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RIATRIA

Resumos de Medicina
GE
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GERIATRIA
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GERIATRIA
1-GERIATRIA......................................................................................................................01
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................01
ENVELHECIMENTO................................................................................................................01
PARTICULARIDADES DO ENVELHECIMENTO................................................................01
OBJETIVOS DA GERIATRIA .................................................................................................02
CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................................02
MEDIDAS DE PREVENÇÃO...................................................................................................02

2-AVALIAÇÃO CLÍNICA DO IDOSO..............................................................................02


ANAMNESE..............................................................................................................................03
IDENTIFICAÇÃO ...................................................................................................................03
QUEIXA PRINCIPAL E DURAÇÃO(QD)............................................................................03
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL.........................................................................................03
INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO...................................................................................03
ANTECEDENTES PESSOAIS FISIOLÓGICOS...................................................................03
ANTECEDENTES PESSOAIS PATOLÓGICOS..................................................................03
ANTECEDENTES FAMILIARES..........................................................................................03
HÁBITOS E COSTUMES.......................................................................................................03

EXAME FÍSICO GERAL...........................................................................................................04


ESCALAS DE AVALIAÇÃO....................................................................................................04
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA.............................................................................04
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL...................................................................................05

3-DEPRESSÃO...................................................................................................................06
FATORES DE RISCO................................................................................................................06
DIAGNÓSTICO..........................................................................................................................07
DEPRESSÃO MEDICAMENTOSA.........................................................................................07
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GERIATRIA
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO......................................................................................08
INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE(IMAO).................................................................08
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS........................................................................................08
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA (ISRS)........................09
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DA NORADRENALINA E SEROTONINA (SNRI).....09
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO............................................................................10

4-DEMÊNCIA DE ALZHEIMER.......................................................................................10
FATORES DE RISCO.................................................................................................................10
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS.................................................................................................10
SINTOMAS COGNITIVOS........................................................................................................10
DIAGNÓSTICO...........................................................................................................................11
TRATAMENTO...........................................................................................................................11
TRATAMENTO COMPORTAMENTAL..................................................................................11
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO............................................................................11

5-DEMÊNCIA VASCULAR................................................................................................12
FATORES DE RISCO..................................................................................................................12
ETIOLOGIA..................................................................................................................................12
DIAGNÓSTICO............................................................................................................................12
DIAGNÓSTICO CLÍNICO..........................................................................................................12
TRATAMENTO DA DEMÊNCIA VASCULAR.......................................................................12
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GERIATRIA
6-DELIRIUM.......................................................................................................................13
FISIOPATOLOGIA.......................................................................................................................13
CLASSIFICAÇÃO.........................................................................................................................14
QUADRO CLÍNICO......................................................................................................................14
DIAGNÓSTICO.............................................................................................................................14
EXAMES COMPLEMENTARES ................................................................................................15
RESUMO........................................................................................................................................15
TRATAMENTO ............................................................................................................................15
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Resumos de Medicina -GERIATRIA


GERIATRIA
Os fatores externos são aqueles que influenciame
aceleram o processo de envelhecimento, e podem
INTRODUÇÃO ser modificados quando se atua sobre mudanças
Medicina geriátrica ou Geriatria é o ramo da medicina comportamentais. Entre os principais, temos:
que foca o estudo, a prevenção e o tratamento de
doenças e da incapacidade em idades avançadas. Mudanças térmicas
O termo deve ser distinto de gerontologia, que é o Água
estudo do envelhecimento em si. Radiação solar
Traumatismos
Microorganismos
Insetos
Alimentação

PARTICULARIDADES DO
ENVELHECIMENTO
Deve-se salientar que o envelhecimento é um
processo constitucional de cada indivíduo e o
ENVELHECIMENTO processo de intensificação se deve a atuação, ao
O envelhecimento pode ser explicado por dois longo da vida, dos fatores internos e externos
conceitos distintos: citados anteriormente.
(1) conceito simplista: é o processo pelo qual o Sobre isso, podemos observar um paciente
jovem se transforma em idoso tabagista, alcoolista, hipertenso e diabético com
(2) conceito biológico: são fenômenos que levam 45 anos que, fisiologicamente, é mais velho que
a redução da capacidade de adaptação a um paciente de 70 anos sem qualquer co-
sobrecargas funcionais. morbidade.

Outros autores definem envelhecimento como a


redução da capacidade de adaptação homeostática,
perante situações de sobrecarga funcional do
organismo . Ou mesmo, consiste na última etapa da
vida.

