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UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA

Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais

Programa de Pós-Graduação em Economia e


Gestão Aplicadas

TRABALHO DE AUDITORIA INTERNA

O COSO

AUTOR: MARINO DOS SANTOS | Nº

Luanda, 2023
1. Introdução

A continuidade das relações entre duas ou mais entidade depende, sobre


tudo da satisfação de ambas (confiança) como resultado das operações ou
transações realizadas no mesmo (fornecedor versos cliente).

Por outro, as consequência mercadológica bem como os erros nos procedimentos


de contabilidade tendem a acarretar perdas, incertezas, desvio (tangiveis e
intangiveis), colocando em causa o output da contabilidade e seus beneficiários.

A satisfação está ligada á segurança da informação proporcionada, pois que dai


se baseiam para tomar um conjunto variado de decisões.

1.1. Finalidade da Contabilidade Financeira.

O objetivo da contabilidade financeira é fazer com que empresas possam


cumprir de forma integral com suas responsabilidades legais de forma eficiente.

Além do cumprimento de exigências legais, o papel dessa modalidade de


contabilidade é, também, observar os dados financeiros de uma empresa a longo
prazo, focando em seu histórico, bem como preparar e fornecer informações sobre
as demonstrações financeiras (DF). Isto funciona apartir de um processo da
contabilidade que são: transações, documentos, diários, contas e balancetes que
o resultado final é a Demonstrações financeira.

1.2. Caracteristicas Qualitativas da Informação Contabílistica.

A informação contabilistica para que tenha validade no processo de gestão


administrativa, precisa ser necessária aos usuários finais, por tanto deve ser
elaborada para atender as necessidades desses usuários.

A informação representa a consolidação de poder na Organização, pois é o


produto da análise dos dados, devidamente regestrados, classificados,
organizados, relacionados e interpretados dentro de um contexto para transmitir
conhecimento e permitir a tomada de decisão de forma optimizada.

Portanto para satisfazer ás necessidades de informação dos usuários, também é


importante verificar a qualidade de informação e considerar algumas característica
que a qualificam.

Relevância Quando reduz a incerteza, melhora a habilidade dos administradores


em fazer previsões e permiter corrigir ou confirmar suas expectativas.

Confiabilidade Quando a informação disponibilizada é actual, correspondendo á


realidade que representa, sem erros.

Completude Quando inclui tudo o que o usuário precisa saber, sem omissão de
aspectos importantes ou prolixa sobre a situação em questão.

Conveniência Quando é util e oportuna.

Apropriada Quando possui um nivel de detalhamento e formato adequado.

Verificavel Quando permite que dois ou mais usuários tinham a mesm


interpretação sobre o mesmo facto.

Desta forma, é importante que as informações apresentam tais características


para que sejam adequadas e confiáveis frente ás necessidades de seus usuários.
1.3. Analise das Demonstrações Contábeis ou Financeiras.

Dentre as principais ferramentas contábeis para a importância da


cantabilidade no processo de tomada de decissão, destacamos a análise das
demonstrações Financeiras ou Contábeis.

Através de análise das demonstrações pode-se avaliar a situação da


Organização, em aspectos operacionais, patrimoniais e financeiros, orientando
qual decisão a ser tomada em determinda situação.

A análise das demonstrações contábeis/financeiras consite na


decomposição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis, pois
decorre da necessidade de informação mais detalhadas sobre a situação do
patrimônio da Organização, e de suas variações no decorrer de um periódo.

Desse modo, evidencia-se a importância da análise das demonstrações


contábeis, pois são muitos os interessados nas informações disponibilizadas pelas
mesmas, sejam os bancos, para concessão de crédito, os acionistas para o
aumento do investimento ou a diminuição da participação no capital da
organização, dentre tantos outros interessados, como: fornecedores, clientes,
concorrentes, funcionários, administradores, estudantes e o público em geral.

1.4. Riscos

Probabilidade de insucesso de determinado empreendimento, em função


de um acontecimento eventual, cuja ocorrência não depende exclusivamente da
vontade dos interessados. É claro que ninguém quer correr riscos. O que
acontece, em alguns casos, é que o empresário “subestima” o risco porque na
realidade ainda não sofreu alguma consequência negativa em decorrência dele.
Este trabalho vamos narra três factores de riscos que são: associados ao
contexto funcional da empresa (Oportunidade), associados as condições e
acontecimentos (Envolvemento) e associados as asserções.

