍTULOS: 3 (Item 1.4), 6 e 7.
DISCIPLINA
TRIBUTÁRIO:
16 Processo judicial tributário. 16.1 Ação de execução fiscal. 16.2 Lei nº 6.830/1980 e suas
alterações (Execução Fiscal). 16.3 Ação cautelar fiscal. 16.4 Ação declaratória da inexistência de
relação jurídico-tributária. 16.5 Ação anulatória de débito fiscal. 16.6 Mandado de segurança.
16.7 Ação de repetição de indébito
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
Direito Judicial Tributário. Execução Fiscal. Lei 6.830/80 – Ação Anulatória de Débito Fiscal –
Mandado de Segurança – Ação Declaratória –Ação de Consignação em pagamento – Ação de
Repetição de indébito – Ação Anulatória de Declaração Administrativa que denega restituição
de tributo.
Processo Tributário
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/0648063dc6fe6b88fbc13f5c
b2fb6a40.pdf
Boa opção de resumo para os candidatos que tem horário reduzido para os estudos:
https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/173b6bb0d1f758059228b20
d6d06e656.pdf
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Leitura integral.
RESUMO DO DIA
21 Processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais. Subdividido em:
Recursos para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça (recurso
ordinário, recurso extraordinário e recurso especial). Agravo em recurso especial e em recurso
extraordinário. Embargos de divergência. Ação Rescisória.
1. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
Objetiva a uniformização da jurisprudência interna do STF/STJ
Cabimento: Deve haver análise comparativa entre o acórdão recorrido e o acórdão paradigma,
não se admitindo na ausência de similitude fática entre os arestos paradigma e embargado.
RECURSO ESPECIAL
-Pressupostos:
Decisão de única ou última instância (esgotamento das vias ordinárias);
Decisão proferida por Tribunal – por isso NÃO há RESP de decisão de Colégio Recursal, nos
Juizados Especiais Cíveis.
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STJ: Enquanto NÃO existir mecanismo processual mais apropriado a permitir a atuação do STJ
nas ações dos Juizados Especiais Estaduais, deve se admitir a reclamação constitucional.
Prequestionamento – Exigência de que o objeto do RESP já tenha sido objeto de decisão
prévia por Tribunais inferiores.
- Logo, proferido acórdão omisso, deverá o Tribunal opor embargos de declaração para sanar a
omissão.
- STJ – Não são admitidos embargos de declaração com efeito infringentes
- Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de
pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Pressupostos Alternativos:
Decisão que contrariar ou negar vigência a tratado ou Lei Federal – Leis de abrangência
nacional, excluídas as portarias ministeriais, resoluções normativas, normas de regimentos
internos e súmulas.
- NÃO cabe RESP para violação à Lei Estadual ou Municipal.
Decisão que julgar válido ato de governo local contestado em face da Lei Federal – ato
normativo ou Administrativo, praticado pelo Legislativo, Executivo e Judiciário.
Decisão que der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal – Se presta à uniformização da lei federal (divergências internas do STJ => Embargos
de Divergência).
- A divergência deve ser entre Tribunais diferentes.
- O recorrente deverá comparar o acórdão recorrido com o acórdão paradigma de forma
analítica, devendo comparar trechos similares das duas decisões, não sendo suficiente a mera
menção do acórdão paradigma.
- O recorrente deverá comprovar a existência de acórdão paradigma, através de certidão do
Tribunal, cópia autenticada, citação de repositório oficial onde tiver sido publicada a mídia,
reprodução de julgado disponível na internet, com a fonte.
- A divergência deve ser atual
RECURSO EXTRAORDINÁRIO -
Pressupostos:
Decisão de única ou última instância – O Órgão prolator NÃO precisa ser
necessariamente um Tribunal, sendo cabível para decisões de turmas recursais.
Prequestionamento – A mera interposição de embargos de declaração contra a decisão
omissa é suficiente para prequestionar a matéria.
Repercussão Geral – Dever de demonstrar que o caso atende à extrema relevância
(econômica, jurídica, social ou política) e possui significativa transcendência (ultrapassa
os interesses subjetivos da causa).
- A transcendência pode ser qualitativa (importância para a sistematização e
desenvolvimento do Direito) ou quantitativa (número de pessoas atingidas pela decisão).
- A competência de sua análise é exclusiva do STF, e será o último requisito de
admissibilidade a ser analisado.
Presunção absoluta de repercussão geral: Decisão contrária à súmula ou jurisprudência
dominante do Tribunal, ou quando a repercussão geral já tiver sido reconhecida pelo STF.
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A inadmissibilidade do REXTr só será admitida pela manifestação de 2/3 dos membros do STF, o
que dispensa a remessa do REXTr ao plenário na hipótese de 04 membros de Turma decidirem
pela existência de repercussão geral.
Negada a repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que
serão indeferidos liminarmente pelo relator, salvo na hipótese de revisão da tese, sendo a
decisão irrecorrível, SALVO se for decisão monocrática do relator ou Presidente, caso em que
caberá agravo.
Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a
suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que
versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que
exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido
interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se
sobre esse requerimento.
Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará
seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria
idêntica.
O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano
e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de
habeas corpus.
Requisitos Específicos:
Decisão que contrariar dispositivo constitucional – O STF NÃO admite ofensa indireta ou
reflexa (ou oblíqua) à norma Constitucional.
Decisão que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal
Decisão que julgar validade lei ou ato de governo local contestado em face da CF;
Decisão que julgar válida lei de governo local contestada em face da lei federal.
