Você está na página 1de 45

Luis Antonio A.

Batista
Engenharia Mecânica FEG-UNESP

© 2015 Luis Antonio A. Batista.


} A Sigla PPAP vem do inglês “Production Part Approval Process”. Foi criado
pelas montadoras automotivas e é mais amplamente aplicado neste setor
da indústria.
} O PPAP consiste-se em uma das ferramentas da qualidade que tem por
objetivo definir as diretrizes para a aprovação de uma peça de produção,
material de produção, processo externo ou material a granel fornecido
por uma organização a um cliente. Esta ferramenta determina se todos as
especificações do projeto de engenharia do cliente foram adequadamente
interpretados pela organização e se o processo produtivo a ser empregado
para a fabricação deste produto seja suficientemente estável e capaz de
atender a demanda do produto em uma corrida normal de produção.

PPAP 4ª Edição
Slide 2 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
} Todas estas diretrizes estão especificadas no “Manual de PPAP – 4ª
Edição”, elaborado pelo IQA. A novidade em relação à edição anterior é a
inclusão dos materiais a granel na relação de aplicabilidade do PPAP.
} Materiais a granel (“Bulk Materials”) são substâncias em geral, como
sólidos não dimensionais, gases ou líquidos, geralmente de natureza
química, como tintas, solventes, etc.
} Mesmo tendo um procedimento descrito pelo Manual do IQA, em geral,
existe a dispensa do PPAP da parte do representante autorizado do cliente
para fornecimento de materiais a granel por uma organização, bastando
apenas o envio de um Certificado de Qualidade do Produto como
documento para o fornecimento.

PPAP 4ª Edição
Slide 3 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
} O PPAP é exigido para o fornecimento de peças de produção a um cliente.
Uma organização não homologada não pode fornecer produtos sem
possuir sua documentação de PPAP submetida e aprovada pelo cliente.
} No entanto, para a situação de fornecimento de peças de produção de
uma organização a um cliente intermediário, o processo de submissão é
dispensado caso este seja homologado pelo cliente final. Por exemplo,
uma organização está dispensada da submissão do PPAP completo ao
cliente intermediário caso este já seja homologado pelo cliente final do
produto, bastando apenas a submissão do PSW aprovado pelo cliente
final.

PPAP 4ª Edição
Slide 4 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
} A Submissão (ou ressubmissão) do PPAP deve ser feita antes do primeiro
embarque de lote de peças a um fornecedor nas seguintes situações, a
menos que o representante do cliente tenha dispensado a apresentação
do PPAP:
◦ Fornecimento de novos produtos
◦ Correção de Discrepância (para produtos com problemas de qualidade)
◦ Alterações de Engenharia (para produtos com alteração de projeto e/ou
possíveis desvios de especificação derrogados pelo cliente)
◦ Quaisquer situações complementares descritas no Manual do PPAP.

PPAP 4ª Edição
Slide 5 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
} As situações complementares são 10 no total:
◦ Uso de construção ou material distinto da aprovação prévia do PPAP;
◦ Mudança no Ferramental empregado no processo produtivo;
◦ Atualização ou rearranjo do Ferramental empregado no processo
produtivo;
◦ Mudança no “site” de produção ou produção em planta adicional;
◦ Mudança de Fornecedor das Peças;
◦ Ferramental Inativo por mais de um ano;
◦ Modificação do Produto e/ou Processo de componentes de produção
do produto manufaturados internamente ou por fornecedores;
◦ Modificação no Critério de Inspeção e/ou de Ensaio;
◦ Nova fonte de matéria-prima de fornecedor novo ou existente;
◦ Modificações nos atributos de aparência do produto.

PPAP 4ª Edição
Slide 6 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• Sempre que houver uma modificação no projeto de engenharia, seja ele
de responsabilidade do cliente ou da organização, no processo produtivo
da peça, ou no “site”, enfim, quaisquer mudanças que tornem as
condições de produção do item diferentes das previamente aprovadas
pelo PPAP, a organização deve notificar o cliente sobre tais alterações.
• Isso implica em uma nova submissão de PPAP, caso o cliente aceite as
modificações propostas.

