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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Gelson Geraldo de Melo

Heverly Rabelo da Silva Galindo

Jane Maria Aparecida Soares

Karina Spolaor Janfrone

Luiza Scalisse de Brito

TENDÊNCIAS DA CONTABILIDADE DIGITAL

RESUMO

O emprego de ferramentas digitais com o uso da inteligência artificial


possibilita que os contadores consigam avaliar documentos, dados, coletar
informações, controlar as demandas burocráticas, verificar transações financeiras,
gerar relatórios, entre outras atividades, com muito mais rapidez e eficiência. A
tecnologia veio ajudar a potencializar os resultados. A partir disso, abordamos o
Sistema Público de Escrituração Contábil - SPED, desenvolvido pelo governo
federal, que trouxe benefícios para si e para os contribuintes, com intuito de facilitar
o cumprimento das obrigações acessórias exigidas e também abordaremos os
softwares e ferramentas digitais disponíveis no mercado que permitem automatizar
os trabalhos da empresa, tanto no âmbito administrativo quanto operacional.
Conclui-se que os profissionais contábeis devem se adequar para as mudanças, a
fim de se manter ativo no ambiente de trabalho, com ética e atualizando-se
conforme demanda a sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Sistema Público de Escrituração Contábil – SPED.


Módulos do SPED. Serviços digitais.
2

1. INTRODUÇÃO

Na área contábil, de uma maneira geral, existem muitas atualizações


necessárias a serem feitas com muita frequência. Como profissionais na área
precisamos estar em constante evolução em assuntos relacionados, para que todo o
trabalho seja eficaz e satisfatório para a empresa, e para o cliente. É fundamental
também, que estejamos atentos às tendências na contabilidade, que são de grande
auxílio para um melhor desempenho do trabalho.
O emprego de ferramentas digitais possibilita a avaliação de documentos,
dados, coleta de informações, o controle as demandas burocráticas, verificar
transações financeiras, gerar relatórios, entre outras atividades, com mais rapidez e
eficiência. Possibilitando a entrega de informações detalhadas e em tempo hábil por
meio de relatórios padronizados impressos em layout e formatação adequada,
auxiliando na administração das empresas e nas tomadas de decisões gerenciais.
Além disso, o uso massificado dos computadores de uso pessoal aumentou a
utilização de sistemas próprios para os escritórios como o ERPs ou os sistemas
integrados. Refletindo em ações atuais em que são adotados a escrituração e a
transmissão eletrônica de informações pelo governo para a implementação do
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e o E-Social, e que ambos marcam
o início da contabilidade digital.
A contabilidade digital se caracteriza por fazer contabilidade com o auxílio de
ferramentas e de recursos tecnológicos. Assim, toda comunicação, transmissão,
recepção, autenticação, validação e armazenamento dos livros contábeis se
tornaram eletrônicos. Essas mudanças também colaboraram para a integração dos
fiscos, Receita Federal, postos fiscais e Previdência, padronizando as obrigações
acessórias e obtendo melhor eficiência dos processos fiscais e de controle,
promovendo a desburocratização das declarações e consequentemente ganhos e
benefícios para as empresas. Sua base digital atualmente é o SPED, constituindo-se
também pela Escrituração Fiscal Digital (EFD), Escrituração Contábil Digital (ECD),
Nota Fiscal Eletrônica (NFe), Conhecimento de Transporte Eletrônico (CTe),
Escrituração Contábil Fiscal (ECF), E-Social e EFD-Contribuições.
2. SPED - Sistema Público de Escrituração Digital

O Sistema Público de Escrituração Digital foi criado no dia 22 de janeiro de


2007, através do decreto de nº 6.202/2007 que traz a seguinte redação:

Art. 2º. É um instrumento que unifica as


atividades de recepção, validação,
armazenamento e autenticação de livros e
documentos que integram a escrituração
contábil e fiscal dos empresários e das pessoas
jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante
fluxo único, computadorizado, de informações.

Ou seja, é uma ferramenta que busca a modernização e a padronização das


rotinas fiscais, contábeis e sociais das organizações, permitindo que as mesmas
façam a transmissão de dados para a Receita Federal sem que haja a necessidade
de entrega de documentos físicos na junta comercial. Transforma papel e livros em
arquivos eletrônicos, dessa maneira gerando economia para as organizações. Por
outro lado, facilita a fiscalização e o cruzamento de dados por parte do fisco.

2.1. Utilidade, Propósitos e Finalidades

As principais vantagens da utilização do SPED é a integração dos sistemas


ECD, EFD, e NF-e, redução de papéis, assim preservando o meio ambiente, rapidez
de acesso às informações, aperfeiçoamento de combate à sonegação de impostos,
dentre outras utilidades.

Tem como propósito promover a integração dos fiscos, por meio de


padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, além de
racionalizar e unificar as obrigações acessórias para os contribuintes, isto é, envio
das informações aos diferentes órgãos fiscalizadores (Federal, Estadual e
Municipal), como também tornar mais acelerado a identificação de ilícitos tributários.