4.1. Procedimento:
Prazo de 15 dias, sendo a contagem em dobro em caso de litisconsorte com patronos de
diferentes sociedade de advogados, desde que mais de um dos litisconsortes tenha ingressado
com o recurso que gerou o acórdão;
- NÃO é indispensável a interposição de RESP + REXTR contra a mesma decisão, mas se o acórdão
estiver assentado em fundamento infraconstitucional e constitucional, devem ser interpostos os
dois recursos (Súm. 126 STJ).
- NÃO é necessária a interposição simultânea dos dois recursos, podendo ser interpostos em dias
diferentes, desde que dentro do mesmo prazo.
- STJ: Cabe ao recorrente demonstrar a ocorrência de feriado local no momento da interposição
do RESP.
- O RESP e o REXTR são protocolados perante o órgão relator da decisão impugnada.
Interposto o recurso, prazo de 15 dias para contrarrazões.
Após o prazo, o Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal realizará o exame de
admissibilidade do recurso, podendo nesse prazo o recorrido ingressar com recurso adesivo.
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Se houver a interposição simultânea dos dois recursos, o RESP deve ser julgado antes do
REXTR. Excepcionalmente, o relator do RESP, se entender que o julgamento do recurso
extraordinário lhe é prejudicial, remete o processo antes ao STF para que decida o REXTR. O
relator do recurso no STF, se discordar da prejudicialidade, determinará a volta ao STJ, para que
o RESP seja julgado primeiramente.
Suspensivo – Nenhum dos dois recursos tem efeito suspensivo, mas pode ser concedido o ope
judicis, se comprovada a lesão grave de difícil ou incerta reparação.
- É possível formular pedido de concessão do efeito suspensivo por requerimento dirigido:
Ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da
decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu
exame prevento para julgá-lo;
Ao relator, se já distribuído o recurso;
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Suspensão dos processos que versem sobre a mesma controvérsia jurídica: A suspensão dos
processos é obrigatória, de modo que a decisão unipessoal do relator é, excepcionalmente,
irrecorrível, já que não teria sentido se permitir o agravo interno contra uma decisão cujo teor é
vinculante pela lei.
- A suspensão dos processos independe de sua fase procedimental, atingindo processos em
primeiro grau, em grau de apelação e de recurso especial e extraordinário já interpostos.
- A suspensão é provisória, porque dependerá de sua confirmação ou revogação pelo relator no
tribunal superior. Nesse sentido, se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou
pelo vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à
afetação, o relator, no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente
que os houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão.
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A suspensão atinge tanto os processos individuais quanto os coletivos que versem sobre a
mesma controvérsia jurídica.
Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no
recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu
processo.
Sendo suspenso o processo em primeiro grau e sobrevindo durante o prazo de suspensão a
decisão de tribunal superior sobre os recursos representativos da controvérsia, o juiz proferirá
sentença e aplicará a tese firmada.
A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a
sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da
controvérsia. Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do
pagamento de custas e de honorários de sucumbência.
c) Procedimento:
Ao constatar a multiplicidade de recursos com fundamentação em idêntica questão de direito, o
relator proferirá decisão de afetação.
Se houver mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido a decisão
de afetação.
Dessa decisão, será identificada a questão a ser submetida a julgamento.
Quando os recursos requisitados contiverem outras questões além daquela que é objeto da
afetação, caberá ao tribunal decidir esta em primeiro lugar e depois as demais, em acórdão
específico para cada processo.
O relator, após ter proferido a decisão de afetação, poderá solicitar ou admitir manifestação de
pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, considerando a relevância da
matéria e consoante dispuser o regimento interno. A lei permite a intervenção do processo do
Amicus Curiae.
O STJ tem decisões no sentido de que o terceiro que é parte em recurso sobrestado NÃO deve
ser admitido como assistente simples nos recursos escolhidos como paradigmas.
O Ministério Público deve ser obrigatoriamente ouvido, e transcorrido o prazo para a oitiva do
parquet e remetida cópia do relatório aos demais ministros, haverá inclusão em pauta, devendo
ocorrer o julgamento com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu
preso e os pedidos de habeas corpus.
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AÇÃO RESCISÓRIA
Natureza Jurídica: É ação autônoma de impugnação para desconstituir decisões judiciais que
tenham gerado coisa julgada material.
Objeto da rescisão
6.1) Decisão de mérito: Pode ser a sentença, decisão interlocutória, decisão monocrática do
relator e o acórdão, desde que seja de mérito e tenha transitado em julgado.
A ação rescisória pode ser parcial e ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão.
Existem decisões de mérito que não podem ser objeto de ação rescisória, por expressa vedação
legal:
Acórdão proferido em ADI e ADC;
Acórdão proferido em ADPF;
Decisões proferidas nos juizados especiais.
6.2) Decisão que não é de mérito: É cabível diante de decisão terminativa que impeça nova
propositura da demanda ou quanto à admissibilidade do recurso correspondente.
7) Hipóteses de cabimento:
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
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VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha
a ser demonstrada na própria ação rescisória;
A decisão só será rescindível se a prova falsa for o fundamento principal da decisão, de forma
que, havendo outros fundamentos aptos a manter a decisão, não caberá ação rescisória.
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência
ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento
favorável;
O documento já deve existir no momento em que a decisão que se busca desconstituir tiver
sido proferida.
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
Legitimidade:
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STF: Admite a tese e aponta para diferentes termos iniciais para a propositura da
ação rescisória, a depender do momento do trânsito em julgado do capítulo não
impugnado da decisão.
NCPC: Para parte da doutrina, o art. 975 teria consagrado o posicionamento do STJ,
mas Daniel Assumpção entende que não parece correto esse entendimento, pois o
art. 975 NÃO prevê o termo inicial da rescisória, mas apenas o seu termo final.
