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Autor: Otávio Souza – PMMINAS

Ed.23.12.10

ATENÇÃO: PROIBIDA A VEICULAÇÃO DESTES MATERIAIS, ainda que sem finalidade de lucro (uso
autorizado apenas para o comprador), todos os direitos reservados. Muito cuidado com a
investigação social, fase importantíssima do seu certame - a honra militar começa nos estudos.

DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL


Violação de direito autoral → ainda que não tenha objetivo de lucro é crime!
ART. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1º Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto,
por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem
autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso,
ou de quem os represente:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Bizu: esse crime INDEPENDE de você ter ou não lucro, o mero compartilhamento incide
no caput do artigo. Quando há lucro o crime é qualificado (ainda mais grave) nos termos
do §1º.

O QUE SIGNIFICAM AS CORES DOS GRIFOS?


Azul → prazos e datas.
Verde → títulos de determinados assuntos relevantes.
Vermelho → atenção + palavras importantes as quais são alvo de pegadinhas.
Laranja → artigos que já caíram e caem bastante em concursos policiais militares.
Vermelho → pegadinhas com troca de palavras.

LIVE COM APROVADOS (APRENDA A ESTUDAR COM ELES E SEJA APROVADO VOCÊ TAMBÉM):

1. Carol 1ª Colocada Soldado PMMG: https://youtu.be/kEByCpuKPVU


2. Juliana 1ª Colocada Oficial PMMG: https://youtu.be/v4ftXoAHD4c
3. Filipe: https://www.instagram.com/p/CPWzRDmjx-6/
4. Bruno: https://www.instagram.com/p/CPZWVKojWfe/

ATENÇÃO: Qual a finalidade desta Apostila? Com este material quero que tenha uma base sólida
para encarar a prova da PMMG. Este PDF, somado a realização de questões específicas para a banca
CRS/PMMG fornecerá os aprofundamentos necessários e suficientes para sua aprovação.

Estas foram, inclusive, as palavras do Filipe Carvalho que hoje é oficial da Polícia Militar de Minas Gerais:
”Otávio, estudei somente por seus materiais e metodologia e fui aprovado na PMMG, obrigado irmão” –
nos links acima é possível assistir à várias entrevistas com alunos aprovados pelo Método OBA.

Otávio Souza ∙ Método OBA . @pmminas

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SUMÁRIO
MORFOLOGIA ............................................................................................................. 5
ESTRUTURA DAS PALAVRAS .................................................................................... 5
RADICAL ................................................................................................................ 5
AFIXOS .................................................................................................................. 5
DESINÊNCIA ........................................................................................................... 6
VOGAIS TEMÁTICAS ................................................................................................ 6
TEMA ..................................................................................................................... 7
VOGAIS/CONSOANTES DE LIGAÇÃO .......................................................................... 8
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS ............................................................... 9
DERIVAÇÃO ............................................................................................................ 9
DERIVAÇÃO PREFIXAL (ou PREFIXAÇÃO) ................................................................. 9
DERIVAÇÃO SUFIXAL (ou SUFIXAÇÃO) ................................................................... 10
DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL .......................................................................... 10
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA (PARASSÍNTESE ou CIRCUNFIXAÇÃO) ......................... 10
DERIVAÇÃO REGRESSIVA (ou REGRESSÃO) ............................................................ 10
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA ....................................................................................... 11
COMPOSIÇÃO...................................................................................................... 11
COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO ........................................................................ 11
COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO ......................................................................... 12
HIBRIDISMO ....................................................................................................... 12
EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS ................................................................................. 12
NEOLOGISMO ........................................................................................................ 13
ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO ..................................................................................... 13
ONOMATOPÉIAS ..................................................................................................... 13
CLASSES GRAMATICAIS......................................................................................... 16
PREPOSIÇÕES ........................................................................................................ 16
CONJUNÇÕES......................................................................................................... 17
INTERJEIÇÕES ....................................................................................................... 17
SUBSTANTIVOS ...................................................................................................... 17
CLASSIFICAÇÕES DOS SUBSTANTIVOS .................................................................. 18
COMUNS OU PRÓPRIOS ..................................................................................... 18
CONCRETOS OU ABSTRATOS.............................................................................. 18
PRIMITIVOS OU DERIVADOS .............................................................................. 18
SIMPLES OU COMPOSTOS .................................................................................. 18
FLEXÃO DE GÊNERO............................................................................................. 19
FLEXÃO DE NÚMERO ............................................................................................ 19
VARIAÇÃO DE GRAU ............................................................................................ 20

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ADJETIVOS ............................................................................................................ 21
LOCUÇÕES ADJETIVAS ......................................................................................... 21
CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS .......................................................................... 21
PRIMITIVOS E DERIVADOS................................................................................. 21
SIMPLES E COMPOSTOS .................................................................................... 21
VARIAÇÃO DE GRAU ............................................................................................ 22
NUMERAIS ............................................................................................................. 22
ARTIGOS ............................................................................................................... 23
ADVÉRBIOS .............................................................................................................. 24
LOCUÇÕES ADJETIVAS ......................................................................................... 25
FLEXÃO DE GRAU ................................................................................................ 26
ONDE OU AONDE? ............................................................................................... 26
PORQUE, POR QUE, PORQUÊ OU POR QUÊ?............................................................. 26
PALAVRAS DENOTATIVAS ..................................................................................... 27
PRONOME................................................................................................................. 28
PRONOMES ADJETIVOS E SUBSTANTIVOS ................................................................. 29
PRONOMES POSSESSIVOS ....................................................................................... 29
PRONOMES INDEFINIDOS........................................................................................ 30
PRONOMES INTERROGATIVOS ................................................................................. 30
PRONOMES DEMONSTRATIVOS ................................................................................ 31
CONTRAÇÃO ....................................................................................................... 32
OUTROS PRONOMES DEMONSTRATIVOS ................................................................ 32
PRONOMES PESSOAIS............................................................................................. 33
PRONOMES RELATIVOS ........................................................................................... 34
PRONOMES DE TRATAMENTO ................................................................................... 36
COLOCAÇÃO PRONOMINAL ...................................................................................... 37
PRÓCLISE ........................................................................................................... 37
MESÓCLISE ......................................................................................................... 38
ÊNCLISE ............................................................................................................. 38
VERBOS ................................................................................................................... 40
MODOS VERBAIS .................................................................................................... 40
MODO INDICATIVO .............................................................................................. 41
PRETÉRITO PERFEITO ........................................................................................ 41
PRETÉRITO IMPERFEITO .................................................................................... 41
PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO ......................................................................... 42
PRESENTE ........................................................................................................ 43
FUTURO DO PRESENTE ...................................................................................... 44
FUTURO DO PRETÉRITO ..................................................................................... 44
MODO SUBJUNTIVO ............................................................................................. 45

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MODO IMPERATIVO .............................................................................................. 45
TEMPOS COMPOSTOS ............................................................................................. 46
VOZES VERBAIS ..................................................................................................... 48
VOZ ATIVA E VOZ PASSIVA ................................................................................... 48
VOZ PASSIVA SINTÉTICA ................................................................................... 49
VOZ REFLEXIVA E VOZ RECÍPROCA ........................................................................ 49
TIPOS DE VERBOS .................................................................................................. 50
REGULARES e IRREGULARES .............................................................................. 50
ANÔMALO ........................................................................................................ 51
DEFECTIVOS .................................................................................................... 51
DERIVADOS ..................................................................................................... 52
ABUNDANTES ................................................................................................... 52

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MORFOLOGIA
Na morfologia nós trabalhamos com a palavra em si mesma. Mais especificamente, estudaremos sua
estrutura, processo de formação e classe gramatical a que pertence.

NA PMMG: nas provas da PMMG são recorrentes questões sobre estrutura das palavras ou
sobre o processo de formação de palavras.

ESTRUTURA DAS PALAVRAS


Nesse item aprenderemos a classificar as unidades mínimas de significação de uma palavra, os
morfemas.

Em outras palavras, morfema é cada


parte mínima de uma palavra que
diz algo sobre seu significado.

E quais são os morfemas?

1- Radicais
2- Afixos
3- Desinências
4- Vogal temática
5- Tema
6- Letra de ligação

RADICAL

O radical é o elemento essencial da palavra, que carrega o seu sentido principal.

OBSERVE:
CERTO – CERTEZA – INCERTEZA – INCERTEZA – ACERTAR

GOVERNADOR – GOVERNO – GOVERNABILIDADE – GOVERNANTE

Uma vez que pertencem ao mesmo campo de sentido, ao comparar uma


palavra com suas variantes conseguimos identificar seu elemento
essencial. Nos exemplos, “cert” e “govern” são os radicais.

Palavras que possuem o mesmo radical são chamadas de COGNATAS.

AFIXOS

Os afixos são morfemas colocados antes (prefixos) ou depois (sufixos) do radical, de modo a formar
novas palavras.

VEJA OS EXEMPLOS:

PALAVRA PREFIXO RADICAL SUFIXO


Empobrecer Em pobr ecer

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Infeliz In feliz -
Felizmente - feliz mente
Legalmente - legal mente
Internacional Inter nacion al
Refazer Re fazer -

Observe que a identificação


do radical nos permite
identificar facilmente o
prefixo e o sufixo de cada
palavra.

DESINÊNCIA

São morfemas colocados no fim das palavras, cuja função é flexionar nomes ou verbos.

DESINÊNCIAS NOMINAIS: flexionam gênero e número dos substantivos e adjetivos.

Radical

MENINAS

Desinência de número “s”

Desinência de gênero “a”

DESINÊNCIAS VERBAIS: flexionam número, pessoa, tempo e modo dos verbos.


As desinências verbais serão aprofundadas no tópico em que estudaremos os verbos.

Radical

CANTÁVAMOS

Desinência modo-temporal “va”: Desinência número-pessoal “mos”:


coloca o verbo no tempo pretérito coloca o verbo na primeira pessoa do
imperfeito e no modo indicativo. plural.

VOGAIS TEMÁTICAS

São morfemas que podem aparecer em nomes ou em verbos para ligar os radicais às desinências
ou sufixos.

EM VERBOS: liga os radicais às desinências. Reveja nosso exemplo anterior:

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CANTÁVAMOS

Vogal temática “a” ligando o


radical “CANT” à desinência
“VA”.

EM NOMES: as vogais temáticas aparecem apenas em palavras terminadas nas vogais átonas “A”,
“E”, ou “O”. Em palavras terminadas em consoante, poderá aparecer no plural.

VEJA OS EXEMPLOS:

LIVRO – O “o” não faz parte do radical (basta pensar em livreto)


Não é uma desinência de gênero (não existe “a livra”) Logo, a letra “o” nesse caso
Está no final da palavra. é uma vogal temática.
Está na sílaba tônica da palavra.

LAR – LARES A letra “E” nas três palavras se


apresenta como uma vogal
SER – SERES temática que liga o radical à
desinência de número (“S”).
MAR - MARES
OBSERVAÇÃO: Há gramáticos que
entendem não haver vogal temática
nesses casos, sendo “ES” a desinência
de número.
Todavia, a maior parte das bancas
avaliadoras de concurso se filia à
corrente segundo a qual há vogal
temática.

TEMA

O tema é simples: é a junção do radical com a vogal temática.

CANTÁVAMOS

Radical Vogal temática Tema (“CANTA”)


ESTABELECÊSSEMOS =
Tema “ESTABELECÊ”

DEFINÍRAMOS = Tema “Definí”

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VOGAIS/CONSOANTES DE LIGAÇÃO

São letras que ligam radicais a sufixos ou mesmo a outros radicais para facilitar a pronúncia do vocábulo,
melhorando a eufonia.

Radical

PÉZINHO
Sufixo “inho”

Consoante de ligação “z”

VEJA OUTROS EXEMPLOS:


PAULADA ATENÇÃO!
CHALEIRA Não confunda vogais e consoantes de
ligação com vogais temáticas.
GASODUTO O morfema apenas será vogal temática
se estiverem presentes todos os critérios
POBRETÃO
que a configuram.

