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Mestre em Administração;
Consultor empresarial;
Especialista em SPED.
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Capítulo 01:
04 (EFD) ICMS/IPI
Capítulo 02:
39 (EFD) Contribuições
Capítulo 01
ESCRITURAÇÕES
FISCAIS DIGITAIS
(EFD) ICMS/IPI
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SAGA DA
ESCRITURAÇÃO
FISCAL
1
1 SAGA DA ESCRITURAÇÃO FISCAL
A Escrituração Fiscal existe há quase 50 anos, conforme prevê o ajuste
Sinief S/N de 1970, que determina que o contribuinte do ICMS deva manter
1970
para cada um dos seus estabelecimentos os livros que compõem a
escrituração fiscal tais como:
Na década de 70, a Escrituração Fiscal nada mais era do que o registro das
operações fiscais, em que se tinham obrigações de natureza principal, apu-
ração do PIS, Cofins, ICMS, IPI, além das obrigações de natureza acessória,
dentre elas, a de emissão dos documentos fiscais e o registro deles, bem como
seus respectivos livros.
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ICMS/IPI
2 ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD)
O projeto do Sped Fiscal faz parte do projeto macro Sped. A partir des-
sa premissa é fundamental entender que a escrituração fiscal digital nada
mais é que do que a substituição da escrituração fiscal em papel ou mo-
delo informatizado, em que se utilizava do sistema, mas tinha que imprimir
o livro, por, agora, um modelo digital. Neste modelo, o contribuinte irá usar
seu sistema de escrituração fiscal, mas ao invés de imprimir livros, ele irá gerar
arquivos eletrônicos.
O grande gargalo dessa questão é que esse mode-
lo digital, como já explicado na introdução desta
obra, oferece também uma séria de informações
que são não fiscais, que por vezes acabam fa-
zendo com que o contribuinte não tenha um
eficaz controle a respeito dessas informa-
ções, e que acabam inserindo nos documen-
tos fiscais eletrônicos informações incorretas,
inexatas ou imprecisas. Com isso a qualidade de
escrituração fiscal fica comprometida.
Mas por quê? A escrituração fiscal digital, ou seja, o Sped Fiscal tem como prin-
cipal objetivo apresentar as informações relacionadas à apuração do ICMS e
do IPI.
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3 LEGISLAÇÃO
Como parte do projeto Sped, a Escrituração Fiscal Digital (EFD ICMS/IPI) foi es-
tabelecida pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, que busca promo-
ver a integração dos fiscos federal, estaduais, Distrito Federal e, futuramente,
municipais, e dos Órgãos de Controle.
Cabe ao contribuinte gerar e manter não só uma EFD ICMS/IPI para cada esta-
belecimento com todas as informações referentes aos períodos de apuração
do(s) imposto(s), bem como todos os documentos fiscais que deram origem
à escrituração, na forma e prazos estabelecidos para a guarda de documentos
fiscais na legislação tributária, observados os requisitos de autenticidade e
segurança nela previstos.
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4 PERFIL
O Perfil C seria ainda mais resumido e sintético, com escriturações mais sim-
plificadas, onde o contribuinte informaria somente 100 registros.
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PI
5 APRESENTAÇÃO DO ARQUIVO EFD ICMS/I
O arquivo digital deve ser submetido a um programa validador, fornecido
pelo Sped por meio de download, que verifica a consistência das informações
prestadas no arquivo.
Desse modo, a data inicial constante do registro 0000 deve ser sempre o pri-
meiro dia do mês ou outro, se for início das atividades, ou de qualquer outro
evento que altere a forma e período de escrituração fiscal do estabelecimento.