Desta forma, devemos salientar que o


envelhecimento não ocorre de forma igualitária em
todos os sistemas do organismo.
Obviamente um paciente tabagista terá um
envelhecimento do sistema cardiopulmonar mais
rápido que os demais.
Em termos mais simples, o envelhecimento é um fato Da mesma forma um alcoolista terá um processo
inevitável, que acontece com a maioria das coisas, degenerativo do trato gastrointestinal e hepático
inerente à passagem do tempo. mais intenso que o pulmonar, por exemplo.
O processo de envelhecimento ocorre devido a
atuação de fatores internos e externos.

Os fatores internos são aqueles inevitáveis, ou seja,


são decorrentes das mudanças fisiológicas do
organismo, tais como:
Mecanismos de morte, regeneração e divisão
celular
Reações bioquímicas
Oxidação.
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OBJETIVOS DA GERIATRIA AVALIAÇÃO CLÍNICA DO


Manutenção da Saúde em idades avançadas
Manutenção da funcionalidade IDOSO
Prevenção de doenças
A avaliação clínica do idoso difere das outras
Detecção e tratamento precoce
Promover o máximo grau de independência especialidades, pois ela não se restringe somente a
Cuidado e apoio durante doenças terminais realização de um exame voltada para um grupo de
Tratamentos seguros patologias específicas; na Geriatria, espera-se
realizar uma avaliação completa da função
orgânica e ainda avaliação do estado mental do
paciente.
Além disso, é importante salientar que a
avaliação clínica do paciente idoso deve ser
multidisciplinar, envolvendo diversos outros
profissionais da saúde tais como: Psicólogos,
Fisioterapêutas, Terapeuta Ocupacional,
Fonoaudiólogos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como conclusão, podemos dizer que o
envelhecimento nada mais é que uma fase da vida do
ser humano caracterizada por uma série de mudanças
mentais e físicas.
Diante dessa perda da capacidade funcional orgânica
e maior predisposição a doenças, a atuação da
Geriatria não se restringe somente ao idoso, mas
também em outras faixas etárias, com intuito de
Com isso, podemos dizer que a avaliação completa
promover um envelhecimento saudável para tais
pessoas. do Idoso é feita através da abordagem de uma
equipe multidisciplinar, tendo como intenção
avaliar todas as funções físicas e mentais desse
MEDIDAS DE PREVENÇÃO paciente.
Entre as principais medidas temos: A forma com que o médico geriatra faz a avaliação
desses pacientes é denominada de Avaliação
PREVENÇÃO PRIMÁRIA: Geriátrica Ampla (AGA), que se diferencia das
Estilo de vida, Nutrição, Exercício, Repouso, demais abordagens semiológicas por ser
Vacinas, Controle da obesidade, Tabagismo. complementada por Escalas de Avaliação voltadas
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: para o idoso.
Prevenção de doenças e complicações Em resumo, a AGA consiste, basicamente, na análise
cardiovasculares, câncer (prástata, mama útero,
dos seguintes parâmetros:
pulmão) distúrbios Metabólicos e nutrição
PREVENÇÃO TERCIÁRIA:
Prevenir recidivas de quadros já existentes ou ANAMNESE
tratados e seu impacto na qualidade de vida,
reeducação de estilo de vida e prevenção.
EXAME FÍSICO

Escalas de Avaliação:
Avaliar as funções:
Física
Cognitiva
Emocional
Social
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ANAMNESE Sistemamusculoesquelético;
Sistema nervoso;
1- IDENTIFICAÇÃO Exame psíquico e avaliação das condições
emocionais.
Nome; Idade; Sexo; Estado civil; Naturalidade.

2- QUEIXA PRINCIPAL E DURAÇÃO(QD) 5- ANTECEDENTES PESSOAIS FISIOLÓGICOS


É a principal queixa que levou o paciente a procurar o Antecedentes de quedas no último ano
médico. Independência para atividades de vida diária
(AVD): banho, alimentação, deambulação;
3- HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA) Queixa de solidão;
Antecedente de viuvez
É a parte principal da anamnese e costuma ser a
Aposentadoria
chave-mestra para se chegar ao diagnóstico de certas
patologias.
Neste momento, devemos determinar o início do
6- ANTECEDENTES PESSOAIS PATOLÓGICOS
sintoma (época, modo, causa desencadeante), Doenças da Infância (embora geralmente não
duração, características do sintoma na época em que se lembram).
teve início (caráter do sintoma; localização Doenças apresentadas na vida adulta
corporal e irradiação; intensidade; fatores Cirurgias
desencadeantes, de piora ou de melhora; relação Hospitalizações: época, diagnóstico
da queixa com funções do organismo), evolução, Medicações atuais e passadas
repercussões do problema sobre a vida do paciente,
relação com outras queixas, situação do sintoma no
momento atual; etc.
7- ANTECEDENTES FAMILIARES
História de Demência na família
Hipertensão
Diabetes
Depressão

4- INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO
Constitui um complemento da história da doença
atual. 8- HÁBITOS E COSTUMES
Permite levantar possibilidades e reconhecer
enfermidades que não guardam relação com o quadro Tabagismo
sintomatológico registrado na HDA. Alcoolismo
Também ajuda a confirmar ou afastar possibilidades Dependência de drogas ou fármacos
diagnósticas sugeridas pelos sintomas presentes.
Sugere-se a sistematização proposta a seguir:

Sintomas gerais;
Cabeça e pescoço;
Tórax;
Sistema gastrintestinal;
Sistemagenitourinário;
Sistema hemolinfopoiético;
Sistema endócrino e metabólico;

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EXAME FÍSICO GERAL Uma pontuação 6 indica que o idoso é


independente, ou seja, possui
A avaliação do estado geral do paciente, da
habilidade para desempenhar tarefas
hidratação, dos sinais de insuficiência de órgãos ou
. cotidianas.
sistemas é fundamental para a correta interpretação
das patologias na faixa etária idosa.
Uma pontuação 4 indica uma
Durante o exame físico geral do paciente idoso, dependência parcial,podendo o idoso
devemos proceder, pelo menos, com a avaliação requerer ou não auxílio.
cardiovascular, respiratária, abdominal e neurológica. Uma pontuação igual ou inferior a 2
Os dados obtidos ao exame físico devem ser implica na necessidade de assistência,
complementadas com os achados as escalas. indicando uma dependência importante.

ESCALA DE DEPRESSÃO
GERIÁTRICA (YESAVAGE)
É uma escala de fácil aplicação, podendo ser
executada em cerca de 5 a 15 minutos, sendo ela
aplicada pelo médico e direcionada ao paciente.
Ela consta de perguntas com respostas de Sim
ou Não.
As perguntas devem ser respondidas de
acordo com os acontecimentos da última
ESCALAS DE AVALIAÇÃO semana.
Podemos dizer que as escalas de avaliação têm como
intenção principal avaliar a capacidade funcional do
idoso.
As duas escalas de avaliação geral mais utilizadas
são as de Katz e Barthel.
1. Está satisfeito(a) com sua vida?
O Índice de Katz, por exemplo, foi utilizado para
2. Interrompeu muitas de suas atividades?
avaliação das atvidades diárias relacionadas com
os cuidados pessoais. 3. Acha sua vida vazia?
4. Aborrece-se com frequência?
5. Sente-se bem com a vida na maior parte do tempo?
6. Teme que algo ruim lhe aconteça?
7. Sente-se alegre a maior parte do tempo?
8. Sente-se desamparado com frequência?
9. Prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas?
10. Acha que tem mais problemas de memória que
outras pessoas?
11. Acha que é maravilhoso estar vivo(a)?
12. Sente-se inútil?
É composto por 06 atividades básicas: 13. Sente-se cheio(a) de energia?
Banho
14. Sente-se sem esperança?
Vestir-se
15. Acha que os outros têm mais sorte que você?
Higiene pessoal
Transferência
Continência Avaliações dos resultados:
Alimentação. Uma pontuação entre 0 e 5 se considera
normal
6 a 10 indica depressão leve
11 a 15 depressão severa

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Avaliações dos resultados: 4a .Se de 100 fossem tirados 7 quanto


Uma pontuação entre 0 e 5 se considera normal restaria? E se tirarmos mais 7?
6 a 10 indica depressão leve 93
11 a 15 depressão severa 86
79
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL 4b. Soletre a palavra MUNDO de trás pra
O MEEM consiste em um teste padronizado que pode frente
ser utilizado durante a anamnese para uma avaliação
um pouco mais profunda do paciente. 5-Memorização (0-3 pontos):
É um teste bastante simples,tanto na sua aplicação Peça para o entrevistado repetir as palavras
quanto na sua interpretação. ditas há pouco.
O Miniexame do Estado Mental, frequentemente Caneca
usado para quantificar a função cognitiva, é Tijolo
limitado pela falta de um elemento de linguagem Tapete
verdadeiro e pela incapacidade de teste para a
maioria das disfunções do lobo frontal, por 6- Linguagem (0-2 pontos):
exemplo. Mostre um relógio e uma caneta e peça para o
Além disto, o nível de escolaridade, evidentemente, entrevistado para nomeá-los.
interfere nos resultados do exame, sendo sempre o Relógio
bom senso levado em consideração. Caneta

7- Linguagem (1 ponto):
Solicite ao entrevistado que repita a frase:
NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ.