(PMMG – 2010 – CFS) A respeito da estrutura das palavras, assinale a alternativa que esteja
em desacordo com as normas gramaticais:

A) Em “garotos” e “garota” há desinências nominais que indicam flexão de número apenas na segunda
palavra.

B) As palavras “cafeteria” e “gaseificado” apresentam, respectivamente, consoante de ligação e


vogais de ligação.

C) Nas palavras “campo” e “inútil” o radical coincide com a raiz.

D) O tema das palavras “fingidor” e “imperdoável” é, respectivamente, “FINGI” e “-PERDOÁ-”.

COMENTÁRIOS:

A) Falsa, visto que há flexão de número apenas em “garotos”. A alternativa está incorreta.

B) Correta. A palavra “cafeteria” tem cafe como radical e “T” como consoante de ligação. A palavra
“gaseificado” tem “gas” como radical, “E” e “I” são vogais de ligação. A alternativa está correta.

C) “Raiz” é um assunto mais acadêmico, voltado para a etimologia e estudo histórico das palavras. A
alternativa está correta, a raiz e o radical nesse caso coincidem. A alternativa está correta.

D) O tema é o radical + a vogal temática. O radical de “fingidor” é “fing” e “I” é sua vogal temática.
O radical de “imperdoável” é “perdo” (perdoar) e “A” é sua vogal temática. A alternativa está correta.

GABARITO: A

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(PMPI – 2021) Marque a alternativa incorreta com relação à classificação dos elementos
mórficos destacados nas palavras:

A)Planejam – M – desinência número-pessoal.

B) Cantar – A – vogal temática.

C) Menino – O – desinência de gênero.

D) Antitetânico – ANTI – prefixo.

E) Lealdade – DADE – prefixo.

GABARITO: E

VEJA OUTRAS QUESTÕES SOBRE O TEMA:

PMSP: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/b118ed10-ee
PMSP: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/405ec6b0-0f
PMTO: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/691b631b-36

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS


É a área que estuda os possíveis processos de formação que originam palavras na língua portuguesa.
Nesse tópico, veremos os processos elencados por Paschoal Cegalla no livro “Novíssima Gramática da
Língua Portuguesa”, base para a elaboração das questões de língua portuguesa das provas da PM-MG.

NA PM-MG: junto às estruturas das palavras, é um tema recorrente nas provas da PM-MG. A
compreensão dos processos de formação de palavras exige conhecimento sobre os morfemas,
vistos no tópico anterior.

Veremos os seguintes processos de formação:

1- Derivação
Os mais comuns.
2- Composição
3- Hibridismos
4- Empréstimos linguísticos
5- Neologismos
6- Abreviações ou reduções
7- Onomatopeias

DERIVAÇÃO

Forma palavras a partir da anexação de afixos. Desse modo, subdivide-se segundo a partícula que
está sendo anexada: prefixos, sufixos ou ambos na mesma palavra.

DERIVAÇÃO PREFIXAL (ou PREFIXAÇÃO)


Acrescenta prefixo à palavra.

PACIENTE - IMPACIENTE

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CARGA - SOBRECARGA

ELEGANTE – DESELEGANTE

DERIVAÇÃO SUFIXAL (ou SUFIXAÇÃO)


Acrescenta sufixo à palavra. Observe nos exemplos que a derivação sufixal pode mudar a classe
gramatical das palavras.

RÁPIDA (adjetivo) – RAPIDAMENTE (advérbio)

ELEGANTE (adjetivo) – ELEGANTEMENTE (advérbio)

CHUVA (substantivo) – CHUVISCAR (verbo)

DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL


Acrescenta sufixo E prefixo à palavra.
É IMPORTANTE notar que as palavras são um nome com sentido completo mesmo que esteja apenas
com seu prefixo ou com seu sufixo. Esse é um elemento essencial para diferenciar essa forma de
derivação da parassíntese.

DESELEGANTEMENTE (deselegante – elegantemente)

INFELIZMENTE (infeliz – felizmente)

INJUSTIÇA (injusto – justiça)

DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA (PARASSÍNTESE ou CIRCUNFIXAÇÃO)


Acrescenta sufixo E prefixo à palavra. Nesse caso, a palavra só existe se estiver com prefixo e
sufixo simultaneamente, de modo que as palavras formadas por parassíntese não são nomes com
sentido completo se colocado apenas o prefixo ou apenas o sufixo.

ANOITECER

ESQUENTAR

ENVERGONHAR

ATENÇÃO:
A palavra “envergonha” existe enquanto
flexão verbal. Todavia, para se tratar de
derivação prefixal e sufixal é preciso que se
trate de um nome.
Se atente a isso e sempre analise ambas as
possibilidades de palavra: “vergonhar” não
NA PMMG: é recorrente a necessidade de
existe, logo, é uma parassíntese.
saber diferenciar derivação prefixal e
sufixal da derivação parassintética. Tenha
certeza de que entendeu bem como diferenciá-las!

DERIVAÇÃO REGRESSIVA (ou REGRESSÃO)

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É a formação de nomes a partir de verbos. O substantivo formado representa o fruto da ação do
verbo de que derivam, de modo a serem sempre substantivos ABSTRATOS.
COMO FAZER: Nessa formação, em regra, se substitui a terminação do verbo (vogal temática +
desinência de infinitivo) por “a” “e” “o” (vogais temáticas nominais). O substantivo formado é chamado
de “deverbal” ou “pós-verbal”.

OBS: É chamada de “regressiva” porque o processo natural, ou mais


comum, de formação de palavras é a derivação de verbos a partir de
nomes. Também diferente do comum, não há uma anexação de
morfemas, mas sim uma redução da palavra.

VEJA OS EXEMPLOS:
PESCAR – PESCA (“ontem foi um bom dia de pesca”

RESGATAR – RESGATE (“mande alguém para ajudar no resgate”)

AJUDAR – AJUDA (“ela recusou a ajuda oferecida”

PERDER – PERDA (“ele foi uma grande perda para o recital”)

DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
Ocorre quando uma mesma palavra, sem qualquer modificação em sua estrutura, assume sentido
ou classe gramatical diversos quando modificado seu contexto de aplicação.

Uma questão de derivação


imprópria sempre precisará
dar o contexto em que as
palavras se encontram.

VEJA OS EXEMPLOS:
“Como se o amar morte fosse” (verbo “amar” utilizado como substantivo)

“Aquele é um funcionário fantasma” (substantivo “fantasma” utilizado como adjetivo)

“O andar de meu pai é descompassado” (verbo “andar” utilizado como substantivo)

COMPOSIÇÃO

A composição diz respeito à junção de dois ou mais radicais para formar uma nova palavra.

COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO


Ocorre quando há a junção de radicais sem nenhuma mudança fonética (de fonemas) em nenhum
dos radicais unidos.

VEJA OS EXEMPLOS:
PONTAPÉ (Ponta + pé)
PASSATEMPO (Passa + tempo)
CACHORRO-QUENTE (cachorro + quente)

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GUARDA-CHUVA (guarda + chuva)
GIRASSOL (Gira + sol)
Há o acréscimo de “S”, mas observe
que não há mudança fonética. O
som é o mesmo em “sol”.

COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO


Ocorre quando na junção de radicais há mudança fonética.

VEJA OS EXEMPLOS:
PLANALTO (plano + alto) FIDALGO (filho de algo)
HIDRELÉTRICA (hidro + elétrica) PERNALTA (perna alta)
AGUARDENTE (água + aguardente) PERNILONGO (perna longo)
EMBORA (em boa hora) VIANDANTE (via andante)
BOQUIABERTO (boca aberto),

ATENÇÃO: esses são exemplos de composição por aglutinação dados por Paschoal
Cegalla em seu livro “Novíssima Gramática da Língua Portuguesa”. É RECORRENTE O
USO DESSES EXEMPLOS NAS PROVAS DA PM-MG.

HIBRIDISMO
É a composição de palavras a partir de radicais de origens diferentes.
OBS: a composição pode se dar por justaposição ou por aglutinação. O importante para sua identificação
é a origem da palavra.

VEJA OS EXEMPLOS:
MONOCULTURA (mono + cultura, grego e latim)
AUTOMÓVEL (auto + móvel, grego e latim)
ENDOVENOSO (endo + venoso, grego e latim)
SOCIOLOGIA (socio + logia, latim e grego)
NA PMMG: nas provas são cobrados, em geral, os mesmos radicais, de modo que não é
necessário decorar toda a lista de radicais e suas origens.

EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS

Ocorre quando palavras de origem estrangeira são utilizadas na língua portuguesa, como se a ela
pertencessem. Em geral, o processo ocorre por falta de palavra em português que expresse a ideia na
sua completude.

VEJA OS EXEMPLOS:
PIZZA
SHOW
SPRAY

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ECOBAG
E-MAIL

NEOLOGISMO

Ocorre com a formação de novas palavras, ou com a utilização de palavras existentes com um sentido
diferente do original. Em geral, surgem para suprir lacunas acerca de determinado conceito.

VEJA OS EXEMPLOS:
ACHISMO
XISNOVAR
INTERNETÊS
“Ela me deu um bolo” (neologismo semântico – a palavra “bolo” utilizada com sentido diverso)

ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO

Ocorre com a utilização frequente de parte de uma palavra como se fosse seu todo, de modo que com o
tempo a abreviação se torne parte dos vocábulos da língua portuguesa registrados em gramáticas
consagradas.

VEJA OS EXEMPLOS:
MOTO (abreviado de motocicleta) ATENÇÃO!
Abreviação é um tema que
FOTO (abreviado de fotografia)
costuma aparecer nas
PNEU (abreviado de pneumático) provas da PM-MG.
PORNÔ (abreviado de pornográfico)

OBSERVAÇÃO: palavras como “refri” (refrigerante), ou “cerva” (cerveja), ainda que sejam utilizadas
no cotidiano, ainda não foram consagradas no uso de modo a constar nas gramáticas da língua
portugesa. Por isso, não se trata de abreviação.

ONOMATOPÉIAS

Ocorre em palavras cuja pronúncia imita sons de animais, objetos ou barulhos em geral.

VEJA OS EXEMPLOS:
Tok-tok
Roinc-roinc
"O longo vestido longo da velhíssima senhora frufrulha no alto da escada." (Carlos Drummond de
Andrade)
Como nos dois últimos
"Tíbios flautins finíssimos gritavam." (Olavo Bilac)
exemplos, as onomatopeias
"Troe e retroe a trompa." (Raimundo Correia) podem ser formadas pela
repetição de fonemas
(chamado de aliteração).

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(PMMG – 2014 – CFS) Marque a alternativa CORRETA com relação à formação de palavras por
derivação parassintética:

A) Absolutamente.

B) Incapaz.

C) Combater.

D) Emudecer.

COMENTÁRIO:

A) Absoluta + sufixo “mente”. Não se trata de parassíntese, que é a anexação de prefixo E sufixo.

B) Capaz + prefixo “in”. Alternativa incorreta.

C) “Combater” é uma palavra primitiva. Não há nenhum processo de formação de palavras. Se fosse
“combate” seria derivação regressiva. Alternativa incorreta.

D) Emudecer vem de “mudo”. Há a anexação de sufixo e prefixo. É parassíntese e não derivação


prefixal e sufixal visto que as palavras “emud” e “mudecer” não existem. Ou seja, sufixo e prefixo
precisaram ser alocados simultaneamente à palavra, de modo a configurar parassíntese. A alternativa
está correta.

GABARITO: D.

