00 Petição

Justiça Federal da 1ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico
26/04/2022
Número: 1014850-90.2022.4.01.3400
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 21ª Vara Federal Cível da SJDF
Última distribuição : 16/03/2022
Valor da causa: R$ 191.605,10
Assuntos: Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Art. 55/6)
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALESSANDRO CAMELO DE SOUSA (AUTOR) TEREZINHA MARIA DA LUZ VIEIRA (REPRESENTANTE)
WANDERSON FARIAS DE CAMARGOS (ADVOGADO)
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (REU)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
98045 16/03/2022 17:01 00 PETIÇÃO Inicial
4161
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WANDERSON FARIAS DE CAMARGOS
SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA
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AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA FEDERAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO

DISTRITO FEDERAL.
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO
DA TUTELA PROVISÓRIA
ALESSANDRO CAMELO DE SOUSA, brasileiro, divorciado,

militar, CPF 554.032.201-00, RG 1.209.163/DF, devidamente representado por sua
procuradora Sra. TEREZINHA MARIA DA LUZ VIEIRA, brasileira, casada, do lar, RG
305.568/DF, CPF 512.766.661-87, residentes à Quadra 3-A, Conjunto C, Casa 16, Arapongas,
Planaltina/DF, CEP 73368-122, por meio deste advogado, vem propor:
AÇÃO PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO COM CONVERSÃO DE
TEMPO ESPECIAL EM COMUM
em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia federal da

superintendência regional da cidade de Brasília-DF, com endereço à SBN Quadra 02 – Bloco
K – 2º subsolo, Brasília-DF – CEP: 70.041-901, pelos motivos que se seguem.
QUADRO RESUMO
Data de Nascimento: 26/03/1973 Idade atual: 48 anos
Data do Requerimento: 26/12/2018
Motivo do indeferimento: Falta de tempo de contribuição.
I. DOS FATOS
A parte autora, nascida em 26/03/1973, contando com 48 anos nesta data, é

segurado do INSS na qualidade de trabalhador urbano, tendo desempenhado, atividade especial
___________________________________________________________________________
(61) 3322-5113 / 99846-2808 – e-mail: camargosadvbrasilia@outlook.com
1/10
SCRS - Qd 502 – Bloco A – Loja 48 – Asa Sul – CEP 70.330-510
Assinado eletronicamente por: WANDERSON FARIAS DE CAMARGOS - 16/03/2022 17:00:26 Num. 980454161 - Pág. 1
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22031617002589700000971509858
Número do documento: 22031617002589700000971509858
________________
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na atividade de POLICIAL MILITAR, cujo tempo de contribuição se converte em tempo

comum.
Inicialmente a parte autora era segurada do RGPS e posteriormente

passou a laborar como POLICIAL MILITAR. Contudo, após decisão judicial penal, foi
condenado a pena privativa de liberdade em regime fechado, na data de 19/04/2018, sendo
consequentemente exonerado do seu posto, passando assim, a contribuir novamente ao RGPS.
Conforme cópia da CTPS, certidão de tempo de contribuição – CTC,

bem como extrato previdenciário - CNIS em anexo; e conforme se demonstrará, através de
tabela de Cálculo do tempo de contribuição, o autor conta com 01 ano, 05 meses e 17 dias de
tempo de contribuição, e com 38 anos, 10 meses e 18 dias de tempo de contribuição já com
a devida converso de tempo especial em comum.
Tempo Tempo convertido

Período Empresa / Atividade Tempo Especial / / Requisitos do
Mult. tempo especial
Até 28/04/1995 – Simples enquadramento no rol de agentes nocivos
21/08/1989 a 19/10/1989 CORAL ADMINISTRAÇÃO E 0a 1m 29d Não 0a 1m 29d

SERVIÇO
01/01/1990 a 24/04/1990 PANIFICADORA E CONF 0a 3m 24d Não 0a 3m 24d
TAUMATURGO
25/04/1990 a 01/06/1990 PANIFICADORA E CONF 0a 1m 07d Não 0a 1m 07d

TAUMATURGO
01/09/1990 a 31/01/1991 LM SONORIZAÇÃO E 0a 5m 00d Não 0a 5m 00d
LOCAÇÃO
17/07/1991 a 03/01/1992 CARLTON HOTELARIA 0a 5m 17d Não 0a 5m 17d
27/01/1992 a 18/10/2018 SECRETARIA DE ESTADO 26a 8m 22d Sim 37a 5m 1d