PPAP 4ª Edição
Slide 7 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• Requisitos da Qualidade e Documentação a ser submetida
• A organização deve atender a uma série de requisitos específicos e
apresentar a documentação comprobatória ao cliente. As amostras
de peças de produção devem ser submetidas juntamente com a
documentação e devem atender a todos os requisitos projeto de
engenharia do cliente.
• Caso uma ou mais destes requisitos não possam ser atendidos, a
organização deve documentar os esforços realizados para a solução
destes problemas e deve contar com a concordância do cliente com a
ação corretiva aplicada.
• Dos 18 itens requisitados pelo PPAP, alguns podem não ser aplicáveis,
de acordo com a determinação do representante do cliente,
entretanto, para a aprovação do PPAP, todos os itens requisitados
pelo cliente devem atender às especificações feitas.
PPAP 4ª Edição
Slide 8 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
1) Registro de Projeto de Engenharia
• A organização deve possuir e submeter uma cópia impressa do(s)
registro(s) de projeto de engenharia do produto. Estes, quando não
forem desenhos impressos, podem ser arquivos eletrônicos (modelos
matemáticos de CAD/CAM, folhas de tolerância dimensional e
geométrica, por exemplo), desde que estejam em cópia impressa.
• Este registro poderá fazer referência a outros documentos, porém só
poderá haver um único registro de projeto para um produto.
• Caso a peça trate-se de um “black box” (peças cuja responsabilidade
pelo projeto de engenharia pertence ao fornecedor), a organização
não é obrigada a fornecer um desenho ou similar, bastando apenas
submeter as especificações de interface e requisitos de desempenho.
• Podem ser usadas normas como referência para peças de catálogo.

PPAP 4ª Edição
Slide 9 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
1) Registro de Projeto de Engenharia
• Relatório de Composição de Material da Peça: A organização deve
submeter um relatório comprovando que as especificações de
material/substância do cliente foram atendidas. Este relatório pode
ser o IMDS ou outro método específico do cliente.
• Marcação de Peças em Polímero: A organização deve identificar as
peças em polímero com os símbolos previstos na ISO 11469, para
plásticos, ou na ISO 1629, para borrachas.

ü Saídas: Desenho ou registro de projeto de engenharia impresso, relatório


IMDS ou similar anexado.

PPAP 4ª Edição
Slide 10 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
2) Documentos de Derroga de Modificação de Engenharia
• A organização deve submeter os documentos fornecidos pelo
representante autorizado do cliente que comprovem as derrogas
concedidas para modificações de engenharia, revisões e/ou desvios
aceitos não registrados no projeto, mas incorporados ao produto ou
ao ferramental.
• Poderão ser utilizados “e-mails” do cliente, especificando o tipo de
modificação ou desvio concedido, como documento de Modificação
de Engenharia, contudo, esta prática representa uma não-
conformidade com a ISO TS 16949:2002, que regulamenta os
sistemas da qualidade.

ü Saídas: Documento com alterações do cliente e derroga concedida.

PPAP 4ª Edição
Slide 11 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
3) Aprovação de Engenharia do Cliente
• Onde especificado pelo cliente, a organização deve ter evidência de
aprovação de engenharia do cliente.

ü Saídas: Aprovação do representante autorizado do cliente em elementos


requisitados por ele.

PPAP 4ª Edição
Slide 12 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
4) Análise dos Efeitos e Modo de Falha (FMEA) de Projeto
• Caso a organização seja responsável pelo projeto do produto a ser
fornecido, ela deverá desenvolver um FMEA de Projeto, mostrando
que ele atende e está de acordo com os requisitos específicos do
cliente.

ü Saídas: FMEA de Projeto corretamente elaborado.