Procedimento:
A parte deve propor a ação com os requisitos do art. 319 do CPC. Nos pedidos, há dois juízos:
Juízo rescindendo (jus rescindendis): É o pedido de rescisão do julgado impugnado;
Juízo rescisório (iudicium rescissorium): É o pedido de novo julgamento.
Deve o autor ainda depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se
converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou
improcedente, não superior a 1.000 (mil) salários-mínimos.
Não se aplica o depósito à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas
respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública
e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça.
O valor da causa deve seguir o valor econômico do bem da vida perseguido pelo autor da ação
rescisória, não existindo uma vinculação necessária entre o valor da causa do processo originário
e o da ação rescisória.
O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem
superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem
contestação, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum.
Além da contestação, admite-se a reconvenção e impugnação ao valor da causa, desde que
respeitado o prazo decadencial de 02 anos. E a ausência de contestação enseja a revelia.
Se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o relator poderá delegar a competência
ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, fixando prazo de 1 (um) a 3 (três) meses para a
devolução dos autos.
Concluída a instrução, será aberta vista ao autor e ao réu para razões finais, sucessivamente,
pelo prazo de 10 (dez) dias.
Julgando procedente o pedido, o tribunal rescindirá a decisão, proferirá, se for o caso, novo
julgamento e determinará a restituição do depósito.
Considerando, por unanimidade, inadmissível ou improcedente o pedido, o tribunal determinará
a reversão, em favor do réu, da importância do depósito.
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL
Natureza jurídica: Embora existam grandes divergências doutrinárias, o STF entende que a
reclamação possui a natureza de DIREITO DE PETIÇÃO, previsto no art. 5º, XXXIV, a, da CF/88.
Cabimento:
Preservação da competência do tribunal: Se usurpada a competência do primeiro grau por
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O interesse do autor deve ser demonstrado no caso concreto, por meio da comprovação de
possível repercussão do processo em trâmite ou do ato administrativo praticado em sua esfera
jurídica.
O endereçamento será a um dos Tribunais.
A citação do réu segue a regra do art. 989, I do CPC:
Referências Bibliográficas:
Daniel Assumpção. Manual de Direito Processual Civil.
DIREITO AMBIENTAL
9 Responsabilidades. 9.1 Efeito, impacto e dano ambiental. 9.2 Poluição. 9.3 Responsabilidade
administrativa, civil e penal.
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Teoria objetiva fundada no risco criado (minoritário): O risco é qualificado pelo seu efeito
de permitir a contraprova de excludente de responsabilidade.
Admitem-se as excludentes do nexo causal.
Teoria objetiva fundada no risco integral (majoritário): É responsabilidade objetiva
agravada, que NÃO admite a existência de excludentes de nexo causal. É adotada nas
hipóteses de danos ambientais e danos decorrentes de atividade nuclear. A teoria funda-se na
ideia de que o poluidor deve assumir todos os riscos inerentes à atividade que pratica.
2.3. Responsabilidade do Poder Público: O Poder Público também pode responder por dano
causado ao meio ambiente decorrente de ato comissivo seu, aplicando-se nesse caso a teoria
objetiva do risco administrativo.
STJ: Em casos de dano ambiental decorrente de ato omissivo, a responsabilidade do Poder
Público também será objetiva.
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3.5. Prazos máximo no processo Administrativo para apuração de infração ambiental previstos na
Lei 9.605/98:
Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os
seguintes prazos máximos:
I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração,
contados da data da ciência da autuação;
- trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da
sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do
Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do
Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
3.6. Prazos prescricionais (Decreto 6.514/08): Prescreve em cinco anos a ação da administração
objetivando apurar a prática de infrações contra o meio ambiente, contada da data da prática do
ato, ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que esta tiver cessado.
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Fixada a pena-base, deve o juiz analisar as circunstâncias atenuantes e agravantes dos arts. 14 e
15 da lei de crimes ambientais:
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou
limitação significativa da degradação ambiental causada;
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; IV -
colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o
crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
- ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio
ambiente; d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público,
a regime especial de uso;
atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;
em período de defeso à fauna;
em domingos ou feriados;
à noite;
em épocas de seca ou inundações;
no interior do espaço territorial especialmente protegido;
com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
mediante fraude ou abuso de confiança;
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PENAS RESTRITIVAS DE
DIREITOS I) Hipóteses em que podem ser aplicadas:
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as
privativas de liberdade quando:
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade
inferior a quatro anos;
- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem
que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do
crime. Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este
artigo terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.
Espécies de penas restritivas de direitos:
Prestação de serviços à comunidade: consiste na atribuição ao condenado
de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de
conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na
restauração desta, se possível. ;
Interdição temporária de direitos: são a proibição de o condenado contratar
com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros
benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos,
no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos;
Suspensão parcial ou total de atividades: será aplicada quando estas não
estiverem obedecendo às prescrições legais;
Prestação pecuniária: consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à
entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz,
não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta
salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual
reparação civil a que for condenado o infrator;
Recolhimento domiciliar: Baseia-se na autodisciplina e senso de
responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar,
frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido
nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a
sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.
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4.7. Suspensão condicional da pena: Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da
pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a
três anos.
4.8. Ação Penal: É PÚBLICA E INCONDICIONADA.
4.9. Aplicação das disposições da Lei nº 9.099/95: Nos crimes em que a pena mínima cominada
for igual ou inferior a um ano, o MP poderá propor a suspensão do processo por dois a quatro
anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro
crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.