(PMMG – 2017 – CFS) Faça a correspondência da primeira com a segunda coluna e


identifique a sequência cujo processo de formação de palavras foi devidamente observado:

(1) Banditismo

(2) Desconhecer

(3) Coaxar

(4) Televisão

(5) Guarda-costas

(6) Hidrelétrico

( ) Onomatopeia

( ) Aglutinação

( ) Hibridismo

( ) Justaposição

( ) Sufixação

( ) Prefixação

A) 1, 2, 3, 4, 5, 6.

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B) 3, 6, 4, 5, 1, 2.

C) 3, 6, 5, 2, 1, 4.

D) 1, 3, 5, 4, 2, 6.

GABARITO: B (OBS: observe que apenas sabendo que “desconhecer” é formada pelo prefixo “des”
+ conhecer era possível responder à questão).

VEJA OUTRAS QUESTÕES SOBRE O TEMA:


PPMG: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/1fd3847d-26
PMSP: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/bac336b1-04
PMPI: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/dc5b4a9a-56

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CLASSES GRAMATICAIS
Temos 10 classes gramaticais na língua portuguesa:

1- Substantivo
2- Artigo PALAVRAS VARIÁVEIS: admitem
3- Adjetivo flexão (de gênero, número, pessoa,
4- Pronome tempo, modo e voz).
5- Numeral
6- Verbo

7- Advérbio ATENÇÃO!
8- Conjunção PALAVRAS INVARIÁVEIS: Classes gramaticais é um
9- Preposição não admitem flexão alguma. assunto recorrente nas
10- Interjeição provas da PM-MG.

PREPOSIÇÕES

São palavras invariáveis que estabelecem ligação entre termos, constituindo relação entre eles que
pode ser de posse, modo, lugar, causa etc.

VEJA OS EXEMPLOS:
“Vamos buscar as meninas em São Paulo” (lugar)

“Adorei dirigir o carro de Antônio” (posse)

“Foi com tristeza que recebi a notícia” (modo)

“Morreu de fome” (causa)

“Estuda para ser aprovado” (fim)

“Bruno o ameaçou com a arma” (instrumento)

“A garrafa era feita de plástico” (material)

“Ela veio do Rio de Janeiro” (origem)

PROPOSIÇÕES ESSENCIAIS: são aquelas que desde sua origem foram preposições: a, ante, após,
até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre.

PROPOSIÇÕES ACIDENTAIS: são palavras de outras classes gramaticais que acidentalmente


assumem o papel de preposição (conforme, consoante, segundo, durante, mediante, visto, como,
embora, não obstante, salvo, exceto, afora, malgrado, mesmo, senão, que).

NA PMMG: até hoje não tem sido cobrada a diferenciação entre preposições essenciais e
acidentais, apenas o conhecimento geral sobre preposições.

LOCUÇÕES PREPOSITIVAS: há expressões que equivalem a preposições, sendo sempre finalizadas


com uma preposição (Ex: abaixo de, atrás de, embaixo de, para com, em via de, à espera de, através
de, em atenção a, a fim de etc.).

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CONJUNÇÕES

São palavras invariáveis utilizadas para ligar orações, estabelecendo relação sintático-semântica
entre elas (relação aditiva – e; relação concessiva – embora, ainda que; relação causal – porque,
visto que; entre muitas outras).

As conjunções serão aprofundadas no tópico PERÍODO


COMPOSTO, em SINTAXE, visto que sua correta compreensão
depende das classes gramaticais que serão trabalhadas em
sequência.
Não deixe de revisar o assunto, pois é cobrado nas provas da
PMMG.

INTERJEIÇÕES

É uma palavra ou locução interjetiva invariável que exprime um estado emotivo.

VEJA OS EXEMPLOS:
“Ui! Está quente!”

“Caramba! Sua casa é muito grande!”

“Uai, não sei como fazer isso.”

“Ó! Não vi que você estava aí”

SUBSTANTIVOS

São palavras variáveis cuja função é dar nome a seres, estados, ações, sentimentos, objetos e
fenômenos.

Se você estiver na dúvida se determinada palavra é ou não um substantivo,


tente colocar um artigo antes dela. Pouquíssimos substantivos não admitem
artigo, de forma que podemos utilizar essa regra: admite artigo antes? É
um substantivo.

Os substantivos são uma classe de palavras DETERMINADAS, diferente dos artigos, numerais e
adjetivos, que são DETERMINANTES. Mas o que isso significa?
Veja a frase:

OS TRÊS MELHORES JOGADORES FALTARAM AO TREINO.

Artigo (definido) Adjetivo


Substantivo

Numeral

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Observe que o artigo, o numeral e o adjetivo vão acompanhar o substantivo para determiná-lo, ou
especificá-lo. Por isso, concordam em gênero e número com o substantivo (masculino plural).

IMPORTANTE: tanto as palavras determinantes quanto as


determinadas fazem parte do sujeito. Ou seja, o sujeito da frase é
“os dois melhores jogadores”.
Todavia, MUITA ATENÇÃO: o NÚCLEO DO SUJEITO é composto
apenas pelo substantivo. O núcleo do sujeito da frase é “jogadores”.

Ou seja, é necessária muita atenção ao que a banca está pedindo.

CLASSIFICAÇÕES DOS SUBSTANTIVOS


1- Comuns ou próprios
2- Concretos ou abstratos
3- Primitivos ou derivados
4- Simples ou compostos
5- Coletivos

COMUNS OU PRÓPRIOS

SUBSTANTIVO COMUM: designa cada unidade de um grupo de semelhantes (Ex: concurseiro, bairro,
palmeira...)

SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: são os nomes próprios de pessoas, lugares, ruas, empresas, times etc.
(Ex: Rio de Janeiro, rua Cristóvão Batista, Atlético Mineiro, Bruno, Paula).

CONCRETOS OU ABSTRATOS

SUBSTANTIVO CONCRETO: tem existência própria (carro, ar, bola, Deus, papel).

SUBSTANTIVO ABSTRATOS: Não tem existência própria, como sentimentos, estados e nomes de ação.
Pense que os sentimentos e estados precisam de alguém que os sinta, bem como os nomes de ação
precisam de alguém agindo (Ex: amor, beleza, vida, morte, cegueira, alegria, afronta).

PRIMITIVOS OU DERIVADOS

SUBSTANTIVO PRIMITIVO: não deriva de nenhuma outra palavra (Ex: leal, dente, pedra, água)

SUBSTANTIVO DERIVADO: sofreu algum dos processos de derivação, seja ele prefixal, sufixal,
parassintética etc. (Ex: desleal, dentição, pedreira, aguado).

SIMPLES OU COMPOSTOS

SUBSTANTIVO SIMPLES: são formados por apenas um radical (ponta, pé, lobo, homem, flor, copo)

SUBSTANTIVO COMPOSTO: são formados por dois ou mais radicais (Ex: pontapé, lobisomem, beija-
flor, passatempo, guarda-chuva).

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Observe que o substantivo composto
não necessariamente é formado por
duas palavras. É preciso estar atento
aos radicais.

FLEXÃO DE GÊNERO
Segundo sua flexão de gênero, os substantivos podem ser biformes ou

BIFORMES: mudam de forma quando mudam de gênero (Ex: avó – avô, garoto – garota, noiva –
noivo).

Os substantivos biformes podem ser heterônimos. Ou


seja, a flexão de gênero muda os radicais: mulher –
homem; boi – vaca; mãe – pai.

UNIFORMES: mantém sua forma quando mudam de gênero (Ex: colega, líder, jovem, imigrante,
jornalista, camelô).
Todavia, os substantivos uniformes possuem algumas subclassificações:

Comuns de dois gêneros: o substantivo não varia segundo o gênero, mas variam os
termos determinantes que o acompanham. (Ex: o/a comandante; o/a fã; “o/a
jovem é bonito/a”).

Uniformes epicenos: o artigo que acompanha o substantivo também não é


flexionado. Acontece com determinados animais e vegetais. (Ex: o peixe; o jabuti; a
palmeira; o ipê; o golfinho; o grilo).

Sobrecomuns: o artigo também não é flexionado. Todavia, diferente dos epicenos, é


utilizado para pessoas. (Ex: o guia; a criança, a testemunha, a criatura, o cônjuge).

FLEXÃO DE NÚMERO

TERMINAÇÃO PLURAL EXEMPLOS

Vogal e ditongo (em


Acrescenta-se “S” Alegrias, armários
geral)
Flores, gravidezes
(observe que o E exerce
Consoantes R, S Acrescenta-se “ES” papel de vogal temática
– vide estrutura das
palavras)
Muda para “ãos”, “ões” ou Cidadãos, anões,
“ão”
“ães” capitães
“m” ou “n” Muda para “ns” Homens, hifens
Muda para “ais”, “ois” “uis” Canais, faróis, azuis,
“al” “ou” “ul” “el”
“eis” pincéis.
“il” tônico Troca-se o “L” por “S” Funis, infantis.
“il” átono Troca-se o “il” por “eis” Fósseis, répteis.

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Portugueses, gases,
“ás” “ês” “is” Acrescenta-se “es”
países
Paroxítonas: não há Lápis, látex, bíceps,
“s” “x”
alteração. tórax.

Algumas palavras sofrem metafonia ao serem colocadas no plural. Isso significa que a pronúncia da
letra “o” passa de fechada (ô) a aberta (ó). Por exemplo:

Corpo – corpos
Ovo – ovos
Olho – olhos
Imposto – impostos
Forno – fornos
Poço – poços

VARIAÇÃO DE GRAU
Na variação de grau colocamos o substantivo no aumentativo ou no diminutivo. Isso pode ser feito
de duas formas:

FORMA ANALÍTICA: a flexão é feita anexando outras palavras de forma a produzir o sentido
pretendido:

Carro – carro grande – carro pequeno


Casa – casa grande – casa pequena

FORMA SINTÉTICA: a flexão é feita com a anexação de sufixos que denotam grau:

Carro – carrão – carrinho


Casa – casarão – casebre

SUFIXOS
SUFIXOS DIMINUTIVOS
AUMENTATIVOS
-ão -inho/a
-ona -zinho/a
-alhão -ino/a
-(z)arrão -im
-eirão -acho/a
-aça -icho/a
–aço -ucho/a
-ázio -ebre
-uça -eco/a
-anzil -ico/a
-aréu -ela
-arra -elho/a
-orra -ejo
-astro -ilho/a
-az -ete
-eto/a

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ADJETIVOS

São palavras variáveis cuja função é definir alguma qualidade ou característica de um ser.

O adjetivo sempre irá


concordar com o gênero e
número da palavra a qual
se refere.

LOCUÇÕES ADJETIVAS
São expressões que equivalem a um adjetivo. Normalmente, são formadas por

PREPOSIÇÃO + PALAVRA.

de aluno - discente
de ano - anual
de cabra - caprino
de cão - canino
de cabelo - capilar
de fígado - figadal, hepático
de intestino - celíaco, entérico
de pescoço - cervical
de paixão – passional

É possível identificar também a existência de adjetivos de relação,


provenientes de algum substantivo, indicando posse, procedência, matéria
ou fim. Esses adjetivos não são variáveis em grau. Veja os exemplos:

Casa materna (da mãe – posse)


Vinho argentino (da argentina – procedência)
Plataforma petrolífera (de petróleo – matéria)
Observe que não falamos “casa muito materna”, ou “vinho pouco
argentino”. Não há variação em grau.

CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS


Os adjetivos recebem algumas das mesmas classificações que já vimos em relação aos substantivos:

PRIMITIVOS E DERIVADOS

ADJETIVO PRIMITIVO: não deriva de nenhuma outra palavra (Ex: feliz, bonito, esperta, grande)

ADJETIVO DERIVADO: sofreu algum dos processos de derivação, seja ele prefixal, sufixal,
parassintética etc. (Ex: desconfortável, cheiroso, maravilhoso).