Sua finalidade é proporcionar melhor ambiente de negócios para as


organizações, eliminar concorrência desleal com aumento da competitividade entre
as organizações, promover o compartilhamento das informações, bem como
redução de custo para os contribuintes entre outras finalidades.
2.2. Módulo do SPED

Este programa, na época foi subdividido em três importantíssimos módulos,


sendo eles:  Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a Nota Fiscal
Eletrônica, entretanto, no decorrer do tempo foram incorporados outros módulos com
objetivo claro e único de integrar todos os módulos aos entes federativos dos três
poderes, com intuito de gerar uma melhor fiscalização, e administração dos dados
envolvendo os tributos. 

2.2.1. Central de Balanço (CB)

Instituído, através da Portaria de nº. 529 de setembro de 2019, e publicada em


02 de outubro de 2019, é um módulo que contém as demonstrações e documentos
contábeis de diversas organizações, permite aos usuários da contabilidade (internos
e externos) o acesso rápido, público e gratuito dessas informações com
confiabilidade. Tem por objetivo reunir as demonstrações contábeis das organizações
participantes em um único local.
Apesar da obrigatoriedade de enviar suas demonstrações contábeis e
financeiras dentro do ambiente da Central de Balanço ser para as organizações
regidas pela Lei de nº. 6.404/1976 das Sociedades por Ações -S/A, as organizações
que não se enquadram podem participar voluntariamente, pois, traz vários benefícios
como: local para divulgação das Demonstrações Contábeis, assim evitando gasto
com publicação em jornais ou em diários oficiais. Facilidade de acesso por
instituições financeiras para análise de crédito e liberação de financiamento, além
de transparência das informações referente às Demonstrações Contábeis para toda a
sociedade, com acesso ágil e fácil via internet, bem como garantia da integridade e
autenticidade das informações prestada pelas organizações, e validação das
informações por meio do Certificado Digital.

2.2.2. CT-E: Conhecimento de Transporte Eletrônico

Podemos conceituar o Conhecimento de Transporte Eletrônico como sendo


um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente,
com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma prestação de serviço de
transporte de cargas realizada por qualquer modal (Rodoviário, Aéreo, Ferroviário,
Aquaviário e Dutoviário). Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do
emitente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção e autorização de uso,
pelo Fisco.

O conhecimento de Transporte Eletrônico oportuniza vários benefícios para


todos envolvidos na prestação de serviço de transporte. Para os emitentes do
conhecimento de transporte eletrônico vejamos alguns benefícios:

 Redução de custos de impressão do documento fiscal, uma vez que o


documento é emitido eletronicamente. O modelo do CT-e contempla a
impressão de um documento em papel, chamado de Documento
Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE), cuja
função é acompanhar a realização da prestação de serviço e
consequentemente o trânsito das mercadorias transportadas, além de
possibilitar ou facilitar a consulta do respectivo CT-e na internet;

 Redução de custos de aquisição de papel, pelos mesmos motivos


expostos acima;

 Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais.


Atualmente os documentos fiscais em papel devem ser guardados
pelos contribuintes, para apresentação ao fisco pelo prazo decadencial;

 GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos: O CT-e é um


documento estritamente eletrônico e não requer a digitalização do
original em papel. Sendo assim, possibilita a otimização dos processos
de organização, a guarda e o gerenciamento de documentos
eletrônicos, facilitando a recuperação e intercâmbio das informações;

 Simplificação de obrigações acessórias: Inicialmente o CT-e prevê


dispensa de Autorização de Impressão de Documentos Fiscais - AIDF.
No futuro outras obrigações acessórias poderão ser simplificadas ou
eliminadas com a adoção da CT-e;

 Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de


Fronteira: Com o CT-e, os processos de fiscalização realizados nos
postos fiscais de fiscalização de mercadorias em trânsito serão
simplificados, reduzindo o tempo de parada dos veículos de cargas
nestas unidades de fiscalização;

 Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes (B2B).

Agora vejamos alguns benefícios para empresas tomadoras da Prestação de


Serviços do Conhecimento Eletrônico (compradoras):

 Eliminação de digitação de Conhecimentos na recepção das


Prestações de serviços de Transporte Recebidas, uma vez que poderá
adaptar seus sistemas para extrair as informações, já digitais, do
documento eletrônico recebido;

 GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos, conforme os motivos


expostos nos benefícios das empresas emitentes;
 Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com fornecedores
(B2B), pelos motivos já expostos anteriormente.

Benefícios para a Sociedade:

 Redução do consumo de papel, com impacto positivo em termos


ecológicos;

 Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;

 Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas;


 Surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de
serviços ligados ao CT-e.

Benefícios para os Contabilistas:

 Facilitação e simplificação da Escrituração Fiscal e contábil;

 GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos, conforme os motivos


expostos nos benefícios das empresas emitentes;
 Oportunidades de serviços e consultoria ligados CT-e.

Benefícios para o Fisco:

 Aumento na confiabilidade do conhecimento de transporte de cargas;


 Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor
intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos;

 Redução de custos no processo de controle dos conhecimentos


capturados pela fiscalização de mercadorias em trânsito;

 Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação sem aumento de


carga tributária;

 GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos, conforme os motivos


expostos nos benefícios das empresas emitentes;

 Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da


Secretaria da Receita Federal e demais Secretarias de Fazendas
Estaduais (Sistema Público de Escrituração Digital - SPED).