4.10. Crimes ambientais em espécie: Vide arts. 29 a 69.
Referências Bibliográficas:
Leonardo Madeiros Garcia e Romeu Thomé. Direito Ambiental. Coleção Leis Especiais para
concursos.
DIREITO TRIBUTÁRIO
16 Processo judicial tributário. 16.1 Ação de execução fiscal. 16.2 Lei nº 6.830/1980 e suas
alterações (Execução Fiscal). 16.3 Ação cautelar fiscal. 16.4 Ação declaratória da inexistência de
relação jurídico-tributária. 16.5 Ação anulatória de débito fiscal. 16.6 Mandado de segurança.
16.7 Ação de repetição de indébito
EXECUÇÃO FISCAL
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Objetivo da Lei de execução fiscal: permitir que a Fazenda Pública promova a constituição de
um título executivo extrajudicial, CDA, que funcione como um suporte para a Fazenda Pública
executar seus créditos.
- A LEF é necessária, pois a Fazenda Pública possui determinados créditos que quando surgem
não são consubstanciados como objetos de um título executivo. Nesse caso, a Fazenda Pública
terá que constituir unilateralmente esse título, que funcionará como suporte para a cobrança
desses seus créditos, que é a CDA.
ATENÇÃO: NEM TODO CRÉDITO DO FISCO SERÁ OBJETO DE EXECUÇÃO FISCAL: Só serão objeto
de execução aqueles créditos que não são objeto de um outro título, pois será necessário
formalizar o título unilateralmente, e não dentro de um processo judicial. Ex: Art. 71 da CF/88 - O
Tribunal de Contas da União pode aplicar multa, a qual não será cobrada pela execução fiscal, já
que a CF diz que essa decisão é título executivo.
2) Abrangência da LEF:
Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e,
subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou
não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores,
que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o
artigo 1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública.
2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não
tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos
previstos em lei ou contrato.
Esses créditos que vão ser inscritos em dívida ativa nem sempre são créditos tributários, a
exemplo:
FGTS;
Multas da Delegacia Regional do Trabalho;
Taxa de Ocupação cobrada pela União;
Multa Penal prevista no Art. 51 do Código Penal.
Essa diferenciação entre créditos tributários e não tributários é importante, pois há dispositivos na
LEF que se aplicam a créditos não tributários e não se aplicam aos créditos tributários, por serem
incompatíveis com o CTN. Com efeito, a LEF é uma norma de cunho eminentemente processual,
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mas há dispositivos de cunho material, que não se limitam a ser normas de processo, invadindo
determinadas matérias reguladas pelo CTN. Um exemplo disso é o art. 2º, §3º:
Art.2º
(...)
3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será
feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a
prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da
execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
4º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda
Nacional.
Percebe-se por esse §3º que versa sobre prescrição. Todavia, prescrição em matéria tributária é
regulada pelo CTN, pois a CF dispõe que cabe à Lei Complementar em matéria Tributária
estabelecer normas gerais sobre prescrição. A LC em matéria tributária é o CTN, o qual estabelece
em vários dispositivos sobre prescrição. No CTN, se estabelece no art. 174 ser o prazo de 05
(cinco) anos para constituir o crédito tributário, bem como dispõe as hipóteses de suspensão da
prescrição.
Assim, em sendo execução fiscal de crédito tributário, deve ser analisada a LEF à luz do CTN. Logo,
em sendo crédito tributário, há uma dupla submissão, devendo existir compatibilidade da LEF com o
CTN. Em caso de incompatibilidade, o dispositivo da LEF não será aplicado. Logo, NÃO EXISTE A
SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO POR 180 (CENTO E OITENTA) DIAS EM SENDO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO, DEVENDO SE APLICAR O CTN.
Todavia, acaso se trate de uma execução fiscal de crédito não tributário, essa execução se submete
à LEF, é possível suspender o prazo prescricional por 180 (cento e oitenta) dias nesse caso.
Termo de inscrição em dívida ativa: A inscrição dos créditos em dívida ativa consiste em
colocá-los nos sistemas das Procuradorias, devendo conter uma série de informações, previstas
no art. 2º, §5º da LEF:
Art. 2º
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(...)
§5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter: I - o nome do devedor, dos
corresponsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de
outros;
- o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros
de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato;
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;
IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem
como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo;
V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e
VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver
apurado o valor da dívida.
6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição
e será autenticada pela autoridade competente.
7º - O Termo de Inscrição e a Certidão de Dívida Ativa poderão ser preparados e
numerados por processo manual, mecânico ou eletrônico.
A etapa seguinte será emitir a CDA, que é a materialização no mundo concreto, dessas
informações do termo, e que é o título executivo extrajudicial, e se consubstancia na petição
inicial da execução fiscal.
Não cabe impor ao FISCO juntar qualquer planilha de débito, conforme jurisprudência do STJ.
STJ: NÃO é necessário que da CDA conste a discriminação detalhada de todos os acréscimos
referentes à correção monetária, multa e juros de mora, bastando que seja indicado o
fundamento legal a partir do qual serão calculados os acréscimos e os débitos devidos.
Art.2º
(...)
8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser
emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para
embargos.