8- Linguagem (0-3 pontos):


1- Orientação espacial (0-5 pontos):
Siga uma ordem de 3 estágios:
Em que dia estamos?
Pegue esse papel com a mão direita.
Ano
Dobre-o no meio.
Semestre
Coloque-o no chão.
Mês
Dia
9- Linguagem (1 ponto):
Dia da Semana
Escreva em um papel: "FECHE OS OLHOS". Peça
para o entrevistado ler a ordem e executá-la
2- Onde Estamos?
Estado
10-Linguagem (1 ponto):
Cidade
Peça para o entrevistado escrever uma frase
Bairro
completa. A frase deve ter um sujeito e um
Rua
objeto e deve ter sentido. Ignore a ortografia.
Local
11- Linguagem (1 ponto):
3- Repita as palavras (0-3 pontos):
Peça ao entrevistado para copiar o seguinte
Caneca
desenho. Verifique se todos os lados estão
Tijolo
preservados e se os lados da intersecção
Tapete
formam um quadrilátero.

4- Cálculo (0-5 pontos):


O senhor faz cálculos?
Sim (vá para a pergunta 4a)
Não (vá para a pergunta 4b)

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Avaliações dos resultados:


Normal: acima de 27 pontos
FATORES DE RISCO
Demência: menor ou igual a 24 pontos; em caso de Enfermidades crônicas e incapacitantes
menos de 4 anos de escolaridade, o ponto de corte constituem fatores de risco para depressão.
passa para 17, em vez de 24. Sentimentos de frustração perante os anseios
de vida não realizados e a própria história do
sujeito marcada por perdas progressivas - do
DEPRESSÃO companheiro
A depressão constitui a enfermidade mental mais Laços afetivos e da capacidade de trabalho-
frequente no idoso, comprometendo intensamente sua bem como o abandono,o isolamento social,a
qualidade de vida, sendo considerada um fator de risco incapacidade de reengajamento na atividade
para processos demenciais. produtiva, a ausência de retorno social do
É uma condição que coloca em risco a vida, sobretudo investimento escolar, a aposentadoria que
daqueles que têm alguma doença crônico-degenerativa visa apenas os recursos mínimos de
ou incapacitante, pois há uma influência recíproca na sobrevivência, são fatores que comprometem
evolução clínica do paciente. a qualidade de vida e predispõem o idoso ao
desenvolvimento de depressão.

De forma mais específica, podemos conceituar a


depressão como um transtorno da área afetiva de
natureza multifatorial. Além disso, ocorre uma alteração do ciclo
No idoso pode se manifestar de várias formas: sono-vigília.
Esse fato é importante, pois, geralmente os
Queixas vagas de cansaço ou fadiga idosos atingem apenas um sono “leve”, e
Queixas de doenças ou distúrbios múltiplo,vagos e não o sono REM como esperado.
sem associação fisiopatolágica comum Além disso, há uma redução drástica das
Esquecimento horas de sono, enquanto um jovem dorme
Alteração do sono em torno de 8 a 9 horas, o idoso está em
Exacerbação de uma doença de base torno de 3 a 4 horas.
Tristeza profunda

Outra condição importante é a sensação da


As estratégias de tratamento mais utilizadas são: proximidade da morte, especialmente com a
Psicoterapia morte de parentes da mesma faixa etária, tais
Intervenção medicamentosa como: falecimento de irmãos, primos, viuvez etc.
Exercício físico. Outras situaÇões psicossociais já foram citadas, e
as que merecem destaque são: menor renda,
desamparo, InstitucionalizaÇão, solidão.

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DIAGNÓSTICO Sintomas Cognitivos


O diagnóstico da depressão passa por várias etapas:

Anamnese detalhada, com o paciente e com Dificuldade de concentração


familiares ou cuidadores. Dificuldade de memória
Exame psiquiátrico minucioso Lentificação do raciocínio
Exame clínico geral
Avaliação neurológica
Identificação de efeitos adversos de Sintomas
medicamentos
Exames laboratoriais e de neuroimagem.
Psicóticos
Ideias paranóides
Estes são procedimentos preciosos para o diagnóstico
Delírios de ruina
da depressão, intervenção psicofarmacológica e
Delírios de morte
prognóstica, especialmente em função da maior
Alucinações mandativas de
prevalência de comorbidades e do maior risco de
suícidio
morte.