Com essa premissa poderão assinar a EFD ICMS/IPI, com certificados digi-
tais do tipo A1 ou A3:
1. e-PJ ou e-CNPJ que contenha a mesma base do CNPJ (os oito primeiros caracteres) do
estabelecimento;
3. no caso de sucessão, a EFD ICMS/IPI pode ser assinada com certificado digital da suces-
sora se o CNPJ da sucedida estiver extinto no cadastro CNPJ da RFB por um dos seguintes
eventos: incorporação, fusão ou cisão total e se a EFD ICMS/IPI referir-se a período de
apuração anterior ao da data da sucessão;
4. a pessoa jurídica ou a pessoa física com procuração eletrônica cadastrada no sítio ele-
trônico da RFB, por estabelecimento;
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a) https://cav.receita.fazenda.gov.br/scripts/CAV/login/login.asp
c) Na opção “Alterar perfil de acesso”, selecionar “CNPJ matriz atuando como CNPJ filial” e alterar;
O cadastro de procuração eletrônica para inventariante está regulamentado no Siscac (sistema de atendi-
mento da RFB) na opção de concessão de “Procuração RFB” (procuração de uso eletrônico para realização
de serviço disponível pela internet) para inventariante. Inclusive, é possível que o inventariante, caso não
seja ele a executar as ações referente ao cumprimento de obrigações tributárias, fazer uma procuração
para que um terceiro possa ser o outorgante da “Procuração RFB”. Para que se resolva a questão do CPF
cancelado e se registre a procuração, deve-se adotar o seguinte procedimento:
a) O inventariante deverá solicitar à Unidade de atendimento da RFB de sua jurisdição a alteração da si-
tuação do CPF do contribuinte falecido, de cancelado para regular. A justificativa para o pedido é que o
cancelamento do CPF é indevido, visto que ainda há obrigação tributária a ser cumprida e, portanto, o CPF
não poderia ter sido cancelado.
b) Após o CPF retornar à situação “regular”, caso o inventariante tenha certificado digital válido e, portan-
to, possa assinar os arquivos da EFD, ele deverá solicitar a “Procuração RFB”. Se o inventariante não possuir
o certificado digital, ele deverá conceder uma procuração para que um terceiro (Ex.: escritório de contabi-
lidade/advogado) possa solicitar a procuração.
d) Após o preenchimento, o formulário impresso deverá ser entregue em uma Unidade de atendimento
da jurisdição do contribuinte, para que seja efetivado o cadastro.
A partir da versão 2.3.0, o PVA passou a permitir a seleção múltipla de arquivos para
assinatura.
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- Qualquer informação que afete o inventário físico e contábil, no processo produtivo, na apuração, no
pagamento ou na cobrança de tributos de competência dos entes conveniados ou outras de interesse
das administrações tributárias.
- Qualquer situação de exceção na tributação do ICMS ou IPI, tais como: isenção, imunidade, não inci-
dência, diferimento ou suspensão do recolhimento, também deverá ser informada no arquivo digital,
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O arquivo de Cópia de Segurança gera uma cópia de todos os dados constantes na base
do PVA, incluindo as tabelas auxiliares atualizadas, se assim estiverem no PVA, na data da
cópia. A partir da versão 2.3.0 , o PVA passou a permitir a seleção múltipla de arquivos para
geração, restauração e exportação de cópia segurança.
Se o recibo for extraviado, basta certificar-se de que a EFD se encontra na base do Sped.
Instalar o ReceitanetBX, disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisica/
ReceitanetBx/default.htm. Necessária certificação digital.
Se você consegue visualizar a EFD, é prova suficiente que referida EFD foi transmitida e,
portanto, encontra-se na base do SPED. A tela de consulta informa o CNPJ, IE, período, fi-
nalidade, identificador do arquivo e data de transmissão. Se você ainda possuir o arquivo
transmitido, basta tentar transmiti-lo novamente que o recibo será gravado (tem que ser
exatamente o arquivo transmitido originalmente). Se você não possui o arquivo, você pode
baixar o arquivo por meio do ReceitanetBX.
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6 Cadastro de Produtos
O Cadastro de Produtos é um dos principais fatores de geração de pro-
blemas dentro do Sped fiscal. Esse item tem como objetivo municiar o leitor
de condições de entender como é que esse cadastro deve ser feito dentro da
escrituração fiscal e desta forma possa orientar possíveis clientes e empresas,
com intuito de evitar retrabalhos e principalmente, erros que constituam pas-
sivos tributários ocultos.