PPAP 4ª Edição
Slide 13 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
5) Fluxograma do Processo Produtivo
• A organização deve providenciar e submeter um diagrama de fluxo
do processo, representando todas as funções, os passos e seqüência
do processo produtivo da peça, englobando desde o recebimento de
matéria-prima até a expedição do produto acabado.
• Para este documento, devem ser seguidas as regras de representação
gráfica devidamente especificadas.
• Os dados coletados no fluxograma do processo devem alimentar os
dados de entrada do FMEA de Processo.

ü Saídas: Diagrama de Fluxo do Processo elaborado.

PPAP 4ª Edição
Slide 14 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
6) Análise dos Efeitos e Modo de Falha (FMEA) de Processo
• A organização deve providenciar e submeter um FMEA de Processo,
mostrando que seu processo produtivo está em conformidade com
as especificações do cliente.
• O FMEA de Processo é similar ao FMEA de Projeto, no entanto os
dados de entrada desse requisito são fornecidos pelo Fluxograma do
Processo.

ü Saídas: FMEA de Processo elaborado.

PPAP 4ª Edição
Slide 15 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• O FMEA é uma ferramenta da qualidade que analisa os modos de falha
de uma função (tipos de defeito para uma função não realizada ou
realizada incorretamente), as causas destas falhas e suas possíveis
conseqüências.
• As diretrizes para a elaboração de FMEA’s estão especificadas no
“Manual de Referência de FMEA”, elaborado pelo IQA.
• Para uma boa elaboração de FMEA, deve-se ter bem definido os seus
dados de entrada. Falhas ocorridos em peças produzidas por um
processo produtivo capaz de produzi-lo devem alimentar o FMEA de
projeto. Falhas ocorridas nas funções descritas pelo Fluxograma de
Processo devem alimentar o FMEA de processo.
• Todas as funções descritas pelo Fluxograma de Processo devem ser
contempladas no FMEA de processo.

PPAP 4ª Edição
Slide 16 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• O elemento chave que deve ser bem especificado em um FMEA é o
modo de falha. Este elemento define um evento não esperado no
processo produtivo. Especificar corretamente o modo de falha permite
que se especifique corretamente a causa e o efeito observados no
processo.

PPAP 4ª Edição
Slide 17 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• Para um Modo de Falha ser bem definido, é necessário associá-lo à
função ao qual está relacionado. A função é uma ação (representada por
um verbo) realizada no processo. O Modo de Falha deve reproduzir uma
possível falha ocorrida na execução da função.
• Para definir-se claramente o Modo de Falha de um FMEA, um bom ponto
de partida pode ser usar o seguinte formulário, utilizando a função como
dado de entrada. As respostas correspondem à modos de falha:
1) Como é a função não realizada?
2) Como é a função realizada exageradamente (acima do esperado)?
3) Como é a função realizada degradadamente (abaixo do esperado)?
4) Como é a função realizada intermitentemente (ora feita, ora não)?
5) Como é a função realizada parcialmente (não concluída)?

PPAP 4ª Edição
Slide 18 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• Dessa forma, não existe modo de falha caso não exista uma função a ser
executada. E caso não exista modo de falha, não pode haver análise da
causa/efeito.
• Existem alguns erros comuns cometidos na elaboração de um FMEA, que
devem ser evitados:
– Descrição genérica e não técnica do modo de falha, causa e/ou efeito
– Modo de falha não possui relação com sua função;
– Causa não possui relação com o modo de falha;
– Efeito não possui relação com o modo de falha;
– Definição errada do efeito e da causa, por incoerência na linha do
tempo do FMEA.

PPAP 4ª Edição
Slide 19 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• Para um FMEA, certas características podem ser classificadas como
especiais caso atendam a dois requisitos de pontuação:
– Características Críticas (yc): Para pontuação de severidade classificada entre 9 e 10;
– Características Significativas (ys): Para pontuação de severidade variando entre 5 e 8 +
pontuação de ocorrência maior ou igual a 4.

• Um mesmo FMEA pode ser utilizado na submissão de um conjunto de


peças, desde que as peças deste conjunto pertençam a uma mesma
família. Uma família de peças representa um conjunto de produtos que
foram submetidos a um mesmo processo produtivo, com mesmo
maquinário e condições de processo.