2.2.3. ECD – Escrituração Contábil Digital

A Escrituração Contábil Digital, foi instituída para fins fiscais e previdenciário.


É um programa do governo brasileiro que está inserido num projeto das relações
entre o Estado e o contribuinte. Dentro dele existe a iniciativa de transportar para um
ambiente online os procedimentos que antes eram realizados por meio da
escrituração em papel.
Ele é parte integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), e
corresponde à obrigação de transmitir, em versão digital, os seguintes livros:

I - Livro Diário e seus auxiliares, se houver;

II - Livro Razão e seus auxiliares, se houver;


III - Livros Balancetes Diários, Balanços e Fichas de Lançamento
comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.
A ECD foi instituída no ano de 2007, com o objetivo de trazer para o SPED
uma contabilidade com maior qualidade e agilidade, onde os documentos são em
versão eletrônica. Uma vez que esse arquivo digital é gerado, ele é transmitido ao
Repositório Nacional do SPED e disponibilizado para a Junta Comercial. Essa, por
sua vez, o envia para a Receita Federal, ao SEFAZ e às demais entidades
responsáveis por trabalhar com os dados do contribuinte.
O SPED pretende unificar processos, como a recepção, a validação, o
armazenamento e a autenticação dos livros dos procedimentos das empresas.
Assim, estão obrigadas a contribuir com a ECD:

 Sociedades empresariais optantes pelo Lucro Real;

 Empresas optantes pelo Lucro Presumido que fizerem distribuição de


lucro superior à presunção atribuída pelo governo e que,
consequentemente, têm incidência do Imposto de Renda;

 Pessoas jurídicas imunes ou isentas que no ano anterior foram


obrigadas a entregar o SPED Contribuições.
Depois de enviados as informações, é possível fazer a correção, entretanto,
existem duas exceções; caso os dados já estejam em análise pela Junta Comercial
ou se eles já tenham sido substituídos anteriormente.
O Livro Digital deve ser assinado por, no mínimo, duas pessoas físicas, no
caso, o representante da empresa e o contabilista. A grande mudança realmente
acontece na informatização do processo quando o governo passa a ter um volume
ainda maior de informações a respeito das empresas, podendo ser consultadas a
qualquer momento pelo PVA e pela página principal do SPED.
Em dezembro de 2015, foi publicada a instrução normativa nº 1.594, que
trouxe algumas alterações em relação aos prazos relativos à Escrituração Contábil
Digital. Essa publicação modificou o prazo para a entrega da ECD, que passou a
acontecer no último dia útil do mês de maio do ano posterior ao ano-calendário em
que foi realizada a escrituração.
A Receita Federal disponibiliza para os contribuintes um software para a
realização das operações envolvendo o SPED. Trata-se do Programa Validador e
Assinador (PVA) adquirido no site oficial da Receita. O PVA cria um banco de dados
e já consegue validar algumas informações. Portanto, a melhor maneira de lidar com
o SPED contábil é investindo na modernização da contabilidade para que assim seja
coletado dados de maneira eficiente e organizada, facilitando o trânsito de
informações corretamente.

2.2.4. ECF – Escrituração Contábil Fiscal

A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é parte do projeto do Sistema público de


Escrituração Digital (SPED). A ECF foi criada pela Instrução Normativa RFB nº
1.422/2013, com a obrigatoriedade da apresentação para todas as pessoas
jurídicas, inclusive as equiparadas, a partir do ano-calendário de 2014. Com a
entrega da ECF, as pessoas jurídicas ficam dispensadas, da escrituração do Livro
de Apuração do Lucro Real (Lalur) em meio físico e da entrega da Declaração de
informações Econômico-Físicas da Pessoa Jurídica (DIPJ), a partir de 01/01/2014.
As empresas que apuram o IRPJ pelo regime de tributação do Lucro Real, a ECF é
o livro de Apuração do Lucro Real, conforme o inciso I do artigo 8° do Decreto-Lei nº
1.598/77. A Instrução Normativa RFB nº 2.004/2021 consolida a partir de 01/02/2021
as informações da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 e alterações posteriores.
Todas as empresas, inclusive as equiparadas, deverão entregar a ECF de
forma centralizada pela matriz, caso tenha filiais. Pessoas jurídicas que foram sócias
ostensivas de Sociedades em Cota de Participação (SPC), a ECF deverá ser
transmitida separadamente.

 Dispensa

Estão dispensadas do envio da ECF:

a) às pessoas jurídicas optantes Simples Nacional, de que trata a Lei


Complementar nº 123/2006;

b) aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;

c) as pessoas jurídicas inativas, ou seja, a que não tenham efetuado qualquer


atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, durante todo o
ano-calendário.