Caso ocorra um erro na CDA, prevê esse artigo ser lícito fazer a emenda ou a substituição da
CDA até a decisão de primeira instância. Nesse caso, situações se impõem:
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SÚMULA 392 STJ. A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
7.1. Legitimados: O art. 4º da LEF prevê que a execução fiscal pode ser ajuizada em face do
devedor ou corresponsável:
Na maioria dos casos, o FISCO opta por ajuizar em face do devedor. Porém, pode o optar por
ajuizar ação contra o devedor e o corresponsável, Nesses casos, a jurisprudência do STJ entende
que a presunção de certeza e liquidez se estabelece em favor do FISCO, não sendo preciso
demonstrar que esse corresponsável agiu com infração, ou desvio (se for sócio em face da pessoa
jurídica). Logo, a presunção é que o FISCO constatou em processo administrativo fiscal a prática
de algum ato que justifique a presença do corresponsável no polo passivo da execução fiscal:
Inverte-se o ônus da prova, cabendo ao sócio demonstrar que não agiu nas hipóteses do art. 135
do CTN, devendo demonstrar que não agiu em desconformidade.
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7.2. Redirecionamento da execução fiscal: Embora seja possível que o FISCO ajuíze execução
fiscal contra o devedor e o responsável já na CDA, na maioria das vezes é ajuizada apenas contra
o contribuinte, pessoa jurídica, e o FISCO deixa para tentar atingir o patrimônio da pessoa jurídica
apenas depois, quando se torna impossível atingir o patrimônio daquela pessoa jurídica. Esse
mecanismo, através do qual o FISCO tenta retirar o foco da execução do contribuinte para o
corresponsável é chamado de REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL. Todavia, para
redirecionar, deve estar na hipótese do art. 135 do CTN.
STJ: Se o FISCO optou por ajuizar a ação somente em face da pessoa jurídica, o ônus de
demonstrar o redirecionamento em face do sócio é do FISCO. Logo, ao longo da execução fiscal,
deverá ser demonstrada que a situação mudou, incidindo o art. 135 do CTN.
EM RESUMO:
7.3. Dissolução irregular: Atualmente, a maioria dos redirecionamentos é feito com base na
dissolução irregular, prevista na súmula 435 do STJ:
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O FISCO passou a dizer que se há certidão nos autos da execução proferida pelo oficial de justiça
atestando que ela não funciona mais no endereço indicado, há um indício de dissolução irregular,
o que também é infração à legislação civil e comercial. É a existência do indício da prática de
dissolução irregular que autoriza o redirecionamento da execução fiscal, para atingir o patrimônio
do sócio responsável, que terá que se defender e, se for o caso, mostrar que a dissolução
irregular não ocorreu:
Demonstrando que não há dissolução irregular: o patrimônio do sócio está protegido;
Caso não demonstrado: o sócio integrará o polo passivo e seu patrimônio responderá
pelas dívidas da empresa na execução fiscal.
ATENÇÃO: A dissolução irregular NÃO se confunde com a falência da empresa. O STJ NÃO tem
admitido o redirecionamento nos processos de falência, por entender que falir não é infração à
lei. Inclusive, há precedentes do STJ que dizem:
A falência, por si só não legitima o redirecionamento;
Em caso de falência, só é possível redirecionar a execução quando restar provada que o sócio
agiu com infração à lei, ou quando o nome do sócio constou na CDA desde o início da
execução.
8. Petição inicial:
Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:
I - o Juiz a quem é dirigida;
II - o pedido; e
III - o requerimento para a citação.
1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará
parte integrante, como se estivesse transcrita.
2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único
documento, preparado inclusive por processo eletrônico. – é assim que funciona
na prática
3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na
petição inicial. – afinal, se está em uma demanda executiva.
4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais.
Desenvolvimento da execução fiscal:
Art. 7º - O despacho do Juiz que deferir a inicial importa em ordem para:
I - citação, pelas sucessivas modalidades previstas no artigo 8º; - é a triangularização
da relação.
- penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de
depósito ou fiança ou seguro garantia;
III - arresto, se o executado não tiver domicílio ou dele se ocultar;
IV - registro da penhora ou do arresto, independentemente do pagamento de custas
ou outras despesas, observado o disposto no artigo 14; e
V - avaliação dos bens penhorados ou arrestados.
9.1. Citação: A citação na execução fiscal pode ocorrer de três formas, sendo a mais usual pelo
Correios, com AR, considerando-se feita pela data da entrega na casa do executado, via de regra.
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Nos termos da LEF, essa citação pelos Correios NÃO precisa ser feita na pessoa do executado,
bastando ser entregue no endereço do executado por alguém que se encontre naquele endereço,
não havendo qualquer espécie de nulidade.
* NA EXECUÇÃO FISCAL, INICIALMENTE O EXECUTADO NÃO É CITADO PARA SE DEFENDER, MAS
PARA TOMAR CONHECIMENTO DO FATO E PAGAR O DÉBITO.
Se houver menção no AR da data em que foi entregue a carta na casa do executado,
presume-se que o prazo a quo é essa data;
Não existindo menção de data, a citação presume-se dada 10(dez) dias depois que a carta
foi entregue na agência dos Correios.
Caso o AR não retorne em 15 (quinze) dias da entrega da carta na agência dos Correios,
considera-se que a citação foi infrutífera, prevendo a LEF a citação por oficial de Justiça.
Caso igualmente reste infrutífera a citação, o último mecanismo será o edital. O edital é
mecanismo de citação residual, até mesmo pois é após a citação por oficial que será
possível o redirecionamento eventual em caso de dissolução irregular. Nesse sentido,
dispõe a súmula 414 do STJ:
SÚMULA 414 DO STJ. A citação por edital na execução fiscal é cabível quando
frustradas as demais modalidades.
Sobre as modalidades de citação em execução fiscal, previu a LEF:
Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os
juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a
execução, observadas as seguintes normas:
I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a
requerer por outra forma;
- a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do
executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega
da carta à agência postal;
III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da
carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão
oficial, gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e
conterá, apenas, a indicação da exequente, o nome do devedor e dos corresponsáveis,
a quantia devida, a natureza da dívida, a data e o número da inscrição no Registro da
Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.