PPAP 4ª Edição
Slide 20 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
7) Plano de Controle do Protótipo/Produto
• A organização deve elaborar um Plano de Controle do seu Processo
produtivo e de seu projeto, quando este pertencer ao fornecedor,
que atenda aos requisitos específicos do cliente e que foque
especialmente as características especiais apontadas pelo FMEA.
• Dessa forma, o Plano de Controle do Protótipo tem sua entrada
alimentada com os dados do FMEA de Projeto e o Plano de Controle
do Produto é alimentado com os dados do FMEA de Processo.
• O Plano de Controle estabelece um Plano de Ação para realizar o
controle das causas e dos modos de falha responsáveis por produzir
os efeitos negativos previstos pelo FMEA. Estes controles podem ser
do tipo preventivo ou detectivo.

PPAP 4ª Edição
Slide 21 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
7) Plano de Controle do Protótipo/Produto
• Um controle preventivo deve sempre atuar na causa do modo de
falha. Já o controle detectivo pode atuar tanto na causa quanto no
modo de falha do efeito
• Deve ser considerado no Plano de Controle o melhor método de
controle da causa ou modo de falha (no caso, representado pela
menor pontuação).
• Um plano de controle deve obrigatoriamente considerar as
características especiais apontadas pelo FMEA e propor métodos de
controle dessas características.
• O cliente pode solicitar que determinadas características
previamente não consideradas sejam contempladas pelo Plano de
Controle.

PPAP 4ª Edição
Slide 22 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
7) Plano de Controle do Protótipo/Produto
• Exemplo de análise em um Plano de Controle de Protótipo:
• Dados do FMEA de Projeto:
• Função: Caneta deve Escrever durante 1000h ± 10%.
• Modo de Falha: Escrever mais que 1100h (Função executada demasiadamente)
• Efeito: Custo elevado de produção, insatisfação do cliente.
• Causa: Má definição da quantidade de tinta da caneta (o processo produtivo
atende as características especificadas pelo projeto, mas o produto apresentou
esse modo de falha)
• Método de Controle: Realizar estudo para otimizar a quantidade de tinta a ser
utilizada (método preventivo, atua na causa do modo de falha).

PPAP 4ª Edição
Slide 23 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
7) Plano de Controle do Protótipo/Produto
• Exemplo de análise em um Plano de Controle de Produto:
• Dados do FMEA de Processo:
• Função: Vazar 5 ml ± 10% de tinta no tubo de carga.
• Modo de Falha: Vazar mais que 5,5 ml de tinta no tubo de carga (Função
executada demasiadamente)
• Efeito: Custo elevado de produção, insatisfação do cliente.
• Causa: Erro de leitura do vazador de tinta.
• Método de Controle: Controle estatístico do vazamento (método preventivo,
atua na causa do modo de falha), Controle por Atributo do tipo Passa/Não-Passa,
Inspeção Visual 100% (Controles do tipo detectivo, atuam no modo de falha do
efeito).

PPAP 4ª Edição
Slide 24 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
7) Plano de Controle de Protótipo/Produto
• Os efeitos dos Planos de Controle do Produto e de Protótipo (assim
como dos FMEA’s de Projeto e de Processo) podem ser iguais,
entretanto os modos de falha e causas não possuem relação entre si,
pois variáveis de projeto são diferentes das variáveis de controle do
processo.

ü Saídas: Plano de Controle de Protótipo e Plano de Controle do


Processo elaborado.

PPAP 4ª Edição
Slide 25 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
8) Estudo de Análise dos Sistemas de Medição (MSA)
• A organização deve submeter um estudo de MSA de todos os seus
dispositivos de medição e controle, calibres e ensaio novo ou
modificado (um estudo estatístico, como de Linearidade,
Estabilidade, Tendência ou R&R).

ü Saídas: Estudo de MSA elaborado, Especificar e Confirmar os


Métodos de medição do fornecedor.