SIMPLES E COMPOSTOS

ADJETIVOS SIMPLES: são formados por apenas um radical (econômico, especial, gigante, trabalhador)

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ADJETIVOS COMPOSTOS: são formados por dois ou mais radicais (socioeconômico, rosa-claro, surdo-
mudo)

VARIAÇÃO DE GRAU
É possível pensar a variação de grau dos adjetivos de duas formas, em termos comparativos ou
superlativos. Observe o quadro:

Bruno é mais
Superioridade inteligente do que
Pedro.
COMPARATIVO Bruno é menos
Inferioridade
inteligente que Pedro.
Bruno é tão inteligente
Igualdade
quanto Pedro.
Analítico Laura é muito bela.
Absoluto
SUPERLATIVO Sintético Laura é belíssima.
Laura é a mais bela
Relativo Superioridade
da festa.
(unidade em relação
Laura é a menos
aos demais) Inferioridade
bela da festa.

OBSERVAÇÕES:
➢ Melhor, pior, maior e menor são formas sintéticas de “mais bom”, “mais mal (ou ruim)”,
“mais grande” e “mais pequeno”.
➢ Só podemos utilizar as formas analíticas quando comparamos dois adjetivos (“ele é mais
engraçado do que bonito”).
➢ O “do” que aparece no grau comparativo tem uso facultativo (“Bruno é mais inteligente do
que Pedro”)

NUMERAIS

É uma palavra que exprime número, ordem numérica, múltiplo ou fração.

Os numerais são classificados em:

NUMERAIS CARDINAIS (um, dois, três, quatro...): função de enumeração.

NUMERAIS ORDINAIS (primeiro, décimo, vigésimo...): sua função é produzir noção de ordem.

NUMERAIS MULTIPLICATIVOS (dobro, triplo, quádruplo...)

NUMERAIS FRACIONÁRIOS (meio, terço, quinto....)

Algumas informações específicas sobre numerais são cobradas pela PMMG.


Então, fique atento aos seguintes detalhes:

- Ambos e zero também são considerados numerais.

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- Numerais cardinais substantivados que terminam em vogal devem ser
flexionados. Ex: vinte setentas.

- Alguns numerais podem ser escritos de duas formas: catorze ou quartorze,


undécimo ou décimo primeiro; duodécimo ou décimo segundo, septuagésimo ou
setuagésimo, sexcentésimo ou seiscentésimo, septingentésimo ou setingentésimo,
noningentésimo ou nongentésimo.

- A conjunção “e” deve ser utilizada entre as centenas e as dezenas, bem como
entre as dezenas e as unidades (Ex: mil cento E vinte E cinco).

- Não se utiliza vírgula na escrita por extenso dos numerais.

- Não se utiliza ponto na escrita dos anos (2022; 1930).

FLEXÃO DOS NUMERAIS

Alguns numerais são variáveis, devem ser flexionados segundo a frase, outros são invariáveis. As
regras para saber quais são ou não variáveis são:

- São invariáveis os números cardinais, exceto UM (uma), DOIS (duas), e aqueles terminados
em -entos e -ão (duzentos – duzentas “gostaria de duzentos gramas de muçarela”; milhão -
milhões).

- Os numerais ordinais variam em gênero e número (as segundas eleições serão no primeiro
sábado de março ou na primeira segunda de abril?”)

- Numerais cardinais substantivados terminados em vogal devem ser flexionados (três oitos, nove
vintes). São invariáveis os terminados em fonema consonantal (Bruna conseguiu quatro seis e dois
dez nas provas”).

ARTIGOS

Artigos são palavras variáveis antepostas ao substantivo, com a função de dar ao ser um sentido
determinado ou indeterminado.

ARTIGOS DETERMINADOS: O, os, a, as.

ARTIGOS INDETERMINADOS: Um, uns, uma, umas.

OUTRAS FUNÇÕES DOS ARTIGOS:


O artigo também tem a função de substantivação das palavras, ou seja, de
transformar palavras de outras classes gramaticais em substantivo. Veja o exemplo:
“Longe” é um advérbio de lugar.
Todavia, na frase “O longe está cada vez mais perto”, “longe” é um substantivo em
razão de estar acompanhado do artigo “o”.

O artigo também pode exercer a função de generalização do substantivo. Veja o


exemplo:
“O francês faz as melhores baguetes” – Estamos generalizando o substantivo
“francês” para nos referirmos a todos os franceses.

O artigo também pode ter a função de enaltecer uma unidade dentro de um grupo.
Ex: “Esse não é um macarrão, esse é o macarrão”.

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(PMMG – 2010 – CFS) Assinale a opção CORRETA quanto às palavras sublinhadas:

A) “Os sêxtuplos ainda estão da maternidade”. O numeral não pode ser usado como substantivo

B) “Durante a reunião, falou-se de mil e uma sugestões”. O termo destacado na linguagem afetiva e
hiperbólica é esvaziado de seu sentido próprio para exprimir número determinado.

C) “O primeiro resultado foi incorretamente divulgado”. Ao flexionar a oração em número, o numeral


permanecerá invariável.

D) “O septuagésimo maratonista feriu-se na prova”. O numeral destacado apresenta mais de uma


forma.

COMENTÁRIO:

A) Numeral pode ser substantivo ou adjetivo. A alternativa está incorreta.

B) A linguagem é afetiva e hiperbólica, mas, justamente por isso, exprime número indeterminado.
A alternativa está incorreta.

C) Numeral é classe gramatical variável, logo, deve concordar com os termos a que se refere. A
alternativa está incorreta.

D) Está correta, visto que exige “setuagésimo” (observe que é possível encontrar a resposta por
eliminação. Na maior parte das vezes, quando cobra conhecimentos específicos como esse, a
PMMG permite que a resposta seja encontrada a partir do conhecimento das demais alternativas).

GABARITO: D

VEJA OUTRAS QUESTÕES SOBRE O TEMA:

PMMG: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/655c4364-32
PMSP: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/76ab4f1e-38
PMAM: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/b69b781b-8b
PMES: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/672d2c64-57

ADVÉRBIOS
São palavras invariáveis. Diversamente das demais classes gramaticais já vistas, os advérbios não se
referem aos substantivos. Podem se referir a verbos, a adjetivos, a outros advérbios ou à oração
toda.

Saber disso é IMPORTANTE para diferenciar adjetivos de


advérbios:

O homem é alto (“alto” se refere ao substantivo “homem”.


Logo, é adjetivo)
O homem fala alto (“alto” se refere ao verbo “fala”. Logo, é
advérbio).

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Os advérbios expressão alguma circunstância em relação ao termo modificado, que pode ser:
tempo, modo, lugar, intensidade, afirmação, negação ou dúvida.
EXEMPLOS:
Ele dança errado. (advérbio de modo – modifica o verbo “dança”)
Ela está muito triste. (advérbio de intensidade – modifica o adjetivo “triste”)
Ele escreve bastante mal. (advérbio de intensidade – modifica o advérbio “mal”)
Depois, ele escreverá para você. (advérbio de tempo “depois” – modifica a oração inteira)

Os advérbios também podem ser utilizados para fazer perguntas diretas (terminam com “?”) ou
indiretas (terminam com ponto final). As palavras que exercem essa função são: como, quando, onde
e porquê.

EXEMPLOS:
Quando você virá para casa?
Gostaria de saber quando você virá para casa.

LOCUÇÕES ADVERBIAIS
As locuções adverbiais são expressões equivalente a ADVÉRBIOS (possuem valor de advérbio).
Normalmente são compostas por preposição (e, em, com, sem) + substantivo.

LOCUÇÕES ADVERBIAIS
ADVÉRBIO (expressões equivalente a
adjetivos)
sim, certamente, realmente,
decerto,
AFIRMAÇÃO efetivamente, certo, com certeza, de fato
decididamente, deveras

acaso, porventura,
possivelmente,
DÚVIDA por certo
provavelmente, quiçá, talvez,
casualmente
de modo algum, de forma
NEGAÇÃO não, tampouco
alguma, de jeito nenhum
Jamais, hoje, agora, depois, às vezes, à tarde, à noite, de
logo, primeiro, manhã, de repente, de vez em
ontem, tarde, outrora, quando, de quando em
TEMPO amanhã, cedo, dantes, quando,
ainda, antigamente, antes, a qualquer momento, de
doravante (de agora tempos em tempos, em breve,
em diante), nunca hoje em dia, dia a dia
aqui, antes, dentro, ali,
a distancia, de longe, de perto,
adiante, fora, acolá,
LUGAR em cima, à direita, à esquerda,
atrás, além, lá, detrás, aquém,
ao lado, em volta, à beira
cá, acima.
de cor, de propósito, em vão, à
bem, mal, assim, adrede (de
MODO toa, às claras, às pressas, às
propósito),
cegas, à vontade, aos poucos,

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melhor (mais bem), pior, com firmeza, frente a frente,
depressa, acinte (de lado a lado
propósito)
muito, mui, pouco, meio,
bastante, assaz,
tanto, que/quão, demais,
INTENSIDADE em excesso, por completo
mais, menos, tão,
demasiado, todo,
demasiadamente, bem, mal.

FLEXÃO DE GRAU

Subi mais alto do que


Superioridade
você.
Subi menos alto do que
COMPARATIVO Inferioridade
você.
Subi tão alto quanto
Igualdade
você.
SUPERLATIVO Analítico Subi muito alto.
Absoluto
Sintético Subi altíssimo.

ONDE OU AONDE?

“ONDE” se refere a algo que está parado.


“AONDE” se refere a algo que está em movimento. Para usar o “aonde”, deve haver dois critérios
atendidos: a) se referir a um verbo de movimento; b) o verbo exigir a preposição “a”

Onde você mora?


“Mora” é um verbo de movimento.

Aonde você vai chegar?


“Chegar” é um verbo de movimento. Exige a preposição “a” (quem chega, chega a algum lugar).
OBS: é incorreto dizer que se chega em algum lugar.

PORQUE, POR QUE, PORQUÊ OU POR QUÊ?

POR QUE e POR QUÊ: sempre separado em perguntas.


Se estiver no início ou no meio da frase, não tem acento.
Se estiver no fim da frase, tem acento.
Por que não vamos mais?
Não sei por que não vamos mais.
Não vamos mais por quê?

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Tente colocar “motivo” depois do “porquê”.
ENCAIXOU? SEPAROU!

Por que (motivo) não vamos mais?


Não sei por que (motivo) não vamos mais.
Não vamos mais por quê (motivo)?

PORQUE e PORQUÊ:
O “porquê” junto e acentuado será utilizado quando o porquê for um substantivo na frase, ou seja,
estiver substantivado (lembra que para substantivar uma palavra basta por um artigo na frente?)

Aqui, estamos estudando o porquê.


Não sei o porquê de isso estar acontecendo.

Por fim, estudaremos melhor o “porque” quando estudarmos as conjunções.


Por enquanto, PEGA A DICA: se o “porquê” puder ser substituído por “pois” deverá ser escrito junto e
sem acento gráfico:
Eu não vou à festa porque (pois) não quero.
Sim, porque (pois) a palavra citada no enunciado...

POR QUÊ?: fim de pergunta.

POR QUE: início ou meio de pergunta.

PORQUÊ: substantivo.

PORQUE: quando for substituível por “pois”.

PALAVRAS DENOTATIVAS
Há palavras na língua portuguesa que não são incluídas nas classes gramaticais, chamadas de
expressões denotativas. Todavia, elas se comportam como advérbios e por isso serão apresentadas aqui.

ADIÇÃO: ainda, além disso.


AFASTAMENTO: embora.
AFETIVIDADE: ainda bem, felizmente, infelizmente.
APROXIMAÇÃO: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de.
DESIGNAÇÃO: eis.
EXCLUSÃO: apenas, salvo, menos, exceto, só, somente, exclusive, sequer, senão.
EXPLICAÇÃO: isto é, por exemplo, a saber, ou seja.
INCLUSÃO: até, inclusive, também, mesmo, ademais, até mesmo.
LIMITAÇÃO: só, somente, unicamente, apenas.
REALCE: é que, cá, lá, não, mas, é porque, só, ainda, sobretudo.
RETIFICAÇÃO: aliás, isto é, ou mel.