TIPO 00
• Mercadoria p/ Revenda: Produto adquirido para comercialização e outros
dois tipos: Material de uso e consumo e Ativos Mobilizados.
TIPO 01
• Matéria Prima: Mercadoria que componha, física e/ou quimicamente, um
produto em processo ou produto acabado e que não seja oriunda do proces-
so produtivo. A exemplo disso, o consumidor já compra a matéria prima para
ser usada na fabricação do seu produto acabado ou na fabricação de um pro-
duto em processo. É por isso que ela não é oriunda do seu processo produtivo
TIPO 03
• Produto em Processo: Produto oriundo do processo produtivo e, prepon-
derantemente, consumido no processo produtivo. Ressalte-se que é comum
existir, geralmente, equívocos em relação ao Produto em Processo o Produ-
ção em Elaboração, aquela que foi iniciada, porém não foi finalizada. Em ex-
plicações para alunos, costumo falar no exemplo da sola de sapato a respeito
de Produto em Processo.
TIPO 05
• Subproduto: Oriundo do processo produtivo e não é objeto da produção
principal do estabelecimento. Um exemplo é o aproveitamento de sobras de
retalhos de uma indústria de confecção, que compra tecidos com o objetivo
principal de fazer o corte deles, mas que acaba utilizando as sobras de reta-
lhos para a transformação de outros acessórios ou para a venda dos mesmos.
TIPO 06
• Produto Intermediário: Produto que embora não se integrando ao novo
produto, for consumido no processo de industrialização. Em minhas aulas
costumo citar o exemplo da compra de uma lixa para ser usada na produção
de móveis. O produto, que foi consumido durante o processo de produção
de cadeiras ou mesas, não irá compor o produto acabado.
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A EFD ICMS-IPI está dividida em blocos, registros e campos.
Cada bloco contém uma quantidade de registro e cada registro compõe di-
versos campos que devem ser preenchidos. A respeito disso, observa-se que,
ao selecionar o menu do sistema de informações contábeis, é possível veri-
ficar uma aba de cadastros voltado para empresas, estabelecimentos, conta-
dor, operações fiscais e etc.
A apresentação de todos os
blocos, na sequência, conforme
Tabela Blocos (item 2.5.1 do Ato
COTEPE/ICMS nº 09, de 18 de abril de 2008), é obrigatória, sendo que o regis-
tro de abertura do bloco indicará se haverá ou não informação.
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Quando uma EFD ICMS/IPI for digitada diretamente no PVA, os registros de abertura e fe-
chamento de blocos serão gerados automaticamente e não serão visualizados.
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- Os registros que contêm a indicação “Ocorrência - um (por arquivo)” devem figurar uma
única vez no arquivo digital;
- Os registros que contêm itens de tabelas, totalizações, documentos (dentre outros) po-
dem ocorrer uma ou mais vezes no arquivo por determinado tipo de situação. Estes regis-
tros trazem a indicação “Ocorrência - vários (por arquivo)”, “Ocorrência - um (por período)”,
“Ocorrência - vários (por período), etc.”;
- Um “Registro Pai” pode ocorrer mais de uma vez no arquivo e traz a indicação “Ocorrência
- vários por arquivo”;
- Um registro dependente (“Registro Filho”) detalha o registro principal e traz a indicação:
“Ocorrência - 1:1” significa que somente deve haver um único registro Filho para o respec-
tivo registro Pai; “Ocorrência - 1:N” significa que pode haver vários registros Filhos para o
respectivo registro Pai;
- A geração do arquivo requer a existência de um “Registro Pai”, quando houver um “Regis-
tro Filho”;
- São mutuamente excludentes os registros referentes à representação do documento, na
íntegra (e os respectivos registros dependentes), e os registros referentes a resumos do
mesmo documento. Ou seja, somente uma das ocorrências será aceita, de acordo com o
perfil de apresentação da EFD-ICMS/IPI.