PPAP 4ª Edição
Slide 26 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
9) Resultados Dimensionais
• A organização deve fornecer um relatório com os resultados das
verificações dimensionais de amostras do produto indicadas no
registro de projeto e no Plano de Controle, e comprovar que estes
resultados estão em conformidade com os requisitos especificados.
• Todas as características dimensionais, sejam de atributo ou variável,
devem ser registradas (exceto as dimensões de referência).
• Cada processo único de manufatura (ex. molde, cavidade ou
ferramenta diferente utilizada no processo) deve possuir registro de
resultados dimensionais.

ü Saídas: Relatório Dimensional elaborado, com amostras numeradas e


todas as características verificadas e em conformidade com o
especificado.
PPAP 4ª Edição
Slide 27 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
10) Resultados de Ensaio de Material e de Desempenho
• A organização deve fornecer um relatório com os resultados dos
ensaios de material e de desempenho do produto, com todas as
características mecânicas, químicas, metalúrgicas e de desempenho
requisitadas pelo projeto de engenharia e pelo Plano de Controle
verificadas e em conformidade com o especificado.
• Tais ensaios podem ser realizados em laboratórios terceirizados,
desde que possuam a certificação ISO 17025 e seu escopo de análise
seja o mesmo do ensaio requerido.

ü Saídas: Relatórios de Material e de Desempenho elaborado, com


amostras numeradas e todas as características verificadas e em
conformidade com o especificado.

PPAP 4ª Edição
Slide 28 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
11) Estudos de Capabilidade do Processo
• A organização deve realizar um estudo inicial de seu processo para
verificar a sua capabilidade. A função deste estudo é verificar se o
processo produtivo é capaz de fornecer produtos que atendam as
especificações do cliente e entender-se a variação de um processo,
com um baixo índice de variação nas características do produto.
• Esta análise baseia-se na análise dos coeficientes de medida de
capabilidade do processo Cp e Cpk. O Cp considera os dados do lote
de amostra, e o Cpk considera os dados de um lote normal de
produção.

PPAP 4ª Edição
Slide 29 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
11) Estudos de Capabilidade do Processo
• Os valores especificados para aprovação de um PPAP são de Cp > 1,67
e Cpk > 1,33. Isso demonstra que um processo é suficientemente
estável para atender as especificações do cliente.
• Caso o índice não seja atingido, deve-se consultar o representante do
cliente para uma análise dos dados e verificar se eles podem ser
aceitos ou não. Normalmente, a organização submete um plano de
ação corretiva e um Plano de Controle providenciando inspeção
100% até que sejam reduzidas as variações do processo e os índices
estabelecidos sejam alcançados.

ü Saídas: Estudo de Capabilidade do Processo elaborado, com Cp > 1,67


e Cpk > 1,33.

PPAP 4ª Edição
Slide 30 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
12) Documentação do Laboratório Qualificado
• A organização deve fornecer documentação comprovando que os
ensaios de amostras do PPAP foram executadas em um laboratório
certificado pela ISO TS 17025 e que ele é qualificado a conduzir os
ensaios e medições especificados e realizados para a submissão do
PPAP.

ü Saídas: Certificado ISO TS 17025 ou pré-acordo com o cliente para a


utilização do laboratório, endosso de certificação do laboratório para
o tipo de ensaio realizado, apresentação das normas técnicas
empregadas na análise dimensional/ensaio.

PPAP 4ª Edição
Slide 31 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
13) Relatório de Aprovação de Aparência (RAA)
• Quando existem requisitos de aparência da parte do cliente, deve ser
submetido pela organização um Relatório de Aprovação de Aparência
mostrando que o produto atende as características de aparência
requisitadas.
• Este item geralmente é requisitado para peças que são visíveis no
produto final e necessitam possuir características de aparência
especificadas.
• O Relatório de Aprovação de Aparência deve ser retido junto com a
Amostra Padrão durante a vigência da aprovação do PPAP

ü Saídas: Relatório de Aprovação de Aparência (RAA) elaborado e


aprovado pelo cliente.

