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NOV 2001 NBR 14767


Artigo têxtil hospitalar - Compressa
campo operatório - Requisitos e
ABNT – Associação métodos de ensaio
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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www.abnt.org.br CE-17:800.01 - Comissão de Estudo de Artigos Têxteis para Uso Odonto-
Médico-Hospitalar (Exceto Nãotecido)
NBR 14767 - Hospital textile article - Surgical compress - Requirements and
test methods
Descriptor: Surgical compress
Copyright © 2001,
Válida a partir de 31.12.2001
ABNT–Associação Brasileira Incorpora Errata nº 1 de SET 2003
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Compressa campo operatório 5 páginas
Todos os direitos reservados

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

Esta Norma especifica as características da qualidade da compressa campo operatório, quando confeccionada a partir de
tecido hidrófilo 100% algodão ou tecido misto derivado de celulose em até 50%.

2 Referências no rmativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

Portaria nº 01 de 07/01/1998 do INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

Resolução nº 01 de 31/05/2001 do CONMETRO - Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade


Industrial

Resolução RDC nº 185 de 22 de outubro de 2001 da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária

NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos - Procedimento

NBR 5429:1985 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por variáveis - Procedimento

NBR 8428:1984 - Condicionamento de materiais têxteis para ensaios - Procedimento

NBR 12853:1993 - Tecidos felpudos e aveludados - Determinação da hidrofilidade - Método de ensaio

NBR 13350:1995 - Artigos têxteis hospitalares - Determinação da presença de amido - Método de ensaio
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2 NBR 14767:2001

NBR 13433:1995 - Artigo hospitalar - Determinação do pH de tecidos - Método de ensaio

NBR 13735:1996 - Nãotecido - Determinação da absorção

NBR 13841:1997 - Artigo hospitalar - Tecido de gaze hidrófila purificada - Especificação

NBR 13842:1997 - Artigo hospitalar - Determinação de pureza

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 compressa cam po operatório: Tecido 100% algodão ou misto derivado de celulose em até 50%, de ligamento tela
(tafetá), com quatro camadas de gaze fixadas entre si, de forma a evitar deslizamento das camadas, alvejados (isentos de
impurezas, alvejante óptico e resíduos de amido), com dispositivo para fixação. Apresenta-se estéril ou não estéril e com
elemento radiopaco firmemente fixado ao seu corpo.

3.2 elemento radio paco: Material inócuo, impregnado com um mínimo de 55% de sulfato de bário, que apresenta
radiopacidade ao raio X.

4 Requisitos

4.1 Processos de f abricação

Os processos de fabricação, embora sejam condicionados pela natureza dos equipamentos disponíveis pelo fabricante,
devem assegurar à compressa campo operatório a conformidade com os requisitos desta Norma.

NOTA - O fabricante é o responsável pela produção da compressa campo operatório de acordo com as características estabelecidas
nesta Norma.

4.2 Dispositivo de fixação

4.2.1 A compressa ca mpo operatório deve conter um dispositivo para fixação, na forma de alça, firmemente unido ao seu
corpo e que possa ser visualizado facilmente durante sua utilização.

4.2.2 O comprimento da alça livre deve ser no mínimo de 30 cm e a largura, no mínimo 0,8 cm.

4.3 Elemento radio paco

4.3.1 O elemento rad iopaco é apresentado nas seguintes formas e dimensões:

a) fio: de uma extremidade à outra da compressa campo operatório;

b) fita: mínimo de 9 cm de comprimento e 1 cm de largura.

4.4 Acondicionam ento

A compressa campo operatório deve ser acondicionada de modo que sua integridade seja garantida, devendo resistir aos
manuseios normais, à umidade e transporte.

4.5 Fornecimento

4.5.1 A compressa cam po operatório deve ser fornecida em peça, isenta de manchas, impurezas, fios soltos, rasgos,
rebarbas e quaisquer outros tipos de defeitos que possam afetar seu desempenho durante o uso.

5 Amostragem

5.1 Condições de inspeção

5.1.1 No recebimento do lote compete ao comprador a responsabilidade pela inspeção.

5.1.2 A inspeção dev e ser feita diretamente pelo comprador ou por entidade por ele autorizada.

5.2 Retirada de am ostras

A retirada de amostras para ensaios e a avaliação das características devem ser efetuadas conforme as NBR 5426 e
NBR 5429.