Sintomas do Estado
de Humor
DEPRESSÃO MEDICAMENTOSA
Algumas das seguintes medicações podem
Deprimido causar depressão, e a sua remoção ou
Irritabilidade substituição pode ser fundamental para o
Tristeza tratamento do quadro depressivo:
Desânimo
Sentimento de abandono Diuréticos
Sentimento de inutilidade Propanolol
Diminuição da autoestima Metildopa
Retraimento social/solidão Bloqueadoresdos Canais Ca+
Anedonia e desinteresse Digitálicos
Ideias de morte Hipoglicemiantes
Tentativas de suicídio Cimetidina
Haldol
Clorpromazina
Sintomas Benzodiazepínicos (por isso, o Diazepam e o
Rivotril não devem ser utilizados como anti-
Neurovegetativos depressivos)
Morfina
Inapetência
Meperidina
Emagrecimento
Agentes quimioterápicos
Distúrbio do sono
Corticóides
Perda de energia
Lentificação psicomotora
Inquietação psicomotora
Hipocondria
Dores inespecíficas

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Os IMAOs causam uma inibição irreversível e


TRATAMENTO MEDICAMENTOSO não-seletiva, pois bloqueiam a ação dos dois
O tratamento da depressão no idoso tem por subtipos da enzima (MAO-A e MAO-B).
finalidade reduzir o sofrimento psíquico causado por Esta característica confere-lhes uma
esta enfermidade, diminuir o risco de suicídio, longa duração de ação, mas está também
melhorar o estado geral do paciente e garantir uma relacionada com os seus efeitos adversos,
melhor qualidade de vida. uma vez que a inibição não-seletiva (e
irreversível) leva à acumulação e
consequente toxicidade de vários dos
subtratos da MAO, sobretudo a
serotonina.
Por este motivo, é muitas vezes
necessária a instituição de uma dieta
alimentar específica para reduzir o
A seguir, convém investigar aspectos de natureza consumo de substratos da enzima.
psicológica e psicossocial, como lutos, isolamento
social, abandono e outros fatores que tendem a ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
desencadear sintomas depressivos.
O sucesso do tratamento está baseado em três pilares São medicamentos relacionados a uma
principais: excelente resposta ao tratamento dos pacientes
Diagnosticar e tratar precocemente a depressão com depressão; entretanto, possuem muitos
Afastar fatores desencadeantes efeitos colaterais.
Associar psicoterapia, se possível
Base farmacológica: aumentar serotonina Eles bloqueiam os transportadores
(5HT), noredrenalina(NA), dopamina(DO). membranares dos neurônios pré-
sinapticos que recolhem monoaminas
A escolha do tratamento irá depender do quadro neurotransmissoras do exterior (ou seja,
clínico individual de cada paciente. da sinapse) e portanto maximizam a
duração da sua ação nos neurônios pós-
sinápticos, ao permitirque atuem na
biofase durante mais tempo.
A maioria dos tricíclicos bloqueiaos
transportadores de noradrenalina,
dopamina e serotonina.

Os principais representantes dessa classe de


INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE (iMAO) drogas são:
Estes fármacos inibem a enzima monoamina oxidase Amitriptilina (Amytrilí;Neurotryptí) 25-300mg
(MAO), responsável por metabolizar monoaminas - iniciar com 10mg
como a noradrenalina, dopamina e serotonina. Nortriptilina 10-150mg- menos efeitos
Uma vez inibida,ocorre aumento das colaterais e pode ser uma opção para
concentrações sinápticas destas e condicionando Amitriptilina
maior excitação dos neurônios que possuem Imipramina - 10mg
receptores para estes mediadores.

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EFEITOS COLATERAIS. EFEITOS COLATERAIS.


Possuem poucos efeitos quando
BLOQUEIOS RECEPTORES COLINÉRGICOS comparados com outras classes de drogas.
MUSCARÍNICOS (EFEITOS ANTI-COLINÉRGICOS): Entretanto alguns pacientes ainda podem
relatar: alterações do TGI, insônia,cefaléia,
Boca seca tremores e ansiedade.
ConstipaÇão,retenÇão urinÄria
Pressão ocular - glaucoma
Confusão mental,déficit cognitivo
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DA
Taquicardia NORADRENALINA E SEROTONINA (SNRI)
Ganho de peso
Os inibidores seletivos da recaptação da
BLOQUEIO RECEPTOR H1E H2: serotonina e da noradrenalina (IRSN ou SNRI)
Sonolência, sedaÇão,fadiga são fármacos relativamente recentes, utilizados
Tonturas, hipotensão com risco de queda no tratamento da depressão.