 Prazos

A ECF será transmitida anualmente ao SPED até o último dia útil do mês de
julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. (IN RFB nº 2-
004/2021, artigo 3º, caput). Nos casos de extinção da pessoa jurídica, cisão parcial,
cisão total, fusão ou incorporação, a ECF deve ser entregue pela pessoa jurídica
extinta, cindida, fusionada, incorporada e incorporadora.
2.2.5. Escrituração Fiscal Digital – Contribuições, ICMS, IPI

A Escrituração Fiscal Digital (EFD) é um dos subprojetos do Sistema Público


de Escrituração Digital, o SPED, que é o sistema onde armazena toda a informação
e a mantém a disposição para consultas e auditorias. É constituído de um arquivo
digital, contendo um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras
informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Receita Federal do
Brasil, bem como, registros da apuração dos impostos referentes às operações e
prestações praticadas pelo contribuinte. Ela veio para facilitar a vida dos
empreendedores e cumprir as obrigações com a receita. A EFD abrange a
escrituração dos seguintes Livros Fiscais: 

 Registro de Entradas;

 Registro de Saídas;

 Registro de Inventário;

 Registro de Apuração do IPI;

 Registro de Apuração do ICMS

 Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP

 Registro de Controle de Produção e Estoque 

A EFD é de uso obrigatório para todos os contribuintes do ICMS ou do IPI,


podendo os mesmos serem dispensados dessa obrigação, desde que a dispensa
seja autorizada pelo fisco da unidade federada do contribuinte e pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil. Ficam dispensados da utilização da EFD as
Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte, previstas na Lei Complementar
123/06, de 14 de dezembro de 2006, com as exceções previstas no Protocolo ICMS
3/2011, cláusula 2ª e parágrafo único e suas alterações subsequentes.  

Vantagens:
 Redução de custos e papel

 O contribuinte fica dispensado da entrega do arquivo digital


previsto no § 2º do art. 1º do Anexo X do RCTE – Sintegra;

 O contribuinte fica dispensado, a partir de 1º de janeiro de 2012,


da entrega da Declaração Periódica de Informação - DPI - prevista no art. 359
do RCTE.

 Uniformização das informações que o contribuinte presta às


diversas unidades federadas;

 Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;

 Rapidez no acesso às informações;

 Garantia de autenticidade, integridade e validade jurídica pela


utilização de assinatura digital do contribuinte ou seu representante legal,
certificada por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira - ICP-Brasil. 

A EFD a partir de sua base de dados, a empresa deverá gerar um arquivo


digital (Programa Validador e Assinador PVA) de acordo com a leiaute estabelecido
em Ato COTEPE, informando todos os documentos fiscais e outras informações de
interesse dos fiscos federal e estadual, referentes ao período de apuração dos
impostos ICMS e IPI.

Benefícios da EFD: 

 Comprova que o seu negócio cumpriu todas as obrigações

 Planejamento tributário- reduzir tributos legalmente.

 Prejuízo fiscal – tem direito à restituição do excedente


 Restituição do imposto – desde que a compra esteja
devidamente escritural

 Expansão ou reposicionamento de mercado. 

Desde janeiro de 2013, a escrituração fiscal digital pode ser retificada, mais
ou menos nos mesmos moldes que o Imposto de Renda de Pessoa Física. O prazo
para isso é o último dia útil do terceiro mês subsequente ao lançamento dos dados. 

2.2.6. EFD-Reinf (A Escrituração Fiscal Digital de retenções e


outras informações)

Trata de um dos módulos do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED),


utilizado tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, em complemento ao Sistema de
Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, que
compõe a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e
de Outras Entidades e Fundos.
O objeto da EFD-Reinf é a escrituração de rendimentos pagos e retenções de
Imposto de Renda, Contribuição Social do contribuinte, com exceção daquelas
relacionadas ao trabalho e receita bruta para a apuração das contribuições
previdenciárias substituídas. O prazo de entrega mensal da EFD-Reinf, corresponde
à transmitida pelo SPED, até o dia 15 de cada mês subsequente ao da escrituração.

Ficam obrigados a adotar a EFD-Reinf os seguintes contribuintes, entre


outros:

 Pessoas jurídicas e físicas que pagaram ou creditaram rendimentos


sobre os quais haja retenção do Imposto sobre a Renda Retido na
Fonte, por si ou como representantes de terceiros.

 Pessoas jurídicas que prestam e que contratam serviços realizados


mediante cessão de mão de obra nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212,
de 24 de julho de 1991;

 Pessoas jurídicas responsáveis pela retenção da Contribuição para o


PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;

 Pessoas jurídicas optantes pelo recolhimento da Contribuição


Previdenciária sobre a Receita Bruta.