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(PMMG – 2010 – CRS) Assinale a alternativa CORRETA:

A) “Executou esplendidamente a tarefa”. A palavra destacada deriva-se de um substantivo

B) “Os sentimentos a que me refiro são três, a saber: amor, compaixão e perdão”. A locução
sublinhada, chamada “denotativa”, exprime explanação

C) “Jamais imprimiriam o documento em oficinas gráficas clandestinas”. O termo em destaque é um


advérbio de negação

D) Rivaldo agiu muito rapidamente.” A expressão destacada está no grau superlativo absoluto
sintético.

COMENTÁRIO:

A) Esplendidamente (advérbio de modo), se origina de “esplêndido”, um adjetivo.

B) A alternativa diz respeito ao sentido da expressão. Está correta, na medida em que “a saber”
exprime que algo será exposto ou explicado.

C) A questão abre debate, porque há gramáticos que entendem estar correta, outros entender que
“jamais” seria um advérbio de tempo. No caso, devemos buscar se há uma alternativa
inquestionável, como é a letra B.

D) A expressão está no grau superlativo analítico, pois se utilizou de outra palavra. Se lembre que
o analítico é sempre mais longo.

GABARITO: B

VEJA OUTRAS QUESTÕES SOBRE O TEMA:

PMMG: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/63754e6e-ea
PMMT: https://www.qconcursos.com/questoes-
militares/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&page=2&subject_ids%5B%5D=14632
PMAM: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/e43a2a42-8b

PRONOME
Pronomes são palavras variáveis que exercem duas funções: substituir ou acompanhar o nome. Assim,
podem ser classificados pelo tipo ou pela função, sendo que uma classificação não exclui a outra).

SÃO SEIS TIPOS DE PRONOMES:

1. Pessoais (inclusive os de tratamento);


2. Possessivos;
3. Demonstrativos;
4. Interrogativos;
5. Indefinidos;
6. Relativos.

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PRONOMES ADJETIVOS E SUBSTANTIVOS

Pronomes adjetivos são aqueles que exercem a função de acompanhar o substantivo.

GUARDEI MEU CHOCOLATE

Observe que “meu” é um pronome possessivo (tipo) exercendo a função de acompanhar o substantivo
“chocolate”, sendo também um pronome adjetivo.

Agora, veja o exemplo:

GUARDEI MEU CHOCOLATE, POIS NÃO O COMI

O pronome “o” está exercendo a função de substituir o substantivo chocolate, de modo a evitar que
precisemos falar “guardei meu chocolate, pois não comi meu chocolate”. Por isso, é um pronome
substantivo.

Pronome Adjetivo é quele que Acompanha

Pronome SUBStantivo é aquele que SUBStitui.

PRONOMES POSSESSIVOS

Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

1ª pessoa meu, minha, meus, minhas


SINGULAR 2ª pessoa teu, tua, teus, tuas
3ª pessoa seu, sua, seus, suas.
1ª pessoa nosso, nossos, nossa, nossas
PLURAL 2ª pessoa vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa seu, sua, seus, suas.

Observações IMPORTANTES:
1) Os pronomes possessivos concordam com a coisa possuída.
Devolva os meus livros
Devolva o meu livro
Irei buscar o seu carro
Irei buscar os seus carros

2) Os pronomes possessivos podem ser substituídos pelos pronomes oblíquos me,


te, se, nos, vos, e lhe.

Gustavo fitava-me os olhos. (= os meus olhos)


Achei-lhe o brinco. (= o seu brinco)
Tomara-nos o lugar. (= o nosso lugar)
Quero-vos a atenção. (= a vossa atenção)
Nestes casos, exercem função sintática de adjunto adnominal, assunto que estudaremos
adiante.

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PRONOMES INDEFINIDOS

São palavras variáveis ou invariáveis (depende do pronome) cuja função é expressar ideia de
indefinição, imprecisão ou generalização. Se aplicam à 3ª pessoa gramatical.

VARIÁVEIS
SINGULAR PLURAL
Masculino Feminino Masculino Feminino

Algum
Alguma Alguns Algumas
Nenhum Nenhuma Nenhuns Nenhumas
Todo Toda Todos Todas
Outro Outra Outros Outras
Muito Muita Muitos Muitas
Tanto Tanta Tantos Tantas
Quanto Quanta Quantos Quantas
Pouco Pouca Poucos Poucas
Vário Vária Vários Várias
Certo
Certa Certos Certas
Qualquer - Bastante - Qual - Tal Quaisquer – Bastantes – Quais - Tais
INVARIÁVEIS
Alguém / ninguém / tudo / outrem / nada / cada / quem / menos / mais / que

CUIDADO COM O A CONCORDÂNCIA! Nesse caso, “bastante” se refere a


O aluno fez bastante exercício. “exercício”, um substantivo. Por isso,
não pode ser um advérbio, só pode ser
O aluno é bastante esforçado. pronome indefinido.
O pronome indefinido “bastante” varia
em número. Logo, está correta a frase
Nesse caso, “bastante” se refere a “o aluno fez bastantes exercícios”.
“esforçado”, um adjetivo. Por isso, é
um advérbio.
Advérbios são INVARIÁVEIS.
Logo, é incorreta a frase “os alunos
são bastantes esforçados”.

PRONOMES INTERROGATIVOS

São palavras invariáveis cuja função é introduzir uma pergunta, seja ela direta ou indireta. São eles:
QUE, QUEM, QUAL e QUANTO.

Que está fazendo? Direta


Quero saber quantos alunos vieram. Indireta
Quem disse tal coisa? Direta
Pergunto quais as suas intenções. Indireta

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Qual dos alunos é mais estudioso? Direta

OBSERVAÇÃO:
Pronomes interrogativos e advérbios
interrogativos possuem a mesma função.
Todavia, pronomes interrogativos perguntam
que, quem, qual e quanto.
Advérbios interrogativos perguntam onde,
quando, como e por que (lugar, tempo,
modo e causa).

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

São palavras varáveis cuja função é situar o objeto a que se referem em relação ao lugar, ao tempo
ou ao contexto.

1ª pessoa: este (s), esta (s), isto


2ª pessoa: esse (s), essa (s), isso
3ª pessoa: aquele (s), aquela (s), aquilo

PRONOMES DEMONSTRATIVOS NO ESPAÇO


1ª PESSOA: ESTE (S), ESTA (S), ISTO
Indica aquilo que está próximo de quem fala:
“Este lápis aqui é meu”.

2ª PESSOA: ESSE (S), ESSA (S), ISSO


Indica aquilo que próximo de quem “ouve”.
“Essa sua blusa vermelha ficou bem em você”.

3ª PESSOA: AQUELE (S), AQUELA (S), AQUILO


indica tudo que está afastado de quem “fala” e de quem “ouve”:
“Deia, que é aquilo no mar?”

PRONOMES DEMONSTRATIVOS NO CONTEXTO:

1ª PESSOA: ESTE (S), ESTA (S), ISTO


a) referindo-se ao que vai ser mencionado mais adiante:
“Peço isto: confie em sua capacidade.”
b) referindo-se ao último termo expresso anteriormente:
“José e João estão estudando para concursos. Este almeja vaga em Minas; aquele, no Rio de Janeiro.”
(Este refere-se a João, e aquele refere-se ao José).

2ª PESSOA: ESSE (S), ESSA (S), ISSO


Referindo ao que foi mencionado antes.
“Vocês passarão no concurso. Essa é minha crença.”

3ª PESSOA: AQUELE (S), AQUELA (S), AQUILO


Referindo-se ao primeiro termo expresso anteriormente (ao mais afastado).
“Entre Mércia e Inês prefiro aquela à última.” (Total afastamento afetivo de quem não gostamos).

PRONOMES DEMONSTRATIVOS NO TEMPO

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1ª PESSOA: ESTE (S), ESTA (S), ISTO
indica tempo atual, em que estamos vivendo:
“Este ano está sendo promissor.”
2ª PESSOA: ESSE (S), ESSA (S), ISSO
Indica passado recente ou futuro próximo.
“Nesse fim de semana fui a um casamento lindo, mas nesse domingo, não vou sair, uma vez que
preciso me dedicar aos estudos.”

3ª PESSOA: AQUELE (S), AQUELA (S), AQUILO


Indica tempo passado distante.
“Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos...”

ESTE OU ESSE?
No texto,
ESSE é utilizado para retomar uma ideia já desenvolvida (função
anafórica).
ESTE é utilizado para apresentar uma ideia que ainda será
desenvolvida (função catafórica).
“Estudarei até passar, esse é meu lema”
“Digo apenas isto: quem não se dedica, não será aprovado”

ESTE OU AQUELE?
No texto,
ESTE é utilizado para fazer referência ao segundo termo expresso (está
mais próximo).
AQUELE é utilizado para fazer referência ao primeiro termo expresso (está
mais distante).
“Bruna e Paula caíram. Esta não se machucou, mas aquela sim”.

CONTRAÇÃO
A contração dos pronomes demonstrativos acontece quando se unem a preposições.

A + aquele / aquela / aquilo → àquele, àquela, àquilo


Em + aquele/ aquela / aquilo → naquele, naquela, naquilo
De + aquele / aquela / aquilo → daquele, daquela, daquilo

OUTROS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

ATENÇÃO! Esse é um assunto que já foi cobrado nas provas da PMMG.


A) O (os, a, as) são demonstrativos equivalente à aquele, aquela, aquilo ou isso.

Não era isso o que eu esperava.


As que participaram foram vencedoras.
Os aprovados são os que mais se dedicaram.

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B) “Mesmo”, “próprio” são demonstrativos quando se equivalerem:

- Aquele é Jorge?
- O próprio (o mesmo)
Resolveram o problema por si mesmos (si próprios)

C) “Tal”, “semelhante” são demonstrativos quando equivalerem a este, esse, aquele e flexões.

Tal debate não levará a nada (tal = esse)


Não disse semelhante absurdo
Tal situação já me aconteceu. (= esse)
Não disse semelhante absurdo. (= essa)

PRONOMES PESSOAIS

São palavras cuja função é substituir os substantivos e representar a pessoa do discurso.

OBLÍQUOS OBLÍQUOS TÔNICOS


PESSOA/NÚMERO RETOS ÁTONOS (aparecem (aparecem com preposição
sem preposição escrita) escrita)
1° pessoa do singular Eu me mim, comigo
2° pessoa do singular Tu te ti, contigo
3° pessoa do singular Ele, ela O, a lhe, se si, consigo, ele, ela
1° pessoa do plural Nós nos Nós, Conosco
2° pessoa do plural Vós vos Vós, convosco
3° pessoa do plural Eles, elas Os, as, lhes, se Si, eles, elas

PRONOMES RETOS:
Sua função primordial é exercer papel
de sujeito. Há sempre um verbo
que se refere a ele (dessa forma é
possível identificar o pronome reto)

PRONOMES OBLÍQUOS (átonos e tônicos):


Exercem outras funções que não a de sujeito (que serão
estudados em SINTAXE).
São sempre acompanhados de preposição (dessa forma é
possível identifica-lo).

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE OS PRONOMES PESSOAIS:


1) EU e TU: A rigor, somente os pronomes eu e tu são considerados exclusivamente do caso reto, por
não serem regidos por preposição.

2) ELE/NÓS/VÓS/ELES: tem função ou de sujeito, ou são oblíquos tônicos.

Ela está bonita. (Reto).

Ele se dirigiu a ela. (Oblíquo tônico).

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3) COMIGO/CONTIGO/CONSIGO/CONOSCO/CONVOSCO: não precisam de preposição, pois COM
já está embutido neles.