PPAP 4ª Edição
Slide 32 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
14) Amostras de Corrida Significativa de Produção
• Para a Submissão do PPAP, deverão ser produzidas amostras que
representem o processo de produção da peça. O Manual do IQA
especifica que elas sejam produzidas de uma corrida de produção de
uma a oito horas, de um total mínimo de 300 peças consecutivas, no
“site” onde serão produzidas as peças de lote normal, empregando
ferramental, métodos, operadores, material e inspeção de produção.
Caso existam mais de um processo produtivo (p. ex., mais de uma linha
de produção, ou ferramental, molde, cavidade, etc.), deverão ser
ensaiadas amostras para cada um dos processos.
• No entanto, esse número de peças pode ser reduzido, com autorização
do representante do cliente, especialmente em casos em que é difícil
produzir-se um lote com quantidade significativa de peças.

ü Saídas: Lote de Peças produzidas e em conformidade com as


especificações.

PPAP 4ª Edição
Slide 33 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
15) Amostra Padrão
• A organização deve selecionar e reter durante o período de vigência
do PPAP uma amostra que represente o padrão da produção. Tal
amostra deve ser identificada e receber a aprovação do
representante do cliente.
• Para cada processo de produção diferenciado (ex. mais de um molde,
cavidade ou ferramental empregado para a produção da mesma
peça), deve ser retida uma amostra padrão deste processo.
• Caso seja difícil armazenar a amostra padrão, o cliente poderá
oferecer a dispensa desse requisito. A função da amostra padrão é
auxiliar na determinação do padrão de produção.

ü Saídas: Amostra Padrão aprovada pelo cliente e devidamente


armazenada.
PPAP 4ª Edição
Slide 34 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
16) Ajudas de Verificação
• Caso seja requerido pelo cliente, a organização deverá fornecer
alguma montagem específica de ajuda de verificação de peça ou
componente. Tal ajuda de verificação deve estar em conformidade
com os requisitos de projeto de engenharia da peça e qualquer
modificação deve ser documentada. A organização deve também
fornecer manutenção preventiva destas ajudas de verificação durante
o período em que a peça permanecer ativa.
• Estas ajudas podem ser fixadores, dispositivos de medição por
variáveis e atributos, modelos, templates, etc. Eles também estão
sujeitos aos estudos de MSA de acordo com os requisitos do cliente.

ü Saídas: Disponibilizar ajudas de verificação ao cliente junto com o


PPAP.
PPAP 4ª Edição
Slide 35 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
17) Requisitos Específicos do Cliente
• Quando Requisitos Específicos aplicáveis forem exigidos pelo cliente,
a organização deverá submeter uma documentação evidenciando a
conformidade com todos estes requisitos.

ü Saídas: Atendimento a todos os requisitos específicos do cliente e


submissão da documentação comprobatória.

PPAP 4ª Edição
Slide 36 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
18) Garantia de Submissão da Peça (PSW)
• Quando todos os requisitos forem atendidos pela organização, a
etapa final da elaboração da documentação de PPAP é o
preenchimento do PSW (“Part Submission Warrant”).
• Para cada produto submetido deve ser preenchido um PSW, com o
part number do cliente.
• Os PSW’s podem ser submetidos eletronicamente, de acordo com os
requisitos do cliente.

ü Saídas: PSW preenchido de acordo com as requisições e aprovado


pelo cliente.

PPAP 4ª Edição
Slide 37 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• Existem cinco tipos de níveis de submissão de PPAP. De acordo com o
nível de submissão especificado pelo cliente, a organização deverá
submeter ou reter a documentação e deixar disponível ao cliente quando
solicitado.
Ø Nível 1: Garantia somente (e para itens designados como itens de aparência,
um RAA) submetido ao Cliente.
Ø Nível 2 – Garantia com amostras do produto e dados de suporte limitados
submetidos ao Cliente.
Ø Nível 3 – Garantia com amostras de produto e dados de suporte completos
submetidos ao cliente.
Ø Nível 4 – Garantia e outros requisitos conforme definidos pelo cliente.
Ø Nível 5 – Garantia com amostras de produto e dados de suporte completos
disponíveis para análise conforme definido no local de manufatura da
organização.