§ 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 (sessenta)
dias.
9.2. Garantia do juízo: Caso o executado não queira pagar, deverá garantir a execução, dispondo
o art. 9º sobre as possibilidades de garantia do juízo:
Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e
encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de
crédito, que assegure atualização monetária;
II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia; III - nomear bens à penhora,
observada a ordem do artigo 11; ou IV - indicar à penhora bens oferecidos por
terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.
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LEF, e não a partir da juntada do mandado nos autos. Logo, a juntada só é o termo a quo se for
fiança bancária.
Conforme asseverado em jurisprudência, no mandado de intimação da penhora, o oficial de
justiça deve fazer menção ao fato de que o prazo de 30 (trinta) dias para a oposição de embargos
do devedor se inicia naquele momento. Todavia, não haverá problema se o mandado faz menção
ao termo legal para ajuizar os embargos, ainda que não fale do prazo de 30 (trinta) dias
expressamente.
Prevê a Lei que deve haver a garantia do juízo prévia para que os embargos sejam opostos. Porém,
há na jurisprudência do STJ uma flagrante diferenciação entre a ausência de garantia do juízo e da
existência de bens suficientes para satisfazer o crédito. Nas hipóteses de garantia parcial, o STJ
entende que se restar comprovado que o sujeito passivo não possui patrimônio suficiente para
satisfazer o crédito totalmente ou reforçar a penhora, impedir a oposição de embargos seria cercear o
direito de defesa do executado. Logo, em caso de penhora parcial, é possível opor embargos à
execução, o que não é possível diante da ausência de garantia de juízo.
b) Atribuição de efeito suspensivo aos embargos: Os embargos que não forem recebidos no
efeito suspensivo podem ter esse efeito concedido se presentes algumas condições:
A existência de garantia do juízo: requisito fundamental do CPC, mas que será sempre
cumprido na LEF, pela própria disposição do art. 16, por ser condição de procedibilidade
dos embargos na LEF;
Explícito requerimento do sujeito passivo;
Evidenciar fumaça do bom direito e o perigo da demora.
Matérias a serem alegadas: Ajuizados os embargos do devedor, deve o sujeito passivo alegar
toda a matéria de defesa, se aplicando o princípio da eventualidade:
Art.16. (...)
2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa,
requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a
critério do juiz, até o dobro desse limite.
3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de
suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão
processadas e julgadas com os embargos.
Embora o sujeito passivo deva alegar toda a matéria de defesa, não pode ser alegado
reconvenção ou compensação. A LEF é de 1980 e embora o CTN admitisse a compensação como
mecanismo de extinção do crédito, o próprio CTN previa que a compensação extingue o crédito
nos termos da lei. No final, a compensação objetiva promover o encontro de contas e a norma
legislativa que disciplina como esse encontro de contas ocorre. Em âmbito Federal, a Lei 8.383/91
regulamenta como ocorrerá esse encontro de contas para extinguir o CT, mas a LEF é de 1980. É
por isso que a jurisprudência entende que, embora o art. 16, §3º diga não ser possível a
compensação, tal dispositivo deve ser interpretado com parcimônia. O que não pode é o sujeito
passivo é alegar nos embargos do devedor o direito à compensação subjetiva, ou seja, suscitar o
direito subjetivo, algo que pretende fazer.
Todavia, nada impede que o direito passivo alegue nos embargos ao devedor que a
compensação já ocorreu, já existindo compensação realizada, fato extintivo do direito do FISCO
na execução fiscal.
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10.2. Exceção de Pré-executividade: Esse mecanismo de defesa NÃO é previsto na LEF, sendo
construção doutrinária. A LEF prevê a necessidade de garantia o juízo para embargar. Porém, às
vezes ocorrem situações em que a execução fiscal está lastreada em um título sem condição de
prosperar. Nessas circunstâncias, ter que exigir que o sujeito passivo constranja seu patrimônio
para se defender seria exigir uma conduta absolutamente incompatível com a realidade concreta,
se o juiz puder observar essas questões de ofício. Para fazer frente às situações em que há vícios
indeléveis na execução fiscal, tanto a doutrina quanto a jurisprudência criaram o instituto da
exceção de pré-executividade.
Natureza jurídica: A exceção de pré-executividade é uma petição apresentada pelo devedor
executado nos autos do processo executivo fiscal sem que haja a necessidade de uma prévia
garantia do juízo, através da qual o devedor chama a atenção do juízo tanto da existência de
vícios na CDA e na execução fiscal.
Dilação probatória: A jurisprudência permite discutir qualquer espécie de matéria, seja de
direito ou de fato, desde que a matéria arguida NÃO demande dilação probatória. Por isso,
qualquer discussão de prova deverá ser feita nos embargos do devedor, enquanto que se for
dispensada a prova, poderá ser apresentada em exceção de pré-executividade.
SÚMULA 393 STJ. A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal
relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.
* ATENÇÃO: STJ – As questões decididas anteriormente em exceção de pré-executividade, sem a
interposição de recurso cabível pela parte interessada, NÃO podem ser posteriormente reabertas
em sede de embargos à execução fiscal.
- Transcorrido em branco o prazo de embargos, NÃO pode o executado se valer da exceção de
pré-executividade para se opor à cobrança, em respeito à preclusão.
10.3. Defesas Heterotópicas: O art. 38 prevê que ainda é possível travar ações correlatas a execução
fiscal em outras demandas, a exemplo da Ação Anulatória, Ação de Repetição de Indébito e Mandado
de Segurança. As defesas heterotópicas são defesas interpostas em posição diferente da natural,
sendo meio autônomo de impugnação, que servirá às partes ou terceiros interessados.