4) EU/MIM: se for necessário o uso da primeira pessoa do singular na frase, é preciso olhar para a
função sintática: se for sujeito, usa-se EU. Se estiver acompanhado de preposição e não for sujeito,
usa-se oblíquo tônico “mim”.

Ele deu os papéis para mim (acompanhado da preposição para).


Ele deu os papéis para eu analisar (quem analisar? “eu”. Logo, é sujeito).

5) “COM NÓS”, “CONOSCO”, “COM VÓS”, “CONVOSCO”: usamos com nós (em vez de conosco) e
com vós (em lugar convosco), quando vierem acompanhados de ambos, mesmos, outros, todos, outro
numeral que seja aposto explicativo.

6) SI E CONSIGO: Usados exclusivamente em casos de reflexividade ou reciprocidade.

Deixe que ela se resolve consigo mesma.

Não cansa de falar sobre si mesmo.

7) PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS

a) O(s) e a(s) → como complementos verbais, exercem função de OBJETOS DIRETOS.

b) Lhe (s) → como complementos verbais, exercem função de OBJETOS INDIRETOS.

c) Me, te, se, nos, vos → como complementos verbais, podem ser objetos diretos ou indiretos, a
depender da transitividade do verbo na oração.

d) Casos especiais dos oblíquos → existem certos casos em que os pronomes oblíquos exercem
função de sujeito.
Isso acontece quando o período é composto E aparecer em sua primeira oração um verbo causativo
(fazer, mandar, deixar) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir) e, na segunda oração, um verbo no infinitivo
ou no gerúndio.

Ele mandou-me lavar a louça.

O pronome oblíquo “ME” exerce função de sujeito do verbo LAVAR da segunda oração.

PRONOMES RELATIVOS

Pronomes relativos são palavras que remetem a substantivos (chamados de antecedentes) já referidos,
de modo a projetar sua ideia para a oração seguinte.

Havia um macaco. O macaco estava na árvore

Havia um macaco que estava na árvore

INVARIÁVEIS VARIÁVEIS

O QUAL
QUE Pessoas, coisas.
Pessoas, coisas (é o mais versátil dos Usado também no lugar do “que” quando
pronomes). antecedido de preposição com duas ou mais
sílabas. (Sobre o qual, contra o qual).

QUEM CUJO

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Pessoas. Função adjetiva, estabelece relação de posse.

ONDE QUANTO
Lugar. Pronomes indefinidos. (Tudo, todo, tanto)

OBSERVAÇÕES sobre alguns pronomes relativos:

1) QUE: se na frase o termo “o que” puder ser substituído por “aquilo que”, o “que” sempre estará
referenciando o “o”.

2) QUEM: quando aparece com algum antecedente na oração, é obrigatório haver preposição
antes do “quem”. Ex: me refiro a quem será aprovado.

3) ONDE: jamais deve ser usado para retomar termos que não indiquem lugares. (Ex: Aquele foi
o momento onde fiquei confuso está incorreto).
OBS: relembre o uso de “onde” e “aonde” no tópico das locuções adjetivas.

4) CUJO: só poderá aparecer entre dois nomes, estabelecendo relação de posse. Cujo deve
concordar com o termo determinado, a coisa possuída. O pronome não aceita artigo antes.
Pode aparecer preposicionado a depender da regência (Ex: de cujo, para cujo está correto).

5) QUANTO: retoma exclusivamente as palavras “tanto”, “todo” e “tudo”

ATENÇÃO!
A banca da PMMG é uma das poucas que já
cobraram o “quanto”, pedindo para que o
candidato identificasse a qual palavra o
pronome relativo se referia na frase.

(PMMG – 2011 – CFO) Assinale a alternativa que NÃO se encontra de acordo com as normas
gramaticais:

A) “Nenhum garoto, de todos quantos levei, se machucou”. A palavra destacada é um pronome


relativo, pois está precedida por um pronome indefinido.

B) “Sequestramos teus dados, mas não os revelamos”. Os pronomes destacados são,


respectivamente, pronome substantivo e pronome adjetivo.

C) “A empregada impôs-se um serviço pesadíssimo”. O pronome destacado é reflexivo, com a função


de objeto indireto de um verbo reflexivo.

D) “Gostaria de dizer-lhe umas palavras ásperas, todavia não o fiz”. O pronome demonstrativo neutro
destacado pode representar o conteúdo de uma oração inteira.

COMENTÁRIO:

A) A alternativa está correta. “Quantos” é um pronome relativo que esta retomando “todos”, um
pronome indefinido.

B) É preciso observar a função que as palavras exercem no contexto da oração. “Teus” está
acompanhando o substantivo “dados” e, por isso, é um pronome adjetivo. “Os” está substituindo a

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ideia já citada (dados), fazendo papel de substantivo. O pronome que substitui é pronome
substantivo. A alternativa está incorreta ao falar “respectivamente”.

C) A empregada impôs a si mesma. Logo, “se” age como um pronome reflexivo. Quem impor, impõe
a alguém, de forma que é um objetivo indireto.

D) “O” retoma a informação da oração anterior. Alternativa correta.

GABARITO: B

(PMMG – 2010 – CFSd) Em: “...esse extraordinário agente formador do caráter dos
cidadãos, que necessita ter resgatada sua grandeza profissional... que se está vivendo
naquele lugar onde aconteceu o fato...”. Os pronomes assinalados, são respectivamente:

A. ( ) Demonstrativo, possessivo e relativo.

B. ( ) Demonstrativo, pessoal e substantivo.

C. ( ) Demonstrativo, possessivo e indefinido.

D. ( ) Demonstrativo, pessoal e relativo.

GABARITO: A

VEJA OUTRAS QUESTÕES SOBRE O TEMA:

PMMG: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/e1cb411a-2c
PMMG: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/3d80e398-2a
PMPR: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/d711a868-53

PRONOMES DE TRATAMENTO

Os pronomes de tratamento são simples, utilizados em trato cerimonial, variando a depender do


interlocutor. Exigem a utilização de verbos e pronomes que se refiram a eles na 3° pessoa do discurso.

PRONOME DE
ABREVIATURA USADO PARA
TRATAMENTO
Presidente da República,
Senadores da República,
Ministro de Estado,
Governadores, Deputados
Federais e Estaduais,
Vossa Excelência V. Ex.ª Prefeitos, Embaixadores,
Vereadores, Cônsules, Chefes
das Casas Civis e Casas
Militares, Desembargadores,
curadores, promotores,
oficiais generais.
Vossa Magnificência V. Mag.ª Reitores de Universidade.

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Vossa Senhoria V. S.ª Diretores de Autarquias
Federais, Estaduais e
Municipais.
Meritíssimo Juiz M. Juiz Juízes de direito.
Vossa Eminência Vossa V. Emª V. Revma Cardeais Sacerdotes em geral
Reverendíssima
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Majestade Vossa Alteza V.M. V.A Reis, imperadores Príncipes,
princesas, duques

Pronomes de tratamento é uma matéria simples. O mais importante é saber a


utilização dos pronomes VOSSA e SUA.

VOSSA é utilizado em falas diretas, quando se refere diretamente ao interlocutor.


Ex: Vossa Alteza gostaria de um tempo a sós?

SUA é utilizado em falas indiretas.


Ex: Saia Bruno, Sua Alteza gostaria de um tempo a sós.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

PRÓCLISE
Colocação do pronome oblíquo antes do verbo.

É incorreto utilizar próclise no início da oração (“Te amo”, “Me desculpe” é incorreto).

ATENÇÃO!
São os casos que mais
caem em provas.

São divididos em TRÊS GRUPOS: palavras atrativas, frases de tipo exclamativas, interrogativas ou
optativas e gerúndio precedido de “em”.

PALAVRAS ATRATIVAS
(a palavra atrai o pronome oblíquo para antes do verbo)
Advérbios e
Palavras de valor Pronomes Pronomes Conjunções
palavras
negativo Relativos Indefinidos subordinativas
denotativas
Não me Depois me fale o Esta é a criança Poucos te deram Quando o vi,
disseram nada. que aconteceu. que se perdeu crédito. alegrei-me
na floresta.

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N egativas

A dvérbios

R elativos

I ndefinidos

S ubordinativas

FRASES
(de tipo exclamativas, interrogativas ou optativas, que quando apresentam verbo ligado a
pronome oblíquo átono, este deverá ficar em posição de próclise)
FRASES OPTATIVAS
FRASES EXCLAMATIVAS FRASES INTERROGATIVAS
(frase que exprime desejo)
Como se engana!
Quem te contou?
Quanto nos custa dizer a Deus o proteja.
Quando me visitas?
verdade!

GERÚNDIO PRECEDIDO DE “EM”

Em se removendo as
Em se tratando de crimes, ele Nesta terra, em se plantando,
causas, cessarão as
é especialista. tudo dá.
consequências negativas.

ATENÇÃO!
Costuma aparecer nas provas da
PMMG, ainda que não seja comum no
dia a dia.

MESÓCLISE
Colocação do pronome no meio do verbo, separado por hifens. A mesóclise ocorre apenas com verbos
flexionados no futuro do presente ou futuro do pretérito do indicativo.

Por esse processo, se teria obtido os melhores resultados


Por este processo, ter-se-iam obtido melhores resultados.

Será realizada, em maio, uma reunião de prefeitos.


Realizar-se-á, em maio, uma reunião de prefeitos.

ÊNCLISE

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Colocação do pronome oblíquo após o verbo. Situação em que há hífen. Não existe ênclise em verbos
no futuro, nem no particípio.

ADVÉRBIOS
VIRGULADOS
INÍCIO DE ORAÇÃO
(lembrando que a
(visto que a próclise é IMPERATIVO
vírgula antes de GERÚNDIO
proibida no início de AFIRMATIVO
advérbio é opcional. Se
oração)
não houver vírgula, é
próclise)
O meu colega saiu
Amo-te Depois, conte-me o que da prova Pegue seu livro e
Desculpe-me aconteceu. queixando-se da estude-o.
dificuldade.

IMPORTANTE:

1) Não haverá mesóclise se houver palavra atrativa (vide próclise).


Ex: é incorreto dizer “Nunca dir-lhe-ei tal coisa”, visto que a palavra negativa “nunca” atrai o
pronome para antes do verbo. O correto é “Nunca lhe direi tal coisa”.

2) Não existe ênclise em verbos no particípio, portanto, NUNCA use construções como “Ele havia
convidado-me”. Isso aparece DEMAIS em concurso.

3) A maioria dos gramáticos admite que se faça ÊNCLISE com verbos no infinitivo, mesmo na
presença de palavras atrativas. Ex.: “Não ofendê-la era meu objetivo”. Isso também tem aparecido
muito em provas.

(PMMG – 2014- CFS) Marque a alternativa em que o pronome sublinhado foi utilizado
CORRETAMENTE:

A) Não expliquei-lhe os motivos de minha desistência.

B) Dir-lhe-ia tudo aquilo que sinto se a encontrasse novamente.

C) Me diga o que quer e eu procurarei lhe atender.

D) Não contentar-me-ia com tão pouco.

COMENTÁRIO:

A) “Não” é palavra atrativa, que atrai o pronome para antes do verbo. Apenas poderia ser ênclise
se o verbo estivesse no infinitivo.

B) A utilização está correta. “Diria” está no futuro, de forma que aceita mesóclise.

C) Está incorreto começar a oração com pronome oblíquo.

D) “Contentaria” aceita mesóclise, mas “não” é palavra atrativa. Logo, o pronome deveria estar antes
do verbo.

GABARITO: B

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VERBOS
Verbos são palavras variáveis que exprimem estado, ação, sentimento, fenômeno e outros processos,
normalmente situados em um tempo.

ATENÇÃO: É preciso conhecer


todas as flexões modo temporais.
São comuns questões pedindo o
reconhecimento da correta
classificação do verbo quanto a
sua flexão.

LOCUÇÕES VERBAIS: são formadas por verbo auxiliar + verbo principal.