INIBIÇÃO DA ENZIMA ATPASE NA/K: Tal como os inibidores seletivos de


Retardo da condução ventricular recaptação de serotonina (ISRS), não
possuem ação agonista sobre os
receptores; a sua ação farmacológica
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO limita-se a impedir a recaptação de
serotonina e noradrenalina, possuindo
DA SEROTONINA (ISRS) por isso um perfil farmacológico mais
seguro e com uma potência semelhante
Os ISRSs aumentam a concentração extracelular do
dos antidepressivos tricíclicos, porém
neurotransmissor serotonina (5-HT) ao inibir a sua
com menos efeitos adversos.
recaptação pelo neurônio pré-sináptico,
aumentando o nível de serotonina disponível para
se ligar ao receptor pós- sináptico.
INDICAÇÕES.
O grau de seletividade para outros transportadores de
Esses medicamentos são utilizados quando
monoaminas (como a dopamina ou noradrenalina) é
o paciente possui uma depressão mais
variável,embora a afinidades e ja de forma geral muito
grave, em que percebe-se uma ameaça a
baixa.
própria vida, ou seja, tendências suicidas.
Portanto, podemos utilizar IRSN em
INDICAÇÕES.
situações em que o médico quer resultados
Podem ser consideradas como as drogas de
mais rápidos quando não houve resposta ao
primeira escolha para o tratamento da depressão
tratamento com os inibidores seletivos da
nos idosos.
serotonina.
Os principais representantes dessa classe são:
Os principais representantes dessa classe de
Sertralina (Zoloftí; Tolrestí) 25-100mg
medicamentos são:
Fluoxetina (Prozací,conhecida como a “pílula da
Venlafaxina 37,5-225mg/dia
felicidade”; Daforiní)10-80mg
Duloxetina 60/120mg/dia
Paroxetina (Aropaxí) 20-60mg: pode ser utilizada
para pacientes com depressão ansiosaou depressão
EFEITOS COLATERAIS.
associada a insônia, uma vez que ela é responsável
Náuseas
por apresentar um efeito benzodiazepínico-like.
Insônia
Citalopram (Cipramilí) 20-60mg
Cefaléia
Escitalopram 10mg
Anorexia
Elevação de PA

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TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO FATORES DE RISCO


Deve sempre ser associado com o tratamento Alguns estudos demonstram a base genética da
farmacológico. doença de Alzheimer.
Os seguintes pontos devem ser orientados para o Para alguns pesquisadores, a DA é uma doença
paciente: autossômica dominantee, com isto, o risco é
Prática regular de exercícios físicos dobrado para os familiares de primeiro grau de
Alimentação balanceada, pacientes com Alzheimer.
Rotina para o horáriode sono
Redução ou a eliminação da ingestão de cafeína e Em resumo, os vários fatores de risco para
de álcool doença de Alzheimer são:
Psicoterapia Idade
História familiar de DA
Genética
Ambientais
Nutricionais
Metabólicos
Estilo de vida
Infecciosos
Traumáticos
Tóxicos
Sócio econômico-culturais

DEMÊNCIA DE ALZHEIMER (DA)


A demência de Alzheimer (DA) é uma afecção
neurodegenerativa progressiva e irreversível de
aparecimento insidioso, que acarreta perda de
memária e diversos distúrbios cognitivos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Em outras palavras, é uma doença degenerativa do SINTOMAS COGNITIVOS
cérebro caracterizada por uma perda cognitivas Transtornos de memória: incapacidade de
superiores, manifestando-se, inicialmente, por memorizar dados novos.
alterações da memória episódica. Alterações na linguagem (afasia)
Estes déficits amnésicos agravam-se com a Alteração na motricidade (apraxia):
progressão da doença, e são posteriormente Dificuldade na realização de atividades
acompanhados por déficits visuo-espaciais e de motoras. Ex. incapacidade em pentear os
linguagem. cabelos.
Não há, entretanto, alteração da consciência; mas Alteração na cognição(agnosia)
sim, incapacitação progressiva para atividades da Ex:incapacidade em reconhecer ou identificar
vida diária. um objeto com olhos fechados,utilizando outros
sentidos.
Alteração na capacidade de execução de
tarefas. Ex: incapacidade em iniciar o alfabeto
ou uma contagem regressiva.

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DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
O tratamento da demência de Alzheimer é, de
De fato, o diagnóstico da demência de Alzheimer é
fato, sintomático e não curável.
eminentemente clínico.
As principais metas deste tratamento são, na
Entretanto, a única certeza do diagnóstico se faz por
verdade:
meio da autópsia cerebral .
Melhorar qualidade de vida do paciente;
Os exames complementares são importantes para
Melhorar o seu desempenho funcional
realizar diagnóstico diferencial com outras patologias
Promover autonomia.
semelhantes.

HISTÓRIA CLÍNICA:
TRATAMENTO COMPORTAMENTAL
Devemos avaliar justamente os relatos comuns A depender do distúrbio associado que o
feitos por acompanhantes, como vimos a propósito paciente com Alzheimer apresente, podemos
da descrição da síndrome clínica. lançar mão de outras classes de medicamentos
Sinais de esquecimento e confusão que se iniciam que atuem nestas co-morbidades, como por
banalmente, mas que se tornam cada vez mais exemplo:
frequentes, devem nos deixar atento para um
possível quadro demencial. ANTIDEPRESSIVOS:
Portanto, não só devemos questionar dados ao Para pacientes que apresentam quadros
paciente, como também devemos coletar dados da depressivos que comprometam seu
família e do cuidador. convívio social.
Devemos optar por drogas com poucos
efeitos anticolinérgicos (evitar, portanto,
os anti-depressivos tricíclicos)

DROGAS PSICOTRÓPICAS:
Para pacientes que apresnetam
alucinação e delírios.