a) Factores de Riscos Associados ao Contexto Funcional da Empresa


(Envolvimento): o COSO IFC de Controlo interno define cincos
componentes que são:
1. Ambiente de controle: concentra-se principalmente na atitude,
conscientização e ações dos responsáveis por projetar, implementar e
monitorar os controles internos. É a base para outros componentes do
sistema de controle interno. Os valores morais, a habilidade gerencial, a
honestidade dos funcionários, a direção gerencial etc. estão incluídos no
ambiente de controle.
2. Avaliação de risco: após a criação do objetivo do negócio, os riscos
externos e internos devem ser avaliados. A administração determina os meios
de controle de risco após examinar os riscos relacionados a cada objetivo.
3. Atividades de controle: o gerenciamento estabelece um sistema de
atividades de controle para evitar riscos associados a cada objetivo. Aqui
estão incluídas todas as medidas que devem ser seguidas pelos funcionários,
como por exemplo: atribuir cada tarefa a apenas uma pessoa; não
responsabilizar um funcionário por todas as partes de um processo; restringir
acesso a informações, processos e documentos; criar políticas e
procedimentos; estabelecer manutenção de registro, entre outras.
4. Sistema de informação: informações relevantes para tomada de decisão
devem ser coletadas e relatadas em tempo hábil. A comunicação é muito
importante para alcançar objetivos de gerenciamento e os eventos que geram
dados podem se originar de fontes internas ou externas.
5. Monitoramento: processo de avaliar a eficácia dos controles ao longo do
tempo e tomar as medidas corretivas necessárias. Esse monitoramento pode
ser realizado continuamente ou para fins de avaliação. Seja como for, ele
precisa ser eficaz para que o sistema de controle interno funcione. O
monitoramento geralmente é o principal papel dos auditores internos.
b) Factores de Riscos Associados as Condições e Acontecimento
(Envolvente): é difinida apartir do ISA 315. Esta norma internacional de
auditoria aborda a responsabilidade do auditor quanto á identificação e a
avaliação dos riscos de distorção material nas demonstrações financeiras
através do conhecimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o seu
controlo interno.
O objectivo do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorção material
devido a faude ou a erro, ao nivel das demonstrações financeiras e ao nivel
de asserção, através do conhecimento da entidade e do ambiente,
incluindoo seu controlo interno, proporcionando assim uma base para
conceber e implementar respostas aos riscos de distorção material
avaliados.
c) Factores de Riscos Associados ás Asserções: é da responsabilidade do
orgão de gestão, a preparação das demonstrações financeiras. Ao declarar
que as demonstrações estão de acordo com a estrutura de relato
(devulgação) financeiro aplicável, o orgão de gestão faz asserções que
respeitam ao conhecimento, mensuração, apresentação e devulgação
sobre os elementos das demonstrações e das respectivas divulgação.
O auditor, de modo a considerar os diferentes tipos de distorções materiais
que podem surgir, utiliza as mesmas asserções, podendo assumir, segundo
a ISA 3154 as seguintes.
 Ocorrência – transações e acontecimentos que estão registados
ocorreram e dizem respeito á entidade;
 Planitude – todas as transações e acontecimentos que deviam ter
sido registados foram de facto registados;
 Rigor – quantias e outros dados relativos a transações e
acontecimentos registados foram apropriadamente registados;
 Corte – transações e acontecimentos foram registados no período
contabilístico a que dizem respeito;
 Classificação – transações e acontecimentos foram registados nas
contas devidas.
Asserções relativas aos saldos finais:
 Existências – activos, passivos e interesse no capital próprio
existem de facto;
 Direitos e obrigações – a entidade detém ou controla os direitos
sobre os seus activos, e os passivos representam as obrigações da
entidade.

1.5. Controlo Interno.


O controle interno serve como instrumento de precaução, inspeção e
constatação utilizada pelos administradores a fim de exercer o controle sobre
todos os atos praticados e fatos ocorridos na entidade. O sistema de controle
interno se projeta além das questões diretamente relacionadas com as funções
dos departamentos de contabilidade e de finanças. Sendo assim, sem o perfeito
conhecimento do que foi planejado, é improvável que se faça um controle interno
adequado.
O Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de
Contadores Públicos Certificados, AICPA, afirma: O controle interno compreende
o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas,
adotadas pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a
fidedignidade de seus dados contábeis, promovera eficiência operacional e
encorajar a adesão à política traçada pela administração.
O principal meio de controle de que dispõe uma administração é a
contabilidade. Assim, são considerados meios de controle interno todos os
registros, livros, fichas e entre outros demais instrumentos de organização
administrativa.
O controle interno tem se tornado uma ferramenta indispensável para
homem, por sua eficiência e eficácia no auxilio administrativo de uma empresa.
Nós podemos medir o desempenho e provocar informações que realimentam os
tomadores de decisão, que possam confrontar o alcançado com o esperado e
resolver o que fazer se tiver alguma coisa a fim de ser estabelecida.