PPAP 4ª Edição
Slide 38 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• O nível 3 de submissão é considerado “default”. Neste caso, toda a
documentação especificada pelo cliente deve ser submetida pela
organização.
• O nível 1, conhecido como “Self-Approach”, funciona como uma “auto-
aprovação”, em que a organização tem a autonomia de aprovar seu
processo e necessita apenas submeter o PSW.
• Para nível 4, o cliente pode especificar quais requisitos de PPAP devem
ser submetidos pela organização.
• Os níveis mais comuns de submissão são o Nível 3 e o Nível 5.

PPAP 4ª Edição
Slide 39 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• PPAP “Aprovado”
• Quando o laudo do PPAP emitido pelo cliente é “Aprovado”, a peça ou
material atende a todas as especificações do cliente e seu processo foi
considerado adequado para a produção. Dessa forma, a organização
está autorizada a embarcar lotes de produtos conforme a programação
do cliente.
• PPAP “Rejeitado”
• Quando o laudo do PPAP emitido pelo cliente é “Rejeitado”, o lote de
amostra não atendeu aos requisitos especificados pelo cliente, e/ou a
documentação não está conforme os requisitos do cliente. Neste caso,
a organização não pode embarcar peças ao cliente até que sua
submissão seja aprovada.

PPAP 4ª Edição
Slide 40 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• PPAP “Aprovado Condicionalmente”
• A “Aprovação Condicional” é uma aprovação especial que permite o
embarque das peças por um tempo ou quantidade determinado pelo
cliente. Ela é somente concedida caso:
• A organização definir claramente a aprovação preventiva do não
atendimento
• A organização preparar um plano de ação de aprovação condicional com o
cliente. É requerida uma re-submissão do PPAP para obter-se a condição
“Aprovado”.
• A organização deve garantir que somente peças conforme o
especificado sejam embarcadas, por meio de ações de contenção.
• Peças “Aprovadas Condicionalmente” não são consideradas
“Aprovadas”

PPAP 4ª Edição
Slide 41 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• PPAP “Aprovado Condicionalmente”
• A “Aprovação Condicional” é uma aprovação especial que permite o
embarque das peças por um tempo ou quantidade determinado pelo
cliente. Ela é somente concedida caso:
• A organização definir claramente a aprovação preventiva do não
atendimento
• A organização preparar um plano de ação de aprovação condicional com o
cliente. É requerida uma re-submissão do PPAP para obter-se a condição
“Aprovado”.
• A organização deve garantir que somente peças conforme o
especificado sejam embarcadas, por meio de ações de contenção.
• Peças “Aprovadas Condicionalmente” não são consideradas
“Aprovadas”

PPAP 4ª Edição
Slide 42 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• PPAP “Aprovado Condicionalmente”
• Caso uma peça ou material deixe de atender o Plano de Ação
Acordado, seja por enviar mais peças que o acordado ou por
vencimento da data limite da aprovação condicional, o PPAP deve ser
rejeitado. Dessa forma, a organização perde o direito de enviar lotes
de peças, mesmo que estejam atendendo às condições do Plano de
Ação Acordado.
• A “Aprovação Condicional” é, grosso modo, o reconhecimento por
parte da organização de que ela não é capaz de atender todas as
especificações do cliente até a data de aprovação do PPAP, mas que
possui um Plano de Controle elaborado para realizar a correção dessa
situação.

PPAP 4ª Edição
Slide 43 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
• Todos os registros de PPAP, sem considerar o nível de submissão, devem
ser mantidos pelo período em que a peça permanecer ativa mais um
ano.
• A organização deve garantir que os registros apropriados do PPAP de um
arquivo de PPAP de uma peça substituída sejam incluídos, ou
referenciados no arquivo do novo PPAP.

PPAP 4ª Edição
Slide 44 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.
PPAP 4ª Edição
Slide 45 de 45 © 2015 Luis Antonio A. Batista.

Você também pode gostar