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• Tabela de CFOP
• Tabela de NCM
• Tabela de Municípios – IBGE
É o caso da:
• Tabela de Cadastro de Participante (Informações de clientes e fornece-
dores a serem localizadas no Registro 0150 do Sped Fiscal)
• Tabela de Identificação do Item (Cadastro de Produtos da empresa a ser
localizado no Registro 0200)
• Tabela de Natureza da Operação (Muito utilizada na NFe)
• Tabela de Unidade de Medidas (Registro 0190)
• Tabela de Fatores de Conversão (Registro 0220)
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• Código do Item
• CST
• CFOP
Ou seja, não irá interessar qual é o Código do Item ou CST ou CFOP que o
fornecedor usou, mas sim o que essas informações são para o contribuinte.
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Ainda sobre o “C”, no Registro C100 fica claro que se trata da Nota Fiscal (Có-
digo 1), Nota Fiscal Avulsa (Código 1B), Nota Fiscal de Produtor (Código 04),
NF-e (Código 55) e NFC-e (Código 65).
O guia aponta que este registro deverá ser gerado para cada um desses mo-
delos de documento fiscal, registrando a entrada ou a saída de produtos ou
outras situações que envolvam a emissão dos referidos documentos fiscais.
Com o Sped, isso não é possível. Este sendo orientado a processo significa
que só se poderá utilizar um documento fiscal com um produto que estiver
anteriormente cadastrado no Cadastro de Identificação do Item.
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Sobre esse aspecto, um dos pontos que costumo comentar em minhas aulas,
que discorre sobre a dificuldade de implantação do Bloco K nas indústrias, é
por exemplo a exigência que existe no registro K235, do campo 5, onde se
deve informar uma substituição de insumos que tenha acontecido no mo-
mento da produção.
Imagine que foi criada uma ficha técnica da fabricação de uma mesa e foi
informado que iria usar a tinta X, porém, no momento da fabricação foi per-
cebido que a tinta X está em falta, logo, o insumo foi substituído.
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ESCRITURAÇÕES
FISCAIS DIGITAIS
EFD Contribuições
CONTEXTUALIZAÇÃO
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1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Antes de iniciar este capítulo, que tem como objetivo aprofundar os aspectos
da EFD Contribuições se faz necessário voltar a repensar sobre a legislação
das obrigações principais, já citada nesta obra, tendo em vista que muitas
das dificuldades no comprimento das obrigações acessórias, no modelo do
Sped, se dá pelo desconhecimento da legislação das obrigações principais.
Portanto, é muito importante ter o domínio da aplicação e da legislação da
obrigação principal.
Então, para que se possa fazer de maneira segura e eficaz a obrigação aces-
sória é fundamental dominar ou pelo menos ter um bom entendimento da
aplicação da legislação da obrigação principal.
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2
2 EFD CONTRIBUIÇÕES
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III - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores
ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do
art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983;
No entanto, a retificação não será validada pela Receita Federal caso seja para
reduzir débitos que já tenham sido encaminhados à PFN, que tenham sido
objeto de auditoria interna ou de procedimento de fiscalização; para alterar
débitos em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada de início
de procedimento fiscal; e, finalmente, para alterar créditos já objeto de exame
em procedimento de fiscalização ou objeto de análise de PERDComp.
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Ou seja, para que se faça uma apuração correta e essa é demonstrada tanto
no Sped Fiscal como na EDF Contribuições, é preciso ter um Cadastro do Pro-
duto bem feito, pois cadastros estando corretos ocasionam a emissão cor-
reta dos documentos fiscais, e com a informação correta no documento, a
apuração ficará correta. É uma estratégia lógica e exata.
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3
3 LEGISLAÇÃO
A aplicação de procedimentos de um sistema requer o máximo de cuidado e
atenção por parte de seus usuários. No que diz respeito à legislação voltada
para EFD Contribuições não poderia ser diferente para os usuários do Sped.