DE SEGURANCA
PUBLICA DO DISTRITO
FEDERAL - POLICIAL
TOTAL 28 ANOS, 02 MESES E 09 DIAS / 38 ANOS, 10 MESES E 18 DIAS
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Segundo o Artigo 1º da Lei Complementar nº 51 de 20 de dezembro de

1985, a aposentadoria especial de policial pelo direito adquirido será:
Com salários integrais igual ao último contracheque,

independentemente da idade: a) após 30 anos de contribuição desde que pelo menos 20 anos de
atividade policial, se homem; b) após 25 anos de contribuição desde que pelo menos 15 anos
de atividade policial, se mulher.
Ou seja, o único requisito determinado por lei para a aposentadoria

especial de policial era possuir, no mínimo, 20 anos de serviço policial e 30 de contribuição
total caso seja homem. No caso das mulheres, a exigência era 15 anos de serviço policial e 25
de contribuição total.
Assim, na data do requerimento o autor já contava com mais de 35 anos

de tempo de contribuição, todavia, mesmo tendo preenchido todos os requisitos necessários
para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição, bem como apresentado toda a
documentação exigida, o requerimento de aposentadoria formulado pelo autor, com DER em
26/12/2018, fora negado pelo INSS sob argumento de que falta tempo de contribuição.
Portanto, socorre-se ao judiciário como forma de garantir seu direito.
II. DO DIREITO
a. DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
O Decreto 3048/99 dispõe em seu art. 56 e seguintes quanto à

aposentadoria por tempo de contribuição, nestes termos:
Art. 56. A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado após
trinta e cinco anos de contribuição, se homem, ou trinta anos, se mulher, observado
o disposto no art. 199-A.
§ 1º A aposentadoria por tempo de contribuição do professor que comprove,

exclusivamente, tempo de efetivo exercício em função de magistério na educação
infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio, será devida ao professor aos trinta
anos de contribuição e à professora aos vinte e cinco anos de contribuição.
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Assim, a aposentadoria integral por tempo de contribuição, será devida

ao segurado que completar 30 anos de serviço, se mulher, e 35 anos se homem, reduzindo-se
cinco anos caso o beneficiário seja professor, só para constar.
No presente caso, o tempo de contribuição está demonstrado por meio

da CTPS, CNIS e CTC do autor, cujos vínculos indicam contribuições por mais de 38 anos,
destacando-se, ainda, o tempo exercido em atividade especial, conforme se demonstrará.
Já a carência exigida, nos termos do art. 25, II, da lei 8.213/91, para a
aposentadoria por tempo de contribuição será de 180 meses, estando está devidamente
cumprida pela manutenção da qualidade de segurado obrigatório por longos anos.
Ressalta-se ainda que todos os requisitos necessários para a

concessão do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição foram cumpridos
antes do implemento da EC 103/2019, portanto, deve-se considerar que a partir do
momento em que completara os requisitos para a concessão de tal benefício, ora
requerido, a parte autora passou a ter o direito adquirido inerente ao mesmo.
Sendo assim, bom ainda frisar que a Constituição Federal de 1988

restringe-se em descrever, in verbis que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada. ”
Assim, direito adquirido é um direito fundamental, alcançado

constitucionalmente, sendo encontrando no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, bem como
na Lei de Introdução ao Código Civil, em seu art. 6º, § 2º, o qual determina que “consideram-
se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém que por ele, possa exercer, como
aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida inalterável,
a arbítrio de outrem. ”
Com isso, nota-se que o autor tem de receber benefício de aposentadoria

por tempo de contribuição, uma vez que preenche todos os requisitos necessários,
caracterizando assim o direito adquirido.
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b. DA CONTAGEM RECÍPROCA DO TEMPO DE