É flexionado para
concordar com o sujeito. - Carrega a significação principal da
locução.
- É responsável pela análise da
transitividade da locução.
EXEMPLOS DE LOCUÇÕES ADVERBIAIS - Se apresenta em uma das formas
nominais do verbo (infinitivo, gerúndio
Tenho estudado muito esta semana. (auxiliar e particípio).
“tenho” + principal “estudado”)
O mecânico estava consertando o carro (auxiliar “estava” + principal “consertando”)
O secretário vai anunciar os resultados. (auxiliar “vai” + principal “anunciar”)

MODOS VERBAIS

São 3 modos verbais:

Indicativo (apresenta subdivisões temporais)


Subjuntivo (apresenta subdivisões temporais)
Imperativo (se divide apenas em negativo e afirmativo)

Perfeito

Pretérito Imperfeito

INDICATIVO (Usado para expressar certeza Mais que perfeito


de que algo aconteceu, acontece ou ainda
acontecerá) Presente

presente
Futuro
*pretérito

SUBJUNTIVO (Usado para apresentar Pretérito imperfeito


hipóteses, possibilidades. Expressa incerteza Presente

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quanto a fatos que já aconteceram, acontecem
Futuro
ou ainda irão acontecer).

Afirmativo
IMPERATIVO (Indica ordem, conselhos,
pedidos e proibições).
Negativo

Use as cores VERDE, AMARELO E VERMELHO, como um


semáforo, para se lembrar das classificações:
VERDE: certeza, pode avançar.
AMARELO: incerteza, talvez avançar.
VERMELHO: ordem de não avançar.

MODO INDICATIVO

PRETÉRITO PERFEITO

Indica um processo ou ação que ocorreu e terminou no passado.


DICA: é uma situação que já iniciou e acabou, é uma situação “perfeita”.

Ele foi até a casa


Nós cantamos na balada.
Eu briguei com aquele rapaz.
Eu fiquei até tarde na rua.

EXEMPLO DE CONJUGAÇÃO
Eu amei
Tu amaste
Ele amou
Nós amamos
Vós amastes
Eles amaram

PRETÉRITO IMPERFEITO

Indica processo ou ação CONTÍNUA que ocorreu e terminou no passado.

Ele cantava na boate.

Ela participava das aulas.

Eu olhava pela janela.

Eu tinha um cachorro

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ALGUMAS DESINÊNCIAS INDICAM QUE SE TRATA DE PRETÉRITO IMPERFEITO:

1) Verbos de 1° conjugação (terminados em -ar): “VA” ou “VE” (no caso de “vós”): trabalhava,
brincava, cantava, cantáveis.

2) Verbos de 2° e 3° conjugação (terminados em -er):


“IA”: prendia, fazia, demolia, partia.

3) Especificamente para os verbos TER, VIR e POR se utiliza a terminação -NHA: tinha, vinha,
punha.

4) O VERBO SER se comporta de maneira diferente em relação aos outros verbos da língua
portuguesa e, por isso, apresenta uma conjugação particular: eu era / tu eras / ele era / nós
éramos / vós éreis / eles eram.

Basta guardar que as


terminações VA, IA e NHA
significam que o verbo está
conjugado no pretérito
imperfeito.

PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO

Quando não está associado a outro verbo, indica um passado remoto. O mais comum, todavia, é que
ele esteja associado a outro verbo dentro da oração. Observe o exemplo:

EU JOGUEI FORA O QUE ELE ME ENTREGARA.

Verbo no pretérito Verbo no pretérito mais que perfeito.


perfeito. Sua função é indicar que essa ação foi
feita antes daquela indicada no
pretérito perfeito.
Primeiro ele me entregou, depois eu
joguei fora.

Uma ação que ocorreu no passado fica no pretérito perfeito.


Uma ação que ocorreu antes dessa fica no pretérito MAIS
QUE PERFEITO.

Para indicar o tempo pretérito mais que perfeito, a DESINÊNCIA UTILIZADA É O -RA (-re para vós).

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Eu dissera
Tu disseras
Ele dissera
Nós disséramos
Vós disséreis
Eles disseram

NA PMMG: apesar de ser incomum no dia a dia, pretérito mais que perfeito é um tema
que aparece nas provas da PMMG. Tenha certeza de que compreendeu bem especialmente
a função do verbo no pretérito mais que perfeito quando associado a outro verbo dentro da
oração.

PRESENTE

Indica, em princípio, uma ação que acontece no momento em que se fala. Todavia, o mais comum
é que exerça outras funções, inclusive indicando outros tempos.

Observe os exemplos:
Eu faço questões sobre verbos. (Processo que ocorre no momento em que se profere/lê a frase –
função primordial do tempo presente.).
Eu estudo para concurso. (Atividade que faz parte do momento presente, da atualidade, mas não
necessariamente ocorre no momento em que se profere a frase).
A vida é dura. (O verbo no presente pode ser usado para afirmações genéricas, textos de leis,
definições e verdades universais).
Amanhã, nós conversamos. (O verbo no presente pode indicar futuro, na frase contextualizado pelo
“amanhã”).

É divulgada a lista de convocados para o teste físico. (O presente é muito usado no jornalismo para
dar ênfase às notícias).

Com os verbos no presente é muito importante estar


atento ao CONTEXTO da frase. É ele que vai nos revelar
qual função o verbo no presente está exercendo.

EXEMPLO DE CONJUGAÇÃO:

Eu digo

Tu dizes

Ele diz

Nós dizemos

Vós dizeis

Eles dizem

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FUTURO DO PRESENTE

Indica certeza em relação ao que ainda irá acontecer, no futuro. Pode também expressar dúvida
em certas perguntas.

VEJA OS EXEMPLOS:

Eu serei aprovado no concurso.

Nós iremos para casa.

Nunca mais trabalharei lá.

Você conseguirá estudar tudo? (dúvida quanto ao futuro)

EXEMPLO DE CONJUGAÇÃO

Eu direi
Tu dirás
Ele dirá
Nós diremos
Vós direis
Eles dirão

FUTURO DO PRETÉRITO

O futuro do pretérito é uma exceção à regra dos modos indicativos. Diferente dos demais, não
expressa certeza. Assim, pode assumir funções diversas. Observe os exemplos:

A) Indica o futuro em relação a um determinado momento no passado (por isso o nome “futuro do
pretérito”).

Aquele momento mudaria a minha vida.

B) Quando se impõe uma condição para que algo se concretize. Nesse caso, haverá na oração outro
verbo conjugado no imperfeito do subjuntivo:

Eu ficaria feliz se fosse aprovada.

C) Pode, ser usado para demonstrar incerteza, possibilidade, hipótese em relação a um fato.

Quem seria o delator?

D) Dar formalidade à frase

Gostaria de uma resposta rápida.

A desinência que indica o futuro do


pretérito é -RIA (-rie para vós)

EXEMPLO DE CONJUGAÇÃO:

Eu diria
Tu dirias

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Ele diria
Nós diríamos
Vós diríeis
Ele diriam

MODO SUBJUNTIVO

PRETÉRITO IMPERFEITO
PRESENTE FUTURO
Exprime hipótese, condição.
(Exprime desejo, hipótese) (Possibilidade futura)
(Desinência: -SSE)
Estratégia de “encaixe”: Estratégia de “encaixe”: use o Estratégia de encaixe”: use o
use o “Se ...” “Espero que...” “Quando...”

Eu Trabalhasse (SE eu Eu Trabalhar (Quando eu


Eu Trabalhe (Espero que eu
trabalhasse) trabalhar)
trabalhe)
Tu Trabalhasses Tu Trabalhes Tu Trabalhares
Ele Trabalhasse Ele Trabalhe Ele Trabalhar
Nós Trabalhássemos Nós Trabalhemos Nós Trabalharmos
Vós Trabalhásseis Vós Trabalheis Vós Trabalhardes
Eles Trabalhassem Eles Trabalhem Eles Trabalharem
Exemplo: Exemplo: Exemplo:
Eu ficaria feliz se fosse É necessário que tenhamos fé. Assim que chegar, ligue-me.
aprovada.

MODO IMPERATIVO
Indica ordem, conselho, pedido ou proibição. Não há flexão temporal no imperativo e o modo não
apresenta 1° pessoa do singular.

PRESENTE DO IMPERATIVO PRESENTE DO IMPERATIVO


INDICATIVO AFIRMATIVO SUBJUNTIVO NEGATIVO
Eu (não existe
1° pessoa do X X
imperativo)
Tu Falas→ corta-se o S →* Fala Fales → (não) Fales
Ele Fale ← Fale → (não) Fale
Nós Falemos ← Falemos→ (não) Falemos
Vós Falais → corta-se o S →* Falai Faleis → (não) Faleis
Eles Falem ← Falem → (não) Falem

* O imperativo é praticamente todo formado a partir do presente do subjuntivo.


EXCETO na 2ª pessoa do singular (tu) e na 2ª pessoa do plural (vós), o imperativo afirmativo é formado
a partir do presente do indicativo, cortando-se o S.

IMPORTANTE:
Observe a frase:

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VEM PARA CAIXA VOCÊ TAMBÉM, VEM!

A construção está incorreta. O verbo “vir” deve concordar com 3° pessoa do


singular “você”. Logo, o correto seria

“VENHA PARA CAIXA VOCÊ TAMBÉM, VEM!”

CUIDADO para não errar a concordância! Se a frase está na 2° pessoa do singular,


conjugue o verbo na 2° pessoa do singular. (VENHA – VOCÊ) (TU – VEM).

TEMPOS COMPOSTOS

São 8 tempos compostos, cuja formação se dá por:

VERBO AUXILIAR TER OU HAVER + VERBO PRINCIPAL NO PARTICÍPIO.

TEMPO
VERBO AUXILIAR ASPECTO EXEMPLO
COMPOSTO
Pretérito perfeito Presente do Ação frequente, que Eu tenho estudado
composto do indicativo. vem ocorrendo muito para o
indicativo (PRETE-PRESE)* ultimamente. concurso.
Pretérito perfeito Presente do Desejo de que algo Espero que você
composto do subjuntivo tenha ocorrido, tenha tenha realizado a
subjuntivo (PRESE-PRETE)* sido concretizado. prova com sucesso.
Pretérito Tem o mesmo valor
Pretérito mais-que- Eu já tinha acabado
Imperfeito do do pretérito mais-
perfeito composto a prova, quando você
indicativo que-perfeito do
do indicativo chegou.
(PMPI)* indicativo.
Pretérito Possui mesmo o valor Se eu tivesse
Pretérito mais-que-
Imperfeito do do pretérito persistido nos
perfeito composto
subjuntivo imperfeito do estudos, teria
do subjuntivo
(PMPI)* subjuntivo simples. passado no concurso.
Apresenta o mesmo Quando eu chegar a
Futuro do presente
valor do futuro do casa, Maria já terá
composto do Futuro do presente
presente do indicativo acabado as tarefas
indicativo
simples. para sairmos.
Futuro do pretérito Similar ao futuro do Eu teria acertado a
Futuro do pretérito
composto do pretérito simples do questão, se estivesse
Do indicativo
indicativo indicativo mais concentrada.
Quando você tiver
Semelhante ao futuro
Futuro composto passado no
Futuro do subjuntivo do subjuntivo
do subjuntivo concurso, faremos
simples.
uma grande festa.
Representa ação Você deve ter
Infinitivo pessoal passada em relação ao estudado bastante,
Infinitivo pessoal
composto: momento em que se para passar naquele
fala. concurso.

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* A formação do pretérito perfeito composto (tanto do indicativo, quanto
do subjuntivo), é mesmo um pouco confusa. Tente gravar o PRETE-PRESE
e PRESE-PRETE:
- Se o verbo auxiliar está no presente, o tempo composto é pretérito (do
subjuntivo ou do indicativo).
- Se o verbo auxiliar está no pretérito, o tempo composto é presente (do
subjuntivo ou do indicativo).