2.2.7. E-Financeira

A E- financeira é uma declaração semestral, que as instituições financeiras


devem informar à Receita Federal que substitui a entrega da Declaração de
Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof), que antes informava apenas o
saldo em 31/12 de cada ano e com o uso da E-Financeira temos informações sobre
toda a movimentação financeira, ela é constituída por um conjunto de arquivos a
serem entregues em leiautes específicos.
Somente tem a obrigação de entregá-la as empresas do setor financeiro:
bancos, consórcios, seguradoras, corretoras de valores, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários e entidades de previdência complementar. Também é obrigatória
para os cidadãos, pessoas físicas, que possuem “Green Card” e tenham
participação societária em empresa brasileira acima de 10%. Conjuntamente,
incluem-se nesta lista de obrigatoriedade as sociedades seguradoras autorizadas a
estruturar e comercializar planos de seguros de pessoas, tais como:

 Banco Central do Brasil (BACEN)

 Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

 Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)

 Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC)

Tais instituições devem informar através de arquivos digitais gerados pelo


SPED as operações financeiras, operações de previdência privada, consórcios,
seguradoras, fundos de investimentos, poupança e contas bancárias. Devem
informar sempre que o saldo ou o movimento dessas contas, referentes a débitos e
créditos, ultrapassar a R$ 6.000 para Pessoas Jurídicas e R$ 2.000 para Pessoas
Físicas.
A transmissão é feita através do SPED, por meio de WebService, no formato
XML com seus devidos leiautes. Os eventos são as informações que devem ser
assinadas no arquivo XML, podendo acontecer antes ou depois de serem
encapsulados em lote. É importante saber que eles precisam ser assinados
individualmente e o XML não pode ser alterado após receber essa assinatura.
Devem ser informados nesta declaração a compra de moedas estrangeiras,
saldos e movimentos de contas correntes e investimentos; valor, o saldo e parcelas
pagas, lances e contemplação de consórcios; planos de previdência complementar;
investimentos fixos ou variáveis; prêmios de seguros do titular e beneficiários
sempre que o saldo ou movimentação ultrapasse a R$6.000 PJ e R$ 2.000 PF.
Nesta declaração do E-financeira vai informado o nome, CPF, endereço, nº da conta
e movimentação que foi realizada por pessoas Jurídica e Física pelas instituições.
Com essa declaração, a receita Federal faz um cruzamento de informações.
Por exemplo, Bruno teve uma movimentação em conta corrente superior a R$ 2.000,
e ele pode cruzar essas informações que vieram do E-Financeira com a Declaração
de Imposto de Renda e verificar se as informações estão compatíveis com a sua
renda, com seu pró-labore. Da mesma forma como PJ, ela pode utilizar a declaração
do E-Financeira e cruzar as informações financeiras, para verificar as somas de
débitos e créditos ou cruzar com a Escrituração Contábil Digital e verificar se esses
valores estão fechando.
O principal objetivo do E-Financeira é reduzir a sonegação fiscal. Com a
entrega dessa obrigação, a Receita Federal consegue confrontar as informações
repassadas no Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica. Isso enfatiza a
importância de apresentar corretamente as informações na declaração do Imposto
de Renda.
A E-Financeira é obrigatória para fatos ocorridos a partir de 1º de dezembro
de 2015, sendo transmitida semestralmente, até o último dia útil do mês de fevereiro,
contendo as informações relativas ao segundo semestre do ano anterior; e até o
último dia útil do mês de agosto, contendo as informações relativas ao primeiro
semestre do ano em curso. Sua entrega pode ser completa ou então parcial. Nos
casos de entrega parcial, os arquivos de movimento de operações financeiras,
referentes aos meses do semestre em curso, podem ser apresentados à medida em
que o movimento mensal for encerrado, mesmo sendo a entrega parcial o prazo
continua sendo nos meses de fevereiro e agosto.
A proposta da e-Financeira surgiu em setembro de 2014, com a adesão do
Brasil ao programa FATCA (Foreign Account Tax Compliance Act), um acordo
firmado entre o Brasil e os Estados Unidos, com o objetivo de trocar informações
entre as administrações tributárias destes países de forma automática, sendo este,
um passo importante e decisivo para o processo de incorporação das medidas de
combate à fraude fiscal internacional, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
A E-Financeira tem todas as informações referentes a movimentação da
moeda tanto da pessoa física quanto jurídica, que resulta em um monitoramento,
criterioso e detalhado por parte do agente fiscalizador sobre as operações e
transações financeiras realizadas por todos os contribuintes.
Mesmo depois de entregue, a E-Financeira pode ser substituída nos casos
em que for preciso incluir, alterar ou excluir algum registro, operação ou informação,
basta transmitir um novo arquivo digital validado e assinado digitalmente com o
certificado digital, essa retificação poderá ser feita em até 5 anos, contados do dia
final do prazo da sua entrega. O contribuinte que não entregar a E-Financeira, ou
apresentar informações incorretas ou ainda omitir algum dado sofrerá aplicação das
multas previstas no Art. 30 da Lei nº 10.637/2002, quanto às informações abrangidas
pela Lei Complementar nº 105/2001.