CONTRIBUIÇÃO
A Constituição Federal dispõe em seu art.201 e seguintes quanto à
contagem recíproca do tempo de contribuição para fins de aposentadoria por tempo de
contribuição, nestes termos:
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998).
(...)
§ 9º. Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo
de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana,
hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão
financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. (Incluído dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998).
Assim, a aposentadoria integral por tempo de contribuição, será devida

ao segurado que completar 30 anos de serviço, se mulher, e 35 anos se homem, reduzindo-se
cinco anos caso o beneficiário seja professor, só para constar. Sendo permitida e assegurada
a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade
privada.
Para provar o alegado, parte dos indícios suficientes de prova material

que acosta aos autos, bem como pela oitiva de testemunhas, que serão arroladas em momento
oportuno.
c. DA ATIVIDADE ESPECIAL
Conforme se demonstra nos autos, o autor exerceu, por longo prazo, a

atividade de POLICIAL MILITAR, ocupação está enquadrada como atividade especial, pois
ficou exposto a fatores de risco, conforme CTC em anexo, por meio do qual comprova-se que
o autor estava exposto a atividade prejudicial à saúde e que coloca em risco a integridade física.
Vejamos jurisprudência no sentido:
CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO LEGAL.

RECONHECIMENTO DE PERÍODO COMO ESPECIAL. ESTATUTÁRIO.
POLICIAL MILITAR. CONVERSÃO EM TEMPO COMUM. POSSIBILIDADE.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Verifica-se que a parte
autora comprovou que exerceu atividade especial no período de 19/04/1997 a
28/05/1985 - contratado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, no cargo de
Soldado da Polícia Militar, em serviço estritamente policial. 2. Quanto à
possibilidade de conversão deste período exercido no regime estatutário, o que
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inviabilizaria, em tese, a conversão em tempo comum, o autor faz jus à conversão do

tempo de serviço como policial militar em tempo de serviço comum, em respeito ao
princípio da isonomia, pois pretende sua aposentadoria pelo Regime Geral de
Previdência e, portanto, deve ser reconhecida a periculosidade da atividade
desenvolvida naquele período tal como é para o vigia e o guarda - categorias para as
quais a jurisprudência já se pacificou no sentido da conversão em tempo comum.
Precedente do STJ. 3. O Art. 58 da Lei 8.213/91 garante a contagem diferenciada
para fins previdenciários ao trabalhador que exerce atividades profissionais
prejudiciais à saúde ou à integridade física (atividade perigosa). 4. Agravo
desprovido. (TRF-3 - APELREEX: 00329514720134039999 SP 0032951-
47.2013.4.03.9999, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL BAPTISTA
PEREIRA, Data de Julgamento: 26/01/2016, DÉCIMA TURMA, Data de Publicação:
e-DJF3 Judicial 1 DATA:03/02/2016).
Assim, tendo a parte autora laborado como POLICIAL MILITAR,

portando arma de fogo, exposto ao agente agressivo, terá direito por enquadramento da
atividade prevista no item 2.5.7 do Decreto nº 53.831/64, in verbis:
CÓDIGO CAMPO DE SERVIÇOS E CLASSIFICAÇÃO TEMPO DE OBSERVAÇÕES

APLICAÇÃO ATIVIDADES TRABALHO
PROFISSIONAIS MÍNIMO
2.5.7 Extinção de Fogo, Bombeiros, Perigoso 25 anos Jornada normal
Guarda Investigadores, Guardas
Importante mencionar que os servidores públicos titulares de cargos

efetivos são vinculados à Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, e em regra, não podem
gozar de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios previdenciários.
Casos como a aposentadoria especial ora estipulada, aposentadoria de

servidores com deficiência e aposentadoria de agentes penitenciários, socioeducativos ou
alguns policiais, são exceções constitucionais à imposição normativa geral.
Considerando a antiga redação da Carta Constitucional, e tendo por

base as reiteradas decisões em Mandados de Injunção para concessão da aposentadoria especial
aos servidores públicos em simetria aos trabalhadores da rede privada, o Plenário do STF
aprovou a seguinte Súmula Vinculante nº 33:
Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da

previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso
III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.
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Portanto, na atividade especial exercida, faz jus ao reconhecimento do

período especial.
d. DA CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM TEMPO