Na execução fiscal, surgem como ações autônomas e prejudiciais, podendo discutir débito,
requerer a sua nulidade, etc.
Em regra, NÃO suspendem a execução, mas o juiz pode conferir o efeito suspensivo.
ESAF: A defesa heterotópica, que impugna o lançamento tributário, proporciona uma limitação
cognitiva aos embargos à execução, não podendo o executado, mesmo se tratando de título
extrajudicial, reiterar causa petendi já declinada naquela demanda.
Art. 38 - A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em
execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de
repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do
depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros
e multa de mora e demais encargos.
Parágrafo Único - A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa
em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso
interposto.
11. Procedimento após o recebimento da defesa: Após o recebimento da defesa, será concedido
o prazo de 30 (trinta) dias para o FISCO impugnar. Em que pese se tratar de um prazo para se
manifestar, esse prazo não será concedido em dobro, por ser prazo próprio.
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Competência para processar a execução fiscal: Dependerá da Fazenda Pública que for autora
da ação:
Se proposta pela Fazenda Pública Estadual ou Municipal: Justiça Estadual;
Se proposta pela Fazenda Nacional: Justiça Federal
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não têm a competência revogada, e deverão ser sentenciadas pelo juiz estadual, com
eventual recurso remetido ao TRF competente.
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diversos aspectos do art. 40 da LEF. Pode se falar, basicamente, da existência das seguintes
relativizações pelo STJ:
Embora o art. 40 da LEF diga que a Fazenda Pública deve ser intimada da suspensão do
prazo executivo por 01 (um) ano para encontrar bens, o STJ entende que nem sempre a
intimação da Fazenda Pública acerca da suspensão é necessária. Isso porque às vezes,
quem requer a suspensão é o exequente. Logo, para o STJ, se é o exequente quem requer
a suspensão, presume-se que a suspensão será deferida, sendo desnecessária a intimação.
Só é necessário intimar o exequente se a suspensão for decretada de ofício pelo juiz;
Transcorrido o prazo de 01 (um) ano, conta-se desde logo a prescrição intercorrente,
sendo desnecessário o despacho de arquivamento, conforme súmula 314 do STJ.
Súmula 314 do STJ. Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis,
suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da
prescrição quinquenal intercorrente.
Conceito: A lei nº 8.397/92, com a nova redação dada pelo art. 65 da Lei 9.532/97, instituiu a
medida cautelar fiscal, de natureza processual. Por meio dela, a Fazenda Pública tem um
instrumento para, judicialmente, obter a indisponibilidade patrimonial dos devedores para com o
fisco até o limite do valor exigido, frustrando com isso a tentativa de ser lesado o Estado tanto na
fase administrativa quanto na judicial de cobrança.
Hipóteses que autorizam o requerimento: A medida cautelar fiscal poderá ser requerida pelo
sujeito ativo contra o sujeito passivo da obrigação tributária, quando ele:
sem domicílio certo, intenta ausentar-se ou alienar bens que possui ou deixar de pagar a
obrigação no prazo fixado;
tendo o domicílio certo, ausentar-se ou tentar ausentar-se, visando elidir o
adimplemento da obrigação;
caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens;
contrai ou tenta contrair dívidas que comprometem a liquidez de seu patrimônio;
notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito fiscal: e.1.)
deixar de pagá-lo no prazo legal, salvo se suspensa sua exigibilidade;
e.2.) põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros;
possui débitos inscritos ou não em dívida ativa, que, somados, ultrapassem 30% de seu
patrimônio conhecido;
aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda Pública
competente, quando exigível em virtude de lei, que é exatamente o caso do arrolamento
administrativo;
tem sua inscrição no cadastro de contribuintes declarada inapta pelo órgão fazendário;
í) pratica atos que dificultem ou impeçam a satisfação do débito.
A medida cautelar deverá ser requerida ao juiz competente para a execução judicial da Dívida
Ativa.
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Eficácia da medida cautelar fiscal: A medida cautelar fiscal conserva sua eficácia no prazo de
60 dias e na pendência do processo de execução judicial da Dívida Ativa pode, a qualquer tempo,
ser revogada ou modificada. Essa eficácia cessa:
Se a Fazenda Pública não propuser a execução judicial da Dívida Ativa no prazo de 60 dias,
contados da data em que a exigência se tornar irrecorrível na esfera administrativa;
Se não for executada dentro de 30 dias a ordem judicial obtida;
Se for julgada extinta a execução judicial da dívida ativa;
Se o requerido promover a quitação do débito que está sendo executado.
Ação declaratória;
Ação anulatória;
Ação de repetição de indébito.
Legitimidade: Em geral está adstrita aos sujeitos envolvidos na relação tributária material em
litígio.
Interesse de agir: NÃO cabe ação declaratória para a interpretação do direito em tese ou para
o esclarecimento de fatos.
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Ação declaratória e repetição de indébito: A ação declaratória pode ser cumulada com a
repetição de indébito.
Ação declaratória e execução: Para a doutrina tradicional, a ação declaratória NÃO comporta
execução porque pretende acertar a relação jurídica controvertida, SALVO quanto à condenação
ao pagamento das verbas resultantes da sucumbência. No entanto, a doutrina moderna entende
possível a execução.