2.2.8. E-Social

O E-Social (originariamente chamado de EFD Social ou SPED Social), é parte


integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). O E-Social veio
agregar ao SPED a parte trabalhista, previdenciária e fiscal sobre a folha de
pagamento. Importante, a Lei nº 13.874/2019, publicada em Edição Extra do DOU
de 20/09/2019, em seu artigo 16, traz que o E-Social será substituído, por sistema
simplificado de escrituração digital de obrigações previdenciárias, trabalhistas e
fiscais. O E-Social foi criado com o objetivo de atingir diversas finalidades, dentre as
quais, estão uma junção em um único sistema a escrituração da folha de
pagamento, com todos os seus eventos trabalhistas. Inclusive a simplificação de
registro dos funcionários, e uniformizando as obrigações acessórias trabalhistas e
tributárias dos empregadores aos diversos órgãos envolvidos (Secretaria do
Trabalho, Caixa Econômica, Secretaria da Previdência, INSS e Receita Federal). Ou
seja, em um único sistema irá alimentar as informações para todos os órgãos de
uma vez. O E-Social organizou envios por grupos e as informações a serem
enviadas por eventos. Os grupos foram enquadrados conforme faturamento, regime
tributário simplificado, pessoas físicas e administração pública, devendo cada um
seguir um cronograma específico de fases em que serão enviadas as informações
ao E-Social. Já os eventos se caracterizam como um conjunto de informações a
serem prestadas, a divisão é: Eventos de Tabelas, Eventos Não Periódicos, Eventos
Periódicos e Eventos de Saúde e Segurança do Trabalhador.

Com a implantação do E-Social, algumas obrigações acessórias já foram


substituídas e outras ainda estão em processo de substituição.

Obrigação Acessória Extinção Grupos


RAIS Ano base 2019 1º e 2º
CAGED Janeiro de 2020 1º, 2º e 3º
Livro de Registro Opção a partir de 1º, 2º e 3º
01/11/2019
CTPS 20/09/2019 1º, 2º e 3º
SEFIP/GFIP A definir 1º, 2º e 3º

3. SOFTWARES E FERRAMENTAS DIGITAIS DISPONÍVEIS NO


MERCADO

Com o avanço das tecnologias o software vem ganhando cada vez mais
espaço no dia a dia das empresas. O software foi pensado para facilitar os
processos operacionais e oferecer um suporte adequado às empresas. Pensando
em uma contabilidade, temos software de gestão, que é um sistema responsável por
cuidar de todas as operações diárias de uma empresa, desde faturamento até o
balanço contábil, de compras a fluxo de caixa, recursos humanos, vendas, finanças,
geração de nota fiscal, apuração dos impostos, enfim, todo o trabalho administrativo
e operacional feito numa empresa.
Entretanto, existem no mercado várias opções de Software e ERP como:
Domínio, Nasajon, Mastermaq, Sage oa3, Alterdata, e Eficiência Fiscal, além de
outros, porém, cada um oferece vantagens diferenciadas, assim sendo, cabe ao
gestor escolher qual é a melhor opção que irá atendê-lo. Todos estão se adequando
em conformidade com o cenário do SPED.

3.1. Software e ERP utilizados nas empresas e escritórios de


contabilidade

Os contabilistas têm uma rotina desafiadora, com mudanças constantes de


legislação e um volume crescente de obrigações. Sem tecnologia não é mais
possível realizar um bom trabalho. Os avanços tecnológicos trazem ferramentas que
facilitam e organizam as mais diversas áreas produtivas.
O Enterprise Resource Planning (ERP) é um software de gerenciamento
integrado. Ou seja, ele possibilita ao usuário o acompanhamento de processos da
empresa em um único lugar, ele une todas as funções em um só sistema, facilitando
a gestão. Em empresas e escritórios de contabilidade, as vantagens de seu uso são
diversas. Entre as principais, pode-se mencionar a redução de erros e potenciais
duplicidades, bem como o desencontro de dados cadastrados em programas
distintos.
Existem também empresas no mercado especializadas em suporte e
assessoria jurídica, exemplo, a assessoria eEconet, que disponibiliza não somente
suporte telefônico, como também diversos conteúdo no site, ferramenta para
cálculos, App, chat entre outras ferramentas. Uma excelente assessoria para
respaldar com clareza todas as necessidades do cliente.
O Software domínio, também auxilia no suporte técnico à legislação 24,
inclusive quando às alterações legislativas. Trabalha de forma integrada com o
sistema no lançamento das notas fiscais. Controla as contas a pagar ou receber,
administra as retenções de ISS, PIS, CONFINS, INSS e Contribuição Social, dentre
outras vantagens.
Já o software Nasajon integra os sistemas de um escritório de contabilidade e
atribui mais eficiência e segurança nos processos de emissão de folha de
pagamentos, escrituração fiscal e contabilidade. Dessa maneira, o escritório
consegue reduzir o risco de erros e eliminar o retrabalho, além de disponibilizar o
sistema de nuvem para o compartilhamento de documentos e para a gestão da Nota
Fiscal Eletrônica.
Software Mastermaq também auxilia os escritórios de contabilidade na gestão
de folha de pagamento, bem como a gestão tributária e fiscal, além do controle de
patrimônio e outros. Porém, esse tem um diferencial que é o controle dos contratos
com os clientes nos quesitos honorários, pontualidade do pagamento, cumprimento
das demais obrigações previstas e etc.
Software Sage funciona com o sistema integrado oferece igualmente controle
da folha de pagamento, da parte fiscal, tributária e patrimonial, além de ofertar
ferramentas que visa o bom relacionamento com cliente. Sua plataforma de suporte
técnico é de 24 horas, e o diferencial desse software é que mesmo a distância
consegue ensinar e capacitar os clientes e os colaboradores por meio de vídeo
aulas, materiais de apoio e outros. O sistema também é oferecido em nuvem.
Alterdata está no mercado desde 1989, é amparado por um setor de
inteligência Fiscal, ou seja, permite atender as demandas de legislação com
velocidade e segurança. Dispõe de soluções integradas, automatização de rotinas
como processamento de folha, escrituração de notas, inteligência artificial,
contabilidade online, em outras palavras, concedendo o melhor em tecnologia para
os contabilistas. Seu diferencial consiste em soluções para atender vários
segmentos do mercado, ERPs, soluções para restaurantes, imobiliárias entre outros.
Os sistemas trabalham de forma integrada com a solução Contábil Alterdata, além
de estreitar a comunicação entre o contabilista e cliente, ocasionando mais
qualidade e produtividade para escritório contábil.
Eficiência Fiscal opera por meio do sistema de armazenamento na nuvem e
oferece uma proposta exclusiva de inovação. Este software conta com informações
rápidas e precisa sobre o cálculo de PIS, CONFINS E ICMS nas operações de
entrada e saída de mercadorias, além de conter demonstrativos dinâmicos relativos
a esses tributos, é inteligente e reduz admiravelmente a necessidade de intervenção
humana nas ações, assim facilitando as atividades rotineiras, elimina a burocracia e
permite que o contabilista e colaboradores tenham mais tempo para se dedicar as
ações mais complexas, ou seja, que tenham mais tempo para vida pessoal. Este
software oferece funcionalidade de complemento ao trabalho do contabilista,
entretanto, o contabilista pode utilizar em conjunto com os mais diversos programas
de contabilidade. Sua vantagem é a busca de maior produtividade e segurança do
trabalho, tanto do contador e empresa.