COMUM
A aposentadoria por tempo especial é aquela devida a segurados que

tenham trabalhado em atividades sujeitas a condições especiais que prejudiquem a sua saúde
ou integridade física, para os quais a lei, em especial pelos arts. 64 e seguintes do decreto
3.048/99, prevê a redução do tempo de contribuição necessário para se aposentar, para 25, 20
ou 15 anos, a depender do caso, como forma de retirar esse trabalhador das condições de risco
e lhe preservar - ou minimizar - os danos à sua saúde.
Todavia, a legislação previdenciária a respeito do tema passou por

diversas alterações, ficando cada vez mais rígida, sendo que, como respeito ao direito adquirido
e à segurança jurídica, deverá ser aplicada a norma vigente à época dos fatos, a saber:
A lei 8.213/91 inicialmente não trazia qualquer condição quanto à prova

pericial da atividade especial, sendo que somente bastava que a atividade exercida estivesse
enquadrada no rol de agentes nocivos previstos nos decretos vigentes.
Entretanto, após a alteração do art. 57, §3º, dada pela Lei 9.032/95,
passou-se a exigir a demonstração de efetiva exposição, de forma permanente, não ocasional
nem intermitente, a agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, por qualquer meio de
prova, considerando-se suficiente para tanto a apresentação de formulário-padrão preenchido
pela empresa, embora sem exigência de embasamento em laudo técnico (LTCAT), nestes
termos:
Art. 57 - § 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo

segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho
permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem
a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado.
§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes

nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou
à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do
benefício.
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Por fim, após a entrada em vigor da Lei 9.528/97, resultante da

conversão do decreto 2.172/97, passou-se a exigir a comprovação da efetiva exposição aos
agentes nocivos por meio da apresentação de formulário padrão, embasado em laudo técnico
ou perícia técnica – LTCAT.
Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação
de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de
concessão da aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo
Poder Executivo.
§ 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita

mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social
- INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de
condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro
de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista.
Desta feita, temos a seguinte situação:
 Até 28/04/1995, basta que a atividade estivesse enquadrada como atividade especial,
dispensando-se qualquer prova adicional;
 Entre 29/04/1995 a 05/03/1997 – necessária a demonstração da efetiva exposição a
fatores de risco, todavia não condicionado à apresentação de LTCAT, bastando para
tanto, qualquer outra prova técnica, inclusive o PPP;
 Após 06/03/1997, a comprovação deverá estar condicionada à apresentação do
LTCAT.
Postas tais considerações, passa-se à conversão do tempo de contribuição

especial em comum, conforme dispõe o art. 70 do Decreto 3.048/99, nestes termos:
Art. 70. A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em

tempo de atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela:
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)
DE 15 ANOS 2,00 2,33
DE 20 ANOS 1,50 1,75
DE 25 ANOS 1,20 1,40
Com base nestes termos, portanto, fora realizado o cálculo do tempo de

contribuição já apresentado, cuja conversão foi feita utilizando-se o multiplicador 1,40,
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referente à conversão de 25 para 35 anos, e apenas nos casos cujas provas já estejam
devidamente acostadas aos autos.
Desse modo, totalizou-se 38 anos, 10 meses e 18 dias, garantindo-se,

portanto, o cumprimento de todos os requisitos legais para a concessão da aposentadoria por
tempo de contribuição, desde a data do requerimento, DER em 26/12/2018.
e. DA JUSTIÇA GRATUÍTA
Consoante o disposto nas Leis 1.060/50 e 7.115/83, o Promovente

declara para os devidos fins e sob as penas da lei, ser pobre na forma da lei, não tendo como
arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais, sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família.
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita,

assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (NCPC),
artigo 98 e seguintes.
III. DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, é o que requer:
a. A concessão dos benefícios da justiça gratuita, por ser pobre nos

termos da lei.
b. A citação da requerida para que responda a presente ação, no prazo

legal, bem como citação do Ministério Público, caso haja interesse na
presente ação.
c. A ANTECIPAÇÃO DA TUTELA, a fim de se determinar ao INSS

a imediata implementação do benefício de aposentadoria por tempo
de contribuição à parte autora, sob pena de multa a ser estipulada por
esse juízo.
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d. Seja, ao final, julgado procedente o pedido ora formulado, a fim de:

i. Reconhecer o tempo exercido em atividade especial no período
de 27/01/1992 a 18/10/2018, com a consequente averbação e
conversão em tempo comum.
ii. condenar o INSS a implementar o benefício de aposentadoria por

tempo de contribuição à parte autora, desde a data do
requerimento administrativo, ocorrido em 26/12/2018,
restituindo-lhe os atrasados, devidamente corrigidos e
atualizados, desde esta data.
Pretende provar o alegado por todos os meios de provas admitidos.