1.5.1. Importância do Controlo Interno


A importância do controle interno pode ser entendida a partir do momento
em que se verifica que é ele que pode garantir à continuidade do fluxo de
operações, as quais são inteiramente ligadas a uma administração tendo
qualidade, e zelo nas informações alcançadas as tonando confiáveis para o bom
andamento da empresa.

O controle interno esta relacionado a todas as áreas de uma empresa seja


ela fiscal, contábil ou administrativa, ele auxilia em todos os processos
operacionais da empresa, se tornando uma ferramenta fundamental ao
desenvolvimento da empresa. As empresas traçam metas e cabe ao controle
fiscaliza-las e saber se são ou não viáveis para empresa, sendo assim, o controle
planeja, direciona e organiza, ficando para os gestores apenas a execução dos
processos definidos pela empresa.

Segundo Crepaldi (2004) o controle demanda cinco atividades básicas das


quais todas tem uma importância fundamental para empresa, são elas: Segurança
e proteção dos ativos e arquivos de informações, documentos e registros
adequados; segregação de funções; procedimentos adequados de autorização
para o processamento das transações e verificações independentes.

1.5.2. Classificação do Controlo interno


O controle interno é classificado nas seguintes categorias:

 Operacional – relacionado às ações que propiciam o alcance dos


objetivos da entidade;
 Contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros
e das demonstrações contábeis;
 Normativo – relacionado à observância da regulamentação
pertinente.
Resumindo os objetivos principais a serem atingidos pela empresa seriam
nas categorias relacionadas nas eficiências e efetividades operacionais, ou seja, é
os objetivos básicos da entidade. Outra categoria é a confiança nos registros
contábil-financeiro, nele temos informações dos registros que devem ser aplicadas
pelos valores e enquadramentos corretos e por último a compatibilidade das leis e
regimentos aplicáveis à empresa na sua área de operação.

1.6. Controlo Contábil


Os controles contábeis são aqueles que se relacionam com o patrimônio,
ou seja, relativos com os planos organizacionais e as técnicas e métodos,
elaborados segundo o orçamento e o plano organizacional com intuito de proteger
o patrimônio da empresa, bem como, a manter o controle contábil dos ativos e
registros contábil da empresa.

Os lançamentos contábeis são registrados de forma que permita a


elaboração continua das demonstrações financeiras e a manutenção do sistema
financeiro da empresa. Podendo ter como exemplo: os controles físicos sobre os
ativos e a auditoria interna, a emissão dos cargos, o sistema de conferência de
caixa, a licença, a admissão.
1.7. Conclusão
As empresas já despertaram para necessidade de planejar, controlar e
acompanhar as actividades operacionais. A contabilidade é uma farramenta
fundamental para auxiliar em todo esse processo, pois uma organização que não
possua um sistema contábil que possa lhe fornecer as informações necessárias,
possivelmente não terá, de maneira transparente, comprovação de que está
seguindo na direcção desejada.

A informação correta e oportuna é factor decisivo para as empresas


manterem-se competitivas perante as constantes mudanças no cenário econômico
mundial. E a contabilidade quano utilizada como geradora de informações, ocupa
papel fundamental nas empresas, auxiliando os gestores na tomada de decisão.

Podemos concluir então que as organizações precisam de um controle


continuo sobre todas as operações. Tanto as empresas necessitam de controle
para orientar o processo de gestão. Por instrumentos contábeis e as diversas
formas de analisá-los e extrair as informações para auxiliar nesses controles,
passa a ser um diferencial competitivo, orientando o processo decisório, de acordo
com a missão e a visão estabelecida, para a optimização do resultado econômico
Referências Bibliográficas
ABRANTES, MARIA LUÍSA, Breve reflexão sobre o Investimento Estrangeiro e o
Caso de Angola, Luanda, 2016.
CREPALDI, Silvio Aparecdo. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 3º Ediçáo. São
Paulo. Atlas 2004.
Links:
https//pt.linkedin.com/pulse/contabilidade-financeira-o-que-é-qual-objetivo-e-como-
figueiredo.
https// www.igf.gov.pt/inftecnica/75_anos_IGF/oliveira/Oliveira_cap031.htm
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25741/%20000751647.pdf?sequ
ence=1
https//www.oroc.pt/uploads/normativo_tecnico/auditorianormativo_ifac/Signed/Man
ual%20de%20Normas%201_OROC_2019.pdf
https:// semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_cientifico_2.pdf

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