* Para gravar a formação do pretérito mais que perfeito composto, lembre-


se da PMPI (PM do Piauí):
- O pretérito mais que perfeito composto (PM) é formado pelo
pretérito imperfeito (PI) como verbo auxiliar.

(PMMG – 2011 – CFS) Assinale a alternativa na qual os verbos sublinhados foram empregados
CORRETAMENTE de acordo com os tempos e os modos entre parênteses.

A. ( ) Na carta tinha festejado o nascimento dela. (pretérito perfeito do indicativo)

B. ( ) O espelho partiu-se em pedaços. (Pretérito imperfeito do subjuntivo)

C. ( ) As ondas bateriam nos cascos dos navios. (Pretérito perfeito do indicativo)

D. ( ) Ela viria se ele a chamasse. (futuro do pretérito do indicativo)

COMENTÁRIOS:

A) Lembre-se do BIZU “PMMI”. “Tinha”, que é verbo auxiliar, está no pretérito imperfeito (PI).
Sabemos que junto com o verbo principal, o pretérito imperfeito forma o pretérito mais que perfeito
(PM). A alternativa está incorreta.

B) “Partiu” está no pretérito perfeito do indicativo. Alternativa incorreta.

C) “Bateriam” está no futuro do pretérito do indicativo. Alternativa incorreta.

D) “Viria” está no futuro do pretérito. A alternativa está correta.

GABARITO: D

(PMMG – 2018 – ASPIRANTE) - No período “O mundo digital e as redes sociais ganharam tanta
relevância no processo de ensino a ponto de educadores passarem a atuar como mediadores,
gerenciando conteúdos [...].”, os verbos “passaram a atuar” formam uma locução verbal.
Considerando os períodos abaixo apresentados, marque a alternativa CORRETA em que os termos
grifados formam também uma locução verbal:

A) Alunos e professores têm sido influenciados pelo mundo digital.

B) Havíamos estudado muito para o ENEM/2017.

C) Temos aprendido a lidar com a realidade do nosso cotidiano.

D) O professor está atuando como mediador nas redes sociais.

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COMENTÁRIOS:
As alternativas A, B e C apresentam hipóteses de tempos compostos (verbo TER/HAVER + verbo
principal no particípio). Para o gramático Paschoal Cegalla, adotado pela PMMG, tempo composto não
é uma forma de locução verbal.

GABARITO: D

VOZES VERBAIS

Os verbos podem se apresentar nas seguintes vozes: ATIVA, PASSIVA, REFLEXIVA E RECÍPROCA.
Para identificar em qual voz está a oração devemos perguntar ao SUJEITO se ele está praticando
ou recebendo a ação expressa pelo verbo.

VOZ ATIVA E VOZ PASSIVA


Na voz ativa o sujeito é responsável pela ação expressa pelo verbo.

Na voz passiva o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.

EU ESCREVI AQUELE LIVRO

“Eu” (sujeito) está praticando a ação de escrever, sendo “eu” sujeito agente.

O LIVRO FOI ESCRITO POR MIM

“O livro” (sujeito) sofre a ação de ser escrito, sendo “o livro” sujeito paciente.
No exemplo, “mim” é o agente da passiva (que pode ou não aparecer na frase).

EU ESCREVI AQUELE LIVRO

Sujeito agente Objeto direto

O LIVRO FOI ESCRITO POR MIM

Sujeito paciente Agente da passiva

A frase está na voz passiva ANALÍTICA.


Ou seja, ela é LONGA, tem vários
elementos: sujeito paciente, locução com
principal no particípio e ainda pode haver
agente da passiva.

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VOZ PASSIVA SINTÉTICA

A voz passiva sintética precisa de três elementos:


VERBO (transitivo direto) + “SE” (pronome/partícula apassivadora) + sujeito paciente.

ESCREVEU-SE O LIVRO

SÃO COMUNS QUESTÕES que exigem que o candidato saiba diferenciar os pronomes “SE”
partícula apassivadora e “SE” índice de indeterminação do sujeito.
- Quando o “SE” é partícula apassivadora, o que vem depois dele é sujeito. O sujeito determina a
conjugação da frase. Logo, o verbo dele concordar com o sujeito.
- Quando o “SE” é índice de indeterminação do sujeito, o verbo tem o sujeito indeterminado.
Logo, não tem com quem o verbo concordar, de forma que ele é invariável. Verbo invariável fica
na 3° pessoa do singular.

Quando nos deparamos com uma frase, para saber classificar o “SE” é necessário olhar para a
TRANSITIVIDADE:
A voz passiva acontece sempre com verbos transitivos diretos (e raramente com direitos e
indiretos). O sujeito indeterminado pelo “SE” acontece com outras transitividades que não
sejam a direta.

Tente ler colocando na voz passiva: deu certo? O “SE” é uma partícula apassivadora.

VOZ REFLEXIVA E VOZ RECÍPROCA


Na voz reflexiva, o sujeito age e recebe a ação ao mesmo tempo.

ELA SE MACHUCOU NO JOGO

ELE NÃO IRÁ SE INSCREVER

Na voz recíproca, os sujeitos agem e recebem a ação ao mesmo tempo. A diferença é que
necessariamente deve haver mais de um sujeito.

ELES SE BEIJARAM ONTEM

ELES SE AGREDIRAM

OUTRAS FUNÇÕES DO “SE”:


Já vimos as seguintes funções do “SE” enquanto pronome: pronome reflexivo, pronome recíproco,
pronome apassivador. Ainda há mais duas funções:
1) PARTE INTEGRANTE DO VERBO: o SE integra verbos chamados pronominais, os quais
costumam expressar ações próprias do sujeito e não existem sem o pronome:

Suicidar-se
Arrepender-se
Dignar-se

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Queixar-se
Atrever-se
Refugiar-se

Outros podem ser utilizados com o pronome, apesar de não parte essencial para sua existência.
Vale destacar que esses verbos pronominais acidentais, em geral, “pedem” uma preposição.

Lembrar / lembrar-se
Alegrar / alegrar-se
Apressar / apressar-se
Cobrar / cobrar-se

2) Partícula Expletiva ou de Realce: não possui qualquer função sintática. É colocada nas frases
apenas para enfatizar a mensagem. Por isso, se retirada do período, não altera o conteúdo.

Vá-se embora
Lá se foi minha chance
Não se vá

TIPOS DE VERBOS

REGULARES e IRREGULARES

Verbos regulares são aqueles que seguem o modelo de conjugação dos demais verbos e, em
regra, não modificam seu radical independente da conjugação

Por sua vez, os verbos irregulares se diferenciam do modelo de conjugação dos demais verbos e, em
regra, apresentam modificação no radical em determinadas conjugações.

Nós NÃO precisamos analisar todas as


conjugações para saber se o verbo é
regular ou irregular.
Basta analisar os dois tempos
primitivos: presente e pretérito
perfeito do indicativo.

EXEMPLOS DE VERBOS REGULARES

PEGAR

PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO


Eu pego Eu peguei
Tu pegas Tu pegaste
Ele pega Ele pegou
Nós pegamos Nós pegamos
Vós pegais Vós pegastes
Eles pegam Eles pegaram

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PRENDER

PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO


Eu prendo Eu peguei
Tu prendes Tu pegaste
Ele prende Ele pegou
Nós prendemos Nós pegamos
Vós prendeis Vós pegastes
Eles prendem Eles pegaram

EXEMPLOS DE VERBOS IRREGULARES

FAZER

PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO


Eu faço Eu fiz
Tu fazes Tu fizeste
Ele faz Ele fez
Nós fazemos Nós fizemos
Vós fazeis Vós fizestes
Eles fazem Eles fizeram

QUERER

PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO


Eu quero Eu quis
Tu queres Tu quiseste
Ele quer Ele quis
Nós queremos Nós quisemos
Vós quereis Vós quisestes
Eles querem Eles quiseram

ANÔMALO

São verbos que modificam totalmente seu radical em alguma conjugação. Na língua portuguesa temos
apenas três: SER, IR e PÔR (em relação ao “pôr” há controversa entre os gramáticos, mas para Paschoal
Cegalla, no qual se baseia a PMMG, é um verbo anômalo).

Veja os verbos conjugados no presente do indicativo:

SER IR PÔR
Eu sou Eu vou Eu ponho
Tu és Tu vais Tu pões
Ele é Ele vai Ele põe
Nós somos Nós vamos Nós pomos
Vós sois Vós ides Vós pondes
Eles são Eles vão Eles põem

DEFECTIVOS

São verbos que não possuem conjugação em determinado tempo, pessoa ou modo.

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A falha mais comum, e que mais cai em provas, é que os verbos defectivos não podem ser conjugados
na 1° pessoa do singular do presente do indicativo.

Abolir: eu...abolo? Não existe. (abolir já caiu


várias vezes nas provas da PMMG).
Reaver: eu...reavo? Não existe.
Banir: eu... bano? Não existe.
Falir: Eu... falho? Não existe.

DERIVADOS

Verbos derivados são formados por meio da derivação prefixal. A conjugação do verbo primitivo e seus
derivados é exatamente igual.

PRIMITIVOS DERIVADOS
TER reter, deter, conter, suster, entreter, ater-se, abster-se, entreter,
manter, obter
VIR intervir, convir, sobrevir, provir, desavir-se.
VER rever, prever, entrever, antever.
PÔR supor, propor, repor, pospor, interpor, antepor, compor, depor,
descompor, dispor, predispor, expor, impor, indispor, justapor, opor,
pressupor, recompor, supor, transpor.

ATENÇÃO PARA INFORMAÇÕES QUE COSTUMAM SER ALVO DE PEGADINHAS:

➢ Requerer não é derivado de “querer”.


➢ Prover e precaver não se conjugam como “ver”.
➢ Reaver, além de defectivo, é derivado de HAVER.

ABUNDANTES

São verbos que apresentam dois ou mais tipos de conjugação, normalmente, no particípio:

Uma regular, terminada normalmente com as formas –ado e –ido;

Outra que é o particípio irregular, cujas terminações são, normalmente, - go; -to; -so.

A escolha pelo particípio regular ou irregular dependerá daquele que estiver exercendo a função
de auxiliar da locução. Observe o quadro:

PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


(-ado; -ido) (-go; -to; -so)
Auxiliares TER/HAVER Auxiliares SER/ESTAR

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Aceitado (eu havia aceitado) Aceito (eu estava aceita)
Acendido (ele tinha acendido) Aceso (a vela estava acesa)
Benzido Bento
Elegido Eleito
Enxugado Enxuto
Entregado Entregue
Imprimido Impresso
Inserido Inserto
Isentado Isento
Rompido Roto
Suspendido Suspenso
Entregado Entregue

(PMMG – 2013 – CFS) Escolha a alternativa CORRETA que apresenta um exemplo de verbo
defectivo:

A) Cantar

B) Abolir

C) Dizer

D) Guiar

COMENTÁRIO:

“Abolir” é um verbo defectivo, ou seja, não existe na conjugação 1° pessoa do singular do presente
do indicativo (eu “abolo” não existe). ATENÇÃO: identificar “abolir” como um verbo defectivo já foi
cobrado mais de uma vez nas provas da PMMG.

GABARITO: B

(PMMG – 2015 – CFS) Quanto ao emprego dos verbos, marque a alternativa em que HÁ
verbo abundante.

A) A pipa ficou presa à rede elétrica.

B) Maria feriu-se ao sair apressada do trabalho.

C) O paciente debateu-se com o barulho da sirene.

D) Na festa a que fui, só havia meninas.

COMENTÁRIO:
Devemos procurar verbos que possuem dois possíveis particípios: um terminado em -do e outro
terminado em -go, -to ou -so. O único verbo nas alternativas que admite duas formas de particípio é
“preso”: prendido (com auxiliares ter/haver) ou preso (com os auxiliares ser/estar).

GABARITO: A

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