A parte autora se responsabiliza em apresentar as testemunhas em
audiência designada por este juízo, independentemente de intimação.
Dá-se à causa o valor de R$ 191.605,10 (cento e noventa e um mil,

seiscentos e cinco reais e dez centavos), nos termos do §1º e §2º do art. 292 do CPC.
Nestes termos, pede deferimento.
Brasília/DF, 04 de março de 2022.
Wanderson Farias De Camargos

OAB/MG 118.237
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Justiça Federal da 1ª Região

PJe - Processo Judicial Eletrônico

AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA FEDERAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO

ALESSANDRO CAMELO DE SOUSA, brasileiro, divorciado,

AÇÃO PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia federal da

Data de Nascimento: 26/03/1973 Idade atual: 48 anos

Data do Requerimento: 26/12/2018

Motivo do indeferimento: Falta de tempo de contribuição.

A parte autora, nascida em 26/03/1973, contando com 48 anos nesta data, é

na atividade de POLICIAL MILITAR, cujo tempo de contribuição se converte em tempo

Inicialmente a parte autora era segurada do RGPS e posteriormente

Conforme cópia da CTPS, certidão de tempo de contribuição – CTC,

Tempo Tempo convertido

Até 28/04/1995 – Simples enquadramento no rol de agentes nocivos

21/08/1989 a 19/10/1989 CORAL ADMINISTRAÇÃO E 0a 1m 29d Não 0a 1m 29d

25/04/1990 a 01/06/1990 PANIFICADORA E CONF 0a 1m 07d Não 0a 1m 07d

27/01/1992 a 18/10/2018 SECRETARIA DE ESTADO 26a 8m 22d Sim 37a 5m 1d

Segundo o Artigo 1º da Lei Complementar nº 51 de 20 de dezembro de

Com salários integrais igual ao último contracheque,

Ou seja, o único requisito determinado por lei para a aposentadoria

Assim, na data do requerimento o autor já contava com mais de 35 anos

Portanto, socorre-se ao judiciário como forma de garantir seu direito.

O Decreto 3048/99 dispõe em seu art. 56 e seguintes quanto à

§ 1º A aposentadoria por tempo de contribuição do professor que comprove,

Assim, a aposentadoria integral por tempo de contribuição, será devida

No presente caso, o tempo de contribuição está demonstrado por meio

Ressalta-se ainda que todos os requisitos necessários para a

Sendo assim, bom ainda frisar que a Constituição Federal de 1988

Assim, direito adquirido é um direito fundamental, alcançado

Com isso, nota-se que o autor tem de receber benefício de aposentadoria

b. DA CONTAGEM RECÍPROCA DO TEMPO DE

Assim, a aposentadoria integral por tempo de contribuição, será devida

Para provar o alegado, parte dos indícios suficientes de prova material

Conforme se demonstra nos autos, o autor exerceu, por longo prazo, a

CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO LEGAL.

inviabilizaria, em tese, a conversão em tempo comum, o autor faz jus à conversão do

Assim, tendo a parte autora laborado como POLICIAL MILITAR,

CÓDIGO CAMPO DE SERVIÇOS E CLASSIFICAÇÃO TEMPO DE OBSERVAÇÕES

Importante mencionar que os servidores públicos titulares de cargos

Casos como a aposentadoria especial ora estipulada, aposentadoria de

Considerando a antiga redação da Carta Constitucional, e tendo por

Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da

Portanto, na atividade especial exercida, faz jus ao reconhecimento do

d. DA CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM TEMPO

A aposentadoria por tempo especial é aquela devida a segurados que

Todavia, a legislação previdenciária a respeito do tema passou por

A lei 8.213/91 inicialmente não trazia qualquer condição quanto à prova

Art. 57 - § 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo

§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes

Por fim, após a entrada em vigor da Lei 9.528/97, resultante da

§ 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita

Desta feita, temos a seguinte situação:

Postas tais considerações, passa-se à conversão do tempo de contribuição

Art. 70. A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em

Com base nestes termos, portanto, fora realizado o cálculo do tempo de

Desse modo, totalizou-se 38 anos, 10 meses e 18 dias, garantindo-se,

Consoante o disposto nas Leis 1.060/50 e 7.115/83, o Promovente

Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita,

III. DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, é o que requer:

a. A concessão dos benefícios da justiça gratuita, por ser pobre nos

b. A citação da requerida para que responda a presente ação, no prazo