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O leiaute em referência foi atualizado pelo ADE Cofis nº 91, de 2013. A escri-
turação do Bloco I, pelas pessoas jurídicas referidas no item III, só é de natu-
reza obrigatória em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de
janeiro de 2014, conforme disposto na IN RFB nº 1.387, de 2013.
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4
ÃO
4 ESCRITURAÇÃO DA CONTRIBUIÇ
A
PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEIT
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5
5 PERIODICIDADE, FORMA
E PRAZO DE ENTREGA
Isso significa que a empresa do lucro Real ou Presumido, que não tenha ne-
nhuma receita para apresentar para a EFD Contribuições e não tenha ne-
nhuma operação que dê direito a crédito, não precisa mandar EDF Contri-
buições num determinado mês.
Imagine que a empresa não teve movimento fiscal no período, ou seja, não
teve receita, e nem mesmo nenhum crédito apurado, a mesma não precisa
enviar EFD Contribuições.
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Importante ressaltar que não deve ser considerado no cálculo do limite de R$ 10.000,00
mensais, acima referido, nenhum valor referente ao PIS sobre a Folha. Ou seja, só de-
vem ser considerados no limite de R$ 10.000,00 mensais, as contribuições que inci-
dem sobre as receitas, quais sejam: O PIS/Pasep e a Cofins, nos regimes cumulativos e/
ou não cumulativos, e a CPRB.
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IV - os órgãos públicos;
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I - os condomínios edilícios;
II - os consórcios e grupos de sociedades, constituídos na forma dos arts. 265, 278 e 279 da Lei nº
6.404, de 15 de dezembro de 1976;
III - os consórcios de empregadores;
IV - os clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as normas fixadas pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou pelo Banco Central do Brasil (Bacen);
V - os fundos de investimento imobiliário, que não se enquadrem no disposto no art. 2º da Lei nº
9.779, de 19 de janeiro de 1999;
VI - os fundos mútuos de investimento mobiliário, sujeitos às normas do Bacen ou da CVM;
VII - as embaixadas, missões, delegações permanentes, consulados-gerais, consulados, vice-con-
sulados, consulados honorários e as unidades específicas do governo brasileiro no exterior;
VIII - as representações permanentes de organizações internacionais;
IX - os serviços notariais e registrais (cartórios), de que trata a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro
de 1973;
X - os fundos especiais de natureza contábil ou financeira, não dotados de personalidade jurídi-
ca, criados no âmbito de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como dos Ministérios Públicos e dos Tribunais de Contas;
XI - os candidatos a cargos políticos eletivos e os comitês financeiros dos partidos políticos, nos
termos da legislação específica;
XII - as incorporações imobiliárias sujeitas ao pagamento unificado de tributos de que trata a Lei
nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, recaindo a obrigatoriedade da apresentação da EFD-Contri-
buições à pessoa jurídica incorporadora, em relação a cada incorporação submetida ao regime
especial de tributação;
XIII - as empresas, fundações ou associações domiciliadas no exterior que possuam no Brasil
bens e direitos sujeitos a registro de propriedade ou posse perante órgãos públicos, localizados
ou utilizados no Brasil;
XIV - as comissões, sem personalidade jurídica, criadas por ato internacional celebrado pela Re-
pública Federativa do Brasil e um ou mais países, para fins diversos; e
XV - as comissões de conciliação prévia de que trata o art. 1º da Lei nº 9.958, de 12 de janeiro de
2000.
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Em relação a isso é possível imaginar uma entidade religiosa que, por exem-
plo, paga o PIS sobre uma folha de R$ 50.000 por mês. Mesmo que esta pa-
gue em cima desse valor, não estará obrigada ao envio da EFD Contribui-
ções.
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6 MULTAS DE ATRASO NA ENTREGA
DA ESCRITURAÇÃO
Para muitas dessas multas já existe a previsão, até mesmo, sem haver a obri-
gatoriedade do envio da EFD Contribuições, que é o caso das pessoas físicas.
II - por não cumprimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil para cum-
prir obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela au-
toridade fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário;
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a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações comer-
ciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação
aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incom-
pleta;
b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais),
do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa física
ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação
omitida, inexata ou incompleta.