- Sempre que uma sentença declaratória passar por todas as etapas e certificar o indébito, possuindo
um conteúdo condenatório, será possível de ser executada, por exemplo. A compensação ou o pedido
administrativo de devolução de valores pagos a maior são duas formas que a legislação coloca a
critério do contribuinte como formas de reaver o que ele pagou indevidamente. As duas situações são
formas de repetição do indébito, segundo o STJ. Assim, em alguns casos de compensação
judicialmente reconhecidos, é possível promover ação de execução.
Súmula 461 do STJ. O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou
por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada
em julgado.
Ação declaratória e tutela de urgência: É possível a concessão de tutela de urgência, mas não
pode impedir o lançamento, serve para suspender a exigibilidade do crédito tributário.
Ação anulatória: Pode ser promovida pelo contribuinte contra a Fazenda Pública, tendo como
pressuposto a preexistência de um lançamento fiscal.
- Ao propor uma ação anulatória relativa a tributo ou multa quando não houver crédito tributário
constituído, faltará interesse de agir, porque se quer anular algo que ainda não existe.
Depósito na ação anulatória: A ação anulatória, assim como as demais defesas dos
contribuintes, constitui defesa heterotópica. Prevê o art. 38 da LEF:
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requisito essencial. O STF editou súmula vinculante, entendendo que inconstitucional a exigência
do depósito.
Legitimidade: São os sujeitos da relação obrigacional tributária que deu ensejo ao lançamento
que se pretende desconstituir.
Cabimento: Objetiva a restituição dos valores pagos indevidamente, pretensão que pode ser
exercida tanto na via administrativa, quanto na via judicial. É cabível nas hipóteses do art. 165 do
CTN:
Na hipótese de cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior do que
o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza, ou ainda, das
circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;
Na hipótese de erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer
documento relativo ao pagamento; e
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Art. 166 - A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do
respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido
encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente
autorizado a recebê-la.
A grande discussão acerca do tema no passado foi a respeito dos tributos sujeito a lançamento
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por homologação (LC 118/2005). Nestes casos, o contribuinte tem a obrigação de declarar e
pagar determinada quantia e a Fazenda tem o prazo de cinco anos para homologar o
pagamento efetuado pelo contribuinte.
Havia uma tese pró-contribuinte que dizia que a homologação do pagamento, a extinção
definitiva do crédito tributário ocorre depois de decorridos cinco anos a partir do fato gerador.
Assim, o prazo para requerer a restituição somente prescreveria decorridos os cinco anos para
a Fazenda homologar. E sendo a homologação tácita após cinco anos do fato gerador (art. 150,
§ 4º), o prazo prescricional levaria em conta os cinco anos para homologação mais cinco,
totalizando dez anos.
A LC 118/05 que alterou o CTN e determinou que o prazo de cinco anos deve ser contado a
partir do pagamento antecipado independente de manifestação ou homologação por parte do
poder público.
A LC 118/05, dizendo ser lei interpretativa, estabeleceu que o prazo é e sempre foi de cinco
anos contados do pagamento antecipado. Assim a discussão que houve foi se poderia
aplicar essa LC retroativamente.
O STF entendeu que a lei é inconstitucional no aspecto que manda aplicar retroativamente o
prazo de cinco anos, por mudar o entendimento jurisprudencial que havia a respeito do tema.
Conclui então: a lei entrou em vigou em 09/06/2005; para as ações judiciais ajuizadas antes da
entrada em vigor da lei vale o prazo de dez anos (5 +5); por outro lado, para as ações ajuizadas
depois da entrada em vigor da lei o prazo é de cinco anos.
A LC 118/2005 não foi considerada meramente interpretativa, reduziu um prazo de dez para
cinco anos e, portanto não pode ser aplicada retroativamente, por violar a segurança jurídica,
a estabilidade das relações e a confiança.
Se o pedido de restituição for feito na via administrativa e ele for negado se teria dois anos para
ajuizar uma ação para impugnar essa desconstituição na via administrativa e pedir de volta.
Art. 169 CTN - Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que
denegar a restituição.
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo
sujeito passivo, nos casos:
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou
de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
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Procedimento:
b) Sucumbência:
Tratando-se de ação consignatória fundada na dúvida subjetiva sobre a qual Fazenda Pública
pagar, a Fazenda que ficar vencida terá que pagar os ônus da sucumbência tanto à Fazenda
vencedora quanto ao contribuinte depositante.
A ação consignatória não é a via adequada para obter o parcelamento do débito.
Art. 5º, LXIX da CF/88 - conceder-se-mandado de segurança para proteger direito líquido
e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições do Poder Público.
O artigo 38 da LEF dispõe que o manejo da via judicial, pelo contribuinte, importa em renúncia ao
poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso a caso interposto, dispositivo este
considerado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (informativo 476 do STF).
Não cabe mandado de segurança contra lei em tese, conforme súmula 266 do STF.
É possível ainda impetrar mandado de segurança preventivo, de modo que existem duas
possibilidades para o mandado de segurança em matéria tributária:
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Conclusões:
É cabível mandado de segurança para discutir compensação, inclusive para declarar o
direito de compensar os valores indevidamente recolhidos nos últimos cinco anos;
Não é cabível o deferimento de liminar para determinar a compensação;
Para discutir a compensação, será cabível o mandado de segurança se se quiser afastar
algum óbice ilegal criado pelo poder público ou se quiser que seja declarado o direito
de compensar uma determinada quantia. Entretanto não será cabível se a pretensão
for discutir os termos de uma compensação que se pretendeu fazer na via
administrativa e lhe foi negada.
Referências Bibliográficas
Mauro Luís da Rocha Lopes. Processo Judicial Tributário.
Leandro Paulsen. Direito Processual Tributário.
João Aurino de Melo Filho. Execução Fiscal Aplicada.
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