5.3 Aceitação e rej eição

O lote deve ser aceito se os resultados da inspeção atenderem aos critérios determinados pelas NBR 5426 e 5429, para o
NQA (nível de qualidade aceitável) previamente acordado entre as partes interessadas.
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6 Métodos de en saio
6.1 Dimensões
6.1.1 Princípio
Este método de ensaio determina as dimensões (largura e comprimento) do produto compressa campo operatório
6.1.2 Materiais
a) superfície plana e horizontal, de dimensões não inferiores à do corpo-de-prova;
b) escala metálica com graduação em milímetros e comprimento não inferior às dimensões do corpo-de-prova a ser
ensaiado.
6.1.3 Preparação do corpo-de-prova
Condicionar o corpo-de-prova conforme a NBR 8428.
Cada corpo-de-prova é uma compressa campo operatório.
6.1.4 Procedimento
Abrir o corpo-de-prova, sem tensão e livre de dobras, sobre uma superfície plana e horizontal.
Medir a dimensão do corpo-de-prova em no mínimo quatro pontos, a intervalos não superiores a 2 cm, distribuídos ao
longo do corpo-de-prova.
Realizar o ensaio nos dois sentidos (largura e comprimento) do corpo-de-prova.
6.1.5 Expressão dos resultados
Calcular a média para cada sentido (largura e comprimento) do corpo-de-prova.
O resultado obtido deve ser igual ou maior ao indicado na tabela 1 e as tolerâncias dimensionais devem estar conforme a
Portaria nº 1 do INMETRO.
6.2 Massa por unid ade (incluindo alça livre)
É determinada pelo uso de balança com precisão de 0,1 g. O resultado deve ser igual ou maior ao indicado na tabela 1.
Cada corpo-de-prova é uma compressa campo operatório.
6.3 Retenção de líq uido
6.3.1 Princípio
Este método de ensaio determina a retenção de líquido em artigos têxteis de uso hospitalar.
6.3.2 Materiais
a) balança com precisão de 0,1 g;
b) cronômetro;
c) vidro de relógio;
d) cesto cilíndrico de arame, conforme NBR 13735;
e) béquer com capacidade de 3 000 mL;
f) pinça.
6.3.3 Preparação do s corpos-de-prova
Preparar cinco corpos-de-prova com 5 g ± 0,1 g.
Condicionar os corpos-de-prova conforme a NBR 8428.
6.3.4 Procedimento
Adicionar água potável à temperatura ambiente ao béquer, de forma que a coluna de água formada seja suficiente para
encobrir duas vezes a altura do cesto de arame.
Colocar o corpo-de-prova dentro do cesto de arame, de forma que ocupe todo o seu volume.
Pesar o vidro de relógio junto com o cesto de arame contendo o corpo-de-prova.
Erguer o cesto contendo o corpo-de-prova, em posição horizontal, sobre a superfície da água.
Soltar o cesto de arame na água e deixar submergir até atingir a base do béquer.
Com o auxílio de uma pinça, retirar o cesto contendo o corpo-de-prova, segurando horizontalmente sua haste superior,
acionar o cronômetro simultaneamente, deixar escorrer 10 s ± 1 s e colocar sobre o vidro de relógio.
Pesar o conjunto (vidro de relógio, cesto de arame e corpo-de-prova úmido).
Repetir este procedimento para os outros quatro corpos-de-prova.
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4 NBR 14767:2001

6.3.5 Expressão dos resultados

Calcular a retenção de líquido pela fórmula:

M3 - M2
Rt (%) = x 100
M1

onde:

Rt é a retenção de líquido, em porcentagem;

M1 é a massa do corpo-de-prova, em gramas;

M2 é a massa do conjunto vidro de relógio, cesto de arame e corpo-de-prova, em gramas;

M3 é a massa do conjunto vidro de relógio, cesto de arame e corpo-de-prova úmido, em gramas.

Calcular a retenção de líquido média dos cinco corpos-de-prova pela fórmula:

∑ Rt
Rtm =
5

onde:

Rt é a retenção de líquido, em porcentagem;

Rtm é a retenção de líquido média, em porcentagem.

O resultado obtido deve ser igual ou maior ao indicado na tabela 1.

6.4 Hidrofilidade

É determinada conforme a NBR 12853. Utilizar o corpo-de-prova com peso de 0,25 g ± 0,02 g. O resultado obtido deve ser
menor ou igual ao indicado na NBR 13841.

6.5 pH (acidez ou a lcalinidade)

É determinada conforme a NBR 13433. O resultado obtido deve ser igual ao indicado na NBR 13841.

6.6 Dextrina ou am ido

É determinada conforme a NBR 13350. O resultado obtido deve ser igual ao indicado na tabela 1.

6.7 Substâncias go rdurosas, substâncias solúveis, resíduos de incineração e corantes corretivos

São determinadas conforme a NBR 13842. Os resultados obtidos devem ser iguais aos indicados na NBR 13841.

6.8 Alvejantes ópt icos

A compressa campo operatório deve ser examinada à luz ultravioleta filtrada. A observação de fluorescência indica a
presença de alvejante óptico e a não observação de fluorescência indica a ausência de alvejante óptico. O resultado obtido
deve ser igual ao indicado na tabela 1.

Tabela 1 - Características específicas

Características Tipo I Tipo II


Sem pré-encolhimento Com pré-encolhimento
Dimensões (cm) 45 x 50 23 x 25 25 x 28 10 x 9
Massa (g) 35 9 20 9
Retenção líquido (%) 700 900
Dextrina ou amido Ausente Ausente
Alvejantes ópticos Ausente Ausente
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7 Embalagem
A compressa campo operatório estéril deve ser acondicionada de modo que sua esterilidade seja protegida de
contaminação, devendo resistir aos manuseios normais, considerando que esses sejam executados de forma correta.

Para a compressa campo operatório não estéril, deve ser usada embalagem que permita completa proteção contra
agentes externos.

7.1 Identificação
Cada embalagem de compressa campo operatório deve conter, de maneira legível, fixada em seu corpo, identificação
conforme a Resolução RDC nº 185 de 22 de outubro de 2001 da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - e a
Resolução nº 01 do CONMETRO e as informações adicionais:

a) número de camadas;

b) indicação da presença do elemento radiopaco;

c) os dizeres: “ Produto de uso único” e “ Destruir após o uso”, para embalagem da compressa campo operatório
estéril;

d) os dizeres: “Não estéril”; “Produto uso único”e "Destruir após o uso", para embalagem da compressa campo
operatório não estéril.

7.2 Transporte e a rmazenamento

A embalagem deve ser transportada de tal forma que não venha a danificar sua estrutura e integridade. Deve ser estocada
em local seco, arejado, protegido de grandes variações de temperatura e sujeira em geral.
A compressa campo operatório estéril não deve ser utilizada se sua embalagem estiver violada, molhada ou danificada.

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