ANTI-PSICÓTICOS (COMO A
EXAME NEUROLÓGICO: RISPERIDONA), NEUROLÉPTICOS OU
A partir do momento que o diagnóstico do BENZODIAZEPÍNICOS:
Alzheimer é dado por meio clínico,devemos Para pacientes com insônia e quadros de
realizar um exame neurológico criterioso, no vagar noturno.
intuito de avaliar as funções corticais superiores e
o estado mental. TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
Fisioterapia
Fonoterapia
Psicologia e terapia ocupacional
Nutrição
Cuidados da enfermagem

EXAMES COMPLEMENTARES:
Laboratório: Hemograma, U, C, Na, K, Ca;
Função tireoidiana e hepática; Sorologia para
sífilis e HIV; Deficiência de vitamina B12,
Dosagem de ácido fólico.
Imagem: TC e RNM de Crânio, SPECT.
Opcionais: EEG, LCR.

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DEMÊNCIA VASCULAR (DV) DIAGNÓSTICO


A demência vascular(DV) consiste na segunda maior O diagnóstico da demência vascularpode ser
causa de demência (15%), estando seu mecanismo de estabelecido através de três vertentes:
ação relacionado a uma queda do fluxo sanguíneo Quadro clínico + Fatores risco
cerebral como consequência da arterioesclerose. Neuroimagem
Com o aumento da expectativa de vida e, Escalas
consequentemente, da incidência de doenças
cardiovasculares, como diabetes e hipertensão,
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
acredita-se que a incidência de DV venha a O diagnóstico clínico de DV é sugerido na
aumentar. presença de uma tríade:
Fatores clássicos de risco cerebrovascular
Manifestações clínicas de episódios
cerebrovasculares prévios
Existência do próprio quadro demencial.

FATORES DE RISCO TRATAMENTO DA DEMÊNCIA VASCULAR


Sexo masculino
Os objetivos do tratamento do paciente com DV
Idade avançada
envolve diversos níveis de cuidado:
Raça não-branca
História prévia de Insuficiência coronariana,
Retardar a progressão da doença
Hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes
Atuar nos fatores de risco:
mellitus (DM), AVCI ou AIT, hiperlipidemia,
Prevenção primária (tratar diabetes e
tabagismo, etc.
hipertensão, suspender o tabagismo,
etc.) da demência e prevenção
secundária (prevenção de novas lesões
cerebrovasculares)

Melhora sintomática:
Uso de Galantamina (Reminyl®), droga
bastante utilizada quando se tem
associação entre demência de
Alzheimere DV; drogas anti-agregantes
plaquetárias; drogas para tratar
diabetes e hipertensão; etc.
ETIOLOGIA
Dentre as principais causas estão:
Uso de drogas para ativação
Múltiplas lesões por embolia cerebral (AVC
cortical(Piritinol; Hydergine) e
isquêmico)
neuroprotetores (Pentoxifilina).
Única lesão em territórios estratégicos (como
tálamo ou giro angular esquerdo)
Outros:
Alterações crônicas da circulação cerebral
Estruturação do ambiente, Déficits
Lesões extensas da substância branca (como por
específicos, Cuidados à família.
doença de Binswanger ou Leucoaraiose)
Angiopatia amilóide cerebral (AAC)
AVC hemorrágico

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Além desses mecanismos, também o


DELIRIUM aumento na sensibilidade dos receptores
Conceitua-se o delirium como uma alteraçãoda ajudam a manter as respostas cerebrais
consciência (diminuição da percepção do ambiente) adequadas até que ocorra grande redução
por um déficit de atenção (incapacidade para mantê- de neurônios e exaustão dos mecanismos
la, focá-la ou alterá-la), alteração na percepção de compensatórios, surgindo assim, os
estímulos fornecidos pelo meio ou pela presença de sintomas de insuficiência como o delirium e
alterações cognitivas (esquecimentos, desorientação a disfunção cognitiva.
têmporo-espacial, distúrbio da linguagem), que não
podem ser atribuídos a demência (em fase inicial ou
em curso) ou a qualquer outra causa mais clara. Em resumo, podemos dizer que o delirium
trata-se de uma série de alterações
neurológicas que ocorrem devido a uma
desorganização dos transmissores em nível
do SNC.