§ 1º ....
§ 2º Para fins do disposto no inciso I, em relação às pessoas jurídicas que, na última decla-
ração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado al-
gum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a alínea
b do inciso I do caput.
§ 3º A multa prevista no inciso I do caput será reduzida à metade, quando a obrigação
acessória for cumprida antes de qualquer procedimento de ofício.
Além disso, existe uma multa de R$ 1.500,00 por mês ou fração para as de-
mais pessoas jurídicas. Multa de R$ 100,00 para as pessoas físicas e de R$
500,00 por não cumprimento de intimidação. Como exemplo disso é possí-
vel imaginar o caso de uma pessoa jurídica do Lucro Real que não enviou a
EDF Contribuições dentro no prazo estabelecido.
Ressalte-se que, para uma execução eficaz do Sped em relação aos itens
explanados aqui, é de fundamental importância lembrar que a EFD Contri-
buições é uma escrituração fiscal digital que visa apresentar as informações
digitais relacionadas à apuração do PIS, Cofins ou da Contribuição Previden-
ciária sobre a Receita Bruta, obrigando, em regra, que pessoas jurídicas tri-
butadas pelo lucro real, presumido e arbitrado, em algumas situações espe-
cíficas, aquelas pessoas imunes ou isentas do imposto de renda.
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7 RETIFICAÇÃO DE ESCRITURAÇÃO
JÁ TRANSMITIDA
A pessoa jurídica que transmitir arquivo retificador da EFD-Contribuições, alterando valores que tenham
sido informados na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), deverá apresentar,
também, DCTF retificadora, observadas as disposições normativas quanto à retificação desta (grifos ori-
ginais).
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Qual seria o prazo nesse caso? Sobre isso é preciso saber que deverá ser
contado a partir do primeiro dia do exercício de 2018, ou seja, contando-
-se, consequentemtne, cinco anos para frente.
Ressalte-se que os registros para a escrituração das operações geradoras de crédito e de receitas auferi-
das, dos blocos “A”, “C”, “D” e “F”, validam a escrituração de documentos correspondentes aos períodos de
apuração da escrituração, mesmo que a data de emissão do documento fiscal seja diferente (anterior ou
posterior) à data a que se refere à escrituração, descrita no registro “0000”.
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8
8 GERAÇÃO DE ARQUIVOS
Desta forma, eles possuem leiautes que se dividem em vários blocos que são
conjuntos macros de informações, e, dentro desses blocos os Speds estão
subdivididos em diversos registros sendo estes de informações mais deta-
lhadas, e por fim, os campos, que são as informações que compõem os re-
gistros.
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C100 – Nota Fiscal Eletrônica, que informa sobre os documentos fiscais: NF,
NF Avulsa, NF de Produtor, NF-e e NFC-e.
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D350 – Resumo Diário para Cupom Fiscal de Serviço, onde deve ser a con-
solidação diária das operações referentes serviços de transportes, objeto de
registro em CF de serviço.
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Porque o crédito abate o valor do tributo a pagar. Com isso é viável pen-
sar sempre que as contribuições rescindem sobre as receitas. Então fica fácil
identificar as receitas que são tributadas. Ou seja, aquilo que vai abater o
valor do devido tributo são os créditos. São principais registros do Bloco M:
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O QUE VOCÊ
APRENDEU?
O QUE VOCÊ APRENDEU?
Neste ebook você aprendeu que as Escriturações Fiscais Digitais são par-
te integrante do projeto SPED, e representam a prestação de informações
pelos contribuintes da apuração de tributos de muita importância para arre-
cadação nacional, tais como: ICMS, PIS, COFINS e IPI.
Também foi possível entender, que a prestação de informações por meio das
Escriturações Fiscais Digitais representam uma evolução de declarações
para escriturações que deixaram de ser extremamente sintéticas e passa-
ram a ser muito analíticas, detalhando de maneira muito significativa todas
as operações praticadas pelos contribuintes.
Professor Fellipe
82 Guerra