3.2. Gestão Digital de Documentos

Antigamente era comum encontrar nos escritórios de contabilidade, armários


gigantescos com diversos documentos de clientes e colaboradores. Porém os
tempos mudaram e hoje toda essa papelada, que antes ocupava um espaço físico,
passou a ser digital. A contabilidade digital é uma nova ferramenta ao cliente, é
utilizada a internet e outras tecnologias modernas. Os contadores automatizam
diversas operações, documentos digitalizados e armazenamento em nuvens,
sistemas totalmente online, não mais dependendo de fios de rede, servidores,
backup em HD externos. Tornando a regularidade da empresa, a contabilização e
outros serviços contábeis mais fáceis, otimizados, seguros e econômicos. Essa
prática trouxe mais agilidade a diversos processos e, atualmente, com apenas um
clique é possível assinar um contrato e fechar um negócio.
Na prática a integração de dados com o cliente no caso o compartilhamento, é
automático, suporte entre as partes se torna mais ágil e ampla, as obrigações são
mais fáceis de serem cumpridas, pois o sistema trabalha com as informações de
forma simplificada e o diagnóstico obtêm mais facilmente, permitindo relatórios
completos.
Com a utilização da tecnologia de Gestão Eletrônica de Documentos o cliente
continua recebendo todo o auxílio e orientação para ter uma contabilidade saudável
e o profissional garante a proteção contra qualquer alteração e destruição,
preservando a integridade e autenticidade do documento digital.
O gerenciamento de documentos pode ser usado para rastrear, gerenciar,
armazenar e reduzir a quantidade de papéis. Com o uso das tecnologias podemos
obter até um rastreamento de histórico, capaz de manter registrado todas as versões
criadas e modificadas por diferentes usuários. Existem documentos que fazem parte
do patrimônio de uma organização por isso, é indispensável preservar a integridade
desses documentos, bem como garantir o acesso a informações nas atividades do
cotidiano.
Com a tecnologia e a inclusão do computador, o contador está mais para um
analista de contabilidade. Isso porque os softwares fazem de tudo dentro do
departamento de contabilidade, dentro de uma empresa ou em um escritório de
contabilidade. Assim o profissional dedica mais tempo à análise da área contábil e
consegue efetuar mais precisamente e com mais segurança o seu trabalho em
pouco tempo (SIMAS; ALVES; CABRAL, 2011 apud OLIVEIRA; MALINOWSKI,
2017, p. 9).
Nos escritórios de contabilidade que se adequaram com a gestão digital de
documentos, podemos perceber um aumento da produtividade, redução de custos,
segurança da informação, maior satisfação do cliente e também um maior
crescimento da produtividade. A gestão de documentos digitais é uma prática de
criação de processos que facilitam na organização de arquivos em meios
tecnológicos. A Gestão Digital de Documentos requer a conversão dos documentos
da empresa para arquivos digitais, que são armazenados em HDs, servidores ou em
nuvem. Pode ser feito por meio de softwares e hardwares. Esse sistema ajuda na
organização, armazenamento e diminui o risco da perda de documentos, também
pode ser acessado na hora e local que o profissional desejar e precisar.