Caracterizado pela elevação da


dopamina e GABA, serotonina, glutamato
e norepinefrina (neurotransmissores
excitatórios) associada ou não à redução
FISIOPATOLOGIA de acetilcolina.
Fisiopatologicamente, o delirium pode ser
conceituado como uma síndrome cerebral
orgânica sem etiologia específica que cursa,
basicamente, com alterações de
neurotransmissores e distúrbios de permeabilidade
de membranas (devido a alterações de eletrólitos e
pH), o que provoca a confusão mental. Nessas duas condições, ocorrem
No envelhecimento normal,o cérebro sofre instabilidades sinápticas que levam ao
alterações morfológicas, hormonais e Delirium.
neuroquímicas.

A diminuição do volume cerebral e de seu peso, a


redução do número e do volume de neurônios, a
perda de dendritos e sinapses são compensados por
mecanismos como o aumento de seu metabolismo Quando o distúrbio ocorre por falta e
e o aumento na produção de neurotransmissores redução concomitante de transmissores
(embora sua liberação esteja reduzida), além do (Ex. elevação do GABA e redução da
aumentono tamanho dos terminais nervosos, acetilcolina), caracteriza-se um distúrbio
assumindo assim, a função da perda dos terminais misto.
vizinhos.

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CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO
HIPOATIVO: HISTÓRIA CLÍNICA
De pior prognóstico, caracteriza-se pela Atentar para a preseça dos seguintes dados:
diminuição da atividade psicomotora, com
aparente calma, perda da atenção e apatia intensa Antecedente medicamentoso completo,
nos casos extremos. inclusive daquelas drogas não prescritas
Devido a estes sinais, comumente o Delirium por médicos
hipoativo é confundido com a depressão, o que Alcoolismo
dificulta seu diagnóstico e seu tratamento. Prejuízo intelectual prévio (habilidade no
planejamento doméstico, para o pagamento
HIPERATIVO: de contas, ou para frequentar eventos
Caracteriza-se pela agitação, comportamento sociais)
combativo, desorientação e confusão após Estado funcional (atividades da vida diária
administração de sedativos. e atividades instrumentais da vida diária)
É um quadro frequente e, como já foi relatado, Início e curso da doença
caracteriza-se mais pela agitação psicomotora. Episódios prévios de confusão agudos ou
Por ser um quadro mais exuberante, é mais fácil de crônicos
ser diagnosticado. Sintomas sugestivos da causa básica
(infecção)
MISTO: Déficits sensoriais (principalmente o visual)
Também bastante frequente, caracteriza-se pela Uso de órteses( aparelhos de audição,
associação de períodos hipoativos e hiperativos, óculos, etc.)
devido a associação entre a elevaçãodo GABA e Circunstâncias sociais no momento da
redução da acetilcolina. admissão (proveniente de casa de repouso,
mora com cuidador ou familiar)
Comorbidades.

QUADRO CLÍNICO Na maior parte das vezes, pacientes


O delirium trata-se de um quadro de início súbito, admitidos com delirium, não tem
com uma duração variável,entre dias e semanas, a condição de fornecer dados precisos
dependerda gravidade do caso e fator de história.
desencadeante. Sempre que possível é necessário
Evolui de forma oscilante, ou seja,o paciente esses dados devem ser fornecidos por
apresenta intervalos de normalidade um familiar ou cuidador.
interrompidos por crises de confusão.
O delirium inclui alterações do nível de consciência
e cognição (memória,orientação espacial,
linguagem, percepção, humor, ciclo sono-vigília)

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EXAMES COMPLEMENTARES TRATAMENTO


Os seguintes exames deverão necessariamente ser O tratamento medicamentoso sintomático
solicitados para investigação da etiologia do delirium: do delirium é feito na maioria das vezes
com o uso de antipsicóticos (por exemplo,
Hemograma completo haloperidol), podendo-se utilizar
Cálcio plasmático, uréia e eletrólitos antipsicóticos atípicos (olanzapina,
Glicemia risperidona e quetiapina) como alternativa
Testes de função hepática terapêutica quando houver necessidade de
Testes de função tireoidiana altas doses de haloperidol para o controle.
Radiografia de tórax
Eletrocardiograma
Culturas (sanguee urina)
Urina I
Dosagem de ácido fólico e vitamina B12 (déficits
vitamínicos estão mais associados às síndromes
demências, e seriam interessantes em casos da
necessidade de um diagnóstico diferencial).

RESUMO

História e exame físico

Revisar medicamentos
e pesquisar abstinência

Excluir causas
metabólicas

Pesquisar infecção

Em pacientes selecionados
considerar: CT, PL, B12, FOLATO.

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REFERÊNCIAS
PERRACINI, M. R. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de janeiro:Guanabara Koogan
ARLINDO UGULINO NETTO- LUIZ GUSTAVO C. BARROS · YURI LEITE ELOY MEDICINA

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