3.3. Serviços Digitais oferecidos para consultas aos


Contadores

Com a chegada da tecnologia, ficou mais fácil a rotina contábil de uma


empresa, a execução de tarefas é feita hoje com a adoção de softwares de gestão
para contabilidade, um caminho para ganhar eficiência, rapidez e segurança nos
processos de um escritório. Assim, com esses serviços conseguimos verificar
tributos de forma automática e atualizar constantemente normas fiscais, contábeis e
tributárias.
Sem a ajuda de softwares de gestão para contabilidade não seria possível
atender às exigências do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). No
entanto, a escolha de um sistema contábil, entre tantas opções disponíveis, deve ser
feita com critérios, levando em conta; custos, funcionalidade do sistema, segurança
da informação, demonstração contábil e consultoria e pós-vendas do sistema.
Um bom software deve ter características principais para auxiliar nas tarefas
da contabilidade. Essas características são: capacidade de realizar a conciliação
bancária, importando os extratos bancários de forma automática; possibilidade de
adaptação dos modelos de planos de conta com os utilizados pelos clientes das
mais diversas naturezas; integração com outros programas e sistemas a fim de
realizar a importação automática e independente dos dados necessários ao seu
trabalho; realização de auditorias nos documentos com base nos dados, buscando
inconsistências e corrigindo-as; promover a importação de planilhas contábeis em
formato CSV; fazer o planejamento automático das despesas de clientes com base
nos dados disponibilizados.
Existem alguns softwares para a gestão de escritórios de contabilidade como;
Domínio, Nasajon, Mastermaq, Sage, Alterdata, Eficiência Fiscal, que fazem a
diferença e contribuem para a organização, tempo e serviços de consultas para as
atividades realizadas dentro do sistema digital contábil
O serviço digital precisa ter um sistema para sanar dúvidas e corrigir
eventuais falhas, visto que a instalação de um software de gestão para contabilidade
é um procedimento que modifica a rotina e o fluxo das atividades desempenhadas
diariamente. Além disso, precisa de um treinamento e consultoria especializada para
atender o modo de trabalho.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com todas estas mudanças nos últimos anos, cada vez mais, as
organizações estão investindo em pessoas, serviços e equipamentos, para que
possam atender a demanda dessas novas obrigações acessórias e fiscais. O
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) foi desenvolvido com o objetivo de
unificar as informações em uma grande base de dados.
Através desta pesquisa, podemos observar que o SPED está causando
mudanças nas empresas, fazendo com que elas se adaptem a esta nova forma de
cumprir com a legislação.
Além disso é uma ferramenta que será de grande ajuda para o fisco no
tocante a fiscalização das empresas, visto que é possível se ter toda a
movimentação das empresas através dos projetos que foram criados.
Com o SPED Fiscal, o governo busca ter em suas mãos todas as entradas,
saídas e inventário, além dos recolhimentos que foram feitos de IPI e ICMS.
O principal objetivo do SPED é o combate à sonegação. As informações
geradas deixaram de existir no formato físico para existir no formato digital,
facilitando assim, o maior controle das informações geradas, fornecendo ao
empreendedor a informação de suas organizações de forma digital, rápida e efetiva.

4. REFERÊNCIAS

___________________________________________. SPED contábil. Disponível em:


<http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/sped-contabil/o-que-e.htm>. Acesso em
20 de março de 2021.

____E-Financeira, disponível em <https://www.sinfacsp.com.br>, último acesso em 10


de março de 2021.

___________________Manual de preenchimento E-Financeira 102, disponível em


<http://sped.rfb.gov.br>, último acesso em 15 de março de 2021.

__Sistema Público de Escrituração Digital - SPED, disponível em


<http://sped.rfb.gov.br/ >, último acesso em 28 de fevereiro de 2021.

__ECF, disponível em <http://www.econeteditora.com.br>, último acesso em 20 de


março de 2021.
__E-Social, disponível em <http://www.grupoeconet.com.br>, último acesso em 20 de
março de 2021.

__________________________________________________CT-e disponível em
https://www.cte.fazenda.gov.br/portal/perguntasFrequentes.aspx?
tipoConteudo=fYFuI10FiqM=,último acesso em 23 de março de 2021.

_________________________Escrituração Contábil Digital-ECD, disponível em


<https://www.blbbrasil.com.br/blog>, último acesso em 25 de março de 2021.

_________________Escrituração Fiscal Digital-EFD, disponível em:


<http://www.portaltributario.com.br>, último acesso em 25 de março de 2021.

https://blog.eficienciafiscal.com.br/softwares-para-a-gestao-de-escritorios-de-
contabilidade/, último acesso em 13 de abril de 2021.

https://www.jornalcontabil.com.br/documentos-digitais-o-que-sao-e-como-funcionam-
na-contabilidade/. último acesso em 18 de abril de 2021.

http://megaged.com.br/blog/2018/12/17/gestao-documental-contabilidade/. último
acesso em 18 de abril de 2021.

https://www.oitchau.com.br/blog/software-de-contabilidade-entenda-a-importancia-e-
vantagens/. Último acesso em 19 de abril de 2021

SIMAS, D. P.; ALVES, H. E.; CABRAL, W. K. R. G. A Importância da Informática na


Contabilidade. UNIRONDON, 2011.

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